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  • Dia do pagamento: quando será o quinto dia útil de setembro de 2025?

    Dia do pagamento: quando será o quinto dia útil de setembro de 2025?

    O Conselho Monetário Nacional, órgão vinculado ao Banco Central (BC), determina que os sábados são incluídos na contagem de dias úteis; veja!

    O quinto dia útil de setembro de 2025 será na próxima sexta-feira, 5. Esta é a data limite para pagamento do salário do trabalhador, de acordo com o artigo 459 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Neste mês de setembro, os primeiros cincos dias úteis acontecem da seguinte forma:

    – Primeiro dia útil: segunda-feira, 1º de setembro

    – Segundo dia útil: terça-feira, 2 de setembro

    – Terceiro dia útil: quarta-feira, 3 de setembro

    – Quarto dia útil: quinta-feira, 4 de setembro

    – Quinto dia útil: sexta-feira, 5 de setembro

    O Conselho Monetário Nacional, órgão vinculado ao Banco Central (BC), determina que os sábados são incluídos na contagem de dias úteis, mas domingos e feriados não.

    E se o salário atrasar?

    Se o seu salário não for depositado até o quinto dia útil, o primeiro passo é procurar o setor de recursos humanos da sua empresa para entender o motivo do atraso.

    Caso o problema persista, você pode buscar apoio jurídico. O atraso no pagamento do salário é uma infração às normas da CLT, e pode gerar juros, multa e outras penalidades para o empregador.

    E os bancos?

    Para os bancos, a situação é um pouco diferente. Apesar de o sábado ser um dia útil para o pagamento de salários, este dia não é válido para o processamento de pagamentos e compensações bancárias, que só são efetivadas de segunda-feira a sexta-feira.

    Para tributos e impostos que vencem em dias sem compensação – sábado ou domingo -, o pagamento deve ser antecipado para evitar juros e multas. Isso acontece porque normalmente os tributos já vêm com datas ajustadas, principalmente ao calendário de feriados nacionais, estaduais e municipais.

    Caso não ocorra, a sugestão da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) é a de antecipar o pagamento ou, no caso dos títulos que têm código de barras, agendar o pagamento nos caixas eletrônicos, internet banking e pelo atendimento telefônico dos bancos.

    Dia do pagamento: quando será o quinto dia útil de setembro de 2025?

  • Julgamento de Bolsonaro marca história no STF com elementos inéditos; veja como será

    Julgamento de Bolsonaro marca história no STF com elementos inéditos; veja como será

    Primeira Turma do Supremo dá início à análise das acusações contra ex-presidente e outros sete réus nesta terça (2)

    BRASÍLIA, DF (FOLHARPESS) – O julgamento que pode levar, pela primeira vez, à condenação e prisão de um ex-presidente brasileiro por tentativa de golpe de Estado no STF (Supremo Tribunal Federal) será repleto de particularidades. Aspectos como o ineditismo dos crimes em discussão e o estilo e a velocidade impostos pelo relator Alexandre de Moraes na condução do processo fazem com que o caso marque a história da corte.

    Os componentes práticos, como o volume de materiais reunidos -os dados somam cerca de 80 terabytes -ou o esquema de segurança elaborado para as datas de sessões, também representam pontos fora da curva, mesmo na comparação com outros casos rumorosos.

    Na próxima terça-feira (2), a Primeira Turma da corte dá início à análise das acusações contra Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus. A expectativa é ter uma conclusão até o próximo dia 12.

    Dos cinco ministros do colegiado, apenas Luiz Fux tem se apresentado como um contraponto do relator. Ainda assim, nos bastidores do tribunal, é dada como baixa a possibilidade de que ele, ou outro magistrado, interrompa o julgamento com um pedido de vista.

    Caso isso ocorra, o prazo máximo de devolução do processo para continuidade é de 90 dias, o que permitiria a retomada ainda neste ano.

    A primeira parte do julgamento será dedicada à leitura do relatório de Moraes, com a apresentação do fatos, crimes apontados e um resumo do processo. A expectativa é que dure cerca de uma hora e meia.

    Na sequência, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, terá duas horas para defender a condenação, seguido do advogado de Mauro Cid, por ele ser o delator. Depois é a vez dos advogados dos demais réus, com uma hora disponível para cada.

    Dessa forma, apenas essa etapa deve tomar mais de dez horas do julgamento, ocupando as sessões previstas para a primeira semana.

    Após as falas dos advogados, Moraes apresenta seu voto sobre condenação ou absolvição dos réus, além de questões processuais, como a validação da delação de Mauro Cid. Isso deve ocorrer a partir de 9 de setembro e deve durar uma sessão inteira.

    Os demais ministros se posicionam, inicialmente, sobre as questões processuais. Somente numa segunda rodada é que votarão sobre o mérito das acusações.

