Categoria: POLÍTICA

  • Câmara quer ouvir Zambelli e hacker em processo de cassação

    Câmara quer ouvir Zambelli e hacker em processo de cassação

    A deputada fugiu do Brasil para escapar do cumprimento da pena de dez anos de prisão imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e agora está presa na Itália

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A comissão da Câmara dos Deputados que analisa a cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália na semana passada, definiu que vai ouvir cinco testemunhas e a própria parlamentar antes de votar o caso.

    O relator é o oposicionista Diego Garcia (Republicanos-PR), que terá cinco sessões após o fim das oitivas para apresentar sua conclusão, que então será votada pelo plenário da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, presidida pelo deputado Paulo Azi (União Brasil-BA).

    De qualquer forma, a decisão final caberá ao plenário da Câmara. O assunto divide a própria bancada do PL -enquanto alguns deputados acreditam que o relatório será pela não cassação e que haverá votos para salvá-la, outros afirmam que, mesmo se não for extraditada, Zambelli não terá como exercer o mandato da Itália.

    A deputada fugiu do Brasil para escapar do cumprimento da pena de dez anos de prisão imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ela foi condenada por participar da invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

    O pedido para que testemunhas sejam ouvidas foi feito pela defesa de Zambelli, o que deve arrastar o processo por várias sessões. Azi e Garcia ainda não definiram as datas dessas sessões.

    Zambelli deve ser ouvida por vídeoconferência. Entre as testemunhas, está o hacker Walter Delgatti Neto, além do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; Michel Spiero, assistente técnico da defesa; delegado Flávio Vieitez Reis e do policial federal Felipe Monteiro de Andrade.

    Em nota, Azi afirmou que o objetivo é “assegurar o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa parlamentar e os ritos regimentais”.

    Câmara quer ouvir Zambelli e hacker em processo de cassação

  • Parlamentares são 'ridicularizados' nas redes após protestos no Congresso

    Parlamentares são 'ridicularizados' nas redes após protestos no Congresso

    Oposição paralisou os trabalhos no Congresso após prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

    Nesta terça-feira (5), parlamentares de direita e extrema-direita decidiram obstruir os trabalhos do Legislativo alegando estarem insatisfeitos com a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

    Bolsonaristas fizeram discursos ao vivo para redes sociais de dentro do plenário: “Nota muito ruim. Eu acho que o Davi não deveria tratar a nós da oposição de forma humilhante como está nos tratando. Ouvir a nossa voz. Aí solta uma nota dizendo que quer diálogo?”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.

    Os parlamentares citaram também a proposta de anistiar os processados pelos ataques às sedes dos Poderes em 8 de Janeiro de 2023, incluindo o próprio Bolsonaro, e o impeachment de Moraes, responsável pela prisão.

    Na ocasião, deputados colocaram fitas nos olhos e bocas como sinal de protesto. Porém, as manifestações passaram a ser ridicularizadas nas redes sociais, onde diversos vídeos viralizaram. Em imagens que circulam no ‘X’, Erika Hilton surge criticando outro parlamentar que afirmou que estava sendo censurado: “Censura é o que vocês estão fazendo com a gente, impedindo a Câmara de funcionar. Isso é censura!”, disse relembrando que a Justiça brasileira está seguindo todos os ritos no processo contra Jair Bolsonaro de forma correta.

    Repercutindo as manifestações de bolsonaristas, internautas fizeram publicações com memes dos parlamentares: “A pauta deles é só Bolsonaro, eles não tem pauta pro Brasil”, “Inacreditável. Como pode esse país ser uma chacota por causa desses homens”, “Se isso não é pão e circo, é o que? Esse povo só brinca com a gente. Bando de vagabundos!! Políticos são escória… Não dou palco a ninguém!” e “Os cara ainda recebem salário pra fazer isso. Incrível!”, foram alguns comentários.

    Trabalhos na Câmara

    O presidente da Câmara cancelou a sessão desta terça e convocou uma reunião de líderes para quarta-feira (6) para tratar da pauta, a ser “definida com base no diálogo e no respeito institucional”.

