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  • Fux vota para anular processo contra Bolsonaro por incompetência do STF

    Fux vota para anular processo contra Bolsonaro por incompetência do STF

    Para Fux, a manutenção do caso no STF ofende o principio do juiz natural e da segurança jurídica; ministro votou favorável e condenou réus de outros núcleos do caso

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou para anular o processo da trama golpista de 2022 por incompetência da corte para analisar e julgar o caso. Pelo entendimento do magistrado, nem Jair Bolsonaro (PL) nem os demais sete réus do caso têm foro por prerrogativa de função.

    Fux abriu a primeira divergência nesta quarta-feira (10) em relação ao relator Alexandre de Moraes e ao voto de Flávio Dino, dados na terça (9).

    “Os fatos ocorreram entre 2020 e 2023. Naquele período a jurisprudência era pacífica, consolidada, inteligível que uma vez cessado o cargo a prerrogativa de foro deixaria de existir. Nesse caso, os réus perderam seus cargos muito antes”, disse.

    A posição do ministro será avaliada pelos integrantes da Primeira Turma que ainda votarão. Até aqui, Moraes e Dino defenderam a confirmação da competência do colegiado. Cármen Lúcia e Cristiano Zanin ainda vão se manifestar.

    Para Fux, a manutenção do caso no STF ofende o principio do juiz natural e da segurança jurídica.

    “Nós estamos diante de uma incompetência absoluta, que é impassível de ser desprezada como vício intrínseco ao processo”, afirma.

    Desde a sessão que tornou Bolsonaro réu, o ministro manifestou desconforto com a delação de Mauro Cid e algumas questões jurídicas. Desde então, ele acompanhou todos os atos processuais.

    O envolvimento direto de Fux no processo da trama golpista foi considerado incomum por assessores de ministros, advogados do caso e de fora dele ouvidos pela Folha. O ministro participou de todas as etapas, e a conduta foi vista como uma tentativa de agir de forma independente. Além de Moraes e Fux, compõem a Primeira Turma Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

    No sessão que ouviu os votos de Moraes e Dino, Fux havia adiantado que iria divergir em questões preliminares.

    Antes ainda de começar a se votar, nos primeiros minutos de sua fala, ele disse também que juízes devem ter “firmeza para condenar quando se tem certeza e humildade para absolver quando houver dúvida”.

    Segundo ele, essas são “considerações jurisfilosóficas” que embasam o voto que ele dará.

    Fux vota para anular processo contra Bolsonaro por incompetência do STF

  • Congressistas que criticam Moraes aprovam 21 prisões sem detalhar motivos na CPI do INSS

    Congressistas que criticam Moraes aprovam 21 prisões sem detalhar motivos na CPI do INSS

    O presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que já criticou a falta de individualização no caso dos presos nos atos golpistas, defendeu as prisões na investigação contra o INSS sem detalhar motivos

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Críticos das “ordens de prisão genéricas” decretadas pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, congressistas de oposição ao governo aprovaram na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS um requerimento que pede a prisão preventiva de 21 pessoas citadas no inquérito da Polícia Federal sobre o escândalo dos descontos indevidos em aposentadorias e pensões.

    O requerimento não individualiza as condutas dos citados. A lista aprovada pela CPI de forma unânime na segunda-feira (1º) contém apenas os nomes e CPF dos acusados, sem dizer por qual motivo deveriam ser presos antes da condenação ou qual crime teriam cometido.

    Numa justificativa de oito linhas, o colegiado afirma que o pedido de prisão preventiva tem como base o inquérito policial. A PF (Polícia Federal), contudo, não solicitou esse tipo de medida cautelar e ainda não concluiu a investigação.

    “Verificou-se que, mesmo diante da presença de veementes indícios de materialidade e de autoria de infrações penais que vitimaram milhões de aposentados e pensionistas, até o momento nenhum investigado se encontra submetido a prisão cautelar”, diz o documento da CPI já protocolado no Supremo.

    A decisão sobre a prisão agora cabe ao ministro André Mendonça, que relata a ação sobre os descontos indevidos no Supremo Tribunal Federal.

    O requerimento não estava na pauta da reunião e foi apresentado após três horas de sessão pelo relator da CPI, o deputado Alfredo Gaspar (União Brasil-AL).

    O texto requer a prisão preventiva de 21 pessoas, incluindo o ex-presidente do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) Alessandro Stefanutto -demitido do cargo após as operações- e os empresários Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e Maurício Camisotti.