    Para o recebimento da denúncia do núcleo central da denúncia da PGR, em março, o ministro falou por quase duas horas.

    Naquele momento, os magistrados precisavam se posicionar se a acusação tinha elementos suficientes para tornar o grupo réu e a abrir a ação penal.

    Agora, será a primeira vez que os ministros vão se manifestar formalmente sobre a culpabilidade dos envolvidos. A expectativa é que os votos sejam, portanto, mais longos.

    Segundo interlocutores de ministros e advogados, três questões estão ainda em aberto. A primeira gira em torno da manutenção dos termos da delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

    Mauro Cid prestou diversos depoimentos e as defesas especialmente de Jair Bolsonaro e Braga Netto focam no questionamento das declarações e da legalidade, em si, do instrumento.

    O tenente-coronel se tornou o primeiro militar delator da história do país, mas o vaivém das versões colocaram o acordo em risco. Cid deve ter a colaboração validada, considerando também o peso da colaboração para a investigação, mas pode perder benefícios acertados com a Polícia Federal.

    Além disso, a condenação de boa parte dos réus considerados centrais é dada como certa, mas é possível que haja absolvições. Além da ponderação entre as provas da acusação e os argumentos das defesas, há avaliações de que a absolvição de um algum dos envolvidos poderia ser interpretada como um sinal às Forças Armadas e a garantia de um julgamento equilibrado.

    O outro ponto em aberto é em torno dosimetria, ou seja, do tamanho das penas. Essa discussão serve como parâmetro para definição posterior de concessão de benefícios, como condicional, substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, e fixação de regime inicial mais brando (semiaberto ou aberto).

    Para os condenados, a brecha para revisões será baixa. Diferente de casos como o da Lava Jato, por exemplo, que começou a tramitação nas primeiras instâncias, com o julgamento feito diretamente no STF, são poucos os recursos possíveis.

    As defesas já falam em levar o caso para cortes internacionais, dada a possibilidade reduzida de recursos no Brasil.

    O cumprimento de pena só deve ocorrer após o trânsito em julgado -quando estão esgotados os recursos-, conforme jurisprudência do próprio Supremo. A corte tem aceitado duas tentativas das defesas antes de dar o caso por encerrado.

    Só aí, os réus seriam presos. Braga Netto está preso preventivamente desde 14 de dezembro de 2024. Em caso de condenação, esse tempo entra no cálculo do cumprimento de pena. O caso é diferente da prisão de Bolsonaro, que está em casa.

    Com o julgamento feito na Turma, haveria uma possibilidade extra, os chamados embargos infringentes. Esses cabem se dois dos cinco ministros ficarem vencidos -trata-se de um tipo de recurso para quando a decisão não é unânime e que pode levar o caso ao plenário.

    Essa perspectiva não está no horizonte. Apesar das divergências de Fux, Moraes tem tido apoio amplo de Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

    Julgamento de Bolsonaro marca história no STF com elementos inéditos; veja como será

  • Conselheiro de Trump: 'Se perdermos caso das tarifas, será o fim dos EUA'

    Conselheiro de Trump: 'Se perdermos caso das tarifas, será o fim dos EUA'

    Na sexta-feira, um tribunal federal de apelações decidiu por 7 a 4 que as tarifas de Trump eram ilegais; processo foi enviado para a Suprema Corte dos Unidos, que irá dar um parecer final sobre o caso

    O Conselheiro da Presidência dos Estados Unidos, Peter Navarro, defendeu a imposição de tarifas por Donald Trump e disse que elas “qualificam a regulação das importações”. Segundo ele, se o governo perder o caso de legalidade das tarifas na Suprema Corte “o presidente Trump estará certo e será o fim dos EUA”.

    Na sexta-feira, um tribunal federal de apelações decidiu por 7 a 4 que as tarifas de Trump eram ilegais, e que ele não tinha autoridade para impor a maior parte das taxas aplicadas sobre produtos estrangeiros de todo o mundo.

    Em entrevista à Fox News, Navarro lembrou que nem ele nem o Trump disseram que as tarifas eram permanentes. Caso a China, México e Canadá atuem para diminuir as mortes dos americanos causadas pelo uso do fentanil, poderá haver negociação para a retirada das tarifas.

    Conselheiro de Trump: 'Se perdermos caso das tarifas, será o fim dos EUA'

  • Julgamento de Bolsonaro no STF projeta embate sobre delação, penas e sobreposição de crimes

    Julgamento de Bolsonaro no STF projeta embate sobre delação, penas e sobreposição de crimes

    Bolsonaro responde no Supremo Tribunal Federal pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Marcado para começar nesta terça-feira (2), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos demais réus do primeiro núcleo da trama golpista deve ter três focos principais de controvérsia jurídica, segundo especialistas.

    A expectativa de advogados e professores consultados pela Folha é que o caso seja marcado por debates em torno da validade da delação premiada de Mauro Cid, da sobreposição de crimes e da caracterização de tentativa de golpe de Estado.