    Alcolumbre, que também preside o Congresso Nacional, classificou como arbitrária a ocupação das mesas diretoras do Legislativo por bolsonaristas, que estão bloqueando os trabalhos dos parlamentares no primeiro dia após o fim do recesso. Motta declarou que agirá para que os interesses da população não fiquem em segundo plano.

     

    Parlamentares são 'ridicularizados' nas redes após protestos no Congresso

  • Moraes permite saídas temporárias de Daniel Silveira para tratamento médico

    Moraes permite saídas temporárias de Daniel Silveira para tratamento médico

    Moraes autorizou as saídas pelo período de 30 dias para um tratamento médico no joelho em uma clínica em Petrópolis, no Rio de Janeiro

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira (5) saídas temporárias do ex-deputado Daniel Silveira do presídio para realizar um tratamento médico no joelho.

    Moraes autorizou as saídas pelo período de 30 dias para atendimento em uma clínica em Petrópolis (RJ). O ministro afirmou que as saídas devem ser comunicadas previamente ao STF, consignando as datas e os horários do atendimento, e comprovadas no prazo máximo de 24 horas após a realização do procedimento.

    Silveira passou por uma cirurgia no joelho em 26 de julho. No último fim de semana, a defesa protocolou pedidos urgentes no STF para que o político fosse transferido para um hospital.

    Defesa alegou risco de infecção. Segundo os advogados, após um quadro febril, o médico responsável pela cirurgia “informou a necessidade urgente” de o paciente retornar ao hospital para exames complementares e de imagem.

    Unidade prisional não teria estrutura física para realizar o tratamento. Após um pedido de Moraes, o diretor da Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé, afirmou que o local “não dispõe de estrutura física, equipamentos e equipe de saúde especializada para realizar o devido acompanhamento pós-operatório de cirurgia no joelho”.

    A PGR se manifestou a favor da concessão de saídas temporárias a Silveira. Mais cedo, o vice-procurador Hindenburgo Chateaubriand recomendou as saídas para que o ex-deputado realize o tratamento médico, já que a colônia penal não tem a estrutura necessária. Ele afirmou que a prisão domiciliar poderia ser uma alternativa caso haja “qualquer limitação de ordem material” ao estabelecimento prisional.

    Silveira foi condenado pelo STF em 2022, em regime inicial fechado. A pena é de oito anos e nove meses de prisão por ameaça ao Estado democrático de Direito, após promover ataques aos ministros do STF e estimular os atos antidemocráticos.

    Em 2021, ele foi para a cadeia depois de publicar um vídeo em que ameaçava a Suprema Corte. Ele progrediu para o regime semiaberto e recebeu liberdade condicional em 2024, mas foi preso novamente depois descumprir as condições. Na ocasião, Moraes afirmou que ele desobedeceu as medidas cautelares 227 vezes. Em um dos episódios, ele deu um passeio no shopping.

    Moraes permite saídas temporárias de Daniel Silveira para tratamento médico

  • Aliados de Bolsonaro no Congresso pedem anistia, impeachment de Moraes e fim de foro

    Aliados de Bolsonaro no Congresso pedem anistia, impeachment de Moraes e fim de foro

    “É necessário que Alcolumbre tenha estatura nesse momento e que ele permita a abertura de um processo por crime de responsabilidade em desfavor do ministro Alexandre de Moraes”, cobrou líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN)

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Parlamentares bolsonaristas reagiram à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com uma ofensiva por três medidas chamadas por eles nesta terça-feira (5) de “pacote da paz”: a aprovação de uma anistia aos golpistas do 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e o fim do foro especial.

    Em entrevista de imprensa coletiva, deputados e senadores aliados de Bolsonaro pressionaram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e afirmaram que a oposição vai paralisar os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado.

    “É necessário que Alcolumbre tenha estatura nesse momento e que ele permita a abertura de um processo por crime de responsabilidade em desfavor do ministro Alexandre de Moraes”, cobrou líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). “[O foro privilegiado] transformou-se em uma arma de subordinação e coação do Legislativo.”

