Categoria: POLÍTICA

  • Malafaia questiona cotados em 2026 por ausência em ato pró-Bolsonaro

    Malafaia questiona cotados em 2026 por ausência em ato pró-Bolsonaro

    O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não estava presente nos atos deste domingo (3); apoiadores políticos de Bolsonaro não compareceram aos atos

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou sua fala no ato deste domingo (3), na avenida Paulista, para criticar os presidenciáveis da direita que não compareceram à manifestação bolsonarista.

    Sem citar nomes, ele questionou a ausência de políticos cotados para substituir Bolsonaro na eleição de 2026 e afirmou que eles não estiveram presentes por “medo” do STF (Supremo Tribunal Federal).

    O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) marcou um procedimento médico para a mesma data.

    Já o deputado Nikolas Ferreira (PL) cobrou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para darem andamento a pedidos de anistia pelo 8/1 e pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

    “Você sem a toga não sobra nada”, disse Nikolas, pedindo a prisão do magistrado.

    “Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Era para estarem aqui, minha gente. Sabe o que fica provado? Que até aqui Bolsonaro é insubstituível”, disse Malafaia.

    O pastor também afirmou que presidenciáveis teriam “arrumado desculpas” para não comparecer. “Vão enganar trouxa. Eu não sou trouxa. Estão com medo do STF? Por isso não chegaram até aqui? Arrumaram desculpa. Por isso, minha gente, que 2026 é Bolsonaro”, completou.

    Além de Tarcísio, outros governadores de direita cotados para disputar a Presidência em 2026 -Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD)- também não compareceram à manifestação em São Paulo convocada contra Moraes.

    Bolsonaristas realizam atos espalhados pelo país neste domingo. Manifestações foram marcadas em ao menos 20 capitais em todas as regiões do Brasil. Cidades do interior também têm atos programados.

    Os atos foram organizados pelo pastor Silas Malafaia. No palco, ao lado de Malafaia, estavam o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o vice-prefeito Coronel Mello Araújo (PL), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL), a vereadora Zoé Martinez (PL) e o deputado estadual Lucas Bovi (PL).

    Durante o ato, o deputado estadual Paulo Mansur (PL) discursou em defesa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em seguida, Eduardo participou da manifestação por chamada de vídeo.

    “Ele falava que ia conseguir aplicar a Lei Magnitsky ao Alexandre de Moraes e ele conseguiu aplicar. Agora a gente precisa fazer a nossa parte”, disse Mansur, referindo-se às sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o ministro do STF.

    Na transmissão ao vivo, Eduardo Bolsonaro agradeceu a presença dos manifestantes na avenida Paulista.

    Jair Bolsonaro não pode participar porque, desde o último dia 18, tem que cumprir medidas restritivas impostas por Moraes, como usar tornozeleira eletrônica e não sair de sua casa, em Brasília, aos fins de semana.

    Malafaia questiona cotados em 2026 por ausência em ato pró-Bolsonaro

  • PT precisa se preparar para pós-Lula, diz novo presidente do partido ao tomar posse

    PT precisa se preparar para pós-Lula, diz novo presidente do partido ao tomar posse

    “Seu substituto não será um nome, seu substituto será o Partido dos Trabalhadores. Porque se o partido estiver organizado, o nome será construído, a liderança será construída”, disse. “Teremos que construir um partido capaz de enfrentar grandes embates.”

    MARIANA BRASIL
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente eleito do PT, Edinho Silva, afirmou em seu discurso de posse neste domingo (3) que o partido precisa se preparar para se manter na disputa quando Lula não estiver mais no pleito.

    “É nossa responsabilidade construir o PT quando o presidente Lula não estiver mais nas urnas disputando nosso projeto”, disse.

    “O presidente Lula nos deixa um legado e ele será fundamental para o nosso partido para o resto da nossa existência, mas nos sabemos que todos os problemas enfrentados pelo PT, o presidente Lula foi para a sociedade, para as eleições e reconduziu o partido ao seu local de direito. Essas cenas, após 2026, até por direito ao descanso e para viver sua vida pessoal, não vamos mais ter”, declarou Edinho.

