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  • Crime organizado: Haddad defende asfixiar fontes de financiamentos

    Crime organizado: Haddad defende asfixiar fontes de financiamentos

    “A gente tem falado muito para os governantes que, além da questão territorial e além de cumprir mandado de prisão, que são importantes, se não asfixiar o financiamento do crime organizado não vai dar certo”, disse o ministro

    É preciso “asfixiar as fontes de financiamento” para se combater adequadamente o crime organizado. Defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista à imprensa para comentar sobre os resultados finais da Operação Fronteira da Receita Federal, na tarde desta sexta-feira (31), em São Paulo.

    “A gente tem falado muito para os governantes que, além da questão territorial e além de cumprir mandado de prisão, que são importantes, se não asfixiar o financiamento do crime organizado não vai dar certo. Nós temos que entrar por cima, combatendo e asfixiando o financiamento do crime organizado”, afirmou.

    “Não adianta só o chão de fábrica, nós precisamos chegar nos CEOs. Os CEOs do crime organizado precisam pagar também pelo que fazem. Se não chegar na gerência, na diretoria, no CEO, você terá esse dinheiro voltando a abastecer o crime organizado”, ressaltou, Haddad. 

    A fala do ministro ocorre na mesma semana em que foi desencadeada uma operação policial no Rio de Janeiro contra a organização criminosa Comando Vermelho e que terminou com a morte de mais de uma centena de pessoas, o que gerou críticas e repercussão internacional.

    Para o titular da Fazenda, não adianta realizar o combate somente dentro das comunidades se o comando do crime organizado não for asfixiado.

    “Você vai na comunidade imaginando que você está combatendo o crime organizado e o verdadeiro bandido está em outro lugar, está em outro país, usufruindo da riqueza acumulada ilicitamente, ao arrepio da lei brasileira e aliciando jovens, ceifando vidas, colocando a população em risco. É isso que nós precisamos compreender. Nós precisamos atuar em todas as camadas do crime”, disse.

    Pedido a Cláudio Castro

    Durante a entrevista, o ministro fez um pedido especial ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, falando que é preciso que o PL, partido do qual Castro faz parte, aprove a lei do devedor contumaz. Essa lei torna mais rígida as regras para os chamados devedores contumazes, como aquele que usa a inadimplência fiscal como estratégia de negócio, deixando de pagar os tributos de forma reiterada e sem justificativa.

    “Estou fazendo um apelo para que o governador convença a bancada do Rio de Janeiro do seu partido a votar a favor da lei do devedor contumaz, porque repito, nós temos que trabalhar em todas as camadas da atuação do crime organizado”, disse . “O PL precisa compreender a importância desse projeto que estava adormecido”, completou Haddad.

    Devedores contumazes

    Segundo Haddad, muitos desses devedores contumazes do país estão envolvidos com a criminalidade no Rio de Janeiro. “O devedor contumaz é uma palavra chique para falar do sonegador. E, por trás do sonegador, o que tem na verdade é o crime organizado”, destacou.

    No entendimento de Haddad, “o devedor contumaz é um tipo de sonegador que se vale de estratégias jurídicas e fraudulentas para evitar que a Receita Federal e as Polícias Federal e Civil cheguem nas pessoas que estão lavando dinheiro em supostas atividades lícitas”, explicou.

    “Em geral, a origem do dinheiro do crime organizado é ilícita e ele procura misturá-la com atividades lícitas para lavar dinheiro. É o que acontece com o posto de gasolina, com os motéis da região das Marginais [Pinheiros e Tietê] que foram interditados aqui em São Paulo”, completou o ministro.

    Fundos divulguem CPFs

    Para ajudar a combater esse crime organizado, Haddad informou que a Receita Federal publicou hoje uma portaria que obriga os fundos a divulgarem os CPFs dos beneficiários. “Agora todos os fundos vão ser obrigados a dizer até o CPF. Então, se houver um esquema aí de pirâmide, de fundo que controla fundo que controla fundo, você vai ter que chegar no CPF da pessoa”, disse.

    “Com essa determinação da Receita Federal, agora nós vamos saber o CPF que está por trás, a pessoa que está por trás. Vamos saber se é um laranja, se é um residente, se é um não-residente. Nós vamos saber exatamente quem é essa pessoa e vamos aumentar o nosso poder fiscalizador”, acrescentou Haddad.

    Operação Fronteira

    Ao falar dos resultados finais da Operação Fronteira, que teve início no dia 22 de outubro e, segundo a Receita Federal, foi a maior iniciativa de vigilância e repressão em pontos de fronteira terrestres, marítimos e aéreos utilizados em rotas de contrabando, descaminho e crimes como tráfico de drogas, de armas e de animais, Haddad informou que, nos últimos 15 dias, foram presas 27 pessoas, apreendidos 213 mil litros de bebida adulterada e mais de 3 toneladas de drogas.

    Isso foi feito com a ajuda dos governadores do Paraná, de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e com todo o aparato federal combinado, integrados. Não teve tiro, não teve morte. Apreendemos mais de mil armas do crime organizado. Nós descobrimos um plano de furto dessas armas que agora estão sob guarda das Forças Armadas. Nós interditamos um prédio de 20 andares com mercadorias ilícitas em Belo Horizonte. Tudo isso foi feito com parceria federativa, sem olhar para partido político de quem quer que seja, fazendo com que os órgãos de estado trabalhassem cooperativamente nas regiões de fronteira”, destacou.

    A Receita Federal informou que a operação, concluída hoje, foi realizada em 60 municípios de 20 estados. Os agentes retiraram de circulação mais de R$ 160 milhões em mercadorias ilegais. Cumpriram também 27 prisões em flagrante de suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas e contrabando. Além disso, foi apreendida uma aeronave que levava mais de 500 smartphones de alto valor.

