Categoria: MUNDO

  • ONU: Coreia do Norte executa quem distribui programas de TV estrangeiros

    ONU: Coreia do Norte executa quem distribui programas de TV estrangeiros

    Relatório de direitos humanos destaca repressão às liberdades individuais no país mais restritivo do mundo

    A Organização Nações Unidas (ONU), divulgou um relatório nesta sexta-feira (12), onde relata que a Coreia do Norte executou pessoas por distribuir programas de televisão estrangeiros, incluindo dramas populares sul-coreanos, como parte de uma repressão às liberdades individuais.

    De acordo com o ‘The Guardian, que teve acesso aos documentos, a vigilância para conteúdos de fora se tornou mais difundida desde 2014 com a ajuda de novas tecnologias, enquanto as punições se tornaram mais severas — incluindo a introdução da pena de morte.

    O documento de 14 páginas foi baseado em entrevistas com mais de 300 testemunhas e vítimas que fugiram do país e relataram a erosão ainda maior das liberdades.

    James Heenan, chefe do escritório de direitos humanos da ONU para a Coreia do Norte, disse que o número de execuções por crimes comuns e políticos aumentou desde as restrições da era da Covid-19. Um grande número de pessoas já teria sido executado por distribuir séries de TV estrangeiras, incluindo os populares K-dramas de seu vizinho do sul, ele acrescentou. “Sob as leis, políticas e práticas introduzidas desde 2015, os cidadãos têm sido submetidos a maior vigilância e controle em todas as áreas da vida”, afirma a conclusão do relatório.

    Questionada pelo jornal britânico, a missão diplomática da Coreia do Norte em Genebra e sua embaixada em Londres não comentaram o assunto. O governo da Coreia do Norte disse em resposta aos investigadores de direitos humanos da ONU que rejeitou uma resolução do Conselho de Direitos Humanos da ONU autorizando o último relatório.

    Às vezes, crianças são obrigadas a trabalhar em trabalhos forçados, incluindo “brigadas de choque” para setores difíceis, como mineração de carvão e construção, disse Heenan de Seul.

    Por outro lado, o relatório também apontou algumas melhorias limitadas, como redução do uso de violência por guardas em centros de detenção e novas leis que parecem fortalecer as garantias de um julgamento justo.

    ONU: Coreia do Norte executa quem distribui programas de TV estrangeiros

  • Imprensa internacional repercute condenação de Bolsonaro

    Imprensa internacional repercute condenação de Bolsonaro

    O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado

    A imprensa internacional repercutiu a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

    Os jornais destacaram o ineditismo da decisão, que confronta o histórico de golpes militares do País, mas relembraram que, embora condenado, Bolsonaro seguirá no centro do debate político brasileiro, em meio às articulações no Congresso por um perdão que possa alcançá-lo. A possibilidade de uma anistia ao ex-presidente foi rebatida por ministros do STF durante o julgamento.

    O jornal The New York Times, dos Estados Unidos, destacou que a condenação do ex-presidente é uma “decisão histórica” no Brasil. “Em pelo menos 15 golpes militares ou tentativas desde que o Brasil derrubou sua monarquia, em 1889, esta é a primeira vez que os líderes dessas conspirações foram condenados”, afirmou o jornal. Segundo o Times, a condenação também sela o destino de Bolsonaro, deixando o campo político de direita “sem um líder claro”.

    O jornal ainda relembrou as sanções dos Estados Unidos ao Brasil, mas afirmou que o País “se manteve firme” na condução do processo. “O governo Trump deixou claro que está pronto para continuar a luta”, disse a publicação.

    O jornal El País, da Espanha, também destacou que, apesar de “forte pressão” dos Estados Unidos, o julgamento contra o ex-presidente e aliados foi concluído. “Nestes tempos amargos para a democracia global, o veredicto do Brasil envia uma mensagem poderosa para o resto do mundo: a Justiça pode punir aqueles que minam a ordem constitucional e as instituições”, afirmou o jornal espanhol.

