Categoria: MUNDO

  • Maduro anuncia que militares treinarão com armas civis em comunidades

    Maduro anuncia que militares treinarão com armas civis em comunidades

    Segundo Maduro, unidades da Força Armada Nacional Bolivariana deixarão os quartéis no próximo sábado (20) para se instalar em bairros e cidades com o objetivo de instruir voluntários.O anúncio foi feito um dia após o início de exercícios militares na ilha caribenha de La Orchila, localizada a 65 km da costa venezuelana

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quinta (18) que militares vão até comunidades do país para treinar civis no uso de armas. A medida ocorre num contexto de tensão com os Estados Unidos, que enviaram navios de guerra à região do Caribe sob a justificativa de combater o narcotráfico.

    Segundo Maduro, unidades da Força Armada Nacional Bolivariana deixarão os quartéis no próximo sábado (20) para se instalar em bairros e cidades com o objetivo de instruir voluntários.

    “A Força Armada Bolivariana vai até o povo, vai às comunidades para revisar, para ensinar a todos os que se alistaram, homens e mulheres, no manuseio do sistema de armas”, disse o ditador em um evento transmitido pelo canal estatal VTV. Segundo ele, será a primeira vez que essa estrutura militar se deslocará diretamente à população.

    O anúncio foi feito um dia após o início de exercícios militares na ilha caribenha de La Orchila, localizada a 65 km da costa venezuelana. As manobras, que durarão três dias, foram anunciadas pelo regime como um sinal de força diante da frota americana que navega na região desde o início de setembro.

    O movimento marca a ação mais ostensiva ordenada por Maduro desde que Washington decidiu reforçar sua presença militar no Caribe. Em menos de três semanas, os EUA disseram ter destruído três barcos que, segundo o governo de Donald Trump, transportavam drogas, deixando ao menos 14 mortos.

    A Casa Branca acusa o regime venezuelano de manter vínculos com o narcotráfico. No fim de agosto, chegou a oferecer uma recompensa de US$ 50 milhões (cerca de R$ 273 milhões) pela captura de Maduro, que não é reconhecido como líder legítimo por Washington nem pelas principais democracias das Américas e da União Europeia.

    Durante o evento transmitido pela TV estatal, Maduro voltou a acusar Washington de planejar uma intervenção para derrubá-lo e tomar os recursos naturais do país. “O que está por trás é um plano imperial para impor um governo marionete dos EUA e roubar nosso petróleo, que é a maior reserva do mundo, e nosso gás, que é a quarta maior reserva do mundo. Mas isso não aconteceu e não vai acontecer.”

    Os exercícios americanos também envolvem aeronaves. De acordo com o Pentágono, caças F-35 foram deslocados para Porto Rico a fim de apoiar a frota.
    Ao justificar a mobilização, Maduro disse que não pretende iniciar um conflito, mas que precisa se preparar. “Nós não nos metemos com ninguém, mas nos preparamos caso seja necessário”, afirmou.

    Maduro anuncia que militares treinarão com armas civis em comunidades

  • Israel diz que já esvaziou quase metade da Cidade de Gaza

    Israel diz que já esvaziou quase metade da Cidade de Gaza

    Após invasão de Gaza por parte de Israel, o Hamas ameaçou não devolver nenhum refém; palestinos estão sendo forçada a fugir para o sul do território devido ao início da invasão terrestre sobre a cidade, até então alvo de bombardeios e de operações de demolição em áreas ao seu redor

    SÃO PAULO, SP E BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Militares de Israel afirmaram nesta quinta-feira (18) que mais de 450 mil palestinos já deixaram a Cidade de Gaza, o equivalente a quase metade dos cerca de 1 milhão de pessoas que viviam no maior centro urbano da Faixa de Gaza antes do início do conflito.

    A população está sendo forçada a fugir para o sul do território devido ao início da invasão terrestre sobre a cidade, até então alvo de bombardeios e de operações de demolição em áreas ao seu redor. Segundo anúncio do general israelense Effie Defrin, mais de “1.200 alvos terroristas” foram atingidos desde o início da ofensiva nesta semana.

    Em resposta, o grupo terrorista Hamas declarou que os reféns israelenses ainda sob seu poder não serão devolvidos. “O início da operação criminosa e sua expansão significam que vocês não vão capturar um único refém, vivo ou morto”, diz comunicado da facção.