    Além da Receita Federal, participaram da Operação Fronteira diversas instituições de segurança pública, fiscalização e defesa, como o Exército Brasileiro, Marinha do Brasil, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícias Rodoviárias Estaduais, Polícia Militar, Polícia Civil e Guardas Municipais. Outros órgãos de controle como Ibama, Mapa, Anac, Anatel e Anvisa também integram a iniciativa.

     

    Crime organizado: Haddad defende asfixiar fontes de financiamentos

  • Governo Tarcísio deixa deputados aliados sem emenda e gera incômodo na base

    Governo Tarcísio deixa deputados aliados sem emenda e gera incômodo na base

    Gestão diz que os 6 que votam com governador na Alesp ficaram de fora por questões administrativas; assessores conversam com deputados em evento para tentar explicar exclusão em remessa na saúde

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) deixou parte dos deputados da base na Alesp (Assembleia Legislativa) sem emendas parlamentares em uma remessa de R$ 380 milhões feita a municípios nesta semana e abriu uma nova frente de insatisfação com aliados.

    Embora o governo argumente que o grupo ficou sem recursos por questões administrativas, a atitude gerou desconfiança de deputados. Ficaram sem recursos a deputada Ana Carolina Serra (Cidadania) e os deputados Dirceu Dalben (Cidadania), Lucas Bove (PL), Oseias de Madureira (PRD) e Mauro Bragato (PSDB). Guto Zacarias (União Brasil) também ficou fora, mas não tinha indicado destinação de recursos.

    O repasse às prefeituras foi por meio de transferências fundo a fundo (quando o dinheiro sai da conta do fundo estadual de saúde direto para a conta dos fundos municipais). A liberação do dinheiro foi informada no Diário Oficial de quarta-feira (29), e os valores caíram nas contas municipais na quinta (30).

    Sob reserva, deputados estaduais da base buscaram relacionar a falta de repasses a Lucas Bove à denúncia feita pelo Ministério Público de agressão à ex-esposa, a influenciadora Cíntia Chagas. A Promotoria chegou a pedir a prisão preventiva do deputado, que nega as acusações.

    No caso de Ana Carolina Serra, eles citam incômodo de aliados de Tarcísio com a atuação do marido dela, o ex-prefeito de Santo André Paulinho Serra (PSDB), que articula uma candidatura ao governo. No caso de Mauro Bragato, são citadas disputas eleitorais contra outros aliados do governador na região de Presidente Prudente.

    Nenhum dos deputados afetados quis manifestar suas críticas oficialmente. Em conversas reservadas, parte deles deixou clara à Folha a insatisfação.

    O governo paulista nega qualquer outro fator de influência além das questões administrativas. No evento, assessores especiais de Tarcísio ainda conversavam com parlamentares para evitar a perda de apoio e negar que a falta de repasse ao grupo estivesse relacionada a algum tipo de retaliação política.
    O argumento central da equipe de Tarcísio foi burocrático, no sentido de que havia um prazo para protocolar os pedidos de verbas, mas que as demandas feitas pelo grupo serão contempladas na próxima leva de repasses.
    “Às vezes, alguma prefeitura deixa de enviar alguma certidão, alguma documentação, mas não tem nenhuma crise. Todo mundo entendeu”, afirmou o presidente da Alesp, André do Prado (PL), um dos principais aliados políticos de Tarcísio no estado.
    Reconhecendo que não cumpriu o prazo para indicar as emendas, um deputado ouvido pela reportagem reclamou que a liberação de verba era uma promessa de Tarcísio que já estava atrasada e se queixou de que o repasse poderia ser feito a qualquer momento.
    Outro parlamentar afirmou que não se esforçaria para marcar presença nas sessões da Alesp com votação de projetos de Tarcísio.
    A Alesp tem 94 deputados. A oposição (PT, PSOL, PC do B, Rede e PSB) tem 28 assentos. Mesmo sem o grupo que ficou sem emendas, o governo ainda tem votos suficientes para aprovar com folga os projetos de lei de Tarcísio que tramitam na Casa -a maioria absoluta é de 48 votos.
    O anúncio da transferência foi feito em uma cerimônia com ares eleitorais no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta quinta, com entrega de cheque simbólico e filas para fotos com o governador.
    Os deputados têm feito queixas sobre demora na liberação das emendas. Até a semana passada, o governo havia repassado R$ 361,4 milhões por meio de transferências voluntárias às cidades. O total repassado em 2024 superou R$ 1 bilhão.
    A explicação para a liberação menor passa, segundo a versão dos deputados, por desentendimentos entre os dois encarregados do assunto na gestão Tarcísio: os secretários de Governo, Gilberto Kassab (PSD), e da Casa Civil, Arthur Lima. O governo nega desentendimentos.
    A negociação de bastidores previa que prefeitos e deputados divulgassem a chegada de recursos em suas redes sociais, fazendo propaganda de suas próprias gestões e também de Tarcísio.
    Desse modo, o governador ficou cerca de uma hora e meia no auditório do palácio tirando fotos com políticos do interior do estado –ele preferiu manter o ato com prefeitos a seguir para o Rio e participar da reunião com governadores da direita para tratar da crise de segurança pública.
    Segundo o secretário da Saúde, Eleuses Paiva, quando os parlamentares fizeram as indicações de repasse, a equipe de sua pasta observou que 140 cidades não receberiam nenhum recurso, uma vez que nenhum deputado tinha separado recursos para elas.
    A saída foi fazer transferências diretas do governo. “Então, os 645 municípios, no dia de hoje, estão recebendo o recurso”, disse o secretário, durante o evento.
    A reportagem não conseguiu contato com os dois deputados do Cidadania. Lucas Bove disse que suas emendas serão contempladas na próxima leva do governador -mesma declaração feita por Mauro Bragato- e negou haver descontentamento. Oseias de Madureira não respondeu.
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    Governo Tarcísio deixa deputados aliados sem emenda e gera incômodo na base

  • Governo Lula envia ao Congresso PL Antifacção, três dias após operação no Rio

    Governo Lula envia ao Congresso PL Antifacção, três dias após operação no Rio

    Projeto elaborado pelo Ministério da Justiça cria novo tipo penal e prevê pena que pode chegar a 30 anos; deliberação da proposta foi acelerada após o novo episódio de crise na segurança fluminense

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou nesta sexta-feira (31) o PL Antifacção para a Câmara dos Deputados como uma resposta ao crime organizado no país. A apresentação da proposta foi acelerada após a megaoperação do Governo do Rio de Janeiro contra a facção Comando Vermelho, que matou 121 pessoas.

