Categoria: POLÍTICA

  • Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

    Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

    Ministro do STF impõe tornozeleira eletrônica e proibição de visitas após ex-presidente descumprir restrição ao uso de redes sociais por meio de aliados

    Na tarde desta segunda-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), justificando o descumprimento das medidas cautelares impostas a ele.

    Na decisão, o ministro cita que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

    Durante atos pró-Bolsonaro neste domingo (3), Flávio subiu em um trio-elétrico fez uma chamada com o pai, que fez um discurso para apoiadores. Instantes depois, o filho do ex-presidente publicou a mensagem com vídeo nas redes sociais.

    Para o ministro, a atuação do ex-presidente, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou de forma deliberada a restrição imposta anteriormente. “Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, destacou Moraes.

    Com isso, Moraes determinou que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em seu endereço residencial. A decisão inclui: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de visitas (salvo por familiares próximos e advogados) e recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.

     

     

    Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

  • Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

    Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

    O ministro disse que divergências entre magistrados não deveriam ser interpretadas como discórdias institucionais e falou na necessidade de buscar equilíbrio na autocontenção da corte para não confundir a atitude com omissão

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ministro do STF Edson Fachin chamou de “absolutamente indevida” a sanção dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes via Lei Magnitsky, que penalizou economicamente o magistrado.

    Ele chamou a ofensiva de “ameaça” já conhecida, em referência a contextos autoritários como o golpe de 1964, e falou em desafio de autocontenção para a corte sem que a ação pareça “covardia” ou omissão frente à demanda de defesa dos princípios constitucionais.

    “Eu entendo que punir um juiz por decisões que tenha tomado é um péssimo exemplo de interferência indevida. Ainda mais quando isso advém de um país estrangeiro”, afirmou.

    “Pode-se concordar ou não com as decisões de um determinado juiz. Quando não se concorda, recorre ou critica publicamente. Isso é próprio da democracia, mas punir dessa forma, ou mesmo punir internamente, juiz por decisão tomada pelo conteúdo dos efeitos políticos e ideológicos da decisão é absolutamente indevido. É algo que, no meu modo de ver, representa uma ofensa aos princípios mais comezinhos da independência e da autonomia judicial”, afirmou.

    O ministro disse que divergências entre magistrados não deveriam ser interpretadas como discórdias institucionais e falou na necessidade de buscar equilíbrio na autocontenção da corte para não confundir a atitude com omissão, dizendo que “não se pode ir tão depressa [na autocontenção] que pareça fuga, nem tão devagar que pareça covardia”.

    Ele também citou uma “nova pandemia de um autoritarismo populista global” que atinge não só tribunais do Brasil, mas também de outros países.

    A fala se deu nesta segunda-feira (4) na Fundação FHC, no centro de São Paulo, durante palestra sobre desafios na presidência da corte a partir de setembro, quando o magistrado assumirá o posto no tribunal.

    Na data, o vice do magistrado vai ser Alexandre de Moraes, relator na ação penal que investiga a trama golpista de 2022 e principal alvo do bolsonarismo.
    Um dos desafios do novo presidente vai ser enfrentar possíveis reações do campo político em caso de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), liderou a tentativa de golpe.

    O ataque à corte e a integrantes já tem episódios inéditos. Pela primeira vez, um magistrado é diretamente sancionado em razão de sua atuação no tribunal, caso de Moraes, penalizado com a Lei Magnitsky na última semana.
    No cenário com desafios à ordem democrática, Fachin falou da necessidade de autocontenção e do fortalecimento de outras instituições que não só a corte para a defesa democrática.

    Segundo ele, a necessidade de contenção se dá em contexto no qual diversos fatores deslocaram a tensão para o Judiciário, como a natureza dos temas que têm chegado ao STF.

    Ele reconheceu que a corte não é o único árbitro do jogo democrático, mas disse que ela tem papel essencial na contenção do autoritarismo.

    O caminho para uma democracia madura passa menos por concentração de poder no Supremo e mais pelo fortalecimento de outros órgãos também responsáveis por sustentar o pacto democrático”, afirmou.

    O ministro também disse que os sistemas de freios e contrapesos só funcionam em uma democracia se a lógica de cada campo é respeitada. ” À política o que é da política, ao direito o que é do direito”, afirmou.

