Categoria: MUNDO

  • Brigitte Macron apresentará 'evidências científicas' de que é mulher

    Brigitte Macron apresentará 'evidências científicas' de que é mulher

    Advogado de Macron diz que provas serão apresentadas em tribunal dos EUA

    O presidente francês Emmanuel Macron e sua esposa, Brigitte Macron, planejam apresentar provas fotográficas e científicas a um tribunal dos EUA para provar que Brigitte é mulher, revelou seu advogado. As evidências serão utilizadas para rebater alegações que questionam seu gênero, promovidas online.

    A medida faz parte de um processo por difamação contra a influenciadora americana Candace Owens, que sugeriu que Brigitte Macron nasceu homem. Tom Clare, principal advogado dos Macron, disse ao podcast ‘Fame Under Fire’, da BBC, que depoimentos de especialistas também serão apresentados para refutar cientificamente as alegações, embora não tenha fornecido mais detalhes.

    O caso lança luz sobre o fascínio público pelo casal, cujo relacionamento incomum começou quando Emmanuel era um estudante de 15 anos e Brigitte, uma professora de 39. Então, o que desencadeou a controversa história de amor e como esse romance nada convencional perdurou?

    Brigitte Macron apresentará 'evidências científicas' de que é mulher

  • China pede "cessar-fogo abrangente" na Faixa de Gaza

    China pede "cessar-fogo abrangente" na Faixa de Gaza

    O chefe da diplomacia da China defendeu a urgência de um “cessar-fogo abrangente” na Faixa de Gaza para travar rapidamente a “atual catástrofe humanitária”, no meio de uma ofensiva de Israel.

    “Os países que têm uma influência especial sobre Israel devem assumir seriamente suas responsabilidades, e o Conselho de Segurança das Nações Unidas e as agências humanitárias também devem cumprir suas obrigações”, disse Wang Yi.

    Em declarações divulgadas no sábado, o ministro das Relações Exteriores da China acrescentou que os planos de Israel para controlar a Cidade de Gaza e acelerar a invasão da Cisjordânia “violam gravemente as normas do direito internacional”.

    Tais ações “colocam em risco a ‘solução de dois Estados’ e minam diretamente a estabilidade do Oriente Médio”, alertou Wang, citado pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua.

    “A história tem demonstrado repetidamente que a segurança deve ser compartilhada. Nenhum país pode construir sua própria segurança com base na insegurança de outros países”, observou o ministro.

    Durante um encontro com o chanceler do Marrocos, Nasser Bourita, Wang também apelou “à obtenção de um maior consenso internacional e à formação de uma posição mais unificada” em torno da ‘solução de dois Estados’.

    No sábado, ataques do exército israelense na Faixa de Gaza, a maioria na Cidade de Gaza, mataram mais de 70 pessoas, de acordo com um balanço feito em necrotérios de hospitais por jornalistas do enclave e divulgado em uma plataforma conjunta.

    Uma comissão independente da ONU, relatores de direitos humanos, organizações não governamentais e um número crescente de países classificaram como genocídio a ofensiva militar israelense, que já matou 65.200 pessoas, incluindo 19 mil crianças.

    No sábado, a Presidência da França anunciou que dez países, entre eles Portugal, vão reconhecer um Estado palestino na segunda-feira, em uma conferência em Nova Iorque.

    Nessa conferência, estarão representados “dez países que decidiram proceder ao reconhecimento do Estado da Palestina”, informou um assessor do presidente francês, Emmanuel Macron, à imprensa.

    Além da França, que lidera a iniciativa, e de Portugal, os outros Estados “são Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e San Marino”, acrescentou.

    Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina, mas já no domingo, na véspera da conferência.

    “O Ministério das Relações Exteriores confirma que Portugal vai reconhecer o Estado da Palestina, como o ministro Paulo Rangel já havia antecipado nesta semana”, informou em comunicado.

    Assim, a “Declaração Oficial de Reconhecimento acontecerá ainda antes da Conferência de Alto Nível da próxima semana”, organizada pela França e pela Arábia Saudita na sede das Nações Unidas, em Nova York.”

    China pede "cessar-fogo abrangente" na Faixa de Gaza

  • Trump pede ao Supremo autorização para revogar proteção de 300 mil venezuelanos

    Trump pede ao Supremo autorização para revogar proteção de 300 mil venezuelanos

    O executivo do Presidente norte-americano, Donald Trump, pediu ao Supremo Tribunal dos Estados Unidos autorização para poder retirar a mais de 300 mil imigrantes venezuelanos o Estatuto de Proteção Temporária, permitindo a sua deportação.

