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  • Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,48 para R$ 5,45, projeta Focus

    Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,48 para R$ 5,45, projeta Focus

    A projeção para a moeda americana no fim de 2027 permaneceu em R$ 5,56. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,60. A estimativa para o fim de 2028 também seguiu em R$ 5,56 Um mês antes, era de R$ 5,56

    A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025 caiu de R$ 5,48 para R$ 5,45. Um mês antes, era de R$ 5,55. A estimativa intermediária para o fim de 2026 passou de R$ 5,58 para R$ 5,53. Um mês antes, era de R$ 5,60.

    A projeção para a moeda americana no fim de 2027 permaneceu em R$ 5,56. Quatro semanas atrás, era de R$ 5,60. A estimativa para o fim de 2028 também seguiu em R$ 5,56 Um mês antes, era de R$ 5,56.

    A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020.

     

    Dólar no fim de 2025 passa de R$ 5,48 para R$ 5,45, projeta Focus

  • Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 permanece de 2,16%

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 permanece de 2,16%

    As projeções do mercado para o crescimento da economia brasileira seguem estáveis, mas o Banco Central reduziu sua estimativa para 2025, citando incertezas ligadas ao impacto das tarifas dos EUA e à desaceleração da atividade doméstica, parcialmente compensadas pelo avanço da agropecuária e da indústria extrativa.

    A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 permaneceu de 2,16%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando apenas as 31 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa subiu de 2,17% para 2,19%.

    O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

    A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 também ficou estável, de 1,80%. Um mês antes, era de 1,85%. Considerando só as 29 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,80% para 1,79%.

    A mediana para o crescimento do PIB de 2027 seguiu de 1,90%. Quatro semanas antes, era de 1,88%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 82ª semana seguida.

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 permanece de 2,16%

  • Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,00%; fim de 2026 segue em 12,25%

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,00%; fim de 2026 segue em 12,25%

    Projeções do boletim Focus indicam estabilidade da taxa Selic em 15% até o fim de 2025, refletindo a cautela do Banco Central diante de um cenário de incertezas econômicas. Expectativas para 2026, 2027 e 2028 também permanecem inalteradas, segundo o relatório

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 15ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.

    Na ata, o Copom reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Repetiu também que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

    O colegiado detalhou que, “na medida em que o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.

    Considerando apenas as 35 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano continuou em 15,0%.

    A mediana para a Selic no fim de 2026 permaneceu em 12,25%. Considerando só as 35 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana permaneceu em 12,0%.

    A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 34ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,00% pela 41ª semana consecutiva.

    Focus: Selic no fim de 2025 continua em 15,00%; fim de 2026 segue em 12,25%

  • EUA sob Trump desaceleram, e 'caça' a imigrantes distorce taxa de desemprego

    EUA sob Trump desaceleram, e 'caça' a imigrantes distorce taxa de desemprego

    Sob Donald Trump, a economia dos Estados Unidos perdeu força, mas o mercado de trabalho segue aquecido por causa da redução na entrada de imigrantes. A combinação de tarifas, inflação persistente e restrições à imigração gera incerteza e pressiona o Federal Reserve em sua política de juros

    (FOLHAPRESS) – A economia norte-americana perdeu ímpeto sob o presidente Donald Trump, mas o emprego ainda mostra alguma resiliência devido a uma disrupção na oferta de mão de obra dos imigrantes.

    Após crescer 2,8% em 2024, o PIB (Produto Interno Bruto) do país deve desacelerar para 1,8% neste ano, segundo previsões de mercado e de órgãos internacionais. Em dezembro, antes da posse do republicano e da imposição de tarifas, havia expectativa de crescimento de até 3%.

    A perda de ritmo na maior economia do mundo -US$ 29,2 trilhões (US$ 2,2 trilhões no Brasil)- ocorre em meio a pressões inflacionárias persistentes, sobretudo no gigantesco setor de serviços, que representa quase 80% do PIB.

    Em agosto, enquanto a inflação geral anual foi de 2,9%, ela rondava 3,6% nos serviços (exceto energia) e 3,2% no setor de alimentos. A meta perseguida pelo Fed, o banco central americano, é 2% ao ano.

    A questão central hoje não é quando a inflação cairá, mas se ela voltará a subir antes que o crescimento desacelere decisivamente. Isso pode colocar em xeque a intenção do Fed de seguir baixando os juros até 2026. Em setembro, a taxa foi reduzida em 0,25 ponto, para uma banda entre 4% e 4,25% anuais -mas Trump pressiona o Fed para que acelere os cortes.

    As duas políticas mais agressivas do republicano neste início de mandato -tarifas e perseguição a imigrantes- estão diretamente relacionadas ao quadro de incerteza.

    Para Kenneth Rogoff, ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional, muitas empresas estão diminuindo margens de lucro para absorver o impacto das tarifas, mas isso teria um limite.

    “Com o tempo, todos começarão a repassar custos, que aparecerão nos preços. Isso provavelmente elevará a inflação para 3,5% ou 4% no final deste ano. Há um debate sobre o quanto o Fed deveria se incomodar: por um lado, [o impacto] seria temporário e eles não deveriam se importar; por outro, estão preocupados com sua credibilidade após permitirem a grande inflação pós-pandemia”, diz.