    Em junho, Fachin completou 10 anos na corte. Ele foi empossado em 2015 depois de indicação da então presidente Dilma Rousseff (PT).

    Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

  • Tarifaço fortalece Alckmin como vice de Lula em 2026 após pressão petista por candidatura em SP

    Tarifaço fortalece Alckmin como vice de Lula em 2026 após pressão petista por candidatura em SP

    Grupo do presidente deve formar palanques estaduais repletos de ministros, com foco no Senado

    BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O protagonismo de Geraldo Alckmin (PSB) na reação ao tarifaço imposto a produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fortaleceu o vice-presidente para se manter no posto na chapa de Lula (PT) em 2026.

    Essa é a avaliação de integrantes do governo Lula e de aliados de Alckmin. O papel do vice-presidente, ainda assim, é motivo de disputa: setores petistas querem que ele seja candidato a senador ou governador por São Paulo em 2026, enquanto o PSB demonstra querer mantê-lo no posto de vice.

    Segundo relatos, o próprio Alckmin sinalizou não ter interesse em deixar o posto que hoje ocupa e acredita que conseguiu conquistar a confiança de Lula para isso. O presidente, por sua vez, ainda não teve uma conversa definitiva sobre o tema com ele ou dirigentes do PSB.

    Além disso, aliados do vice-presidente traçam um cenário em que, entre os partidos aliados, o PSB é o único que tem clareza total de que estará com Lula em 2026. Nos demais, há dissidências que impõem discussões internas.

    As conversas são parte de uma articulação mais ampla em torno dos palanques que Lula conseguirá montar nos estados. O quadro mais provável é que diversos ministros sejam candidatos a senador ou governador, em um esforço do lulismo para conter o avanço do bolsonarismo no Senado e para fortalecer a campanha de reeleição do petista.

    Em junho, durante a convenção nacional do PSB que oficializou João Campos, prefeito de Recife, como presidente do partido, Lula falou da importância da eleição para a Casa em 2026.

    “Precisamos ganhar maioria no Senado, senão esses caras vão avacalhar a Suprema Corte. Não é porque a Suprema Corte é uma maçã doce. Não. É porque precisamos preservar as instituições que garantem o exercício da democracia nesse país”, afirmou.

    O presidente fez ainda um gesto ao partido, durante o evento: “Nós sempre governamos juntos. Nunca tive problema com o PSB em lugar nenhum, mesmo quando divergia. Quando acabava a eleição a gente encontrava jeito”.

    Quem defende, no entorno de Lula, que a vaga de Alckmin seja aberta para um partido de centro leva em conta o fato de que o PSB já estará com o petista no ano que vem e seria melhor usar a vaga de vice como chamariz para outras siglas.

    Para dar corpo à campanha de Lula nos estados, petistas projetam candidaturas de ministros de partidos aliados e também afirmam que alguns nomes terão que ir para o sacrifício. No jargão político, isso significa entrar na eleição com chances pequenas de vitória, só para marcar posição ou apoiar um aliado.

    Essa discussão ainda não está estruturada dentro do partido. As conversas sobre o tema devem começar a avançar diante da posse, no domingo (3), do novo presidente do PT, Edinho Silva.

    O estado mais visado é São Paulo, maior colégio eleitoral do país, com 34 milhões de eleitores.

    Governistas avaliam que podem ter uma candidatura competitiva ao governo paulista e ganhar uma das duas vagas que estarão em disputa no Senado caso os candidatos sejam Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Nem Alckmin nem Haddad se mostram empolgados com a ideia.

    Outro nome especulado para uma candidatura ao Senado por São Paulo é o da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Essa ideia tem obstáculos, como o fato de Tebet ter feito sua trajetória política em Mato Grosso do Sul e se mostrar resistente a trocar de estado.

    Um nome provável para uma chapa lulista em São Paulo é o de Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo. Ele quer ser candidato a governador. Além disso, petistas começaram a avaliar a possibilidade de oferecer uma das vagas de candidato ao Senado ao deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).

    Em Minas Gerais, é possível que um dos candidatos a senador no campo lulista seja o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Ele disse à Folha que gostaria de concorrer. O provável candidato a governador é o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD). Petistas mineiros também tentam atrair o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, hoje sem partido, para uma chapa lulista no estado.