    O ex-diretor de benefícios do INSS Vanderlei Barbosa, o ex-procurador-geral da autarquia Virgílio Antônio Ribeiro e os coordenadores de suporte ao atendimento ao cliente, Geovani Batista, e pagamentos, Jucimar Fonseca, também são alvo do pedido. A Justiça afastou todos eles dos cargos em abril.
    Procurado pela reportagem, Gaspar diz que as condutas de cada um dos citados foram individualizadas no requerimento encaminhado ao Supremo –que é sigiloso– e que ele foi orientado a não dar detalhes sobre o inquérito na CPI.

    “O pedido de prisão foi feito com base nas mais de 3.000 páginas do inquérito policial”, afirmou o deputado à Folha. “O próprio delegado aponta os requisitos para uma prisão preventiva. O que discordamos é que não houve o pedido de prisão cautelar”.

    Embora tenha sido aprovado de forma unânime, o requerimento gerou protestos por não incluir o nome do ex-presidente do INSS durante o governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira, que teve ascensão meteórica dentro da autarquia e depois se converteu em ministro da Previdência.

    Outros nomes da direita críticos ao ministro Alexandre de Moraes também votaram a favor do requerimento. Um deles foi o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), que criticou a falta de individualização de conduta nas prisões dos envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro.

    “Todas as citações que vi eram praticamente idênticas, um copia e cola de argumentos e narrativas sem provas da participação individual da pessoa citada. A individualização da conduta, característica básica do processo penal, inexiste por completo”, escreveu em artigo no jornal Gazeta do Povo, em fevereiro de 2023, após visitar os presos do 8 de janeiro no Presídio da Papuda.
    Na CPI, no entanto, van Hattem saudou o requerimento e afirmou: “nós sabemos que, na maior parte, não são suspeitos tão somente, mas muito mais do que isso, são ladrões do dinheiro de pessoas vulneráveis”.

    À Folha, van Hattem citou o depoimento do advogado Eli Cohen à CPI e afirmou que as fundamentações foram feitas pela PF. “Depois de tudo que já veio na Operação Sem Desconto, você acha precipitado prender o Careca do INSS?”, perguntou.

    O próprio presidente da CPI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), também já criticou a falta de individualização no caso dos presos nos atos golpistas. “As condenações às pessoas envolvidas no 8 de janeiro estão totalmente contrárias ao que o judiciário brasileiro sempre pregou!”, escreveu numa rede social, em março. “Não há proporcionalidade e individualização da conduta”.

    Procurado, o senador respondeu que as prisões pedidas pela CPI são “das mesmas pessoas que constam no inquérito da Polícia Federal, onde estão devidamente embasadas, uma a uma”.

    Autor do pedido e relator da CPI, o deputado Alfredo Gaspar também relatou o projeto aprovado na Câmara que suspendeu parte do processo contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) no STF.

    Em sua versão inicial, depois derrubada pelo Supremo, a proposta paralisava completamente a ação penal, ajudando também Bolsonaro e outros réus da trama golpista.

    No último dia 4 de agosto, quando Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro, o deputado criticou a decisão, usando como argumento o fato de que o ex-presidente ainda não havia sido condenado.

    “Ditadura. Alexandre de Moraes ultrapassou todos os limites da Constituição. Acaba de prender Jair Bolsonaro. Bolsonaro não cometeu crime nenhum, não está condenado em absolutamente nada”, afirmou em vídeo publicado em sua conta no Instagram.

    Gaspar disse à reportagem que não há contradição nos seus posicionamentos, que os investigados pela CPI roubaram bilhões e apresentam risco de fuga. “Sempre fui a favor [da prisão preventiva] nos crimes que exigem essa cautela inicial”, afirmou. “O que li, o que vi, estudei dos autos, no caso Ramagem, eu não reconheço os crimes que estão sendo imputados a ele [Bolsonaro]”.

    Congressistas que criticam Moraes aprovam 21 prisões sem detalhar motivos na CPI do INSS

  • STF continua a análise da tentativa de golpe; Fux vota nesta quarta

    STF continua a análise da tentativa de golpe; Fux vota nesta quarta

    Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino votaram, nesta terça-feira, 9, pela condenação de todos

    Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) continuam a analisar nesta quarta-feira, 10, a ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os ministros Alexandre de Moraes, relator do caso, e Flávio Dino votaram, nesta terça-feira, 9, pela condenação de todos.

    Neste quarto dia de análise do caso, o único ministro a votar deverá ser Luiz Fux. Ao longo da semana, ainda vão se manifestar Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, presidente da Turma.