    O pedido para a emissão de uma ordem urgente foi apresentado na sexta-feira, depois de, no início deste mês, um juiz federal de um tribunal da Califórnia ter determinado, em uma decisão confirmada em instância de recurso, que a iniciativa do Departamento de Segurança Interna de revogar o Estatuto de Proteção Temporária é “arbitrária e caprichosa” e deveria ser bloqueada.

    Em maio, a Suprema Corte, tribunal máximo dos Estados Unidos, havia permitido à administração de Donald Trump continuar a retirada do estatuto enquanto a questão era discutida nas instâncias inferiores.

    Segundo a agência de notícias espanhola EFE, os juízes não justificaram por escrito a decisão, algo comum nos procedimentos judiciais considerados urgentes.

    A falta de explicação tem sido mencionada por juízes de tribunais inferiores ao expressarem publicamente a incerteza quando precisam apreciar casos específicos.

    Desde que, em janeiro de 2025, retornou à Casa Branca, após um primeiro mandato entre 2017 e 2021, o republicano Donald Trump tem tentado revogar diversas medidas de proteção a imigrantes, incluindo o cancelamento das autorizações de proteção temporária concedidas a 600 mil venezuelanos e 500 mil haitianos durante a presidência do democrata Joe Biden (2021-2025).

    Trump pede ao Supremo autorização para revogar proteção de 300 mil venezuelanos

  • Homem que profetizou pandemia prevê futuro mais sombrio

    Homem que profetizou pandemia prevê futuro mais sombrio

    O camponês analfabeto do século XIX fez algumas previsões chocantemente precisas

    Você provavelmente está familiarizado com as profecias de Nostradamus, ou mesmo as de Baba Vanga — a mulher que previu o 11 de Setembro. Mas já ouviu falar de um camponês sérvio sem estudos chamado Mitar Tarabich? Bem, ele também fez algumas visões do futuro assustadoramente precisas. Felizmente, ele era afilhado de um padre, que tomou notas de todas as profecias que ele fez.

    Homem que profetizou pandemia prevê futuro mais sombrio

  • Zelenski pede nova reunião bilateral com Lula na ONU

    Zelenski pede nova reunião bilateral com Lula na ONU

    A última solicitação foi feita em maio deste ano, quando ambos os líderes iriam se encontrar na cúpula do G7 no Canadá. Lula aceitou o convite, mas, por questões de agenda, eles não se encontraram.

    JULIA CHAIB E RICARDO DELLA COLETTA
    WASHINGTON, EUA, E BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, pediu uma nova reunião bilateral com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorreria durante a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) na próxima semana, em Nova York, nos Estados Unidos.

    A última solicitação foi feita em maio deste ano, quando ambos os líderes iriam se encontrar na cúpula do G7 no Canadá. Lula aceitou o convite, mas, por questões de agenda, eles não se encontraram.

    A última vez que eles se reuniram foi em setembro de 2023, também às margens da Assembleia-Geral.

    Meses antes, os dois se desencontraram também numa cúpula do G7 em Hiroshima (Japão), em maio, de 2023. Naquela ocasião, os dois presidentes responsabilizaram um ao outro pelo cancelamento de uma conversa que teria sido agendada e não ocorreu. Lula disse que Zelenski “não apareceu”; o ucraniano, depois, afirmou que o brasileiro “não achou tempo” para se reunir com ele.

    A agenda pode servir ao presidente brasileiro como forma de equilibrar as críticas recebidas neste ano, quando visitou a Rússia.
    Desde que assumiu o governo, em 2023, Lula tenta se colocar como um possível mediador para o conflito entre Ucrânia e Rússia, iniciado um antes da sua posse, mas tem recebido críticas pelo que países consideram ser uma posição mais próxima de Vladimir Putin.

    Logo no início do mandato, o governo tentou costurar com a China uma posição conjunta para uma futura negociação de paz na Ucrânia, o que foi rechaçado por Zelenski.

    Neste ano, Lula voltou a se engajar no tema. Após participar das celebrações dos 80 anos da vitória russa na Segunda Guerra Mundial, ele pediu a Putin, durante uma ligação, que fosse a Istambul negociar um cessar-fogo. Delegações dos dois lados da disputa se reuniram na Turquia para conversas, mas nem Putin nem Zelenski compareceram.

    Zelenski pede nova reunião bilateral com Lula na ONU

  • Ataque cibernético afeta aeroportos europeus

    Ataque cibernético afeta aeroportos europeus

    O ataque, que visa um fornecedor de serviços de ‘check-in’ e embarque, está causando atrasos e cancelamentos de voos em vários aeroportos europeus, incluindo aeroportos em Londres, Bruxelas e Berlim.

    Um ataque cibernético a um fornecedor de serviços de check-in e embarque está interrompendo as operações de vários aeroportos europeus, incluindo Londres, no Reino Unido, Bruxelas, na Bélgica, e Berlim, na Alemanha.

    Segundo a agência de notícias Reuters, que cita os operadores dos aeroportos de Heathrow (Londres), Bruxelas e Berlim, o ataque está causando atrasos e cancelamentos de voos.

    Em Bruxelas, por exemplo, o ataque deixou os sistemas automatizados fora de operação, permitindo apenas os procedimentos manuais de check-in e embarque.

    “Isso tem um grande impacto na programação dos voos e, infelizmente, vai provocar atrasos e cancelamentos”, informou o Aeroporto de Bruxelas em comunicado, garantindo que “o fornecedor de serviços está trabalhando ativamente no problema e tentando resolvê-lo o mais rápido possível”.

    De acordo com o portal do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, um voo da TAP que deveria partir da capital portuguesa com destino a Bruxelas às 07h15 já foi cancelado.

    Outro voo, com partida de Bruxelas e aterrissagem prevista em Lisboa às 13h45, também foi cancelado.

    Em Londres, o Aeroporto de Heathrow também alertou para atrasos causados por “um problema técnico” em um fornecedor externo.

    Passageiros com voos marcados para este sábado estão sendo aconselhados a confirmar sua viagem junto às companhias aéreas antes de se dirigir ao aeroporto.

    Já o Aeroporto de Berlim informou que, “devido a um problema técnico em um fornecedor de sistemas que opera em toda a Europa, o tempo de espera no check-in está aumentando”.

    “Estamos trabalhando em uma solução rápida”, disse o aeroporto.

    Ataque cibernético afeta aeroportos europeus

  • "Repugnante": Netanyahu rejeita ligação de Israel à morte de Kirk

    "Repugnante": Netanyahu rejeita ligação de Israel à morte de Kirk

    O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que “alguém inventou uma mentira monstruosa: que Israel teve alguma coisa a ver com o horrível assassinato de Charlie Kirk”, o que considerou “ultrajante”.

    O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou os “rumores repugnantes” que ligam Israel à morte de Charlie Kirk, o ativista ultraconservador norte-americano assassinado a tiros durante um evento em uma universidade em Utah.

    “Joseph Goebbels, o ministro da propaganda nazista, disse que quanto maior for a mentira, mais rápido ela se espalhará”, começou Netanyahu em um vídeo em inglês compartilhado na rede social X, na quinta-feira.

    “Pois bem, alguém inventou uma mentira monstruosa: que Israel teve alguma coisa a ver com o horrível assassinato de Charlie Kirk”, acrescentou. “Isso é uma loucura. É falso. É ultrajante.”

    Sem entrar em detalhes sobre as acusações, Netanyahu fez questão de destacar que Charlie Kirk, de 31 anos, “amava Israel” e “amava o povo judeu”, revelando ainda que o ativista lhe enviou uma carta, meses antes de sua morte, em que dizia que defender Israel era uma das “maiores alegrias” de sua vida.

    “Ele me disse: ‘A Terra Santa é tão importante para a minha vida que me dói ver o apoio a Israel desaparecer’”, afirmou Netanyahu.

    “Agora, alguns estão espalhando esses rumores repugnantes, talvez por obsessão, talvez com financiamento do Catar”, continuou o primeiro-ministro. “O que eu sei é o seguinte: Charlie Kirk foi um grande homem, e um grande homem merece honra, não mentiras.”

    Netanyahu lamentou morte de Charlie Kirk, “amigo fervoroso de Israel”

    Charlie Kirk foi morto a tiros durante um discurso em uma universidade de Utah, no dia 10 de setembro. Na ocasião, Netanyahu recorreu às redes sociais para lamentar a morte do “amigo fervoroso de Israel” e ressaltou que “perdemos um ser humano incrível”.

    “Charlie Kirk foi assassinado por dizer a verdade e defender a liberdade. Amigo fervoroso de Israel, combateu as mentiras e defendeu a civilização judaico-cristã. Conversei com ele há apenas duas semanas e o convidei a vir a Israel. Infelizmente, essa visita não acontecerá”, escreveu, minutos após a confirmação da morte.

    “Perdemos um ser humano incrível. Seu orgulho sem limites pelos Estados Unidos e sua firme crença na liberdade de expressão deixarão um impacto duradouro. Descanse em paz, Charlie Kirk”, acrescentou.

    Charlie Kirk, que morreu aos 31 anos, sempre assumiu uma posição pró-Israel, chegando a afirmar que a Palestina “não existe” e que “Israel não está matando os moradores de Gaza de fome”.

    O ultraconservador foi o fundador da Turning Point USA, uma organização conservadora voltada ao ativismo universitário.

    Nascido em Arlington Heights, subúrbio de Chicago, Kirk vinha de uma família de classe média e desde jovem demonstrou interesse pela política.

    Defensor do porte de armas de fogo, ele se tornou uma das vozes mais conhecidas do movimento jovem conservador nos Estados Unidos, próximo do ex-presidente Donald Trump.

    "Repugnante": Netanyahu rejeita ligação de Israel à morte de Kirk

  • Hong Kong retira 6 mil pessoas após descobrir bomba da Segunda Guerra

    Hong Kong retira 6 mil pessoas após descobrir bomba da Segunda Guerra

    As autoridades de Hong Kong ordenaram hoje a retirada de seis mil pessoas de 18 edifícios na zona de Quarry Bay, após terem descoberto uma bomba da Segunda Guerra Mundial, “totalmente operacional”.

    O objeto, descoberto a dez metros de profundidade na tarde de sexta-feira, foi considerado operacional e de alto risco pelos especialistas em desarmamento da polícia, que estão trabalhando para desativá-lo antes das 23h de hoje (16h em Lisboa), prazo estabelecido para a conclusão da evacuação.

    A bomba, de 1,5 metro de comprimento, contendo 227 quilos de explosivos e possivelmente lançada por uma aeronave dos Estados Unidos durante a guerra, foi descoberta durante obras de construção.

    Policiais e grupos de apoio comunitário da região notificaram rapidamente os moradores dos edifícios próximos, incentivando-os a deixar os apartamentos e buscar abrigo em áreas seguras.

    A operação, liderada pela Unidade de Desativação de Artilharia da Polícia, começou às 2h de hoje (19h de sexta-feira em Lisboa), com o objetivo de desmontar o dispositivo e realizar uma explosão controlada no prazo de 12 horas.

    Após a conclusão da operação, as ruas adjacentes, que foram bloqueadas por precaução, deverão ser reabertas, permitindo o retorno dos moradores deslocados, desde que não haja imprevistos.

    Para proteger o público e agilizar a evacuação, os bombeiros mobilizaram dois veículos de emergência, duas unidades médicas e um centro móvel de atendimento a vítimas.

    O chefe interino da polícia de Hong Kong para o setor leste, Lo Shui-sang, afirmou que os agentes também contam com equipamentos de combate a incêndios e tecnologia robótica prontos para apoiar a operação.

    Henry Lai, representante do Departamento de Assuntos Internos, confirmou que 35 grupos de assistência locais estão colaborando na operação, com apoio adicional do distrito de Wan Chai, e que foi providenciado transporte para levar os afetados a centros comunitários e alojamentos temporários.

    Em 2018, três artefatos semelhantes foram descobertos em Wan Chai, onde um projétil de peso idêntico exigiu 20 horas de trabalho e a retirada de 1.250 pessoas.

    Esses incidentes, embora esporádicos, evidenciam as dificuldades de uma cidade como a antiga colônia britânica, onde a urbanização constante frequentemente traz de volta à superfície relíquias de conflitos passados.

    Documentos históricos registram intensos bombardeios aliados a partir de 1942 — após o Japão conquistar Hong Kong no Natal de 1941 —, incluindo um ataque devastador em 1945 que deixou centenas de vítimas e inúmeras munições não detonadas.

    Especialistas alertam que o “boom” imobiliário pode revelar mais vestígios nessa região, marcada pelo passado colonial e pelos conflitos do século XX.

    Hong Kong retira 6 mil pessoas após descobrir bomba da Segunda Guerra

  • Governo Trump insinua que Harvard tem problemas financeiros e impõe restrição

    Governo Trump insinua que Harvard tem problemas financeiros e impõe restrição

    Departamento de Educação restringe acesso da universidade a fundo federal e exige garantia bilionária em meio a pressão; impacto de ações federais contra a instituição pode se aproximar de US$ 1 bilhão anualmente

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O governo de Donald Trump intensificou sua campanha contra a Universidade Harvard nesta sexta-feira (19), ao impor novas restrições à capacidade da instituição de acessar fundos federais para o pagamento de auxílio estudantil.

    O governo cita preocupações com a “posição financeira” da instituição de ensino superior, a mais antiga e rica dos Estados Unidos. Ou seja: questiona a estabilidade financeira da universidade e exige provas de que Harvard não tem problemas do tipo, muito embora a instituição, que possui um fundo patrimonial de US$ 53 bilhões, nunca tenha sugerido que estivesse com grave dificuldade financeira.

    O Departamento de Educação informou que colocou Harvard sob status de “monitoramento intensificado de caixa”, o que significa que a universidade sediada em Cambridge, no estado de Massachusetts, precisará usar seus próprios fundos para pagar o auxílio estudantil federal antes de sacar recursos do departamento.

    O órgão também está buscando que Harvard apresente uma carta de crédito de US$ 36 milhões -cerca de 30% da ajuda financeira federal direcionada à universidade no último ano- para garantir que suas obrigações financeiras sejam cumpridas, em meio a uma série de investigações que têm a instituição como alvo.

    O Departamento de Educação, em uma outra carta a Harvard, advertiu que seu Escritório de Direitos Civis pode tomar medidas adicionais contra a universidade, a menos que ela forneça mais informações para avaliar se a instituição está considerando ilegalmente a raça como critério de seu processo de admissão de estudantes.

    Harvard não respondeu a um pedido de comentário da agência Reuters.

    A universidade, no entanto, tem realizado demissões e cortes de gastos nos últimos meses, depois que a gestão Trump lançou uma campanha para usar o financiamento federal como alavanca para forçar mudanças em Harvard e outras universidades -que o presidente acusa de estarem dominadas por ideologias antissemitas e de extrema esquerda.

    Em julho, Harvard afirmou que o impacto combinado das recentes ações federais em seu orçamento poderia se aproximar de US$ 1 bilhão anualmente.
    A universidade processou o governo por algumas dessas ações, levando um juiz a decidir neste mês que o governo havia encerrado ilegalmente mais de US$ 2 bilhões em bolsas de pesquisa concedidas a Harvard.

    A Casa Branca tem pressionado Harvard a fazer um acordo. O presidente, durante uma reunião recente de gabinete, disse que Harvard deveria pagar “nada menos que US$ 500 milhões”, pois a universidade “tem sido muito ruim”.
    Reservadamente, segundo o jornal The New York Times, a universidade considera um acordo, mas até o momento tem resistido à pressão do governo federal. Harvard critica as ações retaliatórias do governo Trump contra a universidade por defender seus direitos.

    Governo Trump insinua que Harvard tem problemas financeiros e impõe restrição

  • Caças da Rússia invadem a Estônia e são interceptados pela Otan

    Caças da Rússia invadem a Estônia e são interceptados pela Otan

    A mobilização desta sexta envolveu caças da missão Policiamento Aéreo Báltico, criada após a anexação da Crimeia pelos russos em 2014; a intrusão ocorreu na altura da pequena ilha de Vaindloo, no golfo da Finlândia

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em uma escalada sem precedentes na tensão entre a Rússia e a Otan, três caças MiG-31K de Moscou invadiram o espaço aéreo da Estônia nesta sexta-feira (19). Eles permaneceram por 12 minutos sobre o Estado báltico, que é integrante da aliança militar ocidental.

    Um número incerto de caças F-35 italianos, que integram a força de policiamento aéreo do Báltico, foi enviado para interceptar os russos, que deram meia-volta, segundo a Otan.

    Depois foram acompanhados por modelos Gripen da Suécia, que fotografaram um dos aviões carregando só 3 dos 4 mísseis ar-ar usualmente levados em patrulha. Não se sabe se o MiG-31 decolou com essa estranha configuração ou lançou sua arma.

    Além disso, dois aviões de combate de Moscou violaram a área de segurança aérea sobre uma plataforma de petróleo da Polônia, também no mesmo mar.

    “A violação é uma provocação extremamente perigosa”, escreveu no X a chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, que foi primeira-ministra da Estônia. “[Vladimir] Putin está testando a determinação do Ocidente. Nós não devemos mostrar fraqueza”, afirmou.

    “A Rússia violou o espaço aéreo da Estônia quatro vezes neste ano, o que é inaceitável em si, mas a violação de hoje é de um descaramento sem precedentes”, disse o chanceler estoniano, Margus Tsahkna. O país decidiu acionar o artigo 4 da carta da Otan, que prevê consultas entre os 32 membros para discutir uma reação.

