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  • Bolsonaro parou de respirar durante crise de vômito, diz Flávio

    Bolsonaro parou de respirar durante crise de vômito, diz Flávio

    Segundo o senador Flávio Bolsonaro, o ex-presidente ficou quase dez segundos sem respirar após um episódio de soluços e vômito em Brasília. Jair Bolsonaro segue internado no Hospital DF Star, estável, mas apresenta quadro de desidratação e faz exames cardíacos

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta terça-feira (16) que o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ficou sem respirar por alguns segundos durante uma crise de soluços e vômito que levou à sua internação no Hospital DF Star, em Brasília.

    “Hoje foi um episódio mais drástico, em que o soluço dele foi aumentando. Pela repetição, ele diz que trava o diafragma. Ele teve um episódio de vômito a jato, com força, e ficou quase dez segundos sem respirar”, relatou o parlamentar a jornalistas na porta do hospital.

    Segundo Flávio, a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro estava presente no momento e conseguiu prestar os primeiros cuidados. “Ele está estável, mas não está com a cara boa, bastante desidratado”, acrescentou.

    O senador também relacionou o quadro clínico do pai à pressão política que enfrenta. “Muito do que ele está sofrendo é a questão psicológica, é o desgaste, é o massacre do dia a dia, essa tensão permanente sobre ele”, declarou.

    Flávio explicou ainda que Bolsonaro realizou exames cardíacos, recebeu soro e segue em repouso, com recomendação médica para não ingerir alimentos sólidos.

    Debate sobre anistia

    Na mesma entrevista, o filho do ex-presidente defendeu a anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. “Sou a favor da anistia total, ampla, irrestrita e imediata. As pessoas não estão respondendo pelos crimes corretos. Todo mundo sabe que não havia possibilidade real de golpe”, afirmou.

    Bolsonaro parou de respirar durante crise de vômito, diz Flávio

  • Motta articula para barrar anistia ampla e propõe redução de penas que pode beneficiar Bolsonaro

    Motta articula para barrar anistia ampla e propõe redução de penas que pode beneficiar Bolsonaro

    O presidente da Câmara prevê a redução, de 4 a 8 anos de prisão para 2 a 6 anos, da punição para o crime de abolição do Estado Democrático de Direito. Além disso, também seria reduzida a pena para tentativa de golpe de Estado, hoje de 4 a 12 anos, que iria para 2 a 8 anos de prisão

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), trabalha para aprovar uma proposta que reduza as penas por golpes de Estado, mas sem anistiar os condenados pelos atos golpistas de 8 de Janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    O texto seria submetido a integrantes da oposição na noite de terça (16), na tentativa de construir um acordo que permita a votação em plenário nesta quarta-feira (17).

    Deputados que participam das negociações dizem que o roteiro que está sendo traçado é o de derrotar no voto um requerimento de urgência da anistia, em aceno ao governo federal e, num segundo momento, apresentar a nova proposta. Essa estratégia, no entanto, é considerada arriscada até mesmo por aliados do presidente Lula (PT), e ainda não há certeza de que esse será o roteiro seguido.

    A proposta em construção poderá beneficiar Bolsonaro, mas de forma mais branda do que a desejada pelos bolsonaristas. Haveria redução de penas, mas não perdão. Por isso, parte da direita desconfia de que não haverá acordo, e as negociações seguem. Motta deve reunir os líderes nesta quarta (17), pela manhã, para debater o que fazer sobre o tema.

    De acordo com relatos, o projeto discutido por integrantes do centrão e o presidente da Câmara prevê a redução, de 4 a 8 anos de prisão para 2 a 6 anos, da punição para o crime de abolição do Estado Democrático de Direito. Além disso, também seria reduzida a pena para tentativa de golpe de Estado, hoje de 4 a 12 anos, que iria para 2 a 8 anos de prisão.

    A proposta também busca mudar a interpretação do Supremo de que os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e de tentativa de golpe de Estado se somam. A ideia é que seja contabilizada somente a maior pena, excluído o crime de menor gravidade.