    Ao todo, estavam reservadas oito sessões, mas na tarde da última sexta-feira, 5, Moraes pediu sessões extras a Zanin, que atendeu à solicitação. Nesta quinta-feira, 11, também haverá sessões pela manhã e pela tarde. O resultado do julgamento deve ser proclamado na sexta-feira, dia 12.

    Bolsonaro e os outros réus são acusados por organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União. A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação do ex-presidente por todos os crimes listados que, somados, podem ultrapassar 40 anos de prisão. A dosimetria da pena ainda será definida pelos ministros, em caso de condenação.

    STF continua a análise da tentativa de golpe; Fux vota nesta quarta

  • Entenda em 5 pontos os votos de Moraes e Dino no julgamento da trama golpista

    Entenda em 5 pontos os votos de Moraes e Dino no julgamento da trama golpista

    Alexandre de Moraes e Flávio Dino, já deram seus votos e defenderam a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus da ação penal

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O julgamento do núcleo central da trama golpista foi retomado nesta terça-feira (9) na Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal), com a leitura dos votos de Alexandre de Moraes, relator do caso, e de Flávio Dino. Ambos os ministros defenderam a condenação de Jair Bolsonaro (PL) e dos outros sete réus da ação penal.

    Ao longo de quase cinco horas, Moraes sustentou que o ex-presidente exerceu papel de liderança em uma organização criminosa que atuou de 2021 até os ataques de 8 de janeiro de 2023. Dino, em seguida, reforçou o entendimento, embora tenha feito ressalvas a alguns dos acusados.

    O julgamento será retomado nesta quarta-feira (10), às 9h, com previsão dos votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

    DELAÇÃO DE CID

    Moraes iniciou seu voto analisando as questões preliminares levantadas pelas defesas, rejeitando pedidos de nulidade da delação premiada de Mauro Cid e rebatendo críticas à sua condução como relator.

    O ministro disse que “beira a litigância de má-fé” que as defesas digam que os oito primeiros depoimentos de Cid sejam totalmente contraditórios ou “oito diferentes delações”. Afirmou que foi uma estratégia da Polícia Federal fazer a divisão das audiências em temas, com fatos diversos.

    LISTA COM 13 ANOS

    Na sequência, o ministro apresentou uma lista de 13 atos que classificou como executórios da tentativa de golpe, sustentando que não se tratavam de meros preparativos, mas de etapas concretas de uma ação em curso. Entre eles, citou o uso da máquina pública para monitorar adversários, a live de 2021 em que Bolsonaro questionou sem provas as urnas, o discurso a embaixadores em 2022 e o uso da Polícia Rodoviária Federal no segundo turno das eleições.

    O relator destacou ainda o plano “Punhal Verde Amarelo”, que previa o assassinato de Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin e do próprio Moraes. Segundo o ministro, a presença de Bolsonaro em reuniões em que documentos foram impressos e discutidos, além de áudios de militares envolvidos, são provas do envolvimento do ex-presidente.

    “Não há nenhuma dúvida de que houve tentativa de abolição ao Estado democrático de Direito, tentativa de golpe e atuação de uma organização criminosa”, afirmou Moraes ao defender a condenação dos oito réus. Para ele, Bolsonaro usou a estrutura do Estado para implementar um “projeto autoritário de poder”.

    CRÍTICAS ÀS DEFESAS E REAFIRMAÇÃO DE SUA CONDUTA

    Em seu voto, Moraes também respondeu diretamente a argumentos apresentados pelos advogados dos réus. Chamou de “esdrúxula” a contagem de perguntas feitas por ele durante interrogatórios e rejeitou pedidos de anulação por causa da acareação entre Mauro Cid e o general Braga Netto.

    Disse ainda que “a ideia de que o juiz deve ser uma samambaia jurídica durante o processo não tem nada a ver com o sistema acusatório”. Para o relator, sua atuação no processo seguiu todos os parâmetros legais e constitucionais.

    DINO ACOMPANHA MORAES

    O ministro Flávio Dino foi o segundo a votar. Ele acompanhou integralmente a posição de Moraes quanto à condenação de Bolsonaro e da maior parte dos réus, afirmando que “não há dúvidas” de que o ex-presidente e Braga Netto ocupavam posições de comando na organização criminosa.

    Logo no início de seu voto, o ministro destacou o precedente do caso Daniel Silveira para reforçar que crimes contra o Estado democrático de Direito não podem ser objeto de anistia ou indulto. “Jamais houve anistia em proveito de quem exercia o poder dominante”, afirmou.