    Para ele, é necessário que o partido se renove. Mas Edinho afirmou que o sucessor de Lula não será um nome específico, mas o partido como um todo.

    “Seu substituto não será um nome, seu substituto será o Partido dos Trabalhadores. Porque se o partido estiver organizado, o nome será construído, a liderança será construída”, disse. “Teremos que construir um partido capaz de enfrentar grandes embates.”

    Ainda em suas falas, ele falou da necessidade de se aproximar da juventude, de quem a sigla está afastada, segundo ele.
    Edinho também citou o momento histórico da eleição do diretório neste ano, com menções a interferência estrangeira e ataque às instituições.

    A ex-presidente do PT e ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, esteve presente no evento, onde foi fortemente aplaudida, com gritos de “a Gleisi foi pra gente uma excelente presidente”.

    Outros ministros do governo filiados à sigla também compareceram, entre eles, Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).

    Gleisi fez falas contra a interferência dos EUA no Brasil, a qual afirmou estar sendo causada pela família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Ainda em seu discurso, a chefe das Relações Institucionais defendeu a chamada taxação BBB (bancos, bets e bilionários), discursou contra a guerra na Faixa de Gaza, puxou gritos contra a anistia e agradeceu nominalmente ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pelos trabalhos no processo que mira os envolvidos no 8 de Janeiro.

    “Temos uma luta maior também, ao lado de lutar contra as injustiças no Brasil, temos que lutar contra a intervenção estrangeira. Acho que ninguém nunca achou que fôssemos viver uma situação dessa no Brasil, desse tipo de interferência na nossa soberania e causada por um ex-presidente e sua família que quer anistia, que articulam contra o Brasil, que se fantasiam com a bandeira brasileira, que falam dos valores do Brasil e entregam o nosso país ao estrangeiro”, declarou.

    “Sem anistia para uma gente traidora, que nos vende, que tentou dar um golpe e agora dá um golpe continuado. Nós não vamos negociar nossa soberania, democracia e autonomia dos nossos Poderes. E aqui quero fazer um cumprimento especial ao ministro Alexandre de Moraes, que tem sido fundamental na condução desse processo.”

    Na véspera, o partido aprovou a tese –texto que guiará os trabalhos da sigla nos próximos anos– apresentada pela corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente de Lula que ganhou a maioria dos votos na eleição. As correntes são as chapas que disputam poder dentro do partido.

    A tese foi aprovada com a inclusão de uma defesa do veto ao projeto de lei que muda as regras do licenciamento ambiental. Foram rejeitadas emendas propostas por alas mais à esquerda do partido, com críticas ao novo arcabouço fiscal e à frente ampla que dá sustentação ao governo em votações no Congresso.

    Com 107 itens, o documento do CNB destaca entre as metas e diretrizes do partido para o momento o repúdio ao genocídio na Palestina, a atenção ao tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil e ao mundo, o combate à extrema direita, a isenção do Imposto de Renda para quem tem renda mensal de até R$ 5.000 e a igualdade salarial.

    Uma das principais pautas defendidas pelo PT neste ano tem sido a defesa da escala 6 por 1, que reduz a carga-horária de trabalho semanal. No entanto, o tema teve apenas uma breve menção no texto aprovado.

    Tudo indica que a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas e a criação de um imposto sobre lucros e dividendos, que já vigoram nas principais democracias do mundo, mesmo que sejam criticadas pelas minorias privilegiadas, contarão com idêntico respaldo da maioria do povo”, diz.

    O texto também afirma que o governo Lula tem procurado melhorar sua comunicação institucional, mas aponta que o embate pelo debate público é mais amplo. Também seria necessário convencer a população da importância das ações de Lula, não só divulgar o que foi entregue por sua gestão.

    A tese da CNB cobra ainda que governo e aliados adotem uma comunicação “mais proativa e direta” com a sociedade, o que incluiria explorar “o carisma e a palavra” de Lula e suas viagens pelo país. Supõe também aproveitar melhor o prestígio e a capacidade de interlocução social dos principais ministros e dirigentes do governo”, afirma o texto.