    Professor em Harvard, o economista afirma que o Fed poderá optar por apenas mais um corte nos juros neste ano “por razões políticas”. Ele diz que a economia terá de desacelerar para conter os preços, mas não vê chance de recessão nos próximos meses.

    Enquanto o choque tarifário encarece produtos e matérias-primas importados, o combate à imigração reduz a oferta de mão de obra, distorcendo o mercado de trabalho.

    Segundo o Fed regional de São Francisco, os EUA terão saldo positivo líquido entre entradas e saídas de apenas 1 milhão de imigrantes neste ano -1,6 milhão e 2,6 milhões a menos que em 2024 e 2023, respectivamente. Entre 2022 e 2024, os imigrantes contribuíram com mais da metade do total de novos trabalhadores.

    A diminuição dessa oferta de trabalho, segundo o IIF (Instituto de Finanças Internacionais, que reúne 400 instituições financeiras), cria a ilusão de que o mercado laboral está aquecido, mas o que falta são pessoas para preencher vagas.

    Isso ocorre principalmente em estados dependentes de imigrantes, como Califórnia, Texas, Flórida e Nova York. Neles, a taxa de desemprego está menor que em estados menos dependentes da imigração. Enquanto o aumento salarial diminui em nível nacional, há aceleração nas regiões dependentes de imigrantes.

    Para Marcello Estevão, diretor-gerente do IIF, essa fragmentação implica que o Fed precisa interpretar os agregados nacionais com cautela, pois a taxa de desemprego geral (4,3% em agosto) pode indicar um mercado de trabalho mais frágil do que se supõe.

    “O ponto é que há fraqueza suficiente no emprego e no crescimento deste ano, que vai impor disciplina na formação de preços. O choque das tarifas pode até ser limitado sobre a inflação, mas ainda assim obrigará o Fed a uma calibragem paulatina [no corte de juros]”, diz. O IIF prevê crescimento entre 1,4% e 1,5% neste ano, metade da evolução do ano passado.

    \José Júlio Senna, ex-diretor do Banco Central e pesquisador do Ibre-FGV, concorda que a inflação segue pressionada, o que poderá atrapalhar o plano do Fed de cortar juros. Ele põe em dúvida, porém, a dimensão da desaceleração.

    Senna afirma que um dos principais indicadores observados pelo banco central dos EUA são as Vendas Finais para Compradores Domésticos, que destaca gastos e investimentos de residentes e empresas, deduzindo a variação de estoques privados.

    Após desaceleração entre janeiro e março frente às incertezas com a chegada de Trump, o indicador subiu 2,9% anualizados no segundo trimestre, próximo à média de 3% observada em 2023 e 2024 -quando a inflação fechou em 3,4% e 2,9%, respectivamente.

    “Por enquanto, a desaceleração não é significativa, e o Fed precisará manter a preocupação com os preços”, diz.

    Apesar dos ventos contrários de curto prazo, a economia dos EUA continua ostentando vantagens estruturais. Neste ano, o trabalhador americano médio deve gerar cerca de US$ 171 mil em produção, em comparação com US$ 120 mil na zona do euro e US$ 96 mil no Japão (considerando a paridade de poder de compra).

    Apesar da expectativa de crescimento menor, o mercado de ações também segue batendo recordes, mas pode haver distorção pelo peso e valorização das empresas de tecnologia. Hoje, as sete maiores companhias do ramo nos EUA valem juntas mais do que as bolsas de valores de Reino Unido, Canadá, Alemanha e Japão combinadas.

     

    EUA sob Trump desaceleram, e 'caça' a imigrantes distorce taxa de desemprego

  • Redes sociais foram motor em golpismo de Bolsonaro e devem manter papel, dizem especialistas

    Redes sociais foram motor em golpismo de Bolsonaro e devem manter papel, dizem especialistas

    Especialistas apontam que as redes sociais tiveram papel decisivo na tentativa de golpe e seguem impulsionando o bolsonarismo digital. Mesmo com Jair Bolsonaro proibido de usá-las, plataformas continuam a difundir desinformação e a mobilizar apoiadores em torno de pautas como anistia e redução de penas

    (CBS NEWS) – O uso das redes sociais para fins políticos perpassou o julgamento sobre a trama golpista no STF (Supremo Tribunal Federal) a partir de diferentes perspectivas, que vão desde sobretaxa a produtos brasileiros anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, até a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL).

    Especialistas ouvidos pela reportagem avaliam que as plataformas digitais tiveram papel central na tentativa de golpe, funcionando como um “motor” da trama que ainda deve continuar com influência a favor do político -inclusive no debate do Congresso sobre anistia e redução de penas-, apesar de Bolsonaro estar preso e proibido de usar as redes.

    O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. Com 70 anos, ele pode não conseguir mais disputar eleições, uma vez que lhe foi aplicada inelegibilidade de oito anos a partir do término da pena -nesse cálculo, ele estaria elegível somente em 2062.

    As redes sociais foram tema fundamental desde o inquérito das milícias digitais, que deu origem à investigação sobre o plano golpista.
    Iniciado em 2021 pelo Supremo e ainda aberto, ele tem como foco uma organização criminosa que atuaria na produção, publicação, financiamento e uso de desinformação contra a democracia.

    O assunto perpassa outros inquéritos, como o das fake news, aberto em 2019 para investigar mensagens direcionadas ao Supremo e seus magistrados.

