Categoria: Uncategorized

  • Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 passa de 2,17% para 2,16%

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 passa de 2,17% para 2,16%

    A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também diminuiu, de 1,80% para 1,78%. Um mês antes, era de 1,80%. Considerando só as 77 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,93% para 1,77%

    A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 oscilou de 2,17% para 2,16%. Um mês antes, era de 2,16%. Considerando apenas as 79 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa caiu de 2,21% para 2,15%.

    O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

    A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também diminuiu, de 1,80% para 1,78%. Um mês antes, era de 1,80%. Considerando só as 77 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,93% para 1,77%.

    A mediana para o crescimento do PIB de 2027 passou de 1,82% para 1,83%. Quatro semanas antes, era de 1,90%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 85ª semana seguida.

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 passa de 2,17% para 2,16%

  • Selic no fim de 2025 continua em 15%; para 2026 segue em 12,25%, aponta Focus

    Selic no fim de 2025 continua em 15%; para 2026 segue em 12,25%, aponta Focus

    A mediana para a Selic no fim de 2026 continuou em 12,25%, pela 5ª semana consecutiva. Considerando só as 95 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana subiu de 12,13% para 12,25%

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 18ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.

    Na ata, o Copom reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Repetiu também que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

    O colegiado detalhou que, “na medida em o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.

    Considerando apenas as 96 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano também seguiu em 15,00%.

    A mediana para a Selic no fim de 2026 continuou em 12,25%, pela 5ª semana consecutiva. Considerando só as 95 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana subiu de 12,13% para 12,25%.

    A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 37ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,00% pela 44ª semana consecutiva.

    Selic no fim de 2025 continua em 15%; para 2026 segue em 12,25%, aponta Focus

  • Lula: acordo entre EUA e Brasil não tem nenhuma implicação com a China

    Lula: acordo entre EUA e Brasil não tem nenhuma implicação com a China

    Lula diz que acordo com EUA não afeta relação com China nem compromete soberania
    Presidente reforça que negociações com Washington não têm condicionalidades e que o Brasil manterá relações autônomas com todos os parceiros comerciais, incluindo a China e a União Europeia

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta segunda-feira, 27, em entrevista coletiva em Kuala Lumpur (Malásia), que o acordo comercial em negociação com os Estados Unidos para reverter o tarifaço não altera a relação do Brasil com a China, principal parceiro comercial do País.

    “Isso não tem nenhuma implicação na relação do Brasil com a China. São coisas totalmente distintas”, disse Lula, ao responder se o diálogo com Washington exigiria algum tipo de reequilíbrio na política externa brasileira.

    O presidente afirmou que o Brasil continuará mantendo relações autônomas e equilibradas com todos os parceiros, incluindo a União Europeia. “Não há condicionalidade para que a gente possa fazer um acordo, e nem eu aceitaria condicionalidade. Os Estados Unidos estão de acordo com quem quiser, e eu faço acordo com quem quiser”, declarou.

    Lula reforçou que o Brasil busca ampliar sua presença econômica internacional com base no pragmatismo e na defesa da soberania. “Vamos fazer o acordo o mais rápido possível, mas mantendo a liberdade de relação com todos os países.”

    Lula: acordo entre EUA e Brasil não tem nenhuma implicação com a China

  • Aliados de Bolsonaro focam elogio de Trump, e base de Lula exalta lucro político com soberania

    Aliados de Bolsonaro focam elogio de Trump, e base de Lula exalta lucro político com soberania

    Aliados de Bolsonaro exaltam elogio de Trump, enquanto base de Lula comemora avanços diplomáticos
    Após a reunião entre Lula e Trump na Malásia, bolsonaristas tentam capitalizar fala do americano sobre o ex-presidente, enquanto petistas destacam o diálogo e o progresso nas negociações sobre tarifas impostas aos produtos brasileiros

    (CBS NEWS) – Aliados de Jair Bolsonaro (PL) buscaram destacar o elogio de Donald Trump ao ex-presidente, enquanto os de Lula (PT) foram às redes sociais para elogiar o avanço nas conversas entre Brasil e EUA e destacar a defesa da soberania –que se tornou uma das principais bandeiras do petismo neste ano.

    A disputa de versões mobilizou os dois grupos políticos neste domingo (26) depois da reunião de Lula com Trump em Kuala Lumpur, na Malásia, para discutir as tarifas impostas pelo americano.

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) recorreu às imagens do encontro para apontar um suposto incômodo do presidente brasileiro com elogio de Trump ao ex-presidente.

    Eduardo está nos Estados Unidos articulando sanções contra as autoridades brasileiras e virou alvo da esquerda e de parte da direita, crítica à sua atuação referente ao tarifaço a produtos brasileiros. As sanções comerciais foram um ponto de inflexão na atuação dos bolsonaristas neste ano e se tornaram a principal vulnerabilidade política do grupo.

    Trump foi questionado por jornalistas sobre Bolsonaro e disse que se sente mal pelo que aconteceu com ele. Afirmou que sempre gostou do ex-chefe do Executivo brasileiro. Em seguida, indagado se essa situação seria tratada na reunião com Lula, o republicano respondeu: “Não é da sua conta”.

    Em postagem em seu perfil no X (ex-Twitter), Eduardo afirmou que há “na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: BOLSONARO”. O texto acompanha vídeo no qual os dois presidentes respondem a perguntas da imprensa na manhã deste domingo.

    Na sequência das publicações de Eduardo, influenciadores bolsonaristas foram às redes socias dizer que governo brasileiro ainda não anunciou avanço nas negociações pelo fim do tarifaço. E o principal destaque que buscaram dar foi ao elogio de Trump a Bolsonaro.

    O vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PL) replicou uma publicação que questiona a fala do chanceler Mauro Vieira sobre a reunão ter sido “muito positiva”, mas que só agora vai começar a negociação. “Deve ser a terceira reunião e os caras que atacam diariamente Trump se fazem de idiotas para enganar outros idiotas”, escreveu.

    Já o deputado estadual de Minas Gerais Bruno Engler (PL) disse, na mesma toada de Eduardo: “Lula, visivelmente desconfortável, ouve o apoio ao capitão feito pelo norte-americano que sempre compara à caça às bruxas. Isso incomoda o petista, que defende o regime junto ao STF”.

    Além da esquerda, até mesmo uma ala da direita utilizou o episódio para dizer que a atuação de Eduardo estaria beneficiando Lula. Como a Folha mostrou no último dia 19, aliados do ex-presidente já admitiam ver o petista lucrando positivamente com o avanço das negociações. A expectativa deles é de que ao menos parte das tarifas deve ser revista.

    O ex-ministro da Educação de Bolsonaro Abraham Weintraub, que rompeu com o clã, debochou: “Estratégia 4D do Trump para pegar o Lula desprevenido. Confie no bananinha! Aguarde mais 72 horas!”.

    O movimento de ataques ao deputado federal foi antecipado por seus aliados, que na noite de sábado (25) fizeram publicações nas redes sociais em sua defesa.

    “Eduardo é um guerreiro silencioso, que trabalha nos bastidores com lealdade e coragem. Sua missão nunca foi apenas um mandato, mas a defesa de um ideal. 

    Diferentemente de muitos que hoje trabalham para desmerecer o grande trabalho que ele fez, e continua fazendo por todos nós”, afirmou o deputado federal Mário Frias (PL-RJ).

    O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), classificou o encontro de Lula e Trump como “sensacional, pois fica provado que o tarifaço nunca foi culpa do Eduardo Bolsonaro e sim do Lula”.

    O parlamentar disse ainda torcer para que o governo brasileiro consiga renegociar as tarifas. “Demorou tanto tempo agir. Espero que mesmo atrasado resolva”, completou.

    Parlamentares de esquerda e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), celebraram o encontro entre os dois chefes de Estado.

    “Cumprimento os presidentes Lula e Donald Trump pelo importante encontro de hoje. Fico feliz em ver que o diálogo e a diplomacia voltam a ocupar o centro das relações entre Brasil e Estados Unidos. Quando líderes escolhem conversar, a história agradece”, disse.

    A reunião entre os dois chefes de Estado foi usada como munição para a esquerda destacar o papel de Lula na negociação das sobretaxas impostas pelo governo dos EUA a produtos do Brasil.

    O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que a conversa teve “avanços imediatos na agenda comercial e na busca de soluções para as tarifas e sanções”. “Assim se faz política externa –com respeito, soberania e determinação!”, ressaltou em seu perfil no X.

    O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) disse que Lula se comportou como um estadista diante das tarifas impostas por Trump. Com isso, disse, o presidente está “recuperando as boas relações comerciais entre os dois países”. “Lula agiu bem desde a imposição das sanções e agora, colhe os frutos!”, concluiu.

    O deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) escreveu nas redes que a reunião entre os dois foi produtiva e “resultou no restabelecimento do diálogo e da parceria entre Brasil e Estados Unidos, superando divergências anteriores orquestrada pelos traidores da pátria”.

    Já o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) ironizou Eduardo e o ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo, afirmando que ambos ficarão sem passaporte após o encontro entre os dois líderes.

    Aliados de Bolsonaro focam elogio de Trump, e base de Lula exalta lucro político com soberania

  • Lula participa de Cúpula da Ásia do Leste

    Lula participa de Cúpula da Ásia do Leste

    Presidente Lula participa de cúpula na Malásia e reforça diálogo com líderes internacionais
    No quinto dia de viagem pela Ásia, Lula discute tarifas com Trump, destaca cooperação com países do Sudeste Asiático e participa da Cúpula da Ásia do Leste em Kuala Lumpur

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre, nesta segunda-feira (27), o seu quinto dia de agenda no Sudeste Asiático. Em Kuala Lumpur, capital da Malásia, ele participa da abertura da 20ª Cúpula da Ásia do Leste. Em seguida, será recebido em um jantar de gala, oferecido pelo presidente da Malásia, Anwar Ibrahim, e pela primeira-dama, Wan Azizah Wan Ismail.  

    Lula está em viagem pelo Sudeste Asiático desde quinta-feira passada (23). Ele realizou visita oficial à Indonésia, onde tratou principalmente da cooperação econômica entre o Brasil e o país asiático. No dia 24, embarcou para Kuala Lumpur, na Malásia, onde participou da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) e do Fórum Bilateral Brasil-Malásia e cumpriu uma série de encontros bilaterais. 

    Tarifas

    Uma dessas reuniões foi com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No encontro, os dois líderes debateram as tarifas impostas a produtos brasileiros, a situação da Venezuela e a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas – COP 30, a ser realizada em Belém, em novembro deste ano.

    Em entrevista após a reunião, Lula disse que está otimista em relação à suspensão do tarifaço imposto pelos Estados Unidos e que, em poucos dias, os países deverão chegar a um acordo.

     

     

    Lula participa de Cúpula da Ásia do Leste

  • Eduardo Bolsonaro sugere que Jair Bolsonaro foi tema no encontro entre Lula e Trump

    Eduardo Bolsonaro sugere que Jair Bolsonaro foi tema no encontro entre Lula e Trump

    Eduardo Bolsonaro publicou nas redes sociais um vídeo em que Donald Trump comenta a situação do ex-presidente brasileiro antes de se reunir com Luiz Inácio Lula da Silva. O republicano afirmou gostar de Bolsonaro e disse sentir-se mal com o que vem acontecendo com ele no Brasil

    O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, publicou em sua conta na rede social X um trecho da entrevista coletiva que antecedeu a reunião entre os presidentes dos Estados Unidos, Donald Trump, e do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, na qual Trump é questionado sobre o ex-presidente brasileiro.

    Eduardo Bolsonaro comentou: “Lula encontra Trump e, na mesa, um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: BOLSONARO. Imagine o que foi tratado a portas fechadas?”, escreveu o deputado.

    No vídeo, Trump afirma que sempre gostou de Bolsonaro, diz que se sente muito mal com o que tem acontecido com ele no Brasil e o descreve como um negociador duro. “Mas, você sabe, ele está passando por muita coisa”, diz o ex-presidente americano, em referência à prisão domiciliar de Jair Bolsonaro.

    Eduardo Bolsonaro sugere que Jair Bolsonaro foi tema no encontro entre Lula e Trump

  • Hugo Motta diz que diálogo volta a ocupar relação entre Brasil e EUA

    Hugo Motta diz que diálogo volta a ocupar relação entre Brasil e EUA

    A conversa e as negociações de Lula com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foram elogiada pela esqueda, centro e alguns políticos de direita; bolsonaristas tantam minimizar o impacto do encontro

    O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse neste domingo (26) que o diálogo e a diplomacia voltaram a ocupar as relações entre o Brasil e os Estados Unidos.

    A manifestação foi divulgada nas redes sociais após a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente Donald Trump, em Kuala Lumpur, na Malásia.

    “Cumprimento os presidentes Lula e Trump pelo importante encontro de hoje. Fico feliz em ver que o diálogo e a diplomacia voltam a ocupar o centro das relações entre Brasil e Estados Unidos. Quando líderes escolhem conversar, a História agradece. Foi assim nas grandes viradas do mundo, sempre pela palavra, nunca pelo silêncio. A Câmara continua à disposição de nossa diplomacia, votando assuntos importantes sobre o tema e comprometida em servir ao país”, disse Motta.  

    Mais repercussões

    Após o encontro, parlamentares do governo também foram às redes sociais celebrar o início do diálogo entre os governos brasileiro e norte-americano. 

    O senador Jaques Wagner (PT-BA) disse que a reunião demonstrou a defesa da soberania do país. 

    “Diálogo sempre! As negociações sobre o tarifaço têm avançado, e o tom da conversa foi de respeito e cooperação. O presidente Lula mostrou, mais uma vez, por que é um dos maiores estadistas do nosso tempo, sempre aberto ao diálogo, mas extremamente firme na defesa da nossa soberania e do povo brasileiro”, disse o senador. 

    O senador Humberto Costa (PT-PE) considerou que a reunião entre os presidentes é “uma vitória do povo brasileiro”.  

    “Contra todas as expectativas, a soberania e o interesse nacional prevalecem. Presidente Lula se reúne com Donald Trump em um encontro cordial e produtivo. Foco em um acordo comercial equilibrado. Uma vitória do povo brasileiro e da nossa diplomacia”, comentou.  

    Hugo Motta diz que diálogo volta a ocupar relação entre Brasil e EUA

  • Como sair do rotativo, o crédito mais caro do mercado

    Como sair do rotativo, o crédito mais caro do mercado

    O crédito pessoal e o crédito consignado são opções de empréstimo mais baratos que o juro do cartão de crédito em atraso; veja outras dicas para diminuir suas dívidas em cartões de crédito!

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com juro mensal de 15,14%, em média, o rotativo é o mais caro dos créditos a pessoas físicas. Por regra do BC, esta modalidade só pode ser utilizada até a próxima fatura. Ou seja, o rotativo só pode ser cobrado por, no máximo, 30 dias.

    Após esse período, o montante devido entra no parcelamento automático, com juro de 8,86% ao mês, em média.

    Isso significa que R$ 1.000 em atraso no cartão viram R$ 1.151,40 em 30 dias. No segundo mês de atraso, o total vai para R$ 1.253,41. São mais de R$ 250 apenas em juros. Sem falar no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) adicional e diário e na multa por atraso.

    Porém, pela Lei do Desenrola, os juros aplicados ao montante devido não podem ultrapassar os 100%. Ou seja, o valor original da dívida pode, no máximo dobrar. Neste caso hipotético, a cobrança poderia ser de até R$ 2.000, independente de quanto tempo a fatura está em atraso.

    Para evitar este gasto, especialistas recomendam a troca de dívida do cartão por um empréstimo mais barato. Porém, antes de contrair mais dívidas, é preciso organizar a vida financeira na ponta do lápis, separando os gastos por classe, como saúde, alimentação, moradia e mobilidade, com as sub-classes essencial e não essencial, como supermercado e delivery, por exemplo. Assim, é possível identificar o custo de vida e desenhar um plano de reestruturação e reorganização financeira.

    “A primeira coisa é ver exatamente quanto entra e quanto sai no seu orçamento. Quando não se sabe o custo do padrão de vida, muito provavelmente vai se gastar mais do que tem”, diz Carlos Castro, planejador financeiro da Planejar.

    Gustavo Riess, sócio e assessor de investimentos da Ável, vai na mesma linha. “Primeiro, é preciso ter clareza sobre o que está acontecendo e refletir sobre as próprias finanças.”

    Depois dos ganhos e gastos identificados, é preciso entender a dívida e sua composição. Quanto se deve de compras parceladas e qual é o valor de juros e de encargos.

    “Muita gente acha que deve X reais, quando na verdade boa parte disso já é custo por ter deixado de pagar no mês anterior. Sem esse raio-x, qualquer plano de quitação fica frágil”, diz Carol Stange, planejadora financeira.

    Se o devedor tiver dinheiro investido, o recomendado é fazer o resgate para pagar a dívida, dizem os especialistas. Porém, se não houver uma reserva, é preciso desenhar um plano para ficar adimplente.

    O indicado é mapear a capacidade real de pagamento, que é o valor mensal que é possível comprometer com esse pagamento, sem deixar de pagar necessidades básicas. “É esse valor que vai definir se a melhor saída será renegociar, parcelar ou buscar um crédito mais barato para substituir o rotativo”, afirma Carol.

    O crédito pessoal e o crédito consignado são opções de empréstimo mais baratos que o juro do cartão de crédito em atraso. Segundo dados do BC, eles estão, em média, a 5,29% e a 1,99% ao mês, respectivamente. O custo varia de acordo com o banco, a modalidade do consignado (INSS, servidor ou CLT) e o cliente, então vale buscar a melhor oferta.

    No caso do consignado, como as parcelas são descontadas direto do salário ou da aposentadoria, é importante calcular se elas não farão falta no mês, de modo a não se endividar novamente.

    “É preciso tomar muito cuidado ao pegar um empréstimo para quitar a fatura do cartão para não entrar em um buraco cada vez maior”, diz Riess.

    Os planejadores também ressaltam a importância de entrar em contato com a instituição financeira e negociar condições mais favoráveis.

    “Os bancos preferem renegociar a correr o risco de inadimplência. Por isso, costumam oferecer alternativas como prazos mais longos, que aliviam o impacto no orçamento mensal, e, em alguns casos, até descontos em juros acumulados para facilitar a quitação”, afirma Carol.

    Também vale pedir dinheiro emprestado a familiares ou amigos, desde que bem combinado. “Faça um contrato, não fique apenas na fala. Esse empréstimo pode gerar conflito e até ruptura na relação. Mesmo que esse contrato não tenha valor jurídico, ele terá valor moral”, diz Castro.

    O planejador também indica os feirões de birôs de crédito que oferecem descontos.

    Depois de quitar as dívidas, é importante manter hábitos financeiros saudáveis para evitar um novo endividamento.

    “O brasileiro tende a considerar o limite do cartão como um complemento à renda, e cada um tem, em média, três cartões”, afirma Castro -segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da CNC (Confederação Nacional do Comércio), 79,2% das famílias brasileiras estão endividadas e 30,5% estão com contas em atraso. Já 13% não terão condições de pagar.

    Dados do Banco Central mostram que a maior parte das faturas do cartão de crédito de pessoas físicas não são quitadas integralmente até o seu vencimento. Em agosto, 60,48% do valor que entrou no rotativo -modalidade acionada quando a fatura não é paga integralmente até o vencimento- não foi pago em 30 dias, entrando automaticamente no parcelamento da fatura.

    Já o índice de atraso do parcelamento é de 13,21%. Ambos os percentuais de atraso são os maiores da série histórica, iniciada em 2011.

    Se for difícil controlar os gastos no cartão de crédito, é possível reduzir o limite mensal, ou trocá-lo por um cartão pré-pago, em que o gasto é limitado ao valor de recarga. Outra dica é que se não for possível pagar a fatura do cartão na íntegra, opte por parcelá-la antes do vencimento, de modo a evitar o rotativo.

    Além disso, especialistas aconselham que se continue economizando até construir uma reserva financeira que equivalha de seis a doze meses de gastos.

    PASSO A PASSO PARA SAIR DO ROTATIVO:

    Identificar e reestruturar o custo de vida;
    Entenda a composição da dívida ;
    Mapeie a capacidade real de pagamento;
    Se tiver investimentos, resgate para pagar a dívida;
    Senão, a troque por uma mais barata;
    Mantenha hábitos financeiros saudáveis após quitar a dívida;
    Construir uma reserva financeira de 6 a 12 meses de despesas.

    Como sair do rotativo, o crédito mais caro do mercado

  • Aliados de Lula comemoram reunião com Trump e 'postura firme' do presidente

    Aliados de Lula comemoram reunião com Trump e 'postura firme' do presidente

    O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), declarou que o encontro simboliza a “volta de um Brasil que fala de igual a igual com o mundo”. Segundo Lindbergh, o presidente foi “firme” ao cobrar o fim da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e deixou claro que está aberto ao diálogo.

    Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usaram o X para comemorar a reunião que ele teve hoje na Malásia com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A estratégia dos governistas foi a de capitalizar a postura de Lula como um \”estadista\” e um político de diálogo com \”postura forte\”, após os meses em que a Casa Branca esteve fechada para o governo brasileiro.

    O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), declarou que o encontro simboliza a \”volta de um Brasil que fala de igual a igual com o mundo\”. Segundo Lindbergh, o presidente foi \”firme\” ao cobrar o fim da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros e deixou claro que está aberto ao diálogo.

     

    \”As equipes dos dois governos começam a negociar imediatamente um novo acordo comercial, capaz de proteger os empregos e a indústria nacional. Lula age com pragmatismo e responsabilidade, buscando saídas concretas para revogar as sanções políticas e econômicas sem abrir mão da autodeterminação do Brasil\”, disse Lindbergh.

     

    Lindbergh também atacou a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), sugerindo que eles sofreram um revés ao ver um aliado tratando Lula cordialmente.

     

    \”Dá para imaginar o clima na família Bolsonaro neste domingo ver o \’ídolo\’ deles recebendo Lula com respeito, depois de dedicarem anos de bajulação e subserviência, deve ser um golpe duro no orgulho da turma que sonhava com um Brasil colonizado\”, disse o líder do PT na Câmara.

     

    Já o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que Lula mostrou que é \”um dos maiores estadistas do nosso tempo\” e também citou que o presidente adotou uma \”postura firme\”. \”Independente de quem esteja do outro lado da mesa, o Brasil e o nosso povo sempre estarão em primeiro lugar\”, disse Wagner.

     

    O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), sugeriu que Trump teria ficado encantado com o \”carisma\” de Lula durante o encontro na Malásia. \”Tem coisa que nem a inteligência artificial consegue prever. Mas aconteceu: Lula e Trump lado a lado. Eu te entendo, Trump, é difícil resistir ao carisma do nosso presidente\”, disse Rodrigues.

     

    O presidente nacional do PT, Edinho Silva, afirmou que o Brasil manterá a relevância no cenário mundial se \”defender respeito e a soberania\”. \”O mundo precisa fortalecer os mecanismos do multilateralismo. É em mais diálogo e não em imposições que resolveremos os problemas do planeta\”, completou.

     

    Na Esplanada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, publicou uma análise da reunião entre Lula e Trump. Segundo ele, a reunião marcou um \”novo olhar\” mais pragmático e menos ideológico de Washington à Brasília. O ministro disse também que Lula saiu vencedor do encontro e pregou a derrota sobre Bolsonaro e governadores da direita que são pré-candidatos à Presidência da República em 2026.

     

    \”E ganha, claro, Lula. Mostra-se ao mundo como negociador experiente, capaz de defender o Brasil sem bravata, sem submissão. A velha escola sindical ainda funciona: ouvir, dialogar, arrancar resultados\”, disse Marinho.

     

    O secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços (SDIC), Uallace Moreira, destacou a atuação do chefe, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e presidente em exercício, Geraldo Alckmin, além de Lula durante a crise tarifária. Moreira disse também que a conversa na Malásia foi uma \”aula de diplomacia e negociação estratégica\”.

     

    \”O presidente Lula e o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin desde o início construíram uma estratégia de negociação colocando em primeiro lugar a soberania do Brasil, com a clareza de defender o setor produtivo brasileiro e os empregos\”, afirmou o secretário.

    Aliados de Lula comemoram reunião com Trump e 'postura firme' do presidente

  • Eduardo diz que Lula ficou incomodado por elogio de Trump a Bolsonaro

    Eduardo diz que Lula ficou incomodado por elogio de Trump a Bolsonaro

    Em postagem em seu perfil no X (ex-Twitter), o congressista afirmou que há “na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: BOLSONARO”. O texto acompanha vídeo no qual os dois presidentes respondem a perguntas da imprensa na manhã deste domingo.

    LUCAS MARCHESINI
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) disse neste domingo (26) que Lula (PT) ficou incomodado pelo elogio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes de reunião entre os dois na Malásia.

    Em postagem em seu perfil no X (ex-Twitter), o congressista afirmou que há “na mesa um assunto que claramente incomoda o ex-presidiário: BOLSONARO”. O texto acompanha vídeo no qual os dois presidentes respondem a perguntas da imprensa na manhã deste domingo.

    Trump é questionado sobre o ex-presidente e diz que se sente mal pelo que aconteceu com ele e que sempre gostou do ex-chefe do Executivo brasileiro. Em seguida, indagado se essa situação seria tratada na reunião com Lula, o republicano respondeu: “Não é da sua conta”.

    O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), comemorou o encontro entre os dois chefes de Estado.

    “Cumprimento os presidentes Lula e Donald Trump pelo importante encontro de hoje. Fico feliz em ver que o diálogo e a diplomacia voltam a ocupar o centro das relações entre Brasil e Estados Unidos. Quando líderes escolhem conversar, a história agradece”, disse.

    A reunião entre os dois chefes de Estado foi usada como munição para a esquerda destacar o papel de Lula na negociação das sobretaxas impostas pelo governo dos EUA a produtos do Brasil.
    O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que a conversa teve “avanços imediatos na agenda comercial e na busca de soluções para as tarifas e sanções”. “Assim se faz política externa -com respeito, soberania e determinação!”, ressaltou em seu perfil no X.

    O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) disse que Lula se comportou como um estadista diante das tarifas impostas por Trump. Com isso, disse, o presidente está “recuperando as boas relações comerciais entre os dois países”. “Lula agiu bem desde a imposição das sanções e agora, colhe os frutos!”, concluiu.

    O deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) escreveu nas redes que a reunião entre os dois foi produtiva e “resultou no restabelecimento do diálogo e da parceria entre Brasil e Estados Unidos, superando divergências anteriores orquestrada pelos traidores da pátria”.

    Já o ex-ministro da Justiça Tarso Genro (PT) ironizou Eduardo e o ex-comentarista da Jovem Pan Paulo Figueiredo, afirmando que ambos ficarão sem passaporte após o encontro entre os dois líderes.

    Eduardo diz que Lula ficou incomodado por elogio de Trump a Bolsonaro