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  • BC estima dívida externa bruta em US$ 372,604 bilhões no mês de agosto

    BC estima dívida externa bruta em US$ 372,604 bilhões no mês de agosto

    A dívida externa brasileira chegou a US$ 372,6 bilhões em agosto, alta em relação a julho, segundo o Banco Central. Do total, US$ 270,7 bilhões são de longo prazo e US$ 101,9 bilhões de curto prazo. Lucros, dividendos e juros externos seguem pressionando o balanço

    O Banco Central (BC) estima que a dívida externa brasileira atingiu US$ 372,604 bilhões em agosto, segundo os números do balanço de pagamentos divulgados nesta sexta-feira, 26. A dívida externa era de US$ 367,444 bilhões em julho, segundo as estimativas da autarquia. A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 270,680 bilhões em agosto, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 101,925 bilhões.

    Lucros e dividendos

    A rubrica de lucros e dividendos no balanço de pagamentos teve déficit de US$ 4,899 bilhões em agosto de 2025, informou o Banco Central. Em agosto de 2024, os lucros e dividendos tiveram saldo negativo de US$ 4,656 bilhões.

    As despesas com juros externos somaram US$ 1,470 bilhão no mês passado, contra US$ 1,345 bilhão no mesmo mês de 2024. No acumulado do ano até agosto de 2025, a rubrica de lucros e dividendos está negativa em US$ 33,905 bilhões, enquanto a dos gastos com o serviço da dívida está negativa em US$ 18,394 bilhões.

    BC estima dívida externa bruta em US$ 372,604 bilhões no mês de agosto

  • Presidente do Conselho de Ética define relator do caso Eduardo Bolsonaro

    Presidente do Conselho de Ética define relator do caso Eduardo Bolsonaro

    Eduardo Bolsonaro é alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara, relatada por Marcelo Freitas (União Brasil-MG). O processo apura sua atuação nos EUA em busca de sanções contra o Brasil e pode levar à cassação de seu mandato após análise e votação.

    O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, Fabio Schiochet (União Brasil-SC), definiu nesta sexta-feira, 26, o relator da representação que pode levar à cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em entrevista à Rádio Eldorado, Schiochet confirmou que o processo será relatado pelo Delegado Marcelo Freitas (União Brasil-MG).

    Freitas integrava a lista tríplice de parlamentares que poderiam assumir a função. Além de Freitas, foram sorteados os nomes de Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP).

    Essa é a primeira fase da tramitação da representação contra Eduardo. O processo foi apresentado pelo PT e diz que o deputado, valendo-se de uma licença parlamentar, atentou contra a soberania nacional ao ir aos Estados Unidos para negociar punições ao País.

    O relator da representação é o responsável pela instrução do processo, ou seja, pelo andamento da análise do caso. Ao final de um prazo de 40 dias, prorrogáveis por mais dez, o parecer do relator é votado pelo Conselho. Após a votação, cabe recurso e ratificação do plenário da Casa.

    Em outra frente que pode levar à cassação do mandato, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), barrou a indicação de Eduardo como líder da Minoria. A oposição a Lula articulou a indicação do filho de Jair Bolsonaro ao posto em uma tentativa de blindá-lo de uma cassação por acúmulo de faltas.

    Em março, Eduardo anunciou que se licenciaria do cargo por 120 dias para permanecer nos Estados Unidos, onde buscaria sanções contra “violadores dos direitos humanos”.

    Desde então, fez lobby por punições do governo americano contra o Brasil, como tarifas adicionais, revogação de vistos de autoridades e a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A licença encerrou-se em julho. Desde então, as faltas do parlamentares passaram a ser contabilizadas.

    Na segunda-feira, 22, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou Eduardo e o influenciador Paulo Figueiredo por coação no curso do processo da trama golpista, no qual Jair Bolsonaro e mais sete réus foram condenados por tentativa de golpe de Estado. No mesmo dia, a mulher de Moraes tornou-se alvo da Magnitsky, e o advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias, teve o visto revogado pelo governo de Donald Trump.

    Presidente do Conselho de Ética define relator do caso Eduardo Bolsonaro

  • Azul confirma fim das negociações de fusão e do acordo de codeshare com a Gol

    Azul confirma fim das negociações de fusão e do acordo de codeshare com a Gol

    Azul e Gol colocam fim às negociações de fusão e ao acordo de codeshare. Enquanto a Abra Group afirma ter mantido abertura para diálogo, a Azul concentra esforços na recuperação judicial e no reforço de sua estrutura de capital

    A companhia aérea Azul anunciou nesta quinta-feira, 25, em comunicado, o encerramento das negociações com a Abra Group Limited, controladora da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, sobre uma possível fusão entre as duas empresas. As conversas foram formalizadas em um Memorando de Entendimentos Não Vinculante (MoU), assinado em janeiro, mas não avançaram.

    A Azul também comunicou o fim do acordo de cooperação comercial (codeshare) firmado com a Gol em maio de 2024. Segundo a empresa, todas as passagens emitidas sob o regime de codeshare serão honradas normalmente. A Azul ainda reafirmou o “comprometimento com processo de fortalecimento da sua estrutura de capital”.

    O fim das tratativas já havia sido comunicado pela Gol, ainda nesta quinta. Em comunicado, o Grupo Abra destacou que, mesmo após o início da recuperação judicial da Azul, em maio, manteve-se aberto a discutir uma possível combinação de negócios, mas que o foco da rival no processo de recuperação judicial (Chapter 11) travou o andamento das conversas.

    Azul confirma fim das negociações de fusão e do acordo de codeshare com a Gol

  • Deputados cobram de Motta retaliação ao Senado após rejeição à PEC da Blindagem

    Deputados cobram de Motta retaliação ao Senado após rejeição à PEC da Blindagem

    Deputados pressionam Hugo Motta a reagir após o Senado rejeitar a PEC da Blindagem e acusam Davi Alcolumbre de romper acordo. Eles ameaçam travar projetos de interesse dos senadores e endurecer investigações na CPI do INSS.

    (CBS NEWS) – Deputados cobram do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), uma reação firme ao que consideram uma quebra de acordo do Senado com a derrubada, por unanimidade, da PEC da Blindagem. A falta de uma resposta mais dura, afirmam, cria para Motta o risco de ver abalada sua sustentação no comando da Casa.

    Líderes de grandes partidos e cardeais do centrão discutiram nos últimos dias um cardápio de respostas ao Senado, incluindo travar projetos de interesse dos senadores e até atuar na CPI do INSS para direcionar as investigações contra o Senado. Além disso, eles afirmam que o projeto de lei de redução das penas aos condenados pelos atos golpistas só andará após uma concertação.

    A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem, que condicionava a abertura de processos criminais contra congressistas a uma autorização do próprio Congresso, foi aprovada por 353 votos a 134, com empenho pessoal do presidente da Câmara.

    Motta telefonou pessoalmente para os deputados e mobilizou líderes de partidos aliados para apoiar o texto, afirmando que havia um acordo com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de votar a matéria rapidamente.

    Alcolumbre, no entanto, enviou o texto para ser discutido primeiro na Comissão de Constituição e Justiça, onde já vinha sendo bombardeado por parlamentares. O colegiado acabou rejeitando a PEC por unanimidade. Interlocutores do presidente do Senado negam a existência de um acordo sobre o tema.

    O episódio causou enormes desgastes e críticas nas redes sociais contra quem votou a favor do projeto na Câmara e mobilizou milhares de pessoas em manifestações pelo país no último domingo (21), o que forçou parte dos deputados a pedirem desculpas aos eleitores.

    Deputados reclamam que os senadores não apenas enterraram a proposta, mas criticaram abertamente os deputados e a Câmara como um todo, acusando-os proteger bandidos. Nesse sentido, eles cobram que Motta se posicione em defesa da Casa.

    Na opinião de deputados ouvidos pela Folha de S.Paulo, o erro pode ter sido de Alcolumbre, por romper um acordo, ou de Motta, por ter pautado a PEC sem a garantia de que o assunto estava costurado no Senado. De qualquer forma, eles acusam os senadores de posarem de bons-moços, apesar de a Casa também ter problemas de transparência e escândalos.

    Como mostrou a Folha, esse episódio enfraqueceu o presidente da Câmara e criou novas dúvidas sobre a sua autoridade dentro da Casa e com o Senado. Como fiador do acordo, caberia a Motta garantir que ele fosse cumprido, na avaliação dos deputados. A derrubada da PEC causou um desgaste às vésperas da eleição.

    Quatro líderes ouvidos pela reportagem dizem que, daqui por diante, desconfiarão sempre que houver a sinalização de acordos fechados sobre projetos importantes. Eles defendem, inclusive, reuniões entre os líderes da Câmara e do Senado quando forem debatidos temas mais polêmicos, para evitar qualquer surpresa nesse sentido.

    Nos bastidores, deputados também dizem que a Câmara deve reagir de forma mais dura ao Senado. Ainda não foram avaliados quais são os projetos que podem ser afetados, mas o discurso é de que nada importante para os senadores será votado com agilidade.

    Os deputados também afirmam que vão insistir na quebra de sigilo sobre os gabinetes do Senado visitados pelo lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, apelidado de “Careca do INSS” e acusado de ser um dos operadores de desvios no Instituto Nacional de Seguridade Social.

    Alcolumbre proibiu a divulgação dessa informação para a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), sob alegação de privacidade. Três integrantes da cúpula do centrão dizem que as bancadas serão orientadas a pressionar pela abertura dessas informações e vão apresentar requerimentos que atingirão senadores.

    Um aliado de Motta diz que, se de fato houve um acordo, ele precisa expor isso publicamente, para proteger os deputados. Esse parlamentar lembra que foram os deputados que o elegeram para a presidência da Câmara, e não Alcolumbre.

    Um interlocutor frequente do presidente da Câmara, no entanto, diz que ele não fará isso publicamente. Nesta quinta (25), ao ser questionado, Motta disse que o Senado acompanhava a articulação para aprovar a PEC, mas negou que tenha havido traição.

    “Não tem sentimento de traição nenhuma. Até porque temos a condição de saber que não obrigatoriamente uma Casa tem que concordar 100% com aquilo que a outra aprova. Já tivemos vários episódios em que o Senado discordou da Câmara e a Câmara discordou do Senado. Isso é natural da democracia e do funcionamento do Congresso”, disse.

    Dois aliados próximos de Motta dizem que a relação dele com Alcolumbre também está estremecida. Desde que os dois foram eleitos, em fevereiro, a relação era descrita como muito estreita -eles participaram de eventos e viagens institucionais juntos, além de manter contato quase que diário.

    Até a tarde de quinta-feira (24), aliados do deputado diziam que Alcolumbre sequer estava atendendo às ligações de Motta. Na noite de quarta, no entanto, os dois participaram de um jantar em homenagem ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que deixou a presidência da Corte. De acordo com um participante do evento, eles interagiram e conversaram ao longo da noite.

    O relator do projeto de lei da redução de penas aos condenados pelos atos golpistas, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), diz que há desconfiança de que a proposta seja aprovada pelos deputados e depois engavetada no Senado, o que aumenta as resistências ao texto. “Não dá para pacificar o país se a Câmara e o Senado estão em guerra”, disse.

    Uma reunião para tratar do assunto estava marcada para quarta à noite, após o jantar com os ministros do STF, mas Alcolumbre pediu para cancelar o encontro. Paulinho afirmou que tentará novamente na próxima semana, porque o projeto não andará sem acordo com o Senado.

    Deputados cobram de Motta retaliação ao Senado após rejeição à PEC da Blindagem

  • Galípolo vê crítica a juros como legítima e fala em 'delicadeza' de Haddad após ser poupado

    Galípolo vê crítica a juros como legítima e fala em 'delicadeza' de Haddad após ser poupado

    Galípolo elogiou a forma como Haddad e Ceron questionaram o nível atual da Selic, hoje em 15% ao ano, classificando as críticas como legítimas e feitas com “elegância” e “delicadeza”. O presidente do BC ressaltou que preservar a renda do trabalhador exige manter a inflação sob controle

    (FOLHAPRESS) – O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, classificou nesta quinta-feira (25) como legítimas as críticas ao atual patamar dos juros no Brasil -hoje a Selic está fixada em 15% ao ano- e fez um aceno ao ministro Fernando Haddad (Fazenda) após ter sido poupado de ataques pessoais.

    “Eu, pessoalmente, acho um luxo ter o ministro da Fazenda e o secretário do Tesouro fazendo comentários sobre política monetária com a delicadeza que eles fizeram, com a gentileza que eles fizeram, com a educação que eles fizeram”, disse Galípolo após ser perguntado por jornalistas sobre recentes falas de Haddad, a quem chamou de “amigo”.