    Bolsonaro responde no STF (Supremo Tribunal Federal) pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, dano qualificado, organização criminosa armada, deterioração de patrimônio tombado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito.

    O ex-presidente será julgado na Primeira Turma do tribunal, composta por cinco ministros. Até o momento, somente Luiz Fux tem dado indicativos de que pode ser um contraponto ao relator Alexandre de Moraes.

    Um dos pontos que pode gerar divergência é a delação de Cid, que também vai a julgamento. O militar omitiu informações nos primeiros depoimentos e mudou de versão sobre figuras-chave no processo, como o ex-ministro Walter Braga Netto.

    Dois pontos são centrais na análise da colaboração: a credibilidade e a voluntariedade. O primeiro trata do quão confiável é a palavra do delator, e o segundo, se as declarações foram prestadas por vontade própria, sem coerção.
    Será a primeira vez que o colegiado do Supremo deve se debruçar efetivamente sobre a matéria. Quando recebeu a denúncia contra os acusados, a corte rejeitou pedidos das defesas para anular o acordo, mas sem aprofundar o debate.

    No meio tempo, a revista Veja revelou que um perfil no Instagram atribuído a Cid teria sido usado para falar da delação, o que poderia configurar violação da cláusula de sigilo do acordo. Os diálogos, porém, também apontariam para uma possível falta de voluntariedade.

    Uma falta de voluntariedade do militar poderia, como mostrou a Folha, comprometer a utilização das provas e afetar o processo, enquanto omissões ou quebras de sigilo tenderiam a atingir apenas Cid, que arrisca perder os benefícios do acordo.

    Maíra Salomi, vice-presidente da Comissão de Direito Penal do Iasp (Instituto dos Advogados de São Paulo), diz que esse é um dos temas-chave do julgamento, afinal boa parte da ação está calcada na delação, embora não só.

    “Não descartaria que tivéssemos votos divergentes com relação à rigidez do acordo, seja pela nulidade, seja pela descredibilidade dos depoimentos”, diz a advogada.

    Outro ponto que deve ser suscitar discussão é o enquadramento penal. Desde o início dos julgamentos sobre o 8 de Janeiro, debate-se sobre se tentativa de golpe de Estado já não presume a de abolição violenta do Estado democrático de Direito ou vice-versa.

    A questão envolve o que o direito chama de consunção -quando um crime absorve o outro- e tem efeito direto na pena. A tentativa de golpe prevê reclusão de 4 a 12 anos, enquanto a de abolição do Estado de Direito vai de 4 a 8 anos.

    Embora acredite que haja consunção neste caso, Alexandre Wunderlich, professor de direito penal da PUC-RS e do IDP, afirma que esta não é uma posição majoritária no STF, muito menos na Primeira Turma, onde o processo será julgado.

    Ele acredita que, em vez de um crime absorver o outro, deve prevalecer no Supremo a tese de que há concurso material, ou seja, quando um réu responde por dois crimes distintos e as penas são somadas, o que leva a uma punição mais alta.

    Mas, para Wunderlich, o que vai decidir o caso será encontrar os elementos da violência e grave ameaça dos quais tratam os crimes, o que dependerá da análise das provas e da avaliação individualizada da participação de cada um.

    “Ele pensou, ele projetou, ele idealizou, mas ele cessou sua atividade e não concordou com a violência ou grave ameaça. Isso é um exame muito detalhado que, na minha opinião, é o que decide o caso”, afirma o professor.

    Antônio José Teixeira Martins, professor de direito penal da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), acrescenta que será central fixar quando esses crimes começam a ser praticados.

    De modo geral, o direito organiza o curso de um crime em fases: cogitação, preparação, execução, consumação e exaurimento. Normalmente o ato só pode ser punido a partir do início da execução até a consumação; o que acontece antes ou depois, não.

    Golpe e abolição, no entanto, são crimes que falam em tentativa, o que significa dizer que há um descolamento daquelas categorias. A lei não pune o golpe ou a abolição do Estado em si, mas o perigo, afirma Teixeira Martins.

    De acordo com o professor, os critérios utilizados para classificar tentativas e atos preparatórios são muito debatidos, mas, em geral, prevalece o entendimento de que é preciso conjugar elementos objetivos e subjetivos.

    Ou seja, existe um bem protegido -o Estado ou o governo- e é necessário haver uma ação que o coloque em risco. Se for só uma ideia, não ultrapassa o limiar do que se poderia chamar de execução.

    Bolsonaro diz que considerou alternativas, mas nada além disso. “Evidente que o estudo, cogitação e o ‘brainstorm’ de possíveis medidas legais, sob um viés analítico de sua viabilidade e submissão à lei, não pode ser tido como ato violento”, diz a defesa.