    Ele também se posicionou contra a tese de absorção do crime de abolição violenta do Estado democrático pelo de golpe de Estado. Para Dino, são infrações distintas, cada uma com desvalor próprio.

    O ministro ressaltou ainda que o processo não serve para julgar as Forças Armadas como instituição, mas deve funcionar como alerta. “Não é normal que, a cada 20 anos, tenhamos episódios de ruptura constitucional. Creio que, para além do julgamento que nos cabe, não há dúvidas de que as considerações aqui devem se prestar a uma reflexão para que todas as instituições do Estado se mantenham isentas e apartidárias”, declarou.

    Ministro faz ressalvas

    Dino, porém, defendeu que os réus Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Alexandre Ramagem sejam condenados com reconhecimento de participação de menor importância, a ser considerada na dosimetria da pena. Segundo o ministro, há menos provas contra este grupo sobre a participação na trama nos meses finais do governo Bolsonaro.

    “Creio que uma técnica justa […] é considerarmos que há possibilidade de redução da pena abaixo do mínimo legal”, sugeriu.

    O resultado final do julgamento depende ainda dos votos de Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin. O processo seguirá até sexta-feira (12).

    Entenda em 5 pontos os votos de Moraes e Dino no julgamento da trama golpista

  • Lula diz que operação contra crime organizado 'finalmente alcançou o andar de cima, a Faria Lima'

    Lula diz que operação contra crime organizado 'finalmente alcançou o andar de cima, a Faria Lima'

    Lula afirmou ainda que organizações criminosas são “verdadeiras multinacionais embrenhadas em diversos setores da sociedade” e que “os mais vulneráveis são os que mais sofrem”

    CURITIBA, PR E MANAUS, AM (FOLHAPRESS) – Ao falar sobre o crime organizado nesta terça-feira (9), em Manaus (AM), o presidente Lula disse que a investigação “finalmente alcançou o andar de cima, a Faria Lima”, em referência à megaoperação do final de agosto que desvendou a infiltração do crime organizado em setores da economia.

    “Para combater o crime de forma efetiva, é preciso neutralizar suas lideranças e asfixiar seus mecanismos de financiamento. Há poucos dias, realizamos no Brasil a maior operação da história contra o crime organizado que finalmente alcançou o andar de cima do crime organizado, a Faria Lima, a famosa linha bancária do Brasil”, disse Lula.

    Ao todo, três operações que miraram a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) ocorreram ao mesmo tempo no dia 28 de agosto. A mais importante delas é a Carbono Oculto, uma parceria entre o Gaeco, do Ministério Público de São Paulo, e a Receita Federal, vinculada ao governo federal. As outras duas, Quasar e Tank, foram feitas pela Polícia Federal.

    “Não podemos permitir que os moradores das periferias, os povos indígenas e as comunidades ribeirinhas tenham suas vidas marcadas pela violência enquanto os mais endinheirados ficam impunes. Os mais vulneráveis são os que mais sofrem com a criminalidade”, continuou o presidente.

    No dia das operações, Lula também turbinou a divulgação das ações contra o crime organizado depois de saber que o secretário de Segurança Pública da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) participaria do anúncio à imprensa sobre a Carbono Oculto.

    O episódio foi mais um capítulo da disputa da Polícia Federal com o Ministério Público de São Paulo e deu uma amostra de uma possível disputa eleitoral de Lula contra Tarcísio.

    Nesta terça Lula afirmou ainda que organizações criminosas são “verdadeiras multinacionais embrenhadas em diversos setores da sociedade” e que “os mais vulneráveis são os que mais sofrem”.

    O presidente citou a operação durante discurso na cerimônia de inauguração do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia.

    Segundo o governo federal, a unidade, chamada CCPI Amazônia, com sede em Manaus, quer promover a colaboração entre os nove países amazônicos e os nove estados brasileiros que compõem a Amazônia Legal no enfrentamento de crimes ambientais, tráfico de entorpecentes, armas e pessoas.

    No início da noite, em mais uma agenda de Lula em Manaus, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, também citou a Faria Lima. “Nunca chegava no andar de cima, nunca chegava nas fintechs, nas organizações financeiras, e [a operação agora] mostrou a conexão do crime com a Faria Lima, com os poderosos”, disse ele.

    “Eles [crime organizado] não vão tomar conta da Amazônia porque agora tem governo e tem coragem para enfrentar o crime nesta sociedade”, continuou Mercadante.

    O evento da CCPI Amazônia contou com a presença do presidente da Colômbia, Gustavo Petro, e também da vice-presidente do Equador, María José Pinto.

