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  • Ciro Nogueira diz que direita tem falta de bom senso e deve se unir

    Ciro Nogueira diz que direita tem falta de bom senso e deve se unir

    “Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez”, disse Ciro Nogueira; fala ocorre em semana de desânimo no entorno do governador de SP, Tarcísio de Freitas (Republicanos)

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), disse que está passando dos limites a “falta de bom senso” da direita, e que isso poderá custar ao grupo político a eleição de 2026, ajudando a reeleger Lula (PT).

    A fala foi feita no X, antigo Twitter, após uma semana de desânimo no entorno do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e indefinição por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a respeito da sua sucessão à Presidência em 2026.

    “Já está passando de todos os limites a falta de bom senso na Direita, digo aqui a centro direita, a própria direita e seu extremo. Ou nos unificamos ou vamos jogar fora uma eleição ganha outra vez”, disse.

    “Por mais que tenhamos divergências, não podemos ser cabo eleitoral de Lula, do PT e do PSOL. Não podemos fazer isso com o Brasil”, continuou.

    Ciro é entusiasta de uma unidade da direita em torno de Tarcísio, hoje considerado o nome mais viável do grupo político, de acordo com pesquisas.

    Ele tem sido alvo de críticas por alas mais radicalizadas do bolsonarismo, que insistem, entre outras coisas, em Bolsonaro como candidato em 2026. O ex-presidente, além de ter sido condenado a 27 anos e três meses de prisão por liderar a trama golpista, já está inelegível por atacar o sistema eleitoral em 2022.

    Como mostrou o Painel, Tarcísio tem demonstrado desânimo com a possibilidade de deixar o Bandeirantes para concorrer ao Planalto. Ele tem citado acontecimentos recentes, como a oposição de Eduardo Bolsonaro à sua candidatura e a atuação de Lula diante do tarifaço de Donald Trump.

    Após sua publicação, o empresário Paulo Figueiredo respondeu ao senador, em tom de ironia.

    “É verdade Ciro. Concordo com a falta de bom senso. Acredita que ainda tem meia dúzia que levam fé em acordos Caracu com o establishment? Que tem velhaco que não entendeu que a crise diplomática com os EUA só tem fim com anistia ampla, geral e irrestrita? É gente sem noção…”, afirmou.

    Paulo está articulando com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sanções ao Brasil junto a autoridades do governo dos Estados Unidos. Eles têm defendido que a única saída para reverter as penalidades comerciais é a aprovação de uma anistia aos condenados nos ataques golpistas de 8 de janeiro, incluindo Bolsonaro.

    A proposta hoje na Câmara teve urgência aprovada no plenário, mas enfrenta resistência da cúpula da Casa e do STF (Supremo Tribunal Federal). Assim, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) disse querer transformar o texto em um projeto de redução de penas, algo que, em tese, contaria com o apoio de mais parlamentares.

    O texto, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), segue enfrentando resistência na esquerda, em alas do centro e também na direita.

    Como a Folha de S.Paulo mostrou, apesar da postura mais radicalizada de parlamentares do PL de insistir em uma anistia ampla, Bolsonaro aceitaria um projeto de redução de penas, de acordo com aliados próximos, contanto que houvesse garantia da manutenção de prisão domiciliar.

    A prioridade do ex-presidente é evitar regime fechado em presídio ou na carceragem da PF, algo que pode ocorrer ainda neste ano, se o STF rejeitar os recursos de sua defesa.

    Ciro Nogueira utilizou o argumento da saúde para responder ao Paulo Figueiredo nas redes sociais. Ele disse ter duas grandes preocupações.

    “Primeira: a oposição a Chaves imaginava que haveria uma alternância de poder que até hoje nunca aconteceu e o país só derreteu”, disse.

    “Segunda: acho uma crueldade deixar um homem de bem e honesto, como Jair Bolsonaro, preso por muito mais tempo, nas condições de saúde em que está, ameaçando a vida dele, caso a oposição não vença as eleições do ano que vem”, completou.

    Ciro Nogueira diz que direita tem falta de bom senso e deve se unir

  • Dólar fecha em queda e Bolsa fica estável com dados de inflação dos EUA dentro do esperado

    Dólar fecha em queda e Bolsa fica estável com dados de inflação dos EUA dentro do esperado

    A queda do dólar foi global, com divisas fortes e de mercados emergentes ganhando força pela possibilidade de mais cortes de juros pelo Fed

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar caiu 0,51% nesta sexta-feira (26) e encerrou a semana cotado a R$ 5,337, com o foco do mercado voltado a novos dados de inflação dos Estados Unidos medidos pelo PCE (índice de preços de consumo pessoal, na sigla em inglês).

    Métrica de inflação preferida do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) para balizar as decisões de política monetária, o indicador veio em linha com o esperado pelo mercado e provocou reajustes nas apostas sobre a trajetória dos juros por lá.

    A queda do dólar foi global, com divisas fortes e de mercados emergentes ganhando força pela possibilidade de mais cortes de juros pelo Fed. O clima foi mais ameno na Bolsa brasileira, e o Ibovespa fechou perto da estabilidade, em variação positiva de 0,09%, a 145.446 pontos.

    Segundo o Departamento do Comércio dos EUA, o PCE subiu 0,3% em agosto, depois de alta de 0,2% em julho. Nos 12 meses até agosto, o indicador avançou 2,7%, depois de ter subido 2,6% em julho.

    O núcleo do índice, que exclui os componentes voláteis de alimentos e energia, teve alta de 0,2% no mês passado, mesma taxa de julho. Nos 12 meses até agosto, houve alta de 2,9% no núcleo, igual a julho. Os resultados ficaram em linha com todas as medianas das projeções de economistas ouvidos pela Reuters.

    A leitura do mercado é que a convergência dos dados às expectativas indica que o “status-quo atual permanece intacto”, de acordo com Bret Kenwell, analista da eToro, permitindo que o Fed continue no caminho de cortar as taxas de juros mais duas vezes neste ano.

    O banco central dos EUA trabalha com um mandato duplo, isto é, observa de perto dados de inflação e do mercado de trabalho para decidir sobre a política monetária. O PCE é o indicador favorito do Fed para a meta de inflação de 2%, enquanto o relatório “payroll” e outros indicadores laterais fornecem mais pistas sobre o estado do mercado de trabalho.

    Segundo Kenwell, a meta de inflação de 2% parece ser uma “baixa prioridade” pelo Fed no momento, com os dirigentes mais focados em restaurar o equilíbrio entre empregos e inflação.

    O presidente do Fed, Jerome Powell, justificou o corte de 0,25 ponto percentual na semana passada pelo esfriamento do mercado de trabalho, embora tenha deixado claro que o banco central continua vigilante em relação à inflação.

    “A inflação pode não estar revertendo, mas também não está reacelerando”, disse Ellen Zentner, da Morgan Stanley Wealth Management. “A menos que haja uma grande surpresa positiva no relatório de empregos da próxima semana, o Fed deve permanecer no caminho certo para realizar outro corte de juros no final de outubro.”

    O relatório fornece algum alívio para os operadores que, após uma bateria de dados nesta semana, reverteram parte das apostas de mais cortes nos juros.

    Na quinta, o Departamento do Trabalho informou que o número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu em 14 mil, para 218 mil, ante expectativa de economistas consultados pela Reuters de 235 mil. Ou seja, mais trabalhadores mantiveram seus postos, contrariando as projeções.

    Além disso, o PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA cresceu a uma taxa anualizada revisada para cima de 3,8% no segundo trimestre. O percentual representa uma elevação ante a estimativa anterior, de 3,3%.

    “O Fed tem navegado em um cenário bastante contraditório, em que existem algumas evidências de fraqueza no mercado de trabalho, o que normalmente se combate com redução da taxa de juros, mas também existem evidências de um crescimento econômico mais acelerado e de alguma pressão inflacionária, o que exige juros mais altos”, diz Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX.

    Operadores agora esperam mais um corte na reunião de outubro. Uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa concentra 88% das apostas na ferramenta Fed Watch, do CME Group, enquanto os 12% restantes acreditam em uma manutenção.

    A perspectiva reinjetou ânimo e apetite por risco nos mercados. O índice DXY, que mostra o desempenho do dólar em comparação a outras seis moedas fortes, caiu 0,31%, a 98,15 pontos, indicando fraqueza da divisa globalmente.

    “A combinação da força contínua na atividade econômica geral e de um Federal Reserve que provavelmente continuará reduzindo as taxas de juros provavelmente fornecerá suporte contínuo para ativos de risco”, disse Greg Wilensky, da Janus Henderson Investors.

    Já na cena corporativa, Vale e Petrobras, as empresas de maior peso no índice Ibovespa, fecharam em queda. A mineradora caiu 1,92%, acompanhando os preços do minério de ferro na China, a petroleira recuou 0,33%.

    Braskem desabou 14,8%, depois que a companhia divulgou que contratou assessores financeiros e jurídicos para avaliar opções para sua estrutura de capital. Analistas do UBS BB também cortaram a recomendação das ações para neutra, reduzindo o preço-alvo de R$ 15 para R$ 10.

    Fora do Ibovespa, Azul e Gol dispararam na esteira da dissolução do processo de fusão, anunciado na véspera pela Gol.

    Dólar fecha em queda e Bolsa fica estável com dados de inflação dos EUA dentro do esperado

  • BC adia lançamento do Pix parcelado, antes previsto para este mês

    BC adia lançamento do Pix parcelado, antes previsto para este mês

    O adiamento deve ser comunicado oficialmente aos participantes do mercado na próxima semana, durante encontro do Fórum Pix

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O lançamento do Pix parcelado, antes previsto para setembro, foi adiado pelo Banco Central. A nova funcionalidade do sistema, que já é oferecida por bancos e fintechs de forma independente, passará ainda por novas etapas do trabalho de regulamentação.

    A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha com pessoas a par das discussões. Procurado, o BC não se manifestou até a publicação da reportagem. O adiamento deve ser comunicado oficialmente aos participantes do mercado na próxima semana, durante encontro do Fórum Pix.

    De acordo com um interlocutor, as regras do Pix parcelado devem ficar prontas em outubro, enquanto o manual de experiência do usuário e o detalhamento dos procedimentos operacionais devem ser apresentados em dezembro.

    Depois disso, haverá ainda um tempo de convivência entre os produtos atuais e o Pix parcelado. Segundo o cronograma original, o fim desse período de coexistência de modelos estava previsto para março de 2026 -prazo que agora está em discussão.

    Segundo relato feito à Folha, o desenvolvimento técnico do produto acabou se mostrando mais complexo do que o antecipado. Um dos pontos de atenção envolve questões relativas ao endividamento dos brasileiros, diante da maior facilidade na contratação de crédito.

    Especialistas alertam que a modalidade pode levar o consumidor a pensar que está fazendo uma transferência parcelada, quando, na verdade, está tomando um empréstimo. Recomenda-se atenção às taxas cobradas, especialmente quando comparadas a outras formas de pagamento ou modalidades de crédito, como o parcelamento direto no cartão.

    Segundo os bancos e instituições financeiras do país que já oferecem o Pix parcelado, as taxas variam conforme o perfil do cliente. A cobrança hoje vai de 1,59% a 9,99% ao mês, mas pode ser maior ou menor após a análise de crédito.

    Outro ponto são as normas envolvendo as formas de pagamento desse crédito. Os produtos hoje disponibilizados pelo mercado possuem regras variadas, com pouca clareza sobre as consequências em caso de inadimplência dos clientes.

    Somado a isso, a equipe responsável pelo Pix também precisou voltar esforços para as medidas emergenciais de segurança do sistema financeiro após ataques hackers que provocaram desvios milionários de recursos.

    No mês passado, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou que o Pix parcelado será mais uma alternativa de pagamento ao cidadão, ao comércio e ao varejo.

    “Isso vai permitir que as 60 milhões de pessoas que não têm cartão de crédito possam fazer pagamento de valores mais elevados de maneira parcelada com menor tarifa e de maneira mais competitiva”, disse Galípolo, em evento organizado em São Paulo.

    De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Google em julho, 22% dos entrevistados afirmaram já ter usado o Pix parcelado. O principal atrativo citado pelos usuários é sua flexibilidade, por não comprometer o limite do cartão de crédito.

    Neste modelo, a instituição financeira onde o Pix está registrado oferece essa possibilidade em troca de pagamentos de juros mensais.

    BC adia lançamento do Pix parcelado, antes previsto para este mês

  • Aposentados do INSS vão receber R$ 2,5 bilhões em atrasados da Justiça

    Aposentados do INSS vão receber R$ 2,5 bilhões em atrasados da Justiça

    Atrasados são valores retroativos que o segurado tem direito de receber referentes diferenças de valor entre aposentadorias, pensões e outros benefícios ou assistenciais calculados de forma errada

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Justiça Federal liberou R$ 2,5 bilhões para pagar atrasados a 157,6 mil aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) que derrotaram o órgão em 116 mil ações judiciais.

    Atrasados são valores retroativos que o segurado tem direito de receber ao provar erro do INSS. Eles podem ser referentes diferenças de valor entre aposentadorias, pensões e outros benefícios previdenciários ou assistenciais calculados de forma errada.

    Os valores são pagos por RPV (Requisição de Pequeno Valor), de até 60 salários mínimos.

    Para receber, é preciso que a ação judicial tenha chegado totalmente ao final e que a data da ordem de pagamento do juiz seja algum dia do mês de agosto.
    O total a ser depositado pode ser encontrado no campo “Valor inscrito na proposta”. Quando o dinheiro é pago, o status da consulta mostrará “Pago total ao juízo”.

    O dinheiro é liberado pelo CJF ao TRF (Tribunal Regional Federal) responsável pelo processo na região do segurado. A data de pagamento depende de cronograma do TRF.

    Em geral, os tribunais levam cerca de uma semana para fazer o chamado processamento, etapa na qual são abertas contas em nome do segurado ou de seu advogado no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

    Para verificar se tem direito aos valores e se eles já foram liberados, os beneficiários ou seus advogados devem fazer uma consulta no site do TRF de sua região.

    Para São Paulo e Mato Grosso do Sul, o TRF responsável é o da 3ª Região, e o site para consulta é o trf3.jus.br. É preciso informar seu CPF, o número da OAB do advogado da causa, ou o número do processo.

    O montante liberado pela Justiça é maior, de R$ 2,9 milhões, envolve outras ações, como indenizações salariais a servidores, por exemplo. O dinheiro será destinado a 247,8 mil beneficiários que venceram 194,3 mil processos.

    COMO SEI EM QUANDO VOU RECEBER?

    A data de pagamento dos atrasados depende de quando o juiz mandou o INSS quitar a dívida e de quando a ação chegou totalmente ao final. Os atrasados de até 60 salários mínimos, chamados de RPVs, são quitados em até dois meses após a ordem de pagamento do juiz.

    Valores maiores viram precatórios, que são pagos apenas uma vez por ano. O pagamento da RPV é feito após uma etapa chamada de processamento, em que são abertas contas em nome do segurado ou de seu advogado no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

    VEJA QUANTO SERÁ PAGO EM CADA REGIÃO DO PAÍS

    TRF da 1ª Região (sede no DF, com jurisdição: DF, GO, TO, MT, BA, PI, MA, PA, AM, AC, RR, RO e AP)
    – Geral: R$ 878.146.861,89
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 753.449.675,88 – 36.268 processos, com 43.233 beneficiárias (os)
    TRF da 2ª Região (sede no RJ, com jurisdição: RJ e ES)
    – Geral: R$ 229.412.406,56
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 169.019.388,81 – 7.120 processos, com 10.157 beneficiárias (os)
    TRF da 3ª Região (sede em SP, com jurisdição: SP e MS)
    – Geral: R$ 402.281.857,72
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 330.483.036,12 – 10.924 processos, com 14.028 beneficiárias (os)
    TRF da 4ª Região (sede no RS, com jurisdição: RS, PR e SC)
    – Geral: R$ 601.140.843,08
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 525.549.518,26 – 28.542 processos, com 40.816 beneficiárias (os)
    TRF da 5ª Região (sede em PE, com jurisdição: PE, CE, AL, SE, RN e PB)
    – Geral: R$ 515.188.062,01
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 439.662.254,73 – 21.120 processos, com 35.034 beneficiárias (os)
    TRF da 6ª Região (sede em MG, com jurisdição: MG)
    – Geral: R$ 246.003.520,51
    – Previdenciárias/Assistenciais: R$ 223.713.392,95 – 12.024 processos, com 14.359 beneficiárias (os)
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    Aposentados do INSS vão receber R$ 2,5 bilhões em atrasados da Justiça

  • Tive convites dos EUA, mas não penso em deixar o Brasil, diz Barroso

    Tive convites dos EUA, mas não penso em deixar o Brasil, diz Barroso

    “Não estou pensando em deixar o Supremo prontamente, e muito menos eu penso em deixar o Brasil. Eu prefiro o Brasil, eu gosto mesmo do Brasil”, afirmou o ministro

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Às vésperas de deixar a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Luís Roberto Barroso disse nesta sexta-feira (26) que não pensa em deixar o Brasil, mas que tinha convites de instituições acadêmicas dos Estados Unidos para passar uma temporada fora.

    Em julho, o governo Donald Trump anunciou a proibição da entrada nos EUA de ministros do Supremo considerados “aliados” de Alexandre de Moraes. Barroso é um dos que teria tido o visto revogado.

    Questionado nesta sexta se iria deixar o Supremo ao sair na presidência e quais os seus planos para o futuro, Barroso evitou dar uma previsão sobre a saída da corte, mas disse que pretende ficar no país.

    “Não estou pensando em deixar o Supremo prontamente, e muito menos eu penso em deixar o Brasil. Eu prefiro o Brasil, eu gosto mesmo do Brasil. Mas eu tinha mesmo o convite de mais uma instituição dos Estados Unidos para ir passar uma temporada lá, e eu espero isso em algum lugar do futuro”, afirmou, em conversa com jornalistas.

    Lei Magnitsky

    Barroso afirmou ter sido pego de surpresa com a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, que impôs sanções financeiras ao magistrado e a pessoas próximas a ele.

    O presidente do Supremo afirma que, na origem, a Magnitsky tinha outro propósito, e avalia que a tendência é de arrefecimento das sanções.

    “Eu acho que o país vai se pacificar progressivamente depois de acabarem os julgamentos de todos os grupos. As feridas vão começar a cicatrizar. Mas eu acho que, do ponto de vista político, o núcleo crucial era o mais emblemático. Acho que agora é um pouco um desdobramento”, afirmou. A ação do chamado “núcleo crucial” da trama golpista é a que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Encontro com Lula

    Luís Roberto Barroso disse que conversou rapidamente com o presidente Lula (PT) na quinta-feira (25), durante a posse do novo presidente do TST (Tribunal Superior do Trabalho), Luiz Philippe Vieira de Mello Filho.

    O presidente do STF disse que Lula pareceu otimista sobre a rápida conversa que teve com o presidente do Estados Unidos, Donald Trump, na Assembleia-Geral da ONU.

    “Conversei pouco mais de 30 segundos, muito brevemente, e o presidente me pareceu otimista. Otimista e cauteloso, mas me pareceu otimista, acho que sim. Talvez se tenha aberto uma janela de negociação”, disse.

    Contratação de escritório de lobby

    O ministro do Supremo disse ter sugerido a Lula a contratação de um escritório de lobby nos EUA para driblar as barreiras impostas pela gestão Trump contra a diplomacia brasileira.

    “Eu, logo no começo, disse que a diplomacia não está conseguindo entrar, não por culpa dela, mas porque as portas estão fechadas, e eu acho que é preciso contratar um escritório de lobby. Havia muita resistência, porque no Brasil isso tem uma conotação ética negativa”, afirmou.

    Barroso contou que o governo brasileiro não seguiu a sugestão. A iniciativa privada, porém, contratou escritórios e atuou para quebrar resistências do lado americano.

    Como a Folha de S.Paulo mostrou, um grupo de empresários brasileiros foi aos Estados Unidos no início de setembro para distensionar a relação diplomática entre o governo Trump e o Brasil. Joesley Batista, um dos donos da gigante de carnes JBS, foi recebido em audiência pelo próprio Trump.

    Voto impresso

    Barroso disse que um dos destaques da sua atuação na corte foi ter trabalhado contra a implementação do voto impresso, ainda que a postura tenha resultado em ataques contra ele.

    “Uma das coisas importantes que eu fiz, já não na Presidência, mas aqui no Supremo, foi o meu empenho em impedir o voto impresso. Embora tenha me custado um preço pessoal alto, de muito ódio, a começar pelo ex-presidente, que depois se irradiou”, disse Barroso.

    Enquanto presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em 2021 ele fez várias criticas à proposta do voto impresso e defendeu a ausência de fraudes no processo eleitoral desde 1996, quando as urnas eletrônicas começaram a ser usadas.

    Para ele, a impressão do voto resultaria em fraudes, problemas na recontagem e colocaria em risco a segurança do sistema e o sigilo do voto.

    De acordo com Barroso, o projeto de desacreditar o processo eleitoral, que seria importante para o sucesso da tentativa de golpe em caso de derrota eleitoral, começava com o voto impresso.

    “A proposta era voto impresso com contagem pública manual. Então você imagina, primeiro, que ia ter que transportar esses votos nesse país. E, segundo, se a gente está lidando com grupos radicais, foram capazes de invadir esta sala aqui do Supremo, o Congresso e o Planalto, você imagina o que não poderiam fazer nas sessões eleitorais. Portanto, eu acho que ali se jogou uma cartada decisiva na democracia brasileira”, afirmou.

    Pacificação do país

    Barroso disse que se lamentou pelo fato de deixar a presidência do STF sem conseguir pacificar o país, com “ainda muitos núcleos raivosos” espalhados no cenário político brasileiro.

    “Eu gostaria de ter sido a pessoa que pudesse ter feito um resgate maior da civilidade no país, que é perfeitamente possível”, disse. O presidente do STF disse que os julgamentos da trama golpista e do 8 de janeiro dificultaram a pacificação.

    “Os julgamentos do 8 de janeiro, o volume que foi, que demorou, e o julgamento do golpe dificultaram muito criar esse ambiente de total pacificação, porque quem teme ser preso está querendo briga e não pacificação. Então, eu diria que a minha única frustração foi não ter conseguido fazer a pacificação”, completou.

    Tive convites dos EUA, mas não penso em deixar o Brasil, diz Barroso

  • Força Nacional atuará em MT para segurança da aplicação do CNU 2025

    Força Nacional atuará em MT para segurança da aplicação do CNU 2025

    Agentes permanecem no estado a partir deste domingo até 7 de outubro; o emprego da Força Nacional foi pedido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI)

    O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) autorizou, nesta sexta-feira (26), o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em Mato Grosso no período de 28 de setembro a 7 de outubro de 2025. 

    A portaria MJSP (1.030/2025), publicada no Diário Oficial da União, especifica que a atuação começa no domingo (28) para apoiar os órgãos de segurança pública nos eventos relacionados à segurança da segunda edição do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU 2025). No entanto, o documento não justifica a escolha de Mato Grosso para o apoio na segurança.

    O emprego da Força Nacional foi pedido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), responsável por coordenar o certame. As provas objetivas serão aplicadas em 5 de outubro.  

    O apoio deve abranger atividades e serviços necessários à preservação da ordem pública e da segurança de pessoas e do patrimônio.O documento assinado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ainda estabelece a responsabilidade do governo do estado de Mato Grosso em fornecer o suporte logístico necessário para o trabalho dos agentes da Força Nacional no período.

    Concurso unificado

    Em Mato Grosso, os candidatos farão provas nos seguintes municípios: Alta Floresta, Barra do Garças, Cáceres, Cuiabá, Rondonópolis, Sinop, Tangará da Serra, Várzea Grande.

    Os locais das provas desta primeira fase do certame, em outubro, já estão disponíveis para consulta no site da banca examinadora do CNU, a Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

    Mato Grosso registrou 12.216 inscrições confirmadas na segunda edição do CNU. No estado, as candidatas mulheres representam 59% do total de inscritos, com 7.208 confirmações. Os candidatos do sexo masculino somam 5.008, ou 41%.

    O bloco temático 5 (administração) foi o que despertou mais interesse dos candidatos e candidatas mato-grossenses, com 3.132 inscrições homologadas. Em seguida aparece o bloco 9 (intermediário – Regulação), com 2.813 inscritos.

    Ao todo, o CNU 2025 oferecerá 3.652 vagas – sendo 3.144 para nível superior e 508 para o nível intermediário – em 32 órgãos e entidades federais.

    Força Nacional atuará em MT para segurança da aplicação do CNU 2025

  • Latam vai adicionar até 30 destinos no Brasil com encomenda de aeronaves da Embraer

    Latam vai adicionar até 30 destinos no Brasil com encomenda de aeronaves da Embraer

    A cia. aérea fechou um acordo na segunda-feira (22) para adquirir até 74 aeronaves E195-E2 em meio a planos para expandir a conectividade na América do Sul

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Latam Airlines vai receber os jatos E195-E2 encomendados junto à Embraer “relativamente rápido” e espera que a encomenda sirva para adicionar 25 a 30 destinos em sua malha aérea no Brasil, afirmou o CEO da operação brasileira do grupo chileno, Jerome Cadier, nesta sexta-feira (26).

    “Uma importante parcela deles será entregue no próximo ano, até o final do próximo ano, e outra parte em 2027”, disse o executivo, acrescentando que a empresa vai decidir nos próximos seis meses que rotas os jatos vão atender.

    A unidade brasileira da Latam é a maior companhia aérea em atuação no Brasil em participação de mercado.

    A companhia aérea fechou um acordo na segunda-feira (22) para adquirir até 74 aeronaves E195-E2 em meio a planos para expandir a conectividade na América do Sul, conforme comunicado da fabricante de aviões.

    O pedido anunciado pela Latam é um dos raros acertados pela fabricante brasileira nos últimos anos a envolver uma companhia aérea no Brasil e acontece em meio à crise crônica de atrasos na entrega de aeronaves pelas fabricantes maiores Boeing e Airbus.

    Ele inclui 24 entregas firmes e 50 opções de compra. As entregas das 24 aeronaves começarão no segundo semestre de 2026, inicialmente para a Latam Airlines Brasil e, posteriormente, com o potencial de incluir outras afiliadas do grupo.

    A encomenda firme das 24 aeronaves está avaliada em aproximadamente US$ 2,1 bilhões (R$ 11,22 bilhões), considerando o preço de tabela dos aviões.

    Latam vai adicionar até 30 destinos no Brasil com encomenda de aeronaves da Embraer

  • Celso Sabino entrega carta de demissão a Lula após ultimato do União Brasil

    Celso Sabino entrega carta de demissão a Lula após ultimato do União Brasil

    A orientação do União para o ministro deixar o governo foi dada após reportagem revelar acusações feitas por um piloto de que o presidente do partido, Antonio Rueda, é dono de aviões operados pelo PCC

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro do Turismo, Celso Sabino, anunciou nesta sexta-feira (26) que pediu demissão ao governo Lula (PT) após ultimato dado pela cúpula do seu partido, o União Brasil. No entanto, ele diz que vai seguir dialogando com a cúpula do partido para tentar ficar no cargo.

    O ministro se encontrou com Lula nesta tarde no Palácio do Planalto. Ele vinha defendendo à cúpula do União Brasil que pudesse se licenciar da legenda para poder seguir à frente da pasta até o fim da COP30, a Conferência de Mudanças Climáticas da ONU, que ocorre em novembro, em Belém.

    Com domicílio eleitoral no estado, Sabino é uma das autoridades do governo petista mais atuantes na realização do megaevento e avalia que isso poderá ajudar a consolidar sua candidatura ao Senado, em 2026.

    Integrantes do partido diziam que Sabino tinha até esta sexta para deixar o cargo. O próprio ministro já tinha sinalizado a interlocutores que isso ocorreria, já que ele não sairia do partido -ele preside o diretório nacional da sigla. Ele tenta emplacar a secretária-executiva da pasta, Ana Clara Machado Lopes, para o seu lugar.

    No último dia 19, o ministro se reuniu com Lula e avisou que pediria demissão do cargo nesta semana, após a executiva nacional do seu partido aprovar por unanimidade a exigência de que seus filiados antecipassem a saída da gestão federal, que originalmente estava prevista para o próximo dia 30.

    A orientação do União foi dada após reportagem publicada pelo ICL (Instituto Conhecimento Liberta) e pelo UOL revelarem acusações feitas por um piloto de que o presidente do partido, Antonio Rueda, é dono de aviões operados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). Rueda nega a acusação.

    A relação de Rueda com o governo federal já estava estremecida. O dirigente partidário reclamava a aliados pelo fato de nunca ter sido recebido pelo petista. A primeira reunião ocorreu em julho, um dia após o Congresso derrubar um decreto do governo com mudanças no IOF (Imposto sobre Circulação), e foi descrita por integrantes do União Brasil como “péssima”.

    De lá para cá, o presidente da República se queixou de declarações públicas do dirigente partidário com críticas ao governo federal. Rueda é presidente da federação com o PP e tem se posicionado na oposição à gestão petista e em apoio a uma candidatura da centro-direita em 2026. Em agosto, em reunião ministerial, o presidente cobrou fidelidade dos ministros do centrão e citou nominalmente Rueda, afirmando que não gostava dele e sabia que a recíproca era verdadeira.

    Após o ultimato do União Brasil, políticos procuraram tanto Rueda quanto integrantes do Planalto numa tentativa de distensionar o clima. Entre eles estaria o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o presidente do PT, Edinho Silva. Não está descartada a possibilidade de uma reunião entre os dois nos próximos dias -apesar de ainda não ter data marcada.

    Um integrante da cúpula do partido diz que há uma disposição dos dois lados para baixar o tensionamento. Ele reconhece que uma ruptura total da sigla com o governo não é vantajosa para nenhum lado. Além disso, integrantes da sigla têm indicações em cargos federais e não estariam dispostos a abrir mão desses postos neste momento.

    Apesar disso, diz que esse movimento não estava atrelado à permanência ou não de Sabino no ministério. Isso porque a decisão de desembarque foi da executiva nacional da sigla e não caberia rever esse posicionamento de forma monocrática.

    Sabino é o único nome indicado pelo partido para integrar a Esplanada petista. Mesmo de saída do governo, ele recebeu sinalização do próprio Lula de que terá o apoio dele na disputa eleitoral.

    Os ministros Frederico de Siqueira Filho (Comunicações) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) são da cota de Alcolumbre e não deverão deixar os cargos. Integrantes do primeiro escalão do Planalto avaliam que a aliança da gestão com o União Brasil se sustenta, há algum tempo, numa relação com Alcolumbre, e não com a direção da sigla.

    Além de Sabino, a federação União Brasil e PP tem outro indicado, ministro André Fufuca (Esportes). Para evitar deixar o comando da pasta na próxima terça (30), Fufuca, que é deputado federal licenciado, tenta costurar um acordo com a cúpula do PP para que possa permanecer no posto até o fim do ano. A ideia seria que ele se licenciasse da sigla neste período.

    De acordo com políticos do PP, o presidente do partido, Ciro Nogueira (PI), não se opõe à ideia. Há uma avaliação, no entanto, que com a saída de Sabino a pressão aumente para que Fufuca também deixe a Esplanada.

    Diante desse cenário, aliados do presidente apostam na tentativa de reacomodar os partidos da própria base aliada, inclusive do centrão, nesses espaços. Entre as legendas que podem ser contempladas estão PSD, PDT, PSB e até Republicanos.

    Auxiliares do presidente afirmam que, diferentemente do momento de montagem do governo, ainda na transição, quando a prioridade era garantir governabilidade, agora pesa também a construção de alianças regionais para 2026, buscando apoio à reeleição do petista.

    Celso Sabino entrega carta de demissão a Lula após ultimato do União Brasil

  • Boeing conquista grandes encomendas da Turkish Airlines e Norwegian Air

    Boeing conquista grandes encomendas da Turkish Airlines e Norwegian Air

    A Boeing anunciou encomendas bilionárias da Turkish Airlines e da Norwegian Air, reforçando sua estratégia de recuperação no setor. O contrato inclui até 75 Dreamliners e até 150 aviões 737 MAX para a companhia turca, além de 30 aeronaves adicionais para a empresa norueguesa.

    A Boeing conquistou grandes encomendas da Turkish Airlines e da Norwegian Air Shuttle, em um momento em que a fabricante norte-americana de jatos busca revitalizar seus negócios. A Turkish Airlines, formalmente conhecida como Turk Hava Yollari, fez uma encomenda de até 75 aviões 787 Dreamliner, em sua maior compra de aeronaves de fuselagem larga da Boeing.

    O anúncio veio após encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, em Washington.

    O contrato inclui 35 unidades do 787-9, 15 do modelo 787-10 e opções para 25 Dreamliners.

    A Boeing disse que a Turkish Airlines também planeja comprar até 150 aeronaves 737 MAX, o que representaria seu maior pedido de aviões de corredor único da Boeing.

    Norwegian Air

    Separadamente, a Norwegian Air fez uma encomenda de 30 aeronaves 737-8, como parte de um estratégia de expandir serviços por toda a Europa. Em 2022, a companhia aérea de baixo custo havia fechado a compra de 50 aeronaves 737 e agora está exercendo a opção de encomendar aviões adicionais.

    Os termos financeiros não foram divulgados, mas a Boeing normalmente concede descontos expressivos em encomendas de grande porte.

    Boeing conquista grandes encomendas da Turkish Airlines e Norwegian Air

  • Dólar à vista abre em queda e mantém este ritmo em linha com exterior

    Dólar à vista abre em queda e mantém este ritmo em linha com exterior

    Na quinta, 25, o dólar à vista fechou em alta de 0,69%, a R$ 5,3644, o maior valor de fechamento desde o último dia 11 (R$ 5,3922). Já o dólar futuro para outubro terminou com avanço de 1,05%, a R$ 5,370

    O dólar abriu esta sexta-feira, 26, em queda de 0,05%, R$ 5,3643, e segue neste ritmo, recuando ao patamar de R$ 5,35, em linha com a cautela observada no exterior. Os investidores globais estão atentos à divulgação de dados americanos nesta sexta e devem repercutir o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, que elevou tarifas de importação sobre diversos produtos. Por aqui, os resultados do setor externo e incertezas políticas locais e fiscais são fatores adicionais.

    O Banco Central informou mais cedo que déficit em conta corrente somou US$ 4,669 bilhões em agosto, abaixo da mediana das estimativas colhidas pelos Projeções Broadcast, de US$ 5,35 bilhões, com intervalo de US$ 7,1 bilhões a US$ 4,9 bilhões.

    Ainda na agenda brasileira, destaque para a participação do diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, em evento do Citi, às 11h. O BC promove, em São Paulo, reuniões trimestrais com economistas no período da tarde. E os agentes acompanham os desdobramentos do Relatório de Política Monetária, divulgado ontem, que reforçou a leitura de economia mais aquecida e juros elevados por mais tempo.

    A cena política também pode pesar no câmbio. O Centrão avalia alternativas à candidatura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). O nome do governador do Paraná, Ratinho Júnior, ganhou espaço como presidenciável da direita. A visita de Tarcísio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar, marcada para segunda-feira, 29, deve ser acompanhada de perto pelo mercado, por ocorrer no mesmo dia da posse do ministro Edson Fachin na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Na agenda internacional, o índice de preços de gastos com consumo (PCE), métrica preferida do Federal Reserve (Fed), será divulgado às 9h30 e deve orientar os rumos da política monetária americana. Além dele, o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan (11h) e discursos de dirigentes do Fed reforçam a expectativa de volatilidade.

    Ainda no radar dos investidores está o anúncio do presidente dos EUA, Donald Trump, que elevou tarifas de importação sobre diversos produtos. A partir de 1º de outubro, passam a valer sobretaxas de 100% para medicamentos, 50% para armários e pias de banheiro, 30% para móveis estofados e 25% para caminhões pesados. A medida deve pressionar preços de remédios e custos de programas de saúde como Medicare e Medicaid, com riscos adicionais para a inflação americana.

    O mercado deve repercutir essa medida ao longo do dia, inclusive no Brasil. O país não é um exportador de remédios para os EUA, nem de caminhões pesados, mas exporta móveis, armários e pias de banheiro ao país.

    Na quinta, 25, o dólar à vista fechou em alta de 0,69%, a R$ 5,3644, o maior valor de fechamento desde o último dia 11 (R$ 5,3922). Já o dólar futuro para outubro terminou com avanço de 1,05%, a R$ 5,3700.

    Dólar à vista abre em queda e mantém este ritmo em linha com exterior