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  • Motim bolsonarista inviabiliza Câmara e Motta só consegue abrir sessão após Lira intervir

    Motim bolsonarista inviabiliza Câmara e Motta só consegue abrir sessão após Lira intervir

    A paralisação de parlamentares de extrema-direita em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inviabilizou o funcionamento da Casa por 30 horas

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) só conseguiu voltar à mesa da presidência da Câmara na noite desta quarta-feira (6) após longa negociação mediada por seu antecessor, Arthur Lira (PP-AL).

    O motim bolsonarista em reação à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inviabilizou o funcionamento da Casa por 30 horas.

    No movimento, parlamentares da oposição ocuparam as mesas dos plenários da Câmara e Senado na terça-feira, impedindo a realização de sessões. Em esquema de revezamento, eles passaram a madrugada no local, que foi isolado pela polícia legislativa, com permissão de entrada apenas de parlamentares.

    Com o motim, os bolsonaristas buscaram pressionar a cúpula do Congresso a pautar a anistia ao ex-presidente e aos participantes do 8 de Janeiro, além do impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que decretou a prisão, e amarras à atuação da corte, principalmente em relação a investigação e processos contra parlamentares.

    Motta e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), passaram o dia em reunião com o PL e com os demais partidos na tentativa de um acordo para desocupação dos plenários de votações, o que não ocorreu.

    Em razão disso, o presidente da Câmara anunciou que abriria a sessão de votação no plenário da Casa às 20h30 desta quarta, o que só ocorreu após as 22h, após intervenção de Lira.

    Motta chegou a ameaçar durante o dia os bolsonaristas de suspensão do mandato por seis meses, mas, ao final, adotou um tom conciliador, no sentido de “resgatar a respeitabilidade da Casa”.

    “[É preciso] não deixarmos que projetos individuais possam estar a frente daquilo que é maior do que todos nós, que é nosso povo. (…) O país precisa estar em primeiro lugar. (…) O que aconteceu nessa casa não foi bom, não foi condizente com nossa história”, afirmou, após sentar de volta na cadeira de presidente da Casa.

    Ele também afirmou que a oposição tem todo direito de se manifestar, mas que isso tem que ser feito obedecendo nosso regimento e nossa Constituição. “O que aconteceu ontem e hoje não pode ser maior do que o plenário”.

    Para sentar em sua cadeira, Motta saiu de seu gabinete, que fica ao lado do plenário, e demorou mais de seis minutos para atravessar o mar de deputados bolsonaristas que ocuparam a Mesa da Câmara desde esta terça-feira em protesto contra a decretação da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Ele chegou a andar de volta ao gabinete após chegar perto da cadeira e ela não ser cedida pelo deputado Marcel van Hattem (Novo-RS). Após muita conversa e empurra-empurra, foi praticamente arrastado de volta para a cadeira pelo deputado Isnaldo Bulhões Jr. (AL), líder da bancada do MDB.

    À tarde, deputados que participaram de reunião com o presidente da Câmara haviam dito que ele baixaria um ato, apoiado pela maioria dos demais partidos, com previsão de suspensão do mandato por seis meses de deputados que permanecessem ocupando a mesa do plenário e impedindo a realização de sessões.

    “Houve consenso para retomar o espaço da cadeira do presidente da Câmara. [Hugo Motta] Deixou claro que quem impedir que ele assuma a presidência da Câmara vai ser suspenso e pode ter o nome enviado para o Conselho de Ética para um processo de cassação”, disse o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), ao deixar a reunião.

    De acordo com deputados que participaram da reunião com Motta nesta quarta, o entendimento geral era que uma negociação com os deputados bolsonaristas não poderia se dar sob chantagem, mas somente depois que o comando da Câmara for restabelecido.

    Antes de se reunir com os líderes de partidos, durante a tarde, o presidente da Casa havia estado com os líderes da oposição, deputado Zucco (PL-RS), e com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), na tentativa de que os bolsonaristas encerrassem o protesto, mas não houve acordo.