    “É a primeira vez na história da Amazônia que tantos atores se reúnem no mesmo espaço físico em torno de um objetivo comum. Não precisamos de intervenções estrangeiras nem de ameaças à nossa soberania. Somos perfeitamente capazes de sermos protagonistas das nossas próprias soluções”, disse Lula.

    “Não existem espaços vazios. O crime ocupa os lugares que o Estado não preenche. Nossa missão é restituir a força da lei pela presença do estado. É isso que simboliza este centro”, continuou.

    O CCPI Amazônia funcionará como espaço de articulação entre a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, a Força Nacional e as forças de segurança dos nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), além de autoridades policiais de países da Panamazônia e de organismos internacionais.

    Segundo o governo federal, o CCPI tem investimento de R$ 36,7 milhões do Fundo Amazônia, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e gerido pelo BNDES.

    Lula diz que operação contra crime organizado 'finalmente alcançou o andar de cima, a Faria Lima'

  • Empresários criticam radicalização de Tarcísio e dizem que ele 'pode perder apoio'

    Empresários criticam radicalização de Tarcísio e dizem que ele 'pode perder apoio'

    “Errou muito na dose e pode perder apoio”, disseram empresário após o governador de São Paulo atacar a Justiça brasileira

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A recente radicalização de Tarcísio de Freitas (Republicanos) nos gestos de embate contra o STF (Supremo Tribunal Federal) e seu apoio incondicional a Jair Bolsonaro não foi bem recebida pelo empresariado -uma fatia da sociedade que demonstra simpatia ao nome do governador de São Paulo como candidato à Presidência em 2026.

    O alerta começou no fim do mês passado, quando Tarcísio anunciou a promessa de conceder um indulto a Bolsonaro caso seja eleito presidente no ano que vem. Mas o desconforto cresceu no empresariado durante o fim de semana, após o discurso em que o governador fez um duro ataque ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que miram os bolsonaristas.

    Nas conversas reservadas, o nome do governador costumava ser o primeiro citado por representantes do setor privado como uma alternativa à dobradinha entre o petismo e o bolsonarismo. Sua postura extremada, porém, levantou ressalvas. O tema eleitoral é sempre tratado com discrição por CEOs e empresários, que evitam demonstrar preferências publicamente, mas a rejeição ao cenário polarizado que o Brasil enfrenta há anos é mais consensual.

    Para o empresário Antônio Carlos Pipponzi, que é hoje membro do conselho de administração do grupo RD Saúde, o radicalismo desanima.

    “Até aqui era notório que Tarcísio era o candidato preferido do empresariado, seja pela sua visão sobre a economia, seja pelo seu equilíbrio com relação ao extremismo que ainda toma conta das discussões políticas no país. Suas falas radicais arrefecem muito o entusiasmo da linha mais equilibrada da ala empresarial, que coloca a manutenção do Estado de Direito com respeito à Constituição acima do direcionamento econômico. Ao mesmo tempo, as novas lideranças que estão se apresentando como pré-candidatos vão começar a ganhar tração, e poderemos ter surpresas na disputa final”, diz Pipponzi.

    Em discurso na manifestação do 7 de Setembro, neste domingo, na avenida Paulista, em São Paulo, Tarcísio chamou Moraes de tirano e afirmou que o STF está julgando “um crime que não existiu”, em referência ao julgamento da trama golpista.

    O empresário Fábio Barbosa, que foi presidente de Santander e da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) e permanece em conselhos de várias companhias, afirma que compreende a lógica de Tarcísio ao buscar apoio e votos na direita bolsonarista. “Mas acho que errou muito, e desnecessariamente, na dose. E com isso pode perder o apoio do centro e moderados de direita. Preocupa, pois era, ou é, visto como um bom nome da direita”, afirma Barbosa.

    Nas últimas semanas, o governador vinha fazendo movimentos de aproximação ao empresariado, participando de eventos de bancos, associações setoriais e fóruns do agronegócio.

    O banqueiro Ricardo Lacerda, fundador da BR Partners, alerta que o eleitorado pode rejeitar os discursos extremados.

    “Estamos em uma fase do processo eleitoral na qual os candidatos falam para suas bases. Daí o discurso de pobres contra ricos do presidente Lula e a recente radicalização pró-Bolsonaro do governador Tarcísio. Mas eu acho que no decorrer do processo ambos buscarão mais o centro. Teremos uma disputa que será decidida por 2% ou 3% de eleitores de centro, então é preciso cuidado para não explodir pontes com esse grupo”, diz Lacerda.

