Categoria: Uncategorized

  • Planalto marca para quarta-feira (29) posse de Guilherme Boulos como ministro

    Planalto marca para quarta-feira (29) posse de Guilherme Boulos como ministro

    Guilherme Boulos afirmou em entrevista que o preisdente Lula (PT) deu a ele “a missão de ajudar a colocar o governo na rua”

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O Palácio do Planalto anunciou para a próxima quarta-feira (29) a posse de Guilherme Boulos como ministro da Secretaria-Geral. Cotado desde o início do ano, mas anunciado somente na semana passada, ele assume no lugar de Márcio Macêdo.

    A previsão é de que a cerimônia de posse ocorra no salão principal do Planalto, o Salão Nobre, às 16h. O evento marca a nomeação de Boulos, que foi publicada no Diário Oficial na última terça (21).

    Para assumir o cargo, Boulos se licencia do mandato de deputado federal por São Paulo.

    Em entrevista à coluna Mônica Bergamo, ele afirmou que o preisdente Lula (PT) deu a ele “a missão de ajudar a colocar o governo na rua”.

    A Secretaria Geral é responsável pela ponte entre governo e movimentos sociais. Por anos, Boulos foi uma das principais lideranças do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) no país.

    Planalto marca para quarta-feira (29) posse de Guilherme Boulos como ministro

  • Inflação acumulada dos alimentos é a menor desde setembro de 2024

    Inflação acumulada dos alimentos é a menor desde setembro de 2024

    Os dados foram apurados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24) pelo IBGE; preço da comida recua 0,98% em cinco meses

    A prévia da inflação oficial no país mostra que, em outubro, o preço de alimentos e bebidas caiu 0,02%, em média. O resultado representa o quinto mês seguido de deflação (inflação negativa). De junho a outubro, os alimentos e bebidas ficaram 0,98% mais baratos.

    Os dados foram apurados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado nesta sexta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador apontou desaceleração para 0,18%, uma vez que tinha alcançado 0,48% em setembro.

    O IBGE mostra que, de setembro de 2024 a maio de 2025, os alimentos e bebidas apresentaram nove meses seguidos de alta, influenciados por fatores como questões climáticas, que prejudicaram a safra. Desde então, sucederam-se cinco recuos: 

    • Outubro: -0,02%
    • Setembro: -0,35%
    • Agosto: -0,53%
    • Julho: -0,06%
    • Junho: -0,02%

    Com a sequência de quedas, o acumulado de 12 meses da inflação de alimentos marca 6,26% em outubro. Esse patamar fica acima da inflação geral apurada pelo IPCA-15 (4,94%) no período.

    No entanto, é o menor desde setembro de 2024, quando registrava 5,22%. Desde então, a variação chegou a marcar 8,02% em maio de 2025. Em setembro de 2024, o acumulado era de 7,21%.

    O IPCA-15 apura a variação média do custo de 377 produtos e serviços que fazem parte da cesta de compras do brasileiro que ganha até 40 salários mínimos. Os alimentos e bebidas são a parcela mais representativa dessa cesta, respondendo por 21,63% do índice.

    Observando especificamente a alimentação no domicílio, que exclui gastos com lanches, refeições e cafezinho na rua, a inflação marcou -0,10% em outubro e 5,47% no acumulado de 12 meses, menor patamar desde agosto de 2024, quando ficou em 4,19%.

    Alimentos em outubro

    No IPCA-15 de outubro, os itens que mais pesaram para a queda dos alimentos foram:

    • Cebola (-7,65%)
    • Ovo de galinha (-3,01%)
    • Arroz (-1,37%)
    • Leite longa vida (-1%)

    Cada um desses recuos representa 0,01 p.p. no índice.

    Na cesta de produtos, quatro subitens tiveram quedas de preço na casa de dois dígitos:

    • Pepino: -24,43%
    • Abobrinha: -20,80%
    • Morango: -15,63%
    • Peixe castanha:  -12,68%

    Apesar da variação, o peso desses itens no total do índice não supera 0,01 ponto percentual.