    A ala militar do Hamas disse que os israelenses raptados estão espalhados por bairros na Cidade de Gaza e que não haverá “cautela em relação às vidas” dos sequestrados. Israel está entrando em uma guerra de desgaste que lhe custará um número adicional de mortos e reféns”, completou.

    O Hamas ainda mantém 48 reféns capturados no ataque de 7 de outubro de 2023, e autoridades de Tel Aviv acreditam que cerca de 20 ainda estejam vivos.
    Os familiares dos sequestrados têm pressionado o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, para interromper a ofensiva militar e negociar um cessar-fogo.

    “É difícil para mim que o primeiro-ministro tenha dado a ordem para bombardear os reféns”, disse Ilana Gritzewsky, refém libertada cujo namorado, Matan Zangauker, ainda está sequestrado em Gaza. A operação também desencadeou uma nova onda de pressão diplomática contra Israel.

    “Nós não acreditamos que exista uma contradição entre os dois objetivos da guerra, de desmantelar a capacidade militar do Hamas e de garantir a volta dos reféns. Neste momento, estamos sem outra opção”, afirma à Folha de S.Paulo o major Rafael Rozenszajn, porta-voz em português do Exército israelense.

    “A única opção que nós temos nesse momento é alcançar as circunstâncias necessárias para trazer de volta nossos reféns. E se não for por meio de acordo, vai ter de ser por meio de ações operacionais, porque não podemos deixar nossos reféns”, diz ele.

    O porta-voz afirmou ainda tratar como especulação os relatos de que o chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, teria manifestado oposição e desaconselhado a operação durante reunião de gabinete com Netanyahu e outros ministros.

    “O Exército israelense não é responsável somente pelas operações militares, mas também por comunicar oportunidades e riscos operacionais nas reuniões de gabinete, e é só o que o chefe do Estado-maior comunicou”, diz o porta-voz.

    Em meio ao novo avanço bélico, Tel Aviv anunciou que quatro soldados de um mesmo batalhão morreram e outros três ficaram feridos nesta quinta, após a explosão de uma bomba em Rafah, no sul de Gaza. Eles foram identificados como Omri Chai Ben Moshe, 26, Eran Shelem, 23, Eitan Avner Ben Itzhak, 22, Ron Arieli, 20. Com isso, o número de israelenses mortos nas operações militares sobe para 469 pessoas.

    Nesta quinta, tanques israelenses avançavam em duas áreas da Cidade de Gaza que funcionam como portas de entrada para o centro, enquanto a internet e as linhas telefônicas foram cortadas no território. A Companhia Palestina de Telecomunicações disse em um comunicado que seus serviços foram interrompidos. Pelo menos 85 palestinos foram mortos em toda Gaza em um período de 24 horas, segundo o Ministério da Saúde palestino, controlado pelo Hamas.

    Centenas de milhares de palestinos fugiram desde que Israel anunciou que pretendia assumir o controle da Cidade de Gaza, mas muitos permanecem no local, seja em casas destruídas ou em acampamentos improvisados. Os militares têm lançado panfletos instando os moradores a fugir para o sul do território, mas agências humanitárias afirmam que há falta de comida, remédios e abrigo.

    Ao longo da estrada costeira em Gaza, uma fila com todo tipo de meio de transporte, desde carroças até carros velhos e vans de carga, seguia rumo ao sul, carregando colchões, botijões de gás e pertences dos palestinos.

    O novo avanço de Israel ocorre depois de uma equipe independente comissionada pela ONU afirmar que o Estado judeu comete um genocídio em Gaza -acusação que Tel Aviv nega.

    Israel diz que já esvaziou quase metade da Cidade de Gaza

  • EUA vetam pela sexta vez resolução da ONU pedindo cessar-fogo em Gaza

    EUA vetam pela sexta vez resolução da ONU pedindo cessar-fogo em Gaza

    Washington voltou a ser único membro do Conselho de Segurança contrário a texto, proposto por dez países; medida pedia fim de restrições impostas por Israel a entrada de ajuda humanitária no território palestino

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Os Estados Unidos vetaram nesta quinta-feira (18) outra resolução do Conselho de Segurança da ONU pedindo um cessar-fogo imediato e incondicional na Faixa de Gaza. Essa é a sexta vez desde o início do conflito que Washington, que tem poder de veto no órgão, barra um texto para poupar Israel, aliado mais importante do governo americano no Oriente Médio.