    A crise mobilizou integrantes do Palácio do Planalto e o próprio presidente a agilizar a análise na Casa Civil. O movimento tem como pano de fundo a disputa eleitoral do próximo ano, tendo em vista que essa crise poderá afetar a imagem da gestão petista.

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou no dia 22 deste mês ao Palácio do Planalto o projeto de lei. Ele institui o tipo penal de “organização criminosa qualificada”, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.

    O anúncio do envio ocorreu após reunião entre o presidente e os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), José Múcio (Defesa) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). A agenda entre eles só foi divulgada no início da tarde, pouco antes da reunião.

    Na véspera do anúncio, governadores de direita se reuniram na capital fluminense para demonstrar apoio ao governador Cláudio Castro (PL). Entre eles, estão os nomes de Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás.

    O episódio do Rio tem sido utilizado como objeto de embate entre governo e oposição. O governador do estado acusou o governo Lula de faltar com apoio à segurança local, o que foi negado pelo ministro da Justiça.

    Enquanto apoiadores de Castro elogiaram a operação e a classificaram como “bem-sucedida”, membros da gestão petista acusam Castro de usar a megaoperação como moeda de campanha e usaram o momento para pedir a aprovação da PEC da Segurança, proposta pela gestão para a área.

    O texto, inicialmente chamado de Lei Antimáfia, também endurece a punição para líderes dessas organizações e institui o Banco Nacional de Organizações Criminosas, destinado a reunir informações estratégicas para facilitar a investigação e o rastreamento das facções.

    Apesar de o projeto antifacção ser aposta do governo Lula para ajudar no combate ao crime organizado, alguns pontos já sofrem resistência dentro do Congresso. O senador Sergio Moro (União-PR) disse nas redes sociais que dois pontos vão na direção contrária do bom combate ao crime.

    Além disso, o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, Paulo Bilynskyj (PL-SP), afirma que o texto ignora pontos centrais que dificultam a prisão efetiva dos criminosos.

    Na ocasião, ele cita a audiência de custódia e a progressão de pena, além da necessidade de tipificar e punir com mais rigor novas modalidades de crime, como o roubo de celulares em escala industrial.

    Há ainda deputados que defendem outros projetos, como o deputado Cabo Gilberto (PL-PB) que quer tratar organizações criminosas como terroristas. A proposta ganhou força em meio à crise no Rio de Janeiro, equiparando facções criminosas a grupos terroristas.

    Especialistas afirmam que projeto é um avanço no combate ao crime organizado, mas não será uma “bala de prata”.

    Outra aposta do governo federal é a PEC da Segurança, que tramita em uma comissão especial na Câmara. A expectativa é que o texto seja levado ao plenário até o fim do ano.

    A ideia do Executivo é constitucionalizar o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), estabelecendo diretrizes mínimas a serem seguidas por órgãos de segurança de todo o país.

    O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), já mencionou a PEC como um dos textos que terão atenção especial nessa legislatura.

    Ele indicou que pretende investir na aprovação de projetos sobre segurança pública e que quer tornar o tema um dos legados de sua gestão. A ideia dele é pautar projetos sobre o assunto toda semana.

    Governo Lula envia ao Congresso PL Antifacção, três dias após operação no Rio

  • Desemprego fica em 5,6% até setembro, menor taxa da série histórica

    Desemprego fica em 5,6% até setembro, menor taxa da série histórica

    A mínima de 5,6% já havia sido verificada nos trimestres até julho e agosto de 2025

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A taxa de desemprego do Brasil foi de 5,6% no trimestre até setembro, levemente abaixo do patamar de 5,8% registrado nos três meses encerrados em junho, que servem de base de comparação.

    Com o resultado, o indicador voltou a marcar o menor nível da série histórica iniciada em 2012, de acordo com os dados divulgados nesta sexta (31) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    A mínima de 5,6% já havia sido verificada nos trimestres até julho e agosto de 2025. O IBGE, contudo, evita a comparação direta entre intervalos com meses repetidos, como é o caso dos finalizados em julho, agosto e setembro.

    O novo resultado ficou praticamente em linha com a mediana das projeções do mercado financeiro, que estava em 5,5%, conforme a agência Bloomberg.

    Os dados do IBGE integram a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua). O levantamento investiga tanto o mercado de trabalho formal quanto o informal.

    A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, foi questionada por jornalistas se a marca de 5,6% seria uma espécie de piso para o desemprego, já que a taxa não conseguiu ficar abaixo desse nível até o momento.

    A pesquisadora evitou fazer essa leitura. “É muito prematuro afirmar isso a essa altura do campeonato”, disse. “Tem algumas mobilizações setoriais para dar conta de uma demanda de consumo que ainda virá”, acrescentou.

    A fala da técnica é uma referência ao período de final de ano, que costuma mostrar queda no desemprego.

    O economista Igor Cadilhac, do PicPay, prevê taxa de 5,5% ao final de 2025.