    Outro dos principais ministros do governo que provavelmente disputará a próxima eleição é Rui Costa (Casa Civil), na Bahia. O PT é poderoso no estado e poderá lançar uma chapa quase toda composta por seus quadros: além de Costa, Jaques Wagner deverá concorrer à reeleição como senador, e o governador Jerônimo Rodrigues pode se candidatar a mais um mandato no cargo.

    Em Pernambuco, uma das vagas ao Senado é de Humberto Costa (PT). A outra é disputada pelo ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), por Miguel Bezerra Coelho (MDB) -filho do ex-lider de Jair Bolsonaro (PL) e de Dilma Rousseff (PT) no Senado, Fernando Bezerra Coelho- e pela ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade).

    Há no entorno de Lula quem defenda, por exemplo, que as duas vagas de candidato ao Senado em Pernambuco sejam de partidos aliados. O provável candidato a governador dessa aliança será o prefeito João Campos.

    Também são cotados para candidaturas ao Senado os ministros Carlos Fávaro (PSD, Agricultura), por Mato Grosso, e Waldez Góes (PDT, Desenvolvimento Regional), pelo Amapá.

    O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), será candidato ao Governo de Alagoas. O movimento, porém, é motivado pela política local. Foi a maneira encontrada pelo ministro para manter seu grupo político coeso. Ele tem mandato de senador, e foi governador de 2015 a 2022.

    Setores do PT gostariam que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fosse candidata ao Senado pelo Paraná.

    Essa poderia ser considerada uma candidatura de sacrifício: Gleisi tem uma reeleição certa como deputada federal e enfrentaria muitas dificuldades para vencer uma disputa ao Senado em um dos estados mais bolsonaristas do Brasil.

    No cenário atual, porém, é pouco provável que Gleisi dispute uma vaga na Casa. Pesa a favor dela o argumento de que sua votação para deputada federal ajuda a eleger colegas de partido para a Câmara. Só um pedido direto de Lula a faria se candidatar a senadora. O presidente da República, até o momento, não fez movimentos nesse sentido.

    Tarifaço fortalece Alckmin como vice de Lula em 2026 após pressão petista por candidatura em SP

  • Sete deputados estreiam na Câmara nesta semana; veja quem são

    Sete deputados estreiam na Câmara nesta semana; veja quem são

    Veja quem são os deputados que perderam e os que ganharam vagas na Câmara dos Deputados

    Sete novos deputados federais farão sua estreia como parlamentares empossados na Câmara dos Deputados da atual legislatura nesta primeira semana de agosto. Eles foram empossados na semana passada, de forma virtual, após a perda do mandato de sete outros congressistas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A Corte julgou em março regras para a distribuição das chamadas sobras eleitorais consideradas inconstitucionais.

    As mudanças afetam especialmente a bancada do Amapá, que teve quatro dos seus oito deputados trocados. A substituição favoreceu especialmente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já que os quatro são aliados dele.

    Farão suas primeiras aparições em Brasília como deputados empossados nesta legislatura: 

    – Professora Marcivânia (PCdoB-AP);

    – Paulo Lemos (PSOL-AP);

    – André Abdon (Progressistas-AP);

    – Aline Gurgel (Republicanos-AP);

    – Rodrigo Rollemberg (PSB-DF);

    – Rafael Fera (Podemos-RO);

    – Tiago Dimas (Podemos-TO).

    E saíram:

    – Gilvan Máximo (Republicanos-DF);

    – Augusto Puppio (MDB-AP);

    – Lebrão (União-RO);

    – Lázaro Botelho (PP-TO);

    – Professora Goreth (PDT-AP);

    – Silvia Waiãpi (PL-AP);

    – Sonize Barbosa (PL-AP).

    Dos novos deputados, apenas Rafael Fera e Paulo Lemos nunca tinham exercido a função como deputado antes de 2023, início da atual legislatura. Rodrigo Rollemberg é o mais experiente deles – exerceu o primeiro mandato como parlamentar em 2007 e já foi governador do Distrito Federal.

    “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, tiveram que dizer todos os empossados.

    Saiba quem são todos os novos deputados empossados: 

    Rodrigo Rollemberg

    Foi deputado federal entre 2007 e 2010, senador entre 2011 e 2014 e governador do Distrito Federal entre 2015 e 2019. Rollemberg retorna à Câmara depois de 15 anos.

    Nas redes sociais, postou uma foto com a frase dita em juramento. \”Esse juramento, que fiz com emoção e convicto de minhas responsabilidades, me guiará em todas as minhas decisões\”, disse Rollemberg.

    Tiago Dimas

    Vai exercer pela segunda vez mandato como deputado federal. Esteve pela primeira vez a função entre 2019 e 2022. É filho do ex-deputado federal Ronaldo Dimas (PL).

    “Entre curvas e retas, paisagens e lembranças, a gente vai entendendo o valor de cada passo dado. Brasília, estamos chegando. E o Tocantins vai chegar junto comigo”, escreveu Dimas nas redes sociais para celebrar a posse.

    Rafael Fera

    Chega a Brasília pela primeira vez. Entrou na política como vereador por Ariquemes (RO). Nas redes sociais, adota o perfil de \”fiscal do povo\”, popularizado pelo senador Cleitinho (Republicanos-MG), aliado político de Fera.

    “Como deputado federal, serei o deputado federal que mais vai fiscalizar na história do Estado de Rondônia”, disse.

    Professora Marcivânia

    Foi empossada três vezes deputada federal. Retorna a Brasília depois de exercer o último mandato parlamentar na capital federal em 2022.

    “Um misto de emoções, gratidão e algumas lágrimas de alegria. Hoje, a justiça foi feita, tomamos posse e o mandato do povo do Amapá retoma o lugar que sempre lhe pertenceu”, afirmou a parlamentar.

    Paulo Lemos

    Ex-deputado estadual pelo Amapá entre 2015 e 2022. É aliado do governador do Estado, Clécio Luís (Solidariedade), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

    “A partir de segunda estarei em Brasília, reforçando a luta pelos trabalhadores e pela nossa gente”, disse.

    André Abdon

    Foi deputado federal entre 2015 e 2022 e agora retorna à Câmara. É figura próxima de Alcolumbre.

    “O Amapá conta novamente com a força e representatividade de André Abdon na Câmara dos Deputados. Compromisso, trabalho e dedicação por um estado mais forte e justo”, escreveu.

    Aline Gurgel

    Foi deputada federal entre 2019 e 2022. Antes, era secretária de Assistência Social do Estado do Amapá. É casada com o deputado estadual Hildegard Gurgel (União), irmão do deputado federal Vinícius Gurgel (PL-AP).

    “Retorno à Câmara dos Deputados com um compromisso renovado com os vulneráveis, com as mulheres, com as crianças, com a erradicação da fome e da pobreza, e com a emancipação social e econômica do nosso povo”, disse.

    Sete deputados estreiam na Câmara nesta semana; veja quem são

  • Flávio apaga publicação em rede social de Jair Bolsonaro participando de ato no Rio

    Flávio apaga publicação em rede social de Jair Bolsonaro participando de ato no Rio

    Flávio colocou Bolsonaro no viva-voz durante ato em Copacabana e depois publicou o vídeo do momento nas redes sociais

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) apagou o vídeo que mostrava o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participando, por telefone, do ato na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, neste domingo, 3. O vídeo está fora do ar na manhã desta segunda-feira, 4.

    O áudio do telefonema feito a Bolsonaro por Flávio foi conectado no sistema de alto-falantes. “Boa tarde, Copacabana. Boa tarde, meu Brasil. Um abraço a todos, é pela nossa liberdade. Estamos juntos”, disse o ex-presidente aos manifestantes que foram até a orla.

    O momento da saudação foi registrado em vídeo e publicado no perfil oficial de Flávio Bolsonaro no Instagram. O ex-presidente aparece com o celular na mão e com a tornozeleira eletrônica que é obrigado a usar em destaque. Na publicação, o filho “01” do ex-presidente escreveu: “Palavras de Bolsonaro em Copacabana. A legenda é com vocês”.

    Em São Paulo, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) mostrou no celular uma videochamada com Bolsonaro. “Não pode falar, mas pode ver”, afirmou ao público.

