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  • Texto do plano de contingência contra tarifas sai nesta quarta-feira, diz Haddad

    Texto do plano de contingência contra tarifas sai nesta quarta-feira, diz Haddad

    Haddad afirmou que possivelmente as propostas serão enviadas ao Congresso Nacional por meio de uma Medida Provisória (MP), para entrarem imediatamente em vigor

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 6, que o texto com as medidas previstas no plano de contingência para mitigar os efeitos da sobretaxa imposta pelos Estados Unidos ao Brasil deve ser enviado ainda nesta quarta ao Palácio do Planalto. O anúncio oficial, porém, caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    Haddad afirmou que possivelmente as propostas serão enviadas ao Congresso Nacional por meio de uma Medida Provisória (MP), para entrarem imediatamente em vigor. A tarifa de 50% sobre as exportações brasileiras começou a valer a partir desta quarta.

    O ministro teve uma última reunião nesta terça-feira, 5, com o presidente para afinar as medidas de socorro aos setores afetados. Haddad disse que será elaborado ainda um relatório pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para detalhar a situação por empresa, a pedido de Lula. O anúncio do plano, no entanto, não depende desse afinamento.

    “O texto sai daqui hoje (quarta). Está pronto. Ontem (terça) nós procuramos entender a encomenda do presidente em relação ao detalhamento. Nós dissemos para ele que a questão empresa por empresa não precisa evidentemente ser tratada em lei. Ela pode ser objeto de regulamentação. Mas provavelmente o ato do presidente vai julgar conveniente. Mas possivelmente terá que ser uma medida provisória para entrar em vigor”, disse.

    Haddad reafirmou que o objetivo principal do plano é atender sobretudo os pequenos produtores que não têm alternativas à exportação para os Estados Unidos. Ele reiterou um pedido de união nacional para atender os interesses do Brasil, envolvendo todos os governadores, e cobrou uma ação coordenada para inibir crimes de lesa-pátria contra o País.

    “Isso (defesa dos interesses do País) tem que envolver os governadores de oposição. Porque aqui não se trata mais de situação de oposição. Os Estados estão sendo afetados. Então os governadores que têm proximidade com a extrema direita, eles têm que fazer valer as prerrogativas do seu mandato. Não é fingir que não tem nada acontecendo, se esconder embaixo da cama e desaparecer. Não dá para ser assim”, defendeu.

    O ministro também ressaltou o papel do empresariado na defesa das bandeiras do Brasil. “O empresariado, além de vir para Brasília, tem que conversar com a oposição, passar a mão no telefone e ligar para a turma que quer ver o circo pegar fogo, parar com isso. Estamos prejudicando o País pelo quê? Em nome do quê nós estamos fazendo isso?”, questionou Haddad.

    Texto do plano de contingência contra tarifas sai nesta quarta-feira, diz Haddad

  • Dólar recua em linha com exterior e petróleo forte beneficia o real

    Dólar recua em linha com exterior e petróleo forte beneficia o real

    Às 9h06, o dólar à vista caía 0,04%, a R$ 5,5037. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,04, a R$ 5,540 na venda

    O dólar recua ante o real na manhã desta quarta-feira, 6, após abrir perto da estabilidade. O mercado de câmbio se ajusta ao viés de baixa do dólar no exterior e a forte valorização do petróleo beneficia também a divisa brasileira.

    Lá fora, há expectativas de início do ciclo de cortes de juros pelo Federal Reserve em setembro e falas de três dirigentes do BC americano são esperadas à tarde: Lisa Cook (diretora) e Susan Collins (Boston), às 15 horas; e Mary Daly (São Francisco), às 17h10.

    Internamente, há cautela no pano de fundo dos negócios, com o início do tarifaço dos EUA ao Brasil e sem diálogo ainda entre o presidente americano, Donald Trump, e o brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

    “Não vou ligar para o Trump para negociar nada (sobre o tarifaço), porque ele não quer”, discursou Lula nesta terça-feira, 5, para afirmar em seguida: “Mas pode ficar certa, Marina (Silva, ministra do Meio Ambiente). Vou ligar para o Trump para convidá-lo para vir para a COP (a reunião global sobre mudanças climáticas, que desta vez vai acontecer em Belém); quero saber o que é que ele pensa da questão climática”.