    De acordo com parlamentares do PL, Sóstenes e Zucco se retiraram após Motta dizer que não colocaria em votação o projeto da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

    SENADO

    No Senado, Alcolumbre anunciou no início da noite que realizará sessão virtual nesta quinta-feira.

    “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à Presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, afirmou Alcolumbre, em nota.

    A reunião de Alcolumbre com líderes de partidos políticos terminou no início da noite e, depois, ele seguiu conversando com a oposição isoladamente.

    De acordo com relatos, obteve o respaldo dos demais partidos para realizar sessões presenciais na Casa a partir da semana que vem e afirmou descartar a votação de impeachment de ministro do STF, uma das principais bandeiras do bolsonarismo.

    “Semana que vem, o que eu ouvi do presidente é que ele não aceitará [obstrução], é como quem diz ‘por bem ou por mal semana que vem o plenário tem que estar livre’”, disse o senador Cid Gomes (PDT-CE).

    De acordo com senador, assim como Motta sinalizou, a postura de Alcolumbre também é a de não ceder.

    “O presidente disse que questão de impeachment [de ministro do STF] é atribuição, prerrogativa, dele. Da presidência do Senado. Para usar as palavras dele, ‘não há hipótese de que eu coloque para votar essa matéria’”, acrescentou Cid.

    “E tanto faz um requerimento feito pela, com todo respeito, associação dos catadores de lixo de São Paulo como a assinatura de 80 senadores. O processo não diz respeito ao quórum do Senado. Esse movimento de buscar assinaturas ele deixou claro que não influenciará na decisão dele.”

    Motim bolsonarista inviabiliza Câmara e Motta só consegue abrir sessão após Lira intervir

  • Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

    Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

    O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,463, com recuo de R$ 0,043 (-0,78%). Exceto na primeira hora de negociação, a cotação operou em baixa e fechou próxima às mínimas do dia.

    A entrada em vigor da tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros nos Estados Unidos não interferiu no mercado financeiro nesta quarta-feira (6). O dólar fechou abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês. A bolsa de valores subiu mais de 1% e atingiu o maior nível em duas semanas.

    O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (6) vendido a R$ 5,463, com recuo de R$ 0,043 (-0,78%). Exceto na primeira hora de negociação, a cotação operou em baixa e fechou próxima às mínimas do dia.

    No menor nível desde 8 de julho, a moeda norte-americana caiu 2,46% apenas nos quatro primeiros pregões de agosto. Em 2025, a divisa recua 11,6%.

     

    O mercado de ações teve um dia de ganhos. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 134.568 pontos, com alta de 1,04%. Subindo pela terceira vez seguida, com alta de 1,59% na semana, o indicador está no nível mais alto desde 23 de julho.

    Apesar de o tarifaço do governo Donald Trump passar a valer hoje, o dólar continuou a cair com o aumento das chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) cortará os juros a partir de setembro. Nesta quarta-feira, uma diretora regional do Fed disse que os juros básicos nos Estados Unidos devem cair nos próximos meses.

    Juros menores em economias avançadas estimulam a migração de capitais especulativos para países emergentes, como o Brasil. Nem a imposição de uma tarifa adicional de 25% para a Índia pelo governo Trump reverteu a queda do dólar.

    * com informações da Reuters

    Dólar fecha abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez em quase um mês

  • Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

    Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

    Nem todo mundo está ficando mais rico – veja como seu país se compara.

    O quanto as pessoas ao redor do mundo ficaram mais ricas (ou mais pobres) no último ano? O Relatório Global de Riqueza do UBS de 2025 revela como o patrimônio líquido mediano mudou entre 2023 e 2024 em dezenas de países. O foco na mediana fornece uma imagem mais clara da situação financeira do cidadão “típico”, ao contrário das médias que podem ser distorcidas por bilionários. Alguns países tiveram ganhos de dois dígitos, enquanto outros lutaram contra a inflação, a desvalorização da moeda ou a desaceleração do crescimento.

    Clique na galeria para ver onde a riqueza cresceu mais rapidamente e onde não.

    Em que lugar do mundo o patrimônio das pessoas aumentou mais?

  • Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

    Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

    “Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula, lembrando que o Brics tem dez países no G20.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira (6) que vai conversar com os representantes dos países que integram o Brics sobre a taxação dos Estados Unidos aos produtos desses países. Em entrevista à agência de notícias Reuters, ele informou que pretende ligar para o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e para o presidente da China, Xi Jinping.

    “Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão”, disse Lula, lembrando que o Brics tem dez países no G20, o grupo que reúne 20 das maiores economias do mundo.

    No Brasil, entraram em vigor nesta quarta-feira (6) as tarifas de 50% impostas sobre parte das exportações brasileiras para os Estados Unidos. Também nesta quarta-feira, o  presidente americano, Donald Trump,

    publicou um decreto impondo tarifa adicional de 25% sobre os produtos da Índia, com o argumento de que o país importa direta ou indiretamente petróleo russo.

     

    Prioridades

    Segundo Lula, a prioridade do governo brasileiro, nesse momento, é ajudar as empresas brasileiras a encontrar novos mercados para seus produtos e cuidar da manutenção dos empregos. 

    O texto da medida provisória (MP) com as ações planejadas pelo governo em resposta ao tarifaço deve ser enviado ao Palácio do Planalto pelo Ministério da Fazenda ainda nesta quarta-feira (6).

    Lula ressaltou que não vê abertura para negociação com Trump neste momento. 

    “Eu não liguei porque ele não quer telefonema. Não tenho por que ligar para o presidente Trump, porque nas cartas que ele mandou e nas suas decisões ele não fala em nenhum momento em negociação, o que ele fala é em novas ameaças”, disse Lula. 

    Lula reafirmou que quer fazer tudo o que for possível antes de “tomar outra medida que signifique que as negociações [com os Estados Unidos] acabaram”. 

    “Eu estou fazendo tudo isso [negociando] quando poderia anunciar uma taxação dos produtos americanos. Não vou fazer porque não quero ter o mesmo comportamento do presidente Trump. Eu quero mostrar que quando um não quer, dois não brigam, e eu não quero brigar com os Estados Unidos”. 

    O presidente lembrou que o Brasil recebeu o comunicado da taxação de forma totalmente autoritária. 

    “Não é assim que estamos acostumados a negociar”, afirmou.  

    Intromissão

    O presidente Lula afirmou que não é admissível que o presidente americano resolva “dar pitaco” no Brasil 

    “Não é uma intromissão pequena, é o presidente da República dos Estados Unidos achando que pode ditar regras em um país soberano como o Brasil. Não é admissível que os Estados Unidos e nenhum país grande ou pequeno resolva dar um pitaco na nossa soberania”, afirmou.

    “Ele que cuide dos Estados Unidos, do Brasil, cuidamos nós. Só tem um dono esse país, e só um dono que manda no presidente da República, é o povo, o povo que elegeu, o povo que pode tirar”.

    O presidente também citou trechos da decisão de Trump que criticam a legislação brasileira sobre as grandes empresas de tecnologia americanas, as big techs. 

    “Esse país é soberano, tem uma Constituição, tem uma legislação. É nossa obrigação regular o que a gente quiser regular de acordo com os interesses e a cultura do povo brasileiro. Se não quiser regulação, saia do Brasil”, disse Lula.

     

    Lula quer decisão conjunta do Brics sobre tarifas dos Estados Unidos

  • Deputado Paulo Bilynskyj segura repórter Guga Noblat pelo pescoço; vídeo

    Deputado Paulo Bilynskyj segura repórter Guga Noblat pelo pescoço; vídeo

    Durante a abordagem, Bilynskyj demonstrou irritação e respondeu com insultos. “Você tem ideia do que está acontecendo com o país ou só fica fazendo propaganda do Lula?”, disse o deputado.

    O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) agrediu fisicamente o jornalista Guga Noblat, do ICL Notícias, nesta quarta-feira (6), nos corredores da Câmara dos Deputados, em Brasília. A confusão teve início após o repórter questionar o parlamentar sobre a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro e sobre as tarifas impostas por Donald Trump a produtos brasileiros.

