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  • Portos batem recorde de movimento de cargas em um mês

    Portos batem recorde de movimento de cargas em um mês

    Todos os tipos de carga registraram alta em julho em relação ao mesmo mês de 2024

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os portos movimentaram, em julho, o maior volume mensal de cargas da história do Brasil. Foram 124,7 milhões de toneladas, dos quais 73% correspondem à navegação de longa distância (exportação e importação) e 20% à cabotagem (entre portos brasileiros).

    No acumulado de janeiro a julho deste ano, 780,4 milhões de toneladas de cargas passaram pelos portos brasileiros, uma alta de 1,76% ante o mesmo período de 2024.

    Todos os tipos de carga registraram alta em julho em relação ao mesmo mês de 2024. Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, os granéis sólidos (minerais e vegetais) puxaram esse aumento, com mais de 76,6 milhões de toneladas -4% no acumulado do ano até julho.

    “A gestão que estamos implementando no governo federal, com a ampliação das concessões e o fortalecimento da infraestrutura, tem como foco garantir segurança jurídica e atrair novos investimentos”, disse o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos).

    Para ele, essa política tem sido responsável por ampliar a capacidade dos portos e fortalecer as exportações.

    Portos batem recorde de movimento de cargas em um mês

  • Gilmar Mendes cita 'incoerências' e 'contradição' em voto de Fux no julgamento de Bolsonaro

    Gilmar Mendes cita 'incoerências' e 'contradição' em voto de Fux no julgamento de Bolsonaro

    Gilmar classificou a possibilidade de sanções aos ministros da Corte e o uso da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras como um “neocolonialismo tecnológico”

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ministro Gilmar Mendes, decano do STF (Supremo Tribunal Federal), criticou o voto do colega Luiz Fux durante o julgamento da trama golpista e disse que, caso estivesse na Primeira Turma, encarregada do processo, condenaria Jair Bolsonaro (PL) e os demais acusados “de maneira inequívoca”.

    “Acho que, com todas as vênias, como vocês costumam dizer, o voto do ministro Fux está prenhe [cheio] de incoerências. Porque, a meu ver, se não houve golpe, não deveria ter havido condenação. Condenar o [tenente-coronel Mauro] Cid e o [general Walter] Braga Netto e deixar todos os demais de fora parece uma contradição nos próprios termos.”

    Gilmar falou sobre o caso com jornalistas após a inauguração de uma sede do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa) em São Paulo, entidade da qual é sócio.

    O ministro afirmou, contudo, que divergências em julgamentos são normais e que o voto de Fux não deve servir para fortalecer um projeto de anistia, que ele já classifica como inconstitucional. Disse também que o Brasil, com o julgamento, deu um exemplo ao mundo de como punir ataques à democracia.

    “Teve uma divergência, mas é absolutamente normal nesse contexto. Os votos mostraram a coerência do julgamento e acho que o Brasil, num momento bastante delicado da vida internacional, da vida mundial e também da nossa vida local, deu um belo exemplo para o mundo de que tentativas de golpe, de atentados contra a democracia precisam ser punidas.”

    Fux se manifestou por mais de 12 horas na última quarta-feira (10). Seu voto divergiu dos demais colegas e optou pela condenação apenas de Cid e Braga Netto, com a absolvição dos demais acusados.

    Gilmar e o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, compareceram no dia seguinte, o que foi interpretado como uma tentativa de passar a mensagem de que o Supremo estava unido no caso.

    “Eu acho que nós estamos unidos e precisamos nos manter unidos diante desses desafios que se colocam. Nesses 40 anos de democracia, nós não passamos por nenhum momento tão grave de ataque às instituições como vivemos durante o governo Bolsonaro, nesses dias finais do governo Bolsonaro e início do governo Lula. De modo que é preciso que uma instituição forte como o Supremo mostre a sua união e a sua fortaleza”, disse.

    Questionado por jornalistas, o ministro voltou a criticar as declarações dadas pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que, na manifestação bolsonarista de 7 de Setembro, na avenida Paulista, criticou a “tirania” do ministro Alexandre de Moraes.