    PT precisa se preparar para pós-Lula, diz novo presidente do partido ao tomar posse

  • Bolsonaristas tentam impulsionar atos com sanções de Trump a Moraes, mas temem esvaziamento

    Bolsonaristas tentam impulsionar atos com sanções de Trump a Moraes, mas temem esvaziamento

    Sob o slogan de “Reaja, Brasil”, as manifestações devem acontecer em diferentes cidades simultaneamente, marcando uma diferença para a estratégia que vinha sendo adotada nesses protestos desde que Bolsonaro retornou ao Brasil em 2023.

    MARIANNA HOLANDA
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) querem que a empolgação da base de apoiadores com as sanções do governo Donald Trump ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sirva para impulsionar os atos marcados para este domingo (3) por todo o país.

    Sob o slogan de “Reaja, Brasil”, as manifestações devem acontecer em diferentes cidades simultaneamente, marcando uma diferença para a estratégia que vinha sendo adotada nesses protestos desde que Bolsonaro retornou ao Brasil em 2023.

    A ideia é tornar mais acessíveis as manifestações e que parlamentares possam ter protagonismo em seus redutos. Reservadamente, organizadores temem que os atos sejam esvaziados. Primeiro, identificam cansaço da base, que, aos poucos, tem participado menos de mobilizações nas ruas. Segundo, não haverá o principal chamariz: a presença de Jair Bolsonaro.

    Bolsonaro está de tornozeleira eletrônica, proibido de sair de casa em Brasília aos finais de semana. Esta é uma das medidas cautelares impostas por Moraes a ele, no âmbito das investigações que apuram a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. O ex-presidente tampouco poderá gravar um vídeo ou discursar.

    Além disso, outros nomes de peso estarão ausentes no ato da avenida Paulista, considerado o principal: o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) marcou um procedimento médico para a mesma data, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro manterá agenda no Pará, segundo a coluna da Mônica Bergamo. Segundo relatos, ela comparecerá à manifestação em Belém.

    Diante deste cenário, alguns parlamentares que não são de São Paulo mudaram a rota para a Paulista. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), estarão no carro de som, organizado pelo pastor Silas Malafaia.

    Conhecido por forte presença nas redes sociais, Nikolas gravou um vídeo convidando as pessoas para a manifestação, direcionado a quem talvez não compareça. “Só vale quando tem multidões e multidões? Jesus apenas com 12 [apóstolos] mudou a história dele. Você só vai se simplesmente for e resolver?”, questionou.

    “Se você não for, como se fosse bala de prata tudo na vida, simplesmente não vamos conseguir. Não estamos numa corrida de 100 metros, estamos numa maratona”, completou.

    Bolsonaristas querem um calendário de manifestações, visto como a única reação possível de apoio ao ex-presidente, que será julgado pela trama golpista no STF provavelmente no mês que vem.

    As principais demandas são “anistia ampla, geral e irrestrita”, por meio do projeto de lei que está na Câmara dos Deputados, e impeachment de Moraes, via Senado -duas pautas hoje consideradas improváveis de prosperar no Congresso.

    Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-PB), devem entrar na mira dos discursos nos carros de som e na plateia.

    Além disso, bolsonaristas também vão pedir “fora, Lula” nos atos, levando adiante o argumento de que é o presidente o culpado pelas tarifas do aliado Donald Trump a produtos brasileiros.

    A aplicação de sanções financeiras ao ministro do STF, na chamada Lei Magnitsky, animou bolsonaristas, que vinham sofrendo desgastes pelo tarifaço do aliado Trump. Inicialmente, o governo americano afirmou que a tarifa seria de 50% em todos os produtos brasileiros, mas recuou e deixou mais de 700 produtos de fora nesta semana.

    A sanção a Moraes era a maior demanda do bolsonarismo neste ano, e o principal objetivo de Eduardo Bolsonaro junto a autoridades do governo Trump. Ele disse que o sentimento era de “missão cumprida”, após o anúncio.

    Eduardo se licenciou do cargo de deputado federal em março, sob o temor de apreensão do seu passaporte pelo STF, quando ainda não era investigado.

    Hoje Eduardo e Bolsonaro estão proibidos de se comunicar. O parlamentar, que foi considerado um dos principais nomes para eventual sucessão do pai em 2026, diz que só voltará ao Brasil quando -e se- Moraes for afastado.