    Durante a abordagem, Bilynskyj demonstrou irritação e respondeu com insultos. “Você tem ideia do que está acontecendo com o país ou só fica fazendo propaganda do Lula?”, disse o deputado, que também chamou o repórter de “tchutchuca do Lula”.

    Em seguida, o clima se agravou. Noblat provocou o parlamentar ao mencionar sua reputação violenta. Ao ouvir a insinuação, Bilynskyj segurou-o pelo pescoço. “Se você faz o que faz com mulher, imagina o que faria comigo”, afirmou o jornalista. O deputado, então, reagiu com violência: “O que eu faço com mulher?”, perguntou, enquanto agarrava o pescoço de Noblat.

    A provocação de Noblat faz referência ao histórico do parlamentar. Antes de ser eleito deputado federal, Paulo Bilynskyj atuava como delegado da Polícia Civil de São Paulo e também acumulava seguidores como influenciador digital. Ele se tornou nacionalmente conhecido em 2020 após o caso da morte de sua namorada, Priscila Delgado Barrios, de 27 anos, dentro do apartamento onde viviam.

    De acordo com as investigações, Priscila teria atirado no então delegado, motivada por ciúmes, e depois cometido suicídio. Bilynskyj sobreviveu aos seis tiros, mas ficou com sequelas permanentes, incluindo a amputação do dedo médio da mão direita e perda de movimentos. O caso foi arquivado em 2021. 

    Guga Noblat compartilhou o momento em suas redes sociais e desabafou:
    Bilinsky perdeu a linha e quase me agrediu, chegou a fazer uma massagem no meu pescoço. Depois de me insultar, ele ouviu na cara que tem fama de ser violento com mulher e achou que ia me intimidar, aqui não, tchu tchuquinha do Bolsonaro. Veja mais no ICL, em reportagem sobre o PL obstruindo os trabalhos.

     

     Após a agressão a Noblat, Eduardo Moreira, fundador do ICL, se pronunciou sobre o ocorrido por meio de um vídeo publicado nas redes sociais.

    “É inacreditável que uma coisa como essa aconteça e as pessoas comecem a achar normal. A gente exige que a Câmara dos Deputados tome uma providência”, disse. “Um deputado como esse deveria ser cassado, é uma agressão ao Guga Noblat, uma agressão à imprensa brasileira e ao Instituto Conhecimento Liberta. Nós vamos tomar as medidas jurídicas cabíveis e a gente espera que todos vocês fiquem conosco nessa indignação e exijam providências.”

     
     
     

     
     
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  • Responsabilidade maior por tarifaço de Trump é da família Bolsonaro, diz Eduardo Leite

    Responsabilidade maior por tarifaço de Trump é da família Bolsonaro, diz Eduardo Leite

    “A responsabilidade maior está na família Bolsonaro, não há dúvidas disso. Eles mesmo avocam”, disse Leite ao sair do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), onde se encontrou com o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

    LUCAS MARCHESINI
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSD), disse que a família Bolsonaro é a maior responsável pela sobretaxa aplicada pelos Estados Unidos às importações do Brasil.

    “A responsabilidade maior está na família Bolsonaro, não há dúvidas disso. Eles mesmo avocam”, disse Leite ao sair do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), onde se encontrou com o vice-presidente, Geraldo Alckmin.

    “De outro lado, não dá para negar que muitas manifestações feitas pelo presidente Lula contribuíram para ambiente de animosidade, que não colaboram para melhor ambiente diplomático.”

    Leite citou como exemplo o governo do Canadá, que “tem sido alvo constantemente de declarações do presidente Trump e reage com muita sobriedade”. “Firmeza não tem relação com grosserias, ataques”, disse.

    O governador isentou Alckmin das críticas, dizendo que observa nele “muito esforço”.

    Leite se reuniu com Alckmin na busca por ajuda para as empresas do seu estado que serão afetadas pelas tarifas comerciais americanas.

    Segundo ele, há um impacto mais forte na indústria de armas, produtos de metal, calçadista, couros e produtos de madeira.