    Filho mais velho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a prisão domiciliar do pai dá mais força política a eles, mas disse lamentar a situação.

    Flávio afirmou que houve uma “aberração jurídica”, além de uma “pseudomotivação para que se antecipasse o cumprimento de sentença”, ao refutar qualquer ilegalidade no vídeo publicado por ele nas redes sociais que motivou a prisão domiciliar de Bolsonaro.

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, no domingo (3), Flávio fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato. No telefonema, o ex-presidente disse: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    Na decisão em que determinou a prisão de Bolsonaro, Moraes afirmou que houve o descumprimento de medidas cautelares impostas após a operação de 18 de julho, quando o ex-presidente foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de usar redes sociais.

    Vice-presidente da Câmara, o bolsonarista Altineu Côrtes (PL-RJ) prometeu ainda colocar em votação o projeto de lei de anistia aos réus pelo 8 de Janeiro de 2023 assim que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), se ausentar do cargo.

    A volta dos trabalhos do Legislativo é importante para a oposição porque fornece palcos para discursos e outras formas de protesto. Na metade de julho, quando Bolsonaro foi alvo da primeira restrição de liberdade, seus apoiadores no Congresso tentaram suspender o recesso, mas não tiveram sucesso.

    A bancada bolsonarista pressiona pela aprovação do que chama de “anistia ampla, geral e irrestrita”, ou seja, perdão não apenas aos presos do 8 de janeiro, mas também a Bolsonaro.

    A anistia, porém, não foi encampada pelo centrão e perdeu força na Câmara. Agora, após os atos realizados por bolsonaristas nas ruas no domingo e a prisão domiciliar de Bolsonaro, a expectativa de seus aliados é que o tema seja levado para a votação.

    Segundo integrantes do PL, há uma sensibilização da classe política com a situação de Bolsonaro e uma avaliação de que há abuso por parte de Moraes.

    Aliados de Bolsonaro no Congresso pedem anistia, impeachment de Moraes e fim de foro

  • Quando será o julgamento do Bolsonaro? Veja datas previstas

    Quando será o julgamento do Bolsonaro? Veja datas previstas

    O Supremo Tribunal Federal (STF) planeja reservar as cinco terças-feiras do mês de setembro para o julgamento do “núcleo crucial” da trama golpista

    O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação penal por tentativa de golpe de Estado está previsto para setembro. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) planeja reservar as cinco terças-feiras do mês para o julgamento do “núcleo crucial” da trama golpista, como é chamado o grupo de oito réus que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), desempenharam funções de comando na tentativa de ruptura institucional.

    O ex-presidente é um dos réus do núcleo, assim como ex-ministros de sua gestão e militares de alta patente. Segundo a denúncia da PGR, “deles partiram as principais decisões” da tentativa de ruptura institucional. Além de Bolsonaro, são réus do núcleo Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).

    A ação penal contra o “núcleo crucial” está na etapa de apresentação das alegações finais das defesas. Enquanto delator, Mauro Cid teve prioridade para apresentar suas últimas considerações e encaminhou o documento à Corte na quarta-feira, 29 de julho.

    A PGR pediu a condenação de Bolsonaro por cinco crimes que, somados, podem chegar a 43 anos de prisão. Segundo a Procuradoria, Jair Bolsonaro foi o líder da organização criminosa que tentou o golpe de Estado. O então presidente foi o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.

    “No exercício do cargo mais elevado da República, instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, esquema persistente de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório”, afirmou o procurador Paulo Gonet ao pedir a condenação dos oito réus do núcleo crucial.

    A Primeira Turma do STF é formada por cinco dos onze magistrados da Corte. Além de Alexandre de Moraes, relator da ação penal por tentativa de golpe, integram a Turma Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin, presidente do colegiado.

    Bolsonaro está em prisão domiciliar devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares, segundo Moraes. Desde 18 de julho, o ex-presidente está submetido a cinco medidas cautelares, entre as quais proibição de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Neste domingo, 3, ele apareceu em um vídeo publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A publicação foi removida. Antes, o ex-presidente já havia descumprido a cautelar ao discursar a apoiadores na Câmara. Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente nesta segunda-feira, 4.