    O texto foi proposto por 10 dos 15 membros do Conselho de Segurança e teve 14 votos favoráveis -mais uma vez, os EUA ficaram isolados na votação. A medida pedia ainda o fim das restrições impostas por Israel à entrada de ajuda humanitária em Gaza e a soltura de todos os reféns ainda em poder do grupo terrorista Hamas.

    Essa é a segunda vez que o governo Donald Trump veta uma resolução sobre Gaza no Conselho de Segurança -a primeira foi em junho. Durante o mandato de Joe Biden, a diplomacia americana barrou quatro iniciativas do tipo.

    Durante a votação desta quinta, a embaixadora da Dinamarca Christina Lassen disse que “a fome foi confirmada em Gaza -não projetada nem declarada, mas confirmada. Enquanto isso, Israel expande sua operação militar na Cidade de Gaza, aumentando ainda mais o sofrimento de civis. Como resultado, é essa situação catastrófica, essa falha humanitária e humana, que nos impele a agir hoje”.

    Na semana passada, após os ataques de Israel contra o Qatar, os EUA permitiram a aprovação de uma resolução no Conselho de Segurança condenando as ações de Israel, mas sem citar nominalmente Tel Aviv. O movimento gerou especulação de que Washington poderia se abster em uma votação sobre Gaza, mas não foi o caso.

    “O Hamas é responsável por começar e prolongar essa guerra. Israel já aceitou os termos de um acordo que encerraria o conflito, mas o Hamas continua a rejeitá-los”, disse a diplomata americana Morgan Ortagus antes do voto. O grupo terrorista acusa Israel de fazer novas demandas e de abandonar as negociações ao tentar assassinar a liderança da facção com o ataque em Doha.

    “Essa guerra poderia terminar hoje se o Hamas libertasse os reféns e se rendesse”, concluiu Ortagus.

    Nesta quinta, as Forças Armadas de Israel disseram que 450 mil palestinos deixaram a Cidade de Gaza, o equivalente a quase metade dos cerca de 1 milhão de pessoas que viviam no maior centro urbano do território antes do início do conflito.

    A população está sendo forçada a fugir para o sul do território devido ao início da invasão terrestre sobre a cidade, até então alvo de bombardeios e de operações de demolição em áreas ao seu redor. Segundo anúncio do general israelense Effie Defrin, mais de “1.200 alvos terroristas” foram atingidos desde o início da ofensiva nesta semana.

    Em resposta, o grupo terrorista Hamas declarou que os reféns israelenses ainda sob seu poder não serão devolvidos. “O início da operação criminosa e sua expansão significam que vocês não vão capturar um único refém, vivo ou morto”, diz comunicado da facção.

    EUA vetam pela sexta vez resolução da ONU pedindo cessar-fogo em Gaza

  • Terremoto atinge costa da Rússia e gera alerta de tsunami

    Terremoto atinge costa da Rússia e gera alerta de tsunami

    O local atingido fica na mesma região em do forte tremor de 8,8 de julho, que foi caracterizado como o “mais forte em décadas”

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu a costa leste da Rússia, na madrugada desta sexta-feira (horário local). A informação foi confirmada pela Reuters. Há risco de tsunami. Costa leste da Rússia e o Havaí, nos EUA.

    Tremor ocorreu na região de Petropavlovsk-Kamchatsky. A informação é do USGS (Serviço Geológico dos Estados Unidos).

    Primeiro abalo sísmico ocorreu a uma profundidade de 10 km. Outros quatro de magnitude 5 aconteceram em seguida.

    Região é a mesma que registrou tremor considerado “mais forte em décadas” há dois meses. Em julho, do forte tremor de magnitude 8,8 deixou duas mil famílias desabrigadas.

    Terremoto atinge costa da Rússia e gera alerta de tsunami

  • EUA liberam visto de Padilha para acompanhar Lula em evento da ONU

    EUA liberam visto de Padilha para acompanhar Lula em evento da ONU

    Padilha foi escalado para integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viaja aos Estados Unidos para a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em meio a um período de tensão entre os governos brasileiro e norte-americano

    O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu nesta quinta-feira (18) o visto norte-americano necessário para que possa acompanhar a Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), agendada para a próxima semana em Nova York.