    No intervalo de 12 meses, as maiores quedas foram da batata-inglesa (-39%), feijão preto (-32%), cebola (-27%) e pepino (-27%).

    Na outra ponta, estão as altas do café moído (53%), abobrinha (43%) e pimentão (36%).

    Veja o comportamento de outros itens no mês:

    Tubérculos, raízes e legumes: -2,17%
    Hortaliças e verduras: -1,87%
    Cereais, leguminosas e oleaginosas: -1,24%
    Pescados: -0,98%
    Leites e derivados: -0,66%
    Aves e ovos: -0,51%
    Carnes e peixes industrializados: -0,24%
    Carnes: -0,05%
    Bebidas e infusões: 0,01%
    Enlatados e conservas: 0,22%
    Panificados: 0,23%
    Frutas: 2,07%
    Óleos e gorduras: 2,18%

    Safra

    Para o economista-chefe da Associação Paulista de Supermercados, Felipe Queiroz, o resultado de outubro é bastante positivo e aponta para uma convergência rumo ao centro da meta de inflação, estipulada pelo governo em 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, até 4,5%.

    Queiroz destaca o comportamento dos preços dos alimentos. “Tendo em vista a importância que a alimentação possui no orçamento familiar, especialmente das famílias de menor renda, o resultado de outubro é bastante animador por conta da queda de produtos essenciais como o arroz, o leite, os ovos e a cebola”, diz.

    Para o representante da associação de supermercados do maior estado do país, que reúne mais de 4,5 mil estabelecimentos comerciais, a expectativa é que a inflação mantenha a tendência de desaceleração nos próximos meses.“Nós temos uma safra recorde de grãos, o que deve contribuir com a queda de itens básicos da cesta dos consumidores”, cita.

    Inflação acumulada dos alimentos é a menor desde setembro de 2024

  • Promotoria denuncia Lucas Bove e pede prisão por descumprir medidas protetivas

    Promotoria denuncia Lucas Bove e pede prisão por descumprir medidas protetivas

    Deputado Lucas Bove (PL) é acusado de agressão física e psicológica pela ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas; Denunciado, a Alesp arquivou o caso em agosto deste ano

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O Ministério Público de São Paulo denunciou o deputado estadual Lucas Bove (PL) sob acusação de perseguição, violência psicológica e física contra sua ex-esposa, Cíntia Chagas, e pediu a prisão preventiva (sem prazo) dele por “reiterados descumprimentos de medidas protetivas” da influencer.

    Em setembro de 2024, Cíntia relatou à polícia abusos físicos e psicológicos sofridos durante o relacionamento com o deputado. O inquérito sobre o caso foi concluído em 15 de setembro deste ano e encaminhado à Justiça.

    Procurada, a defesa afirmou, na tarde desta sexta-feira, que o deputado recebeu com surpresa a denúncia e o pedido de prisão, que classificou como “descabido”, afirmou que “inexistem razões, pressupostos e ou requisitos para a cogitação ou adoção dessa medida”. Em sua conta no Instagram, o deputado comentou a decisão.

    “A militância feminista que alcançou o poder público deixa claro que, se você for mulher, não precisa cumprir as regras impostas pela Justiça, sua palavra vale mais que suas ações, do que seu histórico”, escreveu ele. “Na qualidade de deputado, […] sinto vergonha em nome de milhares de vítimas reais de violência que muita vezes deixam de denunciar justamente pela descredibilização que as falsas denúncias trazem à causa”, continuou.

    No pedido de prisão, nesta quinta-feira (23), a promotora Fernanda Raspantini Pellegrino afirma que “o autor possui a devida ciência acerca da necessidade de respeitar as medidas protetivas, porém, ele não o faz por acreditar que não será responsabilizado pelas consequências de seus atos”.