    “Todos sabem que não há tirania nem ditadura no Brasil. Certamente havia uma proposta de ditadura que nós logramos desmantelar. Isso é que precisa ficar anotado. Ninguém assume uma posição tirânica no Supremo Tribunal Federal. Os próprios advogados que estiveram na tribuna, advogados de figuras importantes, como o presidente Bolsonaro ou Braga Netto, reconheceram que havia uma situação golpista”, disse Gilmar.

    “Portanto, ninguém está negando que houve uma tentativa de golpe. Pediram atenuação de penas, mas reconheceram a gravidade da situação e defenderam o Supremo Tribunal Federal dos ataques perpetrados pelos seus próprios defendidos”, complementou o ministro.

    Gilmar classificou a possibilidade de sanções aos ministros da Corte e o uso da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras como um “neocolonialismo tecnológico”.

    “A rigor, a gente está vivendo, até com essa aplicação da Lei Magnitsky e outras situações similares, talvez um ressurgimento de outro tipo de colonialismo: um neocolonialismo tecnológico ou digital. E o país precisa se preocupar com isso. Nós precisamos nos preocupar com isso, sermos mais independentes”, afirmou.

    O ministro, contudo, disse que “não faz nenhum sentido” medidas como as sanções.

    “Seria absurdo que o governo brasileiro colocasse na sua pauta de reivindicações de uma negociação a liberação lá do ‘Epstein Files’ [arquivos do caso Jeffrey Epstein, que envolve uma rede de pedofilia relacionada a milionários e autoridades dos EUA e constrange o presidente Donald Trump], nos Estados Unidos. Isso não tem nada a ver com política comercial. Da mesma forma, é absurdo pedir ao Brasil que libere alguém que está respondendo a um processo regular para fazer qualquer negociação comercial”, disse.

    “Acho que a democracia brasileira sai mais forte desse resultado. As sanções não afetam a vida institucional do país e nós vamos seguir aplicando as leis brasileiras”, afirmou Gilmar.

    Gilmar Mendes cita 'incoerências' e 'contradição' em voto de Fux no julgamento de Bolsonaro

  • Câmara dos Deputados autoriza novo concurso público com salários de até R$ 34 mil

    Câmara dos Deputados autoriza novo concurso público com salários de até R$ 34 mil

    As vagas serão destinas ao cargo de analista legislativo, que contava com salário inicial de RS 34.812,19 no último edital

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), autorizou, na última quinta-feira (11), a realização de um novo concurso público para a Casa.

    A decisão foi anunciada em uma cerimônia de apresentação de nova gestão e da agenda 2025-2027 e, depois, publicada no Diário da Câmara dos Deputados.

    As vagas serão destinas ao cargo de analista legislativo, que contava com salário inicial de RS 34.812,19 no último edital, nas especialidades de registro e redação, processo legislativo e gestão, comunicação social, documentação e informação legislativa, museólogo, engenheiro e médico.

    A seleção terá vagas também para o cargo de técnico legislativo, nas atribuições de policial legislativo federal e assistente legislativo e administrativo. No último concurso da Câmara, o salário inicial para o cargo era de R$ 26.196,30.

    A quantidade de vagas para provimento imediato e de cadastro de reserva será definida no edital do concurso.

    COMO ESTUDAR ANTES DA PUBLICAÇÃO DO EDITAL?

    Diego Fonte, professor do Gran Concursos, diz que, historicamente, a Câmara dos Deputados costuma tomar por base seus editais anteriores. “Por exemplo, o edital da polícia legislativa de 2014 é bem semelhante ao anterior de 2007, o de consultor legislativo de 2023 é quase uma cópia do último de 2014, entre outros editais que seguem essa lógica”, afirma o especialista.

    Ele não recomenda estudar com base nos editais mais recentes do Senado Federal.

    NO QUE PRECISO PRESTAR ATENÇÃO?

    Fonte diz que quem conseguir estabelecer um bom ritmo no período pré-edital estará alguns passos à frente, já que a maior parte dos candidatos só começa a estudar com a publicação do edital.