    “No entanto, pode ser uma vitória temporária. Aliados de Bolsonaro pisaram no acelerador para que o Congresso aprove uma anistia que liberte o ex-presidente e outros condenados pela tentativa de golpe”, completou a publicação.

    A condenação do ex-presidente também foi destaque no The Wall Street Journal. Segundo a publicação, o julgamento ocorreu em meio a “opinião pública profundamente dividida”. O jornal destacou a campanha por sanções ao País promovida pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, descrito como um “lobista na Casa Branca”, mas relembrou que, segundo mensagens obtidas por uma investigação da Polícia Federal, as tarifas adicionais contra produtos do Brasil “provocaram brigas internas na própria família Bolsonaro”.

    O Le Monde, da França, destacou a condenação como causa de uma “crise sem precedentes entre a principal potência da América Latina e os Estados Unidos”, repercutindo a declaração de Donald Trump de que o processo contra o ex-presidente brasileiro era “muito parecido com o que tentaram fazer comigo”. “Esta é a primeira vez que um ex-chefe de Estado teve que responder a tais acusações, em um país ainda assombrado pela memória da ditadura militar”, disse o jornal francês.

    O The Guardian, do Reino Unido, destacou que, apesar da condenação de Bolsonaro, paira no Brasil “a percepção de que seu movimento político continua vivo”. “Alguns temem que o questionamento da competência do STF sobre o caso possa abrir a porta para desafios legais e até mesmo a anulação do julgamento no futuro”, observou o jornal britânico, relembrando a articulação no Congresso para aprovar uma anistia aos mandantes e executores dos atos de 8 de janeiro de 2023.

    O Clarín, da Argentina, afirmou que, “aos 70 anos, Bolsonaro enfrenta a perspectiva de passar o resto de seus dias na prisão ou em prisão domiciliar”.

    Além de Bolsonaro, seis dos oito réus do núcleo crucial receberam penas pesadas. Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e da Casa Civil) foi condenado a 26 anos em regime inicial fechado; Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), a 24 anos em regime inicial fechado; Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), a 24 anos em regime inicial fechado; Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), a 21 anos em regime inicial fechado; Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa), a 19 anos em regime inicial fechado; Alexandre Ramagem, 16 anos e 1 mês, em regime inicial fechado. O tenente-coronel Mauro Cid recebeu uma pena de 2 anos em regime aberto.

    Imprensa internacional repercute condenação de Bolsonaro

  • Estudante Tyler Robinson confessa ter matado Charlie Kirk

    Estudante Tyler Robinson confessa ter matado Charlie Kirk

    Tyler Robinson, suspeito de assassinar Charlie Kirk, estudava na Universidade Estadual de Utah e tinha um bom desempenho escolar, segundo a imprensa americana

    Nesta quinta-feira (11), o estudante Tyler Robinson, de 22 anos, foi preso por suspeita de assassinar o ativista americano Charlie Kirk na Universidade de Utah. O jovem é filho de um veterano da polícia.

    De acordo com informações da rede CBS, Tyler é o filho mais velho de uma família com três filhos homens e morava no condado de Washington, a mais de 400 quilômetros do local do crime. 

    O jovem estudava na mesma universidade que teria cometido o crime e tinha um bom desempenho escolar, segundo a imprensa americana. Ele estaria na instituição com uma bolsa de estudos.

    Segundo o governador de Utah, Spencer Cox, familiares relataram que Robinson afirmava que Kirk era “cheio de ódio e espalhava o ódio”.

    O jovem teria confessado o crime ao pai, que é um veterano do Departamento do Xerife do Condado de Washington. O homem o manteve em custódia com ajuda de um pastor até a chegada da polícia. A prisão dele aconteceu no condado de St George, em outra área de Utah.

    RELEMBRE O CASO

    Charlie Kirk foi assassinado na quarta-feira, aos 31 anos. Ele foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah (EUA). O influenciador chegou a ser socorrido, mas morreu enquanto passava por uma cirurgia.

    Confirmação da morte foi feita pelo próprio presidente dos EUA na sua rede social. “O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim”, escreveu Trump.