    Lula voltou a reclamar que o presidente americano poderia ter ligado antes para ele ou para o vice-presidente Geraldo Alckmin, já que haveria disposição de diálogo em relação à imposição de novas tarifas. O tarifaço foi divulgado por meio de carta publicada em rede social. “O presidente americano não tinha direito de anunciar taxações como anunciou ao Brasil.”

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, informou nesta manhã que o plano de contingência contra a tarifa de 50% imposta pelos EUA ao Brasil está pronto, o anúncio será feito pelo presidente Lula, e as propostas devem ser encaminhadas ao Congresso via Medida Provisória.

    A ministra do Planejamento, Simone Tebet, falou em possível “surpresa” dos EUA sobre carne e café e alertou para impactos fiscais do plano de contingência.

    A presidente da Suíça, Karin Keller-Sutter, se reúne nesta quarta-feira com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, um dia antes da entrada em vigor das tarifas de 39% anunciadas por Trump contra produtos suíços.

    A montadora japonesa Honda informou que o impacto das tarifas do governo Trump foi de 125 bilhões de ienes, equivalentes a cerca de US$ 850 milhões.

    O presidente russo, Vladimir Putin, conversou com o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, em Moscou nesta quarta-feira, segundo o Kremlin, dias antes do prazo estabelecido pelo presidente dos EUA, Donald Trump, para que a Rússia alcance um acordo de paz com a Ucrânia. Caso um cessar-fogo não seja alcançado até sexta-feira, o republicano prometeu impor penalidades econômicas que também podem atingir países que compram petróleo russo.

    Dólar recua em linha com exterior e petróleo forte beneficia o real

  • Flávio vai pedir a Moraes para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

    Flávio vai pedir a Moraes para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

    Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, por entender que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3)

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) vai pedir ao ministro do Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), para visitar o pai, Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4).

    Alguns aliados defenderam que ele fosse incluído nos autos como advogado, que é sua formação, numa maneira de conseguir acessar Bolsonaro com maior facilidade. Mas o próprio senador disse preferir fazer a solicitação como filho.

    Mais cedo, o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), fez mesma solicitação ao magistrado.

    Aliados dizem que esta solicitação, sobretudo de Flávio, será um importante termômetro de Moraes e uma forma de estabelecer interlocução com o ex-presidente, hoje isolado. A principal aposta no bolsonarismo é de que Moraes volte atrás na sua decisão, mas eles já se mobilizam para visitar Bolsonaro.

    O entorno de Bolsonaro também fez da medida do STF um mote para reforçar a tese de perseguição que já vinha sendo defendida. Eles alegam que o episódio demonstra que Bolsonaro é vítima. Dentro desse quadro, dizem ainda temer pelo quadro de saúde do ex-presidente.

    Seus aliados afirmam estarem preocupados com o quadro intestinal dele, que piorou na semana passada, com episódios de soluços. Melhorou no final de semana, mas afirmam que há temor de que volte a piorar agora, com o estresse da prisão domiciliar.

    Mais além, eles acham que Bolsonaro pode desenvolver uma depressão preso em casa, como dizem que ocorreu em 2022, quando perdeu a eleição. O ex-presidente gosta de viajar e se cercar de apoiadores, e tinha hábito de manter casa e escritórios cheios.

    Agora, apenas quem vive na residência pode frequentá-la. Os demais necessitam de autorização de Moraes para vê-lo. Há dúvida sobre se funcionários da Presidência, aos quais Bolsonaro tem direito por ser ex-presidente, poderiam frequentar a casa -auxiliares avaliam peticionar ao STF para tirar essa dúvida.

    Moraes determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro, por entender que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3). Bolsonaro estava proibido de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas.
    O descumprimento da cautelar envolve o filho Flávio, que contradiz o argumento do magistrado.

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, o senador fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato. No telefonema, o ex-presidente se limitou a dizer: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou, por orientação da defesa de Bolsonaro.

    Ele disse, antes da decisão de Moraes, entender que não havia qualquer problema na publicação, mas optou por seguir orientação da defesa e falou em insegurança jurídica.