    O texto poderia beneficiar também o chamado andar de cima, ou seja, os que planejaram a tentativa de golpe de Estado. Essa possibilidade, no entanto, enfrenta resistência do PT e de integrantes do governo federal. A orientação no Palácio do Planalto é contra qualquer avanço desse tema, e o governo orientou os ministros a atuarem em suas bancadas.

    “O governo é contra a anistia. Além de imoral, é inconstitucional. Vamos nos posicionar contra e trabalhar para derrubar o pedido de urgência”, afirmou Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais.

    No dia 11 de setembro, Bolsonaro foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e 3 meses de prisão sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder. Ele foi considerado culpado pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, abolição do Estado Democrático de Direito, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

    Motta dedicou o fim de semana à articulação de um acordo que barre o projeto defendido pelos bolsonaristas, de uma anistia ampla e irrestrita aos condenados pela tentativa de golpe de Estado. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), preparou um texto que perdoa os crimes desde o início do inquérito das fake news pelo STF, em 2019, e que, além de tirar Bolsonaro da prisão, o permite disputar as eleições.

    O presidente da Câmara procurou integrantes do STF e do governo Lula em busca de um acordo para derrotar o pedido de urgência para o projeto de anistia ampla e irrestrita.

    Nas conversas, defendeu a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem -que proíbe processos criminais contra congressistas enquanto não houver autorização do Legislativo. Ele afirmou que isso criaria um ambiente favorável para derrotar a anistia ampla e o fortaleceria no cargo ao entregar uma demanda do centrão.

    Nessas conversas, Motta também citou as decisões do ministro Flávio Dino, do STF, pela suspensão de pagamento de emendas parlamentares ao Orçamento. Segundo ele, isso tem alimentado um clima de animosidade no Congresso em relação ao Supremo.

    Em almoço com o presidente Lula (PT), na segunda (15), Motta informou ao petista que levaria à votação o requerimento de urgência da proposta da anistia (que não trata do mérito do projeto, mas permite a tramitação acelerada).

    Ele tem relatado a integrantes do governo federal que a pressão para que ele dê andamento a esse projeto aumentou com a condenação de Bolsonaro na semana passada.

    Motta também informou os líderes partidários da Casa dessa decisão na manhã desta terça-feira (16). Diante desse cenário, integrantes do Palácio do Planalto passaram a atuar para evitar que esse tema prospere na Câmara.

    Uma nova rodada de conversas de Motta com líderes partidários deve ocorrer até esta quarta-feira (17), para ver a viabilidade de votar a urgência no mesmo dia. Ao longo de terça, líderes procuraram integrantes de suas respectivas bancadas e sondaram sobre qual seria o posicionamento de cada um deles caso o tema fosse votado.

    Um líder de centro diz à Folha que, na bancada de seu partido, o sentimento majoritário era o de que uma anistia “ampla, geral e irrestrita”, como a defendida pelo PL, não tem votos suficientes. A ideia de um texto que trate da redução de penas, no entanto, poderá prosperar.

    O deputado doutor Frederico (PRD-MG) afirma, no entanto, que a redução de penas, sem anistia, não contemplará nenhum dos lados e tende a provocar um entrave. A esquerda, por ser totalmente contra qualquer perdão. A direita, por defender uma anistia ampla. “E o centrão não terá o que ele quer, porque Bolsonaro só vai apoiar a candidatura do Tarcísio se estiver fora da prisão. Redução de penas não contempla isso”, diz.

    Outra ideia que circula entre deputados é perdoar os condenados do 8 de Janeiro por parte dos seus crimes, como abolição violenta do Estado democrático de Direito e golpe de Estado, mantendo apenas dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado -o que reduziria suas penas, mas não alteraria a condenação de Bolsonaro.

    Para esses parlamentares, seria ruim reduzir as penas previstas para os crimes contra o Estado democrático de Direito de modo geral, pois eventuais tentativas de golpe futuras não teriam a punição adequada.