    “Há uma busca por nova lista de exceções e a expectativa é de que possam incluir mais produtos”, afirmou. Um caso que merece especial atenção, segundo Leite, é o de armas e munições.

    “Alckmin relatou que tem conversas com o secretário de Comércio dos Estados Unidos e outros representantes na busca por novas exceções ou até mesmo uma revisão da tarifa”, afirmou.

    Responsabilidade maior por tarifaço de Trump é da família Bolsonaro, diz Eduardo Leite

  • Custo do crédito impede expansão do mercado imobiliário, aponta pesquisa do setor

    Custo do crédito impede expansão do mercado imobiliário, aponta pesquisa do setor

    Apesar da percepção de escassez de recursos, não falta dinheiro para o setor, o problema é a taxa de juros, afirmaram, após pesquisa apresentada, nesta quarta-feira (6), em Webinar sobre os desafios do setor para garantir o fluxo de recursos.

    ANA PAULA BRANCO
    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O custo do dinheiro é a principal barreira para incorporadoras de todos os portes atuarem hoje no mercado imobiliário brasileiro, segundo Luiz França, presidente da Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), e Fábio Araújo, presidente da Brain Inteligência Estratégica.

    Apesar da percepção de escassez de recursos, não falta dinheiro para o setor, o problema é a taxa de juros, afirmaram, após pesquisa apresentada, nesta quarta-feira (6), em Webinar sobre os desafios do setor para garantir o fluxo de recursos.
    De acordo com a pesquisa da Brain apresentada durante o evento, a taxa de juros é a mais importante barreira para lançamentos, com 55% dos incorporadores concordando parcialmente e 23% totalmente.

    Para viabilizar mais empreendimentos, 82% do mercado aponta para a necessidade de taxas para o incorporador abaixo de 12%. No entanto, as projeções da Selic para dezembro de 2026 indicam 12%, o que seria um alívio, mas não a solução, segundo o setor.

    Araújo diz ainda que a taxa de juro baixa, abaixo de dois dígitos, é fundamental, pois “traz um grande volume de pessoas para poder comprar seus imóveis”.

    O custo do crédito tem obrigado o setor a buscar alternativas junto a autoridades e novas fontes de captação.

    A caderneta de poupança, tradicionalmente a principal fonte de recursos para o crédito imobiliário, tem visto seu volume secar. Isso forçou os bancos a buscarem captação em outros instrumentos, como as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), que remuneram os investidores com um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), resultando em um custo final de financiamento muito maior para o tomador.

    Dentre as alternativas de captação que as incorporadoras têm buscado, o mercado de capitais é considerado “importantíssimo” por França, pois permite às empresas reduzir sua exposição a instituições financeiras tradicionais, emitindo papéis comprados por investidores.

    Para ele a vantagem é a ampliação da capacidade de captação e potencial acesso a taxas melhores, com operações de prazos variados, inclusive longuíssimo prazo.

    “Não acabou com os bancos, tudo convive muito bem, banco continua dando dinheiro, mercado de capitais continua crescendo e é o futuro”, afirmou o presidente da Abrainc.

    Segundo a pesquisa da Brain, 54% das empresas veem o mercado de capitais como uma alternativa, principalmente por vantagens e oportunidades (57%), mas a maioria (57%) nunca o utilizou, sendo mais comum entre as maiores empresas.

    Atualmente, o setor imobiliário brasileiro tem 15 empresas de capital aberto.

    A securitização, como um “subproduto” do mercado de capitais, é vista pelos empresários ouvidos pela Brain como uma forma de cortar o intermediário financeiro, permitindo às empresas venderem financiamentos de compradores finais, especialmente com taxas de juros adequadas.

    “Quando você tiver taxa de juro adequada, muita empresa vai poder fazer sua venda, colocar ali o financiamento a mercado… você vai ter uma taxa que o cliente vai ter uma prestação adequada e vai formar aquela carteira dependendo da empresa, ela vai securitizar aquilo lá e vai vender. Então aí você tem uma desintermediação financeira e a desintermediação financeira sempre é bastante positivo”, disse França.