    Outra investigação na qual, segundo o ministro do STF Alexandre de Moraes, o modus operandi das milícias digitais é perceptível é a que apura possível tentativa de obstruir a Justiça imputada a Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

    Nesse inquérito, o magistrado disse reconhecer a repetição do uso doloso das plataformas digitais. É isso que justificaria a atual proibição do uso das redes sociais a Jair Bolsonaro. A medida cautelar foi determinada em 18 de julho. Depois, foi descumprida e levou à prisão domiciliar do ex-presidente, no dia 4 de agosto.

    O assunto das redes também apareceu diretamente na ação penal da trama golpista. Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a “estratégia típica das milícias digitais de disseminação contínua de informações falsas, com ataques pessoais aos seus alvos” foi utilizada na cronologia do golpe.

    A interseção com a política aparece ainda no cenário externo. As redes foram citadas diretamente por Trump na carta em que anunciou a sobretaxa a produtos brasileiros.

    Na ocasião, ele afirmou que plataformas de mídia social dos EUA sofriam com “centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS”, “ameaçando-as com multas de milhões de dólares e expulsão do mercado de mídia social brasileiro”.

    A ofensiva contra o Brasil ocorre em contexto no qual o governo Lula (PT) propôs apresentar um projeto de lei para regulamentar as big techs. Antes disso, o STF ampliou as obrigações das plataformas digitais.

    Para Liriam Sponholz, professora de comunicação e pesquisadora do INCT-DSI (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Disputas e Soberanias Informacionais), a tentativa de golpe foi construída nas redes sociais.

    “Os fatores políticos foram essenciais, mas as redes sociais também”, diz. Para ela, as plataformas sozinhas não criaram o contexto político, mas influenciaram a dimensão e contribuíram para normalizar discursos extremistas.

    “As plataformas digitais colocaram a máquina para rodar. Elas foram o motor dessa escalada [que levou à tentativa de golpe]. Foram muito mais do que um alto-falante, porque não só divulgaram o conteúdo.”

    Segundo Letícia Cesarino, professora de antropologia digital da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), o movimento nas redes sociais que desembocou no 8 de Janeiro veio em uma crescente a partir de 2021.

    Ela destaca que esse período é justamente aquele identificado por Gonet como o momento em que se intensificaram as ações que levariam aos ataques golpistas.

    De acordo com Cesarino, pesquisas de monitoramento das mídias digitais identificaram que teorias conspiratórias contra as urnas substituíram outras em vigor -antes atreladas à pandemia de Covid-19- quando o STF anulou as condenações de Lula, o que deixou o petista apto a disputar as eleições de 2022.

    “Nesse momento, vimos nos nossos dados a onda das teorias da conspiração de base pandêmica -ainda bastante vivas no início de 2021- mudando. Ela começou a baixar e, concomitantemente, começou a subir a conspiração eleitoral. Eram os mesmos grupos ali. Houve, de fato, essa troca, e ela foi muito visível.”

    Para Fábio Malini, coordenador do Labic (Laboratório de Internet e Ciência de Dados) da Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), as redes sociais foram importantes para a tentativa de golpe ao produzirem em tempo real um imaginário do caos que justificaria a necessidade de uma intervenção militar.

    “As múltiplas imagens em diferentes campanhas, canais e perfis serviram como esse golpe sendo narrado ao vivo. Elas diziam ‘o Brasil está em total desordem, a polícia não é capaz de coibir, os políticos não são capazes de parar a situação. Portanto, a coisa está degringolada’.”

    Para Malini, a base digital deve continuar acesa mesmo depois de o ex-presidente ter sido condenado. Ele diz, entretanto, que medidas cautelares aplicadas ao político trouxeram impacto. “Uma das características da prisão domiciliar do Bolsonaro foi ter gerado também uma redução dessa atividade e intensidade informativa.”

    De acordo com Marcelo Alves, professor de comunicação da PUC-Rio e diretor de metodologia do Instituto Democracia em Xeque, as redes sociais tiveram importância central na tentativa de golpe ao disseminarem conteúdo e a possibilidade de financiamento via Pix e venda de produtos.
    Segundo ele, a tendência é que o uso das redes a favor do ex-presidente continue, agora com foco em um pedido de anistia.

    Redes sociais foram motor em golpismo de Bolsonaro e devem manter papel, dizem especialistas

  • 'A gente não pode errar', diz Lula sobre conversa com Trump

    'A gente não pode errar', diz Lula sobre conversa com Trump

    Lula classificou como “extraordinariamente boa” a conversa por telefone com Donald Trump e afirmou ter ficado surpreso com a cordialidade do republicano. O presidente brasileiro cobrou o fim das tarifas e das punições a ministros, destacando a importância de uma relação equilibrada entre os dois países

    (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) classificou a conversa que teve com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta segunda-feira (6), como “extraordinariamente boa” e disse ter ficado surpreso com a cordialidade com que foi tratado pelo republicano. Afirmou ainda que os dois não podem errar na negociação para evitar sofrimento da população dos dois países.

    Em entrevista à TV Mirante, do Maranhão, o presidente disse ter cobrado de Trump a suspensão das tarifas aos produtos brasileiros. Também exigiu a retirada das medidas de retaliação a ministros brasileiros, como a suspensão de vistos.