    Motta articula para barrar anistia ampla e propõe redução de penas que pode beneficiar Bolsonaro

  • Câmara aprova PEC que dá blindagem inédita ao Congresso em resposta ao STF

    Câmara aprova PEC que dá blindagem inédita ao Congresso em resposta ao STF

    Os deputados também aprovaram estender o foro especial para os presidentes de partidos políticos com representação no Congresso, mesmo que não tenham mandato parlamentar. Foram 317 votos a 156

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (16) em dois turnos a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Blindagem, que amplia o foro especial e protege parlamentares não só em relação a investigações criminais, mas abre também brecha na área cível, algo inédito.

    No primeiro turno, foram 353 votos a favor e 134 contra o texto principal, além de uma abstenção. No segundo turno, o placar foi de 344 a 133. Os deputados ainda votarão destaques que podem retirar partes do texto.

    Depois, a proposta segue para o Senado, onde precisa ser aprovada também em dois turnos no plenário para ser promulgada e passar a valer.

    No primeiro turno, a Câmara tornou secreta a votação para autorizar a prisão de deputados federais e senadores. O PSOL pediu que esse trecho fosse excluído, para que a população saiba como cada congressista votou nesses casos, mas foi derrotado por 322 votos a 147.

    Os deputados também aprovaram estender o foro especial para os presidentes de partidos políticos com representação no Congresso, mesmo que não tenham mandato parlamentar. Foram 317 votos a 156.

    Patrocinado pelo centrão como reação às dezenas de investigações sobre desvio de emendas parlamentares no STF (Supremo Tribunal Federal), o texto contém uma blindagem mais ampla do que a original estabelecida na Constituição de 1988 e que havia sido derrubada em 2001 devido à pressão popular contra a impunidade.

    Os alvos do centrão, grupo de direita e centro-direita que tem maioria na Câmara, são as mais de 80 investigações no STF envolvendo suspeita de corrupção em verbas das emendas parlamentares, que movimentam a cada ano cerca de R$ 50 bilhões.

    Além disso, deputados argumentam que a medida busca fortalecer o Parlamento diante do Poder Judiciário, alvo de reclamações por, por exemplo, derrubar leis aprovadas.

    O texto, chamado pelos deputados de PEC das prerrogativas, tem como principal ponto dar ao Congresso o poder de barrar processos criminais no STF contra parlamentares ao exigir licença prévia do Legislativo. Essa autorização terá de ser deliberada pela respectiva Casa em até 90 dias a contar do recebimento da ordem do Supremo, em votação secreta.

    Hoje o foro especial de deputados e senadores diz respeito apenas a investigações e processos relativos a crimes cometidos no exercício do mandato e em função dele. Não há necessidade de autorização para o STF abrir processo e também não há foro especial na área cível.

    A PEC diz que medidas cautelares contra congressistas só podem ser autorizadas pelo STF, o que abre a possibilidade de que mesmo atos tomados em ações de improbidade (cíveis) tenham que ter autorização da corte.

    Presidente de partidos políticos também terão foro especial, ou seja, serão julgados pelo STF. A mudança beneficia dirigentes como o do PL, Valdemar da Costa Neto, e do União Brasil, Antonio Rueda.

    Especialistas afirmam que caso seja aprovada definitivamente pela Câmara e Senado, a PEC sustará os processos em andamento assim que for promulgada, já que emendas constitucionais têm efeito imediato e não há regra de transição estabelecida na atual PEC.

    Em 2022, o STF decidiu que o abrandamento na Lei de Improbidade feito pelo Congresso no ano anterior valia para os casos em andamento, não se aplicando apenas aos processos já julgados de forma definitiva.

    Apesar desse precedente, a suspensão na prática será definida pelo próprio STF, que deverá ser provocado a se pronunciar sobre a aplicabilidade da emenda. A corte pode, inclusive, considerar inconstitucional a PEC, revogando sua eficácia.

    Em uma manobra para aprovação, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), chegou a liberar a participação remota dos deputados, o que não é comum às terças-feiras.

    Para aprovar uma PEC, é necessário o apoio de 308 dos 513 deputados federais. Se passar nas duas Casas, ela é promulgada pelo próprio Congresso e entra em vigor, não cabendo sanção ou veto presidencial.