    Em sua denúncia, o Ministério Público avançou em relação ao inquérito policial. Na conclusão da investigação, a delegada responsável pelo caso havia negado a prática de lesão corporal, envolvendo a faca, por suposta falta de provas.

    A decisão foi criticada pela defesa da vítima. “Entendo que a denúncia deve englobar a violência física, comprovada nos autos”, afirmou a advogada Gabriela Manssur à época.

    Divergindo da autoridade policial, a Promotoria considerou o relato. Pelas redes sociais, Cíntia comentou a decisão. “Para quem duvidou: lesão corporal. Hoje, durmo aliviada. Sigo acreditando na Justiça”, escreveu.

    O Ministério Público justifica que a prisão de Bove é necessária porque todas as medidas alternativas já não são suficientes para salvaguardar a integridade física e psíquica de Cíntia.

    O CASO

    Cíntia Chagas prestou depoimento à Polícia Civil em setembro do ano passado e relatou uma série de abusos durante a relação de pouco mais de dois anos com o deputado. Eles haviam se divorciado em agosto.

    Segundo a influencer, tudo começou com episódios de ciúme -Bove perguntava constantemente onde a parceira estava e pedia provas, como fotos e vídeos.

    Isso teria evoluído para ataques verbais e físicos, e Cíntia afirmou que o marido a humilhava, proferindo diversos xingamentos, como “burra”. A influencer também disse que Bove a agredia, deixando lesões, e já teria arremessado contra ela uma faca, que atingiu sua perna.

    Após a denúncia, a 3ª Delegacia de Defesa da Mulher instaurou inquérito policial e solicitou medida protetiva para Cíntia Chagas, concedida pela Justiça.

    Promotoria denuncia Lucas Bove e pede prisão por descumprir medidas protetivas

  • Fux defende aproximação do Judiciário com 'sentimento do povo'

    Fux defende aproximação do Judiciário com 'sentimento do povo'

    Juiz ‘não é independente para dar a solução que quiser e depois se gabar’, afirma ministro do STF; magistrado que votou para absolver Bolsonaro também fala em palestra sobre previsibilidade jurídica

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux afirmou nesta sexta-feira (24) que a legitimidade das decisões judiciais depende da proximidade entre o juiz e o “sentimento do povo”.

    Em palestra na Fenalaw, feira jurídica realizada em São Paulo, Fux também defendeu a virtualização da Justiça e tratou da rapidez do processo eletrônico como “cumprimento da Constituição”.

    “O Judiciário deve contas à sociedade e quanto mais ele se aproxima do sentimento constitucional do povo, mais uma decisão se torna democraticamente legítima e mais ela será respeitada”, disse o ministro, fazendo referência ao jurista alemão Peter Häbeler, falecido no dia 6 de outubro.

    Quando indicou que mudaria de posição em relação aos casos do 8 de Janeiro, Fux afirmou que “debaixo da toga bate o coração de um homem”. Ele também foi o único voto contrário na Primeira Turma do STF à absolvição do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo envolvimento na tentativa de golpe de Estado.

    Na terça-feira (21), ele pediu ao presidente do STF Edson Fachin a mudança de turma. A manobra foi possível após aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Sem apresentar motivação para o pedido, Fux não comentou o fato e saiu do evento sem falar com a imprensa.

    O presidente da turma que agora abrigará Fux é o ministro Gilmar Mendes. Recentemente, ambos se envolveram em uma discursão nos bastidores do tribunal, e Gilmar chamou o colega de “figura lamentável”. A mudança de órgão fracionário também lança dúvidas sobre processo ainda pendentes de julgamento.

    A palestra de Fux sobre Justiça na era digital abriu o último dia do evento que reúne escritórios de advocacia, empresas de software jurídico e entidades como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

    Ele também afirmou sobre os limites que enxerga para aplicação de ferramentas de inteligência artificial no direito. Para o ministro, a “máquina” não toma o lugar da atividade humana. “Sentença vem de sentimento. Isso não dá para substituir”, disse.