    João Camargo, fundador do grupo de empresários Esfera, também faz ressalva à polarização. “A eleição ainda está a 13 meses de distância, e até lá muita coisa pode mudar. O processo democrático prevê que as convenções partidárias escolham os melhores representantes, tanto no campo progressista quanto no liberal. O essencial, acima de nomes ou polarizações, é que o Brasil tenha um verdadeiro plano de Estado, sólido, de longo prazo e capaz de guiar o país com estabilidade e visão”, diz Camargo.

    Para Lawrence Pih, que foi um dos primeiros empresários a apoiar o PT nos anos 1980 e também um dos primeiros a criticar o governo Dilma Rousseff publicamente, Tarcísio se mostra como um “ente político de criação de Bolsonaro, que não existe como político pensante próprio”, e a imagem do governador como um “Bolsonaro light” é uma ficção.

    “Ele diz que não confia na Justiça e, se eleito presidente, irá indultar o golpista Bolsonaro como primeiro ato de governo. Tarcísio não mede esforço para viabilizar o projeto da anistia ampla para livrar Bolsonaro do golpe de estado que arquitetou, mesmo afrontando as mais sagradas instituições do país. Na realidade Tarcísio está convicto de que Bolsonaro continuará inelegível e prepara terreno para seguir os passos do mentor”, afirma Pih.

    Nas listas de possíveis nomes citados por empresários para as eleições de 2026, também aparecem os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

    Empresários criticam radicalização de Tarcísio e dizem que ele 'pode perder apoio'

  • 3° dia de julgamento da trama golpista tem referência a máfia, ao Mickey e a noite de 7/9 no STF

    3° dia de julgamento da trama golpista tem referência a máfia, ao Mickey e a noite de 7/9 no STF

    Moraes fez comparações da conduta de Bolsonaro com a máfia, e Dino fez referências ao personagem Mickey ao abordar as sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos integrantes da corte

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O terceiro dia do julgamento da trama golpista pelo STF (Supremo Tribunal Federal), nesta terça-feira (9), foi repleto de ironia e de analogias feitas por Alexandre de Moraes e Flávio Dino. Em algumas vezes, os votos foram interrompidos por brincadeiras entre os dois ministros.

    Eles fizeram uso de comparações e diferentes referências ao longo das manifestações dadas para condenar Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus do núcleo central do caso. As manifestações foram consideradas duras e não houve voto pela absolvição de qualquer um dos envolvidos.

    Na fundamentação das posições, Moraes fez comparações da conduta de Bolsonaro com a máfia, e Dino fez referências ao personagem Mickey ao abordar as sanções do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos integrantes da corte.

    O relator do caso comparou o ex-presidente a um chefão da máfia por ter saído do país quando seus apoiadores atacaram as sedes dos Poderes em 8 de janeiro de 2023. De acordo com o ministro, isso não afasta Bolsonaro da liderança do movimento.

    “Qual é o melhor disfarce para um líder de organização criminosa para efetivar o golpe, que não conseguiu durante esse período todo, do que viajar para o exterior? ‘Eu não estava lá’”, disse Moraes. “Obviamente, quando o soldado da máfia comete um crime a mando do capo da máfia, ele não está lá, o chefe da organização criminosa. Mas responde porque ele determinou”, disse.

    Ao ler as anotações de Alexandre Ramagem, ex-diretor de Abin (Agência Brasileira de Inteligência) sob Bolsonaro, com ataques às urnas eletrônicas e enviadas ao ex-presidente, a comparação foi com o crime organizado brasileiro: “Isso não é uma mensagem de um delinquente do PCC para outro, é uma mensagem do diretor da Abin para o então presidente da República”.

    Moraes optou por apresentar seu voto de forma cronológica, para reforçar a existência de uma organização criminosa que atuou pela manutenção de Bolsonaro no poder, e chegou a citar réus de núcleos da trama golpista cujos julgamentos ainda não foram realizados.

    Num momento, disse não ser crível que o general Mario Fernandes teria feito “barquinho de papel” com a impressão do plano Punhal Verde e Amarelo, que previa assassinatos de autoridades.

    Segundo as investigações, Fernandes imprimiu o planejamento dos assassinatos em 9 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto. Cerca de 40 minutos depois ele teria ido até o Palácio do Alvorada, residência oficial da Presidência então ocupada por Bolsonaro.

    “Não é crível, não é razoável que Mario Fernandes imprimiu e se dirigiu ao Palácio da Alvorada, onde lá estava o presidente, ficou 1h06 e fez barquinho de papel com a impressão. Isso é ridicularizar a inteligência do tribunal”, disse.