    O incidente, que não foi comentado pelo governo de Vladimir Putin, ocorre pouco mais de uma semana após a intrusão de 21 drones russos nos céus da Polônia. O Kremlin diz que a invasão foi acidental, tendo ocorrido durante um ataque ao oeste da Ucrânia.

    A Polônia e vários governos europeus não concordam e acreditam que a ação visava testar a capacidade de reação do país. Caças F-16 de Varsóvia e um F-35 holandês foram mobilizados, derrubando um número não divulgado de drones. No último sábado (13), foi a vez de a Romênia interceptar drones que atravessaram a fronteira durante um ataque à região de Odessa.

    A Otan não cravou a intencionalidade dos russos, mas reagiu a partir da invocação do mesmo artigo 4 pela Polônia. Há uma semana, lançou a Operação Sentinela Oriental, de reforço de defesa aérea do flanco leste da aliança. Caças franceses e britânicos foram deslocados para a Polônia num primeiro momento.

    Segundo o secretário-geral da aliança, o holandês Mark Rutte, o evento desta sexta na Estônia já testou a eficácia da operação de forma positiva. Ele, a União Europeia e países como Alemanha e França afirmaram que a ação foi “inaceitável”. Os EUA ainda não se manifestaram.

    A mobilização desta sexta envolveu caças da missão Policiamento Aéreo Báltico, criada após a anexação da Crimeia pelos russos em 2014. Como as três repúblicas bálticas não têm Força Aérea digna de nota, passaram a ser protegidas por aviões de países aliados, em regime de rotação -daí os F-35 italianos.

    Segundo o jornal estoniano Ohtulet, a intrusão ocorreu na altura da pequena ilha de Vaindloo, no golfo da Finlândia. De lá, os MiG-31 voaram em direção à capital do país báltico, Tallinn, e ficaram dando voltas até serem interceptados.
    Os 12 minutos sem interceptação são uma eternidade em termos militares.

    Para fins de comparação, quando um caça-bombardeiro Su-24 russo operando na Síria invadiu sem querer o espaço aéreo turco em 2015, o controle local o avisou por cinco minutos acerca da rota errada. Sem resposta, com 17 segundos sobre a Turquia, um F-16 o abateu.

    Já o sobrevoo da plataforma da empresa Petrobaltic, na costa polonesa, envolveu ao menos dois caças russos, cujo modelo não foi identificado na postagem da Guarda de Fronteira do país. O espaço aéreo sobre esse tipo de local é considerado restrito.

    As tensões entre as três nações da região e a Rússia remonta ao fato de que elas foram incorporadas à União Soviética na Segunda Guerra Mundial e foram berço de alguns dos mais significativos movimentos de independência no ocaso do império comunista.

    Em 2004, tornaram-se as primeiras repúblicas ex-soviéticas a integrar a Otan, ainda no primeiro mandato de Putin como presidente. A expansão da aliança ao leste, que foi parada com guerra na Geórgia e na Ucrânia, é um dos principais pontos de atrito entre o Kremlin e o Ocidente.

    A invasão desta sexta ressalta também o perigo de algum erro de cálculo no jogo entre os rivais. Um avião derrubado por engano ou um choque acidental, como já ocorreu anteriormente, pode levar a uma escalada imprevisível em um ambiente de alta voltagem militar.

    Os olhos da Europa agora se voltam para Donald Trump, o presidente americano que se reaproximou de Putin sob a afirmação de que acabaria com a guerra iniciada pelo russo em 2022 na Ucrânia. Até aqui, fracassou no intento.

    Os russos seguem avançando lentamente no leste ucraniano e Trump tem ameaçado sanções mais duras, que atinjam compradores de petróleo de Moscou, como a China. Mas agora ele diz que só entrará em campo se os europeus o fizerem primeiro e se os integrantes da Otan que consomem energia russa pararem de fazê-lo.

    Não são poucos que veem nisso apenas tergiversação para não melindrar Putin, mas na prática a posição ambígua dos EUA sob Trump está levando ao rearmamento europeu e ao clima de tensão, em especial nas fronteiras a leste do continente.

    A Alemanha, sob forte crise econômica, tem endurecido o discurso e abriu uma base militar na Lituânia, algo que não ocorria desde a Segunda Guerra, visando dissuadir a Rússia.

    Caças da Rússia invadem a Estônia e são interceptados pela Otan