    Ele tem defendido em entrevistas que apoiadores participem das manifestações no próximo dia 3, como uma forma de ampliar a pressão nacional.

    Eduardo também já indicou, ao comemorar a aplicação da sanção a Moraes, que outras autoridades brasileiras podem ter o mesmo destino. Em vídeo, afirmou que tem “várias batalhas adiante” e que a vitória “não é o fim de nada”.

    Bolsonaristas tentam impulsionar atos com sanções de Trump a Moraes, mas temem esvaziamento

  • 'Não possuo relação próxima há 18 anos', diz Michelle sobre tio investigado

    'Não possuo relação próxima há 18 anos', diz Michelle sobre tio investigado

    Michelle disse que não tem convivência com o tio há mais de 18 anos. Em nota, afirmou ter recebido nesta sexta-feira (01) ”com indignação” a notícia da prisão dele. Neste fim de semana, ela cumpre agenda pelo PL Mulher no Pará.

    LUANA TAKAHASHI, CARLA ARAÚJO E BEATRIZ GOMES
    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, afirmou neste sábado (02) que não tem relação próxima com o tio Gilberto Firmo, investigado por armazenamento de pornografia infantil.

    Michelle disse que não tem convivência com o tio há mais de 18 anos. Em nota, afirmou ter recebido nesta sexta-feira (01) ”com indignação” a notícia da prisão dele. Neste fim de semana, ela cumpre agenda pelo PL Mulher no Pará.

    Michelle falou que condena que seu nome seja atrelado a atos praticados por terceiros, sejam parentes ou não. ”Cada pessoa é responsável e deve responder, individualmente, por seus atos. Nisso consiste a individualização de condutas e penas previstas em nossa legislação.’

    Segundo ela, a ”maior dor” é ser justamente por um crime a que se dedica combater. Além disso, afirmou que, apesar da ”tristeza”, deve continuar a orar pelo tio para que ele pague por seus delitos e ”abandone toda e qualquer prática ilícita e impura”.

    “Considerado lastimável, revoltante e repugnante a conduta desse parente e, uma vez comprovadas essas acusações, entendo como necessário que ele receba, integralmente, o peso da Justiça”, disse Michelle Bolsonaro.
    *
    JUSTIÇA DECIDIU SOLTAR GILBERTO
    Gilberto, de 52 anos, tinha sido preso nesta sexta-feira (1º) em flagrante em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão devido a uma investigação sobre armazenamento de material de exploração sexual infantojuvenil na internet, informou a Polícia Civil de Goiás. A ação teve apoio da Polícia Civil do DF.

    Durante audiência de custódia, no entanto, o Tribunal de Justiça do DF concedeu liberdade provisória ao homem. Ele deve deixar a carceragem da Polícia Civil ainda neste sábado (02), segundo informações do advogado dele, Samuel Magalhães, ao UOL.
    Ele continuará respondendo ao processo com medidas cautelares. Conforme a defesa, ele será posto em liberdade sob a condição de comparecer a todos os atos dos processos, manter seu endereço atualizado e não deixar o Distrito Federal por mais de 30 dias sem se comunicar com a 2ª Vara Criminal de Ceilândia.

    POLÍCIA ANALISA CELULAR DE GILBERTO
    Centenas de arquivos digitais de abuso sexual infantil foram compartilhados na internet, segundo a investigação. As autoridades disseram que o mandado foi aceito pela Justiça devido à “robustez dos elementos colhidos” na apuração. Também foi aprovada a quebra telemática de aparelhos eletrônicos para auxiliar no aprofundamento das investigações.

    Policiais civis dizem ter encontrado no celular de Gilberto diversas fotos e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes. Os arquivos estavam armazenados na memória do dispositivo do homem, que é surdo.

    Celular de Gilberto foi apreendido e passará por análise pericial para subsidiar a investigação, segundo as autoridades. Não foi informado se outros equipamentos eletrônicos do homem foram apreendidos.