    Fux comentou a importância do respeito aos precedentes judiciais e importância da previsibilidade jurídica. “A independência do juiz é em favor do povo. Ele não é independente para dar a solução que quiser e depois se gabar”, afirmou.

    Para o ministro, a eficiência do Judiciário guarda relação com a análise econômica do direito – escola de pensamento jurídico que se baseia na aplicação de conceitos e ferramentas da teoria econômica ao funcionamento das instituições jurídicas. Ele afirma que a Justiça deve ser hoje “necessariamente eficiente”.

    Nesse sentido, defendeu seu tempo à frente da presidência do Supremo, hoje ocupada por Fachin. A gestão de Fux coincidiu com a pandemia de Covid-19. “Houve uma disrupção que exigiu de nós um preparo muito grande. Não só em relação à redução do acervo, mas também economizou-se muito em termos de energia e salas”, disse.

    Seguindo a lógica econômica, Fux defendeu ainda a possibilidade de aumentos de custas processuais em recursos como ferramenta para inibir “a litigância predatória”. “Isso pode dissuadir aquelas pessoas que têm fetiche de que o processo vá para o Supremo. Só não sabe quando esse processo volta”, brincou.

    Fux defende aproximação do Judiciário com 'sentimento do povo'

  • Quatro milhões de pessoas terão de fazer prova de vida no INSS

    Quatro milhões de pessoas terão de fazer prova de vida no INSS

    Notificações foram enviadas por aplicativo ou extrato bancário; aposentados e pensionistas devem ficar atentos para os golpistas que tentam enganar os beneficiários com ligações e mensagens falsas

    Quatro milhões de beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terão de fazer prova de vida para não ter seu benefício bloqueado. De acordo com o instituto, todos já foram notificados por meio do aplicativo Meu INSS ou por meio do extrato do banco no qual é feito o pagamento.

    Segundo o INSS, a mensagem foi entregue somente para os beneficiários cuja comprovação de vida não pôde ser feita de forma automática pelo sistema.

    Os beneficiários terão o prazo de 30 dias para fazer a prova de vida, contados a partir da data do aviso para realizar o procedimento. 

    O instituto divulgou um passo a passo para ajudar os beneficiários a regularizarem a situação: 

    • Acesse o site ou aplicativo Meu INSS, faça login e siga as instruções para o reconhecimento facial, se for pedido;

    Em alguns bancos, é possível realizar a Prova de Vida online, diretamente pelo aplicativo ou site do banco;Se preferir, o beneficiário também pode comparecer presencialmente à agência bancária responsável pelo pagamento e apresentar um documento oficial com foto.

    Quem precisa fazer? 

    Mesmo com o novo sistema automático, em alguns casos o INSS não consegue confirmar a Prova de Vida sozinho. Quando isso acontece, o próprio beneficiário deve realizar o procedimento, que pode ser feito pelo Meu INSS, pelo aplicativo ou site do banco, ou indo à agência bancária pessoalmente, se preferir.

    Por que a Prova de Vida é importante?

    A Prova de Vida é a confirmação de que o beneficiário está vivo e tem direito de continuar recebendo o benefício previdenciário. O procedimento é fundamental para prevenir fraudes e garantir que os pagamentos sejam feitos de forma correta, protegendo o sistema e o dinheiro de quem contribuiu a vida inteira para o país.

    Alerta contra golpistas

    Aposentados e pensionistas devem ficar atentos para os golpistas que tentam enganar os beneficiários com ligações e mensagens falsas, ameaçando corte do benefício, solicitando dados pessoais ou até marcando falsos agendamentos.

    O INSS não realiza contatos diretos pedindo a realização da Prova de Vida nem envia mensagens por WhatsApp, SMS ou aplicativos, ameaçando o bloqueio do benefício. Também não envia servidores às residências dos beneficiários para recolher documentos ou para fazer o procedimento de comprovação de vida.