    “Eu falei para ele: para a gente começar a conversar, é importante que comece a ver o zeramento da taxação e a isenção de punição aos nossos ministros. A gente tem que começar a discutir com um pouco de verdade. Eu não sei quais as informações que o senhor tem sobre o Brasil, mas é importante que a gente converse olho no olho para a gente mostrar o que está acontecendo”, disse.

    O presidente também disse ter afirmado a Trump que o Brasil é um dos três países do G20 deficitário na relação comercial com os Estados Unidos, ao lado de Austrália e Reino Unido.

    Por fim, afirmou que o Brasil e os Estados Unidos têm que ser um exemplo para o mundo, destacou os 200 anos de relação diplomática entre os dois países e se disse otimista com as negociações.

    “Acho que ele entendeu, fiquei bastante surpreso com a cordialidade dele. São dois homens de 80 anos com muita responsabilidade, com muita experiência. A gente não pode errar. Nem o povo americano nem o povo brasileiro podem sofrer por conta de erros nossos”, afirmou.

    Mais cedo, Trump disse a ligação com o presidente Lula foi “muito boa” e disse que vários assuntos foram discutidos, mas os principais foram economia e comércio.

    “Esta manhã, tive uma ligação telefônica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitas coisas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países”, disse o presidente americano em post no Truth Social.

    De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, Trump designou seu secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com autoridades brasileiras sobre o tema. Ambos os líderes concordaram ainda em realizar uma reunião presencial em breve.

    Lula esteve nesta segunda-feira na cidade de Imperatriz, no Maranhão, para participar da cerimônia de entrega de 2.837 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. O investimento do governo federal foi de R$ 358,6 milhões e deve atender cerca de 11 mil pessoas.

    'A gente não pode errar', diz Lula sobre conversa com Trump

  • Centrão avança nos estados e projeta mais candidaturas aos governos em 2026

    Centrão avança nos estados e projeta mais candidaturas aos governos em 2026

    Com PT e PL focados na corrida presidencial de 2026, partidos do centrão avançam nos estados e se preparam para disputar governos regionais. Fortalecidos no Congresso e com recursos recordes dos fundos partidário e eleitoral, PP, União Brasil e Republicanos devem lançar candidaturas em até 16 estados

    (CBS NEWS) – Com PT e PL voltados para as eleições presidenciais e com a meta de ampliar suas respectivas bancadas no Senado, partidos do centrão ganham musculatura nos estados e se movimentam para obter terreno na disputa pelos governos estaduais.

    Faltando um ano para as eleições, marcadas para 4 de outubro de 2026, partidos como PP, União Brasil e Republicanos caminham para ter um número recorde de candidatos a governador.

    O cenário é resultado do fortalecimento dessas legendas, que aumentaram suas bancadas no Congresso Nacional, com consequente ampliação das verbas milionárias dos fundos partidário e eleitoral.

    O União Progressista, federação que uniu o PP e União Brasil, caminha para ter candidaturas aos governos de até 16 estados. Juntos, os dois partidos devem ter um tempo de propaganda robusto e cerca de R$ 1 bilhão do fundo eleitoral.

    “A federação cria uma boa estrutura de largada que viabiliza uma candidatura a governador. O passo seguinte é buscar o apoio de outros partidos”, avalia ACM Neto, vice-presidente do União Brasil e pré-candidato ao Governo da Bahia.

    As duas legendas anunciaram no último mês o desembarque do governo Lula (PT), mas mantiveram indicados em cargos federais, incluindo dois ministérios e estatais -o ministro do Turismo, Celso Sabino, pediu demissão, mas tenta permanecer no cargo.

    Agora, articulam candidaturas nos estados enquanto tentam emplacar um projeto nacional que unifique a direita.

    O PP, que em 2022 disputou os governos de cinco estados e venceu no Acre e em Roraima, agora tem pré-candidatos em dez unidades da Federação.

    Entre as novas apostas estão o ex-tucano Eduardo Riedel, governador de Mato Grosso do Sul, além de três vice-governadores que vão assumir em definitivo em abril de 2026 com a renúncia dos titulares para concorrer ao Senado: Celina Leão (DF), Lucas Ribeiro (PB) e Mailza Assis (AC).

    Em São Paulo, a aposta do partido é o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, pré-candidato ao Senado que pode concorrer ao governo se Tarcísio de Freitas (Republicanos) for candidato a presidente.

    O União Brasil tem pré-candidaturas em oito estados, incluindo grandes colégios eleitorais como Bahia e Rio de Janeiro. Mas enfrenta embates internos com o PP no Acre, na Paraíba e no Paraná -neste último, o senador Sergio Moro tenta viabilizar sua candidatura ao governo, mas enfrenta resistências.

    O Republicanos é outra sigla que deve ter um salto no número de candidatos a governador. Originalmente ligada à Igreja Universal, a legenda tem buscado ampliar suas bases nos estados.

    Em 2022, o partido disputou apenas três estados e venceu em São Paulo, com Tarcísio de Freitas, e no Tocantins, com Wanderlei Barbosa. Agora pode ter candidatura em até nove estados.

    Dentre eles estão o senador Cleitinho (Minas Gerais), o vice-governador Otaviano Pivetta (Mato Grosso) e o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Espírito Santo). A legenda também negocia a filiação de potenciais candidatos como Alan Rick, no Acre, e Fernando Máximo, em Rondônia.