    A PEC teve o apoio da maioria dos partidos. Apenas PT, PSOL, PC do B, Rede e Novo votaram contra de forma unânime ou majoritária.

    O governo Lula (PT) liberou a bancada após um acordo com o centrão para aprovar a PEC em troca de apoio para barrar a proposta de ampla anistia aos condenados pela trama golpista, incluindo Jair Bolsonaro (PL).

    No total, 12 deputados do PT votaram a favor e 51 contra. O líder de governo, Odair Cunha (PT-MG), votou a favor.

    Por esse acordo articulado por Motta, a anistia ampla seria derrotada em votação nesta quarta-feira (17) e haveria uma saída de meio-termo: a redução das penas dos envolvidos nos ataques golpista de 8 de Janeiro, incluindo a do ex-presidente e dos outros sete condenados pelo STF na semana passada.

    O relator da PEC, Cláudio Cajado (PP-BA), defendeu as prerrogativas parlamentares afirmando que elas são garantias constitucionais para que os deputados “possam exercer sua independência sem temer perseguições políticas”.

    Motta, por sua vez, também mostrou-se favorável, dizendo que trata-se de “autonomia dos mandatos” e que muitos deputados reclamam sobre desrespeito às prerrogativas. “Não é uma pauta de governo ou de oposição, do PT ou do PL, da esquerda ou da direita”, disse.

    O presidente da Casa afirmou ainda que a PEC não tem “novidades ou invencionismos” em relação ao texto de 1988, apesar do ampliação do conceito de foro e a brecha para o avanço na área cível.

    No plenário, o deputado bolsonarista Zé Trovão (PL-SC) admitiu a expectativa do PL de que, ao aprovar a PEC, o apoio do centrão à anistia ampla seria concretizado -contrariando o acordo contra o perdão que envolve Motta e o governo. “O que está sendo votado hoje está sendo votado para que amanhã seja votada a anistia”, disse.

    O bolsonarista Carlos Jordy (PL-RJ) afirmou que não se trata de blindagem e que deputados são perseguidos por suas falas. Na mesma linha, o bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) disse que a PEC representa o fim da chantagem do STF. Já deputados da esquerda apelidaram a PEC de “bandidagem” ou “malandragem”.

    “Virou PEC, sim, da blindagem, da bandidagem, da autoproteção, da couraça, do escudo, da carcaça, da casta, do corporativismo, da impunidade, da armadura e da vergonha, ou falta de vergonha. Eu tenho muitos mandatos aqui e nunca vi tamanho descaramento”, disse o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ).

    Câmara aprova PEC que dá blindagem inédita ao Congresso em resposta ao STF

  • 'O esforço que devia ser feito foi feito', diz Tarcísio sobre anistia a Bolsonaro

    'O esforço que devia ser feito foi feito', diz Tarcísio sobre anistia a Bolsonaro

    Tarcísio passou as duas últimas semanas articulando a anistia a Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal por liderar a trama golpista, e aos demais envolvidos no caso

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse ter alcançado seu objetivo diante da decisão do colégio de líderes da Câmara dos Deputados de levar a voto o requerimento de urgência para a anistia à trama golpista, tema que deve ser apreciado nesta quarta-feira (17), segundo ele.

    “O objetivo era justamente este que saiu no colégio de líderes de hoje, que é a pauta da urgência prevista para amanhã. Então, agora, vamos acompanhar. Acho que o esforço que devia ser feito foi feito”, afirmou.

    Tarcísio passou as duas últimas semanas articulando a anistia a Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político, condenado pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) por liderar a trama golpista, e aos demais envolvidos no caso.

    Na segunda-feira (15), em entrevista em São Paulo, o decano do STF, Gilmar Mendes, afirmou que uma tentativa de anistiar o grupo é inconstitucional.

    O governador falou em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, após um evento do setor da habitação, que acabou dominada por questionamentos sobre a morte do delegado aposentado da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes, ocorrida na noite anterior.

    Questionado sobre seu lobby pela anistia, Tarcísio foi cobrado a dar transparência sobre suas ações em Brasília, detalhando com quem tratou do tema, o que disse e qual era, de forma clara, a anistia que defendia. Mas se esquivou de responder.