    TEBET FURA IBGE

    A divulgação desta sexta foi antecipada por uma publicação da ministra do Planejamento, Simone Tebet.

    Ela se adiantou ao anúncio oficial do IBGE e divulgou às 8h35 uma postagem no X (ex-Twitter) com a taxa de desemprego, que só viria a público formalmente às 9h. A mensagem foi apagada.

    Dados como a taxa de desemprego são muito sensíveis porque podem ser utilizados por investidores em suas decisões.

    A informação é repassada antes pelo IBGE a um grupo restrito de autoridades, mas a divulgação oficial é feita pelo próprio instituto às 9h, a fim de evitar ruídos.

    O Ministério do Planejamento disse que houve um erro de publicação e que a falha foi corrigida em poucos segundos.

    A Folha de S.Paulo também procurou o IBGE, mas não recebeu retorno até a atualização desta reportagem.

    NÚMERO DE DESEMPREGADOS ATINGE MÍNIMA DE 6 MILHÕES

    O número de desempregados foi estimado em 6 milhões até setembro. É o menor já registrado na série do IBGE.

    O contingente à procura de trabalho recuou 3,3% na comparação com o trimestre até junho (menos 209 mil pessoas) e caiu 11,8% em um ano (menos 809 mil).

    Já a população ocupada, que tinha algum tipo de trabalho, foi calculada em 102,43 milhões até setembro.

    Isso significa uma leve variação positiva de 0,1% ante o intervalo até junho (mais 118 mil), dentro da margem de estabilidade da pesquisa.

    Em relação a um ano antes, a população ocupada cresceu 1,4% (mais 1,4 milhão).

    O novo resultado (102,43 milhões) está próximo do maior já registrado na série (102,44 milhões). A máxima foi encontrada no trimestre até julho deste ano.

    Em relatório, Cristiano Oliveira, diretor de pesquisa macroeconômica do Banco Pine, afirma que os dados sinalizam acomodação do ritmo de crescimento da população ocupada.

    “O mercado de trabalho apresenta gradual perda de fôlego nos últimos meses impactado pelo aperto das condições financeiras e aumento das incertezas globais”, diz.

    Segundo o IBGE, o nível de ocupação foi de 58,7% nos três meses encerrados em setembro. Segue próximo da máxima da Pnad (58,8%).

    Esse indicador mede o percentual de pessoas que estão trabalhando (ocupadas) em relação ao total de 14 anos ou mais.

    Adriana Beringuy, do IBGE, disse que fatores como a renda em alta ajudam a estimular o consumo e a demanda por mão de obra, mesmo em um cenário de juros elevados.

    Assim, de acordo com a pesquisadora, a taxa de desemprego se mantém em patamares baixos.

    RENDA MÉDIA É RECORDE

    A renda média do trabalho alcançou R$ 3.507 por mês até setembro.

    É o recorde da série histórica, embora a variação ante o trimestre até junho tenha sido de apenas 0,3%, dentro da margem de estabilidade.

    Na comparação anual, com o período até setembro de 2024, o rendimento cresceu 4% em média.

    DESEMPENHO DOS SETORES

    O grupamento de atividades que inclui a agricultura e a pecuária teve acréscimo de 260 mil trabalhadores ocupados no trimestre até setembro, em relação aos três meses imediatamente anteriores. A alta foi de 3,4%.

    Outra contribuição veio da construção, com uma ampliação de 249 mil ocupados (+3,4%). Segundo Adriana, o segmento costuma ser aquecido por obras de edificações no segundo semestre.

    O grupamento que abrange a administração pública e atividades como saúde e educação também ampliou o número de ocupados. O acréscimo foi de 210 mil (+1,1%).

    Conforme o IBGE, esse segmento vem sendo estimulado por contratações temporárias em áreas como educação e saúde.

    Por outro lado, houve redução de ocupados em grupamentos como comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (-1,4%, ou menos 274 mil) e serviços domésticos (-2,9%, ou menos 165 mil).

    O mercado de trabalho vem de uma trajetória de recuperação no país.

    Segundo analistas, o movimento refletiu o desempenho aquecido da economia em meio a medidas de estímulo do governo federal, além de mudanças demográficas e impactos da tecnologia.

    A população fora da força de trabalho, que não estava empregada (ocupada) nem à procura de vagas (desempregada), foi de 65,9 milhões até setembro. Houve alta de 0,6% (mais 423 mil) ante o trimestre até junho.

    Uma pessoa fora da força de trabalho não pressiona a taxa de desemprego. Para um profissional sem emprego ser considerado desocupado nas estatísticas oficiais, precisa estar em busca de oportunidades.

    Desemprego fica em 5,6% até setembro, menor taxa da série histórica

  • Exército dá férias a Cid para evitar volta ao quartel na próxima semana

    Exército dá férias a Cid para evitar volta ao quartel na próxima semana

    Tenente-coronel tem retorno ao trabalho marcado para terça (5); Mauro Cid não tira férias desde 2020 e ficará de folga por 60 dias

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O tenente-coronel Mauro Cid volta ao serviço no Exército na próxima terça-feira (5), primeiro dia após o início definitivo do cumprimento de sua pena de dois anos de reclusão por participação na trama golpista.

    Para evitar constrangimentos, o Exército decidiu que Cid precisará tirar 60 dias de férias -período correspondente às folgas não tiradas durante sua atuação como ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Mauro Cid não deve voltar ao QG do Exército este ano. A expectativa na Força é que o comandante do Exército, general Tomás Paiva, conceda até o início de janeiro o direito de o tenente-coronel ir para a reserva.

    O tenente-coronel não tira férias desde 2020. Ele recebeu uma autorização excepcional do Comando do Exército na época, para permanecer no serviço como chefe da Ajudância de Ordens da Presidência.