    O PL de Jair Bolsonaro enfrenta um cenário mais nebuloso nos estados. O partido disputa a reeleição em Santa Catarina, com Jorginho Mello, e caminha para lançar o deputado Luciano Zucco, no Rio Grande do Sul, e a empresária Maria do Carmo Seffair, no Amazonas.

    Há pré-candidaturas em outras três localidades: Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Norte. Em Minas Gerais, o deputado federal Nikolas Ferreira avalia concorrer.

    Enquanto o centrão tenta ganhar terreno, partidos tradicionais de centro como PSD e MDB atuam para manter o protagonismo.

    O MDB, que possui três governadores, vai lançar candidaturas em oito estados. “Vamos com uma estratégia pé no chão, de mostrar que o MDB tem um diferencial por ser um partido de entrega, que tem gestão”, afirma o deputado federal Baleia Rossi (SP), presidente nacional do partido.

    O partido vai apostar em nomes experientes, incluindo o ministro dos Transportes, Renan Filho (Alagoas), e quatro vice-governadores que devem assumir o cargo no próximo ano: Gabriel Souza (Rio Grande do Sul), Hana Grassan (Pará), Daniel Vilela (Goiás) e Ricardo Ferraço (Espírito Santo).

    O PSD, que chegou a cinco governadores com as filiações de Raquel Lyra (Pernambuco), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Laurez Moreira (Tocantins), tem pré-candidaturas em ao menos dez estados.

    Nesta semana, o partido acertou a filiação do vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, que vai deixar o partido Novo, em um movimento que mina uma possível candidatura do senador Rodrigo Pacheco. Outra aposta da legenda é o prefeito Eduardo Paes, no Rio de Janeiro.

    No campo da esquerda, o PT vai disputar a reeleição na Bahia, no Ceará e no Piauí e lançou o secretário da Fazenda, Cadu Xavier, como pré-candidato à sucessão de Fátima Bezerra no Rio Grande do Norte.

    A legenda também mira uma candidatura competitiva no Rio Grande do Sul, com Edegar Pretto, e avalia lançar nomes em outros seis estados.

    O PSB terá como prioridade a candidatura de João Campos, em Pernambuco, mas avalia entrar na disputa em São Paulo, com o ministro Márcio França, e no Distrito federal, com Ricardo Capelli.

    PSDB e PDT seguem em rota de declínio. Os tucanos, que perderam os três governadores eleitos em 2022, terão como principal trunfo uma possível candidatura de Ciro Gomes, cotado para se filiar ao partido no Ceará. A legenda também deve concorrer em Goiás e Rondônia.

    O PDT, que chegou a lançar dez candidatos em 2022 na esteira da campanha presidencial de Ciro Gomes, deve ter candidatos em três estados. A principal aposta é Juliana Brizola, no Rio Grande do Sul.

    Centrão avança nos estados e projeta mais candidaturas aos governos em 2026

  • BNDES aprova R$ 1,3 bi em crédito para modernização da indústria

    BNDES aprova R$ 1,3 bi em crédito para modernização da indústria

    Lançada no fim de agosto, a modalidade busca financiar a modernização do parque fabril do país. O orçamento do banco disponível em 2025 é de R$ 10 bilhões.

    LEONARDO VIECELI
    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) afirma que já aprovou R$ 1,3 bilhão em empréstimos no âmbito da linha chamada de Crédito Indústria 4.0.

    Lançada no fim de agosto, a modalidade busca financiar a modernização do parque fabril do país. O orçamento do banco disponível em 2025 é de R$ 10 bilhões.

    De acordo com o BNDES, o financiamento conta com taxas de juro incentivadas, em um misto de TR, a taxa referencial (40%), e custos de mercado (60%).

    O banco diz que já aprovou 824 operações. Cerca de 52% dos recursos foram destinados para micro, pequenas e médias empresas, aponta a instituição.

    A linha mira investimentos em bens de capital que incorporem tecnologias como robótica, IA (inteligência artificial), computação na nuvem e sensoriamento.

    Em nota, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, afirma que a modalidade é essencial para o país dar um salto de competitividade e eficiência.

    “O maquinário brasileiro tem idade média de 14 anos e 38% dos equipamentos industriais estão próximos ou além do ciclo de vida ideal. A indústria que inova atrai novos investimentos e gera mais produtividade e empregos”, diz Mercadante.

    A iniciativa é parte do eixo de inovação e digitalização do Plano Mais Produção, que integra a NIB (Nova Indústria Brasil), a política industrial do governo Lula (PT).

    O petista defende uma atuação fortalecida do BNDES, com medidas de apoio a diferentes setores da economia, o que inclui as fábricas.
    A posição, contudo, é vista com ressalvas por economistas que temem um inchaço do banco e uma eventual reciclagem de ideias de outros mandatos do PT.

    A direção do BNDES já rebateu as críticas em mais de uma ocasião, dizendo que aposta em áreas consideradas estratégicas, como inovação e energia limpa.

    A proporção de médias e grandes indústrias que usaram inteligência artificial em seus processos mais do que dobrou em um intervalo de dois anos no país, indicou uma pesquisa divulgada em setembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    O percentual subiu de 16,9% em 2022 para 41,9% em 2024, uma alta de 25 pontos percentuais. Foi o maior crescimento entre as tecnologias investigadas no levantamento.