    “Na minha opinião, não havia problema, já que ele faz apenas uma saudação. Não falou de processo, que é a vedação da cautelar. Mas os advogados dele estavam em dúvida e pediram para retirar”, afirmou à Folha.

    “É uma insegurança jurídica sem precedentes na história do Brasil. Essa censura prévia é completamente inconstitucional e arbitrária”, completou.

    Flávio vai pedir a Moraes para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

  • Gilmar Mendes critica 'narrativas' contra o STF

    Gilmar Mendes critica 'narrativas' contra o STF

    Gilmar Mendes afirmou que Moraes “tem prestado serviço fundamental para a preservação da nossa democracia” e que o magistrado é vítima de “ataques injustos”

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assumiu nesta terça-feira, 5, a presidência da segunda turma da Corte. Em seu discurso, o magistrado destacou os desafios que o Tribunal enfrenta – como as mudanças na lógica de trabalho – e criticou os ataques que a instituição sofre.

    Para o ministro, a “sociedade bombardeada por um fluxo de informação e desinformação vertiginosos, tem se afundado na polarização e nas tensões políticas e engendrado um sistemático questionamento, se não mesmo um ataque frontal, à democracia”.

    Ainda criticando a desinformação, Mendes afirma que “a verdade padece ante a avalanche de fake news e espúrias narrativas fabricadas”. Para o magistrado, o STF tem o desafio de mostrar a real atuação da Corte: “uma atuação rigorosamente comprometida com a Constituição, com a segurança jurídica, com o Estado democrático de direito e com os direitos fundamentais de todos os brasileiros”.

    O pronunciamento do ministro se deu na primeira sessão da turma após o retorno do recesso. Durante a pausa, o ministro Alexandre de Moraes, seu colega, foi sancionado pelo governo dos EUA via Lei Magnitsky, em retaliação ao processo que a Corte conduz investigando a participação de Jair Bolsonaro (PL) na tentativa de golpe de Estado.

    Quando retornou do recesso, Mendes afirmou que Moraes “tem prestado serviço fundamental para a preservação da nossa democracia” e que o magistrado é vítima de “ataques injustos”.

    Desafios do STF

    Mendes ainda citou os “desafios sem precedentes enfrentados pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Poder Judiciário”. “O mundo contemporâneo nos apresenta questões inéditas em sua complexidade: a inteligência artificial, a revolução digital, as transformações nas relações do trabalho, as graves questões ambientais, econômicas, sociais e políticas de escala global”, lista o juiz.

    O ministro já se pronunciou, anteriormente, sobre o desafio que as mudanças na lógica trabalhista trouxeram para o judiciário. O magistrado foi responsável por suspender todos os processos referentes a “pejotização”.

    O objetivo da suspensão, segundo Mendes, seria impedir a “multiplicação de decisões divergentes sobre a matéria, privilegiando o princípio da segurança jurídica e desafogando o STF, permitindo que este cumpra seu papel constitucional e aborde outras questões relevantes para a sociedade”.

    Gilmar Mendes critica 'narrativas' contra o STF

  • Tarifaço sobre parte de exportações brasileiras entra em vigor hoje

    Tarifaço sobre parte de exportações brasileiras entra em vigor hoje

    O tarifaço imposto ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, inaugurada por Donald Trump, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de reverter à relativa perda de competitividade da economia americana para a China

    Entraram em vigor, nesta quarta-feira (6), as tarifas de 50% impostas sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos. A medida, assinada na semana passada pelo presidente norte-americano Donald Trump, afeta 35,9% das mercadorias enviadas ao mercado estadunidense, o que representa 4% das exportações brasileiras. Cerca de 700 produtos do Brasil ficaram fora do tarifaço.   

    Café, frutas e carnes estão entre os produtos que passam a pagar uma sobretaxa de 50%. Ficaram de fora dessa taxa suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo seus motores, peças e componentes, polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.

    O tarifaço imposto ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, inaugurada por Donald Trump, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de reverter à relativa perda de competitividade da economia americana para a China nas últimas décadas. 

    No dia 2 de abril, Trump iniciou a guerra comercial impondo barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, foi imposta, em abril, a taxa mais baixa, de 10%.Porém, no início de julho, Trump elevou a tarifa para 50% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado após perder o pleito de 2022.

