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  • Preços aumentam menos que a inflação, e vendas do Dia dos Pais devem crescer neste ano

    Preços aumentam menos que a inflação, e vendas do Dia dos Pais devem crescer neste ano

    A pesquisa se baseia em uma cesta de 23 produtos comumente procurados para presentear na data

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Dia dos Pais deste ano será mais caro do que o do ano passado, segundo levantamento da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo). A pesquisa se baseia em uma cesta de 23 produtos comumente procurados para presentear na data.

    O estudo aponta uma alta média de 3,41% nos preços desses itens. Apesar disso, o aumento ficou abaixo da inflação acumulada em 12 meses, de 5,3%. Com isso, mesmo com alguns produtos mais caros, o cenário é considerado positivo para o consumo, e o poder de compra tende a ser maior neste ano. No ano passado, no mesmo estudo, a cesta tinha subido 2,51%.

    Guilherme Dietze, economista e assessor econômico da FecomercioSP, diz que a expectativa é que o Dia dos Pais deste ano registre crescimento no volume de vendas em relação ao ano passado. Emprego aquecido e aumento da renda das famílias estão entre os fatores que explicam a melhora no poder de compra, afirma. Segundo ele, o cenário de parte dos itens abaixo da inflação e da renda média em alta beneficia consumidores e empresas.

    Apesar dos indicadores positivos, os consumidores devem se atentar aos riscos de endividamento, com cuidado para compras em que o crédito caro deve ter maiores efeitos.

    Apesar dos juros mais altos, no entanto, Dietze diz que o consumidor costuma olhar mais para o custo final da compra, ou seja, para o que terá que pagar na prática, e não para o custo do crédito. Com isso, o emprego aquecido, a inflação mais moderada do que no início do ano e a renda em elevação devem sustentar o cenário favorável para compras, estima a FecomercioSP.

    QUAIS SÃO OS ITENS MAIS CAROS E MAIS BARATOS NESTE ANO?

    Segundo o levantamento da FecomercioSP, dentre os itens que mais subiram, destacam-se os consoles de videogames (7,15%), os produtos para cabelo (6,97%), os instrumentos musicais (6,83%) e as camisetas (6,05%).

    Para quem planejava comprar um videogame, os juros mais altos podem pesar na decisão. O mesmo se aplica a outros eletrônicos, como aparelhos de som, que tiveram alta de 5,05%, e computadores, com aumento de 4,75%.

    No setor de vestuário, há variações distintas. Enquanto itens como camisetas e tênis registraram altas, outros, como cuecas, ficaram mais baratos. Segundo Guilherme Dietze, não há uma explicação única para essas diferenças dentro de um mesmo setor, por se tratar de uma oscilação normal do mercado.

    Dos 23 itens da cesta analisada, apenas três ficaram mais baratos no último ano: aparelhos telefônicos (-0,05%), cuecas (-0,76%) e mochilas (-1,32%).

    O especialista afirma que, apesar das variações nos preços, para o comércio, o mais importante é manter um cliente saudável e de longo prazo. “A empresa não pode ganhar apenas no Dia dos Pais, porque precisa manter o consumidor ativo ao longo do ano. Por isso, não vale a pena ter prejuízo em uma única data”, diz.

    MAIS DESCONTOS E ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA

    Dietze destaca que a inflação de 3,41% representa uma média dos produtos como um todo e que o consumidor pode ampliar suas vantagens de compra ao comparar preços em diferentes lojas. Além disso, é possível obter descontos maiores na hora do pagamento, já que muitos estabelecimentos oferecem condições especiais para quem escolhe pagar à vista por Pix, por exemplo.

    Em alguns casos, optar por uma lembrança simbólica ou por um jantar em família pode ser uma alternativa financeiramente vantajosa para quem não pode gastar muito no momento. Já quem pretende usar o cartão de crédito deve fazer isso com cuidado, considerando o custo final da fatura.

    Outra dica para quem pretende comprar os presentes presencialmente é pesquisar os preços na internet antes de sair de casa. Também vale priorizar locais que concentrem várias lojas, como shoppings, para evitar deslocamentos longos e gastos extras com combustível.

    EXPECTATIVA PARA AS PRÓXIMAS COMEMORAÇÕES

    Segundo à FecomércioSP, ainda é difícil fazer projeções sobre as próximas datas importantes para o varejo, como a Black Friday e o Natal, especialmente diante do tarifaço de Donald Trump, que entra em vigor nesta quarta-feira (6) para o Brasil e impõe taxas de 50% sobre produtos nacionais.

