Categoria: TECNOLOGIA

  • Cabos de celular mais baratos? Aqui tem 6 bons motivos para não comprar!

    Cabos de celular mais baratos? Aqui tem 6 bons motivos para não comprar!

    Os cabos de carregamento de custo mais baixo apresentam muitas vezes problemas de durabilidade que não devem ser menosprezados. Além disso, também não contribuem para um carregamento estável dos seus dispositivos móveis

    Ao longo dos últimos anos tem aumentado cada vez mais o número de dispositivos eletrônicos que nos acompanham no dia a dia e, naturalmente, com esse número crescente aumenta também a quantidade de cabos necessários para carregar todos estes ‘gadgets’.

    O elevado número de cabos de carregamento pode levá-lo a cair na tentação de poupar e optar por propostas mais baratas que, por muito interessantes que sejam inicialmente do ponto de vista financeiro, podem tornar-se a longo prazo um problema para quem os utiliza.

    Mesmo que lhe possa parecer que estes cabos não configuram um risco de segurança, damos-lhe abaixo seis motivos que o deve levar a considerar investir um pouco mais e adquirir cabos de carregamento de marcas confiáveis e que têm uma probabilidade mais reduzida de lhe apresentar problemas.

    Problemas elétricos

    O baixo custo de determinados cabos significa que, muito provavelmente, os fabricantes optaram por materiais mais baratos que poderão não aguentar com a carga elétrica que está passando.

    Danos para o dispositivo

    Naturalmente, este tipo de cabos poderá criar um carregamento instável e acabar por prejudicar a bateria a longo prazo. Mesmo que os celulares modernos já tenham proteções para prevenir este tipo de situações, um cabo que não foi construído com a segurança em mente pode apresentar situações inesperadas.

    Carregamento instável

    Ninguém quer ficar horas à espera que o celular carregue a bateria mas, com um cabo comprado apenas pelo preço, terá certamente uma maior instabilidade com a velocidade de carregamento a variar ao longo do tempo.

    Risco para os seus dados pessoais

    Ainda que seja mais invulgar, o site How To Geek conta que já foi demonstrado por especialistas em cibersegurança que é possível modificar um cabo para que seja possível instalar software malicioso. Por isso mesmo, comprar cabos baratos de marcas desconhecidas pode ser sempre um risco.

    Problemas de longevidade

    Como já destacamos, os fabricantes de cabos de preço mais acessível escolhem muitas vezes materiais mais baratos que oferecem poucas garantias de durabilidade. Com o tempo e utilização, é natural começar a verificar um desgaste maior e, eventualmente, pode até apresentar riscos de incêndio.

    Custos ambientais

    O desgaste mais rápido destes cabos baratos fará com que tenha de comprar novos cabos mais frequentemente, o que tem um custo para o ambiente. Muitos cabos nem vão ao encontro dos padrões para que possam ser reciclados, o que significa que se tornam simplesmente mais lixo que não poderá ser aproveitado.

    Cabos de celular mais baratos? Aqui tem 6 bons motivos para não comprar!

  • Astronautas captaram as melhores fotografias do último eclipse lunar

    Astronautas captaram as melhores fotografias do último eclipse lunar

    Dois astronautas da NASA e um astronauta japonês compartilharam nas respectivas redes sociais algumas imagens do fenômeno. Um deles esteve mesmo muito de perto de captar o eclipse na sua totalidade

    O eclipse total da Lua que marcou a noite de domingo, dia 7, foi visto por milhões de pessoas de todo o mundo, além de ter sido captado em fotografias verdadeiramente deslumbrantes.

    No entanto, os astronautas da Estação Espacial Internacional encontraram uma forma de elevar o nível e compartilharam nas respectivas páginas na rede social X algumas das fotografias que captaram a partir da órbita da Terra.

    Os dois astronautas da NASA Jonny Kim e Zena Cardman compartilharam múltiplas fotografias do fenômeno, mas foi o astronauta japonês Kimiya Yui que mais se aproximou de captar o eclipse da Lua na sua totalidade.

    Um eclipse lunar acontece quando a Terra fica entre o Sol e a Lua, resultando assim no fenômeno do nosso planeta bloquear a luz solar e o satélite natural apresentar uma tonalidade avermelhada – o que faz com que seja conhecida como ‘Lua de Sangue’.