    “Quem for concorrer para o cargo de Policial Legislativo já deve começar desde já a se preparar para o TAF (Teste de Aptidão Física), etapa que costuma ser negligenciada por muitos inscritos que, infelizmente, por vezes são aprovados nas provas téoricas e acabam se lesionando durante os treinamentos e nem mesmo conseguem realizar a prova física”, afirma o professor.

    Ele também diz que será essencial uma preparação forte em língua portuguesa, que costuma ter uma grande quantidade de questões e maior peso nos concursos da Câmara. Além disso, também é recomendado uma preparação específica para a prova discursiva.

    Segundo o especialista, no último concurso para analista de técnica legislativa um elevado número de candidatos foi reprovado na prova discursiva, não sendo possível nem mesmo compor o cadastro de reserva esperado pelo órgão.

    QUAIS SÃO AS MELHORES ESTRATÉGIAS DE ESTUDO PARA O MOMENTO?

    Nesta etapa inicial, Diego Fonte diz que é ideal estabelecer ciclos de estudos com variadas disciplinas (não estudar apenas uma matéria por vez), alternar estudo teórico com a resolução de questões de concursos anteriores, utilizar técnicas acessórias (como flashcards) para memorizar conteúdos “decorebas”, além de realizar revisões periódicas.

    Ele afirma ainda que as revisões “ativas” são importantes, por meio da resolução de questões e da confecção de um cadernos dos erros para que o candidato entenda os pontos de maior dificuldade.

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  • Bolsonaro pede a Moraes para receber Valdemar, líderes e relator de anistia após condenação

    Bolsonaro pede a Moraes para receber Valdemar, líderes e relator de anistia após condenação

    A solicitação de Bolsonaro é feita uma semana após ele ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pela tentativa frustrada de golpe de Estado em 2022 e receber pena de prisão de 27 anos e 3 meses

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (15) autorização para receber seis políticos em sua prisão domiciliar nos próximos dias.

    A solicitação foi feita uma semana após Bolsonaro ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) pela tentativa frustrada de golpe de Estado em 2022. A sentença é de 27 anos e 3 meses de prisão.

    A lista inclui o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, os líderes do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), e da oposição no Senado, Rogério Marinho (RN), e o deputado Rodrigo Valadares (União Brasil-SE), que relatou o projeto de lei da anistia na Comissão de Constituição e Justiça.

    O senador Wilder Morais (PL-GO) e o ex-ministro de Minas e Energia Adolfo Sachsida completam a lista de pedidos de visita enviada pela defesa do ex-presidente ao Supremo nesta segunda.

    Os advogados também comunicaram ao STF que Bolsonaro pretende continuar recebendo um grupo de oração às quartas-feiras em sua casa. O grupo é coordenado pela pastora Ezenete Rodrigues e conta com a participação de outras 15 pessoas.

    O deputado distrital Thiago Manzoni (PL), do Distrito Federal, está com o nome na lista para participar do grupo de oração.

    “Cumpre renovar os esclarecimentos de que esse grupo de oração já se reunia regularmente na residência do Peticionante antes mesmo da imposição das medidas cautelares. Assim, em atenção ao que já foi reconhecido por Vossa Excelência quanto à preservação da rotina familiar, informa-se que tais encontros continuarão a ocorrer semanalmente, às quartas-feiras, salvo determinação em sentido diverso”, diz o advogado Celso Vilardi na petição.

    Bolsonaro tem recebido visitas em sua casa desde que foi decretada sua prisão domiciliar, em 4 de agosto. Os visitantes precisam ter autorização do ministro Alexandre de Moraes. Os encontros ocorrem de segunda a sexta, um por dia, e é proibido o uso de celular.

    Moraes também determinou que todas as pessoas que entrarem e saírem da casa de Bolsonaro precisam passar por revista no carro, para evitar possível tentativa de fuga.

    Nos pedidos enviados nesta segunda, a defesa de Bolsonaro apresentou motivos que justificariam o encontro do ex-presidente com os políticos que pretendem visitá-lo.