    Preços aumentam menos que a inflação, e vendas do Dia dos Pais devem crescer neste ano

  • Embraer descarta demissões no Brasil e negocia tarifa zero nos EUA

    Embraer descarta demissões no Brasil e negocia tarifa zero nos EUA

    Fabricante de aviões brasileira ficou fora do tarifaço de 50%

    A Embraer, fabricante brasileira de aeronaves, que escapou do tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos, descarta demissões aqui no país este ano e está confiante em conseguir reduzir a zero a atual taxação de 10% em cima de aviões e partes que exporta para os americanos.  

    A declaração foi feita nesta terça-feira (5) pelo diretor-executivo da empresa, Francisco Gomes Neto, durante apresentação dos resultados do segundo trimestre da companhia.

    “O nosso foco é realmente restaurar a tarifa zero. Ficamos muito felizes de passar de 50% a 10%, o que reduziu bastante o impacto para os nossos clientes. Estamos trabalhando com eles para fazer a entrega das aeronaves. Mas, em paralelo, estamos nos esforçando com afinco para restaurar a tarifa zero”, disse. 

    A Embraer emprega 18 mil pessoas no Brasil. Desde abril, a empresa, que exporta metade da produção para os Estados Unidos, está submetida à tarifa de 10% determinada pelo presidente americano, Donald Trump.

    Nas últimas semanas, houve o receio de que a taxação subisse para 50%. Mas na quarta-feira (30), o governo americano decidiu que aeronaves, motores, peças e componentes de aviação ficam de fora do tarifaço.

    Empregos

    De acordo com a companhia, a cobrança de 10% que passou a vigorar em abril significa um custo de US$ 65 milhões, cerca de R$ 350 milhões. Desse impacto, 20% foram sentidos no primeiro semestre e 80% devem ser percebidos no restante do ano. Esse valor é cobrado de partes de aviões executivos que a Embraer vende à subsidiária da empresa nos Estados Unidos, mas trata-se de um alívio se comparado à taxação de 50% da qual a empresa escapou.

    “Voltamos para uma situação mais gerenciável, tanto que já incluímos o impacto das tarifas nas nossas projeções financeiras. Estamos mantendo o nosso guidance [projeção] para o ano, e para atendê-lo temos que entregar todos os aviões que estão planejados. No momento, está completamente fora dos nossos planos qualquer tipo de alteração, redução de quadro por causa de redução de produção”, garantiu Neto.

    Em relação aos aviões comerciais vendidos aos Estados Unidos, o custo é pago pela empresa que compra a aeronave, o que acaba encarecendo o produto.

    Francisco Neto disse acreditar que negociações podem trazer de volta a tarifa zero, como nos últimos 45 anos. Ele citou acordos alcançados recentemente pelo Reino Unido e Europa. 

    Segundo Neto, as negociações se dão por intermédio do governo brasileiro e também diretamente com os americanos.

    Principal mercado

    Os Estados Unidos são o maior mercado de aviação do mundo e absorvem 70% da demanda por jatos executivos da Embraer e 45% de aeronaves comerciais.

    O diretor-executivo da companhia aponta a geração de emprego e investimentos nos Estados Unidos como um trunfo para que o governo Trump volte à tarifa zero.

    A Embraer emprega quase 3 mil pessoas em solo americano. Incluindo a cadeia de fornecedores locais, o contingente chega a 13 mil. A empresa planeja investir US$ 500 milhões, cerca de R$ 2,8 bilhões, em Dallas, no Texas, e Melbourne, na Flórida, nos próximos 5 anos e contratar mais 5,5 mil funcionários até 2030. As estimativas foram feitas, segundo Neto, em cima de cálculos sem a tarifa de 10%.

    O executivo disse que se o governo americano decidir incluir aviões militares como o KC-390 em sua frota aérea, a Embraer projeta mais US$ 500 milhões para uma nova linha de montagem e mais 2,5 mil postos de trabalho.

    A empresa ressalta ainda a importância dos seus aviões E175, de até 80 assentos, considerados essenciais para a aviação regional americana.

