Categoria: MUNDO

  • Presidente da Bolívia diz que Trump deveria enfrentar o tráfico de drogas dentro dos EUA

    Presidente da Bolívia diz que Trump deveria enfrentar o tráfico de drogas dentro dos EUA

    Luis Arce reprovou medidas tomadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como as tarifas impostas ao comércio exterior

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em seu discurso de despedida na ONU, Luis Arce criticou o que classificou como “neocolonialismo” e a desigualdade de riqueza. “O risco de que uma terceira guerra mundial enlute o planeta está próximo, caso não façamos alguma coisa.” O presidente da Bolívia, que está em fim de mandato, também fez críticas ao embargo econômico aos cubanos.

    Ele reprovou medidas tomadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como as tarifas impostas ao comércio exterior e o domínio sobre o restante do continente para “apropriar-se dos recursos naturais e subordinar a maior parte dos países à sua sede de riqueza”.

    “A quinta frota norte-americana está mobilizada, sob o pretexto de que está combatendo o tráfico de drogas. São duas as intenções: a intervenção na nossa irmã, a república bolivariana da Venezuela, e a volta do controle sobre a América Latina com práticas imperialistas”, seguiu Arce, ao denunciar as operações dos EUA no mar do Caribe. “É uma falácia [que estejam combatendo o tráfico de drogas], se isso fosse verdade, enfrentariam o tráfico antes dentro de seu próprio país.”

    Arce propôs, ainda, a criação de uma comissão de reparação à escravidão e ao colonialismo nos países do Sul Global, com um fundo gestado pelas Nações Unidas. “Esse fórum deve contemplar reparações, direito à terra, recuperação do ecossistema, pedidos de desculpas pelo passado colonial por parte das antigas metrópoles, restituição de bens indígenas tomados pelos colonizadores, indenizações aos que resistem em seus territórios e fim de medidas de embargo.”

    Presidente da Bolívia diz que Trump deveria enfrentar o tráfico de drogas dentro dos EUA

  • Zelenski diz que deixa o poder se a guerra com a Rússia acabar

    Zelenski diz que deixa o poder se a guerra com a Rússia acabar

    O mandato de Zelenski venceu em maio do ano passado, e a partir daí Vladimir Putin passou a insistir na hipótese de que o rival não teria legitimidade para negociar um acordo de paz

    MOSCOU, RÚSSIA (CBS NEWS) – O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, disse nesta quinta (25) pela primeira vez que não pretende disputar eleições quando o conflito com a Rússia for encerrado. “Eu quis muito, num período muito difícil, estar com meu país, ajudar meu país. Meu objetivo é acabar com a guerra”, disse.

    Em entrevista ao site americano Axios, o ucraniano afirmou que “se nós acabarmos com a guerra com os russos, sim, eu estou pronto para não disputar porque não é meu objetivo, eleições”.

    A fala de Zelenski ocorreu um dia depois de ele encontrar-se com Donald Trump, que já o chamou de “ditador sem eleições” em um dos momentos de agressividade aberta do presidente americano com seu colega.

    A questão eleitoral é complicada para Zelenski. Como a Ucrânia entrou em lei marcial ao ser invadida pelos russos em 24 de fevereiro de 2022, pela Constituição local os pleitos foram suspensos.

    O mandato de Zelenski venceu em maio do ano passado, e a partir daí Vladimir Putin passou a insistir na hipótese de que o rival não teria legitimidade para negociar um acordo de paz, chegando a sugerir que o Parlamento do vizinho o removesse do cargo.

    A resposta do ucraniano é óbvia, citando a legislação local. Mas o fato é que a pressão doméstica sobre seu apetite pelo poder gera estranhamentos de tempos em tempos. Em agosto, quando tentou tirar poderes de agências investigativas anticorrupção, Zelenski enfrentou os primeiros protestos grandes de rua desde o início da guerra, sendo obrigado a recuar.

    Segundo disse à Folha no ano passado seu biógrafo Simon Shuster, o presidente terá grandes dificuldades, por sua natureza, de largar o osso do poder absoluto que hoje exerce. E isso gera reverberações na política local, além da atenção retórica do Kremlin -Putin chegou a exigir novas eleições na lista de demandas enviada a Kiev para um acordo de paz.