    Especialistas consultados pela Agência Brasil avaliam que a medida é uma chantagem política com objetivo de atingir o Brics, o bloco de potências emergentes que tem sido encarado por Washington como uma ameaça à hegemonia estadunidense no mundo, em especial, devido à proposta de substituir o dólar nas trocas comerciais.

    Lula

    Em pronunciamento no domingo (3), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou que não quer desafiar os Estados Unidos, mas que o Brasil não pode ser tratado como uma “republiqueta”. O presidente disse ainda que pais não abre mão de usar moedas alternativas ao dólar. 

    O governo brasileiro informou ainda que o plano de contingência para auxiliar as empresas afetadas pelo tarifaço será implementado nos próximos dias, com linhas de crédito e possíveis contratos com o governo federal para substituir eventuais perdas nas exportações.

    Negociações

    Após a confirmação da imposição das tarifas na semana passada, a Secretaria de Tesouro dos Estados Unidos entrou em contato com o Ministério da Fazenda para iniciar as negociações sobre as tarifas, ao mesmo tempo que Trump anunciou estar disposto a conversar, pessoalmente, com o presidente Lula.

    Já nesta semana, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que as terras raras e minerais críticos podem ser objeto de negociação entre Brasil e Estados Unidos. Esses minérios são essenciais para a indústria de tecnologia, e é um dos principais motivos de disputa entre Pequim e Washington.

    “Temos minerais críticos e terras raras. Os Estados Unidos não são ricos nesses minerais. Podemos fazer acordos de cooperação para produzir baterias mais eficientes”, disse Haddad em entrevista a uma rede de televisão.

    Ainda segundo o ministro da Fazenda, o setor cafeeiro acredita que pode ser beneficiado por um acordo com os EUA para excluir o produto da lista de mercadorias tarifadas. No mesmo dia que Trump assinou o tarifaço, a China habilitou 183 empresas brasileiras para exportar café para o país asiático.

    Tarifaço sobre parte de exportações brasileiras entra em vigor hoje

  • EUA podem rever tarifaço sobre café e carne, diz Tebet

    EUA podem rever tarifaço sobre café e carne, diz Tebet

    Após anunciar a sobretaxa, o presidente americano, Donald Trump, assinou o decreto que formalizava a tarifa removendo quase 700 itens do ‘tarifaço’

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse acreditar na possibilidade de o governo dos Estados Unidos recuar da aplicação da sobretaxa de 50% a alguns itens que foram inclusos no tarifaço, destacando a carne e o café.

    Após anunciar a sobretaxa, o presidente americano, Donald Trump, assinou o decreto que formalizava a tarifa removendo quase 700 itens. No entanto, carne e café continuaram taxados.

    “A única coisa que ficou de fora [das isenções] nos Estados Unidos, que realmente é caro para o paladar deles, é a carne e o café. O resto eles se reposicionam, e algumas frutas. Então nós acreditamos que a hora que eles olharem os números inflacionários desses produtos e a hora que eles fizerem a pesquisa de opinião pública, que obviamente eles fazem, eles vão reposicionar esses produtos no mercado”, disse ela a jornalistas.

    Tebet disse ainda que ainda há uma expectativa de que os EUA adiem o começo da vigência das tarifas -atualmente estabelecido para esta quinta-feira (7).

    “A gente pode ter uma surpresa nos próximos dias. É do interesse deles, eles não querem inflacionar o café da manhã, o hambúrguer do final de semana”, estimou ela. “Não há absolutamente lógica nenhuma, até eleitoral interna americana, se eles estiverem pensando também em reeleição.”

    Tebet disse que essas perspectivas vieram de uma série de conversas com empresários do setor.

    “Por interesse deles, a carne e o café têm muito mais desvantagem do que nós. O café porque o Vietnã também teve um problema de safra. A gente consegue reposicionar, ainda que não amanhã, mas a curto prazo, esses dois produtos. A carne é virar uma chave. O frigorífico deixa de fazer o corte específico para os Estados Unidos, mas o boi é o mesmo. Então ele só faz o corte específico para outros países.”