    Ainda de acordo com o IBGE, a proporção mais elevada de uso da IA foi verificada entre as maiores indústrias, com 500 ou mais empregados (57,5%).

    As empresas das faixas de 250 a 499 ocupados (42,5%) e de 100 a 249 (36,1%) ficaram para trás.

    BNDES aprova R$ 1,3 bi em crédito para modernização da indústria

  • Segunda edição do CNU, maior concurso do país, ocorre neste domingo, com reforço na segurança

    Segunda edição do CNU, maior concurso do país, ocorre neste domingo, com reforço na segurança

    O “Enem dos Concursos” se consolida como a nova forma de contratar servidores públicos e, embora menor do que a edição de 2024, ainda impressiona pelos números. São 761,5 mil inscritos que concorrem a 3.652 vagas em 32 órgãos públicos.

    CRISTIANE GERCINA E JÚLIA GALVÃO
    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A segunda edição do CNU (Concurso Nacional Unificado), maior seleção do país, ocorre neste domingo (5), com segurança reforçada para garantir que não haja falhas na aplicação como no ano passado, evitando erros e judicialização.

    O “Enem dos Concursos” se consolida como a nova forma de contratar servidores públicos e, embora menor do que a edição de 2024, ainda impressiona pelos números. São 761,5 mil inscritos que concorrem a 3.652 vagas em 32 órgãos públicos.

    Os exames ocorrem em 228 municípios, incluindo as 27 capitais e o Distrito Federal, e envolvem um contingente de 85 mil trabalhadores.

    Neste ano, há diferenças não só no tamanho –em 2024, foram 2,1 milhões de participantes e 210 mil
    trabalhadores–, mas também na prova. Uma das principais novidades é a prova identificada de forma individual por candidato, com código de barras exclusivo.

    Os candidatos não terão acesso ao tipo de prova que estão fazendo até que o gabarito oficial seja divulgado, o que impede o mapeamento prévio dos cadernos. Essas medidas, aliada à coleta de dados biométricos com duas digitais e ao exame grafológico, dificulta tentativas de fraude e falsidade ideológica, afirma à Folha Alexandre Retamal, coordenador logístico do CNU.

    Diferentemente do que ocorreu no ano passado, o caderno de questões poderá ser levado para casa, mas só para quem esperar até uma hora antes do final do exame. Também foram instalados detectores de metal e de ponto eletrônico em todas as escolas.

    “Quanto mais a gente aprimora os mecanismos e os protocolos de segurança, mais as organizações criminosas ficam com receio de querer cometer um crime”, diz Retamal.

    Segundo ele, responsável pela logística do CNU, as mudanças na segurança foram baseadas nos aprendizados da edição anterior e implementadas em parceria com diversos órgãos de segurança, como Ministério da Justiça, Abin (Agência Brasileiro de Inteligência), PF (Polícia Federal) e polícias dos estados.

    “Tudo isso está gerando uma massa crítica de competência, de responsabilidade, de experiência, que está tornando cada vez mais difícil a atuação de organizações criminosas e tornando cada vez mais seguro [o CNU] para que os candidatos cheguem lá e façam o seu melhor na prova.”

    HORÁRIO DAS PROVAS
    O exame começa às 13h, com abertura de portões às 11h30 e fechamento às 12h30 em ponto, conforme o horário de Brasília. A prova começa às 13h e tem duração de cinco horas para cargos de nível superior, terminando às 18h, e 3 horas e meia para nível médio.

    Apenas os aprovados na prova objetiva seguirão para a etapa discursiva, marcada para 7 de dezembro. Para levar o caderno de questões para casa, é preciso ficar até a última hora. Há regras de segurança com o objetivo de evitar falhas e vazamentos.

    A ministra Esther Dweck, do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos), destaca dois pontos de atenção: que é ler a folha de rosto da prova e conferir o endereço da escola onde fará o exame, conforme o que está escrito no cartão do candidato.

    O MGI ainda atualizou, neste sábado, o cartão de inscrição com a sala onde cada candidato realizará a prova. A orientação é que ele seja acessado novamente para que os inscritos tenham as informações completas, mas quem chegar ao local do exame apenas com o código recebido anteriormente “conseguirá encontrar a sala sem dificuldades”.

    LOGÍSTICA DE DISTRIBUIÇÃO E RECOLHIMENTO DAS PROVAS
    As provas chegam aos locais de aplicação na madrugada deste domingo, sob forte esquema de segurança, com a participação das polícias locais. Elas ficaram escoltadas durante todo o tempo que estiveram no galpão da organizadora, que é a FGV (Fundação Getulio Vargas), e também foram escoltadas pela PF e PRF durante o transporte.

    A logística reversa começa ainda no domingo. Ao final do exame, todas as provas são devolvidas ao ponto-sede no município e, depois, voltam para o galpão da FGV. Em todas as etapas, seguem sendo escoltadas e com segurança durante 24 horas.

    O QUE LEVAR E O QUE NÃO LEVAR
    Os candidatos precisam levar caneta preta ou azul de tubo transparente e documento oficial com foto. Se for documento digital, só serão aceitos os que estiverem em sites que sejam acessados com o cadastro do portal Gov.br.

    É permitido levar água e alimentos de consumo rápido, desde que em embalagens transparentes e sem rótulo. É proibido estar com alimentos em embalagens que não sejam transparentes e bebidas em recipientes que não permitam ver o que tem dentro.