    Quando será o julgamento do Bolsonaro? Veja datas previstas

  • Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Mulher de ministro seria próxima a ser atingida por Lei Magnistky; punição não deve sair nos próximos dias

    WASHINGTON, DC, E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Aliados de Jair Bolsonaro (PL) esperam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acelere a aplicação de sanções contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e familiares após a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Uma pessoa com acesso às tratativas em Washington diz que a inclusão da esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na lista de sancionados pela Lei Magnistky está encaminhada e já tinha previsão de sair nas próximas semanas, antes mesmo da detenção de Bolsonaro.

    A inclusão, porém, ainda precisa ser fundamentada e, por isso, não deve sair nos próximos dias.

    Moraes foi sancionado na semana passada com base nesta lei. A norma é usada para punir quem comete graves violações de direitos humanos e já foi usada contra ditadores no passado.

    O secretário de Estado, Marco Rubio, afirma que Moraes cometeu abusos ao autorizar detenções preventivas injustas e ao tomar decisões que, segundo ele, minam a liberdade de expressão.

    A Lei Magnistky prevê que pode ser incluído no rol de sancionados quem colaborar com as condutas condenadas pelos EUA.

    A pessoa punida recebe uma sanção da Ofac, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

    Por meio da decisão, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.

    A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo. Os efeitos para as transações de Moraes em reais no Brasil ainda estão sob análise dos bancos.

    Além de Viviane, bolsonaristas dizem que outros ministros do Supremo também podem ser punidos.

    Politicamente, bolsonaristas contam com o governo de Trump para fazer frente ao cerco ao STF, ampliando as sanções contra autoridades brasileiras.

    Na noite desta segunda, o governo Donald Trump disse condenar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que responsabilizará aqueles que ajudarem “condutas sancionadas” do magistrado.

    O posicionamento foi feito por meio de post no X (ex-twitter) na página do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana.

    “O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a mensagem.

    “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”, continua o texto.

    O ex-apresentador Paulo Figueiredo afirmou, antes da ordem de Moraes, que poderia haver uma trégua por parte dos Estados Unidos nos próximos dias.

    O plano era aguardar a repercussão das retaliações americanas ao Brasil na classe política e medir o avanço de medidas, como a anistia a bolsonaristas -principal demanda de Figueiredo e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente que foi aos EUA articular medidas contra autoridades do STF.

    A pretensão foi frustrada pela decisão de Moraes de impor a prisão domiciliar a Bolsonaro. O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato.

    No telefonema, o ex-presidente disse: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou.
    Em nota, a defesa de Bolsonaro afirma que foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, questionou o entendimento de Moraes e anunciou que vai recorrer.

    “O ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida”, diz o texto, assinado pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser. “Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que ‘em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos’. Ele seguiu rigorosamente essa determinação”.

    A nota continua: “A frase ‘Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’ não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso.”.

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

  • Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4), devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares

    Um levantamento da Quaest mostra que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dividiu-se em menções favoráveis e contrárias ao decreto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Segundo a pesquisa, 53% das menções ao episódio nas redes foram favoráveis à prisão, enquanto 47% foram contra.

    O volume de menções passou de 1,16 milhão, segundo o levantamento, em uma média de 51 mil menções por hora, totalizando mais de 401 mil autores únicos. A Quaest realizou a coleta dos dados às 21h desta segunda-feira, 4.

    Além do maior volume de menções, as publicações favoráveis à prisão domiciliar do ex-presidente apresentaram maior engajamento e fragmentação, o que indica, segundo a pesquisa, uma reação mais orgânica.

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares. Desde 18 de julho, o ex-presidente está submetido a cinco medidas cautelares, entre as quais proibição de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Neste domingo, 3, Bolsonaro apareceu em um vídeo publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A publicação foi removida. Antes, o ex-presidente já havia descumprido a cautelar ao discursar a apoiadores na Câmara.