    Moraes também tratou de forma jocosa as menções a ele e a outros ministros feitas por Jair Bolsonaro na reunião ministerial de 2022.

    Ao ler citação feita por Bolsonaro sobre os ministros na ocasião -“Este cidadão que está aqui é um marxista, advogado do MST”-, Moraes faz a ressalva: “Não sou eu, ministro Flávio [Dino], a referência aqui é ao ministro [Edson] Fachin”.

    Ele continua a reproduzir as falas de Bolsonaro: “O Alexandre de Moraes vocês sabem qual é a vida pregressa dele”, lê Moraes, fazendo um gesto de dúvida.

    O ministro diz também que “indagado no interrogatório judicial, na 42ª pergunta que esse magistrado fez após os advogados terem feito 14 perguntas, se desculpou, disse que era o jeito dele, que não tinha nenhuma prova”. A menção ao número de perguntas também é uma piada sobre a defesa do general Augusto Heleno, que o chamou de “juiz inquisidor”.

    Já Flávio Dino, ao votar, reforçou que a intenção dos envolvidos na tentativa de golpe após a derrota eleitoral de Bolsonaro não era pacifista.

    Como exemplo, ele usou o nome do plano que envolvia a morte de autoridades. “O nome do plano não era Bíblia Verde e Amarela, era Punhal Verde e Amarelo”, disse.

    O ministro também relembrou a manifestação de 7 de setembro de 2021, em que Bolsonaro ameaçou o STF, e perguntou a Luiz Fux se ele havia de fato dormido no tribunal, como comentado.

    “Ministro Fux, apesar da nossa ótima relação pessoal, eu nunca perguntei se procede a narrativa segundo a qual vossa excelência dormiu naquela noite na presidência”, perguntou Dino.

    “Eu compareci ao tribunal porque tinha 150 mil pessoas na Praça dos Três Poderes e não aconteceu absolutamente nada”, respondeu Fux, presidente da corte à época. “Com a graça de Deus”, emendou Dino.

    O julgamento teve seu momento de maior tensão quando Luiz Fux se queixou de uma manifestação de Dino durante o voto de Moraes.

    “Conforme nós conversamos naquela sala aqui do lado, os ministros votariam direto sem intervenção de outros colegas, muito embora foi própria essa intervenção do ministro Flávio Dino. Mas eu gostaria de cumprir aquilo que nós combinamos no momento em que eu votar”, disse Fux.

    Dino comentava o fato de as decisões monocráticas nos tribunais passarem por referendo do plenário. O presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, afirmou que, no caso, Moraes havia concedido o aparte a Dino. Fux respondeu: “mas eu não vou conceder”.

    Por fim, Dino rebateu: “Eu o tranquilizo, ministro Fux, porque não pedirei de vossa excelência, pode dormir em paz”.

    Em resposta aos ataques de Trump ao Brasil e aos ministros, Dino também soltou: “Eu me espanto com alguém imaginar que alguém chega ao Supremo e vá se intimidar com tuíte. Será que as pessoas acreditam que um tuíte de uma autoridade, de um governo estrangeiro, vai mudar o julgamento do Supremo? Será que alguém imagina que um cartão de crédito ou o Mickey vai mudar o julgamento?”.

    3° dia de julgamento da trama golpista tem referência a máfia, ao Mickey e a noite de 7/9 no STF

  • Brasil abre mercado para produto agropecuário na Argentina e no Paraguai

    Brasil abre mercado para produto agropecuário na Argentina e no Paraguai

    Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 1,5 bilhão em produtos agropecuários para a Argentina, com destaque para produtos agroflorestais, cacau e café

    O governo brasileiro e o governo da Argentina concluíram negociação sanitária para que o Brasil exporte ovos em pó para alimentação animal, matérias-primas de suínos e miúdos suínos “in natura” para aquele país. As informações estão em comunicado do Ministério da Agricultura e Pecuária.

    Segundo o ministério, as novas aberturas de mercado fortalecem a integração comercial entre Brasil e Argentina, principais parceiros no âmbito do Mercosul.

    Com mais de 45 milhões de habitantes, a Argentina tem um mercado de produtos “pet” em expansão, com demanda crescente por produtos voltados para a indústria de nutrição animal. No caso da cadeia suinícola, o setor produtivo nacional terá novas oportunidades de negócio para cortes menos consumidos no mercado doméstico.

    Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 1,5 bilhão em produtos agropecuários para a Argentina, com destaque para produtos agroflorestais, cacau e café.

    O resultado é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

    Paraguai

    O governo brasileiro e o governo do Paraguai também concluíram negociação fitossanitária para que o Brasil exporte chia em grãos para aquele país.

    Essa abertura de mercado representa uma oportunidade de negócios para pequenos e médios produtores rurais que se dedicam à produção de chia como fonte de renda, principalmente nos Estados do Centro-Oeste, no oeste paranaense e noroeste do Rio Grande do Sul.

    Em 2024, o Brasil exportou cerca de US$ 963 milhões em produtos agropecuários para o Paraguai.

    Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança 426 aberturas de mercado desde o início de 2023. O resultado é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária e o MRE.

    Brasil abre mercado para produto agropecuário na Argentina e no Paraguai

  • Preço do etanol sobe em 13 Estados, cai em 9 e fica estável em 4 e no DF na semana, diz ANP

    Preço do etanol sobe em 13 Estados, cai em 9 e fica estável em 4 e no DF na semana, diz ANP

    O preço médio do etanol subiu 0,96% na comparação com a semana anterior, de R$ 4,15 para R$ 4,19 o litro, nos postos pesquisados

    Os preços médios do etanol hidratado subiram em 13 Estados, caíram em 9 e ficaram estáveis em 4 e no Distrito Federal, na semana de 31 de agosto a 6 de setembro. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas. Nos postos pesquisados pela Agência em todo o País, o preço médio do etanol subiu 0,96% na comparação com a semana anterior, de R$ 4,15 para R$ 4,19 o litro.

    Em São Paulo, principal Estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, o preço subiu 1,01% na comparação semanal, de R$ 3,98 para R$ 4,02 o litro. A maior queda porcentual na semana, de 11,02%, foi registrada no Acre. A maior alta no período, em Goiás, foi de 2,79%.

    O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,19 o litro, em São Paulo. O maior preço, de R$ 6,49, foi observado em Pernambuco. Já o menor preço médio estadual, de R$ 3,85, foi registrado em Mato Grosso do Sul, enquanto o maior preço médio foi verificado no Amazonas, de R$ 5,49 o litro.

    Preço do etanol sobe em 13 Estados, cai em 9 e fica estável em 4 e no DF na semana, diz ANP

  • Moraes rebate acusação de que seria relator de crime contra si mesmo

    Moraes rebate acusação de que seria relator de crime contra si mesmo

    A relatoria do ministro foi questionada por várias das defesas dos réus sob o argumento de que ele não seria imparcial para julgar um caso em que seria potencial vítima

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes rebateu acusações de que seria suspeito para julgar caso da trama golpista de 2022 por ter sido um dos alvos de ações para matar autoridades identificadas no Punhal Verde e Amarelo. Segundo ele, não há processo por tentativa de homicídio. A relatoria do ministro foi questionada por várias das defesas dos réus sob o argumento de que ele não seria imparcial para julgar um caso em que seria potencial vítima.

    “É mais um ato executório dos crimes imputados pela PGR, ou seja, demonstrando que a organização criminosa, em unidade de desígnios, com divisão de tarefas, hierarquizado, com liderança de Jair Bolsonaro, pretendia impedir que o presidente eleito tomasse posse. A vítima é o Estado brasileiro”, disse.

    O ministro afirmou ainda que magistrados não se tornam suspeitos ou impedidos por ameaças, coações ou mesmo agressões no curso do processo.

    “Seria muito fácil escolherem os juízes. Ora, o Código de Processo Penal é claro: qualquer fato superveniente ligado ao processo que tentar obstruir a Justiça não é causa de suspeição e impedimento. Aqui não há nenhuma investigação de homicídio, mas sim de ações de monitoramento, isso é ato executório, ações de utilização de forças especiais para golpe de Estado, é ato executório em relação a golpe de Estado e isso está totalmente demonstrado.”

    Moraes também afirmou que está provado que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se reuniu com os chefes das Forças Armadas para discutir a viabilidade de um golpe de Estado após a derrota nas eleições presidenciais para Lula (PT).

    A afirmação de Moraes é uma resposta às reclamações das defesas de que a investigação da Polícia Federal não encontrou as minutas citadas pelo delator Mauro Cid.

    “Não há nenhuma dúvida da ocorrência de reuniões do réu Jair Messias Bolsonaro com comandantes das Forças Armadas, entre outras pessoas, para discutir a quebra da normalidade constitucional”, disse.

    Moraes rebate acusação de que seria relator de crime contra si mesmo