    Como mostrou o Estadão, a publicação de Flávio pode configurar o descumprimento da medida cautelar que proíbe o ex-presidente de utilizar redes sociais, inclusive de terceiros. Essa também é a avaliação de interlocutores do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A restrição de uso de redes sociais é uma das cinco medidas cautelares impostas a Bolsonaro em 18 de julho. A medida já causou controvérsia entre o relator e a defesa do ex-presidente.

    Três dias depois de ser alvo da restrição, Bolsonaro discursou na Câmara. As declarações foram gravadas e replicadas por apoiadores nas redes sociais.

    Moraes pediu esclarecimentos à defesa, que alegou desconhecer a proibição de conceder entrevistas. O relator decidiu que o ex-presidente cometeu uma “irregularidade isolada”.

    Flávio apaga publicação em rede social de Jair Bolsonaro participando de ato no Rio

  • STF terá trama golpista, caso Marielle e mudança de presidente no segundo semestre

    STF terá trama golpista, caso Marielle e mudança de presidente no segundo semestre

    As ações da trama golpista devem se encerrar entre setembro e dezembro deste ano

    O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta semana os julgamentos do segundo semestre, após o recesso das atividades de julho. A previsão é que ainda neste ano seja concluída a análise das ações da trama golpista e do caso Marielle Franco e seja feita a mudança na presidência da Corte, atualmente a cargo do ministro Luís Roberto Barroso.

    As ações da trama golpista devem se encerrar entre setembro e dezembro deste ano. A Primeira Turma da Corte vai decidir se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados serão condenados pela tentativa de golpe de Estado no País para reverter o resultado das eleições de 2022.

    A denúncia enviada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) foi dividida em quatro núcleos. O primeiro, no qual Jair Bolsonaro é réu, está mais adiantado no Supremo. O procurador-geral Paulo Gonet já apresentou as alegações finais, com pedido de condenação dos acusados.

    A expectativa é que o STF tome a decisão final sobre o núcleo 1 em setembro. Já os julgamentos dos núcleos 2, 3 e 4 deve ocorrer até dezembro deste ano.

    O caso Marielle Franco também aguarda julgamento neste semestre. Em maio deste ano, a PGR enviou as alegações finais ao STF, pedindo a condenação do deputado cassado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), do irmão dele, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e do ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa pelo assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes.

    A Procuradoria-Geral da República pediu ainda ao Supremo as condenações do policial militar Ronald Alves Pereira e de Robson Calixto da Fonseca, ex-assessor do Tribunal de Contas do Rio. Outro pleito da PGR é a perda dos cargos públicos e o pagamento de indenização aos familiares da vereadora e do motorista.

    Os réus já apresentaram as alegações finais e cabe ao STF marcar a data do julgamento.

    Ainda neste semestre, o ministro Edson Fachin chega à presidência do Supremo, substituindo Barroso, que conclui em setembro dois anos de mandato. Fachin assume com Alexandre de Moraes na vice-presidência.

    Com perfil discreto, Fachin quer intensificar a relação com os colegas para assumir o Supremo. Uma das estratégias é elaborar com os ministros a pauta de julgamentos. Hoje, Barroso faz isso sozinho. O ministro também tem planos de despersonalizar a Corte, conferindo protagonismo ao STF, não aos ministros que o compõem

    A primeira sessão de julgamento no plenário após o recesso de julho será na quarta-feira, dia 6. A Corte deve analisar a constitucionalidade da lei do Rio de Janeiro que autoriza o transporte de pets de assistência emocional nas cabines de voos operados no Estado.

    STF terá trama golpista, caso Marielle e mudança de presidente no segundo semestre

  • Quem é Marcos do Val, senador alvo de medidas cautelares por descumprir decisão de Moraes

    Quem é Marcos do Val, senador alvo de medidas cautelares por descumprir decisão de Moraes

    O senador descumpriu medida do STF, não estregou os passaportes, viajou ao Estados Unidos e fez vídeos nas redes sociais atacando ministros e agentes da Polícia Federal

    O senador Marcos do Val (Podemos-ES) viajou aos Estados Unidos mesmo sem autorização de deixar o País, descumprindo uma decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao desembarcar no Brasil na manhã desta segunda-feira, 4, o senador foi alvo de medidas cautelares da Polícia Federal, entre as quais o uso de tornozeleira eletrônica.

    O senador alega que notificou os órgãos oficiais sobre a viagem aos Estados Unidos, mas só houve retorno quando estava fora do País. Além disso, afirma que quis apenas visitar um parque temático com a filha, sem pretensão de fugir da Justiça brasileira. Do Val está com o passaporte apreendido e usou um passaporte diplomático para deixar o Brasil.

    O senador é alvo de investigações no STF. A apreensão do passaporte ocorreu no âmbito de um inquérito que apura intimidações a delegados da Polícia Federal. Além dos inquéritos, o parlamentar acumula polêmicas em sua trajetória política, iniciada em 2018, quando elegeu-se senador pelo Espírito Santo pelo PPS (hoje, Cidadania), com 863.359 votos. Antes da carreira pública, Do Val serviu no Exército e afirma ter sido instrutor da Swat, unidade especial da polícia dos Estados Unidos.

    Em julho de 2022, Do Val disse ao Estadão que recebeu R$ 50 milhões em emendas do orçamento secreto como contrapartida do apoio à campanha de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à presidência do Senado em fevereiro de 2021.

    Em fevereiro de 2023, Do Val revelou ter recebido do ex-deputado federal Daniel Silveira a proposta de grampear uma conversa com Alexandre de Moraes. O objetivo da gravação seria obter do ministro alguma declaração que comprometer a lisura das eleições de 2022, durante a qual Moraes serviu como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    Quatro meses depois, em junho, Do Val foi alvo de uma operação da PF por divulgar documentos sigilosos da Abin. As redes sociais do parlamentar foram restritas.

    O senador também é investigado por coordenar ataques contra Flávio Dino, ministro do STF, com quem entrou em embate durante 2023, quando o magistrado era ministro da Justiça do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um dos embates entre Dino e Do Val, o então ministro da Justiça ironizou o senador: “Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores”.

     

    Quem é Marcos do Val, senador alvo de medidas cautelares por descumprir decisão de Moraes

  • Marcos do Val é alvo de operação da PF e colocará tornozeleira eletrônica

    Marcos do Val é alvo de operação da PF e colocará tornozeleira eletrônica

    Senador passa a cumprir medidas cautelares por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, após retornar ao Brasil de viagem aos Estados Unidos

    Na manhã desta segunda-feira (4), a Polícia Federal realizou uma operação contra o senador Marcos do Val (Podemos-ES), por determinação do ministro Alexandre de Moraes, STF (Supremo Tribunal Federal). O parlamentar foi alvo da ação policial no Aeroporto Internacional de Brasília, no momento em que desembarcou de voo dos Estados Unidos.

    Anteriormente, o STF tinha pedido o recolhimento dos passaportes do parlamentar, decisão que foi chancelada pela Primeira Turma do tribunal. Porém, o senador não entregou todos os documentos e usou um passaporte diplomático para passar férias com a família na Disney.

    Nos Estados Unidos, Marcos do Val (Podemos-ES) passou a atacar e críticar ministros e agentes da Polícia Federal através das redes sociais. Após o caso vir à tona, o senador teve contas, chave Pix e cartões de crédito bloqueados pela Justiça. 

    Agora, ao desembarcar dos Estados Unidos, o representante do Espírito Santo foi alvo de operação da PF, terá de cumprir a medidas cautelares e passará a ser monitorado por tornozeleira eletrônica. Além disso, o parlamentar terá que entregar todos os seus passaportes, que não foram entregues anteriormente.

    O senador é alvo de duas investigações no STF. A primeira, por suposta tentativa de golpe de Estado, e a segunda, sobre a participação em uma campanha de intimidação de autoridades envolvidas nas investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. 

    Marcos do Val é alvo de operação da PF e colocará tornozeleira eletrônica

  • Datafolha: 71% veem Lula candidato à reeleição; para 67%, Bolsonaro deveria desistir

    Datafolha: 71% veem Lula candidato à reeleição; para 67%, Bolsonaro deveria desistir

    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) aparece como preferido em substituição a Lula com 26% das citações

    Pesquisa Datafolha divulgada no sábado, 2, mostra que 71% dos eleitores veem como certa a candidatura do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à reeleição, enquanto 54% consideram que ele deveria desistir do pleito e 44% apoiam a ideia de reeleição. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) aparece como preferido em substituição a Lula com 26% das citações ante 18% do início de junho, enquanto as menções ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, caíram de 37% em junho para os atuais 29%.