    “Recebi o visto hoje. Uma obrigação de um país que tem um acordo-sede com um organismo internacional. Tem que garantir o acesso de uma autoridade que é convidada para o evento”, disse, em coletiva de imprensa em Brasília.

    Padilha foi escalado para integrar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viaja aos Estados Unidos em meio a um período de tensão entre os governos brasileiro e norte-americano – sobretudo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

    O ministro também foi convidado a participar de conferência da Organização Panamericana da Saúde (Opas), que acontece em setembro na capital norte-americana de Washington.

    EntendaEm agosto, o governo do presidente Donald Trump cancelou o visto da esposa e da filha de 10 anos de Padilha. À época, o ministro estava com o visto vencido desde 2024 e, portanto, não passível de cancelamento.

    Na mesma semana, o Departamento de Estado dos Estados Unidos revogou os vistos de funcionários do governo brasileiro ligados à implementação do programa Mais Médicos.

    Foram cancelados os vistos do secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Julio Tabosa Sales, e do ex-assessor de Relações Internacionais da pasta e atual coordenador-geral para 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), Alberto Kleiman.

    Em comunicado, o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, justificou que os servidores teriam contribuído para um “esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” por meio do Mais Médicos.

    EUA liberam visto de Padilha para acompanhar Lula em evento da ONU

  • Milei sofre nova ampla derrota no Senado após tentar aceno a governadores

    Milei sofre nova ampla derrota no Senado após tentar aceno a governadores

    Governo já tinha perdido duas votações no dia anterior, em leis para universidades e um hospital pediátrico; presidente tentou se aproximar das forças locais após perder eleições na província de Buenos Aires

    BUENOS AIRES, ARGENTINA (CBS NEWS) – A oposição no Senado argentino conseguiu, com ampla maioria, impor mais uma derrota ao governo de Javier Milei, rejeitando o veto imposto pelo presidente a uma lei que exige a distribuição automática das ATN (Contribuições do Tesouro Nacional) às províncias.

    Um dia depois das manifestações na praça dos Dois Congressos contra cortes de recursos de Milei para universidades e um hospital público, o veto às ATN foi derrubado nesta quinta-feira (18) por 59 votos a favor, 9 contrários e 3 abstenções. O tema agora vai ser discutido na Câmara dos Deputados.

    A resistência no Congresso contra o governo de Milei deve continuar nas próximas semanas, com uma nova reunião agendada para 2 de outubro. Na abertura da sessão do Senado, a vice-presidente Victoria Villarruel (que na Argentina também preside o Senado) confirmou o quórum com 39 senadores presentes, representando diversas forças políticas.

    O Fundo de Contribuições do Tesouro Nacional foi criado para ajudar as províncias em emergências financeiras, sendo composto por uma parte dos impostos que o governo distribui. O orçamento projetado para esse fundo pelo governo é superior a 569 bilhões de pesos (R$ 2,1 bilhões, na cotação oficial).

    No entanto, Milei tem cortado esses repasses como parte de sua política de equilíbrio fiscal, levando governadores a exigir uma lei que garanta a distribuição automática desses recursos.

    Durante os debates, os legisladores reclamaram que o governo está usando o ATN para mascarar déficits e prejudicando as províncias. Os senadores criticaram o ministro da Economia, Luis Caputo, acusando-o de orquestrar uma política de desestabilização contra o governo. A oposição apontou que o governo está destruindo o federalismo e prejudicando os recursos das províncias.

    Um dos poucos opositores no debate, Francisco Paoltroni, criticou a hipocrisia dos que o acusaram de malversar a economia por mais de duas décadas.

    As tensões entre o governo e as províncias continuam altas, com a reclamação pela correta distribuição dos fundos sendo uma questão central no debate político atual. O partido de Milei, A Liberdade Avança, não tem governadores.

    Após a derrota nas eleições legislativas da província de Buenos Aires e de olho no pleito legislativo nacional, em 26 de outubro, o governo acenou para os governadores, recriando o Ministério do Interior e estabelecendo uma mesa de diálogo com os Executivos de províncias aliadas.

    Na quarta-feira (17), a Câmara rejeitou vetos sobre leis de financiamento universitário e apoio ao Hospital Garrahan, de atendimento pediátrico. Essa decisão também deverá ser confirmada pelo Senado.

    Milei sofre nova ampla derrota no Senado após tentar aceno a governadores

  • Ataque a tiros em posto controlado por Israel na Cisjordânia mata 2 soldados

    Ataque a tiros em posto controlado por Israel na Cisjordânia mata 2 soldados

    O chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, aconselhou o governo a suspender a entrada de ajuda humanitária da Jordânia em Gaza para ajudar palestinos; o agressor foi morto pelas forças de segurança

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Um ataque na ponte Allenby, posto controlado por Israel na fronteira entre a Cisjordânia ocupada e a Jordânia, matou ao menos dois soldados nesta quinta-feira (18), segundo o serviço de emergência do Estado judeu. O agressor foi morto pelas forças de segurança.

    O autor do ataque teria chegado em um caminhão que transportava ajuda humanitária e, em seguida, aberto fogo. Ele era jordaniano, segundo a chancelaria israelense, que fala em “incitação [à violência] vil na Jordânia”. No mesmo post no X, Tel Aviv diz que o ataque é resultado do “eco da campanha de mentiras do Hamas”.

    A Jordânia condenou o episódio e disse que abrirá uma investigação. Segundo comunicado do Ministério das Relações Exteriores, o ataque viola “interesses da Jordânia e de sua capacidade de entregar ajuda humanitária à Faixa de Gaza”.

    “O motorista acusado da operação é Abdul Mutalib al-Qaisi, nascido em 1968. Ele é um civil que começou a trabalhar como motorista de entrega de ajuda humanitária para Gaza há três meses”, afirmou a pasta.

    Até a manhã desta quinta-feira (18), nenhum grupo havia assumido a responsabilidade pelo atentado.

    O chefe do Estado-Maior israelense, Eyal Zamir, aconselhou o governo a suspender a entrada de ajuda humanitária da Jordânia até a conclusão de uma investigação sobre o incidente e a implementação de procedimentos de triagem revisados para motoristas jordanianos, segundo os militares.

    A passagem, localizada perto da cidade de Jericó, na Cisjordânia, funciona como a principal via de saída para a maioria dos palestinos que vivem no território ocupado viajarem para o exterior, além de ser um ponto crucial para o comércio entre a Jordânia e Israel.

    O local também tem sido utilizado como rota para alguns carregamentos de ajuda humanitária destinados à Faixa de Gaza.

    O ataque ocorre dez dias após seis pessoas morrerem baleadas em um atentado assumido pelo Hamas a um ponto de ônibus de Jerusalém. Na ocasião, os terroristas foram mortos pela polícia.

    Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, houve diversos ataques em Israel. Em outubro de 2024, dois palestinos, um com uma arma de fogo e o outro com uma faca, mataram sete pessoas em Tel Aviv. Em novembro de 2023, dois homens armados palestinos mataram três pessoas em um ponto de ônibus em Jerusalém. Os serviços de segurança israelenses afirmaram que, em ambos os casos, os autores eram ligados ao Hamas.

    Ataque a tiros em posto controlado por Israel na Cisjordânia mata 2 soldados

  • Dia de greve geral na França termina em confronto em Paris

    Dia de greve geral na França termina em confronto em Paris

    Policiais e manifestantes mascarados se enfrentaram em ponto de concentração da passeata no centro de Paris; pelo menos 140 pessoas foram detidas em todo o país, segundo o governo francês

    PARIS, FRANÇA (CBS NEWS) – A jornada de greve geral e manifestações contra o governo do presidente Emmanuel Macron, nesta quinta-feira (18), foi pacífica na maior parte da França, mas terminou com um confronto no final da tarde em Paris.

    Policiais e manifestantes mascarados se enfrentaram no bulevar Voltaire, perto da praça da Bastilha, ponto de concentração da passeata. Em Rennes, na Bretanha (oeste), a polícia chegou a fechar a estação de trem, diante das depredações. Foram registrados incidentes menores em outras cidades, como Lyon e Orléans.

    Pelo menos 140 pessoas foram detidas em todo o país, segundo o governo.