    “Temos boa expectativa que isso venha acontecer”, avalia o diretor-executivo sobre a volta da tarifa zero, enfatizando que a estimativa é de saldo comercial positivo de US$ 8 bilhões para os americanos até 2030. Ou seja, no processo de fabricação de aviões, a Embraer gasta mais com compras nos Estados Unidos do que com vendas para lá.

    Resultado

    O resultado do segundo trimestre apresentado nesta terça-feira pela Embraer aponta que a empresa entregou 61 aeronaves no período, sendo 19 jatos comerciais, 38 executivos e quatro militares. No mesmo período do ano passado, foram 47.

    A companhia trabalha com a estimativa de entrega de 77 a 85 aviões comerciais este ano e de 145 a 155 jatos executivos. A carteira total de pedidos atingiu US$ 29,7 bilhões no segundo trimestre deste ano, a maior já registrada.

    A empresa

    Fundada em 1969, a Embraer já fabricou mais de 9 mil aviões para mais de 100 países e 60 Forças Armadas. A empresa soma 23 mil funcionários, sendo 18 mil no Brasil, principalmente na sede em São José dos Campos, em São Paulo. Há contingente também nas cidades paulistas de Sorocaba, Botucatu e Gavião Peixoto, além de engenheiros em Florianópolis e Belo Horizonte.

    Fora do Brasil e nos Estados Unidos, há uma fábrica em Portugal. Nos últimos anos, a companhia contratou 5 mil pessoas para atender a demanda atual e futura.

    Embraer descarta demissões no Brasil e negocia tarifa zero nos EUA

  • Aliados de Bolsonaro no Congresso pedem anistia, impeachment de Moraes e fim de foro

    Aliados de Bolsonaro no Congresso pedem anistia, impeachment de Moraes e fim de foro

    “É necessário que Alcolumbre tenha estatura nesse momento e que ele permita a abertura de um processo por crime de responsabilidade em desfavor do ministro Alexandre de Moraes”, cobrou líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN)

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Parlamentares bolsonaristas reagiram à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com uma ofensiva por três medidas chamadas por eles nesta terça-feira (5) de “pacote da paz”: a aprovação de uma anistia aos golpistas do 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes e o fim do foro especial.

    Em entrevista de imprensa coletiva, deputados e senadores aliados de Bolsonaro pressionaram o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e afirmaram que a oposição vai paralisar os trabalhos na Câmara dos Deputados e no Senado.

    “É necessário que Alcolumbre tenha estatura nesse momento e que ele permita a abertura de um processo por crime de responsabilidade em desfavor do ministro Alexandre de Moraes”, cobrou líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN). “[O foro privilegiado] transformou-se em uma arma de subordinação e coação do Legislativo.”

    Filho mais velho de Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que a prisão domiciliar do pai dá mais força política a eles, mas disse lamentar a situação.

    Flávio afirmou que houve uma “aberração jurídica”, além de uma “pseudomotivação para que se antecipasse o cumprimento de sentença”, ao refutar qualquer ilegalidade no vídeo publicado por ele nas redes sociais que motivou a prisão domiciliar de Bolsonaro.

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, no domingo (3), Flávio fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato. No telefonema, o ex-presidente disse: “Obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    Na decisão em que determinou a prisão de Bolsonaro, Moraes afirmou que houve o descumprimento de medidas cautelares impostas após a operação de 18 de julho, quando o ex-presidente foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de usar redes sociais.

    Vice-presidente da Câmara, o bolsonarista Altineu Côrtes (PL-RJ) prometeu ainda colocar em votação o projeto de lei de anistia aos réus pelo 8 de Janeiro de 2023 assim que o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), se ausentar do cargo.

    A volta dos trabalhos do Legislativo é importante para a oposição porque fornece palcos para discursos e outras formas de protesto. Na metade de julho, quando Bolsonaro foi alvo da primeira restrição de liberdade, seus apoiadores no Congresso tentaram suspender o recesso, mas não tiveram sucesso.

    A bancada bolsonarista pressiona pela aprovação do que chama de “anistia ampla, geral e irrestrita”, ou seja, perdão não apenas aos presos do 8 de janeiro, mas também a Bolsonaro.

    A anistia, porém, não foi encampada pelo centrão e perdeu força na Câmara. Agora, após os atos realizados por bolsonaristas nas ruas no domingo e a prisão domiciliar de Bolsonaro, a expectativa de seus aliados é que o tema seja levado para a votação.