    Astronautas captaram as melhores fotografias do último eclipse lunar

  • 30 prompts do ChatGPT que vão melhorar (e muito) seu dia a dia

    30 prompts do ChatGPT que vão melhorar (e muito) seu dia a dia

    Deixe que a IA alivie um pouco do estresse do seu dia

    O ChatGPT tem muitas utilidades, e uma delas é facilitar sua vida. Então, seja por ser mãe de primeira viagem, para usar aplicativos de namoro, para conseguir uma promoção ou simplesmente passar o dia, é hora de encontrar seu estímulo.

    De ajudar a escrever mensagens e editar argumentos de vendas a criar histórias para dormir e programar eventos festivos, o prompt certo pode realmente fazer tudo por você. O segredo é adicionar o máximo de detalhes possível. E não tenha medo de pedir para um chatbot mudar um pouco sua resposta para garantir que o tom esteja perfeito.

    Então, para começar, clique nestes 30 prompts do ChatGPT que certamente tornarão seu dia a dia um pouco melhor.

    30 prompts do ChatGPT que vão melhorar (e muito) seu dia a dia

  • Trocar mensagens sexuais com IA é traição? Pesquisa responde

    Trocar mensagens sexuais com IA é traição? Pesquisa responde

    Há cada vez mais pessoas a interagir com ‘bots’ de Inteligência Artificial com o objetivo de terem companhia. Um estudo procura perceber que tipo de interação pode ser considerada uma infidelidade

    Nos últimos meses, temos visto crescer a tendência de usar bots de conversa com Inteligência Artificial para pedir conselhos ou simplesmente como companhia. Algumas pessoas chegam a enxergar esses bots como parceiros românticos e até como “almas gêmeas”.

    Agora, o Instituto Kinsey e o site DatingAdvice.com realizaram uma pesquisa que traz informações sobre como os usuários encaram os relacionamentos românticos com Inteligência Artificial. A questão é: trocar mensagens sexuais com um bot é traição?

    O levantamento ouviu 2 mil adultos nos EUA, e 33% afirmaram considerar traição manter um relacionamento romântico ou trocar mensagens de teor sexual com uma IA. Entre eles, 64% consideram os dois tipos de interação como infidelidade, 21% entendem que apenas a troca de mensagens sexuais é traição, enquanto 15% apontaram apenas o relacionamento romântico.

    “Entre os que consideram traição ter interações íntimas com um bot de Inteligência Artificial, parece que a maioria não faz distinção entre intimidade emocional e sexual”, disse ao Mashable Justin Lehmiller, pesquisador do Instituto Kinsey. “A maioria enxerga qualquer tipo de intimidade direcionada a essa tecnologia como ultrapassar os limites.”

    A socióloga Jennifer Gunsaullus reforça que os números “refletem a inquietação que muitas pessoas sentem em relação ao que conta como intimidade”, especialmente em um momento de maior disseminação da IA.

    “Pode ser difícil para nós saber como classificar interações com Inteligência Artificial, porque elas confundem as fronteiras entre fantasia, pornografia e as emoções que sentimos em relacionamentos humanos reais”, explicou Gunsaullus.

    A pesquisa também perguntou sobre outras atividades online que poderiam ser vistas como traição. Os destaques foram:

    • 45% apontaram o envio de dinheiro para modelos de webcam;
    • 36% disseram que seria traição se o(a) parceiro(a) conversasse com modelos de webcam;
    • 33% consideraram infidelidade assinar uma página no OnlyFans.

    Além disso, 72% disseram que considerariam traição se o(a) parceiro(a) enviasse mensagens sexuais a outra pessoa, e 13% indicaram que até mesmo curtir fotos de pessoas atraentes nas redes sociais poderia ser visto como ultrapassar os limites.

    Trocar mensagens sexuais com IA é traição? Pesquisa responde

  • Estes são os 8 produtos que a Apple está prestes a abandonar

    Estes são os 8 produtos que a Apple está prestes a abandonar

    A Apple vai apresentar novos produtos esta terça-feira, dia 9, e vai deixar de disponibilizar através da sua loja oficial alguns modelos antigos. Saiba os dispositivos que vão ficar pelo caminho

    A Apple fará esta terça-feira, dia 9 de setembro, a apresentação oficial da série iPhone 17 e, além da nova geração de celulares, também é esperado que a ‘Empresa da Maçã’ mostre novos produtos para os novos mercados onde se encontra presente.