    Dúvidas podem ser esclarecidas por meio dos canais oficiais do INSS:

    • Site: gov.br/inss
    • Aplicativo Meu INSS
    • Central 135 (funciona de segunda a sábado, das 7h às 22h)

    Quatro milhões de pessoas terão de fazer prova de vida no INSS

  • Haddad diz que prefere ter pecha de gastador do que de "caloteiro"

    Haddad diz que prefere ter pecha de gastador do que de "caloteiro"

    Deixar de pagar precatórios é medida ilegal e irracional, afirmou; o governo Bolsonaro ficou devendo precatórios e deixou a dívida para o governo Lula

    Ao participar de evento sobre precatórios na capital paulista, na manhã desta sexta (24), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou considerar “ilegal, inconstitucional e irracional” o adiamento do pagamento dos precatórios, que são as dívidas judiciais do poder público em que já não cabem mais recursos. Por este motivo, segundo o ministro, a União decidiu ficar de fora da emenda constitucional que muda as regras para o pagamento dos precatórios.

    Segundo Haddad, o prefeito – que às vezes não tem recursos para honrar suas obrigações correntes de saúde, educação e funcionalismo – se vê na contingência de buscar remédios nem sempre adequados para os seus programas, “mas a União ficou fora e não quer participar”.

    A União tem uma capacidade de financiamento que os entes federados não têm, ressaltou o ministro. 

    “Além de ilegal e inconstitucional, é irracional a decisão de não pagar as dívidas federais. Eu prefiro ficar com a pecha de ter gastado demais, mas não ficar com a pecha de caloteiro.”

    O não pagamento de precatórios é não só inconstitucional, como também pode trazer prejuízos ao país. “Repudiamos o calote que foi dado pelo governo anterior e não queremos esse caminho que, na nossa opinião, só desmerece o país e coloca em risco a condição do país.”

    O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, que participou, ao lado de Haddad, do Seminário de Precatórios, promovido pelo Instituto dos Advogados de São Paulo (IASP), destacou que o não-pagamento de precatórios traz prejuízos também para o cidadão. “Evidentemente que temos que considerar a dimensão da previsibilidade fiscal, mas não podemos esquecer que, além do prazo do crédito, existe também um direito que não foi respeitado durante anos e que recebeu tutela do Poder Judiciário para que aquele direito fosse exercido”, disse.

    Durante o evento, Haddad foi homenageado pela entidade por sua contribuição ao cumprimento de pagamento dos precatórios. Ao receber esse prêmio, ele lembrou de sua passagem como prefeito de São Paulo.

    “A cidade de São Paulo é a que mais deve precatório no país. E na época em que fui prefeito, eu fui o primeiro – e acho que o único – prefeito que não só pagava o fluxo, mas reservava o estoque de precários da cidade. E isso me enche de orgulho porque não é uma decisão que políticos tradicionais costumam cumprir, mas é uma decisão que só quem tem espírito público e entende que existe um futuro para além do seu mandato é capaz de decidir dessa maneira”, ressaltou.

    A emenda

    A emenda constitucional, que foi promulgada em setembro pelo Congresso, retirou os precatórios federais do limite de despesas primárias do Executivo a partir de 2026. O texto também limita o pagamento dessas dívidas por parte de estados e municípios e refinancia dívidas previdenciárias desses entes com a União. Na prática, a medida alivia a situação de estados e municípios, ao permitir que paguem dívidas judiciais em parcelas menores e com prazo mais longo. A PEC também ajuda o governo federal a cumprir a meta fiscal, ao retirar parte desses gastos do teto de despesas.

    Essa emenda tem sido alvo de críticas de diversas entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que entrou com uma ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). “O Conselho Federal da OAB ajuizou a ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Federal. A ação questiona dispositivos que permitem o adiamento indefinido, a perda do valor real do crédito e a ausência de previsibilidade”, confirmou Felipe Sarmento, vice-presidente do Conselho Federal da OAB, que participou da mesa de abertura do seminário, ao lado do ministro da Fazenda.