    Segundo integrantes do PL, há uma sensibilização da classe política com a situação de Bolsonaro e uma avaliação de que há abuso por parte de Moraes.

    Aliados de Bolsonaro no Congresso pedem anistia, impeachment de Moraes e fim de foro

  • Itamaraty prepara resposta a tarifaço dos EUA até 18 de agosto, afirma Mauro Vieira

    Itamaraty prepara resposta a tarifaço dos EUA até 18 de agosto, afirma Mauro Vieira

    “O Itamaraty está coordenando a preparação da resposta a ser apresentada pelo governo brasileiro no próximo dia 18 de agosto”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse nesta terça-feira, 5, que o Itamaraty continua mobilizado contra o tarifaço imposto pelos Estados Unidos ao Brasil e que o governo está coordenando uma resposta a ser apresentada até o dia 18 de agosto.

    “Sobre a investida da Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana, que questiona o nosso PIB e outras práticas brasileiras absolutamente legítimas, gostaria de informar que o Itamaraty está coordenando a preparação da resposta a ser apresentada pelo governo brasileiro no próximo dia 18 de agosto”, afirmou, na abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, no Palácio Itamaraty.

    E acrescentou: “O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social sustentável agrega talentos, experiência e articulação. Representa a independência, a força e o dinamismo do povo brasileiro. Será, não tenho dúvidas, instância estratégica no amplo esforço de defesa da economia nacional e do direito soberano do Brasil de definir o seu próprio destino.”

     

    Itamaraty prepara resposta a tarifaço dos EUA até 18 de agosto, afirma Mauro Vieira

  • Trump critica dados de trabalho, pressiona Fed e descarta Bessent como substituto de Powell

    Trump critica dados de trabalho, pressiona Fed e descarta Bessent como substituto de Powell

    Trump voltou a dizer que o presidente do BC americano, Jerome Powell, é “muito político e atrasado”

    O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos (BLS, na sigla em inglês) é “antiquado e muito político”, em entrevista para a CNBC nesta terça-feira, 5, e insinuou sobre a mudança nos dados de trabalho antes e depois da sua eleição.

    “Anunciaram números fenomenais de trabalho antes das eleições e, depois que eu fui eleito, realizaram revisões para baixo nos dados. Falar que os números não são políticos? Dá um tempo”, disse.

    Com maiores expectativas para cortes dos juros pelo Federal Reserve (Fed) na reunião de setembro, Trump voltou a dizer que o presidente do BC americano, Jerome Powell, é “muito político e atrasado”. “Ele está sempre atrasado, só cortou os juros antes das eleições”, mencionou.

    Segundo o republicano, o ex-diretor do Fed Kevin Warsh e o diretor do Conselho Econômico dos EUA, Kevin Hasset, são candidatos “muito bons para o Fed”. Trump afirmou que, além deles, outros dois candidatos estão sendo considerados para o BC americano, mas descartou o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent.

    “Bessent está fora da lista do Fed, ele quer permanecer onde está agora. Ele está realizando um ótimo trabalho no Tesouro”, acrescentou. Para Trump, a renúncia da diretora do Fed Adriana Kugler “foi uma surpresa muito agradável”.

    Trump critica dados de trabalho, pressiona Fed e descarta Bessent como substituto de Powell

  • Quando será o julgamento do Bolsonaro? Veja datas previstas

    Quando será o julgamento do Bolsonaro? Veja datas previstas

    O Supremo Tribunal Federal (STF) planeja reservar as cinco terças-feiras do mês de setembro para o julgamento do “núcleo crucial” da trama golpista

    O julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na ação penal por tentativa de golpe de Estado está previsto para setembro. A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) planeja reservar as cinco terças-feiras do mês para o julgamento do “núcleo crucial” da trama golpista, como é chamado o grupo de oito réus que, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), desempenharam funções de comando na tentativa de ruptura institucional.

    O ex-presidente é um dos réus do núcleo, assim como ex-ministros de sua gestão e militares de alta patente. Segundo a denúncia da PGR, “deles partiram as principais decisões” da tentativa de ruptura institucional. Além de Bolsonaro, são réus do núcleo Walter Braga Netto (ex-ministro da Defesa e Casa Civil), Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional), Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência), Anderson Torres (ex-ministro da Justiça), Almir Garnier (ex-comandante da Marinha), Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) e Mauro Cid (ex-ajudante de ordens da Presidência).