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

  • Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    O governo norte-americano insiste em atacar a soberania do Brasil e usa as redes sociais para propagar mensagens contra o sistema judiciário brasileiro com apoio de bolsonaristas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Jason Miller, conselheiro central na campanha eleitoral de 2024 do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou neste domingo (3) no X (antigo Twitter) uma imagem em que um manifestante posa com algemas nas mãos e usa uma máscara em alusão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

    Miller afirmou nas redes que a imagem é um registro de cenas da manifestação bolsonarista em Fortaleza a favor do impeachment do ministro. A manifestação do conselheiro ocorreu horas antes de Moraes decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4).

    No domingo (3), políticos aliados de Jair Bolsonaro (PL) fizeram protestos em cidades do país a favor do ex-mandatário e contra Moraes. A oposição também pressiona o Senado pelo andamento de um pedido de impeachment contra o magistrado, considerado o principal alvo do bolsonarismo.

    O cerco contra Moraes aumentou depois que Trump anunciou uma sanção econômica ao ministro via Lei Magnitsky alegando violação à liberdade de expressão e perseguição política contra Bolsonaro e aliados.

    O ato foi usado pela oposição ao governo Lula (PT) como combustível para aumentar a pressão contra o magistrado, que é relator na ação penal no STF que investiga a tentativa de golpe de 2022. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Jair Bolsonaro teria liderado a intentona golpista.

    Miller também fez uma postagem dizendo que Trump “está certo sobre o Brasil” e que o STF se tornou a mais poderosa instituição no país. “Ela investiga, acusa, censura e legisla. Agora está agindo como juiz, juri e executor”, afirmou nas redes.

    Ele também fez postagens com cenas de manifestações bolsonaristas fazendo apologia ao governo Trump e pedindo aos Estados Unidos ajuda para intervir no país.

    Em outro momento, Miller repostou publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre os protestos a favor do impeachment de Lula e de Moraes.

    As imagens publicadas por Miller trazem cenas de manifestações identificadas como sendo de Minas Gerais, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo, bem como homenagem a Clezão, réu pelos ataques do 8 de Janeiro morto na Papuda.

    Em outra publicação, Miller posta foto de um manifestante com um cartão de crédito identificado como “cartão Magnitsky”. O cartão tem a foto de Moraes e tem escrito as frases “Fora, Lula” e “Xandão do Império Supremo”.

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

  • Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

    Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

    “Dá para levar a sério um país onde existe prisão domiciliar?”, questionou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em pelo menos duas ocasiões, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o instituto da prisão domiciliar, afirmando ser uma pena leve demais.

    Em postagem de março de 2018, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postou: “Dá para levar a sério um país onde existe prisão domiciliar?”.

    “O condenado é carcereiro dele mesmo!!! Se não conseguem nem monitorar as tornozeleiras eletrônicas quem dirá cada preso em seu domicílio. A lei de execuções penais e CPP [Código de Processo Penal] precisam ser revisados urgentemente!!!”, escreveu o filho do ex-presidente no então Twitter, hoje X.

    Antes, em 2017, disse que a prisão domiciliar beneficia “ladrão amigo do rei” que seria deslocado das prisões para “mansão”.

    “Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar”, postou no Twitter.

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Bolsonaro, presidente do Brasil entre 2019 e 2022 e réu em processo sobre uma trama golpista no final de seu governo.

    No domingo (3), durante atos por anistia a réus da trama golpista, Bolsonaro apareceu em vídeos exibidos por apoiadores. O ex-presidente estava proibido de usar redes sociais, mesmo que intermédio de outras pessoas.

    Moraes proibiu visitas na prisão domiciliar, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares pelo ex-presidente, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva.

    O ex-presidente estava proibido de acessar redes sociais e de falar com Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e cuja atuação para o governo Trump levantar sanções contra o Brasil é investigada pela Polícia Federal.

    Em nota após a decretação da prisão domiciliar, Eduardo chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de “psicopata descontrolado” e disse que a determinação não o surpreendeu.

    Nas redes sociais, o filho do ex-presidente também fez um post em inglês no qual afirma que o pai foi preso sem julgamento e que a ordem tem o objetivo de “silenciar o líder da oposição”.