    Antes da prisão de Tyler, dois suspeitos foram detidos e liberados após interrogatório. A informação foi confirmada pelo diretor do FBI, Kash Patel, em post no X. Eles foram considerados “pessoas de interesse”, mas não têm qualquer relação com o crime, segundo o FBI.

    QUEM ERA CHARLIE KIRK

    Charles James Kirk, conhecido como Charlie Kirk, nasceu a 14 de outubro de 1993, filho de um arquiteto e de uma conselheira de saúde mental. Cresceu nos subúrbios de Chicago e, aos 31 anos, era um influente ativista político conservador, tendo feito parte das campanhas eleitorais de Donald Trump. 

    O ativista deu os primeiros passos na política ainda na escola e, em 2012, quando tinha 18 anos, fundou a Turning Point USA (TPUSA), uma organização ultraconservadora que tem como objetivo promover políticas nos campus de escolas de ensino médio e universidades. 

    A organização ganhou fama, sobretudo, pelo seu site Professor Watchlist, que pretende denunciar professores que “discriminam estudantes conservadores e promovem propaganda esquerdista nas salas de aula”. Porém, era acusada de perseguir profissionais sem base, fatos ou registros.

    A Turning Point USA está presente em mais de 3.500 escolas e universidades dos 50 estados norte-americanos. Atualmente, conta ainda com várias organizações irmãs, como Turning Point Action, Turning Point Faith e Turning Point Academy.

    Além disso, Kirk afirmou-se como uma personalidade da mídia norte-americana, sendo apresentador do ‘The Charlie Kirk Show’, um programa no canal Real America’s Voice. Escreveu também livros, incluindo o bestseller ‘The MAGA Docrine: The Only Ideas That Will Win The Future’ [‘A Doutrina MAGA: As Únicas Ideias Que Vencerão o Futuro’, na tradução livre], escreve a BBC.

    A sua popularidade aproximou-o do republicano Donald Trump e, em 2020, liderou a ‘Students for Trump’ e promoveu uma campanha para recrutar um milhão de estudantes para a sua reeleição.

    Kirk destacou-se também pelas suas opiniões controversas em relação a temas como o aborto, religião e educação. Estas opiniões, destaca o Le Figaro, fizeram com que fosse adorado por uns e odiado por outros. O homem era conhecido por propagação de discurso de ódio, principalmente contra a comunidade LGBTQIA+, e defendia constantemente o uso de armas.

    Em 2021, casou-se com Erika Frantzve, ex-Miss Arizona. O casal tem dois filhos: um menino de um ano e uma menina de três.

    Estudante Tyler Robinson confessa ter matado Charlie Kirk

  • 'Acredito que autor de atentado contra Charlie Kirk foi preso', diz Trump

    'Acredito que autor de atentado contra Charlie Kirk foi preso', diz Trump

    Prisão foi confirmada nesta sexta-feira pelo presidente no programa Fox and Friends, da Fox News, mais de um dia após a caçada pelo suspeito

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O autor do atentado contra o ativista Charlie Kirk em uma universidade de Utah foi preso nesta sexta-feira (12) pela polícia nos Estados Unidos, afirmou o presidente Donald Trump.

    Prisão foi confirmada nesta sexta-feira pelo presidente no programa Fox and Friends, da Fox News, mais de um dia após a caçada pelo suspeito. Até encontrar o autor, o FBI interrogou duas pessoas de interesse que não estavam ligadas ao crime.

    “Alguém muito próximo a ele o reconheceu nas fotos”, afirmou o presidente, afirmando que alguém próximo ao suspeito o entregou. Segundo Trump, o pai do suspeito o reconheceu nas fotos e entrou em contato com um líder religioso, que buscou a polícia.

    Fotos e um vídeo do suspeito foram divulgados pelo FBI antes da prisão. A princípio, o órgão disse que tentaria identificar o homem por meios próprios, divulgando as imagens à imprensa somente se não conseguissem determinar quem era o homem.

    Arma do crime, um rifle de alta potência, foi encontrada abandonada em área de mata. Impressões de uma palma e pegadas foram analisadas pela equipe forense e ajudaram na identificação do suspeito.

    Autor do crime chegou à universidade pouco antes do meio-dia e usou escadas para subir em telhado, de onde atirou, segundo o FBI. Após cometer o crime, ele se misturou a estudantes e conseguiu fugir do local.

    RELEMBRE O CASO

    Charlie Kirk foi assassinado na quarta-feira, aos 31 anos. Ele foi baleado no pescoço durante um evento na Universidade Utah Valley, em Orem, no estado de Utah (EUA). O influenciador chegou a ser socorrido, mas morreu enquanto passava por uma cirurgia, segundo a CBS.

    Confirmação da morte foi feita pelo próprio presidente dos EUA na sua rede social. “O grande, e até mesmo lendário, Charlie Kirk está morto. Ninguém compreendia o coração da juventude dos Estados Unidos da América melhor do que Charlie. Ele era amado e admirado por TODOS, especialmente por mim”, escreveu Trump.

    Dois suspeitos foram detidos e liberados após interrogatório. A informação foi confirmada pelo diretor do FBI, Kash Patel, em post no X. Eles foram considerados “pessoas de interesse”, mas não têm qualquer relação com o crime, segundo o FBI.

    QUEM ERA CHARLIE KIRK

    Ativista político apoiador de Trump era líder do Turning Point USA. A organização mobiliza eleitores jovens em seus eventos em universidades pelos EUA e levou muitos a votarem no Partido Republicano nas eleições do ano passado.

    Influenciador conservador acumulava mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais combinadas. O site Axios já o classificou como um dos dez influenciadores do mundo com maior engajamento.

    Com 31 anos, era casado e tinha dois filhos. Sua esposa, Erika Kirk, costuma publicar imagens da família em seu perfil no Instagram. Desde o começo do mês ela vinha fazendo uma contagem regressiva para um anúncio relacionado à família, que estava planejado para acontecer no dia 16 deste mês.

    Kirk fundou e presidia a Turning Point USA. A organização sem fins lucrativos organiza eventos e atividades em faculdades e escolas de ensino médio defendendo valores conservadores. A Turning Point USA está presente em cerca de 3.500 instituições de ensino em todos os 50 estados do país.

    Ele também apresentava o The Charlie Kirk Show. O programa é transmitido em cerca de 150 estações de rádio dos Estados Unidos e também é ouvido como podcast nas plataformas de áudio.

    'Acredito que autor de atentado contra Charlie Kirk foi preso', diz Trump

  • Fizeram com Bolsonaro o que tentaram fazer comigo, diz Trump

    Fizeram com Bolsonaro o que tentaram fazer comigo, diz Trump

    “É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum”, afirmou o presidente do Estados Unidos

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (11) ter ficado surpreso e muito descontente com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal), acusado de tentativa de golpe de Estado.

    O republicano não disse se aplicaria novas sanções a autoridades brasileiras, como foi questionado, mas afirmou que o STF conseguiu com Bolsonaro o que tentaram fazer com ele próprio nos EUA.

    “Eu assisti ao julgamento. Eu o conheço bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil. Ele era um homem bom, e não vejo isso acontecendo.”, afirmou, ao deixar a Casa Branca.

    Trump ainda classificou o julgamento como algo “terrível” e “ruim” para o Brasil.

    “Estou muito descontente com isso. Eu conheço o presidente Bolsonaro, não tão bem, mas o conheço como líder de um país. E sempre o considerei muito direto, muito excepcional, na verdade, como homem, um homem muito excepcional. Acho que é algo terrível. Muito terrível. Acho que é muito ruim para o Brasil”, disse Trump.

    Trump vê semelhança entre os casos porque se tornou réu, alvo de uma ação penal nos EUA, em agosto de 2023, acusado de tentar subverter as eleições de 2020.

    Em novembro de 2024, porém, após a eleição do republicano, o procurador especial Jack Smith, porém, pediu o arquivamento do caso. A decisão foi baseada no entendimento de que não se pode processar presidentes em exercício.

    O processo havia sido apresentado após uma investigação liderada por Smith sobre as ações de Trump para tentar se manter no poder que culminaram no ataque de 6 de janeiro de 2021 ao Capitólio por uma multidão de seus apoiadores. Trump fez um discurso inflamado perto da Casa Branca na ocasião. O republicano, no entanto, conseguiu se livrar da ação e de suas consequências.

    Aliados de Bolsonaro esperam novas sanções a autoridades brasileiras -do Supremo e também do governo federal- diante do julgamento do ex-presidente.

    Estão no radar dos americanos restringir o visto de mais autoridades brasileiras e aplicar punições financeiras a mais pessoas. Há ainda conversas sobre suspender algumas das 700 exceções dadas pelo governo americano na aplicação de 50% das tarifas a produtos importados do Brasil.

    O governo Trump suspendeu a entrada nos EUA de Moraes e outros sete ministros do STF: Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. O PGR (Procurador-Geral da República), Paulo Gonet, também teve o visto suspenso.

    Os EUA cancelaram ainda o visto da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em uma suposta retaliação ao Programa Mais Médicos.

    Fizeram com Bolsonaro o que tentaram fazer comigo, diz Trump

  • Jovens manifestantes do Nepal apoiam ex-presidente do Supremo para ser primeira-ministra interina

    Jovens manifestantes do Nepal apoiam ex-presidente do Supremo para ser primeira-ministra interina

    Organizadores dos protestos do Nepal defendem que a ex-presidente da Suprema Corte Sushila Karki assuma como primeira-ministra interina

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Os organizadores dos protestos do Nepal pediram nesta quinta-feira (11) a dissolução do Parlamento após protestos que já deixaram 34 mortos e levaram à renúncia do primeiro-ministro K.P. Sharma Oli, do Partido Comunista.

    O grupo também defende que a ex-presidente da Suprema Corte Sushila Karki, 73, assuma como primeira-ministra interina. Os atos eclodiram após uma proibição do uso de redes sociais no país anunciada na semana passada -a decisão foi revogada após os confrontos.

    Karki foi a primeira mulher nomeada chefe da Suprema Corte do Nepal em 2016 e hoje está aposentada. Seu nome foi proposto ao presidente e ao Exército pelos líderes do movimento dos protestos, segundo um representante dos manifestantes, Ojaswi Raj Thapa.

    “Não estamos tentando dissolver a Constituição”, afirmou Thapa. “Talvez precisemos de algumas mudanças, mas não queremos dissolvê-la.”

    Karki teria concordado em assumir a liderança interina, e esforços estão sendo feitos para encontrar uma via constitucional que permita sua nomeação, disse à Reuters uma pessoa familiarizada com o assunto, sob condição de anonimato.

    Segundo a mídia local, a magistrada estava em negociações com o presidente do país, Ramchandra Paudel, e o chefe do Exército, Ashok Raj Sigdel. Paudel prometeu nesta quinta (11) encontrar uma solução para a atual crise “o mais rápido possível”.

    O Exército anunciou que já capturou 200 presos que fugiram da prisão de Dilli Bazar, em Katmandu, após o local ter sido incendiado em meio aos confrontos.
    Os atos ficaram conhecidos como os protestos da “geração Z” (os nascidos de 1997 a 2012) por reunir adolescentes e jovens na faixa dos 20 anos. Os manifestantes atearam fogo no Parlamento e em casas de membros do governo.

    Após dois dias de confrontos, o Exército retomou o controle da capital, Katmandu, que está sob toque de recolher. Alguns serviços essenciais na cidade haviam sido reestabelecidos, mas soldados continuavam patrulhando as ruas enquanto lojas, escolas e faculdades permaneciam fechadas.

    A atual crise teve início com a divulgação de vídeos virais nas redes sociais contra os “nepo babies” da elite do país, filhos de políticos que ostentam vida luxuosa na internet e cujos pais são acusados de corrupção.

    O governo de Oli respondeu às críticas proibindo 26 redes sociais de operar no Nepal, incluindo Facebook e YouTube. A decisão serviu de estopim para as manifestações. Nem a renúncia de Oli foi o bastante para acalmar os manifestantes, que passaram a fazer novas exigências -como o fim da corrupção e mais empregos para jovens.