    Os celulares e demais itens eletrônicos serão recolhidos no local da prova, colocados em um saco lacrado e devolvidos apenas ao final do exame. É necessário ficar aos menos duas horas na sala de prova.

    DEMAIS ORIENTAÇÕES
    Quem deixar de seguir as orientações da folha de rosto poderá ser desclassificado. O governo quer evitar o que ocorreu no CNU 1, no qual muitos candidatos não marcaram o tipo de prova no cartão de respostas e foram eliminados, conforme previa o edital.

    Retamal dá mais uma dica, que é ter calma. “As pessoas perguntam muito: ‘você pode levar garrafa d’água?’ falam para não esquecer de levar documento, de levar caneta transparente, tudo isso é importante. Mas o mais importante para os candidatos é ir com calma. Vá o mais cedo possível, conheça o lugar, chegue lá com calma e obedeça as instruções dos fiscais.”

    Veja o calendário do CNU 2
    – Aplicação das provas objetivas – 5/10/2025
    – Divulgação preliminar dos gabaritos das provas objetivas – 6/10/2025
    – Prazo para interposição de eventuais recursos quanto às questões formuladas e/ou aos gabaritos divulgados – 7 e 8/10/2025
    – Disponibilização da imagem do cartão de respostas – 12/11/2025
    – Divulgação das notas finais das provas objetivas e convocação para as pessoas candidatas para a realização da prova discursiva – 12/11/2025
    – Obtenção impressa do Cartão de Confirmação de Inscrição para realização da prova discursiva no endereço eletrônico – 1/12/2025
    – Aplicação da prova discursiva – 7/12/2025
    – Divulgação da Nota Preliminar da Discursiva e disponibilização do espelho de correção. – 23/01/2026
    – Interposição de eventuais pedidos de revisão das notas da prova discursiva – 26/01 e 27/01/2026
    – Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas da Prova Discursiva e do Resultado Definitivo da prova discursiva. – 18/02/2026
    – Divulgação do resultado dos pedidos de revisão das notas dos títulos e do resultado definitivo dos procedimentos para as pessoas candidatas negras, indígenas e quilombolas e para as pessoas com deficiência – 18/02/2026
    – Previsão de divulgação das listas com as classificações das pessoas candidatas, em vagas imediatas e lista de espera, após a realização das fases 1 a 4 20/02/2026
    – 1ª Convocação para confirmação de interesse das pessoas candidatas classificadas 20/02/2026
    – Período para a 1ª confirmação de interesse das pessoas candidatas classificadas 21/02 a 23/02/2026
    – Previsão de divulgação das listas com as classificações das pessoas candidatas, em vagas imediatas e lista de espera, após o resultado da 1ª confirmação de interesse 27/02/2026
    – 2ª Convocação para confirmação de interesse das pessoas candidatas classificadas – 27/02/2026
    – Período para a 2ª confirmação de interesse das pessoas candidatas classificadas – 28/02 a 02/03/2026
    – Previsão de divulgação das listas com as classificações das pessoas candidatas, em vagas imediatas e lista de espera, após o resultado da 2ª confirmação de interesse – 6/03/2026
    – 3ª Convocação para confirmação de interesse das pessoas candidatas classificadas – 6/03/2026
    – Período para a 3ª confirmação de interesse das pessoas candidatas classificadas – 7/03 a 9/03/2026
    – Previsão de divulgação das listas com as classificações das pessoas candidatas, em vagas imediatas e lista de espera, após o resultado da 3ª confirmação de interesse – 16/03/2026
    – Início das convocações para nomeação, e, quando couber, para o procedimento de Investigação Social e Funcional, a realização da Defesa de Memorial e Prova Oral e o Curso ou Programa de Formação

    Segunda edição do CNU, maior concurso do país, ocorre neste domingo, com reforço na segurança

  • Lula amplia propaganda nas redes a 1 ano da eleição e foca soberania, IR e influenciadores

    Lula amplia propaganda nas redes a 1 ano da eleição e foca soberania, IR e influenciadores

    Dados parciais da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência mostram que a pasta passou a direcionar cerca de 30% da verba publicitária para sites e plataformas digitais, contra 20% no ano anterior.

    MATEUS VARGAS E RANIER BRAGON
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O governo Lula (PT) mudou a estratégia de comunicação a um ano da eleição de 2026, ampliou a verba para anúncios na internet e passou a apostar em influenciadores e modelos de vídeos virais, tendo como foco o discurso de soberania e de justiça tributária.

    Dados parciais da Secom (Secretaria de Comunicação Social) da Presidência mostram que a pasta passou a direcionar cerca de 30% da verba publicitária para sites e plataformas digitais, contra 20% no ano anterior.

    A nova estratégia de comunicação da Secom, elaborada pelo ministro Sidônio Palmeira, contrasta com a orientação anterior, de Paulo Pimenta (PT), que defendia aumentar o investimento em rádios como forma de alcançar a população mais pobre e distante das capitais –ele deixou o cargo em janeiro.

    O novo ministro nomeou Mariah Queiroz para a secretaria de Estratégias e Redes. Ela trabalhava na comunicação do prefeito de Recife, João Campos (PSB), um dos políticos de maior projeção nas plataformas digitais.