    O que a PGR (Procuradoria-Geral da República) pretendeu demonstrar, e o que caberá ao STF analisar, é se os atos atribuídos ao ex-presidente e a aliados dele ultrapassaram a fronteira entre mera cogitação política e tentativa de golpe.

    Julgamento de Bolsonaro no STF projeta embate sobre delação, penas e sobreposição de crimes

  • Governo dos EUA tem postura errática e sem precedentes, afirma Haddad

    Governo dos EUA tem postura errática e sem precedentes, afirma Haddad

    Haddad manifestou esperança de uma mudança de postura americana após a divulgação de trechos de conversas entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, Jair Bolsonaro

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, considera que a postura “errática” e centralizadora do presidente Donald Trump tem dificultado ao Brasil encontrar um caminho para negociar as tarifas impostas pelos Estados Unidos.

    O país aplicou taxas de importação de 50% aos produtos brasileiros. A medida entrou em vigor no último dia 6. Desde então, o governo Lula tem tentado um acordo, sem sucesso. Haddad chegou a ter um encontro marcado com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent. A reunião foi cancelada.

    “O governo dos EUA tem tido uma postura errática em temas variados e está centralizado em uma pessoa só. Você não ouve falar do Congresso, sai tudo de uma cabeça. É um modo de governar sem precedentes naquele país”, disse Haddad em entrevista ao Canal Livre, programa da BandNews transmitido neste domingo (31).

    Ele manifestou esperança de uma mudança de postura americana após a divulgação de trechos de conversas entre o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu pai, Jair Bolsonaro. Um dos motivos para as tarifas impostas por Trump é o processo contra ex-presidente por tentativa de golpe de estado.

    “Acredito que depois da quebra de sigilo O governo americano pode até fingir que não viu, mas viu. [A embaixada] Vai ter de informar à Casa Branca o que está acontecendo aqui. Aquela troca de mensagens entre filhos e pai, como [eles] retratam a situação já deve ter chegado ao governo dos EUA. Se conheço bem ali, o estado vai distensionar”, completa Haddad.

    Eduardo Bolsonaro está nos EUA desde o final de fevereiro para pressionar o governo por sanções ao Brasil, a integrantes do governo e aos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) que serão responsáveis pelo julgamento de seu pai.

    “[A tarifa] Não é apenas injusta. Não é racional. Não tem lógica econômica. Penso que vai se abrir espaço [para negociação], a não ser que alguém sugira ao presidente americano que uma escaladas [de sanções] vai trazer alguma vantagem. Não acredito que vai acontecer, mas pode acontecer”, finalizou.

    OPERAÇÃO CONTRA O CRIME ORGANIZADO

    Fernando Haddad estimou que, nos desdobramentos das operações contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), será constatado que o crime organizado movimentou centenas de bilhões de reais nos últimos anos.

    Na última quinta-feira (28), Ministério Público, Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e polícias federais, civis e militares de oito estados iniciaram três operações diferentes contra lavagem de dinheiro pelo PCC. Os alvos foram postos, distribuidores de combustíveis, fintechs (já reguladas pelo BC, exceto as com movimentação financeira muito reduzida, e a partir de agora também obrigadas a reportar as transações à Receita) e fundos de investimento.

    A estimativa é que a facção movimentou cerca de R$ 52 bilhões entre 2020 e 2024.

    “Não duvidaria que, com o aprofundamento das investigações, vamos chegar a centenas de bilhões de reais. Para chegar a 100, 200, 300 [bilhões] não precisa de muita coisa”, disse ele.

    O ministro considera que o número seria ainda mais expressivo se o governo não tivesse recuado da norma que intensificava a fiscalização sobre transações com uso de pix e obrigava as fintechs a fornecerem esses dados ao Banco Central.

    A pressão foi causada, em parte, por campanhas nas redes sociais, e o maior símbolo disso foi vídeo produzido pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).

    Sem citá-lo, Lula disse um parlamentar fez campanha contra as mudanças e “agora está provado que ele estava fazendo campanha para defender o crime organizado.”

    Em suas redes sociais, Ferreira disse que vai processar o presidente.

    “Eu não quero acreditar que o deputado tenha feito aquele carnaval em janeiro [deste ano, quando houve a polêmica] para favorecer o crime organizado. Foi muito mais para criar polêmica nas redes sociais, lacrar, do que para favorecer o crime organizado. Mas para você ver como fake news atrapalha”, disse Haddad.

    Governo dos EUA tem postura errática e sem precedentes, afirma Haddad

  • Desvalorização do dólar faz rentabilidade de fundo cambiais cair, saques superam aportes

    Desvalorização do dólar faz rentabilidade de fundo cambiais cair, saques superam aportes

    Apenas no dia 20 de agosto, investidores sacaram R$ 20,6 milhões; no mês, o saldo está negativo em R$ 88,9 milhões.

    Segundo dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as saídas financeiras dos fundos cambiais em agosto colocaram a classe de ativos no campo negativo no ano. Apenas no dia 20 de agosto, investidores sacaram R$ 20,6 milhões; no mês, o saldo está negativo em R$ 88,9 milhões.

    No acumulado de 2024, o dólar caiu cerca de 11% ante o real, e grande parte desses fundos é atrelada à moeda americana. O portfólio manager da B.Side Investimentos, Mauro Orefice, explica: \”não tem muito segredo, como os fundos são atrelados à variação da moeda, não tem para onde fugir. O câmbio caiu esse ano, e por isso os fundos estão no campo negativo\”.

    Quando olhamos para os dados em 12 meses, a captação nestes fundos, segue positiva em R$ 101,3 milhões, o Luciano Rais, líder da área de Renda Fixa Mercados da Santander Asset Management, entende que a janela está um pouco mais favorável para quem quer entrar nesta classe de ativos, mas reforça que na sua visão o real não deve se desvalorizar muito no curto prazo.

    \”É claro que comparado com o pior momento que a gente observou na virada do ano, o real teve uma valorização considerável, e o investidor pode pensar em recalibrar e reponderar a sua carteira, neste momento\” diz Rais.

    O líder do Santander Asset Management relata que o dólar deve se manter mais fraco do ponto de vista global – comparado a moedas de países desenvolvidos (fortes) e emergentes – e que esse movimento local não está necessariamente ligado a uma valorização única do real. \”Passamos por duas décadas de fortalecimento do dólar. Então, tem muito espaço para o seu enfraquecimento \”, afirma.

    Com relação ao investidor que está pensando em médio e longo prazo a recomendação do portfólio manager da B.Side é procurar entender qual a parcela do seu portfólio de investimentos vai estar atrelado ao dólar e a partir daí tomar as suas decisões de alocações.

    A Nomad, que se popularizou com contas digitais para viajantes, possui um índice de mensal que tem o objetivo de sinalizar qual seria a exposição ideal de uma carteira de investimentos arriscada – parte do portfólio ligado a ativos de risco – em ativos globais, o Índice Nomad de Diversificação Internacional (Indi), que na última divulgação estava em 60%. E serve de parâmetro para que os investidores tomem decisões sobre suas alocações no exterior.

    Para Daniel Miari, CMO e sócio fundador da INCO Investimentos, fintech que conecta opções de investimentos alternativos com investidores, explica que a população está ganhando consciência que não deve ficar 100% exposta a uma única moeda, e nem ficar exposto apenas ao Brasil, segundo ele o final do ano passado(2024) onde o dólar chegou a patamares muito altos e muito rapidamente, fez com que muita gente se assustasse e passasse a entender que não poderia está com todo o seu portfólio ligado ao real.

    Outro ponto que Miari usa para explicar o por quê o investidor deve ter uma parte dos seus recursos atrelados a moedas fortes, em especial o dólar é a instabilidade econômica brasileira, \”instabilidade gera incerteza, e a incerteza gera a necessidade de diversificação\”.

    Dentre as opções de se investir em dólar além dos Fundos cambiais estão:

    – BDRs (Brazilian Depositary Receipts) – Recibos que representam ações de empresas estrangeiras, negociados na B3 em reais. Permitem investir em gigantes globais como Apple, Microsoft e Amazon sem conta no exterior.

    – ETFs internacionais – Fundos de índice que replicam o desempenho de mercados ou setores no exterior, negociados em bolsa. Há opções que seguem índices como S&P 500, Nasdaq e MSCI World.

    – Títulos no exterior via fundos ou corretoras locais – Incluem títulos de renda fixa global, plataformas e bonds corporativos.

    Desvalorização do dólar faz rentabilidade de fundo cambiais cair, saques superam aportes

  • Tarcísio diz que indulto de Bolsonaro será primeiro ato de governo, caso eleito presidente

    Tarcísio diz que indulto de Bolsonaro será primeiro ato de governo, caso eleito presidente

    “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse Tarcísio ao ser questionado sobre se concederia o indulto.

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou que, caso seja eleito presidente da República em 2026, seu primeiro ato de governo será conceder indulto ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi dada nesta sexta-feira (29) em entrevista ao Diário do Grande ABC.

    “Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse Tarcísio ao ser questionado sobre se concederia o indulto.

    O julgamento de Bolsonaro, que está em prisão domiciliar, e de outros sete réus acusados de crimes contra a democracia, está marcado para começar na terça-feira (2), no STF (Supremo Tribunal Federal).

    Esta não é a primeira vez que Tarcísio faz declarações a favor de indulto a Bolsonaro. Ele já havia afirmado, em conversa com empresários e banqueiros, que concederia o perdão ao ex-presidente caso fosse eleito.

    Apesar de já ser tratado como candidato à Presidência, o governador voltou a negar nesta sexta-feira que esteja na disputa pelo cargo.

    “Eu não sou candidato à Presidência, vou deixar isso bem claro. Todo governador de São Paulo é presidenciável, pelo tamanho do estado, um estado muito importante”, afirmou.

    Como a Folha relatou, nos dias que sucederam o decreto de prisão domiciliar de Bolsonaro, Tarcísio intensificou agendas com empresários do setor agropecuário e financeiro.

    O nome de Tarcísio como presidenciável foi tema de briga na família Bolsonaro. Em uma mensagem enviada ao pai, citada em relatório da Polícia Federal, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirma que Tarcísio nunca ajudou Jair em relação a seu julgamento.

    “Tarcísio nunca te ajudou em nada no STF. Sempre esteve de braço cruzado vendo você se foder e se aquecendo para 2026”, escreveu.
    A mensagem foi enviada no dia 17 de julho. Naquela época, Tarcísio tentava se posicionar como interlocutor do governo americano. Dias antes, o governador havia se reunido com o encarregado de negócios da embaixada dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar.

    Eduardo demonstra contrariedade com essas movimentações. “Agora ele quer posar de salvador da pátria”, afirmou na ocasião.

    Tarcísio diz que indulto de Bolsonaro será primeiro ato de governo, caso eleito presidente

  • Quem são as mulheres mais ricas do Brasil segundo a lista de bilionários da Forbes?

    Quem são as mulheres mais ricas do Brasil segundo a lista de bilionários da Forbes?

    A Forbes afirma que o número de mulheres na lista de bilionários brasileiros aumentou neste ano em relação a 2025: são 60 mulheres no total, contra 48 no ano passado. Elas representam 20% do total de 300 bilionários do País.

    Vicky Safra ocupa novamente o posto de mulher brasileira mais rica, com patrimônio estimado em R$ R$ 120,5 bilhões, segundo a lista anual de brasileiros bilionários da revista Forbes. O ranking foi divulgado na quinta-feira, 28.

    Vicky é viúva do banqueiro Joseph Safra, que morreu em 2020. Ela herdou cerca de metade da fortuna do falecido marido, que por muitos anos foi o banqueiro mais rico do mundo. Os demais herdeiros são os filhos: Jacob, Esther, Alberto e David. Vicky também ocupa a 2ª posição no ranking geral de brasileiros mais ricos, atrás apenas de Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, que é o 1º colocado, com fortuna de R$ 227 bilhões.

    A Forbes afirma que o número de mulheres na lista de bilionários brasileiros aumentou neste ano em relação a 2025: são 60 mulheres no total, contra 48 no ano passado. Elas representam 20% do total de 300 bilionários do País.

    Em segundo lugar na lista de mulheres mais ricas está Maria Helena Moraes Scripilliti, filha de José Ermírio de Moraes, fundador do grupo industrial Votorantim. Ela é viúva de Clovis Scripilliti, que ajudou a expandir o grupo pelo Nordeste brasileiro durante as décadas de 1960 e 1970.

    Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela aparece em terceiro lugar no ranking de mais ricas. Ela é herdeira do Itaú-Unibanco, o maior banco privado da América Latina, além de membro do conselho de administração do grupo. Ana Lúcia também é uma das maiores acionistas individuais da Itaúsa, holding do banco.

    Entre as dez mulheres brasileiras mais ricas, somente duas são consideradas \”self-made\”, classificação concedida pela Forbes àquelas que construíram seus patrimônios sozinhas, sem heranças: Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, e Lucia Maggi, da Amaggi. Veja a seguir quem são as 10 mulheres brasileiras mais ricas.

    1. Vicky Safra e família

    Patrimônio: R$ 120,5 bilhões

    Origem do patrimônio: Banco Safra

    2. Maria Helena Moraes Scripilliti e família

    Patrimônio: R$ 26,8 bilhões

    Origem do patrimônio: Votorantim

    3. Ana Lúcia de Mattos Barretto Villela

    Patrimônio: R$ 9,8 bilhões

    Origem do patrimônio: Itaúsa

    4. Anne Werninghaus

    Patrimônio: R$ 9,1 bilhões

    Origem do patrimônio: Weg

    5. Cristina Helena Junqueira

    Patrimônio: R$ 8,7 bilhões

    Origem do patrimônio: Nubank

    6. Neide Helena de Moraes

    Patrimônio: R$ 8,4 bilhões

    Origem do patrimônio: Votorantim

    7. Vera Rechulski Santo Domingo

    Patrimônio: R$ 7,1 bilhões

    Origem do patrimônio: AB InBev

    8. Dora Voigt de Assis

    Patrimônio: R$ 6,6 bilhões

    Origem do patrimônio: Weg

    8. Lívia Voigt

    Patrimônio: R$ 6,6 bilhões

    Origem do patrimônio: Weg

    8. Lucia Borges Maggi

    Patrimônio: R$ 6,6 bilhões

    Origem do patrimônio: Amaggi

    Quem são as mulheres mais ricas do Brasil segundo a lista de bilionários da Forbes?

  • Com vigilância 24h, vizinhos "no olho do furacão" comentam nova rotina

    Com vigilância 24h, vizinhos "no olho do furacão" comentam nova rotina

    Os vizinhos de Jair Bolsonaro estão ‘divididos’ com o reforço policial que se instalou no condomínio do ex-presidente, em Brasília. Se há quem se sinta mais em segurança, há também quem acredite que qualquer dia “pode haver um problema”.

    À medida que se aproxima o início do julgamento de Jair Bolsonaro — e de outros sete acusados — marcado para 2 de setembro, os olhos estão voltados para a casa do ex-presidente.

    Não só o Brasil, mas também outras partes do mundo aguardam o desfecho do caso em que Bolsonaro é acusado de ser o “principal articulador, maior beneficiário e autor” de uma tentativa de golpe de Estado após sua derrota para Lula da Silva. Para quem vive de perto essa situação, como os vizinhos de Bolsonaro, também importa o dia a dia ao redor de suas casas. Uns gostam, outros não tanto. Mas, afinal, o que eles pensam?

    Do “olho do furacão” ao “adorar tanta polícia”
    Com o endurecimento das medidas impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), devido ao risco de fuga, uma verdadeira “onda” policial passou a ocupar o condomínio Solar de Brasília.

    Uma das moradoras, que preferiu não se identificar, contou ao g1 que se sente incomodada com a situação.

    “Da minha parte, preferia que o nosso condomínio não estivesse no olho do furacão”, disse, destacando que o trânsito local foi alterado devido a manifestações na região. “As pessoas estão muito divididas, parece que os ânimos estão sempre exaltados”, completou.

    A moradora confessou ainda que começou a ficar receosa: “Hoje realmente sinto uma insegurança porque ninguém sabe o que vai acontecer daqui para frente. Então, qualquer dia pode haver um problema.”

    Outro vizinho, que também não quis se identificar, disse considerar Bolsonaro um “bom vizinho”. “Ele é na dele. Ia à padaria, andava pelo condomínio, parecia ter uma vida normal. Não é uma pessoa pomposa.”

    Esse morador contou que, no início de toda a situação, chegaram a acontecer discussões mais acaloradas no grupo de WhatsApp dos residentes, com alguns pedindo a expulsão de Bolsonaro do condomínio. Depois da ordem de prisão domiciliar, no entanto, o clima teria acalmado. Segundo ele, o ex-presidente não saiu mais de casa — ou pelo menos não foi visto.

    Já sobre o reforço policial que hoje ocupa o condomínio, o morador se disse satisfeito: “Estou adorando esse tanto de polícia. Aqui já era seguro, agora é o lugar mais seguro de Brasília.”

    O condomínio de Bolsonaro
    O g1 também fez um levantamento sobre o Solar de Brasília, localizado no Jardim Botânico, uma das áreas mais nobres da capital.

    Conhecido por suas casas de luxo, alugar um imóvel semelhante ao de Bolsonaro custa entre R$ 12 mil e R$ 18 mil por mês. O condomínio conta com 1.258 lotes, além de pistas de caminhada, ciclovias, ruas sinalizadas, áreas esportivas, churrasqueiras, pista de skate, parques, igrejas e até espaços de lazer para idosos.

    O caso Bolsonaro
    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4, quando o ministro Alexandre de Moraes, do STF, endureceu as medidas cautelares já impostas, após constatar que o ex-presidente as havia violado. Moraes apontou que Bolsonaro usou redes sociais de aliados, incluindo de seus três filhos, para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

    No sábado, o Supremo determinou reforço na vigilância policial da residência de Bolsonaro para evitar uma possível fuga às vésperas do julgamento. A ordem incluiu também monitoramento da área externa da casa.

    Segundo Moraes, as medidas buscam equilibrar a “privacidade” dos demais moradores da casa — onde Bolsonaro vive com a esposa e a filha — com a “necessária garantia da lei penal”, impedindo qualquer possibilidade de fuga.

    Além da prisão domiciliar, Bolsonaro está usando tornozeleira eletrônica e está proibido de utilizar redes sociais.

    O ex-presidente será julgado por supostamente liderar uma conspiração para anular os resultados das eleições de 2022 — nas quais foi derrotado por Lula — e incitar ataques às sedes da Presidência, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal em 8 de janeiro de 2023.

    Ele e outros altos funcionários de seu governo — civis e militares — são acusados de cinco crimes que podem resultar em até 40 anos de prisão.