    O ministro do Interior, Bruno Retailleau, responsável pela segurança pública, afirmou que o policiamento preventivo impediu bloqueios de estradas, escolas e pátios de ônibus. Foram mobilizados 80 mil policiais e “gendarmes”, polícia militar francesa.

    Um balanço divulgado pelo governo à tarde estimou o total de manifestantes em toda a França em 345 mil pessoas. Segundo a Confederação Geral do Trabalho, uma das principais centrais sindicais, mais de 1 milhão de pessoas foram às ruas.

    Segundo o Ministério dos Transportes, estavam circulando 90% dos TGVs , os trens de alta velocidade. A paralisação era maior no metrô de Paris, onde apenas 3 das 16 linhas estavam funcionando normalmente. As três operam automaticamente, sem condutor.

    No ensino médio, 45% das escolas estão em greve, segundo o sindicato dos professores. Farmacêuticos e fisioterapeutas estão entre as categorias cuja paralisação é quase total.

    Bastante descentralizado, o movimento de protesto tem uma pauta de reivindicações vaga. Opõe-se, de forma geral, ao presidente Emmanuel Macron, ao recém-nomeado primeiro-ministro Sébastien Lecornu e às medidas de austeridade adotadas pelo governo, entre elas uma reforma de 2023 que adiou dos 62 para os 64 anos a idade da aposentadoria.

    O dia de protesto recebeu apoio explícito das centrais sindicais e dos partidos de esquerda e ultraesquerda. Políticos de ultradireita, que também fazem oposição a Macron, dizem entender a ira da população, mas preferiram se manter à margem dos protestos.

    O líder do maior partido de ultraesquerda, Jean-Luc Mélenchon, voltou a pedir a renúncia de Macron. “Ele é o responsável pelo caos”, afirmou.

    Lecornu foi encarregado na semana passada por Macron de montar um novo gabinete, o quarto em apenas dois anos. A coalizão de centro-direita que o novo premiê comanda não tem maioria na Assembleia Nacional, mesmo problema enfrentado por seus dois antecessores. A oposição, tanto à esquerda quanto à direita, pede a dissolução da Assembleia e a convocação de novas eleições legislativas, ou a renúncia de Macron, o que anteciparia a eleição presidencial marcada para 2027.

    Dia de greve geral na França termina em confronto em Paris

  • Controle aéreo obriga voo se afastar do Air Force One: "Prestam atenção!"

    Controle aéreo obriga voo se afastar do Air Force One: "Prestam atenção!"

    Donald e Melania Trump seguiam a bordo do avião presidencial a caminho do Reino Unido e o controle aéreo teve de avisar repetidamente outro voo para se afastar da rota do Air Force One

    Um controlador aéreo teve de avisar, na ultima terça-feira (16), mais do que uma vez para um outro avião se afastar da rota do Air Force One, o avião presidencial dos Estados Unidos. A bordo seguiam Donald e Melania Trump a caminho do Reino Unido para uma visita de Estado, que ainda está acontecendo.

    O incidente ocorreu quando o avião presidencial sobrevoava a cidade norte-americana de Nova York e a outra aeronave tinha decolado de Fort Lauderdale, na Flórida, com destino a Boston, no Massachusetts. 

    Segundo a Sky News, o controlador aéreo teria sido ríspido e teria dito ao piloto: “Prestem atenção! Deixem o iPad!”

    Em uma gravação do LiveATC (Controlo do Tráfego Aéreo), a que tiveram acesso, o controlador pode ser ouvido dizendo ao voo da Spirit Airlines para “virar 20 graus”: “Prestem atenção, Spirit 1300, virem 20 graus à direita. Spirit 1300, virem 20 graus agora mesmo. Spirit Wings, 1300, virem 20 graus à direita imediatamente. Prestem atenção”.

    O controlador continua pedindo que virem antes de destacar a importância do outro voo, acrescentando: “Tenho a certeza de que podem ver quem é”.

    Pouco depois acrescenta, já, aparentemente, sem paciência: “Tenho de falar com vocês mais vezes, Spirit 1300… Prestem atenção! Deixem o iPad!”

    A NBC News confirmou mais tarde que o avião da Spirit e o Air Force One mantiveram a separação necessária.

    O presidente dos Estados Unidos e a primeira-dama estão no Reino Unido para uma segunda visita de Estado – a anterior foi em 2019. 