    Já as Sociedades em Conta de Participação (SCPs) continuam crescendo como alternativa e são “bem interessantes, adequadas principalmente para as pequenas e médias empresas que têm bons projetos”, segundo o presidente da Abrainc. Investidores, incluindo pessoas físicas, sentem-se atraídos por terem como acompanhar a evolução da obra.

    PROPOSTAS DO SETOR AO BANCO CENTRAL
    Em meio à busca por um funding de custo adequado e volume suficiente, França afirma que a Abrainc tem dialogado ativamente com o Banco Central e autoridades do governo federal. Ele citou uma proposta para liberar parte do compulsório da caderneta de poupança.

    Atualmente, dos R$ 800 bilhões da poupança, 65% são obrigatórios para crédito imobiliário, e 20% dos 35% restantes ficam depositados no Banco Central. A sugestão da Abrainc é manter os 65% obrigatórios e liberar 5% do compulsório (cerca de R$ 35 bilhões), que poderiam ser direcionados, por exemplo, para imóveis de classe média, até R$ 750 mil.

    Além disso, França defende a liberação dos 15% restantes do “recurso livre” da poupança, desde que o Banco Central abra uma linha de redesconto -batizada por ele como “redesconto poupança”. Ele defende que a medida daria “fôlego no crédito imobiliário”.

    O programa Minha Casa, Minha Vida segue a menina dos olhos do mercado imobiliário. A recém-lançada faixa 4 -que atende rendas entre R$ 8.000 e R$ 12 mil e imóveis de até R$ 500 mil (podendo chegar a R$ 620 mil)- é vista como uma grande oportunidade de negócio.

    De acordo com a pesquisa da Brain, quase 60% das grandes empresas (acima de R$ 500 milhões de lançamento) pretendem atuar nesse segmento em menos de 12 meses.

    A meta de 2 milhões de imóveis pelo programa habitacional -um recorde histórico- é um “número fantástico” que contribui para a inclusão social e redução do déficit habitacional, segundo França.
    A Caixa Econômica Federal continua sendo um grande player e sua ferramenta de “apoio para a produção” -que permite o desligamento de clientes na medida em que as vendas ocorrem- é considerada fundamental pelo setor, especialmente para quem atua no Minha Casa, Minha Vida. O produto funciona como um mecanismo para que o incorporador receba os recursos conforme as unidades são vendidas. Os bancos privados ainda não têm algo parecido.

    Custo do crédito impede expansão do mercado imobiliário, aponta pesquisa do setor

  • Tarcísio pede ao STF autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

    Tarcísio pede ao STF autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

    No ofício enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Tarcísio diz que estará em Brasília na quinta-feira (7) e se compromete a seguir todas as determinações estabelecidas pelo Supremo no encontro com o ex-presidente.

    CÉZAR FEITOZA
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), pediu nesta quarta-feira (6) ao STF (Supremo Tribunal Federal) para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua prisão domiciliar.

    No ofício enviado ao gabinete do ministro Alexandre de Moraes, Tarcísio diz que estará em Brasília na quinta-feira (7) e se compromete a seguir todas as determinações estabelecidas pelo Supremo no encontro com o ex-presidente.

    “O peticionário é correligionário e amigo do ora recluso. Diante de tal circunstância -que, no mais, é de amplo conhecimento público-, o peticionário considera que existem razões político-institucionais e humanitárias que justificam a autorização de visita pessoal ao Senhor Jair Messias Bolsonaro”, diz Tarcísio no documento.

    Tarcísio pede ao STF autorização para visitar Bolsonaro em prisão domiciliar

  • Moraes autoriza Bolsonaro a receber visitas de filhos, cunhadas e netos

    Moraes autoriza Bolsonaro a receber visitas de filhos, cunhadas e netos

    A decisão foi proferida após o senador Flávio Bolsonaro divulgar vídeo nas redes sociais com declarações do ex-presidente que foram veiculadas remotamente em manifestações de apoiadores no último domingo.

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a receber visitas de seus filhos, cunhadas e netos em sua residência em Brasília.