    “O pagamento de precatórios não é uma planilha contábil. É respeito à autoridade do Judiciário e à dignidade do cidadão que esperou, confiou e venceu. A emenda constitucional, promulgada em setembro, alterou profundamente esse cenário. Ela fixou um teto anual de pagamento de 1 a 5% da receita corrente líquida, antecipou a data corte para 1º de fevereiro, reduziu os juros para 2% ao ano e limitou a correção à taxa de serviço. Também retirou o horizonte temporal de quitação e ao autorizou acordos diretos sem limites de exato. Essas mudanças somadas transformaram as sessões em regra e abriram um caminho para uma moratória permanente”, disse Sarmento.

    Equilíbrio fiscal

    Durante o evento, Haddad defendeu o equilíbrio fiscal, dizendo que precisa ser feito de forma sustentável e respeitando as decisões judiciais.

    “Resolver o problema fiscal desse jeito qualquer um resolve. Tem que resolver o problema fiscal de maneira sustentável, e é o que nós estamos procurando fazer”, afirmou.

    Ele também reclamou da atuação antiética de alguns advogados, dizendo estar recebendo denúncias de litigância de má-fé de profissionais que buscam dar acesso a programas e benefícios sociais a clientes que não teriam direito. “Precisamos zelar pela coisa pública pelos dois lado, não adianta só culpar o Estado”.

    Haddad diz que prefere ter pecha de gastador do que de "caloteiro"

  • Gleisi critica família Bolsonaro após Flávio sugerir intervenção armada dos EUA no Brasil

    Gleisi critica família Bolsonaro após Flávio sugerir intervenção armada dos EUA no Brasil

    Senador sugeriu o sugeriu que EUA desse ‘ajuda’ contra o tráfico de drogas na Baía de Guanabara; filho de Bolsonaro comentava ataque americano a embarcação no Pacífico

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, voltou a criticar a família Bolsonaro, após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) sugerir uma intervenção armada dos Estados Unidos para combater o narcotráfico no Brasil.

    Flávio havia comentado via X (antigo Twitter) a publicação do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, sobre o ataque americano a uma embarcação no oceano Pacífico, que estaria mirando o tráfico de drogas.

    “Eu ouvi que há barcos assim aqui no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, enchendo o Brasil com drogas. Você não gostaria de passar uns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?”, escreveu ele, em inglês.

    Em reação, Gleisi afirmou que a vocação da família Bolsonaro para trair o Brasil não tem limites.

    “Primeiro, Eduardo Bolsonaro pediu o tarifaço e as sanções da Magnitsky para atacar o Brasil. Agora é Flávio Bolsonaro que pede a intervenção armada dos EUA em nosso território. Não tem limites a vocação dessa família para trair o Brasil. Felizmente temos o presidente @LulaOficial no comando, para defender nossa soberania contra qualquer tipo de intervencionismo”, escreveu ela.

    Gleisi critica família Bolsonaro após Flávio sugerir intervenção armada dos EUA no Brasil

  • AtlasIntel/Bloomberg: Lula lidera contra nomes da direita e venceria a eleição no 1º turno

    AtlasIntel/Bloomberg: Lula lidera contra nomes da direita e venceria a eleição no 1º turno

    O levantamento da AtlasIntel/Bloomberg ouviu 14.063 brasileiros entre os dias 15 e 19 de outubro através da metodologia de recrutamento digital aleatório (RDR). A margem de erro é de um ponto porcentual e o índice de confiabilidade é de 95%

    Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta sexta-feira, 24, aponta que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria a disputa pela Presidência ainda em primeiro turno nas eleições de 2026. Contra todos os oponentes da direita, o petista tem 51% das intenções de voto ou mais.

    Em cenário onde o principal adversário da direita é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula tem 51,3% das intenções de voto, seguido por Tarcísio, com 30,4%. Em seguida, aparecem o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), com 6%, o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 3%, e o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 2,5%. Brancos e nulos somam 5% e 1,9% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

    Em comparação com a última pesquisa, divulgada no mês passado, Lula abriu uma distância de 3,1 pontos porcentuais. Antes, ele tinha 48,2% enquanto Tarcísio aparecia com os mesmos 30,4%.

    Já em cenário onde a principal adversária de Lula é a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), Lula tem 51%, enquanto ela surge com 26,2%. Em seguida, pontuam Caiado (9,1%), Ratinho Júnior (5,1%) e Zema (4,6%). Não souberam ou não quiseram responder são 0,8% e outros 3,2% indicaram voto em branco ou nulo.

    Em sondagem sem Michelle e Tarcísio, Lula tem 51,3% e é seguido por Caiado (15,3%), Zema (10,6%) e Ratinho Júnior (10,4%). Nesta hipóteses, os brancos e nulos sobem para 9,4% e 3,4% dos entrevistados não quiseram ou não souberam responder.

    A AtlasIntel/Bloomberg também avaliou um cenário onde Lula não disputa e é substituído pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Nesta hipótese, Haddad tem 43,1% e é seguido por Tarcísio (30,1%), Caiado (7%), Ratinho Júnior (3,5%) e Zema (2,6%). Brancos e nulos somam 10,8% e 2,9% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.

    Segundo turno

    Em cenário de segundo turno contra Tarcísio, Lula tem 52% das intenções de voto, enquanto o governador de São Paulo aparece com 44%. Brancos, nulos e entrevistados que não quiseram ou não responder somam 5%.

    Contra Michelle Bolsonaro, Lula tem os mesmos 52%, contra 43% da ex-primeira-dama. Novamente são 5% os que votariam em branco, ou nulo e os que não souberam ou não quiseram responder.

    Em segundo turno contra Zema, o petista venceria com 52%, contra 35% do mandatário mineiro. Outros 14% não quiseram, ou não souberam responder, ou indicaram voto em branco/nulo.

    Contra Caiado, o governador de Goiás surge com 36% das intenções de voto, contra 52% do presidente. Os que indicaram voto em branco, ou nulo e os que não souberam ou não quiseram responder são 12%.

    No cenário contra Ratinho, os mesmos 12% dos entrevistados optaram pelo voto em branco/nulo, ou não quiseram, ou não souberam responder. Nesta hipótese, Lula tem 51% das intenções de voto, enquanto o governador do Paraná surge com 37%.

    Reedição de 2022

    A sondagem também simulou uma reedição do primeiro e do segundo turnos das eleições presidenciais de 2022. Se o primeiro turno ocorresse hoje, Lula teria 48,8% das intenções de voto, contra 41,3% do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível até 2030 após revezes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

    O ex-ministro da Fazenda Ciro Gomes (PSDB) teria 3,1% e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), aparece com 2,3%. Outro candidato do pleito foi escolhido por 1,4% dos entrevistados. Brancos e nulos somam 2,7% dos entrevistados e 0,4% não quiseram ou não souberam responder. O primeiro turno de 2022 terminou com Lula com 48,4% e Bolsonaro com 43,2% dos votos válidos. Tebet teve 4,2% e Ciro, 3%.

    Já se o segundo turno de 2022 fosse hoje, Lula teria 52%, ante 44% de Bolsonaro. São 4% os que preferem votar em branco/nulo e os que não souberam, ou não quiseram responder. O petista venceu o ex-capitão da reserva por 50,9% contra 49,1% dos votos válidos.

    O levantamento da AtlasIntel/Bloomberg ouviu 14.063 brasileiros entre os dias 15 e 19 de outubro através da metodologia de recrutamento digital aleatório (RDR). A margem de erro é de um ponto porcentual e o índice de confiabilidade é de 95%.