    O anúncio de novos produtos significa que a Apple está prestes a abandonar outros tantos e, com base naquele que tem sido o histórico da Apple até aqui, já sabemos alguns dos que podem estar na ‘porta de saída’.

    Segundo o site ‘9to5mac’, com o anúncio do iPhone 17, iPhone 17 Air, iPhone 17 Pro e iPhone 17 Pro Max, a Apple deverá abandonar o iPhone 15, o iPhone 15 Plus e também o iPhone 16 Pro e o iPhone 16 Pro Max.

    Significa que, a partir de amanhã à tarde, o catálogo de celulares da Apple será composto pelo iPhone 16e, pelo iPhone 16, pelo iPhone 16 Plus, pelo iPhone 17, pelo iPhone 17 Air, pelo iPhone 17 Pro e pelo iPhone 17 Pro Max.

    O alinhamento de celulares disponível na loja oficial da Apple não deverá ser o único a sofrer alterações. Acredita-se que, com a apresentação de novos relógios inteligentes e fones sem fios, a Apple deverá descontinuar as vendas do Apple Watch Series 10, do Apple Watch Ultra 2, do Apple Watch SE 2 e também dos AirPods Pro 2.

    Por enquanto isto não passa de especulação, o que significa que terá de estar atento à apresentação da Apple desta terça-feira e que poderá seguir através da aplicação Apple TV, no canal oficial da empresa no YouTube e também no site oficial.

    A transmissão do evento terá início às 14:00 (hora de Brasília).

    Estes são os 8 produtos que a Apple está prestes a abandonar

  • Modo IA do buscador do Google chega ao Brasil nesta segunda (8)

    Modo IA do buscador do Google chega ao Brasil nesta segunda (8)

    Recurso que lembra chatbots como o ChatGPT é disponibilizado em português; proposta é oferecer resultados a pesquisas mais complexas, com links ao longo das respostas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O Google lança nesta segunda-feira (8) no Brasil o chamado Modo IA no seu buscador, uma aba dedicada para respostas geradas por inteligência artificial.

    Agora disponível em português, o recurso lembra os robôs de conversação como o ChatGPT, da OpenAI, e o próprio Gemini do Google, ao se propor a responder perguntas mais complexas usando linguagem natural, em um texto corrido, com as tradicionais sugestões de sites ao longo da resposta.

    A função, revelada em maio durante o Google I/O, representa uma maior integração do negócio mais lucrativo da empresa com a principal aposta do setor dos últimos anos. O Modo IA funciona com uma versão do Gemini 2.5, modelo mais recente da empresa que compete com o GPT da OpenAI.

    A empresa diz que o produto é útil principalmente para tarefas mais complexas, como comparar produtos, planejar viagens ou entender guias detalhados de instrução. Dados iniciais do Google mostram que a aba com IA tem recebido perguntas mais longas do que na busca tradicional.

    Com o lançamento será possível fazer direto no site ou no aplicativo da Busca pesquisas como: “Quero entender diferentes métodos de preparo de café. Crie uma tabela comparando as diferenças de sabor, facilidade de uso e equipamento necessário”.

    O Gemini 2.5 também tem capacidades multimodais, sendo capaz de entender consultas em texto, voz e imagem.

    A aba dedicada à IA é também uma espécie de expansão da “visão geral criada por IA” (AI Overviews), lançada no ano passado e que oferece resumos e respostas logo no topo da página, antes dos links, para pesquisas variadas. A funcionalidade já alcança mais de 2 bilhões de usuários no mundo, segundo a big tech.

    O buscador é a principal fonte de receita da empresa. No ano passado, o faturamento com o produto foi de US$ 198 bilhões, superando em mais de cinco vezes o retorno com anúncios no YouTube (US$ 36,14 bilhões).

    O surgimento de soluções de IA, embora possam representar uma maior comodidade para os usuários, também tem acendido o alerta em empresas que dependem do tráfego gerado pela inclusão de seus sites na busca do Google, líder inconteste do segmento.

    Pesquisa do Pew Research Center publicada em julho mostra que usuários que encontram um resumo de IA na resposta têm menor probabilidade de clicar em links para outros sites do que usuários que não veem um resumo.

    A empresa afirma que descobrir conteúdo na web continua sendo sua missão central e que a Busca oferece novas oportunidades para a descoberta de conteúdo.

    Na semana passada, um juiz dos Estados Unidos concedeu uma vitória ao Google em um caso antitruste ao rejeitar o pedido de promotores para que a empresa fosse obrigada a vender o navegador Chrome e o sistema operacional Android.

    A decisão também determinou que a empresa compartilhe dados da busca com concorrentes, como forma de abrir espaço para maior competição no mercado, mas analistas descartaram riscos à liderança da empresa no setor no curto prazo. As ações da empresa subiram cerca de 10% só na semana passada.

    Modo IA do buscador do Google chega ao Brasil nesta segunda (8)

  • O grande desejo da Apple pode ser concretizado até ao final de 2025

    O grande desejo da Apple pode ser concretizado até ao final de 2025

    A Apple Intelligence foi lançada em 2024 e, entretanto, continua ausente nos iPhones vendidos na China. Já com uma parceira local feita com a Alibaba, a Apple tem tido dificuldade em conseguir convencer os reguladores chineses

    As funcionalidades de Inteligência Artificial da Apple – conhecidas como Apple Intelligence – foram lançadas no ano passado, mas continuam ausentes no território chinês. Acontece que, para lançar a Apple Intelligence na China, a Apple deve colaborar com uma empresa local mas, ainda que a Alibaba já tenha sido escolhida, estas novidades ainda não chegaram aos usuários do iPhone neste território.

    Acontece que, devido à guerra comercial entre os EUA e a China, as aprovações dos reguladores têm demorado a chegar. No entanto, segundo o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, o lançamento da Apple Intelligence na China poderá acontecer ainda antes do final de 2025.

    Gurman considera “plausível” que a Apple Intelligence possa ser adiada novamente, mas afirma que a empresa tecnológica de Cupertino já teria começado a testar as funcionalidades com trabalhadores na China.

    O jornalista da Bloomberg acredita que o lançamento da Apple Intelligence na China deverá ser oficializado esta terça-feira, dia 9, durante o evento anual da empresa onde a série iPhone 17 deve ser apresentada oficialmente.

    Ao que parece, a Apple considera a Apple Intelligence um elemento essencial para a série iPhone 17, pelo que a empresa deverá assegurar-se assim que as funcionalidades de Inteligência Artificial ficam disponíveis para todos os seus clientes.

    O grande desejo da Apple pode ser concretizado até ao final de 2025

  • 'Lua de Sangue': as melhores fotografias do eclipse deste domingo

    'Lua de Sangue': as melhores fotografias do eclipse deste domingo

    O fenômeno foi visto por milhões de pessoas em três continentes diferentes mas, caso não tenha tido oportunidade de ver, reunimos algumas fotografias que lhe dão uma ideia da beleza que marcou este fim de semana

    Os aficionados pela observação do céu noturno tiveram oportunidade de assistir este domingo, dia 7 de setembro, a uma ‘Lua de Sangue’ – o nome dado ao fenômeno resultante de um eclipse total lunar em que o satélite natural fica (temporariamente) com uma tonalidade avermelhada.

    O fenômeno foi visto por milhões de pessoas em três continentes diferentes mas, se não teve essa oportunidade, reunimos algumas das melhores fotografias que encontramos deste eclipse e da resultante ‘Lua de Sangue’ para que possa ter uma ideia da beleza que marcou o começo da noite passada.

    Vale destacar que um eclipse total da Lua acontece quando a Terra passa entre o nosso satélite natural e o Sol, o que faz com que a Lua ganhe a tal tonalidade mais avermelhada e tão diferente da habitual cor branca.

    Pode ver acima as imagens deste eclipse total e também da ‘Lua de Sangue’.

    'Lua de Sangue': as melhores fotografias do eclipse deste domingo

  • Missão Juno em Júpiter pode acabar neste mês por falta de verba

    Missão Juno em Júpiter pode acabar neste mês por falta de verba

    “A Juno oferece uma oportunidade única para investigar regiões anteriormente inexploradas do sistema joviano”, diz Scott Bolton, cientista-chefe da missão e membro do SwRI (Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em Boulder, Colorado), ao defender a continuidade da missão em documento publicado pela ONG Planetary Society.