    Para Rogério Marinho, por exemplo, a defesa diz que a visita seria importante para a “manutenção de tratativas institucionais contínuas com o Parlamentar, cujas atribuições no Congresso Nacional exigem diálogo direto com o Peticionante, inclusive para definição de estratégias e acompanhamento de pautas relevantes ao partido e à representação popular”.

    “A autorização ora pleiteada harmoniza-se com a preservação do controle judicial sobre a medida cautelar imposta, ao mesmo tempo em que assegura condições mínimas para o exercício da atuação política do Peticionante, ainda que em prisão domiciliar”, diz Vilardi.

    Os advogados de Bolsonaro dizem que a interlocução com Valdemar é “indispensável […] para coordenação de pautas institucionais e planejamento de ações políticas de alcance nacional”.

    Nos outros casos, a defesa afirma que o encontro deve ocorrer “em razão da necessidade de diálogo pessoal com o Peticionante”.

     

    Bolsonaro pede a Moraes para receber Valdemar, líderes e relator de anistia após condenação

  • Dino suspende emendas Pix de R$ 671 mi e pede investigação da PF sobre suspeitas

    Dino suspende emendas Pix de R$ 671 mi e pede investigação da PF sobre suspeitas

    Relatório mostra que, nos cinco anos analisados, os dez municípios que mais receberam recursos das emendas Pix arrecadaram quase R$ 725 milhões; veja quais são as cidades com suspeitas de irregularidades na aplicação dos recursos!

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), enviou nesta segunda-feira (15) à Polícia Federal um relatório que mostra que nove das dez cidades que mais receberam emendas Pix de 2020 a 2024 têm indícios de irregularidades na aplicação dos recursos.

    Dino também determinou que o governo federal suspenda os repasses das emendas suspeitas dos nove municípios. O valor das transferências é de R$ 671 milhões.

    As suspeitas foram apontadas pela CGU (Controladoria-Geral da União) e enviadas ao Supremo em parecer solicitado pelo próprio ministro Flávio Dino.

    O relatório mostra que, nos cinco anos analisados, os dez municípios que mais receberam recursos das emendas Pix arrecadaram quase R$ 725 milhões.

    As cidades com suspeitas de irregularidades na aplicação dos recursos são Carapicuíba (SP), Macapá (AP), São Luiz do Anauá (RR), São João de Meriti (RJ), Iracema (RR), Rio de Janeiro (RJ), Sena Madureira (AC), Camaçari (BA) e Coração de Maria (BA).

    Os problemas são diferentes em cada município, segundo a CGU. Carapicuíba apresentou “falhas na formalização do processo licitatório”; Macapá e Rio de Janeiro têm “indicativos de superfaturamento”. Coração de Maria contratou empresa sem comprovação de capacidade técnica para executar as obras.

    A Controladoria destacou que somente o município de São Paulo, o sexto que mais recebeu emendas Pix de 2020 a 2024, com R$ 54 milhões, não tem suspeitas na aplicação dos recursos.

    “Diante do acima exposto, verifica-se que 9 dos 10 municípios auditados na amostra possuem algum tipo de irregularidade na aquisição de bens e na contratação de serviços, não tendo sido identificadas irregularidades no processo de contratação, na seleção de fornecedores e na execução dos contratos da amostra do município de São Paulo”, diz a CGU.

    Flávio Dino determinou o envio do relatório à direção da Polícia Federal para que as novas suspeitas sejam investigadas pela corporação.

    “Friso que, neste momento, tais procedimentos seguirão tramitando perante este STF, a fim de evitar qualquer embaraço indevido às prerrogativas parlamentares, seguindo-se o declínio às instâncias ordinárias quando for o caso e no momento adequado”, disse.

    O ministro ainda decidiu que a CGU deve ampliar a auditoria sobre as emendas Pix de forma progressiva considerando o “altíssimo índice de problemas identificados em nove dos municípios auditados”.

    “A continuidade é necessária para separar o joio do trigo, evitar injustiças, possibilitar o exercício pleno do direito de defesa e aplicar as sanções cabíveis após o devido processo legal”, completou Dino.

    Dino suspende emendas Pix de R$ 671 mi e pede investigação da PF sobre suspeitas

  • 80 mil empregadores serão notificados para regularizar FGTS de domésticos

    80 mil empregadores serão notificados para regularizar FGTS de domésticos

    Empregadores cadastrados receberão avisos no ‘Domicílio Eletrônico Trabalhista’ sobre possíveis irregularidades no cumprimento da legislação trabalhista

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) iniciará, nesta quarta-feira (17), uma ação voltada à regularização do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) de trabalhadoras e trabalhadores domésticos.

    Mais de 80 mil empregadores cadastrados receberão avisos no DET (Domicílio Eletrônico Trabalhista) sobre possíveis irregularidades no cumprimento da legislação trabalhista.

    Segundo o ministério, as notificações foram elaboradas a partir do cruzamento de dados do eSocial com as guias registradas e pagas à Caixa Econômica Federal, que apontam indícios de débitos no recolhimento do FGTS. No primeiro momento, a iniciativa terá caráter de orientação, com regularização voluntária até o dia 31 de outubro.

    Depois desse prazo, os empregadores que não regularizarem sua situação poderão ter os processos encaminhados para notificação formal e levantamento oficial dos débitos.

    Para evitar a perda de prazos e possíveis prejuízos legais e trabalhista, o ministério recomenda que os empregadores acompanhem regularmente as mensagens enviadas pelo DET.

    No total, 80.506 empregadores estão registrados no DET, responsáveis por 154.063 postos de trabalho doméstico em todo o país. De acordo com o MTE, o montante devido ao FGTS ultrapassa R$ 375 milhões.

    Na análise por estados, São Paulo lidera em números absolutos, com 26.588 empregadores, 53.072 trabalhadores e uma dívida de R$ 135 milhões. O MTE destaca ainda que Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia também apresentam valores expressivos, refletindo sua concentração populacional e econômica.
    Estados como Roraima, Amapá e Acre registram os menores volumes, com débitos inferiores a R$ 1 milhão.

    O QUE É O DET?

    O DET é a plataforma oficial de comunicação entre a inspeção do trabalho e os empregadores, incluindo os domésticos. Por meio dele, são disponibilizados atos administrativos, procedimentos fiscais, intimações, notificações, decisões administrativas e avisos em geral.

    80 mil empregadores serão notificados para regularizar FGTS de domésticos

  • Dólar cai a até R$ 5,32 e Bolsa sobe à espera da 'Superquarta', com decisões do Fed e do BC

    Dólar cai a até R$ 5,32 e Bolsa sobe à espera da 'Superquarta', com decisões do Fed e do BC

    Nesta segunda, o mercado repercute o Boletim Focus, com economistas consultados pelo Banco Central reduzindo suas estimativas para a inflação neste ano (de 4,85% para 4,83%) e ajustando para baixo suas projeções para a taxa básica de juros em 2026

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu em queda e o Ibovespa em alta nesta segunda-feira (15), com os investidores começando a semana à espera da chamada “Superquarta” (17), quando o Banco Central e o Federal Reserve (o banco central americano) decidirão os juros no Brasil e nos Estados Unidos.
    Por volta das 10h11, o dólar à vista cedia 0,55%, a R$ 5,324, e a Bolsa subia 0,53%, a 143.034 pontos.

    Nesta segunda, o mercado repercute o Boletim Focus, com economistas consultados pelo Banco Central reduzindo suas estimativas para a inflação neste ano (de 4,85% para 4,83%) e ajustando para baixo suas projeções para a taxa básica de juros em 2026.

    Além disso, o IBC-Br (índice de Atividade Econômica do Banco Central) de julho mostrou uma desaceleração maior que a esperada por analistas, com uma queda de 0,5% ante junho.

    Foi o terceiro mês consecutivo de recuo do índice, que é visto como um sinalizador do Produto Interno Bruto. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam contração de 0,2%. As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) abriram em baixa nesta segunda-feira, após a divulgação do indicador.