    A ação penal contra o “núcleo crucial” está na etapa de apresentação das alegações finais das defesas. Enquanto delator, Mauro Cid teve prioridade para apresentar suas últimas considerações e encaminhou o documento à Corte na quarta-feira, 29 de julho.

    A PGR pediu a condenação de Bolsonaro por cinco crimes que, somados, podem chegar a 43 anos de prisão. Segundo a Procuradoria, Jair Bolsonaro foi o líder da organização criminosa que tentou o golpe de Estado. O então presidente foi o “principal articulador, maior beneficiário e autor dos mais graves atos executórios voltados à ruptura do Estado Democrático de Direito”.

    “No exercício do cargo mais elevado da República, instrumentalizou o aparato estatal e operou, de forma dolosa, esquema persistente de ataque às instituições públicas e ao processo sucessório”, afirmou o procurador Paulo Gonet ao pedir a condenação dos oito réus do núcleo crucial.

    A Primeira Turma do STF é formada por cinco dos onze magistrados da Corte. Além de Alexandre de Moraes, relator da ação penal por tentativa de golpe, integram a Turma Flávio Dino, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Cristiano Zanin, presidente do colegiado.

    Bolsonaro está em prisão domiciliar devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares, segundo Moraes. Desde 18 de julho, o ex-presidente está submetido a cinco medidas cautelares, entre as quais proibição de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Neste domingo, 3, ele apareceu em um vídeo publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A publicação foi removida. Antes, o ex-presidente já havia descumprido a cautelar ao discursar a apoiadores na Câmara. Moraes decretou a prisão domiciliar do ex-presidente nesta segunda-feira, 4.

    Quando será o julgamento do Bolsonaro? Veja datas previstas

  • Camex autoriza Itamaraty a levar tarifaço de Trump à OMC

    Camex autoriza Itamaraty a levar tarifaço de Trump à OMC

    Medida publicada no Diário Oficial desta terça (5) permite que o Ministério das Relações Exteriores recorra ao órgão internacional

    O Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizou o Ministério das Relações Exteriores a acionar o mecanismo de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

    A resolução, assinada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

    Nesta segunda-feira, 4, Alckmin já havia adiantado a aprovação da consulta pelo órgão. “O presidente Lula agora vai decidir quando fazê-lo e como fazê-lo”, acrescentou. A medida, contudo, tende a ter caráter simbólico, dado que o órgão de apelação da OMC está inativo pela falta de indicação do membro americano.

    Camex autoriza Itamaraty a levar tarifaço de Trump à OMC

  • Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Mulher de ministro seria próxima a ser atingida por Lei Magnistky; punição não deve sair nos próximos dias

    WASHINGTON, DC, E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Aliados de Jair Bolsonaro (PL) esperam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acelere a aplicação de sanções contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e familiares após a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Uma pessoa com acesso às tratativas em Washington diz que a inclusão da esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na lista de sancionados pela Lei Magnistky está encaminhada e já tinha previsão de sair nas próximas semanas, antes mesmo da detenção de Bolsonaro.

    A inclusão, porém, ainda precisa ser fundamentada e, por isso, não deve sair nos próximos dias.

    Moraes foi sancionado na semana passada com base nesta lei. A norma é usada para punir quem comete graves violações de direitos humanos e já foi usada contra ditadores no passado.

    O secretário de Estado, Marco Rubio, afirma que Moraes cometeu abusos ao autorizar detenções preventivas injustas e ao tomar decisões que, segundo ele, minam a liberdade de expressão.

    A Lei Magnistky prevê que pode ser incluído no rol de sancionados quem colaborar com as condutas condenadas pelos EUA.

    A pessoa punida recebe uma sanção da Ofac, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

    Por meio da decisão, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.

    A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo. Os efeitos para as transações de Moraes em reais no Brasil ainda estão sob análise dos bancos.

    Além de Viviane, bolsonaristas dizem que outros ministros do Supremo também podem ser punidos.

    Politicamente, bolsonaristas contam com o governo de Trump para fazer frente ao cerco ao STF, ampliando as sanções contra autoridades brasileiras.

    Na noite desta segunda, o governo Donald Trump disse condenar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que responsabilizará aqueles que ajudarem “condutas sancionadas” do magistrado.

    O posicionamento foi feito por meio de post no X (ex-twitter) na página do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana.

    “O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a mensagem.