    “Falei com líderes, falei com presidentes de partidos. Vou falar genericamente, mas falei com alguns líderes e presidentes de partidos”, respondeu.

    Tarcísio confirmou que irá a Brasília no dia 29 para visitar Bolsonaro, que está em prisão domiciliar por decisão de Alexandre de Moraes em decorrência do inquérito que apura tentativa do ex-presidente e de seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de obstruir o julgamento no STF.

    'O esforço que devia ser feito foi feito', diz Tarcísio sobre anistia a Bolsonaro

  • Moraes dá 5 dias à PGR para se manifestar sobre ação contra Tarcísio

    Moraes dá 5 dias à PGR para se manifestar sobre ação contra Tarcísio

    Ministro pede manifestação da PGR sobre possível interferência de Tarcísio em julgamento de Bolsonaro

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República) sobre um pedido de investigação de possível prática de obstrução de Justiça pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no julgamento de Jair Bolsonaro.

    O despacho foi dado após representação do deputado federal Rui Falcão (PT-SP), protocolada no último dia 3, que questiona a atuação de Tarcísio no julgamento de Jair Bolsonaro (PL) e dos demais réus no chamado núcleo crucial da trama golpista.

    O parlamentar pediu ao STF a imposição de medidas cautelares ao governador, como a proibição de deixar o país sem autorização judicial, a retenção do passaporte, a incomunicabilidade com réus e investigados pelos atos golpistas e a obrigação de se abster de qualquer ato que possa configurar “pressão indevida” sobre a corte.

    Moraes pediu manifestação da PGR em cinco dias. A partir daí, haverá uma decisão sobre eventual abertura de investigação sobre o caso.

    Segundo Rui Falcão, “Tarcisio de Freitas deslocou-se a Brasilia com o objetivo de articular junto ao Presidente da Camara dos Deputados, Hugo Motta, e liderancas do Parlamento, uma interferencia direta no exercicio do Poder Judiciario, com o pretexto de tramitacao de um projeto de anistia destinado a beneficiar Jair Bolsonaro e outros reus da trama golpista”.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, integrantes dos partidos do centrão e Tarcísio buscam um acordo para anistiar Bolsonaro e, assim, livrá-lo da prisão, mas mantendo-o inelegível e fora da disputa eleitoral de 2026.

    Moraes dá 5 dias à PGR para se manifestar sobre ação contra Tarcísio

  • Câmara quer retomar voto secreto, que já serviu para salvar deputado condenado e preso

    Câmara quer retomar voto secreto, que já serviu para salvar deputado condenado e preso

    Os deputados querem agora ressuscitar a previsão de sigilo, mas para impedir que congressistas respondam a processos criminais

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O voto secreto que a Câmara dos Deputados pretende instituir para autorizar processos criminais contra congressistas tem um histórico de proteção aos políticos e já serviu até para salvar o mandato de um deputado que estava preso e condenado.

    Nathan Donadon (sem partido-RO) cumpria pena no presídio da Papuda havia dois meses, condenado a 13 anos, quatro meses e dez dias de prisão por desviar R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia quando era diretor financeiro da instituição.

    Ao se defender na tribuna, Donadon apelou aos colegas dizendo que estava “sendo tratado como um preso qualquer, um preso comum”. Em votação secreta, apenas 233 deputados apoiaram a perda do mandato, menos do que os 257 necessários para a cassá-lo. Outros 131 votaram contra e o restante se absteve ou não apareceu para votar.

    Era a primeira vez que a Câmara decidia sobre o mandato de um parlamentar já preso, e a manutenção dele no cargo teve tamanha repercussão negativa que o Congresso aprovou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para acabar com o voto secreto nas votações envolvendo questões criminais.

    A Câmara refez a votação num novo processo, com o argumento de que Donadon quebrava o decoro por estar preso, e com o voto aberto houve quase unanimidade para que o colega perdesse o mandato: foram 467 votos favoráveis e 1 abstenção.

    Os deputados querem agora ressuscitar essa previsão de sigilo, mas para impedir que congressistas respondam a processos criminais.

    A minuta da PEC da Blindagem ou das Prerrogativas, sob relatoria do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), prevê que deputados e senadores só poderão ser processados criminalmente se houver autorização da própria Casa Legislativa a que ele pertence. Sem isso, o processo fica parado.

    Esse privilégio existiu da época do Império até 2001, quando o Congresso revogou a necessidade de autorização e a substituiu pela possibilidade de que o Legislativo suspendesse o andamento do processo criminal se entendesse que havia motivação política.

    Desde a redemocratização até a revogação da norma, mais de 200 inquéritos ficaram parados, sem que o Congresso votasse a autorização. Para rebater o argumento de que os processos voltarão a ficar engavetados, a PEC diz que o Legislativo decidirá em até 90 dias -mas não prevê nenhuma punição ou trancamento de pauta caso o prazo não seja respeitado.

    Nos casos em que houver votação, no entanto, a PEC estabelece que essa será secreta, o que facilita a camaradagem e blindagem aos colegas.

    Mesmo em votações abertas, a posição pelo afastamento de congressistas ou prisão de congressistas não é aprovada facilmente. O ex-deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, teve a prisão autorizada por 277 votos, só 20 a mais do que o mínimo necessário. Para cassação e perda de mandato, o voto continuará aberto.

    A votação secreta para autorizar a prisão de congressistas também será retomada com a PEC. O caso mais recente foi do então deputado Daniel Silveira (RJ), que foi encarcerado após fazer live com ameaças a ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Foram 364 votos a favor e 130 votos contra para mantê-lo preso, em votação aberta.

    Deputados e senadores só podem ser presos em flagrante nos casos de inafiançáveis -como, por exemplo, racismo, terrorismo, estupro, tráfico de drogas, ação de grupos armados contra o Estado Democrático e homicídio qualificado (que tornam a ação mais grave, como por motivo fútil). Nesses casos, se a PEC for aprovada, a votação será secreta.

    O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu que a PEC será votada nesta terça-feira (16) à tarde, após se reunir com os líderes dos maiores partidos. Quase todas as legendas se posicionaram a favor da proposta nessa reunião, com exceção de PSOL, PT e PCdoB.

    Câmara quer retomar voto secreto, que já serviu para salvar deputado condenado e preso

  • Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

    Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

    Moraes afirmou que o momento processual adequado para avaliar os pedidos será com o início da execução da pena e após o transito em julgado da ação em que o militar foi condenado

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou o pedido apresentado pela defesa do tenente-coronel Mauro Cid para a retirada da tornozeleira eletrônica e restituição de bens do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Na decisão, Moraes afirmou que o momento processual adequado para avaliar os pedidos será com o início da execução da pena e após o transito em julgado da ação em que o militar foi condenado.

    Os advogados de Cid também pediram a extinção da pena de dois anos de reclusão, sob o argumento de que Cid cumpriu o mesmo tempo com restrições impostas pela Justiça.

    A solicitação a Moraes foi formalizada em 12 de setembro, um dia após o Supremo confirmar a validade do acordo de colaboração premiada de Mauro Cid, concedendo o benefício de redução de pena para dois anos de reclusão, em regime aberto.

    Na mesma ação, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão sob acusação de liderar uma trama para permanecer no poder.

    “Considerando a pena imposta foi de dois anos, e que, Mauro Cid está com restrição de liberdade havidos mais de dois anos e quatro meses, entre prisão preventiva e as cautelares diversas da prisão -desde maio de 2023, extinto está, fora de toda dúvida, o cumprimento da pena fruto da condenação que lhe foi imposta por essa Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal nos autos da Ação Penal 2668/DF”, afirma o pedido de Cid, rejeitado por Moraes.

    Na lista de pedidos apresentada a Moraes, a defesa do militar incluiu a restituição de todos os bens e valores apreendidos pela Polícia Federal e a devolução do passaporte de Cid.

    Mauro Cid assinou o acordo de colaboração premiada com a Polícia Federal em 28 de agosto de 2023. O militar cumpre medidas cautelares desde 9 de setembro de 2023, quando Moraes homologou o acordo e determinou o fim de sua prisão preventiva.

    Moraes nega devolução de bens e retirada de tornozeleira de Cid antes de fim de processo

  • PL vai indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria para tentar salvar mandato do deputado

    PL vai indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria para tentar salvar mandato do deputado

    Segundo parlamentares do partido, líderes não têm obrigação de comparecer a sessões da Câmara; cargo era ocupado por Caroline de Toni (PL-SC), que se tornou vice-líder e representará liderança presencialmente

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O PL vai indicar, nesta terça-feira (16), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da minoria na Câmara para livrar o parlamentar de um processo de cassação do mandato.

    De acordo com parlamentares do partido, como líder, Eduardo não teria obrigação de comparecer à Câmara para as sessões. O anúncio da indicação está previsto para acontecer às 15h na Câmara dos Deputados. Sua nomeação formal depende do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

    O filho de Jair Bolsonaro mora desde março nos Estados Unidos, onde articula com integrantes do governo Donald Trump a aplicação de pressões sobre o Brasil em resposta ao julgamento do ex-presidente.

    A atual líder da minoria é a deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), que cederá a vaga para Eduardo Bolsonaro. A liderança da oposição continua a cargo de Luciano Zucco (PL-RS).

    Deputados do PL dizem que a ação é um acordo com Motta, a quem cabe a nomeação de um novo líder após a indicação do maior partido oposicionista -no caso, o PL. Aliados de Motta, porém, não confirmam o acordo até o momento.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, Eduardo não perderia o mandato em 2025 por excesso de faltas, mesmo que deixasse de comparecer sem justificativa a todas as sessões até o fim do ano. A punição só seria possível a partir de março de 2026, quando a Câmara contabiliza as faltas do ano anterior.

    Eduardo tirou licença de 120 dias do mandato e viajou para os EUA, de onde articula punições a autoridades brasileiras com o objetivo de tentar livrar de punição o pai, Jair Bolsonaro, réu no STF acusado de integrar o núcleo central de uma trama golpista.

    No final de agosto, Eduardo enviou ao presidente da Câmara um ofício em que pede para exercer seu mandato à distância. Segundo o deputado, sua permanência no exterior é forçada e se deve a perseguições políticas.

    “Vivemos, infelizmente, sob um regime de exceção, em que deputados federais exercem seus mandatos sob o terror e a chantagem instaurados por um ministro do Supremo Tribunal Federal que age fora dos limites constitucionais e já é alvo de repúdio internacional”, afirma no documento, em referência ao ministro Alexandre de Moraes.

    No último dia 8, Motta afirmou que descartava uma autorização para que Eduardo exercesse o mandato do exterior.

    PL vai indicar Eduardo Bolsonaro como líder da minoria para tentar salvar mandato do deputado

  • Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

    Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, e seus aliados têm dito publicamente que sua saúde está fragilizada

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passou mal nesta terça-feira (16) e foi encaminhado para um hospital em Brasília. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, disse que ele teve “crise forte de soluço, vômito e pressão baixa”.

    “Encaminhou-se ao DF Star acompanhado de policiais penais que vigiam sua casa, em Brasília, por se tratar de uma emergência. Peço a oração de todos para que não seja nada grave”, disse Flávio.

    Bolsonaro estava consciente, mas não havia ainda detalhes sobre seu quadro clínico, de acordo com Leandro Echenique, médico cardiologista do ex-presidente.

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, e seus aliados têm dito publicamente que sua saúde está fragilizada. Na semana passada, foi condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a 27 anos e três meses de prisão por liderar trama golpista em 2022.

    Ele esteve no último domingo (14) no hospital DF Star para realizar um exame. Os médicos apontaram um quadro de anemia por falta de ferro e um resíduo de pneumonia. Também foram extraídas lesões na pele para avaliação sobre necessidade de tratamento.

    Cláudio Birolini, médico que acompanha a saúde de Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente passou por exames de rotina. “Ele é um senhor de 70 anos que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Ele está bastante fragilizado por essa situação toda”, disse no domingo.

    Bolsonaro passa mal e é levado para hospital em Brasília

  • Mercosul e Efta assinam acordo comercial e incluem compromisso com energia limpa

    Mercosul e Efta assinam acordo comercial e incluem compromisso com energia limpa

    O acordo garante que 97% de todo o comércio com a Efta (Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein) será incluído em livre comércio, e 1,2% liberado através de quotas

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Representantes dos países do Mercosul e da Efta (Associação Europeia de Livre Comércio) assinaram nesta terça-feira (16) o acordo de livre comércio que prevê liberação de tributos das duas partes.

    Negociado durante oito anos em 14 rodadas de conversas, o acordo envolve Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia -esta em processo de adesão plena- por parte do Mercosul, e Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, países-membros da Efta..

    O acordo garante que 97% de todo o comércio com a Efta será i ncluído em livre comércio, e 1,2% liberado através de quotas.

    Prestadores de serviços digitais só poderão usar os benefícios do acordo se a matriz elétrica do seu país for baseada ao menos 67% em energia limpa.

    “Trata-se de compromisso inovador na área de sustentabilidade que reafirma nosso empenho em promover práticas produtivas responsáveis”, afirmou o ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores) durante cerimônia de assinatura do acordo, no Palácio Itamaraty, no Rio de Janeiro.

    O texto será traduzido e ratificado e deve entrar em vigor no terceiro mês seguinte ao fim dos trâmites.

    O acordo consolida um mercado de aproximadamente 290 milhões de consumidores e um PIB (Produto Interno Bruto) de cerca de US$ 4,39 trilhões.

    A Efta vai eliminar 100% das tarifas de importação dos setores industrial e pesqueiro. A Noruega detém aproximadamente 27% do mercado global de bacalhau do oceano Atlântico em 2025.

    Produtos laticínios, como chocolates e fórmulas para alimentação infantil, foram liberados por meio de quotas e podem ficar mais baratos no Brasil.

    Entram em livre comércio produtos como carnes bovina, de aves e suína, milho, farelo de soja, melaço de cana, mel, café torrado, arroz e frutas.

    Os setores farmacêutico, químico e de máquinas e equipamentos estão entre os destaques dos produtos enviados pelos países da Efta ao Brasil.

    Haverá quotas preferenciais para produtos como milho (até 8.000 toneladas por ano), carne bovina (3.000 ton.), óleos vegetais (até 3.000 ton.) e vinho tinto (50 mil hl).

    Além disso, os produtos do bloco podem disputar as quotas que os países têm na OMC (Organização Mundial do Comércio), ou seja, além das 8.000 toneladas anuais de carne bovina, os países podem competir para exportar dentro da conta de 22,5 mil toneladas que a Suíça tem na organização.

    Representantes do Mercosul e da Efta repetiram em discursos que mundo comercial vive momento de incerteza, sem mencionar diretamente tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    “Esse acordo nos dá um sinal positivo de que abertura, cooperação e respeito mútuos são a melhor via para o futuro”, afirmou o vice-presidente e conselheiro federal da Suíça, Guy Parmelin.

    “Este acordo envia uma mensagem clara: acreditamos na estabilidade, cooperação e poder do comércio para levar ao progresso. Empresas norueguesas, seja de produtos químicos, maquinários e alimentos, vão se beneficiar de mais acesso ao mercado”, disse Cecilie Myrseth, ministra de Comércio e Indústria da Noruega.

    O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), disse acreditar que a assinatura do tratado comercial com a Efta pode contribuir como sinal pela conclusão, ainda este ano, do acordo entre Mercosul e União Europeia. A negociação dura duas décadas.

    A Comissão Europeia apresentou no último dia 3, em Bruxelas, o texto final do tratado UE-Mercosul, que, se confirmado, cria mercado de 750 milhões de pessoas e derruba tarifas das duas partes.

    “Comércio exterior aproxima os povos, atrai negócios e investimento. O desenvolvimento é o novo nome da paz”, disse a jornalistas após o evento.

    Mercosul e Efta assinam acordo comercial e incluem compromisso com energia limpa