    “Acho que todos os bancos públicos vão ter que participar, obviamente. Vamos aguardar amanhã, vai que a gente ganha antecipadamente um presente de Papai Noel, de Natal e vai ter aí uma prorrogação de 90 dias no tarifa de 50, ou uma redução já de 50% para 30%”, disse.

    Ainda de acordo com ela, o plano de contingência não tem um valor e que a maioria das medidas não passam por impacto fiscal.

    Integrantes do governo afirmaram que o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que tem comandado as conversas com os empresários brasileiros e com interlocutores do governo americano, também acredita que haja chances de que Trump recue parcialmente do tarifaço ou adie o prazo para que as tarifas entrem em vigor.

    Essa avaliação foi transmitida por Alckmin em almoço nesta terça com o presidente da República, ministros do governo e governadores do Nordeste no Palácio do Itamaraty, após reunião do Conselhão da Presidência. De acordo com um participante, o vice-presidente disse acreditar ser possível que Trump recue, ao menos em parte, das medidas anunciadas.

    Ainda segundo um político que esteve no almoço, Alckmin voltou a falar na importância das negociações e que o Brasil não se furtaria de dialogar com o governo americano. O vice-presidente também teria reforçado a possibilidade de buscar novos mercados para os produtos brasileiros.

    Ainda segundo esse participante, Lula ouviu atentamente ao relato dos governadores e indicou que se reuniria ainda nesta terça com Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do tema.

    Um governador diz à reportagem que não foi detalhada nenhuma medida que está sendo estudada como reação ao tarifaço durante o almoço. Ele afirmou que a orientação é cautela e aguardar para se ter a real dimensão do que o governo americano fará de fato.

    EUA podem rever tarifaço sobre café e carne, diz Tebet

  • Câmara quer ouvir Zambelli e hacker em processo de cassação

    Câmara quer ouvir Zambelli e hacker em processo de cassação

    A deputada fugiu do Brasil para escapar do cumprimento da pena de dez anos de prisão imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e agora está presa na Itália

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A comissão da Câmara dos Deputados que analisa a cassação da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália na semana passada, definiu que vai ouvir cinco testemunhas e a própria parlamentar antes de votar o caso.

    O relator é o oposicionista Diego Garcia (Republicanos-PR), que terá cinco sessões após o fim das oitivas para apresentar sua conclusão, que então será votada pelo plenário da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, presidida pelo deputado Paulo Azi (União Brasil-BA).

    De qualquer forma, a decisão final caberá ao plenário da Câmara. O assunto divide a própria bancada do PL -enquanto alguns deputados acreditam que o relatório será pela não cassação e que haverá votos para salvá-la, outros afirmam que, mesmo se não for extraditada, Zambelli não terá como exercer o mandato da Itália.

    A deputada fugiu do Brasil para escapar do cumprimento da pena de dez anos de prisão imposta pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ela foi condenada por participar da invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

    O pedido para que testemunhas sejam ouvidas foi feito pela defesa de Zambelli, o que deve arrastar o processo por várias sessões. Azi e Garcia ainda não definiram as datas dessas sessões.

    Zambelli deve ser ouvida por vídeoconferência. Entre as testemunhas, está o hacker Walter Delgatti Neto, além do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira; Michel Spiero, assistente técnico da defesa; delegado Flávio Vieitez Reis e do policial federal Felipe Monteiro de Andrade.

    Em nota, Azi afirmou que o objetivo é “assegurar o devido processo legal, o contraditório, a ampla defesa parlamentar e os ritos regimentais”.

    Câmara quer ouvir Zambelli e hacker em processo de cassação

  • Parlamentares são 'ridicularizados' nas redes após protestos no Congresso

    Parlamentares são 'ridicularizados' nas redes após protestos no Congresso

    Oposição paralisou os trabalhos no Congresso após prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

    Nesta terça-feira (5), parlamentares de direita e extrema-direita decidiram obstruir os trabalhos do Legislativo alegando estarem insatisfeitos com a prisão domiciliar imposta ao ex-presidente Jair Bolsonaro pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

    Bolsonaristas fizeram discursos ao vivo para redes sociais de dentro do plenário: “Nota muito ruim. Eu acho que o Davi não deveria tratar a nós da oposição de forma humilhante como está nos tratando. Ouvir a nossa voz. Aí solta uma nota dizendo que quer diálogo?”, disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente.