    SALVADOR NOGUEIRA
    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Após 14 anos, a missão Juno, da Nasa, pode estar chegando ao fim. A etapa estendida do projeto chega a seu final neste mês de setembro, e não há planos por parte do governo em financiar mais uma extensão -uma perda irreparável para o programa espacial americano, levando em conta o que a sonda já revelou sobre os mistérios de Júpiter e, sobretudo, as descobertas que ela ainda poderia fazer.

    “A Juno oferece uma oportunidade única para investigar regiões anteriormente inexploradas do sistema joviano”, diz Scott Bolton, cientista-chefe da missão e membro do SwRI (Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em Boulder, Colorado), ao defender a continuidade da missão em documento publicado pela ONG Planetary Society, preocupada com os cortes vorazes propostos pela administração Donald Trump ao programa de ciência planetária da Nasa.

    “Sua próxima fase incluiria sobrevoos próximos das luas Tebe, Amalteia, Adrasteia e Métis”, complementa. “Além da exploração científica, a Juno está trazendo novas informações críticas relevantes para segurança nacional, ao nos mostrar como sistemas espaciais podem sobreviver e mesmo reverter a degradação causada pela exposição a intensa radiação.”

    Com efeito, a Juno foi enviada a um dos ambientes mais inóspitos do Sistema Solar e sobreviveu muito mais tempo do que originalmente planejado. Lançada em 5 de agosto de 2011, a sonda levou pouco menos de cinco anos para chegar a Júpiter e se estabelecer em órbita do maior dos planetas do Sistema Solar, em 4 de julho de 2016, tornando-se o segundo orbitador a visitar aquele mundo, depois da sonda Galileo (1989-2003).

    O principal objetivo era investigar a estrutura interna de Júpiter, algo que a Galileo não estava equipada ou posicionada para fazer. Juno foi colocada em uma órbita polar elíptica bastante excêntrica (matematiquês para “achatada”), dando uma volta em torno de Júpiter a cada 53 dias. Os planos originais previam uma manobra para encurtar esse período orbital, mas problemas técnicos levaram Bolton e seus colegas a replanejar a missão para trabalhar a partir da órbita inicial. A escolha não teve impacto na produção científica, apenas tomou mais tempo na coleta de dados.

    Felizmente, a espaçonave resistiu bravamente às 35 órbitas da missão principal, fazendo voos rasantes a menos de 5.000 km do topo das nuvens do gigante gasoso durante seu periapse (ponto mais próximo do planeta ao longo da órbita). Nisso, a sonda era obrigada a cruzar periodicamente o intenso cinturão de radiação que circunda Júpiter, gerado pela interação do vento solar com o poderoso campo magnético do planeta.

    O ambiente é tão hostil que a eletrônica da sonda teve de ser colocada num invólucro de titânio, para reduzir o impacto da radiação sobre os sistemas.

    DESVENDANDO A ESTRUTURA INTERNA
    A Juno produziu uma espécie de radiografia do interior do planeta. Medindo pequenas variações no campo gravitacional de Júpiter em cada uma das passagens, os cientistas podiam determinar a distribuição da massa nas camadas mais profundas daquele mundo gasoso.

    Seu objetivo principal era determinar se Júpiter tinha um núcleo metálico, essencial para compreender como o maior planeta do Sistema Solar se formou (e, por consequência disso, influenciou a formação de seus irmãos, dentre eles a Terra). Os pesquisadores trabalhavam com duas hipóteses: ou ele teria o tal núcleo, o que aproximaria seu processo de formação daquele que deu origem aos mundos rochosos do sistema (como a Terra), ou ele não teria, indicando uma origem diferente do tradicional modelo de acreção de planetesimais.

    Como não é incomum na exploração espacial, a Juno revelou que ambas as possibilidades não correspondiam à realidade. Os dados mostraram que Júpiter tem um núcleo, mas não é denso, com uma delimitação clara, como ocorre nos planetas rochosos, mas é poroso e algo como diluído, parcialmente misturado às camadas superiores do planeta.

    Os cientistas ainda estão por explicar como o planeta acabou tendo esse núcleo difuso.

    PAISAGENS NUNCA VISTAS
    Em razão de sua órbita, Juno ofereceu a oportunidade de observação dos polos do planeta -algo que nunca havia sido feito, nem pelo orbitador Galileo, nem pelas sondas anteriores que chegaram a sobrevoar Júpiter (Pioneer 10 e 11, e Voyager 1 e 2). As imagens também trouxeram surpresas com tempestades persistentes que giram ao redor do polo.

    Ninguém sabe no momento explicar por que as coisas são diferentes no polo norte e no polo sul joviano, ou porque as tempestades são tão estáveis, observadas ao longo de toda a missão.

    Essas formações das nuvens do planeta foram observadas não só pela câmera de infravermelho originalmente pensada para a missão, mas também por uma câmera de luz visível que foi colocada de última hora, quase de improviso, partindo do pressuposto de que seria muito triste fazer toda a jornada até Júpiter e não levar um equipamento do tipo para produzir imagens do espectro visível.

    Assim nasceu a JunoCAM. Baseada em equipamento comercialmente disponível, esperava-se que ela fosse a primeira a sucumbir ao ambiente de radiação. Mas ela segue operacional.

    MISSÃO ESTENDIDA
    Com o fim da missão primária, em julho de 2021, a Nasa decidiu dar uma sobrevida à Juno até setembro de 2025. A partir de agosto daquele ano, ela seria não só uma orbitadora focada em Júpiter, mas também em três das maiores luas jovianas: Ganimedes, Europa e Io.

    E é com esse foco que ela vem trabalhando desde então, fazendo sobrevoos ocasionais das luas e colhendo dados de sua estrutura interna, além de imagens das superfícies.

    As observações da Juno já desafiam o entendimento que se tinha de Io, o corpo geologicamente mais ativo do Sistema Solar, com uma vasta rede de vulcões. Em vez de ter um oceano subsuperficial global de magma, como antes se imaginava, o satélite parece ser salpicado de bolsões e cavernas preenchidos com o material, que eventualmente chega à superfície e produz as poderosas erupções.
    A expectativa da equipe de Bolton era obter uma nova extensão para a Juno, desta vez indo até outubro de 2028. Não era irrazoável, considerando que essa é uma estratégia consagrada da Nasa para tirar o maior valor de cada missão, a espaçonave está saudável, ainda tem muitos retornos científicos a fornecer e seu custo de manutenção é muito inferior ao de lançar uma nova sonda do zero. Isso sem falar no fato de que as próximas missões a Júpiter, a americana Europa Clipper e a europeia Juice, embora já estejam a caminho, só chegarão lá em 2030 e 2031.

    Infelizmente, vivemos tempos irrazoáveis. O orçamento da Nasa proposto para o ano que vem pela Casa Branca prevê um corte de 47% no programa científico da agência e inclui planos para o cancelamento de 41 missões, muitas das quais já em andamento, como é o caso da Juno.

    Não é a primeira vez que o governo americano tenta cancelar missões em andamento, e em geral o Congresso age para impedir essas perdas irreparáveis. No atual contexto, contudo, e diante de proposta tão amplamente devastadora, não está claro que isso vá acontecer. A Juno resistiu à poderosa radiação do entorno de Júpiter, mas dificilmente resistirá ao colapso da ciência americana.

    Missão Juno em Júpiter pode acabar neste mês por falta de verba

  • Após corrida por 5G, operadoras adotam cautela com nova geração, o 5.5G

    Após corrida por 5G, operadoras adotam cautela com nova geração, o 5.5G

    A visão é que o ciclo de negócios com o 5G ainda está em andamento e não gerou o retorno do capital investido. Portanto, é preciso aguardar antes de fazer uma nova aposta. O 5G começou a ser implementado em 2020 e hoje cobre 1,2 mil cidades, o equivalente a 73% da população. Em termos de adesão, há 50 milhões de clientes, 19% da base total.

    Na corrida pela internet cada vez mais rápida, as operadoras decidiram moderar o passo. Vivo, Claro e TIM investiram bilhões de reais para espalhar o 5G ao redor do País e, agora, estão adotando uma postura mais cautelosa com a nova geração de internet móvel, o 5.5G.

    A visão é que o ciclo de negócios com o 5G ainda está em andamento e não gerou o retorno do capital investido. Portanto, é preciso aguardar antes de fazer uma nova aposta. O 5G começou a ser implementado em 2020 e hoje cobre 1,2 mil cidades, o equivalente a 73% da população. Em termos de adesão, há 50 milhões de clientes, 19% da base total.

    Por sua vez, o 5.5G foi habilitado pelos fornecedores Ericsson, Huawei e Nokia desde 2024, mas o que se vê até aqui são testes e lançamentos pontuais. As operadoras estão ativando o sinal em áreas pequenas, voltadas a públicos específicos e sem previsão de ampliar a cobertura rapidamente.

    A Vivo lançou o 5.5G em agosto, mas restrito à região central de Brasília e aos entornos do Barra Shopping, no Rio.

    A Claro anunciou o 5.5G na semana passada, focado nos estádios Allianz Parque, NeoQuimica Arena, BRB Mané Garrincha e no Autódromo de Interlagos.

    A TIM mantém segredo sob sua estratégia. Nenhuma das três planeja massificar o 5.5G no curto prazo.

    O presidente da Claro, Rodrigo Marques, explicou que levar o 5.5G para todo o Brasil não faz sentido agora. \”Ainda temos que rentabilizar o 5G\”, disse, em coletiva. \”Esse é um processo que vai avançar gradativamente e que depende de uma série de fatores, como o custo dos equipamentos, o poder de compra das pessoas e o quanto elas estão vendo de vantagem em adotar esses aparelhos\”.

    Outro grande desafio é o preço alto e a oferta baixa de celulares aptos a reproduzir o sinal 5.5G. Há poucos modelos assim, e o preço geralmente está acima de R$ 2,5 mil.

    O presidente da TIM, Alberto Griselli, disse ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que esse investimento será feito com parcimônia, pois o modelo de negócios ainda não está maduro no mercado. \”Hoje, o 5.5G ainda é um tema comercialmente pouco atrativo\”, afirmou. \”À medida em que acharmos que cabe no Brasil o 5.5G com uma escala relevante, aí vamos atrás. No momento, a prioridade é continuar investindo no 5G para termos a maior cobertura e qualidade do serviço\”.

    A TIM está avaliando demandas de clientes que poderiam justificar a oferta do 5.5G para casos de usos específicos. A preocupação é conseguir moldar uma oferta que dê retorno. \”Se conseguirmos transformar isso numa vantagem aos clientes, com uma proposta de valor diferenciada, aí vamos considerar um desenvolvimento comercial\”, acrescentou Griselli.

    O que é

    O 5.5G – também chamado 5G Advanced (5GA) – proporciona uma velocidade média em torno de 1,5 gigabit por segundo (Gbps), que é três vezes superior ao 5G. A nova geração também oferece latência menor, redução no consumo de energia e capacidade de conectar mais dispositivos numa antena ao mesmo tempo. Na prática, isso ajuda a postar vídeos sem travar em locais com muita gente, como estádios.

    Para o 5.5G, as teles combinam espectros de 3,5 GHz, 2,3 GHz e 2,1 Ghz. Uma vantagem aí é a possibilidade de separar a rede para uma aplicação específica. Por exemplo: a transmissão de shows e jogos poderia ter uma via só para ela, sem dividir o tráfego de dados com a multidão no estádio. No futuro, isso deve gerar novos negócios para as operadoras.

    A nova geração também abre caminho para aplicações que exigem um tráfego de dados elevado, como inteligência artificial, computação em nuvem, internet das coisas e realidade virtual – coisas que ficarão populares nos próximos anos.

    \”O 5G Advanced é uma evolução natural das redes. E nós vemos a necessidade de geração de receitas adicionais. Então, entendemos que isso é uma forma para as operadoras poderem gerar melhores resultados\”, afirmou Carlos Roseiro, diretor de Marketing da Huawei Brasil, em entrevista. \”O ambiente competitivo definirá o que elas vão fazer em termos de estratégias. Nenhuma operadora pode deixar de olhar a forma como a tecnologia evolui\”, acrescentou.

    Após corrida por 5G, operadoras adotam cautela com nova geração, o 5.5G