    Além da sessão marcada para 2 de setembro, o julgamento seguirá nos dias 3, 9, 10 e 12. Entre os outros réus estão os ex-ministros Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (GSI), Braga Netto (Casa Civil) e Paulo Sérgio Nogueira (Defesa); o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Alexandre Ramagem, ex-diretor da Abin; e Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

    Com vigilância 24h, vizinhos "no olho do furacão" comentam nova rotina

  • Entenda as acusações contra Bolsonaro e o que diz a defesa do ex-presidente

    Entenda as acusações contra Bolsonaro e o que diz a defesa do ex-presidente

    A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusa Bolsonaro de praticar os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, crimes que podem resultar em mais de 40 anos de prisão.

    LAURA INTRIERI
    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chega ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta terça (2) para ser julgado junto a outros sete réus apontados como integrantes do núcleo central de trama golpista após a eleição de Lula (PT) em 2022.

    A PGR (Procuradoria-Geral da República) acusa Bolsonaro de praticar os crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado, além de dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, crimes que podem resultar em mais de 40 anos de prisão.

    Bolsonaro nega qualquer crime. A PGR afirma que ele chefiou, entre 2021 e 2023, um grupo que planejou a ruptura da ordem democrática, com lives contra as urnas e reuniões com militares. Também aponta versões de documentos que buscavam dar base jurídica a um golpe e que houve pressão sobre comandos das Forças Armadas para o mesmo fim.

    A peça acusatória afirma que o ex-presidente fez ajustes em minuta golpista e tinha um discurso pronto para ser recitado quando o golpe de Estado fosse efetivado.

    A PGR elenca ainda incitação e omissão diante dos ataques do 8 de Janeiro e a ciência e concordância do ex-presidente com o plano “Punhal Verde e Amarelo”, que miraria o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

    Bolsonaro é acusado de utilizar ilegalmente dados da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e de uma operação da PRF (Polícia Rodoviária Federal), nas eleições de 2022, para impedir eleitores de Lula de votar. Os depoimentos do ex-ajudante de ordens Mauro Cid, delator no processo, sustentam parte dos argumentos da PGR.

    A defesa do ex-presidente afirma que os fatos descritos pela PGR não configuram os crimes imputados: seriam atos políticos e, quando muito, atos preparatórios impuníveis, sem violência ou grave ameaça. Bolsonaro afirmou ter discutido “possibilidades” com as Forças Armadas depois que o presidente Lula venceu as eleições, mas diz que a conversa foi constitucional.

    Também afirma que a “minuta” jamais apareceu nos autos, e que documentos em questão que foram encontrados eram apócrifos, sem assinatura, e sem valor.

    A equipe de advogados liderada por Celso Vilardi argumenta que o STF tem tratado o 8 de Janeiro como crime multitudinário, cometido por várias pessoas, o que afastaria a tese de instigação por parte do ex-presidente. O próprio ex-presidente costuma destacar que não estava no Brasil na data. Além disso, a defesa afirma que Bolsonaro já não era mais presidente à época dos ataques.

    Também nega relação de Bolsonaro com o plano “Punhal Verde e Amarelo” e aponta versões contraditórias nas falas de Mauro Cid, chamando a delação de “manipulada desde o seu primeiro depoimento”.

    A defesa rejeita que haja conduta imputável ao ex-presidente no caso da Abin e da PRF. O ex-mandatário nega ter criado uma “Abin paralela” para espionar adversários e afirma desconhecer qualquer iniciativa como a descrita com relação à PRF.

    Confira, a seguir, linhas de argumento da acusação e os principais argumentos da defesa de Jair Bolsonaro.

    Outros réus
    O ex-diretor da Abin Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o ex-ministro do GSI Augusto Heleno, o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto também integram o grupo que será julgado.

    Todos são acusados de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito e de golpe de Estado. Com exceção de Ramagem, cuja ação penal foi em parte suspensa pela Câmara, os demais também respondem por dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

    Ministros da Primeira Turma do STF, que julgará o ex-presidente e os outros sete réus, têm demonstrado apoio ao relator da trama golpista, Moraes, desde o início da tramitação do caso.

    O respaldo se manteve mesmo depois da escalada dos ataques à corte pelo presidente dos EUA, Donald Trump, sob o argumento de que Moraes estaria perseguindo Bolsonaro politicamente. Dos integrantes da Primeira Turma, apenas Luiz Fux, que é o principal contraponto a Moraes, não teve o visto aos Estados Unidos suspenso.

    Apesar disso, não há expectativa de recuo em relação a posições já manifestadas pelos magistrados. Com três votos, há maioria para condenação ou absolvição. A expectativa é que o julgamento conte com uma conclusão até o próximo dia 12.

    Se o ex-presidente for condenado pelos delitos imputados, as penas podem somar até 43 anos –nesse cenário, a execução começaria em regime fechado e a progressão ao semiaberto não viria antes de sete anos, de acordo com especialistas.

    Entenda as acusações contra Bolsonaro e o que diz a defesa do ex-presidente