    AtlasIntel/Bloomberg: Lula lidera contra nomes da direita e venceria a eleição no 1º turno

  • Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

    Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

    A Receita Federal libera nesta sexta-feira (24) a consulta ao lote da malha fina de fevereiro, que inclui restituições residuais de anos anteriores. Mais de 248 mil contribuintes receberão R$ 603 milhões, com pagamento previsto para 31 de outubro, via conta bancária ou Pix

    Cerca de 249 mil contribuintes que caíram na malha fina e regularizaram as pendências com o Fisco podem saber se receberão restituição. Às 10h desta sexta-feira (24), a Receita Federal libera a consulta ao lote da malha fina de fevereiro. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.

    Ao todo, 248.894 contribuintes receberão R$ 602,96 milhões. Desse total, R$ 349,31 milhões irão para contribuintes com prioridade no reembolso.

    As restituições estão distribuídas da seguinte forma:

     

    • 158.775 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix;
    • 36.714 contribuintes de 60 a 79 anos;
    • 30.867 contribuintes sem prioridade;
    • 10.871 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
    • 5.040 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave;
    • 6.627 contribuintes acima de 80 anos.

    A consulta pode ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

    O pagamento será feito em 31 de outubro, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.

    Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

    Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessando o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

    Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

  • Lula diz que pode não sair acordo imediato de reunião com Trump na Malásia

    Lula diz que pode não sair acordo imediato de reunião com Trump na Malásia

    Lula afirmou que não espera fechar um acordo imediato com Donald Trump na reunião marcada para domingo (26), na Malásia. O presidente disse que o entendimento entre Brasil e Estados Unidos dependerá de negociações técnicas e políticas conduzidas por ministros e secretários de ambos os países

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (24) que não espera um acordo imediato com o presidente Donald Trump na reunião que farão no domingo (26), na Malásia.

    O presidente afirmou que o encontro, programado para o período da tarde de domingo em Kuala Lumpur, precisará de uma sequência de negociação técnica e política entre ministros do Brasil e secretários dos EUA.

    “Se eu não acreditasse que fosse possível fazer um acordo, eu não participaria da reunião. Se bem que o acordo certamente não será feito amanhã ou depois de amanhã, quando eu me reencontro com ele. O acordo será feito pelos negociadores”, disse Lula em entrevista antes de decolar de Jacarta, na Indonésia, para Kuala Lumpur, capital malaia.

    “Eu nunca participo de uma reunião na qual não acredito no sucesso. Eu só vou saber se ela é bem-sucedida ou não se eu participar. Então, eu vou participar da reunião na expectativa de que a gente tenha sucesso naquilo que o Brasil tem interesse.”

    Questionado pelo Estadão sobre o prazo que o Brasil considera razoável para um acerto, Lula afirmou que “quanto antes, melhor”.

    “Se eu pudesse te dar uma resposta, eu te daria. Eu queria que fosse ontem, mas se for amanhã já está bom. Quanto mais rápido, melhor”, respondeu.

    Lula foi questionado insistentemente sobre setores econômicos em pauta, como minerais críticos — entre eles as terras raras —, mas não respondeu sobre que proposta fará aos EUA.

    O petista afirmou que a reunião está sendo aguardada há algum tempo e que o Brasil sempre esteve disponível para conversar. Os negociadores do lado brasileiro são os ministros.

    Lula disse que houve um “certo truncamento” nas negociações, mas que, depois do telefonema entre eles, as coisas caminharam. O petista disse querer reconstituir uma relação civilizada com os EUA.

    “Tenho todo interesse em ter essa reunião, toda a disposição de defender os interesses do Brasil e mostrar que houve equívocos nas taxações ao Brasil. Quero discutir também as punições dadas a ministros brasileiros da Suprema Corte, que não têm nenhuma explicação.”

    Lula disse que fará uma reunião “sem frescura” com Trump, com objetividade e sinceridade. Ele citou como exemplos o preço da carne em alta nos EUA e a inflação sobre o café no mercado interno americano. O Brasil tem expectativa, nos bastidores, de que esses produtos sejam retirados do tarifaço.

     

     

    Lula diz que pode não sair acordo imediato de reunião com Trump na Malásia