    O presidente segue popular. Segundo pesquisa feita em setembro pelo Instituto Internacional de Sociologia de Kiev, 59% dos ucranianos confiavam em Zelenski, ante 34% que diziam o contrário.

    Por outro lado, sua vitória não é considerada uma barbada, em caso de a guerra acabar e o pleito ser retomado. O principal desafiante, segundo pesquisas de opinião, é o ex-chefe das Força Armadas, Valeri Zalujni.

    O general é extremamente popular entre soldados e civis, e foi exonerado no ano passado devido a divergências públicas com Zelenski, que insistiu numa contraofensiva muito ampla em 2023 que acabou fracassando e custando a iniciativa de Kiev em seu próprio solo.

    Na quarta (24), Zalujni fez sua primeira avaliação pública da polêmica incursão ucraniana na região de Kursk, no sul russo, em agosto do ano passado. Por oito meses, as forças de Zelenski mantiveram um pequeno pedaço do território sob seu controle, na esperança de ter mais uma ficha de barganha em caso de negociação.

    A tática falhou, com alta perda de pessoal e equipamento de primeira linha. “O preço dessas ações são desconhecidos para mim, mas é óbvio que foram muito altos”, disse o agora embaixador ucraniano em Londres, em um artigo publicado no site Dzerkalo Tijnia.

    A pretensão de retirar esforços de Putin de outros pontos da frente de batalha também não funcionou, até porque o russo recebeu o reforço de mais de 10 mil soldados da aliada Coreia do Norte para lutar na operação.

    A guerra em si segue, com relatos de novos ataques com drones aquáticos ao porto de Novorrossisk, no sul russo, além de bombardeios contra a Ucrânia.

    O Kremlin comentou também nesta quinta a afirmação de Trump de que a Ucrânia poderia retomar todo o território perdido, cerca de 20% de sua área total incluindo a Crimeia anexada em 2014, algo que analistas creem ser impossível.

    Segundo o porta-voz Dmitri Peskov, a percepção é errada, mas ele manteve a porta aberta a Trump dizendo crer que o americano deseja a paz.

    Já o ex-presidente Dmitri Medvedev, hoje no Conselho de Segurança russo, foi fiel a seu estilo radical. “A Rússia pode usar armas para as quais um abrigo antibomba não vai servir. E os americanos deveriam lembrar disso”, escreveu em redes sociais.

    Zelenski diz que deixa o poder se a guerra com a Rússia acabar

  • Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy condenado a cinco anos de prisão

    Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy condenado a cinco anos de prisão

    A justiça francesa condenou o ex-presidente Sarkozy a 5 anos de prisão em caso de financiamento ilegal de campanha

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi condenado a cinco anos de prisão nesta quinta-feira (25), dois deles com suspensão da pena, após ser considerado culpado de associação ilícita por tentativas de obter fundos para sua campanha presidencial de 2007 a partir da Líbia, durante o regime do ditador Muammar Gaddafi (1942-2011)

    No comando da França de 2007 a 2012, Sarkozy foi absolvido por um tribunal de Paris de todas as outras acusações, incluindo corrupção e recebimento de financiamento ilegal de campanha.

    Pela decisão, o ex-presidente de 70 anos terá de cumprir três anos de prisão mesmo que recorra, uma sentença muito mais dura do que se esperava. Ainda não há definição, porém, de quando a pena em regime fechado entrará em vigor. Um anúncio deve ocorrer nos próximos dias.

    Sarkozy, que sempre negou as acusações, foi acusado de ter feito um acordo com Gaddafi em 2005, quando era ministro do Interior, para obter financiamento de campanha em troca de apoiar o então isolado regime líbio no cenário internacional.

    A presidente do tribunal, Nathalie Gavarino, afirmou que não havia provas de que Sarkozy tivesse feito tal acordo com Gaddafi, nem de que o dinheiro enviado pela Líbia tenha chegado aos cofres de sua campanha, ainda que o calendário fosse considerado compatível e os caminhos percorridos pelo dinheiro fossem “muito opacos”.

