Categoria: TECNOLOGIA

  • Instagram vai limitar quem pode fazer transmissões ao vivo

    Instagram vai limitar quem pode fazer transmissões ao vivo

    O objetivo do Instagram com esta decisão prende-se com a baixa qualidade das transmissões ao vivo que eram feitas por pessoas com um número reduzido de seguidores. As limitações espelham as que foram feitas recentemente pelo TikTok

    O Instagram decidiu restringir a capacidade de realizar transmissões ao vivo através da rede social para apenas algumas contas. Até aqui qualquer pessoa poderia fazer transmitir vídeos ao vivo para os seus seguidores mas, daqui para a frente, a conta em questão terá de cumprir alguns requisitos.

    De acordo com informações confirmadas pelo Instagram ao site TechCrunch, os usuários da rede social que queiram fazer ‘lives’ terão de ter uma página com, pelo menos, mil seguidores. Mais ainda, os usuários não poderão ter uma página privada e sim pública, aberta a todas as pessoas – mesmo os que não sejam seguidores.

    Esta mudança acontece depois do TikTok ter feito esta mesma alteração, exigindo que os usuários passem a ter pelo menos mil seguidores para criarem este tipo de conteúdo. Por outro lado, os usuários do YouTube que queiram fazer transmissões ao vivo terão de ter apenas 50 seguidores.

    Caso não cumpram os requisitos determinados pelo Instagram, os usuários verão uma notificação se tentarem fazer uma transmissão ao vivo através do Instagram. “Mudamos os requisitos para usar esta funcionalidade. Apenas contas públicas com mil seguidores ou mais poderão criar vídeos ao vivo”, pode ler-se na notificação que começará a aparecer.

    O impacto desta decisão poderá levar os usuários do Instagram a terem muito menos transmissões ao vivo de baixa qualidade, uma vez que só criadores de conteúdo com um maior número de seguidores poderá fazer este tipo de conteúdo.

    Instagram vai limitar quem pode fazer transmissões ao vivo

  • Novo golpe do Pix controla celular da vítima e limpa a conta

    Novo golpe do Pix controla celular da vítima e limpa a conta

    A fraude começa com uma chamada, na qual o estelionatário se apresenta como técnico do banco e pede que a pessoa instale apps como Teamviewer, Anydesk e outros que permitem o acesso remoto ao aparelho. Depois, o criminoso pergunta qual o código exibido por esse programa que libera o controle à distância.

    (CBS NEWS) – O golpe da falsa central telefônica, conhecido por importunar as pessoas com ligações indesejadas e causar prejuízos, ganhou um passo adicional para confundir as vítimas: a instalação de aplicativos que garantem que os criminosos controlem o smartphone.

    A fraude começa com uma chamada, na qual o estelionatário se apresenta como técnico do banco e pede que a pessoa instale apps como Teamviewer, Anydesk e outros que permitem o acesso remoto ao aparelho. Depois, o criminoso pergunta qual o código exibido por esse programa que libera o controle à distância.

    Se o cliente acreditar nessas instruções, o criminoso toma o controle do celular e pode fazer uma série de operações financeiras para esvaziar a conta da vítima –nem antivírus nem a segurança dos apps bancários podem prevenir as perdas. O programa usado no golpe é legítimo, está nas lojas oficiais de Google e Apple, já que tem uso estabelecido por profissionais de assistência técnica.

    A empresa de cibersegurança Kaspersky detectou aumento na instalação desses aplicativos por parte de seus clientes desde maio de 2024, de uma frequência que saiu de menos de dez detecções por mês para um pico de mais de mil em outubro –os patamares registrados continuam acima dos 800 mensais neste ano.

    Os programas de acesso remoto, afirma a companhia, são cruciais para uma reedição do golpe da mão fantasma, que afeta celulares Android e iPhones e escapa dos sistemas de segurança.

    Embora os criminosos recorram a uma manobra tecnológica para enganar a vítima, é ela quem pode reconhecer os indícios da fraude por meio da fala do falso atendente, de acordo com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos). “O banco nunca liga para o cliente pedindo para que ele instale nenhum tipo de aplicativo em seu celular.”

    De acordo com a entidade, a pessoa, nesses casos, deve desligar, entrar em contato com a instituição -recorrendo aos canais oficiais- para saber se algo aconteceu mesmo com a conta (veja no vídeo no topo da reportagem um exemplo de tentativa de golpe).

    Como esse tipo de fraude requer a cooperação do cliente para ser realizada, os estelionatários ainda tentam convencer a vítima a apresentar o dedo e o rosto para verificação biométrica durante transações via Pix ou empréstimos. Às vezes, eles desligam a chamada e passam a se comunicar por mensagem porque alguns apps bancários não realizam transações enquanto há uma chamada em curso.

    O desafio, diz o diretor da equipe de pesquisa da Kaspersky para Américas, Fabio Assolini, é que o criminoso, além de criar pressão mencionando problemas, também cita dados da vítima, como CPF, número e conta e outros -essas informações podem ser vazadas ou compartilhadas anteriormente pelo próprio cliente, que pode ter preenchido um formulário falso na internet.

    Outro artifício usado pelos estelionatários é a máscara de telefone (técnica conhecida como “spoofing”), que troca o número que aparece no identificador de chamadas -as ligações falsas podem apresentar o telefone do banco ou até do gerente.

    Por se tratar de um aplicativo legítimo, os antivírus, que monitoram a instalação de qualquer programa no aparelho, não bloqueiam o programa de acesso remoto usado pelos criminosos. “Alguns produtos de segurança, nós inclusive, vamos emitir um alerta de que o software tem um potencial malicioso, mas no final a gente deixa a escolha para a pessoa [de manter ou não o app]”, diz Assolini.

    O especialista afirma que alguns bancos começaram a travar o funcionamento do próprio app quando detectam um aplicativo de acesso remoto instalado no aparelho e exibem uma mensagem orientando que o cliente delete o programa para conseguir acessar o mobile banking.

    Porém, essa medida pode incomodar o cliente que usa o aplicativo de acesso remoto no trabalho, por exemplo.

    Segundo Assolini, a alta no número de detecções de programas de acesso remoto é um sinal de que o golpe tem funcionado. “E não foi só no Brasil, começou aqui, mas passou a ser uma técnica bastante usada por criminosos em outros países também.”

    A nova versão do golpe da mão fantasma começou a ganhar popularidade, depois que caiu o número de detecções do vírus que desvia Pix de forma automática -foram menos de 40 nos quatro primeiros meses deste ano, ante mais de mil em 2024.

    O cibercriminoso responsável pelo desenvolvimento desse programa fraudulento foi preso pela Polícia Civil de São Paulo no fim do ano passado. Desde então, as atualizações do vírus cessaram, disse Assolini.

    O aumento de golpes com uso de acesso remoto aponta que o alvo das quadrilhas mudou dos computadores para os smartphones. De acordo com levantamento realizado pela Deloitte, 75% das operações bancárias realizadas por brasileiros em 2024 ocorreram em smartphones.

    VEJA ALERTAS DO NOVO GOLPE DA MÃO FANTASMA
    – Desconfie se alguém se apresentar como técnico do banco pedindo para instalar aplicativos
    – O banco nunca liga pedindo instalação de apps no seu celular
    – Suspeite se pedirem códigos de qualquer aplicativo que você baixar
    – Não atenda a pedidos para realizar verificação biométrica (dedo, rosto)
    – Se suspeitar de fraude, desligue, procure o canal oficial do banco e confirme se há algo errado
    – Mantenha seus dados pessoais em segurança e não preencha formulários suspeitos
    – Use apenas canais oficiais para contato com instituições financeiras Mantenha o celular atualizado com as últimas versões de segurança
    – Não acredite em “pedidos urgentes”, porque estelionatários tentam criar uma situação de pressão

    COMO PROCEDER EM CASO DE FRAUDE
    – Entre em contato com o banco assim que possível
    – Registre boletim de ocorrência
    – Conteste as transações pelo app ou pelos canais de atendimento do banco
    – Documentar bem o golpe aumenta as chances de estorno
    – Remova imediatamente qualquer app de acesso remoto instalado
    – Troque todas as senhas de contas bancárias

    Novo golpe do Pix controla celular da vítima e limpa a conta

  • Os melhores apps (gratuitos) para substituir o Word no Android e iPhone

    Os melhores apps (gratuitos) para substituir o Word no Android e iPhone

    Cumprem todas as exigências que se pedem a um editor de texto em 2025, como correção ortográfica, ‘backup’ automático e também colaboração com outras pessoas em tempo real

    Ninguém disputa a utilidade do Microsoft Word mas, caso precise de um editor de texto alternativo para o seu celular Android ou iPhone, é provável que fique com dificuldades em encontrar um substituto à altura.

    Por isso que decidimos lhe mostrar que há outras propostas válidas na categoria de aplicativos que cumprem aquilo que se pede em um editor de texto em 2025 – como é o caso da correção ortográfica, ‘backup’ automático para a ‘cloud’ e também a capacidade de colaborar em tempo real com outras pessoas.

    Os melhores apps (gratuitos) para substituir o Word no Android e iPhone

  • WhatsApp libera recurso para agendar videochamadas diretamente no app

    WhatsApp libera recurso para agendar videochamadas diretamente no app

    O aplicativo de mensagens passa a oferecer a opção de marcar videochamadas com antecedência, permitindo convidar contatos e adicionar o compromisso ao calendário. A novidade está sendo liberada gradualmente e pode não estar disponível para todos os usuários de imediato

    O WhatsApp anunciou nesta semana o lançamento de um novo recurso que promete ser bastante útil para quem utiliza o aplicativo em chamadas de trabalho ou até mesmo para organizar conversas com familiares.

    A novidade permite agendar videochamadas diretamente pelo WhatsApp, com a opção de convidar contatos com antecedência.

    Para quem já tem a função disponível, basta acessar a aba Chamadas, tocar no botão “+” no canto inferior direito e selecionar Agendar chamada. É possível escolher dia e horário e, em seguida, enviar o convite aos contatos, que podem adicionar o compromisso ao calendário.

    No momento marcado, os convidados receberão uma notificação lembrando que está na hora de entrar na videochamada.

    Vale destacar que a atualização está sendo liberada de forma gradual. Portanto, se a opção ainda não aparece no seu aplicativo, ela deve chegar nos próximos dias.
     
     

    WhatsApp libera recurso para agendar videochamadas diretamente no app

  • STF aprova tributo que onera Netflix, que estima ônus de US$ 400 milhões

    STF aprova tributo que onera Netflix, que estima ônus de US$ 400 milhões

    Em seu relatório financeiro do ano passado, a Netflix afirmou que corria um risco de ter um ônus anual de US$ 400 milhões -cerca de R$ 2,1 bilhões- devido a “diversas questões com as autoridades fiscais brasileiras”.

    EDUARDO MOURA
    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em meio às disputas em torno do PL do streaming, que pretende taxar plataformas de vídeo sob demanda no Brasil, a Netflix sofreu um novo baque, que pode resultar em um ônus milionário à empresa. O Supremo Tribunal Federal considerou, nesta quarta-feira (13), constitucional a legislação de 2001 que ampliou o rol de remessas ao exterior tributadas pela contribuição Cide-Royalties.

    Antes, a obrigação do pagamento estava restrita a operações de transferência de tecnologia. Agora, empresas que efetuem pagamentos de royalties ao exterior envolvendo “cessão e licença de uso de marcas”, por exemplo, passam a ter que pagar a Cide, a Contribuição de Intervenção sobre o Domínio Econômico.

    A análise sobre a constitucionalidade da cobrança de 10% de Cide sobre remessas ao exterior -conhecida como Cide-Royalties, Cide-Remessas ou Cide-Tecnologia-, era uma das maiores discussões tributárias analisadas pelo tribunal, com impacto estimado de R$ 19,6 bilhões para o governo em valores cobrados nos últimos cinco anos.

    Procurada pela reportagem, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional afirma que a Netflix é contribuinte de Cide. A Netflix não se manifestou.

    Em seu relatório financeiro do ano passado, a Netflix afirmou que corria um risco de ter um ônus anual de US$ 400 milhões -cerca de R$ 2,1 bilhões- devido a “diversas questões com as autoridades fiscais brasileiras”, sem especificar os tributos, mas afirmando que seria relativo a “tributos não incidentes sobre a renda”. No relatório de 2023, a Netflix previa um ônus de US$ 300 milhões.

    Essa estimativa de US$ 400 milhões não se relaciona com o PL do streaming, pois o cálculo da nova contribuição será feito sobre o rendimento bruto das empresas no Brasil. O PL que quer obrigar as plataformas de vídeo sob demanda (VoD) a pagar a Condecine, a Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional.

    Diferente de outras grandes empresas do ramo, como a Warner-Discovery e Disney, a Netflix está na categoria “portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet” na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). A Disney está na categoria “distribuição cinematográfica, de vídeo e de programas de televisão”, enquanto a dona da HBO Max está como “atividades relacionadas à televisão por assinatura”.

    A tônica de fundo do discurso dos ministros do STF apontou para big techs, que atuaram como parte interessada no julgamento, visando restringir o alcance do tributo, e o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil. Os recursos devem ser destinados a programas de pesquisa científica e tecnológica.

    STF aprova tributo que onera Netflix, que estima ônus de US$ 400 milhões

  • Os poucos empregos que sobreviverão à invasão dos robôs

    Os poucos empregos que sobreviverão à invasão dos robôs

    Robôs e inteligência artificial avançam para substituir funções humanas, indo além das fábricas e alcançando áreas criativas, jurídicas e de transporte, enquanto algumas profissões continuarão em alta e com boa remuneração

    A robótica e a inteligência artificial estão mudando o mundo, e as máquinas podem substituir milhões de empregos. Muita gente pensa que os robôs só trabalham em fábricas, mas eles já conseguem fazer o trabalho de assistentes jurídicos, motoristas de táxi e até de quem faz empréstimos.

    A discussão sobre a IA em áreas criativas ganhou força com o robô artista Ai-Da e o lançamento do ChatGPT e outras plataformas parecidas. Os chatbots avançados já conseguem escrever e-mails, textos e poemas quase como um ser humano.

    Clique aqui para ver quais empregos correm mais risco de serem substituídos por máquinas, e também quais empregos bem pagos não só vão continuar existindo, como vão crescer.

    Os poucos empregos que sobreviverão à invasão dos robôs

  • WhatsApp testa recurso de IA para ajudar usuários a escrever mensagens

    WhatsApp testa recurso de IA para ajudar usuários a escrever mensagens

    Ferramenta Writing Help, em fase beta para Android, sugere ajustes de clareza, gramática e tom em mensagens, oferecendo opções profissionais, bem-humoradas ou empáticas. Recurso será opcional e mantém dados criptografados pela Meta

    O WhatsApp está testando uma nova ferramenta de inteligência artificial para auxiliar usuários na redação de mensagens. A funcionalidade, chamada Writing Help, foi identificada pelo site WABetaInfo na versão beta mais recente do aplicativo para Android.

    Segundo a publicação, o recurso utilizará o sistema Private Processing da Meta, que mantém os dados processados pela IA criptografados, garantindo a segurança das informações. A proposta é permitir que o usuário “refine” o texto, ajustando o tom da mensagem conforme a necessidade.

    Após escrever a mensagem, a inteligência artificial apresentará três sugestões com base em cinco tons já disponíveis nas soluções da Meta. Entre eles, estão opções para melhorar a clareza e a estrutura do texto sem alterar o significado, corrigir erros gramaticais e ortográficos, adotar um estilo profissional mais formal, aplicar um tom bem-humorado ou inserir mais empatia, ideal para mensagens de apoio ou incentivo.

    O usuário poderá escolher qualquer uma das sugestões e substituir o texto original. A Writing Help ainda está em fase de testes e não tem previsão oficial de lançamento, mas, diante da aposta crescente da Meta em recursos de inteligência artificial, a expectativa é de que a novidade seja liberada em breve, de forma opcional, para todos os usuários do WhatsApp.

    WhatsApp testa recurso de IA para ajudar usuários a escrever mensagens

  • Uber lança verificação para usuário; veja como fazer

    Uber lança verificação para usuário; veja como fazer

    Os dados informados pelos usuários no cadastro do app, como nome e telefone, serão cruzados com bases de terceiros. As contas aprovadas receberão um selo no perfil, que poderá ser visto ao lado do nome do usuário.

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Uber lançou nesta semana uma nova etapa de verificação dos usuários, que concederá às contas um “selo de verificado”.

    Os dados informados pelos usuários no cadastro do app, como nome e telefone, serão cruzados com bases de terceiros. As contas aprovadas receberão um selo no perfil, que poderá ser visto ao lado do nome do usuário.

    A medida, segundo a Uber, tem o objetivo de aumentar a segurança e pretende agilizar a decisão dos motoristas ao aceitar corridas.

    O Brasil é o segundo, depois dos Estados Unidos, a adotar essa etapa adicional de verificação de dados. A plataforma já possuía mecanismos de checagem, como validação da conta via cartão de crédito, verificação de CPF para pagamentos em dinheiro e confirmação de identidade por documento e selfie.

    Se a checagem automática dos dados não for possível, será necessário enviar uma foto do documento de identidade e uma selfie para concluir o processo.

    Usuários verificados automaticamente poderão visualizar o selo no perfil do aplicativo. Já aqueles que precisarem enviar documentos devem acessar as configurações, clicar no perfil e, por fim, selecionar “começar a verificação”.

    Como fazer a verificação da conta

    1 – Acessar a conta
    2 – Entrar em “Configurações”
    3 – Clicar no perfil
    4 – Clicar em “Começar a verificação”
    5 – Enviar uma foto do documento de identidade e uma selfie

    Uber lança verificação para usuário; veja como fazer

  • Podcast A Mulher da Casa Abandonada vira série de TV que dá voz para a vítima

    Podcast A Mulher da Casa Abandonada vira série de TV que dá voz para a vítima

    A série documental “A Mulher da Casa Abandonada” ganhou enorme repercussão após podcast divulgar o caso e transformou a história em uma perseguição policial e midiática

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – “Essa história nunca acaba para mim. Desde que o primeiro episódio do podcast foi ao ar, três anos atrás, não tem um dia em que eu não fale com alguém sobre o caso da senhora procurada pelo FBI que se refugiou em uma mansão”, diz Chico Felitti, autor de A Mulher da Casa Abandonada, podcast realizado pela Folha de S.Paulo que atingiu a maior audiência do Brasil e mais de 11 milhões de downloads.

    Agora, depois de muita negociação, virou um documentário de três episódios cheios de suspense e novas revelações, lançado pela plataforma de streaming Prime Video. Os três capítulos entram no ar ao mesmo tempo, nesta sexta.

    “Tentei não atrapalhar muito a produção, não entrar no caminho”, conta Felitti, que vendeu os direitos de adaptação para o streaming depois de seis meses ouvindo todo tipo de propostas, “algumas sem pé nem cabeça”, até que uma fez sentido para ele.

    “Quando me disseram que a ideia era produzir uma série documental, dirigida pela Kátia Lund, fiquei tranquilo”, diz o jornalista. Kátia Lund é codiretora de um dos maiores e melhores filmes brasileiros de todos os tempos, “Cidade de Deus”, de 2002, indicado a quatro troféus no Oscar, inclusive o de direção.

    A série documental “A Mulher da Casa Abandonada” parte da enorme repercussão do podcast, que em um momento se transformou numa perseguição policial e midiática, com cobertura ao vivo de programas de crime na TV aberta, além de uma histeria coletiva com multidão na porta da tal casa abandonada, que virou quase um ponto turístico macabro.

    Numa tarde específica, houve invasão policial, denúncia de maus tratos a animais, a ativista Luisa Mell pulou o muro da casa para resgatar um cachorrinho pinscher. O destino do ex-pet de Margarida Bonetti, aliás, é revelado no episódio extra do podcast lançado na última quarta –para alívio dos amantes dos animais, é um final feliz.

    Houve até denúncia de abandono de incapaz, feita por uma vizinha que tomou as dores de Bonetti, a moradora da mansão caindo aos pedaços, uma fugitiva do FBI, acusada de manter a empregada por mais de 20 anos em trabalho análogo à escravidão.

    “A parte que se passa no Brasil o Chico contou muito bem no podcast, então parti para o outro lado, não queria fazer um documentário sem novidades”, conta Lund, numa entrevista por vídeo.

    A série documental tem diversos depoimentos de agentes federais norte-americanos envolvidos no processo contra René e Margarida Bonetti, que na época ainda eram um casal -aliás, não fica claro quando o casamento se dissolve.

    Além de cenas da casa, da rua, há entrevistas com vizinhos e, o que faz toda a diferença, a presença de Hilda, a mulher que se mudou para Washington com o casal para trabalhar como empregada doméstica e que, lá, passou a ser tratada de uma maneira desumana. Mas, na série, é Santos quem conta, em primeira pessoa, os abusos que sofreu. Ela, a vítima, é finalmente a personagem principal.

    Mas não foi sem muito trabalho que isso aconteceu. No podcast, Felitti fala com Santos por telefone, mas ela prefere não dar entrevista. A repercussão do trabalho do jornalista, no entanto, foi tão grande que ela, que continuou nos Estados Unidos após ser libertada, viu cenas do programa de José Luiz Datena que mostrava a ação da polícia na casa.

    Foi a primeira vez que a ex-empregada viu sua ex-patroa, Margarida Boneti, com roupas velhas e a cara coberta de pomada branca, morando num casarão em estado de abandono.

    “Ela ficou muito chocada com o estado da casa, não se conformava com isso”, lembra Lund. Santos passou muitos anos naquela casa, sempre como empregada, desde muito nova. Seus patrões eram os pais de Boneti, e ela cuidava da menina, a mais nova de três filhas, quando era criança.

    Enquanto estava sob os cuidados dos pais de Bonetti, a mansão do bairro paulistano de Higienópolis era impecável, mantida tinindo por diversos serviçais, onde aconteciam jantares e festas elegantes frequentadas pela elite paulistana.

    O oposto do que é agora, uma casa cheia de lixo, caindo aos pedaços, com uma acumuladora com um passado marcado por um crime como sua única moradora. É a única casa em uma rua de prédios elegantes, num bairro que continua de elite, mas sem o estilo quatrocentão das décadas anteriores.

     

    E, de maneira muito parecida com a descrita no podcast a respeito da entrevista de Bonetti, feita por Felitti depois de 72 horas acampado em frente à sua casa, o depoimento de Santos aconteceu depois de uma semana de convivência intensa com Lund.

    “Fiquei cinco dias, cinco horas por dia conversando com a Hilda até ela aceitar o meu convite para contar seu lado da história para as câmeras”, conta a diretora. Ela falava muito sobre o que tinha vivido, acho que tinha uma grande necessidade de contar sua versão, mas hesitou em dar entrevista. Quando decidiu, decidiu para valer, e contou tudo que viveu”.

    A MULHER DA CASA ABANDONADA

    Quando Episódios disponíveis em 15 de agosto
    Onde Prime Video

    Podcast A Mulher da Casa Abandonada vira série de TV que dá voz para a vítima

  • Rússia restringe chamadas no WhatsApp e Telegram por “segurança nacional”

    Rússia restringe chamadas no WhatsApp e Telegram por “segurança nacional”

    O órgão regulador da internet na Rússia afirmou que os aplicativos estariam sendo usados para extorsão e atividades de sabotagem. O WhatsApp respondeu que Moscou tenta restringir o direito de milhões de cidadãos a comunicações seguras

    O aplicativo de mensagens WhatsApp começou a ter funções restringidas na Rússia, segundo comunicado divulgado pelo órgão regulador da internet do país, o Roskomnadzor, nesta semana.

    De acordo com a agência Associated Press, a limitação atinge parcialmente as chamadas de voz no WhatsApp e também no Telegram. O regulador russo alegou que ambos os aplicativos estrangeiros “tornaram-se os principais serviços de voz usados para enganar e extorquir dinheiro, bem como envolver cidadãos russos em atividades de sabotagem e terrorismo”.

    O Roskomnadzor afirmou ainda que tentou contato com as duas plataformas para discutir medidas de contenção, mas que “os donos dos serviços ignoraram os pedidos”.

    Em resposta, um representante do WhatsApp declarou que o aplicativo “desafia as tentativas do governo russo de violar os direitos dos cidadãos a comunicações seguras”, e afirmou que essa seria a razão por trás da decisão de Moscou de tentar bloquear o acesso de mais de 100 milhões de usuários no país.

    O WhatsApp não é o primeiro serviço da Meta a enfrentar restrições na Rússia. O Facebook e o Instagram estão oficialmente bloqueados desde a invasão russa à Ucrânia, em fevereiro de 2022.

    Rússia restringe chamadas no WhatsApp e Telegram por “segurança nacional”