    Pousaram no Aeroporto de Stansted, em Londres, na terça-feira à noite, onde foram recebidos pela recém-empossada ministra dos Negócios Estrangeiros britânica, Yvette Cooper.

    Depois seguiram para o centro de Londres de helicóptero e passaram a noite na residência do embaixador dos Estados Unidos, Winfield House, em Regent’s Park. Foram posteriormente recebidos pelo Rei e pela Rainha, no Castelo de Windsor, onde os compromissos incluíram um passeio de carruagem, um desfile militar, um sobrevoo dos Red Arrows, antes de prestar uma homenagem privada ao túmulo da rainha Elizabeth II.

    No banquete de Estado, Trump e Charles III sentaram-se a meio da mesa, acompanhados pelo secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e a princesa Kate Middleton. Do outro lado da mesa sentaram-se a rainha Camilla Parker Bowles, Melania Trump, o secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bressent, e o príncipe William.

    Para esta quinta-feira (18), Donald Trump esteve em um econtro com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, onde discutiram sobre comércio, tecnologia e questões geopolíticas, como os conflitos entra a Rússia e a Ucrânia e Israel e Palestina. O Reino Unido já informou que irá reconher o Estado da Palestina.

    Controle aéreo obriga voo se afastar do Air Force One: "Prestam atenção!"

  • Civis são escudos do Hamas que pagam "preço da guerra"

    Civis são escudos do Hamas que pagam "preço da guerra"

    Porta-voz das Forças de Defesa disse que o Hamas usa população como “escudos humanos”, enquanto tropas avançam e já controlam 40% da cidade; familiares de reféns temem pelas vidas em cativeiro

    As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram que civis palestinos que permanecerem na cidade de Gaza “não serão alvo” direto, mas estarão em áreas de combate e sujeitos a riscos por serem usados como “escudos humanos” pelo Hamas.

    Em entrevista à agência Lusa, em Tel Aviv, o porta-voz das FDI, major Rafael Rozenszajn, disse que o grupo islamista mantém seu principal reduto em Gaza justamente por ser a área mais populosa do enclave. Segundo ele, o Hamas utiliza casas, escolas e até hospitais para lançar foguetes, armazenar armas e montar centros de comando.

    Israel conduz uma ampla ofensiva militar para ocupar a cidade, eliminar militantes do Hamas e tentar resgatar 48 reféns, dos quais se presume que 20 ainda estejam vivos. Rozenszajn reforçou que os alvos das FDI são “exclusivamente militares”, mas admitiu que a população civil acaba pagando o preço da guerra.

    Até a noite de quarta-feira, as tropas israelenses afirmavam controlar cerca de 40% da cidade, em meio à retirada de aproximadamente 400 mil habitantes. Outros 500 mil ainda permanecem na zona de conflito, de acordo com estimativas oficiais.

    Para tentar reduzir os danos à população, o porta-voz destacou que o Exército fez mais de 150 mil ligações em árabe e lançou nove milhões de panfletos pedindo evacuação. Mesmo assim, autoridades locais de Gaza, controladas pelo Hamas, afirmam que cerca de cem pessoas morreram apenas na fase terrestre da operação.

    Rozenszajn disse que Israel usa “inteligência precisa e armamento cirúrgico” e que dezenas de ataques aéreos foram cancelados ao identificar civis próximos dos alvos. Segundo ele, prédios altos também foram destruídos por servirem como pontos de observação e ataque do Hamas.

    A ofensiva tem gerado críticas internas e externas. Familiares de reféns protestam em Jerusalém temendo que a ação coloque suas vidas em risco. Netanyahu também enfrenta pressão internacional, diante de acusações de genocídio e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza.

    Apesar da repercussão, Rozenszajn defendeu que as operações são necessárias para a sobrevivência de Israel. Ele afirmou que os militares estão preparados para uma guerra “assimétrica e complexa”, que coloca um Estado democrático contra um grupo terrorista que, segundo ele, “não respeita normas internacionais”.

    Desde o ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, que deixou cerca de 1.200 mortos em Israel e 251 reféns, mais de 64 mil palestinos morreram em Gaza, em sua maioria civis, segundo autoridades locais – números não confirmados por Israel.

    Civis são escudos do Hamas que pagam "preço da guerra"