    Durante anos, a falta de empregos no Nepal levou milhões de pessoas a procurar trabalho em lugares como Malásia, Oriente Médio e Coreia do Sul, principalmente em canteiros de obras, para poder enviar dinheiro para casa.

    Encravado entre a Índia e a China, o Nepal tem lutado contra a instabilidade política e econômica desde que os protestos levaram à abolição de sua monarquia em 2008.

    Jovens manifestantes do Nepal apoiam ex-presidente do Supremo para ser primeira-ministra interina

  • Bolsonaro foi condenado de forma injusta e EUA responderão adequadamente, diz Rubio

    Bolsonaro foi condenado de forma injusta e EUA responderão adequadamente, diz Rubio

    O presidente dos EUA, Donald Trump, também se manifestou e disse ter ficado surpreso com a maioria formada na Primeira Turma do STF para condenar Bolsonaro

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta quinta-feira (11) que o país responderá “adequadamente” ao que chamou de novo de “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    “As perseguições políticas pelo violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, enquanto ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro”, disse o secretário de Estado dos EUA, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, no X (ex-Twitter) .

    “Os Estados Unidos responderão adequadamente a esta caça às bruxas”, acrescentou Rubio.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, também se manifestou e disse ter ficado surpreso com a maioria formada na Primeira Turma do STF para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado.

    O republicano não disse se aplicaria novas sanções a autoridades brasileiras, como foi questionado, mas afirmou que o Supremo conseguiu com Bolsonaro o que tentaram fazer com ele próprio nos EUA.

    “Eu assisti ao julgamento. Eu o conheço bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil. Ele era um homem bom, e não vejo isso acontecendo”, afirmou, ao deixar a Casa Branca.

    Trump vê semelhança entre os casos porque se tornou réu, alvo de uma ação penal nos EUA, em agosto de 2023, acusado de tentar subverter as eleições de 2020.

    Em novembro de 2024, porém, após a eleição do republicano, o procurador especial Jack Smith pediu o arquivamento do caso. A decisão foi baseada no entendimento de que não se pode processar presidentes em exercício.

    Aliados de Bolsonaro esperam novas sanções a autoridades brasileiras -do Supremo e do governo federal- diante da condenação do ex-presidente. Estão no radar dos americanos restringir o visto de mais autoridades brasileiras e aplicar mais punições financeiras. Há ainda conversas sobre suspender algumas das 700 exceções dadas pelo governo americano na aplicação de 50% das tarifas a produtos importados do Brasil.

    O governo Trump suspendeu a entrada nos EUA de Moraes e outros sete ministros do STF: Luis Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flavio Dino, Gilmar Mendes e Cármen Lúcia. O PGR (Procurador-Geral da República), Paulo Gonet, também teve o visto suspenso.

    Os EUA cancelaram ainda o visto da esposa e da filha de 10 anos do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em uma suposta retaliação ao Programa Mais Médicos.

    Bolsonaro foi condenado de forma injusta e EUA responderão adequadamente, diz Rubio

  • Portugal: Ventura confunde 'cidadão' com 'hambúrguer' ao criticar governo

    Portugal: Ventura confunde 'cidadão' com 'hambúrguer' ao criticar governo

    A confusão com a tradução do nome da iniciativa levou o presidente do Chega a apagar o vídeo que tinha publicado nas redes sociais. Mas foi tarde demais: os internautas (e adversários políticos de Ventura) não deixaram passar a gafe e fizeram piadas com a situação

    O presidente do partido de extrema-direita Chega, de Portugal, confundiu o Bürgerfest, na Alemanha, com um “festival de hambúrgueres” – que, na verdade, é uma Festa dos Cidadãos, em Berlim – e os adversários políticos (assim como muitos internautas) não perdoaram.

    Nas redes sociais, as reações vão desde a incredulidade à ironia. Muitos debocharam do político rindo da ‘confusão’. André Ventura tinha afirmado que o ‘Festival do Hambúrguer’ não era assunto importante para Portugal, já que o presidente do país tinha sido convidado pelo governo da Alemanha. O extremista pensava que o evento era gastronômico.

    “Agora imaginem o que André Ventura fará se um dia destes o Presidente for ao Peru, ou a Camarões… Ou à cidade de Pisa, na Itália?”, questionou, num vídeo partilhado na rede social X (antigo Twitter).

    Antes, o ex-ministro da Educação João Costa já tinha provocado o líder do Chega através do Facebook. “Digam ao André Ventura que, se o PR [Presidente da República] for aos Camarões, não é a um festival de marisco”, escreveu.

    Por sua vez, a socialista Isabel Moreira escreveu que o caso “fica para a história do campeão do deprimente de ridículo”.

    O político Carlos Guimarães Pinto também comentou o caso nas suas redes sociais, escrevendo que, “na qualidade de apreciador de momentos de humor”, espera que o “senhor Presidente da República não termine o seu mandato sem ir a Camarões”.

    Mas as reações não ficam por aqui. Com a divulgação da notícia, multiplicaram-se piadas, ‘memes’ e mensagens de indignação perante a gafe de André Ventura…

    Afinal… Que confusão foi esta?

    A polêmica começou na noite de quarta-feira, quando André Ventura publicou um vídeo nas redes sociais onde acusava o Parlamento de ter aprovado a deslocação do Presidente da República à Alemanha para um “festival de hambúrgueres”.

    “O Parlamento aprovou a ida do Presidente da República à Alemanha para ir a um festival de hambúrgueres. À conta dos nossos impostos. Acham isto normal? Será que os portugueses não se revoltam?”, lia-se em uma mensagem publicada pelo presidente do Chega na rede social X, mas que entretanto apagou.

    Em um vídeo publicado no Instagram, em que aparece com um documento na mão, André Ventura faz a mesma acusação, referindo-se ao encontro Bürgerfest como sendo “um festival de hambúrgueres”, quando na verdade se trata de uma Festa dos Cidadãos, na tradução para português, realizada nos jardins do palácio presidencial, em Berlim.

    Assim como na rede social X, também o vídeo publicado no Instagram pelo presidente do Chega foi apagado. Na mensagem, Ventura associava a deslocação do chefe de Estado à Alemanha, para um suposto festival de hambúrgueres, a um prejuízo para os contribuintes portugueses.

    Em uma nota publicada na quarta-feira de manhã no site oficial da Presidência da República na Internet, antes da votação no parlamento, que ocorreu durante a tarde, informa-se que Marcelo Rebelo de Sousa será recebido pelo Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e é feito um enquadramento sobre a iniciativa Bürgerfest.

    Trata-se de uma Festa dos Cidadãos “que se realiza anualmente nos jardins da residência oficial do Presidente Federal, para honrar o trabalho voluntário e promover o envolvimento cívico dos cidadãos”, refere-se na nota.

    Entretanto, esta tarde, à margem de uma visita à feira Agroglobal, em Santarém, André Ventura assumiu o “lapso”, mas insistiu ser contra a deslocação de Marcelo Rebelo de Sousa à Alemanha – mesmo que se trate de um convite do Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier.

    “Este erro é porque o Presidente da República tem feito o que nenhum fez que é multiplicar-se em viagens à custa dos contribuintes, pago pelos nossos salários”, justifica.

    “Este Presidente da República já fez mais de 1.550 viagens à custa dos contribuintes. Já fez mais cinco viagens que os últimos Presidentes da República, nomeadamente Cavaco Silva. É um roubo dos nossos impostos”, acusa. “Mas os senhores jornalistas estão preocupados é se é de hambúrgueres ou de cidadania.”

    Portugal: Ventura confunde 'cidadão' com 'hambúrguer' ao criticar governo

  • FBI divulga vídeo de suspeito de homicídio do ativista Charlie Kirk

    FBI divulga vídeo de suspeito de homicídio do ativista Charlie Kirk

    O FBI exibiu esta quinta-feira (11), um vídeo do suspeito de ter atirado e assassinado o ativista conservador Charlie Kirk no campus da Universidade de Utah na quarta-feira

    Um vídeo de segurança, capturado por uma câmera no estacionamento da Universidade de Utah, mostra um indivíduo vestido de preto pulando do telhado de um dos edifícios do campus e desaparecendo junto a uma estrada nas imediações.

    As novas imagens foram exibidas pelo comissário de segurança pública de Utah, Beau Mason, juntamente com o diretor do FBI, Kash Patel, e o governador do estado no oeste dos Estados Unidos, Spencer Cox, durante uma coletiva de imprensa, que durou 10 minutos e na qual as autoridades não aceitaram perguntas.

    Os investigadores realizaram quase 200 entrevistas na tentativa de chegar ao “assassinato de Charlie Kirk”, segundo Cox, que também indicou que o estado se prepara para pedir a pena de morte do responsável quando for detido.

    As autoridades indicaram que a investigação envolve o trabalho de 20 agentes da lei e sublinharam a importância da colaboração dos cidadãos, reforçando que é oferecida uma recompensa de 100.000 dólares por informações que levem à captura do suspeito.

    Charlie Kirk, ativista conservador e fundador da Turning Point USA, participava em um evento organizado por ele próprio, no qual debatia de forma controversa com estudantes liberais, como vinha fazendo há anos, quando foi vítima de um tiro isolado no pescoço.

    Após o incidente, o corpo do ativista foi transportado para o Arizona, onde vivia, a bordo do Air Force 2, o avião do vice-presidente J.D. Vance, no final desta quinta-feira (11).

    Charlie Kirk, conservador, figura proeminente do movimento da direita radical norte-americana MAGA (Make America Great Again), e porta-voz da juventude pró-Donald Trump, que era conheido por discursos racistas, misóginos e homofóbicos, foi morto a tiro na quarta-feira, durante um evento público no campus da universidade no estado do Utah. A investigação continua em andamento para encontrar o atirador, cujos motivos permanecem desconhecidos até o momento.

    FBI divulga vídeo de suspeito de homicídio do ativista Charlie Kirk

  • Itália: mulher vivia com cadáver da mãe para receber aposentadoria

    Itália: mulher vivia com cadáver da mãe para receber aposentadoria

    A mulher de 101 anos, que tinha morrido em setembro de 2024, foi encontrada já em estado avançado de decomposição dentro de um apartamento na cidade de Bérgamo, na Itália

    Uma mulher de 101 anos foi encontrada já com o seu cadáver em decomposição dentro de uma casa em Bérgamo, em Itália. A idosa estava morta há cerca de um ano.

    Os jornais locais italianos contam que a idosa, que foi mantida morta em casa pela sua filha, foi encontrada deitada na cama, coberta com vários cobertores. 

    O alerta foi dado à polícia depois de o outro filho da mulher ter tentando contato com a sua irmã durante vários dias – e de os vizinhos terem sentido um forte odor no prédio.

    A imprensa relata que o corpo da idosa de 101 anos – Francesca Pettinato – estava já em avançado estado de decomposição. Em um outro quarto estava a sua filha, que não teria dado qualquer explicação às autoridades, nem ofereceu resistência.

    Disse, no entanto, que a sua mãe tinha morrido em setembro de 2024, dois meses depois de ter completado 101 anos, de causas naturais.

    A imprensa italiana destaca também que a filha da idosa, uma funcionária pública de 60 anos, teria continuado a receber a pensão da mãe e que teria pedido uma licença para se ausentar do trabalho por forma a cuidar da idosa, já depois de estar morta.

    O apartamento, segundo as autoridades, estava em condições insalubres (prejudicial para a saúde) e foi vedado e isolado. 

    Já a filha de Francesca foi levada para o Departamento de Psiquiatria do Hospital Papa João XXIII e encontra-se internada. Sabe-se também que, até ao momento, não foi feita nenhuma acusação contra ela.

    As autoridades aguardam agora os resultados da autópsia de Francesca Pettinato, que foi pedida pela Ministério Público italiana.

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