    “Meu pai, Jair Bolsonaro, foi preso hoje por apoiar, de sua própria casa, o povo brasileiro que saiu às ruas para se manifestar contra os abusos do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. E porque eu e meus irmãos postamos fotos dele”, afirmou.

    Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

  • Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

    Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

    Moraes destacou na sentença que Nikolas Ferreira fez uma chamada de vídeo com Bolsonaro durante ato para impulsionar ataques contra o STF e tentar coagir os ministros e obstruir a Justiça

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A participação por telefone de Jair Bolsonaro (PL) nas manifestações, que ocorreram no domingo (3), foi decisiva para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Em sua decisão, o ministro elencou uma série de postagens dos filhos de Bolsonaro e citou a ligação em vídeo com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) como provas de que o ex-presidente burlou as medidas cautelares que lhe haviam sido impostas. Nikolas participava do protesto bolsonarista na avenida Paulista, em São Paulo.

    “O réu atendeu ligação por chamada de vídeo do Deputado Federal, NIKOLAS FERREIRA, oportunidade em que o parlamentar utilizou JAIR MESSIAS BOLSONARO para impulsionar as mensagens proferidas na manifestação na TENTATIVA DE COAGIR o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E OBSTRUIR A JUSTIÇA e com amplo conhecimento das medidas cautelares impostas […]”, diz um trecho da decisão de Moraes.

    As medidas cautelares impostas no fim de julho proibiam Bolsonaro de usar suas redes sociais ou as de terceiros, de fazer contato com embaixadores e diplomatas, e de ter contato com pessoas investigadas. Também ficou determinado que Bolsonaro teria de usar tornozeleira eletrônica, tendo também de respeitar horários de recolhimento domiciliar.

    Em sua decisão, Moraes mostra de que maneira Bolsonaro burlou a proibição de usar as redes sociais, anexando uma série de postagens dos filhos. Numa delas, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente aparece sentado numa cadeira, com camisa de time e tornozeleira à mostra, enquanto se dirige à multidão, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. “Palavras de Bolsonaro em Copacabana. A legenda é com vocês”, dizia a legenda.

    O ministro do STF ressaltou que Flávio apagou a postagem logo depois, em “um claro intuito de omitir o descumprimento das medidas cautelares praticado por seu pai.” Também Flávio publicou uma foto em que agradeceu, em inglês, a ajuda dos Estados Unidos. Para Moraes, o senador manifestou apoio às sanções econômicas do governo americano.

    Na decisão do ministro, há ainda uma postagem do vereador Carlos Bolsonaro (PL) incitando que seu público também siga a conta de seu pai. Segundo Moraes, os filhos de Bolsonaro protagonizaram uma ação coordenada para atacar o STF.

    “A participação dissimulada de JAIR MESSIAS BOLSONARO preparando material pré fabricado para divulgação nas manifestações e redes sociais, demonstrou claramente que manteve conduta ilícita de tentar coagir o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e obstruir a JUSTIÇA, em flagrante desrespeito as medidas cautelares anteriormente impostas”, afirma outro trecho da decisão.

    Moraes proibiu visitas na prisão domiciliar, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva. Em nota no início da noite desta segunda, a Polícia Federal informou ter cumprido, no fim desta tarde, o mandado de prisão domiciliar e de busca e apreensão de telefones celulares.

    Nas páginas iniciais do decreto, Moraes relembrou que havia pedido esclarecimentos à defesa de Bolsonaro sobre o descumprimento de medidas cautelares. O ministro lembrou o episódio em que o ex-presidente foi a público exibir a tornozeleira eletrônica e reafirmou que, em nenhum momento, o proibiu de conceder entrevistas.

    A decisão o torna o quarto ocupante do cargo máximo do país a ser preso desde a redemocratização –antes dele, já tiveram o mesmo destino Fernando Collor, Lula (PT) e Michel Temer (MDB). “Como diversas vezes salientei na presidência do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, A JUSTIÇA É CEGA, MAS NÃO É TOLA!!!!”, escreveu Moraes no decreto da prisão domiciliar de Bolsonaro.

    Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar