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  • Preço do petróleo fica abaixo de US$ 60 e é o menor desde maio

    Preço do petróleo fica abaixo de US$ 60 e é o menor desde maio

    Barril do Brent tem queda de mais de 2% e atinge menor valor desde 5 de maio. Já o petróleo WTI, referência nos EUA, tem o preço mais baixo nos últimos cinco anos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O preço do barril de petróleo Brent, referência mundial, chegou a cair mais de 2% nesta terça-feira (16), sendo negociado a US$ 59,03 (R$ 320,82), por volta das 13h (horário de Brasília), como consequência dos avanços das negociações entre Rússia e Ucrânia para o fim da guerra e das perspectivas de maior oferta. É o valor mais baixo em sete meses, quando chegou a ficar em US$ 58,50 em 5 de maio.

    Além do Brent, o barril de WTI (West Texas Intermediate), usado nos EUA, caía 2,64% e estava cotado a US$ 55,32 (R$ 300,65), o menor nível em quase cinco anos, às 13h.

    O mercado ficou animado com as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que disse na segunda-feira (15) que “agora estamos mais perto do que nunca” de um acordo que acabe com o conflito na Ucrânia.

    O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, celebrou os “avanços” nas negociações com os Estados Unidos para encerrar a guerra.

    Analistas afirmaram que qualquer acordo de paz na Ucrânia teria um impacto significativo a curto prazo no mercado de petróleo, com o possível fim das sanções ao petróleo produzido na Rússia.

    “Há uma grande quantidade de petróleo presa em cadeias de suprimentos extensas”, afirmou Martijn Rats, estrategista global de commodities do Morgan Stanley.

    Embora a maior parte do petróleo russo continue chegando ao mercado, apesar das sucessivas punições, os navios-tanque têm sido forçados a percorrer distâncias muito maiores dos portos ocidentais da Rússia até os compradores na Índia ou na China.

    “Se conseguirmos retomar os padrões históricos de negociação, será quase como uma liberação de estoque”, comentou Rats. “Com certeza, dezenas de milhões, talvez algumas centenas de milhões de barris poderiam ser disponibilizados, porque não estariam mais presos nessas rotas de longa distância”, destacou.

    Ele alertou, no entanto, que os mercados podem estar se precipitando. “Já vimos isso algumas vezes antes e acabou sendo prematuro”, recordou.

    A consultoria Energy Aspects afirmou não esperar um “acordo de paz rápido”, mas descreveu as últimas negociações como a maior incógnita geopolítica para o mercado de petróleo, especialmente durante o período de Natal e Ano Novo, quando os volumes de negociação são tradicionalmente baixos.

    A incerteza surge após um período de pressão constante de baixa nos preços do commodity. O petróleo Brent caiu por cinco meses consecutivos -sua maior sequência de perdas em 11 anos- e está quase US$ 20 por barril abaixo este ano, devido a temores de uma iminente superoferta.

    A produção global aumentou em 3 milhões de barris por dia em 2025, segundo a AIE (Agência Internacional de Energia), impulsionada pela Opep e por países não membros da Opep, incluindo Estados Unidos, Canadá, Brasil e Argentina.

    Embora a Opep tenha agora freado seus planos de crescimento e a oferta tenha caído no mês passado devido às sanções contra a Rússia e a Venezuela, a AIE (Agência Internacional de Energia) ainda prevê um excedente médio de 3,7 milhões de barris de petróleo por dia em 2026, maior do que o observado durante a pandemia.

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  • Lula mereceria um Prêmio Nobel de Economia, diz presidente da Caixa

    Lula mereceria um Prêmio Nobel de Economia, diz presidente da Caixa

    Carlos Vieira afirmou que o Brasil tem apresentado números fortes na macroeconomia justamente porque o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contraria fórmulas liberais

    O presidente da Caixa, Carlos Vieira, disse nesta terça-feira (16) que o Brasil tem apresentado números fortes na macroeconomia justamente porque o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contraria fórmulas liberais usadas em outras economias já avançadas. Ele discursou em um evento do banco público, na capital federal.

    “O Brasil é um Brasil de desigualdades. Como eu posso me curvar a um entendimento que vem da Áustria como a premissa a ser adotada em um país que tem tantas desigualdades?”, disse Vieira, fazendo referência à chamada Escola Austríaca de economia. “Quando você olha recorrentemente para os números da macroeconomia, eles comprovam que o que está sendo feito no Brasil é o correto.”

    Ele relatou já ter dito a Lula, em uma conversa, que o presidente mereceria um Prêmio Nobel de Economia, por contrariar as prescrições tradicionais da economia. Segundo Vieira, é por causa das medidas adotadas elo governo que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu acima de 3% por dois anos seguidos e que o País tem hoje o menor desemprego e a menor inflação da história.

    Lula mereceria um Prêmio Nobel de Economia, diz presidente da Caixa

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  • Taxas de juros sobem com dólar e após ata do Copom

    Taxas de juros sobem com dólar e após ata do Copom

    Às 9h10, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia para 13,665%, de 13,630% no ajuste anterior.

    Os juros futuros sobem em toda a curva na manhã desta terça-feira, 16, em linha com o dólar. Os curtos também avançam, porém o movimento é mais contido após a leitura da ata do Comitê de Política Monetária (Copom).

    Para a Warren Investimentos, a ata foi dura e reduz a chance de cortes na Selic em janeiro. Para a Ativa Investimentos, a ata veio neutra e não altera cenário de redução de juros apenas em abril. Já o BGC Liquidez avalia que a ata “dá todos os fatores pra o BC iniciar corte da Selic em janeiro”.

    Às 9h10, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subia para 13,665%, de 13,630% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2029 ia para 13,065%, de 12,982%, e o para janeiro de 2031 subia para 13,380%, de 13,259% no ajuste de segunda-feira, 15.

    Taxas de juros sobem com dólar e após ata do Copom

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  • Acordo UE-Mercosul passa no Parlamento Europeu com regra mais severa

    Acordo UE-Mercosul passa no Parlamento Europeu com regra mais severa

    Os produtos que mais preocupam os legisladores europeus são a carne bovina e de aves, em que o Brasil é um dos maiores produtores, e o açúcar. Teme-se uma invasão de produtos sul-americanos em caso de problemas na cadeia de produção agrícola europeia

    (FOLHAPRESS) – O acordo União Europeia-Mercosul ganhou uma nova barreira nesta terça-feira (16), em Estrasburgo. O Parlamento Europeu aprovou as salvaguardas que foram inseridas no documento para amenizar a intransigência da França, principal opositora do tratado.

    A Casa, porém, adotou uma regra mais severa que a proposta formulada pela Comissão Europeia. Bruxelas lançará uma investigação se a flutuação nos preços de mercadorias sensíveis for maior do que 5%, contra 10% do texto inicial. A mudança agora terá que ser negociada com o Conselho da UE.

    Os produtos que mais preocupam os legisladores europeus são a carne bovina e de aves, em que o Brasil é um dos maiores produtores, e o açúcar. Teme-se uma invasão de produtos sul-americanos em caso de problemas na cadeia de produção agrícola europeia

    O próximo passo é tentar concluir a negociação a tempo de levar o acordo para o Conselho, na quinta-feira (18), em que cada um dos 27 países-membros do bloco econômico tem um voto. Com apoio da Itália, a França, que historicamente se opõe ao tratado e vive uma semana de protestos de fazendeiros provocada por questões locais, pode reunir uma minoria de bloqueio e impedir a aprovação final.

    Na véspera, em Berlim, onde participou de um jantar de apoio à Ucrânia nas negociações de um plano de cessar-fogo na guerra com a Rússia, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, foi pressionada por colegas interessados na conclusão do acordo.

    Friedrich Merz, primeiro-ministro alemão e anfitrião da noite, e Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, teriam sido os mais enfáticos sobre a necessidade de aprovar o tratado.

    Como declarou Maros Sefcovic, comissário de Comércio do bloco, uma nova falha da UE pode comprometer seu papel no cenário global, já bastante limitado pelas tarifas de Donald Trump e a competição tecnológica com a China.

    A resistência francesa também preocupa o governo brasileiro, que se prepara para receber Von der Leyen no sábado (20) para a cerimônia de assinatura do acordo, que criará um mercado de livre comércio de 722 milhões de pessoas, um dos maiores do planeta. Os pleitos italianos já foram atendidos pelas salvaguardas aprovadas, levando Brasília a crer que há uma disputa além do acordo em Bruxelas.

    No fim de semana, o governo francês reiterou um pedido de adiamento da tramitação e novas discussões. “A França solicita que se adiem os prazos de dezembro para continuar o trabalho e obter as medidas de proteção legítimas de nossa agricultura europeia”, afirmou o gabinete do primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, em comunicado.

    Antes do encontro em Berlim, o presidente Emmanuel Macron teria angariado o apoio de Meloni à dissidência. Somados os votos certos de Polônia e Hungria, que são declaradamente contra o pacto, a França estaria próxima a uma antes inimaginável minoria de bloqueio no Conselho da União Europeia.

    Para barrar uma proposta no fórum, que funciona como um colegislador e é formado por ministros dos 27 integrantes do bloco, é preciso reunir ao menos quatro países e uma fatia correspondente a 35% da população da UE.

    Se Áustria e Irlanda, que já expressaram simpatia pela posição francesa, aderirem à minoria, muito provavelmente a Dinamarca, que ocupa a presidência temporária da UE, não submeteria o acordo à votação na quinta, acatando o pedido de adiamento.

    Acordo UE-Mercosul passa no Parlamento Europeu com regra mais severa

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  • Por 330 a 104 votos, Câmara aprova texto principal da regulamentação da reforma tributária

    Por 330 a 104 votos, Câmara aprova texto principal da regulamentação da reforma tributária

    O relator, deputado Mauro Benevides (PDT-CE), fez uma série de modificações em seu parecer ao longo do dia. Uma das principais mudanças foi a retirada do limite de 2% para a tributação do Imposto Seletivo (IS) sobre bebidas açucaradas, como refrigerantes

    Por 330 votos a 104, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta segunda-feira, 15, o texto base do Projeto de Lei Complementar (PLP) nº 108/2024, que conclui a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo. Os destaques – propostas de alteração de alguns trechos do texto principal – serão analisados nesta terça-feira, 16.

    Ao iniciar a discussão do projeto, por volta das 23 horas, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sugeriu votar apenas o mérito nesta segunda, justificando que esse procedimento seria “o mais prudente” para os deputados terem tempo de negociar eventuais mudanças.

    Novo e PL foram os dois partidos a orientarem suas bancadas contra o projeto, enquanto os demais orientaram a favor.

    O projeto cria o Comitê Gestor do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) – novo imposto de Estados e municípios e estabelece normas para o novo imposto. O Comitê Gestor passará a atuar de forma permanente em 2026. Os mandatos do Conselho Superior serão de dois anos, e a presidência será alternada entre governadores e prefeitos.

    O IBS e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) – novo imposto federal – passarão a ser os principais tributos a incidir sobre o consumo no País a partir de 2027 – com uma fase de teste já em 2026. O Ministério da Fazenda espera essa aprovação para que a reforma comece a ser implementada no ano que vem, com a publicação dos regulamentos da União e dos entes subnacionais.

    Teto do imposto para bebidas açucaradas

    O relator, deputado Mauro Benevides (PDT-CE), fez uma série de modificações em seu parecer ao longo do dia. Uma das principais mudanças foi a retirada do limite de 2% para a tributação do Imposto Seletivo (IS) sobre bebidas açucaradas, como refrigerantes. Conhecido como “imposto do pecado”, o IS incide sobre bens considerados nocivos à saúde e ao meio ambiente.

    Durante a tramitação no Senado, o relator naquela Casa, senador Eduardo Braga (MDB-AM) acatou uma emenda para limitar a incidência do Seletivo sobre as bebidas açucaradas. A sugestão foi apresentada pelo senador Izalci Lucas (PL-DF) e determinava que “as alíquotas do Imposto Seletivo estabelecidas nas operações com bebidas açucaradas respeitarão o porcentual máximo de 2%”.

    Por acordo, Benevides retirou esse limite e manteve o escalonamento da tributação de 2029 e 2033, de modo a incorporar, progressivamente, o diferencial entre as alíquotas de ICMS incidentes sobre os produtos fumígenos, as bebidas alcoólicas e as bebidas açucaradas e as alíquotas modais desse imposto.

    SAFs

    Benevides ainda retirou a redução da carga tributária para as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs). O texto do Senado estabelecia que a receita decorrente da cessão dos direitos desportivos dos atletas e da transferência do atleta para outra entidade desportiva ou seu retorno a atividade em outra entidade desportiva não seria incluída na base de cálculo do pagamento mensal e unificado nos cinco primeiros anos-calendários da constituição da SAF.

    O relator na Câmara estipulou que ato conjunto da Receita Federal e do Comitê Gestor do IBS vai regulamentar a forma de recolhimento desses impostos.

    Outras mudanças

    Com apoio do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) e do Fórum dos Governadores, entidades representativas das administrações tributárias brasileiras conseguiram que Benevides restaurasse um trecho que tratava da definição da autoridade fiscal. Assim, foi reestabelecido que autoridade fiscal é o servidor ocupante de cargo efetivo de carreira específica com competência para fiscalizar e lançar.

    O relator na Câmara havia proposto a supressão desse dispositivo, o que, para as entidades, colocaria em “sério risco” informações e sistemas do Comitê Gestor (que serão comuns com vários dos sistemas da Receita Federal), que poderiam ser acessados por pessoas estranhas ao Fisco (autoridades fiscais “ad hoc”).

    Também foram suprimidos artigos que introduziam os procuradores estaduais e da Fazenda Nacional no Comitê de Harmonização das Administrações Tributárias (CHAT). Há uma disputa de poder entre procuradores e auditores fiscais, que têm atuação e formação diferentes. Ainda foi reintroduzida a harmonização da CBS e do IBS no contencioso administrativo integrado. Conforme o texto do Senado, a Câmara Nacional de Integração do Contencioso Administrativo julgará conflitos sobre normas de tais tributos.

    Por 330 a 104 votos, Câmara aprova texto principal da regulamentação da reforma tributária

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  • Haddad avalia antecipar saída e prepara Dado Durigan para o cargo

    Haddad avalia antecipar saída e prepara Dado Durigan para o cargo

    Dario Durigan é um dos principais articuladores políticos do Ministério da Fazenda e construiu contato direto com parlamentares e com o Palácio do Planalto na discussão da agenda econômica no Congresso, principalmente nos temas fiscais.

    (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avalia deixar o governo Lula antes de abril, data final para a desincompatibilização do cargo. Para o lugar, Haddad vem preparando o seu número dois, o secretário-executivo, Dario Durigan, como adiantado por O Globo.

    Três auxiliares de Lula dizem, sob reserva, que Haddad avalia deixar o governo em fevereiro. O principal objetivo dele é esperar pela “materialização” do que considera um de seus principais feitos, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 por mês.

    Como a medida começa a valer em janeiro, o efeito prático deverá aparecer nos salários a partir de fevereiro. Procurado, o ministro não se manifestou.

    Haddad confirmou à coluna Painel que deixaria o governo, mas não precisou a data. “Deve ser um pouco antes de março”, afirmou.

    Dario Durigan é um dos principais articuladores políticos do Ministério da Fazenda e construiu contato direto com parlamentares e com o Palácio do Planalto na discussão da agenda econômica no Congresso, principalmente nos temas fiscais.

    Ele assumiu o posto em junho de 2023 em substituição a Gabriel Galípolo, hoje presidente do Banco Central e na época indicado para a diretoria de política monetária da instituição.

    Ao falar de seus projetos para 2026, o ministro tem descartado a possibilidade de concorrer ao governo de São Paulo ou ao Senado, apesar dos apelos de dirigentes do PT, a começar pelo presidente do partido, Edinho Silva.

    Os petistas têm insistido na necessidade de consolidação de um palanque robusto para Lula em São Paulo, ainda que o candidato enfrente uma disputa acirrada pelo Palácio dos Bandeirantes.

    A aliados, o ministro da Fazenda manifesta, no entanto, a disposição de atuar na coordenação da campanha de Lula, como na elaboração do programa de governo.

    Haddad tem dito internamente ter a sensação de dever cumprido à frente do Ministério da Fazenda. Essa avaliação teria sido o teor de uma de suas conversas com o presidente, a quem o ministro lista as tarefas assumidas ao longo desses quase três anos de governo.

    Além da manifesta intenção de participar da coordenação da campanha de Lula, petistas afirmam que Haddad poderia se credenciar para assumir a Casa Civil, posto hoje ocupado por Rui Costa.

    Haddad avalia antecipar saída e prepara Dado Durigan para o cargo

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  • Lula celebra abertura de mais de 500 mercados de exportação agropecuária

    Lula celebra abertura de mais de 500 mercados de exportação agropecuária

    Segundo Lula, o Brasil conseguiu ampliar sua presença internacional sem deixar de abastecer o mercado interno. “O Brasil hoje produz para atender a população brasileira e produz com qualidade suficiente para atender também o mercado externo”, afirmou o presidente

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta segunda-feira (15) a abertura de 507 novos mercados em mais de 80 países para produtos agropecuários brasileiros desde o início de seu terceiro mandato, em janeiro de 2023. A declaração foi feita durante a inauguração da nova sede da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em Brasília.

    Segundo Lula, o Brasil conseguiu ampliar sua presença internacional sem deixar de abastecer o mercado interno. “O Brasil hoje produz para atender a população brasileira e produz com qualidade suficiente para atender também o mercado externo”, afirmou o presidente.

    Dados do governo federal indicam que a abertura desses novos mercados já gerou cerca de 3,4 bilhões de dólares em exportações, o equivalente a aproximadamente 2,9 bilhões de euros.

    O avanço ocorre em um contexto de desafios no comércio internacional. O Brasil esteve entre os países impactados pela política tarifária adotada pelo governo dos Estados Unidos, que anunciou taxas de até 50% sobre parte das importações brasileiras. Apesar de negociações que levaram à retirada de algumas dessas tarifas, o governo brasileiro passou a intensificar a estratégia de diversificação de parceiros comerciais.

    O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a busca por novos mercados seguirá como prioridade, mas ressaltou a necessidade de avançar em questões sanitárias para ampliar ainda mais o acesso dos produtos brasileiros ao exterior.

    Paralelamente, o Mercosul, bloco formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, com a Bolívia em processo de adesão, trabalha para concluir o acordo comercial com a União Europeia. A expectativa é de que o tratado seja assinado durante a cúpula de líderes marcada para 20 de dezembro, em Foz do Iguaçu.

    Negociado há mais de 20 anos, o acordo Mercosul-União Europeia prevê a criação da maior área de livre comércio do mundo, com redução significativa de tarifas para diversos produtos, incluindo a carne.
     
     

     

    Lula celebra abertura de mais de 500 mercados de exportação agropecuária

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  • Toffoli determina retomada do caso Master com depoimentos de investigados e de dirigentes do BC

    Toffoli determina retomada do caso Master com depoimentos de investigados e de dirigentes do BC

    Ministro diz que diligências são necessárias para proteger o Sistema Financeiro Nacional e seus usuários; relator destaca ‘absoluta necessidade’ de diligências urgentes após análise preliminar de documentos

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Dias Toffoli, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou nesta segunda-feira (15) a realização, em até 30 dias, de oitivas de investigados e de dirigentes do Banco Central para a retomada do caso Master.

    Segundo o relator, no caso dos dirigentes do BC, eles devem ser ouvidos “sobre questões de sua atribuição envolvendo as atividades do Banco Master e de possíveis desdobramentos envolvendo outras instituições financeiras”.

    “Da análise preliminar dos documentos referidos verifica-se a absoluta necessidade da realização de diligências urgentes, não só para o sucesso das investigações, mas também como medida de proteção ao Sistema Financeiro Nacional e às pessoas que dele se utilizam”, disse no despacho.

    Na mesma decisão, o ministro também determina a possibilidade de apresentação de pedidos de requisição de informações de órgãos públicos ou de empresas sobre as denúncias em apuração nos autos e de requerimentos individualizados de quebra dos sigilos telefônicos-telemáticos, de correspondência ou fiscais de investigados ou de terceiros.

    Desde 3 de dezembro, as diligências e medidas relacionadas à investigação contra Daniel Vorcaro e o Banco Master são avaliadas por Toffoli, por decisão do próprio magistrado. Com as determinação de hoje, o ministro deu andamento à investigação, mas segue com a atribuição de autorizar ou não passos adicionais.

    Na última sexta (12), Toffoli determinou a retirada dos documentos com o sigilo das mensagens de celular do banqueiro da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS no Congresso Nacional.

    O colegiado havia aprovado na mesma semana a quebra do sigilo bancário e telemático do dono do Banco Master. A documentação, após a ordem do ministro, foi retirada dos arquivos da investigação da CPMI.

    A defesa do banqueiro pediu a anulação das quebras de sigilos telemático, bancário e fiscal de Vorcaro.

    Toffoli negou os pedidos dos advogados, mas, como a decisão se deu em caráter provisório, determinou que o material colhido até o momento siga para a Presidência do Senado até decisão posterior da corte.

    O presidente Carlos Viana (Podemos-MG) lamentou a decisão e disse recebê-la com “indignação”.

    Ainda na decisão desta segunda, Toffoli destacou a necessidade de guarda de documentos e informações encaminhados ao STF por diversos órgãos estatais e pelo Poder Judiciário para evitar nulidades processuais e garantir resultados efetivos.

    A decisão de concentrar a investigação no STF foi dada após pedido da defesa do banqueiro, feito na última sexta (28), para levar as investigações sobre o empresário ao tribunal. A solicitação foi feita após um envelope com documentos de um negócio imobiliário relacionado ao deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) ter sido encontrado em uma busca e apreensão.

    Logo após a decisão de Toffoli, o juiz da 10ª Vara Federal de Brasília que cuidava do caso decidiu enviar todo o material da investigação ao Supremo.

    Em seguida, o juiz federal Antonio Claudio Macedo da Silva, então responsável pelo inquérito, determinou que a PF no Distrito Federal “não pratique mais nenhum ato investigatório, nem neste inquérito policial nem nas medidas cautelares, devendo remeter as investigações ao Supremo Tribunal Federal”.

    Toffoli determina retomada do caso Master com depoimentos de investigados e de dirigentes do BC

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  • Carrefour anuncia troca de executivos e redesenha operação no Brasil

    Carrefour anuncia troca de executivos e redesenha operação no Brasil

    Principal mudança será a criação do cargo de ‘deputy-CEO’, que será ocupada por um executivo francês; alterações afetam as áreas de varejo, transformação e imobiliário

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Carrefour anunciou internamente uma série de mudanças na diretoria do grupo. A empresa afirma que o objetivo é simplificar a operação e melhorar a eficiência nos braços de varejo, transformação e imobiliário.

    Segundo comunicado assinado por Pablo Lorenzo, atual CEO da companhia, as mudanças terão início em 5 de janeiro. A principal alteração será a entrada de Julien Munch, atual COO (diretor de operações) do Carrefour na França, que chega ao Brasil para atuar como “deputy-CEO”, uma espécie de vice-CEO.

    Além da nova posição, Munch vai supervisionar as operações de Carrefour, Sam’s Club e Imobiliário -se reportando a Lorenzo. No Carrefour desde 2021, Munch chegou a atuar por três anos como CEO da companhia na Romênia e migrou para a diretoria de operações na França em 2024.

    As informações foram veiculadas inicialmente pelo jornal Valor Econômico e confirmadas pela reportagem.

    O cargo de CTO (Chief Transformation Officer), comandado por Marcelo Tardin desde 2022, será eliminado. Com isso, as áreas do centro de serviços compartilhados (CSC) de finanças e recursos humanos serão chefiados por Berengere Guillemin, que deixou o grupo na França para se tornar diretora financeira no Brasil em outubro, e Viviane Gaspari.

    Por fim, as áreas de segurança, prevenção de riscos e licenças passarão a se reportar a Nelcina Tropardi, presidente do conselho de administração do grupo, e o projeto Sempre Simples, que integra o escopo de transformação, será liderado por Aydes Marques, atual vice-presidente de Digital.

    O período de transição deve ocorrer até 31 de janeiro, segundo o comunicado de Pablo Lorenzo ao qual a reportagem teve acesso.

    Serão desligados os executivos José Rafael Vasquez, que atuava como diretor presidente do Sam’s Club e do segmento de varejo, Marcelo Tardin e Liliane Dutra, chefe da divisão imobiliária da companhia.

    “O Grupo Carrefour Brasil informa que os movimentos recentes, liderados pelo CEO Pablo Lorenzo, fazem parte da reorganização da empresa com foco em simplificação e integração das operações”, disse a varejista em nota.

    Anunciado como CEO do grupo no país em julho, Pablo Lorenzo disse em entrevista recente a Folha de S.Paulo que para 2026 seu objetivo é integrar a inteligência artificial na operação da companhia para prever comportamentos de consumo, aumentar a participação dos fornecedores locais como forma de diminuir custos logísticos e abrir até 20 novas lojas.

    RAIO-X CARREFOUR BRASIL

    Fundação: 1975
    Sede: Barueri (SP)
    Funcionários: 120 mil
    Bandeiras: Carrefour, Atacadão, Carrefour Express, Sam’s Club
    Presença: 763 lojas de varejo alimentar (em todos os estados do país e no Distrito Federal); 104 postos de combustíveis; 98 drogarias; 49 centros de distribuição
    Principais concorrentes: Assaí, Grupo Pão de Açúcar, Grupo Matheus e grandes redes regionais
    Faturamento em 2024: R$ 120,6 bilhões

    Carrefour anuncia troca de executivos e redesenha operação no Brasil

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  • Dólar fecha em alta e Bolsa dispara com 'prévia do PIB' abaixo do esperado

    Dólar fecha em alta e Bolsa dispara com 'prévia do PIB' abaixo do esperado

    IBC-Br menor que projeções do mercado abre porta para cortes de juros no Brasil; investidores também se posicionam antes de bateria de dados dos EUA ao longo da semana

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar avançou 0,14% nesta segunda-feira (15) e encerrou o dia cotado a R$ 5,419. A Bolsa brasileira também fechou no positivo, tendo disparado 1,06% e marcado 162.480 pontos ao fim do pregão.

    O movimento nesta sessão foi pautado por dados que medem a atividade econômica do Brasil. Considerado uma espécie de “prévia” do PIB (Produto Interno Bruto), o IBC-Br mostrou que a economia brasileira iniciou o quarto trimestre no negativo, em recuo de 0,2% em outubro -um indício, para o mercado, de como a atividade entrou em uma trajetória de desaquecimento em meio aos juros altos.

    O resultado contrariou a expectativa de alta de 0,1% de economistas consultados pela Reuters, marcando, também, o segundo mês consecutivo no vermelho. Em setembro, o recuo foi de 0,19%.

    O IBC-Br engrossa o caldo de indicadores que apontam para uma desaceleração econômica. O PIB do terceiro trimestre, por exemplo, marcou avanço de 0,1% -o resultado trimestral mais fraco desde a retração de 0,1% nos três últimos meses de 2024.

    O cenário, no entanto, “não aponta para uma desaceleração intensa o suficiente para indicar uma recessão no horizonte”, diz André Valério, economista sênior do Inter. A expectativa da instituição financeira é que essa tendência se mantenha ao longo do quarto trimestre e que o PIB encerre o ano em alta de 2,2%.

    Olhando para a política de juros do BC, o dado abre portas para que o ciclo de quedas da Selic tenha início já no primeiro trimestre. Valério espera que o corte inaugural aconteça na reunião de janeiro, tendo em vista a desinflação recente medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidro Amplo).

    Juros mais baixos tendem a favorecer a renda variável, em especial empresas ligadas à economia doméstica, como varejistas. Por outro lado, a queda na Selic vai diminuir o diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos, apontado por especialistas como um dos motivos para a valorização do real no mercado de câmbio ao longo do último ano.

    Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC optou por manter a taxa Selic em 15% ao ano, maior patamar em quase duas décadas. A comunicação que acompanhou a decisão não apontou para qual direção o comitê deve seguir nas próximas reuniões -o que joga os holofotes para a ata do encontro, esperada para amanhã de manhã.

    Além disso, o Relatório de Política Monetária da autarquia é esperado para quinta-feira. O presidente do BC, Gabriel Galípolo, deverá conceder entrevista à imprensa logo depois, e investidores acompanharão a fala a procura de pistas sobre os próximos passos do comitê.

    A agenda da semana também guarda dados dos Estados Unidos que podem definir o rumo da taxa de juros do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano). O relatório de emprego payroll é esperado para terça-feira, e os números oficiais da inflação estão previstos para quinta.

    A trajetória dos juros americanos está em aberto, como sinalizou o presidente do Fed, Jerome Powell, em entrevista coletiva após a decisão da semana passada. O banco central optou por cortar a taxa de referência em 0,25 ponto percentual, como amplamente esperado, para a banda de 3,5% e 3,75%.

    Powell afirmou que os juros estão “bem posicionados” para responder ao que estiver por vir e que as decisões serão feitas “reunião a reunião” a partir do que indicarem os dados econômicos.

    “Eu destacaria que, tendo reduzido nossa taxa de juros em 0,75 ponto percentual desde setembro e 1,75 ponto desde setembro do ano passado, a taxa básica está agora dentro de uma ampla faixa de estimativas de seu valor neutro e estamos bem posicionados para esperar para ver como a economia evolui”, disse.

    Essa postura foi lida como positiva pelos mercados, que agora observam dados e falas de autoridades do banco central à procura de pistas sobre os próximos passos. Em declarações na sexta, dirigentes afirmaram que o Fed poderia ter esperado por dados adicionais sobre a inflação e o mercado de trabalho antes de reduzir a taxa.

    Esperar até o início do próximo ano, disse o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, teria dado às autoridades o benefício de dados atualizados do governo com os relatórios da próxima semana, ao mesmo tempo em que acarretaria pouco risco adicional para um mercado de trabalho que parece estar “esfriando apenas moderadamente”.

    Já o presidente do Fed de Kansas City, Jeffrey Schmid, avaliou que a política de juros deveria permanecer modestamente restritiva para manter a inflação sob controle.

    As falas reforçam que as próximas divulgações macroeconômicas serão determinantes para as decisões de juros do curto prazo. Por enquanto, operadores veem 22% de probabilidade de um corte de 0,25 ponto percentual acontecer no encontro de janeiro, segundo a ferramenta FedWatch.

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