    Ao menos 20 influenciadores digitais foram contratados para participar de campanhas desde agosto. A aposta é tentar replicar modelo de vídeos que viralizam na internet, como o de “gatinhos” explicando propostas do governo.

    Em propaganda publicada na última semana nas redes “gov.br”, por exemplo, o apresentador João Kléber transporta o seu “teste de fidelidade” –quadro popularesco que visava provocar e “flagrar” eventuais adúlteros– à disputa entre os governos Lula e Donald Trump, aliado à família Bolsonaro.

    No vídeo, o apresentador diz estar nas ruas de São Paulo para saber “se o povo é fiel ao nosso país” ou “vai dar aquela escapadinha para o lado de fora”. Ele pergunta para uma série de pessoas se elas preferem Pix ou cartão de crédito, novela brasileira ou mexicana, futebol brasileiro ou americano.

    João Kléber encerra o vídeo afirmando que o “povo é fiel ao nosso país” e diz que o governo também protege o Brasil.

    Nos bastidores, petistas dizem que o tarifaço de Trump caiu no colo do marketing lulista, permitindo ao governo e ao partido retomarem em parte a defesa da soberania e das cores verde e amarelo, usadas como mote do bolsonarismo havia anos.
    Em julho, a página do governo fez publicação em alusão às declarações de Trump em defesa de Bolsonaro. A peça da Secom apresenta uma montagem com fotos de “gatinhos” que falam sobre a “soberania nacional”.

    “O país dos cães pode até ter um cachorro mandão, pode negociar com os gatinhos, sugerir parcerias, latir de vez em quando. Mas não pode, por exemplo, querer decidir o que os gatinhos vão fazer no país dele, muito menos meter o focinho nas decisões da justiça felina”, diz o vídeo.

    A publicação foi feita no momento em que se aproximava o julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) que condenou o ex-presidente Bolsonaro pela trama golpista.

    A questão da justiça tributária tem como principal mote o projeto que ampliou a isenção do Imposto de Renda a R$ 5.000 e que elevou a taxação de quem tem renda mensal superior a R$ 50 mil.

    “Numa vitória histórica do povo brasileiro, os deputados mantiveram a compensação pelos super-ricos, que passarão a contribuir de forma mais justa”, diz texto governista em menção à aprovação da proposta de forma unânime na Câmara dos Deputados.

    A Secom afirmou, em nota, que a participação dos influenciadores e produtores de conteúdos nas campanhas reflete os novos hábitos dos brasileiros na hora de buscar informações, “com aumento marcante do tempo dedicado à navegação nas redes”.
    “Essa ação está em absoluta conformidade com a legislação vigente sobre a comunicação pública.”

    A pasta diz não negociar diretamente com os influenciadores. Afirma ainda que eles são contratados pelas agências de publicidade, sendo pagos com verbas de produção das campanhas.
    Em geral, as agências colocam um teto de R$ 20 mil por vídeo de cachê por vídeo produzido por influenciadores, segundo autoridades que acompanham as negociações. Questionada, a Secom não informou quanto cada influenciador recebeu.

    No caso da peça “Teste de Fidelidade ao Brasil”, a Secretaria diz que a participação de João Kléber foi ofertada “de forma bonificada” pelo Kwai, “a partir da compra de espaços que já seria feita dentro da plataforma para exibição de conteúdo promocional”.

    Os dados parciais de execução de publicidade da Secom apontam que o Kwai recebeu ao menos R$ 7 milhões em anúncios, sendo a terceira empresa digital mais beneficiada pelas verbas federais.
    O ranking da propaganda online da Secretaria é liderado pelo Google, que também distribui os anúncios no Youtube. A empresa recebeu ao menos R$ 26 milhões, dentro de R$ 235 milhões distribuídos pela pasta neste ano a todos os meios –incluindo TVs, rádios, jornais e outras mídias.

    No ano passado, em cerca de R$ 370 milhões de propagandas da Secom, o Google recebeu R$ 10 milhões.

    A mudança de estratégia do governo fez a empresa pular de sexto para segundo veículo mais beneficiado em todos os meios de 2024 para 2025, atrás apenas da TV Globo, que recebeu R$ 54 milhões neste ano. O canal nacional da TV Record é o atual terceiro veículo mais beneficiado, com R$ 25 milhões em anúncios da Secom, segundo os dados ainda parciais da pasta.

    Parte dos influenciadores que gravam para o governo não é remunerada. Há casos em que a Secom pede e eles assinam documentos cedendo os vídeos.

    Autoridades que integravam gestões anteriores da secretaria dizem que havia receio de contratar influenciadores por causa da dificuldade de explicar ao órgãos de controle os critérios de seleção e remuneração.

    Mesmo com a nova estratégia, a propaganda em TV ainda consome cerca de metade da verba de anúncios da Secom. Depois da internet (cerca de 30%), os principais destino são rádios (10%), mídia exterior (como painel e outdoor, com 8%), jornais (1,1%), revistas (0,18%) e cinema (0,14%), de acordo com os valores disponíveis.

    Os percentuais ainda podem se alterar, pois a divulgação dos detalhes dos gastos do governo em propaganda é lenta. Mas outras bases de dados também apontam que disparada da propaganda nas redes.

    Lula amplia propaganda nas redes a 1 ano da eleição e foca soberania, IR e influenciadores