    “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”, continua o texto.

    O ex-apresentador Paulo Figueiredo afirmou, antes da ordem de Moraes, que poderia haver uma trégua por parte dos Estados Unidos nos próximos dias.

    O plano era aguardar a repercussão das retaliações americanas ao Brasil na classe política e medir o avanço de medidas, como a anistia a bolsonaristas -principal demanda de Figueiredo e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente que foi aos EUA articular medidas contra autoridades do STF.

    A pretensão foi frustrada pela decisão de Moraes de impor a prisão domiciliar a Bolsonaro. O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato.

    No telefonema, o ex-presidente disse: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou.
    Em nota, a defesa de Bolsonaro afirma que foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, questionou o entendimento de Moraes e anunciou que vai recorrer.

    “O ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida”, diz o texto, assinado pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser. “Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que ‘em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos’. Ele seguiu rigorosamente essa determinação”.

    A nota continua: “A frase ‘Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’ não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso.”.

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

  • Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4), devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares

    Um levantamento da Quaest mostra que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dividiu-se em menções favoráveis e contrárias ao decreto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Segundo a pesquisa, 53% das menções ao episódio nas redes foram favoráveis à prisão, enquanto 47% foram contra.

    O volume de menções passou de 1,16 milhão, segundo o levantamento, em uma média de 51 mil menções por hora, totalizando mais de 401 mil autores únicos. A Quaest realizou a coleta dos dados às 21h desta segunda-feira, 4.

    Além do maior volume de menções, as publicações favoráveis à prisão domiciliar do ex-presidente apresentaram maior engajamento e fragmentação, o que indica, segundo a pesquisa, uma reação mais orgânica.

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares. Desde 18 de julho, o ex-presidente está submetido a cinco medidas cautelares, entre as quais proibição de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Neste domingo, 3, Bolsonaro apareceu em um vídeo publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A publicação foi removida. Antes, o ex-presidente já havia descumprido a cautelar ao discursar a apoiadores na Câmara.

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

  • Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    O governo norte-americano insiste em atacar a soberania do Brasil e usa as redes sociais para propagar mensagens contra o sistema judiciário brasileiro com apoio de bolsonaristas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Jason Miller, conselheiro central na campanha eleitoral de 2024 do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou neste domingo (3) no X (antigo Twitter) uma imagem em que um manifestante posa com algemas nas mãos e usa uma máscara em alusão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

    Miller afirmou nas redes que a imagem é um registro de cenas da manifestação bolsonarista em Fortaleza a favor do impeachment do ministro. A manifestação do conselheiro ocorreu horas antes de Moraes decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4).

    No domingo (3), políticos aliados de Jair Bolsonaro (PL) fizeram protestos em cidades do país a favor do ex-mandatário e contra Moraes. A oposição também pressiona o Senado pelo andamento de um pedido de impeachment contra o magistrado, considerado o principal alvo do bolsonarismo.

    O cerco contra Moraes aumentou depois que Trump anunciou uma sanção econômica ao ministro via Lei Magnitsky alegando violação à liberdade de expressão e perseguição política contra Bolsonaro e aliados.

    O ato foi usado pela oposição ao governo Lula (PT) como combustível para aumentar a pressão contra o magistrado, que é relator na ação penal no STF que investiga a tentativa de golpe de 2022. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Jair Bolsonaro teria liderado a intentona golpista.

    Miller também fez uma postagem dizendo que Trump “está certo sobre o Brasil” e que o STF se tornou a mais poderosa instituição no país. “Ela investiga, acusa, censura e legisla. Agora está agindo como juiz, juri e executor”, afirmou nas redes.

    Ele também fez postagens com cenas de manifestações bolsonaristas fazendo apologia ao governo Trump e pedindo aos Estados Unidos ajuda para intervir no país.

    Em outro momento, Miller repostou publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre os protestos a favor do impeachment de Lula e de Moraes.

    As imagens publicadas por Miller trazem cenas de manifestações identificadas como sendo de Minas Gerais, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo, bem como homenagem a Clezão, réu pelos ataques do 8 de Janeiro morto na Papuda.

    Em outra publicação, Miller posta foto de um manifestante com um cartão de crédito identificado como “cartão Magnitsky”. O cartão tem a foto de Moraes e tem escrito as frases “Fora, Lula” e “Xandão do Império Supremo”.

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas