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  • TSE deve julgar aliados de Bolsonaro enquanto ele responde a ação no STF; veja quem são

    TSE deve julgar aliados de Bolsonaro enquanto ele responde a ação no STF; veja quem são

    Cármen Lúcia pode pautar para este semestre o julgamento de ações contra o senador Jorge Seif (PL-SC) e o governador Roraima, Antonio Denarium (PP)

    Enquanto Jair Bolsonaro responde a uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) se prepara para julgar ainda neste semestre ações de cassação contra dois aliados do ex-presidente.

    Integrantes da corte eleitoral esperam que a presidente, Cármen Lúcia, paute para este semestre o julgamento de ações contra o senador Jorge Seif (PL-SC) e o governador Roraima, Antonio Denarium (PP). A situação de ambos precisa ser resolvida ainda neste ano, já que ambos nutrem expectativa de se candidatar em 2026.

    Os processos chegaram a entrar na pauta de julgamentos no ano passado, mas foram retirados. Em 2024, a prioridade do tribunal era analisar casos relativos à campanha eleitoral municipal.

    Os casos chegaram ao TSE na forma de recursos contra decisões tomadas pelos tribunais regionais eleitorais de origem. Seif foi absolvido da acusação de abuso de poder econômico na campanha de 2022. O TSE vai decidir se mantém ou se cassa o mandato do senador.

    Segundo integrantes do tribunal, há chance de absolvição, por falta de provas contra o parlamentar. Seif foi acusado de ter recebido como doação a cessão de uso de um helicóptero para uso em eventos da campanha de forma irregular. O senador também teria recebido financiamento de uma entidade sindical, o que é proibido por lei.

    Denarium teve o mandato cassado TRE de Roraima por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. Uma das irregularidades apontadas no processo foi o uso eleitoral programas sociais do governo do Estado.

    Outros dois bolsonaristas também devem ser julgados pelo TSE, mas em data ainda não prevista: a deputada Carla Zambelli (PL-SP) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL). Os processos de ambos chegaram recentemente ao TSE e não estariam prontos para julgamento.

    Castro foi acusado de ter gasto cerca de R$ 10 milhões do Fundo Eleitoral na campanha de 2022 sem especificar a finalidade do dinheiro. Ele foi absolvido pelo TRE do Rio de Janeiro por falta de provas.

    Zambelli foi acusada de abuso dos meios de comunicação, também em 2022, por ter divulgado informações falsas sobre o processo eleitoral. A deputada foi condenada pelo TRE de São Paulo.

    TSE deve julgar aliados de Bolsonaro enquanto ele responde a ação no STF; veja quem são

  • Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

    Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

    O PL 2.692/2025 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e substituiu a medida provisória 1.294/2025

    Após cerca de 48 horas de obstrução do funcionamento dos plenários pela oposição, o Senado aprovou, nesta quinta-feira (7), o projeto de lei (PL) que isenta do pagamento do Imposto de Renda (IR) os trabalhadores que ganham até dois salários-mínimos, o que equivale a R$ 3.036. O texto agora segue para sanção presidencial. A isenção vai valer a partir de maio do mês-calendário 2025.  

    O PL 2.692/2025 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e substituiu a medida provisória 1.294/2025, editada pelo governo federal, e cuja validade venceria na próxima segunda-feira (11).

    O relator da matéria no Senado, o líder do governo Jacques Wagner (PT-BA), comemorou o resultado da votação, que foi aprovada em votação simbólica sem manifestações contrárias. 

    “Depois, trabalharemos para aprovar a proposta de estender a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Seguimos trabalhando por mais justiça social e fiscal”, explicou o relator.

    A proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil reais está em tramitação na Câmara, aguardando votação no plenário. Já aprovada em Comissão Especial, o texto prevê ainda uma redução do IR para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350.A medida é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A votação da matéria foi atrasada pelo motim da oposição, que ocupou as mesas diretoras dos plenários da Câmara e Senado após decretada a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e investigado por obstrução do processo penal, devido às ações dos Estados Unidos contra o comércio brasileiro e a sanção da Casa Branca contra Moraes. Ele nega as acusações.

    Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

  • Moraes autoriza visita de Tarcísio a Bolsonaro em prisão domiciliar

    Moraes autoriza visita de Tarcísio a Bolsonaro em prisão domiciliar

    Tarcísio pediu na quarta-feira (6) ao STF para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua prisão domiciliar

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e outros políticos a visitarem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em prisão domiciliar.

    A decisão foi tomada logo depois que os advogados de Bolsonaro concordaram com pedidos de visita feitos ao ex-presidente pelo governador paulista, a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), o deputado Luciano Zucco (PL-RS) e outros três nomes.

    Bolsonaro, que está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4), declarou “interesse em receber as visitas de todas as pessoas indicadas”.

    Tarcísio pediu na quarta-feira (6) ao STF para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua prisão domiciliar.

    No ofício enviado ao gabinete de Moraes, Tarcísio disse que estaria em Brasília nesta quinta-feira (7) e se comprometeu a seguir todas as determinações estabelecidas pelo Supremo no encontro com o ex-presidente.

    “O peticionário é correligionário e amigo do ora recluso. Diante de tal circunstância -que, no mais, é de amplo conhecimento público-, o peticionário considera que existem razões político-institucionais e humanitárias que justificam a autorização de visita pessoal ao Senhor Jair Messias Bolsonaro”, disse Tarcísio no documento.

    Tarcísio participou pela manhã, em Brasília, de cerimônia de promoção de seus colegas de turma da Aman (Academia Militar das Agulhas Negras) ao generalato.

     

    Moraes autoriza visita de Tarcísio a Bolsonaro em prisão domiciliar

  • Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

    Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

    Presidente dos EUA ameaça repetir medida feita contra Índia a outros compradores dos russos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (7) que poderia, dependendo do que acontecer, anunciar novas tarifas sobre a China semelhantes às tarifas de 25% anunciadas sobre a Índia, horas antes, por causa das compras chinesas de petróleo russo.

    “Pode acontecer… Não posso lhes dizer ainda”, disse Trump sem dar detalhes sobre o que pode ser feito, após afirmar que esperava anunciar sanções secundárias para pressionar a Rússia a acabar com sua guerra na Ucrânia.

    “Fizemos isso com a Índia. Provavelmente estamos fazendo isso com alguns outros. Um deles pode ser a China”, comentou o mandatário dos EUA.

    Nesta quarta-feira, Trump impôs uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos indianos, além de uma tarifa de 25% anunciada anteriormente, citando as compras de petróleo russo pela Índia.

    O decreto da Casa Branca não menciona a China, outro grande comprador de petróleo russo. Na semana passada, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, advertiu a China de que ela também poderia enfrentar novas tarifas se continuasse comprando petróleo russo.

    O governo brasileiro teme ser alvo de um adicional na sua taxa de 50% por ser uma das nações que importa óleo da Rússia.

    Em 2024, o Brasil importou US$ 5,4 bilhões de diesel russo, um recorde na série histórica da balança comercial.

    A importação do produto russo é crescente desde 2022, quando quintuplicou após as sanções internacionais aplicadas a Moscou devido à guerra na Ucrânia e ao redirecionamento das cargas para outros mercados. O valor se multiplicou por 47 em 2023. Em 2024, houve novo aumento, de 19%.

    Neste ano, mais de 60% desse combustível que foi importado neste ano veio do país de Vladimir Putin.

    Dados recentes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), porém, indicam que os EUA passaram a Rússia em julho e foram o maior fornecedor brasileiro de óleo diesel no mês, revertendo liderança russa que já durava meses.

    Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

  • Motta: retomada do plenário da Câmara não foi condicionada à anistia

    Motta: retomada do plenário da Câmara não foi condicionada à anistia

    “O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, disse Motta

    O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), negou, nesta quinta-feira (7), que a retomada dos trabalhos no plenário, após o motim da oposição, tenha sido negociada em troca do compromisso dele de pautar o projeto de lei que prevê anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.   

    “A presidência da Câmara é inegociável. Quero que isso fique bem claro. As matérias [jornalísticas] que estão saindo sobre a negociação feita por esta presidência para que os trabalhos fossem retomados não está vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia suas prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo, nem com absolutamente ninguém”, disse Motta.

    O presidente da Câmara conseguiu sentar na cadeira da mesa diretora do plenário ontem, após resistência da oposição que ocupava o local há quase 30 horas, impedindo os trabalhados legislativos. O motim da oposição começou após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro. Os parlamentares exigiam a anistia e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). No Senado, a desocupação do plenário ocorreu nesta quinta, sem acordo para votação do impeachment do ministro.

    Moraes decretou a prisão de Bolsonaro na última segunda-feira (4), por desrespeito às medidas cautelares que o impediam de usar as redes sociais de terceiros. As restrições foram determinadas no processo em que o ex-presidente é investigado por mandar recursos, via pix, para manter seu filho, Eduardo Bolsonaro, no exterior. O parlamentar licenciado atua junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo, para tentar impedir o julgamento da trama golpista, na qual Jair Bolsonaro é réu como líder da tentativa de golpe de Estado. 

    Reabertura dos trabalhos

    Somente depois das 22 horas, na noite de quarta-feira (6), Motta conseguiu abrir a sessão da Câmara, após a oposição tentar impedir que ele sentasse na cadeira. Em seguida, o presidente da Casa fez um discurso breve, pedindo diálogo e respeito e encerrou a reunião sem votar nenhuma matéria.

    A oposição comemorou o final da ocupação do plenário afirmando que teria conseguido costurar um acordo entre líderes do Novo, PP, União Brasil e PSD para pautar a anistia na próxima semana. Somando ao PL, essas legendas representam 247 deputados, quase metade da Câmara, que é de 256 parlamentares do total de 513.

    Por outro lado, procuradas pela Agência Brasil, as assessorias de imprensa das lideranças do PSD, PP e União Brasil na Câmara não confirmaram o compromisso anunciado pelo PL de defender a votação da anistia na próxima semana.

    Apesar de a prerrogativa da pauta ser do presidente da Câmara, Motta pode ser influenciado pela maioria dos parlamentares a pautar o projeto.

    Antes da sessão desta quinta, Motta comentou com jornalistas que, mesmo com toda tensão criada, foi possível pautar “a solução menos traumática para que a Casa pudesse retomar a sua normalidade”.

    “Penso que, mais uma vez, o diálogo prevaleceu. Nós tivemos a capacidade de conversar o dia todo com todas as lideranças, de poder demonstrar que nós não abriríamos mão de reabrir os trabalhos ontem, conforme o nosso regimento prevê, respeitando a nossa Constituição, respeitando o direito ao contraditório”, comentou.

    Motta: retomada do plenário da Câmara não foi condicionada à anistia

  • Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

    Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

    Na quarta-feira (6), o dólar fechou em forte queda de 0,77%, cotado a R$ 5,463

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu próximo da estabilidade nesta quinta-feira (7), com os investidores avaliando as novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos a mais de 60 países, que entraram em vigor nesta quinta.

    As taxas variam entre 10% e 50%, sendo que o Brasil e a Índia são as únicas nações com a maior tarifa para seus produtos.

    Às 9h06, a moeda norte-americana caía 0,02%, cotada a R$ 5,4615. Na quarta-feira (6), o dólar fechou em forte queda de 0,77%, cotado a R$ 5,463. A desvalorização fez a moeda americana atingir o menor valor desde 8 de julho, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, estendeu o prazo para parceiros firmarem acordos comerciais.

    Já a Bolsa fechou em disparada de 1,04%, a 134.537 pontos. A alta do Ibovespa acompanhou as ações da Raia Drogasil, que subiram até 18% ao longo do dia, após a RD Saúde, dona das redes de farmácias, ter um crescimento de 13% no lucro do 2º trimestre.

    A sobretaxa de 50% imposta por Trump a exportações brasileiras para o mercado americano entrou em vigor à 1h01 (horário do Brasil) desta quarta. A tarifa atinge 36% dos produtos exportados pelo Brasil aos EUA e inclui itens como máquinas agrícolas, carnes e café.

    Entretanto, graças a cerca de 700 exceções previstas no decreto (leia a íntegra), 43% do valor de itens brasileiros exportados para o país escaparam das novas alíquotas, como mostrou levantamento feito pela Folha.

    O governo Lula acionou os Estados Unidos na OMC (Organização Mundial do Comércio) nesta quarta em reação às tarifas estabelecidas por Trump. O chamado pedido de consulta foi entregue na missão dos EUA junto à organização.

    Apesar da alta probabilidade de não ter efeito prático, já que a consulta precisa ser aceita pelos americanos e a última instância da organização está paralisada, o movimento é visto no Palácio do Planalto como um gesto simbólico importante para marcar posição do Brasil em defesa do multilateralismo.

    Desde abril, o país já sofria uma sobretaxa de 10% imposta pelos EUA. No mês passado, Trump adicionou mais 40% devido a questões políticas por meio de um decreto.

    O texto do decreto menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu em inquérito que apura tentativa de golpe em 2022. A Casa Branca afirmou, à época, que a medida visava “lidar com ameaças incomuns e extraordinárias à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

    Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a entrada em vigor do tarifaço já estava precificado pelos agentes do mercado. “As tarifas têm pouco impacto econômico [no mercado do dia]. A gente está mais de olho nos desdobramentos políticos e na possibilidade de o Brasil retaliar, gerando pressões inflacionárias internamente”.

    Segundo Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, “o ambiente de negócios não é pessimista, mas sim de cautela” nesta quarta.

    “Os cenários mais pessimistas [do tarifaço] foram afastados, porque não serão todos os produtos brasileiros que vão sofrer um choque tarifário, o que diminui o impacto total sobre a economia”, afirma.

    Nesta quarta, o presidente Lula disse não ver espaço para negociação com Trump sobre tarifas e rejeitar ‘humilhação’ de ligar para norte-americano.

    Segundo ele, o Brasil não pretende anunciar tarifas recíprocas e não vai desistir das negociações comerciais, mesmo admitindo que não há, no momento, interlocução.

    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) está tentando negociar, disse Lula, assim como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “O que nós não estamos encontrando é interlocução”, afirmou.

    O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou durante o dia que o governo deve editar uma MP (medida provisória) com o plano de contingência à sobretaxa americana e priorizar os pequenos produtores.

    Segundo o chefe da equipe econômica, o texto está pronto e será encaminhado pela Fazenda ainda nesta quarta, mas o anúncio das medidas cabe ao Palácio do Planalto.

    Haddad afirmou que foi agendada uma reunião para a próxima quarta (13) com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em continuidade às negociações com os americanos.

    O mercado também permanece atento ao impacto econômico da prisão prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Há um subsequente temor de uma escalada tarifária entre os EUA e o Brasil por conta do episódio.

    Réu em processo sobre a trama golpista no final de seu governo, Bolsonaro teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na última segunda-feira (4).

    O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

    Integrantes do governo Lula (PT) admitiram, sob reservas, a possibilidade de a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro irritar o presidente Trump e intensificar as sanções anunciadas por ele contra o Brasil -até o momento, nenhuma tarifa adicional foi anunciada.

    No cenário internacional, parceiros comerciais continuam buscando meios de negociar com os EUA, já que Trump pretende impor mais tarifas nesta quinta-feira (7).

    Nesta quarta, o presidente americano Trump determinou uma taxa adicional de 25% sobre as importações da Índia em retaliação pelo país adquirir petróleo da Rússia.

    O novo decreto amplia para 50% a sobretaxa imposta aos indianos, que passará a ser válida daqui a 21 dias. Trata-se de uma retaliação indireta à Rússia por não ceder aos apelos dos Estados Unidos de encerrar a guerra com a Ucrânia.

    As tarifas de Trump sobre a Rússia podem afetar o agronegócio brasileiro. Conforme informações obtidas pela Folha, representantes do agro, tanto de empresas quanto da bancada ruralista no Congresso, fizeram chegar o alerta ao Itamaraty sobre possíveis sanções que o Brasil pode sofrer, a partir da sexta-feira (8), devido às negociações que detém com a Rússia, que hoje é o maior vendedor de fertilizantes ao Brasil.

    Como a Folha mostrou, o Brasil também está na rota de sanções pela compra de diesel. Mais de 60% desse combustível que foi importado neste ano veio do país de Vladimir Putin.

    Investidores ainda esperam a indicação de Trump para uma vaga aberta na diretoria do Fed, após a renúncia antecipada da diretora Adriana Kugler na semana passada.

    O assento de Kugler é um dos poucos que devem ficar vagos durante o segundo mandato de Trump, que tem pressionado o banco central por um corte de juros. O Fed volta a se reunir em 16 e 17 de setembro.

    Como resultado, a moeda americana registra uma desvalorização no exterior, com o índice DXY -que mede a força do dólar em relação a seis outras divisas fortes- caindo 0,63% nesta quarta, a 98.150 pontos.

    Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

  • Dez presidentes brasileiros já foram presos; saiba o motivo de cada um

    Dez presidentes brasileiros já foram presos; saiba o motivo de cada um

    Entenda como foi a prisão de 10 presidentes do Brasil!

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A lista de presidentes do Brasil já presos aumentou nesta semana com a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL). O ex-mandatário foi alvo da ação depois de ter descumprido medida cautelar de não usar as redes sociais, mesmo por intermédio de terceiros, ao participar de manifestações no dia 3 de agosto.

    Com isso, ele é o décimo presidente do Brasil já preso. A lista tem, desde a redemocratização, mais três nomes: o presidente Lula (PT), Michel Temer (MDB) e Fernando Collor.

    Além desses casos, já foram presos na história republicana mandatários ou ex-mandatários suspeitos ou acusados de crimes políticos, em meio a crises e golpes.

    Entenda como foi a prisão de 10 presidentes do Brasil.

    LULA (2023-2026)

    Desde a redemocratização, Lula (PT) foi o primeiro a ser preso, depois de ter sido condenado em segunda instância por corrupção e lavagem de dinheiro, em 2018. Preso por 580 dias, o petista posteriormente teve a pena anulada pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    Antes de ser detido, Lula ficou alojado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, e se entregou após dois dias no local. O período na prisão foi cumprido integralmente na superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em uma sala adaptada.

    JAIR BOLSONARO (2019-2022)

    Em prisão domiciliar desde o dia 4 de julho por decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes. O ex-presidente falou com aliados, pelo celular, durante manifestações bolsonaristas no dia anterior.

    Moraes entendeu que a ação descumpria medida cautelar impedindo o uso de redes sociais, inclusive por meio de terceiros. O político é investigado em um inquérito que envolve um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por atentado à soberania, dentre outros crimes.

    Ele também é réu em uma ação penal que investiga uma tentativa de golpe iniciada em 2022 para impedir a posse do presidente Lula.

    MICHEL TEMER (2016-2019)

    Michel Temer (MDB) foi preso preventivamente em duas ocasiões em 2019, por um total de dez dias, também em um desdobramento da Operação Lava Jato.

    Na primeira, foi detido em São Paulo e levado ao Rio de Janeiro. Na segunda, ficou na superintendência da PF na capital paulista. Conseguiu habeas corpus e não chegou a ser sentenciado nos processos.

    COLLOR (1990-1992)

    Collor foi condenado pelo STF em maio de 2023 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A pena foi fixada na ocasião em oito anos e dez meses de reclusão. Em abril de 2025, ele foi preso também por decisão de Moraes. O ex-presidente foi liberado para cumprir pena em regime domiciliar em março do mesmo ano.

    A denúncia tinha sido apresentada pela PGR (Procuradoria-Geral da República) em agosto de 2015, no âmbito da Lava Jato. Ele foi acusado de receber propina de um esquema de corrupção na BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras.

    A defesa sustentou ao Supremo que as acusações contra o ex-presidente são baseadas apenas em delações premiadas.

    JÂNIO QUADROS (1961)

    Jânio Quadros foi detido em 1968, durante a ditadura militar, por ter feito críticas ao regime. Por ordem do governo, ficou temporariamente “confinado” a Corumbá, que hoje integra Mato Grosso do Sul. Ele era natural de Campo Grande.

    Jânio havia tido seus direitos políticos suspensos em abril de 1964. Ele tomou posse três anos antes e renunciou depois de sete meses. O resultado foi uma grave crise política que desembocou no golpe de 64.

    JUSCELINO KUBITSCHEK (1956-1961)

    Com direitos políticos cassados pela ditadura, Juscelino Kubitschek foi aprisionado em um quartel após a edição do AI-5, em 1968, que endureceu o regime. Em seguida, passou um mês em prisão domiciliar.

    Conhecido pelo lema 50 anos em 5 e pela proposta de modernizar o Brasil, o político morreu vítima de um acidente de carro na via Dutra, no estado do Rio de Janeiro. A morte gerou luto oficial de três dias e cortejo fúnebre no cemitério do Campo da Esperança, em Brasília.

    CAFÉ FILHO (1954-1955)

    Café Filho assumiu o poder depois da morte de Getúlio Vargas, mas teve problemas de saúde e se afastou do cargo. Ao tentar voltar para o posto, teve a casa cercada pelo Exército.

    Ficou incomunicável em seu apartamento antes de ter seu impedimento votado pelo Congresso durante a crise que precedeu a posse de JK.

    WASHINGTON LUÍS (1926-1930)

    A Era Vargas teve dois ex-presidentes presos. O primeiro foi Washington Luís, que, deposto pelo levante liderado por Getúlio Vargas em 1930, foi detido e partiu para o exílio.

    Antes de se tornar presidente do Brasil em 1930, foi vereador em São Paulo, prefeito da cidade, deputado estadual e governador.

    ARTUR BERNARDES (1922-1926)

    Artur Bernardes perdeu a liberdade duas vezes. Primeiro em 1932, ao apoiar a Revolução Constitucionalista. Na ocasião, foi transferido para a cidade do Rio de Janeiro. Depois, se exilou em Lisboa, mas voltou ao Brasil ao receber anistia em 1934.

    A segunda prisão ocorreu em 1939, após Vargas decretar o Estado Novo. Antes disso, teve liberdade de locomoção restrita ao Rio de Janeiro e Viçosa, em Minas Gerais, cidade onde nasceu em 1875.

    HERMES DA FONSECA (1910-1914)

    Então presidente do Clube Militar, Hermes teve a prisão decretada, em julho de 1922, pelo próprio presidente Epitácio Pessoa. Hermes havia contestado a repressão do governo contra grupos insatisfeitos com a eleição de Artur Bernardes para o Palácio do Catete.

    Após sofrer um infarto, o ex-presidente foi liberado, voltando a ser preso dias depois, com a revolta no Forte de Copacabana. Com o tenentismo em seu pé, Epitácio decretou estado de sítio.

    O ex-presidente seria libertado após um habeas corpus no Supremo em seu favor em janeiro de 1923. Doente, morreu em setembro daquele ano.

    Dez presidentes brasileiros já foram presos; saiba o motivo de cada um

  • Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

    Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

    São 272 lotes para o estado de São Paulo. Entre os destaques, estão um iPhone por R$ 410 e um Xbox por R$ 400

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Interessados em participar do leilão da Receita Federal do mês de agosto poderão apresentar seus lances a partir desta quinta (7), às 8h, e até segunda-feira (11), às 21h. São 272 lotes para o estado de São Paulo. Entre os destaques, estão um iPhone por R$ 410 e um Xbox por R$ 400. Os lances que foram selecionados serão apresentados na terça (12), às 10h.

    Para apresentar propostas, é preciso acessar o portal da Receita Federal e clicar em “Participar de leilão eletrônico”. Na tela seguinte, será preciso fornecer senha do portal Gov.br. Em seguida, clicar novamente em “Participar de leilão eletrônico da Receita Federal”, do lado esquerdo da tela, e selecionar o lote 0800100/000005/2025, de São Paulo.

    Dentro do sistema, será possível escolher o lote que deseja dar lance e clicar em “Incluir proposta”, aceitar os termos e as condições expressas pela Receita, digitar o valor da oferta e salvar.

    É possível agendar visitas aos lotes somente até esta sexta (8), nas cidades de Guarulhos, Bauru, Araraquara, São Paulo, São Bernardo do Campo, Barueri, Santos, Guarujá e Campinas. Os endereços e horários para visitação, bem como os contatos para agendamento, estão indicados no edital.
    O edital com todas as informações detalhadas sobre lotes e prazos está disponível no site oficial do leilão, em “Consultar leilões da Receita Federal”, na área de “Serviços”.

    O QUE É OFERTADO?

    Entre os destaques, no lote 95, é leiloado um iPhone 14 por R$ 410 no lance inicial. Dois iPhones 15 custam a partir de R$ 3.500 no lote 200 -no varejo, apenas uma unidade do modelo pode chegar a mais de R$ 4.000. Nos lotes 201 e 202, há iPhones 11 e 15 leiloados a partir de R$ 1.000 e R$ 4.000. No lote 203, três iPhones 15 com quatro fones de ouvido Airdots começam custando R$ 7.000 juntos.

    Ainda, dois iPhones 15 e vários smartwatches, fones de ouvido, tablets e acessórios eletrônicos diversos estão reunidos no lote 82, a R$ 9.750 no lance inicial. O lote 87 também reúne grande quantidade de iPhones, do 11 ao 14, começando em R$ 8.600.

    Dos lotes 231 a 262, smartphones de diversas marcas são leiloados a preços que variam de R$ 1.400 a R$ 3.680. Para todos estes, é vedada a destinação comercial, ou seja, só podem ser arrematados para uso pessoal.

    Na parte de videogames, um Xbox é encontrado a partir de R$ 400 no lote 223, e um Playstation 4 é leiloado a partir de R$ 1.000 no lote 26. Óculos de realidade virtual começam a R$ 2.000 no lote 48. Dois notebooks têm lances iniciais de R$ 500 no 228.

    Para quem se interessa por drones, quatro deles são leiloados no lote 99, junto com demais componentes eletrônicos, como impressoras, rádios e antenas, a R$ 7.000 no total o lance inicial. No lote 137, dois drones são leiloados a partir de R$ 1.300, também com artigos de pesca e acessórios de carro.

    O leilão também tem joias. O lote 41 leiloa pulseira e colar da Van Cleef & Arpels a partir de R$ 30 mil; o lote 51 tem brincos Dolce & Gabanna por R$ 3.500 no lance inicial; e o 52 vende bracelete de couro da Versace por R$ 800 pelo menos. Ainda há uma pulseira Kenneth Jay Lane por R$ 500 no lote 42 e anel de prata Pyrrha por R$ 1.200 no lote 53, nos lances iniciais. Um relógio ainda na caixa da marca Garmin, do modelo Forerunner 265, é leiloado a partir de R$ 3.000 no lote 9.

    No setor de instrumentos musicais, uma guitarra Gibson Les Paul Standard 70th Anniversary 2022 começa a R$ 7.000 no lote 21. E um violão Taylor tem lances iniciais de R$ 16 mil no lote 25. Um disco de vinil aparece a R$ 200 no lote 227.

    Ainda há câmeras fotográficas Canon no lote 46, com um kit por R$ 3.420, e uma Insta360 no 45, a R$ 1.800. O lote 102 está cheio de equipamentos a R$ 31.400 no total no valor de partida.

    Na área de automóveis, entre os modelos mais recentes, um Volkswagen Fox 2024 fica a partir de R$ 18 mil no lote 166. Um Chevrolet Onix 2024 começa a R$ 24 mil no lote 167. E uma Opel Mokka 2018 está por R$ 20 mil no 195.

    Além disso, um Volkswagen Up 2016 e um Toyota Corolla 2004 são leiloados, juntos, a R$ 9.300 no lote 83. Um modelo Gol 2015 está no lote 84 a partir de R$ 5.100. Um Honda Civic 2011 é ofertado a partir de R$ 6.750 no lote 85. E dois Fiat Palio, um de 2003 e outro de 2008, são leiloados a partir de R$ 3.600 no lote 86.

    Um Uno Mille 1996 está a R$ 1.200 no lote 88; um Corsa 1996 a R$ 1.560 no lote 90; e um Ford Focus 2006 a R$ 1.900 no 91, todos nos lances iniciais. Já os lotes 154 e 155 leiloam veículos grandes -um com sete lugares- a R$ 48 mil e R$ 24 mil.

    Segundo o edital, os veículos estão estacionados há algum tempo, e por isso as baterias podem estar descarregadas, e os pneus, murchos. Alguns, inclusive, não têm bateria, chaves ou rodas. Além disso, a maioria dos veículos não está com o licenciamento em dia, o que impede a circulação até a regularização da documentação, conforme a legislação de trânsito.

    Multas, encargos e débitos fiscais serão de responsabilidade do proprietário do veículo à época da prática da infração. Serão emitidos novos documentos de licenciamento dos veículos em favor de quem arrematá-los, de acordo com o edital.

    CALENDÁRIO DO LEILÃO

    • Período de apresentação das propostas – 8h de 7 de agosto até 21h de 11 de agosto
    • Período de visitação – 4 e 8 de agosto
    • Sessão pública para classificar e ordenar propostas – 9h de 12 de agosto
    • Apresentação dos lances – 10h do dia 12 de agosto
    • Retirada de lotes arrematados – Em até 30 dias após leilão

    QUEM PODE PARTICIPAR?

    As pessoas físicas que desejarem participar precisam ter mais de 18 anos -ou ser emancipada-, CPF (Cadastro de Pessoas Físicas) e selo de confiabilidade prata ou ouro no portal Gov.br.

    As empresas interessadas devem ter o cadastro regular no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e também ter selo de confiabilidade prata ou ouro.

    Leilão da Receita com drones e smartphones recebe propostas nesta quinta (7)

  • Defesa de Bolsonaro recorre ao STF contra prisão domiciliar e pede sessão presencial

    Defesa de Bolsonaro recorre ao STF contra prisão domiciliar e pede sessão presencial

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4), por decisão do ministro Alexandre de Moraes

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A defesa de Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta quarta-feira (6) ao STF (Supremo Tribunal Federal) a revisão da decisão que colocou o ex-presidente em prisão domiciliar. De acordo com os advogados, a divulgação de imagens de Bolsonaro nas redes sociais e nos atos que pediram anistia no domingo (3) está fora do controle dele.

    “Insista-se, o ex-presidente nao foi proibido de dar entrevistas ou de se manifestar, e como ja alertado, nao detem controle sobre terceiros que possam repercutir o conteudo decorrente sem a sua participacao direta ou indireta. Trata-se de verdadeiro desdobramento incontrolavel, alheio a sua vontade ou ingerencia”, disseram os advogados.

    Bolsonaro está em prisão domiciliar desde segunda-feira (4), por decisão do ministro Alexandre de Moraes. O relator entendeu que ele descumpriu as determinações dadas por ele e referendadas pela Primeira Turma e, por isso, aplicou a medida.

    A defesa do ex-presidente também pede que o recurso apresentado seja analisado pelo colegiado em sessão presencial.

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, o senador Flávio Bolsonaro (PL) fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato. No telefonema, o ex-presidente se limitou a dizer: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    “A Justiça não permitirá que um réu a faça de tola, achando que ficará impune por ter poder político e econômico. A Justiça é igual para todos. O réu que descumpre deliberadamente as medidas cautelares –pela segunda vez– deve sofrer as consequências legais”, disse o magistrado.

    Defesa de Bolsonaro recorre ao STF contra prisão domiciliar e pede sessão presencial

  • Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

    Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda

    A ideia do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), é tentar salvar a ampliação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta quarta-feira (6) que realizará uma votação remota para contornar o bloqueio de aliados de Jair Bolsonaro (PL) ao plenário da Casa. A ideia é tentar salvar a ampliação da isenção de Imposto de Renda para quem ganha até dois salários mínimos.

    Essa faixa de isenção está em vigor por causa de uma MP (medida provisória) editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que elevou o valor isento de até R$ 2.259,20 para até R$ 2.428,80 -uma correção de 7,5%. A iniciativa isenta os contribuintes com renda mensal de até R$ 3.036 (equivalente a dois mínimos) porque se soma ao desconto simplificado de R$ 607,20.

    A MP que determina esses valores, no entanto, perderá a validade se não for aprovada pelo Congresso até segunda-feira (11). Um projeto de lei foi votado pela Câmara em junho para garantir a isenção, mas depende de aprovação pelo Senado até essa data. Se isso não ocorrer, a faixa de renda isenta voltará aos patamares anteriores a partir de terça (12).

    “Determinei que a sessão deliberativa do Senado Federal de amanhã, quinta-feira (7), às 11h, seja realizada temporariamente em sistema remoto. A decisão tem por objetivo garantir o funcionamento da Casa e impedir que a pauta legislativa, que pertence ao povo brasileiro, seja paralisada”, anunciou Alcolumbre por meio de nota.

    O presidente do Senado se manifestou depois de uma reunião com líderes de bancada aliados e de oposição em sua casa, em Brasília. No encontro, Alcolumbre defendeu sua prerrogativa de comandar sessões no plenário e recebeu apoio da maioria dos presentes.

    “Não aceitarei intimidações nem tentativas de constrangimento à presidência do Senado. O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento”, afirmou Alcolumbre. Ele já havia classificado o movimento da oposição como uma ação arbitrária.

    “Seguiremos votando matérias de interesse da população, como o projeto que assegura a isenção do Imposto de Renda para milhões de brasileiros que recebem até dois salários mínimos. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, declarou ele.

    O líder do PSB no Senado, Cid Gomes (CE), disse na saída da reunião que Alcolumbre tolerará a obstrução do plenário do Senado até quinta-feira (6).

    “Semana que vem, o que eu ouvi do presidente, é que ele não aceitará”, declarou o senador. “É como quem diz ‘por bem ou por mal semana que vem o plenário tem que estar livre’”, disse Cid Gomes.

    Davi Alcolumbre também disse aos senadores que não dará andamento ao pedido de impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. Bolsonaristas têm recolhido assinaturas de apoio à proposta, mas ela depende de uma decisão do presidente do Senado para prosperar.

    Os líderes da base deixaram a casa de Alcolumbre, mas os de oposição continuaram no local. Eles reivindicavam uma reunião sozinhos com o presidente do Senado.

    Os plenários da Câmara e do Senado estão ocupados por deputados e senadores bolsonaristas desde terça-feira (5). O movimento veio depois de Moraes colocar Bolsonaro em prisão domiciliar.

    No domingo (3), durante atos por anistia a réus da trama golpista, o ex-presidente apareceu em vídeos exibidos por apoiadores. Bolsonaro, que é um dos réus nesse processo, estava proibido de usar redes sociais, mesmo que por intermédio de outras pessoas. Moraes deu a ordem de prisão no dia seguinte.

    Os aliados do ex-presidente pressionam para que as casas votem os projetos que chamaram de “pacote da paz”: a anistia aos golpistas do 8 de Janeiro, o impeachment do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e o fim do foro especial.

    Senado anuncia votação remota para salvar correção da tabela do Imposto de Renda