    Em abril, 62% afirmavam que Lula seria candidato, porcentual que subiu para 66% em junho e 71% na rodada atual.

    Já o número de eleitores que não veem Lula disputando a reeleição caiu de 34% em abril para 28% em junho e para 23% na rodada atual da pesquisa. Em junho, 57% afirmavam que Lula não deveria disputar a reeleição, número que caiu para os atuais 54%.

    Em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, 67% dos eleitores afirmam que ele deveria desistir da candidatura – porcentual estável desde abril, enquanto 30% acreditam que ele deve manter o nome no pleito ante 29% em junho.

    Os nomes mais citados como preferidos para substituir o nome de Bolsonaro no pleito são a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com 23% das menções, e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 21% das citações.

    A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou menos. A pesquisa foi realizada nos dias 29 e 30 de julho, com 2.004 eleitores em 130 municípios.

    Datafolha: 71% veem Lula candidato à reeleição; para 67%, Bolsonaro deveria desistir

  • 61% dizem não votar em candidato que promete livrar Bolsonaro, diz Datafolha

    61% dizem não votar em candidato que promete livrar Bolsonaro, diz Datafolha

    Bolsonaro está no banco dos réus do julgamento da trama golpista no STF, que para ele e o presidente americano Donald Trump é uma farsa persecutória

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A quase um ano do início da campanha presidencial, o tema do golpismo ressoa com força entre os eleitores. Segundo o Datafolha, 61% dos brasileiros não votariam em um candidato que prometesse livrar de qualquer pena ou punição Jair Bolsonaro (PL), seus aliados acusados de tramar contra a democracia e os condenados pelo 8 de Janeiro.

    Na pesquisa realizada nos dias 29 e 30 de julho, que ouviu 2.004 pessoas e tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos, o instituto aferiu que 19% dos ouvidos votariam com certeza em um nome com essa agenda, e 14% talvez o fizessem. Já 6% não souberam responder.

    O tema é uma pedra no sapato da direita. Presidentes podem indultar presos, mas a jurisprudência estabelecida no Supremo Tribunal Federal indica que isso não vale para crimes contra a democracia e o Estado de Direito –foi o que ocorreu quando a corte derrubou o perdão de Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira, condenado por ameaça às instituições que hoje está em regime semiaberto.

    Bolsonaro está no banco dos réus do julgamento da trama golpista no STF, que para ele e o presidente americano Donald Trump é uma farsa persecutória.

    O aliado em Washington até deu ao ex-mandatário um duvidoso presente ao usar sua situação jurídica como uma das razões para colocar o Brasil no topo de sua guerra comercial, aumentando tarifas de importação de produtos brasileiros a 50%.

    Isso deixou aliados de Bolsonaro no poder nos estados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), em apuros. O governador, assim como Romeu Zema (Novo-MG), saiu em defesa de Bolsonaro, e acabou tendo de mudar o discurso de apoio a uma medida contrária ao Brasil.

    A reviravolta levou o fogo do bolsonarismo contra Tarcísio, que buscou submergir na crise após se colocar como interlocutor de quem quisesse. Com efeito, ele marcou um procedimento médico para este domingo (3), quando defensores da anistia o queriam no palanque na avenida Paulista.

    Mas ele já foi claro ao dizer, assim como Zema, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e também outros mandatários sem as pretensões presidenciais do trio, que anistiaria Bolsonaro, que foi seu chefe no governo passado e o lançou do nada para a disputa que o levou ao Palácio dos Bandeirantes.

    Numa faixa intermediária corre Ratinho Jr., o governador do Paraná pelo PSD, que já defendeu anistiar os envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro.

    No Congresso Nacional, os bolsonaristas já viram perder ímpeto um projeto de lei visando a anistia dos 480 condenados em 1.500 ações penais no Supremo acerca do episódio, que na prática estenderia o perdão ao ex-presidente.

    A rejeição popular à anistia, que já era clara em pesquisas anteriores do Datafolha sem vincular a ideia ao perdão específico a Bolsonaro por um candidato eleito presidente, e o desgaste da crise com Trump enterraram por ora a ideia.

    61% dizem não votar em candidato que promete livrar Bolsonaro, diz Datafolha