    'Não possuo relação próxima há 18 anos', diz Michelle sobre tio investigado

  • Lula lidera em todos os cenários de primeiro turno, aponta Datafolha

    Lula lidera em todos os cenários de primeiro turno, aponta Datafolha

    Lula lidera com 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 33% no primeiro turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos. Com o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), Lula marca 39% e o deputado, 20%.

    Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 2, mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem agora vantagem de seis pontos porcentuais sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está atualmente inelegível, no cenário eleitoral para a disputa presidencial de 2026.

     

    Lula lidera com 39% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro tem 33% no primeiro turno. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.

     

    Com o filho do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL), Lula marca 39% e o deputado, 20%. Com o filho mais velho de Bolsonaro, Flávio, o petista registra 40%, enquanto o senador tem 18%.

     

    No cenário de disputa com Michelle Bolsonaro, por sua vez, a ex-primeira-dama tem 24% de intenções de voto na primeira etapa do pleito. Já Lula tem 39%.

     

    Em eventual disputa com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente lidera com 38% a 21%. O cenário muda um pouco quando o petista é desconsiderado na corrida pela reeleição.

     

    Contra o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), Tarcísio empata – ambos marcam 23% de intenção de voto. Já com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), Tarcísio fica na igualdade técnica, com 24% do ex-governador paulista contra 22%. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

     

    A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, com 2.004 eleitores em 130 municípios.

    Lula lidera em todos os cenários de primeiro turno, aponta Datafolha

  • PT pede que Lula suspenda relações diplomáticas e comerciais com Israel

    PT pede que Lula suspenda relações diplomáticas e comerciais com Israel

    Na abertura do 17º Encontro do PT, na noite desta sexta-feira, em Brasília, o senador e atual presidente nacional do PT, Humberto Costa, leu a carta de apoio ao povo palestino e reafirmou a posição histórica do PT em defesa da causa.

    O Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou ontem uma carta na qual pede que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva suspenda relações diplomáticas e comerciais com o governo de Benjamin Netanyahu, de Israel. Na abertura do 17º Encontro do PT, na noite desta sexta-feira, em Brasília, o senador e atual presidente nacional do PT, Humberto Costa, leu a carta de apoio ao povo palestino e reafirmou a posição histórica do PT em defesa da causa.

    \”Não é possível virar os olhos às mortes de crianças em Gaza pelos bombardeios de Israel há mais de 20 meses, e agora pela fome e doenças produzidas pelo bloqueio israelense. São crianças, um terço dos 55 mil palestinos mortos em Gaza e na Cisjordânia\”, descreve a carta. \”O governo de Benjamin Netanyahu é acusado de \’crimes de guerra\’ até por ex-embaixadores e ex-primeiros-ministros israelenses. Os crimes agora incluem assassinar civis desarmados e famintos, que buscam auxílio humanitária e recebem balas e bombas.\”

    O documento destaca que, no último dia 5 de junho, o presidente Lula declarou que, na região, não se trata de uma guerra, mas de \”um genocídio premeditado\”. \”Todavia, ainda há no mundo inteiro quem compre, venda e subsidie o complexo industrial-militar de Israel, como se isso fosse normal\”, afirma o texto, acrescentando que a militância presente no Encontro Nacional do PT \”declara sua irrestrita solidariedade ao povo palestino\”.

    \”De acordo com os compromissos históricos do PT que todos reivindicamos, endossamos a nota do Conselho Nacional de Direitos Humanos de 6 de junho de 2025, e solicitamos ao presidente Lula para que intervenha em favor da suspensão de relações diplomáticas e comerciais com o governo de Netanyahu\”, reforça o documento.

    Com a presença de cerca de mil delegados e delegadas do Brasil, o 17º Encontro Nacional do PT começou ontem e deve seguir até amanhã, com lideranças petistas presentes para debater os rumos do partido e os desafios do próximo período. Além de Humberto Costa, estiveram presentes na abertura do evento o presidente eleito, Edinho Silva, e os dirigentes Romênio Pereira, Mônica Valente, Valter Pomar e Misiara, além do embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben.