    Gavarino, porém, considerou Sarkozy culpado por associação ilícita por ter permitido que assessores próximos entrassem em contato com pessoas na Líbia para tentar obter financiamento de campanha.

    Gaddafi foi derrubado e assassinado em outubro de 2011, durante a Primavera Árabe. A França teve papel crucial na intervenção da Otan, impondo uma zona de exclusão aérea que deu apoio essencial aos rebeldes

    O ex-presidente estava em julgamento desde janeiro, em um processo que afirma ter motivações políticas. Ele compareceu à leitura da sentença no tribunal de Paris acompanhado da esposa, Carla Bruni, e de três de seus filhos.

    O tribunal o considerou culpado por atos ocorridos de 2005 a 2007. Depois disso, ele era presidente e estava protegido pela imunidade presidencial.

    Outras 11 pessoas foram processadas ao lado de Sarkozy. Entre os acusados estavam seu ex-braço direito Claude Gueant e o ex-ministro do Interior Brice Hortefeux. O tribunal considerou Gueant culpado de corrupção, entre outras acusações, e Hortefeux de associação ilícita.

    A sentença foi ofuscada pela morte, na terça-feira (23), em decorrência de uma parada cardíaca em Beirute, do empresário franco-libanês Ziad Takieddine, 75 anos, acusador-chave de Sarkozy.

    Takieddine afirmou diversas vezes que, em 2006 e 2007, ajudou a entregar até € 5 milhões (equivalentes a R$ 31 milhões na cotação atual) de Gaddafi a Sarkozy e sua equipe. Posteriormente, ele se retratou, antes de contradizer a própria retratação. A Justiça abriu outro processo contra Sarkozy e também contra Carla Bruni por suspeitas de pressionar uma testemunha.

    A acusação é baseada em declarações de sete ex-dirigentes líbios, viagens de Guéant e Hortefeux à Líbia, transferências de dinheiro e cadernos de anotações do ex-ministro do Petróleo líbio Shukri Ghanem, encontrado afogado no Danúbio em Viena em 2012.

    Apesar das batalhas judiciais, e de ter sido destituído em junho da Legião de Honra, a mais alta distinção da França, Sarkozy continua influente no cenário político francês e mantém interlocução com o atual presidente, Emmanuel Macron.

    Ele se reuniu recentemente com seu ex-protegido, o primeiro-ministro Sebastien Lecornu, e também deu legitimidade à Reunião Nacional (RN), liderada por Marine Le Pen, ao afirmar que o partido de ultradireita e anti-imigração agora faz parte do “arco republicano”.

    Sarkozy já enfrentou outros processos desde que deixou o cargo. No ano passado, o mais alto tribunal da França confirmou sua condenação por corrupção e tráfico de influência no chamado caso das escutas, determinando que ele usasse uma tornozeleira eletrônica por um ano, algo inédito para um ex-chefe de Estado francês. O aparelho já foi retirado.

    Também em 2023, um tribunal de apelação confirmou uma condenação separada por financiamento ilegal de campanha em sua fracassada tentativa de reeleição em 2012. Uma decisão final sobre esse caso é esperada no próximo mês.

    Ex-presidente francês Nicolas Sarkozy condenado a cinco anos de prisão

  • Terremoto de 6,2 atinge Venezuela; tremores foram sentidos na Colômbia

    Terremoto de 6,2 atinge Venezuela; tremores foram sentidos na Colômbia

    Um forte abalo sísmico foi registrado na noite de quarta-feira, 24, em Mene Grande, no estado de Zulia. Apesar da magnitude 6,2 e da sequência de tremores, até o momento não há registros de vítimas ou danos graves, segundo autoridades locais e o USGS

    Um terremoto de magnitude 6,2 atingiu a Venezuela na noite desta quarta-feira, 24, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS). O tremor, registrado às 22h21 em Mene Grande, no estado de Zulia, ocorreu a 7,8 km de profundidade. Até o momento, não há relatos de vítimas ou danos materiais significativos.

    De acordo com a Fundação Venezuelana de Pesquisas Sismológicas (Funvisis), a atividade sísmica começou mais cedo, às 18h22, com um abalo de magnitude 5,4 e profundidade de 26,5 km, cujo epicentro foi no estado de Trujillo. Minutos depois, às 18h29, outro tremor foi registrado, dessa vez de magnitude 4,9 e 34,3 km de profundidade.

    Jornais locais como Últimas Notícias e El Nacional informaram que os abalos foram sentidos em Caracas, em cidades do oeste da Venezuela e também em partes da Colômbia. Nas redes sociais, moradores compartilharam vídeos e fotos mostrando móveis caindo e prédios balançando durante os tremores.
     
     

    Terremoto de 6,2 atinge Venezuela; tremores foram sentidos na Colômbia

  • Bebê é abandonado com pedra dentro da boca e cola nos lábios

    Bebê é abandonado com pedra dentro da boca e cola nos lábios

    A criança, de aproximadamente 15 a 20 dias de vida, foi achada em uma pilha de pedras no distrito de Bhilwara, em Rajasthan. O bebê tinha fita adesiva na boca e nas pernas e segue internado sob cuidados médicos enquanto a polícia investiga o caso

    Um bebê de apenas duas semanas foi encontrado abandonado no distrito de Bhilwara, em Rajasthan, na Índia, em circunstâncias descritas como chocantes. A criança tinha uma pedra dentro da boca e os lábios colados, possivelmente para evitar que chorasse e chamasse atenção.

    O bebê foi localizado por um pastor de gado em meio a uma pilha de pedras. O homem retirou imediatamente o objeto da boca da criança, que começou a chorar em seguida.

    Levada para o Bijolia Government Hospital, a vítima foi avaliada por médicos, que estimaram sua idade entre 15 e 20 dias. Além da pedra, havia fita adesiva na boca e nas pernas do bebê.

    A polícia investiga o caso e analisa registros de hospitais da região para identificar mulheres que deram à luz recentemente. Moradores locais também estão sendo ouvidos na tentativa de localizar os pais. Enquanto isso, o bebê permanece sob cuidados médicos.

    Bebê é abandonado com pedra dentro da boca e cola nos lábios

  • Marido de mulher 'apanhada' nos Coldplay também estava lá acompanhado

    Marido de mulher 'apanhada' nos Coldplay também estava lá acompanhado

    Nova reviravolta no caso que viralizou: Andrew Cabot, marido de Kristin, estava no mesmo show em que a ex-diretora de RH foi filmada com o CEO da Astronomer. Separados há semanas, ambos já seguiam novos rumos pessoais

    O caso do casal flagrado em clima suspeito durante um show do Coldplay ganhou uma nova reviravolta. Segundo o jornal britânico The Times, o marido de Kristin Cabot, Andrew, também estava no mesmo show em que a ex-diretora de Recursos Humanos da empresa Astronomer foi filmada ao lado do então CEO Andy Byron.

    De acordo com uma fonte próxima, Andrew não estava no Japão, como chegou a ser noticiado, mas sim no estádio, acompanhado da atual namorada. A mesma fonte afirmou que Kristin e Andrew já estavam separados há semanas, morando em casas diferentes, em um processo descrito como “amigável”.

    Kristin, por sua vez, estava em um camarote com colegas de trabalho. Já Andrew assistia ao show em outro setor. O casal oficializou o pedido de divórcio em 13 de agosto, um mês após o episódio viral.

    O The Times também destacou que Kristin e Andy Byron não mantinham um relacionamento extraconjugal. A fonte declarou que os dois eram apenas amigos próximos, embora a postura da ex-diretora de RH com o chefe tenha sido considerada “inapropriada” naquele contexto.

    A situação veio à tona quando a chamada kiss cam projetou os dois nos telões da arena. Rapidamente, eles tentaram se esquivar da câmera: ela cobriu o rosto e ele se abaixou. A reação chamou a atenção de Chris Martin, vocalista da banda, que chegou a brincar: “Ou estão tendo um caso, ou são muito tímidos”.

    O vídeo viralizou, internautas descobriram que ambos eram casados com outras pessoas e a polêmica tomou grandes proporções. Pouco depois, a esposa de Andy Byron retirou o sobrenome “Byron” de suas redes sociais antes de desativar o perfil.

    Kristin e Andrew, juntos desde 2020, agora seguem separados oficialmente. Já Andy e sua esposa ainda não confirmaram um pedido de divórcio.

     

     

    Marido de mulher 'apanhada' nos Coldplay também estava lá acompanhado

  • Trump substitui retrato de Biden na Casa Branca por caneta automática

    Trump substitui retrato de Biden na Casa Branca por caneta automática

    A substituição da imagem de Joe Biden por uma caneta automática reacendeu críticas de Donald Trump, que acusou o ex-presidente de não ter assinado decisões de fato. Biden rebateu, afirmando que todas as medidas de seu governo foram tomadas por ele

    A Casa Branca apresentou nesta quarta-feira (24) a mais recente atualização da Parede da Fama Presidencial, exibida na residência oficial dos presidentes dos Estados Unidos. No espaço que antes trazia a foto de Joe Biden, antecessor de Donald Trump, agora aparece a imagem de uma caneta automática.

    Durante o mandato, Biden utilizou diversas vezes esse recurso para assinar documentos oficiais, prática que foi alvo de críticas de Donald Trump. O atual presidente acusava o democrata de não ter controle sobre o que assinava e chegou a questionar a validade de perdões concedidos na época.

    “Foi usada ilegalmente. Ele nunca deu as ordens”, declarou Trump a jornalistas durante viagem ao Reino Unido. “Acho que um dos poucos atos que ele assinou de verdade foi o perdão ao próprio filho”, ironizou.

    Em resposta, Biden rejeitou as acusações. “Fui eu quem tomou todas as decisões durante o meu mandato. Decretos, ordens executivas, legislações e proclamações foram assinados por minha determinação. Qualquer sugestão em contrário é absurda e falsa”, disse em comunicado à ABC News.

    O uso da caneta automática, no entanto, não é novidade na política norte-americana. A prática já foi adotada por presidentes de ambos os partidos em situações específicas, principalmente para assinar documentos oficiais no Capitólio e na Casa Branca quando dificuldades motoras impediam a assinatura manual.

    Trump substitui retrato de Biden na Casa Branca por caneta automática

  • Brasil vai cobrar ONU sobre criação de Estado palestino, diz Lula

    Brasil vai cobrar ONU sobre criação de Estado palestino, diz Lula

    Lula disse na ONU defendeu que os demais países reconheçam a Palestina como Estado, disse que o povo palestino corre o risco de desaparecer e criticou o Hamas

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil vai cobrar da Organização das Nações Unidas (ONU) a criação de um Estado palestino. A afirmação foi feita nesta quarta-feira (24), durante entrevista coletiva à imprensa para fazer um balanço da participação do Brasil na Assembleia Geral da ONU, realizada nesta semana em Nova York.

    Lula também voltou a afirmar que o que Israel está fazendo na Faixa de Gaza é um genocídio contra o povo palestino.

    “Eu penso que o mundo inteiro já está tomado da percepção de que você não tem uma guerra em Gaza, você tem um genocídio de um exército fortemente preparado contra um povo indefeso, sobretudo mulheres e crianças”, disse Lula. 

    “Da parte do Brasil, vamos cobrar a ONU para ela executar a decisão que foi tomada ontem”, continuou o presidente, referindo-se ao fato de que mais de 150 países apoiaram a criação de um Estado palestino.

    A criação de um Estado palestino foi um dos principais temas abordados durante a assembleia. Enquanto Lula e dezenas de outros chefes de Estado defenderam a soberania do povo palestino em um território independente de Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump se manifestou contrariamente.

    Além disso, às vésperas da Assembleia, aliados históricos de Israel, como França, Canadá, Reino Unido, Austrália e Portugal, anunciaram o reconhecimento formal do Estado da Palestina.

    “Esse genocídio só está acontecendo porque quem pode parar não tomou a atitude de parar. O Conselho de Segurança da ONU poderia ter tomado uma atitude mais forte. A mesma ONU que teve força para criar o Estado de Israel deveria ter força para criar o Estado palestino”, defendeu Lula. “A ONU tem documentos e decisão coletiva da sua maioria para chamar Israel da sua responsabilidade”, continuou.

    Durante o seu discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula defendeu que os demais países reconheçam a Palestina como Estado, disse que o povo palestino corre o risco de desaparecer e criticou o Hamas.

    “Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo. Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza. Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes. Ali também estão sepultados o direito internacional humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente.”

    Brasil vai cobrar ONU sobre criação de Estado palestino, diz Lula

  • Lula diz que Trump foi mal informado sobre Brasil, mas química foi uma surpresa boa

    Lula diz que Trump foi mal informado sobre Brasil, mas química foi uma surpresa boa

    Lula e Trump tiveram um diálogo rápido nesta terça (23), o primeiro encontro dos dois desde que o americano tomou posse e posteriormente aplicou sanções ao país

    NOVA YORK, EUA (CBS NEWS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (24) que “aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível”, em referência à conversa que teve com o presidente Donald Trump em Nova York.

    O brasileiro reconheceu ter havido uma química -termo usado por Trump para falar da impressão que teve da interação com Lula- com o americano, o que classificou como boa surpresa.

    “Fiquei feliz ao ouvir dele que ‘pintou uma química’ entre nós. Eu, pessoalmente, acredito que 80% de uma boa relação é química e 20% é emoção. Por isso, considero essa sintonia muito importante, e torço para que essa relação dê certo”, disse Lula, que também chamou Trump de simpático.

    A declaração foi dada em entrevista à imprensa ao final da participação do presidente brasileiro na Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, nesta semana.

    “Além de ter a oportunidade de fazer esse discurso, tive também a satisfação de me encontrar com o presidente Trump. Aquilo que parecia impossível deixou de ser impossível”, disse o presidente, após fazer referência à sua própria fala na Assembleia-Geral.

    Os líderes tiveram um diálogo rápido nesta terça (23), o primeiro encontro dos dois desde que o americano tomou posse e posteriormente aplicou sanções ao país.

    Para Lula, Trump foi mal informado sobre o Brasil. O petista disse esperar “explicar as coisas” e o que ocorre no país ao republicano na reunião que os dois articulam para que ocorra.

    “Estou convencido que algumas decisões tomadas pelo presidente Trump se deveram ao fato da qualidade de informações que ele tinha sobre o Brasil. Quando ele tiver as informações corretas, ele pode mudar de posição”, afirmou.

    “Vamos conversar como dois homens civilizados de 80 anos. Não existe espaço para brincadeira. Existe a necessidade de conversar sobre os conflitos. E uma conversa começa assim, vamos ver depois o que vai acontecer. Quero saber qual é o problema com relação ao Brasil”, complementou o presidente.

    Lula disse ter sido surpreendido ao encontrar Trump numa sala atrás do púlpito onde discursou na terça. Ele afirmou que o americano se aproximou dele com um sorriso e, então, o brasileiro estendeu a mão para cumprimentá-lo.

    “Eu disse ao presidente Trump o seguinte: não tem limite a nossa conversa, vamos colocar na mesa tudo”, afirmou Lula.

    O presidente brasileiro disse ainda não ter detalhes de como e quando será o encontro, mas não descartou que ele fosse presencial.

    “Não há razão para que Brasil e EUA vivam momentos de conflito. Fiz questão de dizer ao presidente que temos muito o que conversar. E fiquei satisfeito quando ele me disse que é possível, sim, manter esse diálogo. Quem sabe, em alguns dias, a gente consiga ajustar as palavras e avançar nessa conversa”, afirmou. “Tenho interesse nessa conversa e quero que ela aconteça logo.”

    “Espero que a gente possa reestabelecer a harmonia necessária que tem que ter sobre Brasil e EUA.

    Quando tiver eleição nos EUA, eu não me meto, e quando tiver no Brasil, ele não se mete”, afirmou Lula.

    Segundo o próprio americano, a interação desta terça-feira durou 39 segundos, e os líderes combinaram uma nova conversa para a próxima semana.

    Integrantes do governo Lula viram o gesto como uma vitória para o brasileiro. Eles temem, porém, que o americano use o diálogo entre os dois como uma forma de pressionar e até humilhar o líder petista, a exemplo do que já fez com líderes europeus na Casa Branca. Sobre o risco de a conversa ter um clima tenso, Lula falou que “não existe espaço para brincadeiras entre dois homens de 80 anos” –o brasileiro será octogenário em outubro, e Trump fará 80 em junho do ano que vem.

    O encontro dos dois na Assembleia-Geral foi divulgado pelo presidente americano ao final de sua fala, em que ele também disse que gostou do brasileiro e que teve uma “excelente química” com o petista.

    Este foi o primeiro encontro entre Trump e Lula desde a eleição do republicano e desde que o americano impôs tarifas comerciais às importações brasileiras e sanções a membros do Executivo e do Judiciário, como o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    Lula usou seu discurso para mandar uma série de recados a Trump. Na véspera, o presidente americano aplicou mais sanções ao Brasil, com a inclusão da mulher de Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na lista de sancionados pela Lei Magnistky e restringiu o visto do ministro Jorge Messias (Advocacia-Geral), e outras seis pessoas.

    Diante dos líderes na Assembleia Geral da ONU, Lula afirmou que as sanções e tarifas dos EUA contra o Brasil são uma ameaça à soberania, e o país está defendendo suas instituições ao resistir a pressões. “O Brasil optou por resistir e defender sua democracia.”

    Lula também usou a palavra “democracia” 18 vezes no discurso.

    Lula diz que Trump foi mal informado sobre Brasil, mas química foi uma surpresa boa

  • Rei mais rico do mundo? Este monarca tem 17 mil casas, 52 barcos e 38 jatos

    Rei mais rico do mundo? Este monarca tem 17 mil casas, 52 barcos e 38 jatos

    Maha Vajiralongkorn tem fortuna que chega a US$ 43 bilhões, valor proveniente de herança, investimentos estratégicos e uma coleção impressionante de bens de luxo

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O rei da Tailândia, Maha Vajiralongkorn, conhecido como Rama X, é considerado um dos monarcas mais ricos do planeta. Sua fortuna chega a US$ 43 bilhões. O valor combina herança, investimentos estratégicos e uma coleção impressionante de bens de luxo.

    Grande parte dessa riqueza vem de propriedades de alto valor. Segundo o jornal espanhol As, Rama X é dono de 17 mil imóveis apenas em Bangkok, dentro de um território que chega a 16 mil acres em toda a Tailândia.

    Esses ativos garantem aluguéis milionários e sustentam projetos imobiliários de alto padrão, ampliando o patrimônio do monarca. O rei também mantém participações estratégicas em setores-chave como telecomunicações, energia e indústria pesada, reforçando sua presença na economia nacional.

    Luxo no ar, na terra e na água. O estilo de vida é marcado pelo excesso. Ainda segundo o As, Rama X possui 38 jatos privados, mais de 300 carros de luxo e 52 barcos luxuosos usados em cerimônias tradicionais. Entre as joias, destaca-se o diamante Golden Jubilee, de 545,67 quilates, descrito pela revista CEOWorld como “o maior e mais valioso diamante do mundo”.

    Mesmo com uma fortuna dessa escala, parte das propriedades do rei é isenta de impostos. De acordo com matéria da Reuters de 2019, a Tailândia aprovou regras que permitem a isenção para imóveis usados em atividades de Estado, cerimônias reais ou fins religiosos, o que reforça a proteção patrimonial da monarquia.

    Apesar de o Grande Palácio em Bangkok ser a residência oficial, Rama X passa longos períodos na Alemanha. No país europeu, mantém uma casa particular, detalhe que alimenta a curiosidade sobre sua rotina.

    DE HERDEIRO A ESTRATEGISTA

    Rama X subiu ao trono em 2016, após a morte do pai, o rei Bhumibol Adulyadej, recebendo um imenso legado financeiro. Mas não ficou apenas com a herança: soube multiplicar a fortuna com investimentos certeiros. Desde jovem, teve formação militar na Austrália e no Reino Unido, tornou-se piloto de jatos e helicópteros e participou de missões de contrainsurgência.

    Rei mais rico do mundo? Este monarca tem 17 mil casas, 52 barcos e 38 jatos