     

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro na última segunda-feira, 4, e proibiu o ex-presidente de receber visitas, com exceção dos seus advogados, e de usar celular. \”Autorizo as visitas dos filhos, cunhadas, netas e netos do custodiado, sem necessidade de prévia comunicação, com a observância das determinações legais e judiciais anteriormente fixadas\”, afirmou Moraes no despacho publicado nesta quarta-feira, 6, na PET 14.129/DF, que investiga uma suposta tentativa de obstrução de justiça pelo ex-presidente e seu filho, Eduardo Bolsonaro (PL).

     

    A prisão foi decretada por descumprimento de medidas cautelares e a defesa já anunciou que irá recorrer. Para Moraes, Bolsonaro \”reiterou sua conduta delitiva\” na produção de imagens, ligações de áudio e vídeo e na \”divulgação maciça do seu apoio\” às sanções aplicadas pelos EUA ao Brasil, \”com o claro intuito de obstrução da Justiça\”. O ex-presidente está proibido de usar redes sociais, direta ou indiretamente, além de ser obrigado a utilizar tornozeleira eletrônica e a cumprir toque de recolher, entre outras medidas cautelares.

     

    A decisão foi proferida após o senador Flávio Bolsonaro divulgar vídeo nas redes sociais com declarações do ex-presidente que foram veiculadas remotamente em manifestações de apoiadores no último domingo. A postagem foi apagada depois. Bolsonaro está proibido de usar redes sociais, seja diretamente ou por intermédio de terceiros.

     

    Visitas de aliados e amigos

     

    Até o final de terça-feira, 5, pelo menos sete aliados de Jair Bolsonaro protocolaram pedidos de vista nos autos da na ação penal 2668 – que julga o \”núcleo crucial\” da trama golpista em favor de Jair Bolsonaro. Apresentaram petições: o senador Magno Malta (PL-ES); o líder da bancada do PL na Câmara, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); e os deputados Marcos M(PL-MS), Marcelo Moraes (PL-RS), Tenente-Coronel Zucco (PL-RS), Eros Biondini (PL-MG) e Geraldo do Amaral (PL-MG).

     

    Também apresentou um pedido de visita o empresário Renato de Araújo Corrêa, que foi candidato à prefeitura de Angra dos Reis (RJ) em 2024 pela mesma legenda do ex-presidente.

     

    O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), afirmou, na terça-feira, que, após autorização do ministro Alexandre de Moraes, visitou Bolsonaro. \”Fui autorizado pelo relator, ministro Alexandre, a visitá-lo, seguindo todas as normas. Encontrei esse grande brasileiro, homem de bem. Não vou dizer que não estava triste, mas é uma pessoa que ainda acredita muito no nosso País\”, disse o senador em vídeo distribuído.

    Moraes autoriza Bolsonaro a receber visitas de filhos, cunhadas e netos

  • McDonald's agrada em lucro e receita no 2º trimestre de 2025

    McDonald's agrada em lucro e receita no 2º trimestre de 2025

    A receita do McDonald’s subiu 5% na comparação anual do trimestre, a US$ 6,84 bilhões, vindo também acima do consenso da FactSet, de US$ 6,7 bilhões

    O McDonald\’s teve lucro líquido de US$ 2,25 bilhões no segundo trimestre de 2025, ou US$ 3,14 por ação, de acordo com balanço divulgado nesta quarta-feira (6). No mesmo período de 2024, a multinacional americana de fast food havia garantido lucro de US$ 2,02 bilhões, equivalente a US$ 2,80 por ação.

    Considerando-se ajustes, o lucro por ação da empresa no período ficou em US$ 3,19, um pouco acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 3,14.

    Já a receita do McDonald’s subiu 5% na comparação anual do trimestre, a US$ 6,84 bilhões, vindo também acima do consenso da FactSet, de US$ 6,7 bilhões.

    Às 8h17 (de Brasília), a ação do McDonald\’s subia 2,96% no pré-mercado de Nova York.

    McDonald's agrada em lucro e receita no 2º trimestre de 2025