    PT pede que Lula suspenda relações diplomáticas e comerciais com Israel

  • Datafolha: 48% dos brasileiros defendem prisão de Bolsonaro por tentativa de golpe

    Datafolha: 48% dos brasileiros defendem prisão de Bolsonaro por tentativa de golpe

    A diferença, no entanto, é considerada uma oscilação no limite da margem de erro. Tanto em abril como em julho, 6% disseram não saber opinar sobre o tema. O Datafolha ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 29 e 30 de julho.

    O percentual de brasileiros a favor da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por tentativa de golpe de Estado foi de 52%, em abril, para 48% no final de julho, segundo pesquisa Datafolha divulgada na sexta-feira, 1º. Já a quantidade de brasileiros que avaliam que Bolsonaro não deveria ser preso foi de 42% para 46% no mesmo período. Com isso, a diferença entre os que são a favor e contra a pena foi de 10 pontos percentuais para 2 p.p.. A diferença, no entanto, é considerada uma oscilação no limite da margem de erro. Tanto em abril como em julho, 6% disseram não saber opinar sobre o tema.

    O Datafolha ouviu 2.004 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 29 e 30 de julho. A margem de erro é de 2 pontos para mais ou menos.

    A pesquisa ainda mostra que 51% dos entrevistados acreditam que o ex-presidente não vai ser preso, ante 40% que avaliam que o desfecho será de cadeia.

    Bolsonaro já cumpre medidas restritivas, como o uso de tornozeleira eletrônica, determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, depois da ofensiva do presidente americano Donald Trump para livrar o aliado político do processo. O ex-presidente brasileiro ainda será julgado na Corte por participação na suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

    Veja os dados

    Respostas à pergunta: \”Considerando o que foi revelado pelas investigações sobre a tentativa de golpe em 2022 e seus desdobramentos até o momento, na sua opinião, Jair Bolsonaro deveria ou não ser preso?\”

    – \”Sim, deveria\”: 48% (eram 52% em abril)

    – \”Não deveria\”: 46% (eram 42%)

    – \”Não sabe\”: 6% (mesmo índice em abril)

    Respostas à pergunta: \”E na sua opinião, Jair Bolsonaro vai ou não ser preso?\”

    – \”Sim, vai ser preso\”: 40% (eram 41% em abril)

    – \”Não vai ser preso\”: 51% (eram 52% em abril)

    – \”Não sabe\”: 8% (eram 7%)

    Datafolha: 48% dos brasileiros defendem prisão de Bolsonaro por tentativa de golpe

  • Lula diz estar "aberto ao diálogo" sobre tarifas após gesto positivo de Trump

    Lula diz estar "aberto ao diálogo" sobre tarifas após gesto positivo de Trump

    O Presidente brasileiro, Lula da Silva, disse estar disponível para dialogar sobre as tarifas, depois do líder norte-americano, Donald Trump, apontar a possibilidade de uma conversa entre os dois.

    Sempre estivemos abertos ao diálogo”, escreveu Lula da Silva nas redes sociais na sexta-feira, em uma aparente resposta às declarações de Trump, que disse, no mesmo dia, que o brasileiro poderia falar com ele “quando quisesse”, embora tenha insistido que “as pessoas que lideram o Brasil fizeram coisas erradas”.

    Apesar de declarar abertura para o diálogo, Lula esclareceu que “quem define os rumos do Brasil são os brasileiros e suas instituições”, em declarações feitas após ataques da Casa Branca ao Supremo Tribunal do país sul-americano pelo julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe.

    O governo dos EUA sancionou na quarta-feira o ministro Alexandre de Moraes — relator do processo contra Bolsonaro —, com o congelamento de todos os bens ou propriedades que o magistrado possa ter em território norte-americano, acusando-o de violar a liberdade de expressão ao ordenar a remoção de mensagens antidemocráticas nas redes sociais.

    Foi também com base nessa crítica ao julgamento de Bolsonaro e à atuação do ministro que Trump impôs uma tarifa de 50% sobre uma parte significativa das importações brasileiras.

    Lula da Silva, que não detalhou se ou como irá responder às tarifas, afirmou ainda que o governo está trabalhando “para proteger” a economia, as empresas e os trabalhadores.

    Apesar de as autoridades brasileiras já terem demonstrado disposição para negociar uma saída antes que as tarifas entrem em vigor, a Casa Branca ignorou, até agora, essas tentativas.

    Lula diz estar "aberto ao diálogo" sobre tarifas após gesto positivo de Trump

  • Moraes compara atos de Eduardo Bolsonaro nos EUA a tentativa de golpe

    Moraes compara atos de Eduardo Bolsonaro nos EUA a tentativa de golpe

    O ministro disparou contra a articulação do deputado junto à Casa Branca para prejudicá-lo e conseguir anistia para o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, comparou a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos à tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro de 2023. Ele disparou contra a articulação do deputado junto à Casa Branca para prejudicá-lo e conseguir anistia para o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro.  

    “O modus operandi golpista é o mesmo. Antes acampamentos na frente dos quartéis, invasão na Praça dos Três Poderes. Para que houvesse, como mais de 500 réus confessaram, a convocação de GLO [Garantia da Lei e da Ordem] e as Forças Armadas, gerando uma comoção nacional e a possibilidade do golpe”, disse o ministro nesta sexta-feira (1º), na sessão de abertura do Supremo Tribunal Federal (STF) após o recesso.

    “O modus operandi é o mesmo. Incentivo à taxação ao Brasil, incentivo à crise econômica, que gera crise social, que gera crise política. Para que novamente haja instabilidade social e a possibilidade de um novo ataque golpista”, acrescentou. A sessão de abertura, na manhã desta sexta-feira, foi marcada pela primeira manifestação conjunta de ministros da Corte após o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar sanções financeiras contra Moraes e formalizar a aplicação de tarifas de 50% a vários produtos que o Brasil comercializa com o país norte-americano.

    Assim que as tarifas contra o Brasil foram anunciadas por Trump, no início de julho, Eduardo Bolsonaro agradeceu ao presidente norte-americano. Em carta enviada ao governo brasileiro, na ocasião, Trump associou a aplicação de tarifas ao processo a que Jair Bolsonaro responde por tentativa de golpe de Estado.

    Além de Moraes, o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, também discursou. Outros a se pronunciarem foram o ministro Gilmar Mendes; o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet; e o advogado-geral da União, Jorge Messias.

    “Milicianos”

    Por diversas vezes, Moraes chamou de “traidores da pátria” aqueles que articulam medidas prejudiciais à economia do Brasil junto ao governo dos Estados Unidos, mas não citou nominalmente Eduardo Bolsonaro ou outro aliado do ex-presidente. Também afirmou que a conduta vista atualmente é comum a “milicianos do submundo do crime”.

    “Esses réus, investigados, não estão só ameaçando e coagindo autoridades públicas, mas também – e fazem isso diariamente nas redes sociais – ameaçando as famílias dos ministros do Supremo Tribunal Federal, do Procurador-Geral da República, em uma atitude costumeiramente afeita a milicianos do submundo do crime, que atacam as autoridades e os familiares das autoridades”.

    De acordo com o ministro, a ação dessas pessoas junto ao governo de Donald Trump caracteriza “claros e expressos atos executórios de traição ao Brasil e flagrantes confissões da prática de atos criminosos”. Em seguida, descreveu quais crimes elas estariam praticando: coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e atentado à soberania nacional.

    Sem citar nomes, o ministro também afirmou que a atuação de pessoas ligadas a Jair Bolsonaro busca um “tirânico arquivamento para beneficiar determinadas pessoas que se acham acima da Constituição, da lei e das instituições”.

    Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. A licença terminou no último dia 20.

    Apesar da grande repercussão, a aplicação de sanções financeiras contra Alexandre de Moraes não deve ter o impacto esperado pelo governo Trump e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Moraes compara atos de Eduardo Bolsonaro nos EUA a tentativa de golpe

  • Collor completa 3 meses em prisão domiciliar sob isolamento e discrição

    Collor completa 3 meses em prisão domiciliar sob isolamento e discrição

    Collor está em uma cobertura de 600 metros quadrados à beira-mar no bairro Jatiúca, em Maceió

    MACEIÓ, AL (CBS NEWS) – O ex-presidente Fernando Collor, 75, completa três meses de prisão domiciliar nesta sexta-feira (1º). Ele deixou o presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, em um comboio por volta das 19h do dia 1 de maio, quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), concedeu a decisão.

    Desde então, Collor está em uma cobertura de 600 metros quadrados à beira-mar no bairro Jatiúca, onde recebe poucas visitas, inclusive de um fisioterapeuta por meio de decisão judicial, e tem a companhia da esposa, Caroline, e duas filhas mais novas. Ele está sendo monitorado por tornozeleira eletrônica.

    Segundo parecer que consta do processo na Justiça do Trabalho, o imóvel está localizado no sexto andar e conta com varanda, sala de estar, gabinete, galeria, sala de jantar, lavabo, adega, circulação, três suítes (sendo uma master com closet), além de piscina, terraços coberto e descoberto e bar.

    O ex-presidente é considerado discreto por vizinhos ouvidos pela reportagem, sem qualquer alarde de sua presença no edifício, que também conta com poucos funcionários e portaria remota. Luzes do apartamento são ligadas no período da noite, mas persianas protegem de qualquer visualização do lado de fora.

    Houve também interrupção da alimentação de seus conteúdos nas redes sociais, sendo a última postagem em 21 de abril -um lamento à morte do Papa Francisco. Os comentários em publicações foram bloqueados.

    No dia 19 de junho, ele perdeu sua última irmã Leda Maria de Melo Coimbra, que tinha 83 anos. O caso foi registrado pelo site Gazetaweb, pertencente à OAM (Organizações Arnon de Mello), pertencente à família do ex-presidente. Collor é o único filho vivo do casal Arnon de Mello e Leda Collor de Mello.

    A TV Gazeta, filiada à Rede Globo, vive um imbróglio judicial com a emissora carioca, mas o processo ainda carece de uma decisão definitiva.

    Questionada, a defesa do ex-presidente reiterou que “a decisão do ministro Alexandre está sendo integralmente cumprida”.

    Desde a prisão, poucos políticos fizeram manifestações públicas de apoio a Collor. Foi o caso do vereador por Maceió Kelmann Vieira (MDB), que inclusive teceu críticas aos que se afastaram do ex-presidente com a condenação. Ele foi procurado pela reportagem para comentário, mas não respondeu.

    A decisão do STF não restringe o uso de telefone nem de internet, o que foi interpretado por especialistas ouvidos pela reportagem como uma autorização para o ex-presidente usar esses meios em casa.

    Por outro lado, Collor só pode deixar seu apartamento por questões de saúde, em consultas médicas previamente informadas. Se tiver de sair por alguma emergência, terá 48 horas para prestar informações sobre o ocorrido. Seu passaporte foi suspenso e a confecção de um novo documento, proibida.

    Collor foi levado ao presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira em 25 de abril para cumprir pena de oito anos e dez meses de prisão após ter sido preso pela Polícia Federal no Aeroporto Zumbi dos Palmares.

    O presídio Baldomero Cavalcanti havia tido que desocupar a sala do diretor e adaptá-la para receber Collor.

    O local originalmente dispõe de ar-condicionado e banheiro, é maior do que as celas comuns e fica no corredor administrativo da unidade.

    Segundo uma pessoa que teve acesso ao ex-presidente na prisão, ele estava abatido e contava com um aparelho ao lado da cama comumente utilizado como parte do tratamento de apneia do sono.

    Apesar de a vistoria do grupo destacado pela Justiça ter considerado adequadas as condições de prisão do ex-presidente, parte da equipe havia exposto internamente divergências por avaliar que elas não eram ideais.

    Entre os problemas, estava o fato de o espaço ter pouca ventilação e baixa luminosidade, além de um banheiro antigo, pequeno e sem janela.

    Ele obteve a progressão para o regime domiciliar humanitário seis dias depois, após pedido do advogado Marcelo Bessa.

    Bessa anexou exames e laudos médicos feitos no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, entre março e novembro de 2022, como provas de que o ex-presidente tem doença de Parkinson, apneia do sono grave e transtorno afetivo bipolar.

    Collor completa 3 meses em prisão domiciliar sob isolamento e discrição