    Os regimentos internos da Força estabelecem que o militar que não tirou férias, por motivos excepcionais, deve se retirar do serviço na primeira oportunidade que tiver. Para a cúpula do Exército, essa é a situação de Mauro Cid.

    O assunto foi tratado com o próprio tenente-coronel nos últimos dias, segundo duas pessoas com conhecimento das tratativas. Mesmo com cinco férias a tirar, a decisão provisória é de apenas 60 dias de folga. Cid não se opôs à determinação.

    A avaliação de oficiais do Exército ouvidos nos últimos meses pela Folha é que não há clima para o retorno de Cid aos trabalhos nos quartéis. Esse é um dos motivos pelos quais o pedido de aposentadoria antecipada do militar é visto com bons olhos no quartel-general de Brasília.

    O Exército recebeu em agosto um pedido de Mauro Cid para ir à reserva antes de completar o tempo mínimo de serviço. A Força criou uma comissão para analisar a documentação do militar antes de tomar uma decisão -esperada para o fim de dezembro ou início de janeiro.

    O pedido é conhecido como cota compulsória -mecanismo pelo qual um militar pode passar à reserva do Exército e receber como aposentadoria um valor proporcional ao tempo de serviço.

    Mauro Cid tem 29 anos e 6 meses de serviços prestados pelo Exército. Ele teria o direito de deixar o serviço ativo, com todos os benefícios, somente após 31 anos de trabalho. Na prática, no entanto, uma redução salarial na reserva seria pequena.

    O pedido de cota compulsória não é automático. Uma comissão do Exército vai analisar toda a documentação entregue por Cid -que inclui seu histórico militar e os motivos do pedido- e vai sugerir ao Comando do Exército uma decisão para o caso.

    O Exército sugeriu a Mauro Cid que fosse para a reserva ainda em 2023, por meio da cota compulsória, segundo três generais ouvidos pela reportagem. O argumento era de que o militar pudesse focar seus esforços em sua defesa diante do avanço das investigações sobre a trama golpista.

    O tenente-coronel negou a sugestão na época. Ele acreditava que era possível reverter o cenário, ainda confiante de que nem sequer seria denunciado pela tentativa de golpe de Estado. A avaliação de aliados de Cid é que a situação acabou se tornando insustentável, e o melhor caminho era deixar o Exército.

    O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou na quinta (3) o início do cumprimento da pena de Cid pela participação na trama golpista. Ele foi condenado a dois anos de reclusão, em regime aberto.

    O militar passará na segunda (3) por uma audiência no Supremo para dar início efetivo à pena. Ele ainda poderá retirar a tornozeleira eletrônica, que o acompanha desde setembro de 2023.

    Moraes também determinou que se prepare um atestado de pena a cumprir por Cid e calcule o “período em que o réu permaneceu preso provisoriamente para fins de detração penal”.

    A decisão de Moraes não cita o retorno ao trabalho do tenente-coronel.

    Como a Folha de S.Paulo mostrou, Cid tem feito planos para seu futuro. Ele espera conseguir até o início de 2026 a autorização do Exército para ir à reserva remunerada, mantendo seus benefícios como militar. Ele avalia se mudar para os Estados Unidos, onde mora um de seus irmãos.

    Ele também avalia se capacitar para dar aulas e prestar consultorias sobre as Forças Armadas. Segundo um de seus interlocutores, o militar diz não ter nenhuma experiência no mundo civil e segue com o futuro incerto após o fim de seu processo no Supremo.

    Exército dá férias a Cid para evitar volta ao quartel na próxima semana

  • Petrobras reduz em 1,7% preço do gás natural para distribuidoras

    Petrobras reduz em 1,7% preço do gás natural para distribuidoras

    Reajuste entra em vigor neste sábado (1º); redução não se aplica ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel

    A Petrobras informou que a partir de sábado (1º) irá reduzir o preço do gás natural nos contratos com as distribuidoras em 1,7% (em média) em relação ao trimestre anterior. A redução não se aplica ao preço do GLP (gás de cozinha), envasado em botijões ou vendido a granel.

    Os contratos entre a Petrobras e as distribuidoras preveem atualizações trimestrais em parte do preço da molécula do gás que está relacionado às oscilações do preço do petróleo Brent e da taxa de câmbio entre real e dólar. De acordo com a Petrobras, para o trimestre que se inicia em novembro de 2025, a referência do petróleo Brent subiu 2,18%, enquanto o real teve valorização de 3,83%.

    Segundo a empresa, desde dezembro de 2022, o preço médio da molécula vendido às distribuidoras acumula uma redução de 33%. No entanto, a Petrobras ressalta que o preço final do gás natural ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da molécula, mas também pelo custo do transporte, pelos tributos federais e estaduais, dentre outros fatores. 

    Petrobras reduz em 1,7% preço do gás natural para distribuidoras

  • Gleisi diz que políticos de direita querem EUA intervindo no Brasil

    Gleisi diz que políticos de direita querem EUA intervindo no Brasil

    Para ministra, governadores deveriam apoiar a PEC da Segurança Pública

    A ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal, Gleisi Hoffmann, criticou o posicionamento de governadores de partidos de direita que, segundo ela, dividem o país e contribuem para o discurso de intervenção dos Estados Unidos em países da América Latina.

    Para ela, os governadores deveriam se juntar ao governo federal na proposição de soluções que fortaleçam a segurança pública. Gleisi citou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 18, conhecida como PEC da Segurança Pública, apresentada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Congresso.

    “Ao invés de somar forças no combate ao crime organizado, como propõe a PEC da Segurança enviada pelo presidente Lula ao Congresso, os governadores da direita, vocalizados por Ronaldo Caiado, investem na divisão política e querem colocar o Brasil no radar do intervencionismo militar de Donald Trump na América Latina”, disse a ministra em rede social, nesta sexta-feira. 

    O presidente dos Estados Unidos já tem feito movimentos militares no hemisfério sul. Ele tem posicionado navios no mar do Caribe, próximo à Venezuela, com o argumento de combater o narcotráfico. O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tem alegado, no entanto, que os EUA querem tirá-lo do poder.

    Ela comparou esses governadores ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está morando nos Estados Unidos desde março. Ele é acusado no Brasil de fomentar as sanções comerciais do governo do presidente Donald Trump contra as exportações brasileiras, a aplicação da Lei Magnisky e a suspensão de vistos dos ministros da Corte e integrantes do governo federal.

    “Não conseguem esconder seu desejo de entregar o país ao estrangeiro, do mesmo jeito que Eduardo Bolsonaro e sua família de traidores da pátria fizeram com as tarifas e a Magnitsky”, disse.

    “Segurança pública é uma questão muito importante, que não pode ser tratada com leviandade e objetivos eleitoreiros. Combater o crime exige inteligência, planejamento e soma de esforços”, completou.

    “Consórcio da Paz”

    Sete governadores anunciaram nesta quinta-feira (30) a criação do Consórcio da Paz, um projeto de integração para trocar informações de inteligência, prestar apoio financeiro e de contingente policial no combate ao crime organizado.

    Se reuniram no Rio de Janeiro, com o governador Cláudio Castro (PL), os governadores Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Eduardo Riedel (Progressistas), do Mato Grosso do Sul; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas). O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), participou remotamente, por chamada de vídeo.

    Todos os governadores presentes elogiaram os resultados da ação policial nos complexos da Penha e do Alemão. Para Romeu Zema, a operação deve ser “considerada a mais bem-sucedida”. “As forças de segurança do Rio de Janeiro fizeram, no meu entender, uma operação que vai fazer parte da segurança pública no Brasil”, disse.

    A operação resultou na morte de 121 pessoas, sendo quatro policiais militares, apreensão de 93 fuzis e provocou caos na cidade, com interdição de vias. O objetivo principal anunciado previamente era a captura de Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, tido como principal chefe da facção criminosa Comando Vermelho. No entanto, ele não foi preso na operação e continua foragido.

    PEC da Segurança Pública

    A PEC 18, apresentada pelo governo federal, tem sido criticada por esses mesmos governadores. O grupo defende que o texto tira deles a autonomia sobre as polícias dos estados. “Único objetivo do governo federal é tirar dos governadores as diretrizes gerais da segurança pública, que é um determinação que a Constituição de 88 nos deu. Querem transferir nossa autonomia e transformar em diretriz geral do Ministério da Justiça. É intervenção direta nas polícias dos estados”, afirmou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado.

    A proposta estabelece que a União seja a responsável por elaborar a política nacional de segurança pública, “cujas diretrizes serão de observância obrigatória por parte dos entes federados, ouvido o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, integrado por representantes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”. O governo federal tem argumentado que a PEC mantém as autonomias das forças de segurança estaduais e distrital.

     

    Gleisi diz que políticos de direita querem EUA intervindo no Brasil

  • Com 1.500 vagas, município em Goiás lança edital de concurso público para níveis médio e superior

    Com 1.500 vagas, município em Goiás lança edital de concurso público para níveis médio e superior

    Inscrições começam dia 15 de dezembro; salários podem chegar a R$ 9.929,68; último certame da cidade foi realizado em 2019, antes da pandemia, e não há mais pessoas para convocar

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A prefeitura de Senador Canedo (GO) publicou, nesta quarta-feira (29), um edital para abertura de um concurso público com 1.505 vagas imediatas e 4.515 cadastros de reserva, com salários de até R$ 9.929,68.

    As inscrições começam no dia 15 de dezembro de 2025 e vão até 17h de 15 de janeiro de 2026, no site do Instituto Verbena da UFG (Universidade Federal de Goiás). A taxa é de R$ 130,00 para os cargos com nível médio e de R$ 150 para os de nível superior.

    O último certame da cidade foi realizado em 2019, antes da pandemia, e não há mais concursados para convocar, segundo a prefeitura. Além disso, de acordo com o último Censo, Senador Canedo foi a cidade com mais de 100 mil habitantes que mais cresceu no Brasil. “Cresce a demanda de serviços oferecidos pela prefeitura, como saúde e educação”, informa o município.

    Os cargos estão divididos em seis grupos. O grupo 1 engloba todos os cargos de nível médio, e os demais são para nível superior. O 2 é voltado a cargos de conhecimentos gerais, o 3 para os formados na área de educação, o 4 em saúde, o 5 para controladoria e o 6 para o cargo de procurador do município -com cinco vagas para advogados e salário de R$ 6.813,95.

    Os cargos com o maior salário são os de fiscal de saúde pública, serviços urbanos, tributos municipais e meio ambiente. Para alguns destes, são aceitos qualquer diploma de graduação.

    Serão reservadas 5% das vagas para pessoas com deficiência. O quadro de vagas completo para todos os mais de 60 cargos pode ser acessado no edital. Clique aqui para baixar.
    COMO SE INSCREVER NO CONCURSO DE SENADOR CANEDO?

    1 – Acesse o site institutoverbena.ufg.br a partir do dia 15 de dezembro
    2 – Na aba “Concursos públicos”, clique em “Novos”
    3 – Acesse “Mais informações” na opção “Prefeitura Municipal de Senador Canedo”
    4 – Preencha o formulário de inscrição
    5 – Se não tiver direito a isenção, gere o boleto e efetue o pagamento até dia 15 de janeiro

    VEJA O CALENDÁRIO DO CONCURSO

    • Período de inscrições – 15/12/2025 até 17h de 15/1/2026
    • Prazo para pedir isenção da taxa de inscrição – 15 a 17/12/2025
    • Resultado do pedido de isenção – 6/1/2026
    • Último dia para pagar o boleto – 15/1/2026
    • Divulgação do local de prova para os cargos dos grupos I e II – 19/2/2026
    • Realização das provas objetiva e discursiva para os grupos I e II – 22/2/2026
    • Publicação do gabarito preliminar das provas objetivas para os grupos I e II – 23/2/2026
    • Divulgação do local de prova para os cargos dos grupos III, IV, V e VI – 24/2/2026
    • Realização das provas objetiva e discursiva para os grupos III, IV, V e VI – 1/3/2026
    • Publicação do gabarito preliminar das provas objetivas para os grupos III, IV, V e VI – 2/3/2026
    • Publicação do gabarito final das provas objetivas para todos os cargos e das respostas esperadas preliminares da prova discursiva – 13/3/2026
    • Publicação do resultado final das provas objetivas e das respostas esperadas finais da prova discursiva – 25/3/2026
    • Publicação do resultado preliminar da prova discursiva e da redação – 10/4/2026
    • Publicação do resultado final da prova discursiva e da redação – 24/4/2026
    • Prazo para realizar o upload dos títulos da prova de títulos para os cargos de professor – 28 e 29/4/2026
    • Publicação do resultado final do concurso público – 19/6/2026

    Com 1.500 vagas, município em Goiás lança edital de concurso público para níveis médio e superior

  • Lula se reúne com ministros para tratar de PL Antifacção, após operação do Rio

    Lula se reúne com ministros para tratar de PL Antifacção, após operação do Rio

    Agenda, divulgada apenas na tarde desta sexta (31), terá presença de Ricardo Lewandowski, José Múcio e Jorge Messias; projeto institui tipificação penal de ‘organização criminosa qualificada’, com pena de até 30 anos de prisão

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne na tarde desta sexta-feira (31) com os ministros Ricardo Lewandowski (Justiça), José Múcio (Defesa) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) para tratar do projeto de lei antifacção.

    A reunião foi publicada na agenda oficial do presidente somente no início desta tarde. O encontro ocorre dois dias depois de o presidente se manifestar sobre a operação policial que matou mais de 100 pessoas no Rio de Janeiro, na última terça-feira (28), e mirava a facção Comando Vermelho.

    O projeto, enviado pelo Ministério da Justiça ao Palácio do Planalto na semana passada institui o tipo penal de “organização criminosa qualificada”, com pena que pode chegar a 30 anos de prisão.

    O texto, inicialmente chamado de Lei Antimáfia, também endurece a punição para líderes dessas organizações e institui o Banco Nacional de Organizações Criminosas, destinado a reunir informações estratégicas para facilitar a investigação e o rastreamento das facções.

    Desde então, o projeto estava sob análise da Casa Civil. Já havia a expectativa de que o presidente enviasse a proposta do governo ao Congresso antes de partir para Belém (PA), para onde viaja neste sábado (1º) em cumprimento às agendas da COP30.

    A deliberação ocorre em um momento de perspectivas de decisões por parte do presidente Lula. Além das reações à operação do Rio, está pendente a indicação do novo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), para o lugar de Luís Roberto Barroso. O principal nome cotado é Jorge Messias, ministro da AGU também presente na reunião dessa sexta.

    O texto do projeto prevê ainda pena de reclusão de 12 a 30 anos para homicídio praticado por ordem ou benefício de organização criminosa qualificada. O crime passa a ser considerado hediondo -é inafiançável, não pode ser beneficiado por graça, indulto ou anistia e exige o cumprimento da pena em regime inicial fechado.

    Já em relação a organização criminosa simples, o crime passa de 3 a 8 anos de prisão para de 5 a 10 anos.

    Segundo o Ministério da Justiça, o projeto implementa instrumentos para descapitalização do crime organizado de forma mais rápida. Também autoriza a infiltração de policiais e colaboradores nas organizações durante a fase investigativa.

    Lula se reúne com ministros para tratar de PL Antifacção, após operação do Rio

  • Bancos reforçam campanha pelo saque-aniversário do FGTS antes de mudança das regras

    Bancos reforçam campanha pelo saque-aniversário do FGTS antes de mudança das regras

    Antecipação do dinheiro do fundo será limitada a partir deste sábado (1º); entenda as alterações; trabalhadores podem conseguir empréstimos com regras antigas até esta sexta-feira (31)

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Bancos e instituições financeiras intensificaram o envio de mensagens e notificações a clientes para estimular a antecipação do saque-aniversário do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), antes que as mudanças nas regras entrem em vigor.

    A partir deste sábado (1º), trabalhadores que aderirem à modalidade só poderão fazer empréstimo usando o fundo como garantia após três meses da adesão. Haverá ainda limitação de valor e de quantia de parcelas antecipadas.

    As alterações foram aprovadas pelo Conselho Curador do FGTS em reunião no início deste mês e confirmadas pela Caixa Econômica Federal, gestora do fundo. Até então, não havia limite para este tipo de empréstimo, que cobra juros para antecipar o dinheiro do trabalhador.

    O Bradesco e o Banco Inter enviaram notificação e email sobre o tema nos últimos dias, enquanto o Nubank publicou um texto explicativo em seu blog. Procuradas, as instituições não comentaram as ações.

    A partir deste sábado, será possível antecipar até cinco saques-aniversário em um período de 12 meses. Depois desse prazo, o trabalhador poderá realizar até três novas antecipações em três anos.

    Outra mudança refere-se ao valor a ser emprestado. Antes, o trabalhador podia antecipar o valor integral da conta. Agora, o mínimo é de R$ 100 e o máximo, de R$ 500 por saque-aniversário. Com isso, o trabalhador poderá antecipar até cinco parcelas de R$ 500, totalizando R$ 2.500.