    Os parlamentares citaram também a proposta de anistiar os processados pelos ataques às sedes dos Poderes em 8 de Janeiro de 2023, incluindo o próprio Bolsonaro, e o impeachment de Moraes, responsável pela prisão.

    Na ocasião, deputados colocaram fitas nos olhos e bocas como sinal de protesto. Porém, as manifestações passaram a ser ridicularizadas nas redes sociais, onde diversos vídeos viralizaram. Em imagens que circulam no ‘X’, Erika Hilton surge criticando outro parlamentar que afirmou que estava sendo censurado: “Censura é o que vocês estão fazendo com a gente, impedindo a Câmara de funcionar. Isso é censura!”, disse relembrando que a Justiça brasileira está seguindo todos os ritos no processo contra Jair Bolsonaro de forma correta.

    Repercutindo as manifestações de bolsonaristas, internautas fizeram publicações com memes dos parlamentares: “A pauta deles é só Bolsonaro, eles não tem pauta pro Brasil”, “Inacreditável. Como pode esse país ser uma chacota por causa desses homens”, “Se isso não é pão e circo, é o que? Esse povo só brinca com a gente. Bando de vagabundos!! Políticos são escória… Não dou palco a ninguém!” e “Os cara ainda recebem salário pra fazer isso. Incrível!”, foram alguns comentários.

    Trabalhos na Câmara

    O presidente da Câmara cancelou a sessão desta terça e convocou uma reunião de líderes para quarta-feira (6) para tratar da pauta, a ser “definida com base no diálogo e no respeito institucional”.

    Alcolumbre, que também preside o Congresso Nacional, classificou como arbitrária a ocupação das mesas diretoras do Legislativo por bolsonaristas, que estão bloqueando os trabalhos dos parlamentares no primeiro dia após o fim do recesso. Motta declarou que agirá para que os interesses da população não fiquem em segundo plano.

     

    Parlamentares são 'ridicularizados' nas redes após protestos no Congresso

  • Moraes permite saídas temporárias de Daniel Silveira para tratamento médico

    Moraes permite saídas temporárias de Daniel Silveira para tratamento médico

    Moraes autorizou as saídas pelo período de 30 dias para um tratamento médico no joelho em uma clínica em Petrópolis, no Rio de Janeiro

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O ministro do STF Alexandre de Moraes autorizou nesta terça-feira (5) saídas temporárias do ex-deputado Daniel Silveira do presídio para realizar um tratamento médico no joelho.

    Moraes autorizou as saídas pelo período de 30 dias para atendimento em uma clínica em Petrópolis (RJ). O ministro afirmou que as saídas devem ser comunicadas previamente ao STF, consignando as datas e os horários do atendimento, e comprovadas no prazo máximo de 24 horas após a realização do procedimento.

    Silveira passou por uma cirurgia no joelho em 26 de julho. No último fim de semana, a defesa protocolou pedidos urgentes no STF para que o político fosse transferido para um hospital.

    Defesa alegou risco de infecção. Segundo os advogados, após um quadro febril, o médico responsável pela cirurgia “informou a necessidade urgente” de o paciente retornar ao hospital para exames complementares e de imagem.

    Unidade prisional não teria estrutura física para realizar o tratamento. Após um pedido de Moraes, o diretor da Colônia Agrícola Marco Aurélio Vergas Tavares de Mattos, em Magé, afirmou que o local “não dispõe de estrutura física, equipamentos e equipe de saúde especializada para realizar o devido acompanhamento pós-operatório de cirurgia no joelho”.

    A PGR se manifestou a favor da concessão de saídas temporárias a Silveira. Mais cedo, o vice-procurador Hindenburgo Chateaubriand recomendou as saídas para que o ex-deputado realize o tratamento médico, já que a colônia penal não tem a estrutura necessária. Ele afirmou que a prisão domiciliar poderia ser uma alternativa caso haja “qualquer limitação de ordem material” ao estabelecimento prisional.

    Silveira foi condenado pelo STF em 2022, em regime inicial fechado. A pena é de oito anos e nove meses de prisão por ameaça ao Estado democrático de Direito, após promover ataques aos ministros do STF e estimular os atos antidemocráticos.

    Em 2021, ele foi para a cadeia depois de publicar um vídeo em que ameaçava a Suprema Corte. Ele progrediu para o regime semiaberto e recebeu liberdade condicional em 2024, mas foi preso novamente depois descumprir as condições. Na ocasião, Moraes afirmou que ele desobedeceu as medidas cautelares 227 vezes. Em um dos episódios, ele deu um passeio no shopping.

    Moraes permite saídas temporárias de Daniel Silveira para tratamento médico

  • Trump diz que decisão sobre tarifas contra quem importa petróleo russo será divulgada na quarta

    Trump diz que decisão sobre tarifas contra quem importa petróleo russo será divulgada na quarta

    A ameaça de Trump à Índia por comprar petróleo russo começou em 31 de julho, quando ele anunciou uma tarifa de 25% para produtos indianos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos EUA, Donald Trump, disse nesta terça-feira (5) que tomará uma decisão sobre a imposição de sanções a países que compram petróleo russo após uma reunião com autoridades russas agendada para quarta-feira (6).

    Em entrevista coletiva, Trump não confirmou se as tarifas serão de 100%, como especulam empresas de comércio internacional. “Nunca disse uma porcentagem, mas deve ser algo próximo disso”, afirmou o presidente dos EUA.

    Mais cedo, Trump disse que aumentará “muito substancialmente” nas próximas 24 horas a tarifa cobrada sobre as importações da Índia em relação à taxa atual de 25%, devido às compras contínuas de petróleo russo pela Índia.

    Ele também afirmou que uma oferta de “tarifa zero” para importações de produtos norte-americanos para a Índia não é suficiente, alegando que o país está “alimentando a guerra” na Ucrânia.

    A ameaça de Trump à Índia por comprar petróleo russo começou em 31 de julho, quando ele anunciou uma tarifa de 25% para produtos indianos, juntamente com uma multa não especificada.

    “Eles estão alimentando a máquina de guerra e, se vão fazer isso, não ficarei feliz”, disse Trump em uma entrevista à CNBC, acrescentando que o principal ponto de discórdia com a Índia é que suas tarifas são muito altas.

    “Agora, eu digo o seguinte: a Índia passou das tarifas mais altas de todos os tempos. Eles nos darão tarifas zero e nos deixarão entrar. Mas isso não é bom o suficiente, por causa do que eles estão fazendo com o petróleo, nada bom.”

    O comentário mais recente ocorreu após uma ameaça semelhante na segunda-feira, que levou o Ministério das Relações Exteriores da Índia a dizer que o país estava sendo injustamente discriminado por suas compras de petróleo russo.

    “É revelador que as mesmas nações que criticam a Índia estejam se envolvendo em comércio com a Rússia (apesar da guerra na Ucrânia)”, afirmou o ministério em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira.
    “É injustificado discriminar a Índia”, acrescentou.

    A União Europeia realizou 67,5 bilhões de euros (R$ 430 bilhões) em comércio com a Rússia em 2024, incluindo importações recordes de gás natural liquefeito (GNL), atingindo 16,5 milhões de toneladas, disse o ministério indiano.

    Os Estados Unidos continuam importando hexafluoreto de urânio russo para uso em sua indústria de energia nuclear, paládio, fertilizantes e produtos químicos, acrescentou, sem fornecer a fonte das informações sobre a exportação.

    A embaixada dos EUA e a delegação da UE em Nova Dhéli não responderam imediatamente a um pedido de comentário.

    Tanto os Estados Unidos quanto a UE reduziram drasticamente seus laços comerciais com a Rússia desde que o país lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022.

    A Índia é a maior compradora de petróleo bruto transoceânico da Rússia, importando cerca de 1,75 milhão de barris por dia de petróleo russo de janeiro a junho deste ano, um aumento de 1% em relação ao ano anterior, segundo dados fornecidos à Reuters por fontes do setor.

    O país tem enfrentado pressão do Ocidente para se distanciar da Rússia devido à guerra na Ucrânia. Nova Dhéli tem resistido, alegando seus laços de longa data com Moscou e necessidades econômicas.

    Trump diz que decisão sobre tarifas contra quem importa petróleo russo será divulgada na quarta