    Na semana, nos EUA, a expectativa é do primeiro corte de juros deste ano pelo Fed, de 25 pontos na taxa básica, e por aqui o BC deve manter a Selic em 15% ao ano. Os comunicados das decisões serão acompanhados com atenção, na expectativa de sinalização dos próximos passos da política monetária de ambos os países.

    “A semana passada foi marcada por uma apreciação do real, principalmente por conta da crescente expectativa de que o Fed irá baixar juros, ainda mais em um cenário em que o Banco Central deve manter a Selic em 15%. Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real”, avalia Daniel Teles, sócio da Valor Investimentos.

    “O dólar mostra tendência de queda nesta segunda, em linha com o movimento externo de enfraquecimento da moeda americana”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. “A moeda americana apresenta fraqueza desde sexta-feira, por conta da consolidação das apostas de um ciclo de cortes de juros pelo Fed.”

    No radar, estão ainda possíveis retaliações dos EUA após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses. Na última quinta (11), o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou que o país responderá “adequadamente” ao que chamou de novo de “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

    Na última sexta (12), beneficiado por fluxo estrangeiro, o dólar fechou o pregão em queda de 0,70%, a R$ 5,353, o menor patamar desde junho do ano passado, segundo dados da CMA. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,61%, a 142.271 pontos.

    Para analistas, a perspectiva de cortes nas taxas de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve (o banco central americano) ajuda a atrair recursos para o Brasil, valorizando o real. Durante o pregão, a moeda americana chegou a ser negociada no patamar de R$ 5,34.

    “O dólar está caindo principalmente por conta de três cortes de juros que o mercado já está precificando nos Estados Unidos, que devem acontecer neste ano”, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos.

    É a mesma avaliação de Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank. “Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real”, afirma.

    A confiança do consumidor dos EUA, indicador divulgado pela Universidade de Michigan, caiu pelo segundo mês consecutivo em setembro, conforme os consumidores observaram riscos crescentes para as condições de negócios, o mercado de trabalho e a inflação.

    “Os consumidores americanos se mostraram mais pessimistas nesse mês de setembro, e isso ajudou a consolidar a perspectiva de que vai ter corte de juros nos Estados Unidos”, aponta Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

    Já o Ibovespa operou o dia todo em queda, em movimento de correção após renovar máximas nesta quinta (11).

    “Existe o risco de que os Estados Unidos coloquem mais alguma punição, seja sanção, seja tarifa”, diz Mattos, da StoneX. “O fato é que essa condenação dificulta uma solução negociada entre Brasil e Estados Unidos para tentar reduzir essas tarifas.”

    O mercado ainda avaliou os dados de serviços no Brasil em julho, divulgados pelo IBGE. O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,3% em julho sobre o mês anterior, em linha com o esperado por economistas. Foi a sexta alta mensal consecutiva do setor, que segue mostrando resiliência em meio ao aperto monetário.

    Para a equipe da Ágora Investimentos, o tom mais contido no exterior e um receio entre os investidores sobre uma possível reação dos Estados Unidos ao desfecho do julgamento de Bolsonaro no STF poderiam prejudicar o desempenho dos ativos locais nesta sexta-feira, conforme relatório a clientes.

    Dólar cai a até R$ 5,32 e Bolsa sobe à espera da 'Superquarta', com decisões do Fed e do BC

  • Trump reitera que Powell precisa cortar juros 'agora' e de forma mais agressiva

    Trump reitera que Powell precisa cortar juros 'agora' e de forma mais agressiva

    “‘O muito atrasado’ precisa cortar as taxas de juros agora, e com redução maior do que tinha em mente”, reiterou Trump, em postagem na Truth Social, referindo-se a Powell e sugerindo que o Fed deveria cortar os juros de forma mais agressiva

    O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a dizer nesta segunda-feira, 15, que o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, precisa voltar a cortar juros.

    “‘O muito atrasado’ precisa cortar as taxas de juros agora, e com redução maior do que tinha em mente”, reiterou Trump, em postagem na Truth Social, referindo-se a Powell e sugerindo que o Fed deveria cortar os juros de forma mais agressiva.

    É amplamente esperado que o Fed corte os juros básicos dos EUA na quarta-feira, 17, no que seria a primeira redução este ano.

    De modo geral, porém, o BC norte-americano não costuma fazer ajustes maiores do que de 25 pontos-base nas taxas.

    Trump reitera que Powell precisa cortar juros 'agora' e de forma mais agressiva

  • Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,0% e diminui de 12,50% para 12,38% em 2026

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,0% e diminui de 12,50% para 12,38% em 2026

    A mediana para a Selic no fim de 2026 diminuiu de 12,50% para 12,38%, depois de 32 semanas de estabilidade. Considerando só as 102 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, porém, a mediana subiu de 12,38% para 12,50%

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,0% pela 12ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 30 de julho.

    No seu comunicado, o Copom afirmou que a incerteza demanda “cautela” na condução da política monetária. E informou que antecipa uma “continuação na interrupção do ciclo de alta de juros”, para avaliar se a manutenção da Selic em 15,0% por período “bastante prolongado” é suficiente para fazer a inflação convergir à meta.

    “O comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, disse o Copom.

    Considerando apenas as 103 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano seguiu em 15%.

    2026

    A mediana para a Selic no fim de 2026 diminuiu de 12,50% para 12,38%, depois de 32 semanas de estabilidade. Considerando só as 102 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, porém, a mediana subiu de 12,38% para 12,50%.

    A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 31ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,0% pela 38ª semana consecutiva.

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,0% e diminui de 12,50% para 12,38% em 2026

  • Moraes solta 1ª fugitiva do 8/1 deportada dos EUA por imigração ilegal

    Moraes solta 1ª fugitiva do 8/1 deportada dos EUA por imigração ilegal

    A garçonete autônoma Cristiane Silva, de 33 anos, chegou à sua casa, em Balneário Camboriú (SC) no último dia 6, após mais de um ano da fuga do Brasil, em 2024. O período incluiu uma estadia na Argentina em 2024 e, depois, 228 dias presa pela Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA e pelo sistema penitenciário do Ceará, no Brasil

    (UOL/CBS NEWS) – Enquanto o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) era julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes mandou soltar a primeira fugitiva dos ataques de 8 de Janeiro que foi deportada dos Estados Unidos para o Brasil por imigração ilegal. A decisão é de 3 de setembro.

    A garçonete autônoma Cristiane Silva, de 33 anos, chegou à sua casa, em Balneário Camboriú (SC) no último dia 6, após mais de um ano da fuga do Brasil, em 2024. O período incluiu uma estadia na Argentina em 2024 e, depois, 228 dias presa pela Polícia de Imigração e Alfândega (ICE) dos EUA e pelo sistema penitenciário do Ceará, no Brasil. Os americanos a deportaram em maio.

    Cristiane não foi condenada por golpe de Estado, mas pegou uma pena de um ano de prisão com restrição de direitos por incitação ao crime e associação criminosa. Ela foi detida no quartel general do Exército em 9 de janeiro de 2023, um dia depois do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes. Em sua defesa, a mulher disse que não participou dos protestos, que não quebrou nada e que estava em Brasília para “passear e conhecer a capital”.

    Por meio de familiares, ela disse ao UOL nesta semana que não gostaria de conceder entrevistas. Mas, em abril, quando ainda estava detida nos EUA, Cristiane negou os crimes pelos quais foi condenada. Ela também havia dito que se arrependia de ter ido com os militantes bolsonaristas a Brasília em um ônibus que saiu de SC com destino à capital.

    “Eu me arrependo, sim, porque eu fui lá para conhecer e acabei… estou sendo injustiçada por algo que eu nem cometi”, disse.

    MINISTRO ENDURECEU PENA DE GARÇONETE

    Cristiane quebrou sua tornozeleira eletrônica em 26 abril de 2024, 12 dias após o UOL revelar que dezenas de militantes bolsonaristas estavam fazendo o mesmo e fugindo para a Argentina – mesmo destino escolhido por ela.

    Em novembro do ano passado, a mulher migrou para os EUA, onde foi detida por imigração ilegal em janeiro, um dia depois da posse do presidente Donald Trump. Em fevereiro de 2025, enquanto estava presa pelos americanos, o STF a condenou a um ano de prisão.

    Cristiane foi deportada em maio para o Brasil. Ela viajou com algemas prendendo os braços à barriga, e sem poder usar o banheiro no voo, segundo relatou sua advogada em audiência de custódia quando chegou a Fortaleza. Apesar de ter sido condenada a uma pena em regime mais brando, o ministro entendeu que, como ela fugiu, houve “desprezo pela Justiça”, e ordenou que o Estado de Santa Catarina a colocasse em uma colônia penal.

    No entanto, a Secretaria de Administração Penitenciária e a Justiça Estadual informaram que não haveria vagas nas colônias penais, mas poderiam ser oferecidas tornozeleiras eletrônicas a Cristiane. A Procuradoria Geral da República entendeu que era o caso de Cristiane cumprir pena do modo original como foi condenada.

    “A inexistência de vagas em estabelecimento prisional compatível com o regime semiaberto é circunstância que impossibilita o cumprimento da pena na forma fixada”, afirma parecer da Procuradoria Geral da República.

    O ministro Alexandre de Moraes concordou, mas disse que, se a condições, forem descumpridas, ela pode ser presa em regime fechado de novo. “Desse modo, [estão] presentes as hipóteses autorizadoras do restabelecimento da pena restritiva imposta à sentenciada, ressaltando que havendo descumprimento injustificado da pena substitutiva imposta, a pena restritiva de direitos será convertida em privativa de liberdade”, afirmou o magistrado.

    A PENA DE CRISTIANE

    Fica proibida de sair de Balneário Camboriú (SC) por um ano, ou seja, até maio de 2026. Este tempo é calculado descontando-se apenas o tempo em que ficou presa em Fortaleza (CE);

    Prestação de trabalho comunitário. São 225 horas e deve ser reduzido conforme o em que ela ficou detida em Fortaleza (CE);

    Curso presencial de democracia. Deve concluir o estudo de “Democracia, Estado de Direito e Golpe de Estado” no Judiciário de sua cidade;

    Redes sociais. Está proibida de utilização de redes sociais até maio de 2026;
    Viagens. Está com passaportes suspenso;

    Armas. Perdeu de eventuais registros de armas de fogo;

    Multa individual. Pagará multa de R$ 13 mil, ou dez salários mínimos à época dos ataques aos Três Poderes;

    Multa coletiva. Pagará multa solidária de R$ 5 milhões, mas que só será cobrada quando isso for dividido entre os mais de 400 condenados pelos ataques, algo estimado por alguns em R$ 12 mil por condenado.

    Parte dessas punições não foi aplicada a réus como Cristiane, presos no QG do Exército, porque eles fizeram um acordo de não-persecução penal com o Ministério Público, no qual eles confessavam os crimes. Cristiane não aceitou o acordo. Em abril, ela afirmou que não assinou a proposta da PGR porque entendia que não cometeu crime algum.

    O pedido para a soltura de Cristiane foi feito por sua advogada, Tatiéli Chagas, assim que ela pousou no Brasil, em maio. Em junho, quando Moraes endureceu o regime de prisão da garçonete, ela protestou. “O que esperávamos era a liberdade, até porque é plenamente cabível e não vislumbraria outra alternativa”, afirmou a defensora à reportagem à época.

    Há cerca de 150 fugitivos dos ataques de 8 de Janeiro na Argentina. Lá, ao menos cinco estão presos pelas forças de segurança argentinas. Outros fugiram pelas Américas. O UOL apurou que eles estão em países como Chile, México e regiões da América Central. Nos EUA, duas mulheres permanecem detidas na Polícia de Imigração de Alfândega (ICE), outras duas já foram deportadas: Cristiane e Rosana Maciel.

    Moraes solta 1ª fugitiva do 8/1 deportada dos EUA por imigração ilegal