    O saque-aniversário do FGTS é uma modalidade que substitui o saque-rescisão. Criado em 2019, antecipa parte do valor ao trabalhador que adere a ele. Esse profissional, no entanto, fica sem acesso ao dinheiro do Fundo de Garantia na demissão sem justa causa.

    O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) estima que, com a medida, R$ 84,6 bilhões vão deixar de sair do fundo para as instituições financeiras e serão repassados aos trabalhadores até 2030. Para quem já tem empréstimo ativo, nada muda. Novas contratações, no entanto, entram nas novas regras. Até esta sexta-feira (31) valem as normas antigas.

    Bancos incentivam antecipação antes de mudanças

    O Bradesco enviou uma notificação nos dispositivos de seus clientes com o título “Novas regras!”, explicando que as condições atuais seriam válidas só até esta sexta-feira (31).

    O Banco Inter enviou um email com o assunto “Saque ilimitado? Só até 31/10!”. No corpo, havia um símbolo de “Urgente” e um chamado de “Antecipe antes das mudanças”.

    O Nubank publicou texto em seu blog para tirar dúvidas sobre o que é o saque-aniversário e o que muda com, acompanhado de um botão para o cliente que quiser conhecer as condições da instituição.

    A reportagem também contatou Banco Pan, PicPay e Itaú, que preferiram não comentar. A Caixa, o Santander, o Sicoob e o Banco do Brasil não retornaram. O BV diz que não oferece o produto. O C6 Bank diz que já se adaptou às novas regras e que não oferece mais as condições antigas.

    O QUE MUDA NO SAQUE-ANIVERSÁRIO DO FGTS A PARTIR 1º DE NOVEMBRO?

    A partir de 1º de novembro, haverá limitações para quem quer fazer o empréstimo ligado ao saque-aniversário do FGTS. Dentre as mudanças estão:

    – Prazo de 90 dias para fazer a antecipação após optar pelo saque-aniversário do FGTS
    – Limitação da antecipação a até cinco anos até outubro de 2026, reduzindo-se para três anos a partir de novembro de 2026
    – Parcela mínima que poderá se antecipada por ano é de R$ 100 e a máxima, de R$ 500
    – Restrição a uma única operação por trabalhador, mesmo com saldo remanescente para mais empréstimos

    QUEM CONSEGUE EMPRÉSTIMO DO FGTS COM REGRAS ANTIGAS, MAIS VANTAJOSAS?

    O trabalhador que quiser fazer empréstimo ligado ao saque-aniversário do FGTS deve optar pela modalidade até esta sexta-feira. Para isso, é preciso baixar e acessar o aplicativo FGTS, escolher a medida e, depois, autorizar a instituição financeira a consultar os valores e realizar o bloqueio de parte do fundo como garantia para o empréstimo.

    Após essa autorização, a operação deve ser realizada diretamente com o banco no qual fará o adiantamento dos valores.

    A partir de 1º de novembro de 2025, o trabalhador somente conseguirá conceder autorização à instituição financeira para consulta e bloqueio de saldo FGTS em garantia após 90 dias do início da opção pelo saque-aniversário.

    Um trabalhador que fizer a adesão em 1º de dezembro de 2025, por exemplo, só poderá autorizar a instituição financeira a bloquear seu saldo e conceder seu empréstimo a partir de 1º de março de 2026.

    COMO É HOJE O EMPRÉSTIMO DO SAQUE-ANIVERSÁRIO E O QUE VAI MUDAR?

    Hoje, não há limite para a antecipação dos valores do FGTS, que nada mais é do que um empréstimo com juros. Com as mudanças, trabalhadores poderão antecipar até cinco parcelas (cinco anos) no primeiro ano que aderir ao saque. Depois, poderão fazer novos empréstimos antecipando até três parcelas (3 anos).

    A Caixa, por exemplo, limita o empréstimo a dez anos, ou seja, o trabalhador pode antecipar até dez parcelas que seriam pagas ano a ano, no mês do seu aniversário. Há, no entanto, casos de antecipação de valores até 2056.

    O QUE É O SAQUE-ANIVERSÁRIO DO FGTS?

    Criado em 2019, o saque-aniversário permite ao trabalhador retirar parte do FGTS por ocasião de seu aniversário. Quem adere a ele não tem direito ao saque-rescisão no momento da demissão, e fica apenas com a multa de 40%.

    Esse trabalhador só pode ter acesso ao saque-rescisão meses depois de deixar a modalidade de aniversário, cuja adesão é voluntária. O valor que pode ser retirado varia de 5% a 50% do montante, acrescido de uma parcela adicional também atrelada ao saldo na conta do trabalhador.

    COMO FUNCIONA O SALDO DE GARANTIA?

    O FGTS funciona como uma poupança para o trabalhador. O fundo foi criado em 1966, com o fim da estabilidade no emprego, e passou a valer a partir de 1967. Todo mês o empregador deposita 8% sobre o salário do funcionário em uma conta aberta para aquele emprego.

    Há ainda a multa de 40% sobre o FGTS caso o trabalhador seja demitido sem justa causa. Desde a reforma trabalhista de 2017, há também a possibilidade de sacar 20% da multa após acordo com o empregador na demissão.

    QUEM TEM DIREITO AO FGTS?

    Todo trabalhador com carteira assinada deve ter o FGTS depositado, o que inclui, atualmente, as empregadas domésticas. Até 2015, não havia direito ao FGTS por parte das domésticas. A PEC das Domésticas, porém, trouxe essa possibilidade em 2013, mas a lei que regulamentou a medida e possibilitou os depósitos dos valores por parte dos empregadores passou a valer apenas dois anos depois.

    Bancos reforçam campanha pelo saque-aniversário do FGTS antes de mudança das regras