    “No mundo de hoje, onde muitas vezes se emitem opiniões sobre política monetária nem sempre da maneira mais cordial, civilizada e urbana, a gente ter um ministro Fazenda emitindo uma opinião legítima, mas com a elegância, delicadeza e cuidado que ele fez. Só posso agradecer pela forma como fez a exposição da visão [dele]”, acrescentou.

    Nesta semana, em entrevista ao ICL notícias, Haddad afirmou que a taxa básica “nem deveria estar em 15%” ao ano e que vê espaço para queda de juros. “[Galípolo] tem quatro anos de mandato dele, e ele vai entregar um resultado consistente ao Brasil”, disse.

    Galípolo também repercutiu os comentários feitos pelo secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, de que a Selic a 15% ao ano “machuca” e “não é saudável” do ponto de vista fiscal. “Mas tem o papel da política monetária, que precisa fazer seu trabalho”, acrescentou.

    Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) manteve a taxa básica (Selic) em 15% ao ano pela segunda vez seguida e repetiu a intenção de conservar os juros altos por tempo “bastante prolongado” para assegurar a convergência da inflação à meta.

    O objetivo central perseguido pelo Banco Central é de 3%. No modelo de meta contínua, o alvo é considerado descumprido quando a inflação acumulada permanece por seis meses seguidos fora do intervalo de tolerância, que vai de 1,5% (piso) a 4,5% (teto).

    De acordo com a projeção da autoridade monetária, a inflação acumulada em quatro trimestres cairá para 4,8% no fim do ano, 3,6% em 2026 e 3,1% no primeiro trimestre de 2028. Devido aos efeitos defasados da política de juros sobre a economia, o Copom tem hoje na mira a inflação do primeiro trimestre de 2027 -projetada em 3,4% (acima do centro da meta).

    O antecessor de Galípolo, Roberto Campos Neto, foi alvo de críticas recorrentes por parte do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que acusava o ex-presidente do BC -indicado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL)- de ter lado político e de trabalhar para prejudicar o país.

    Segundo Galípolo, o Banco Central segue dependente da evolução dos dados, mas agora tem agora mais convicção de que as condições econômicas atuais justificam a “dose” do remédio aplicada para frear a inflação. Na visão dele, às vezes é preciso desagradar “um pouco”, diferentemente de outros órgãos.

    “Se 5% não está para lá do pleno emprego, eu não sei quando o Brasil esteve próximo do pleno emprego. É a taxa mais baixa da série histórica, com a renda mais alta na máxima da série histórica, com as importações batendo recorde, com viagens batendo recordes”, afirmou.

    A taxa de desemprego do Brasil recuou a 5,6% no trimestre até julho, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador renovou a mínima da série histórica da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), iniciada em 2012.

    O presidente do BC associou a suavização da atividade econômica à proteção da renda do trabalhador. “É importante que a boa performance da atividade e do mercado de trabalho seja preservada. Como? Preservando a renda do trabalhador. Como preserva a renda do trabalhador? Colocando a inflação na meta”, disse.

    MUDANÇAS NO CRÉDITO HABITACIONAL

    Com relação ao novo modelo de crédito habitacional, com o uso mais flexível de recursos da poupança e mecanismos para fomentar a contratação de financiamentos corrigidos pela inflação, Galípolo demonstrou interesse em avançar na questão, mas não se comprometeu com prazo.

    “A visão que a gente tem aqui no Banco Central é que quanto mais deixar para frente, menos ferramentas, menos espaço, menos instrumentos a gente vai ter para poder amortecer uma eventual transição”, afirmou.

    NOVOS DIRETORES DO BC

    Questionado sobre a futura composição da cúpula do BC, Galípolo sinalizou que gostaria de manter os diretores Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e de Resolução) e Diogo Guillen (Política Econômica), cujos mandatos terminam em 31 de dezembro.

    No entanto, disse ainda não ter discutido a questão com o presidente Lula, que é quem tem a prerrogativa de escolha definida por lei. Hoje, sete dos nove membros do Copom foram designados pelo atual governo.

    Galípolo vê crítica a juros como legítima e fala em 'delicadeza' de Haddad após ser poupado

  • Bolsonaro pede que Eduardo “feche a boca”, mas filho ignora ataca centrão

    Bolsonaro pede que Eduardo “feche a boca”, mas filho ignora ataca centrão

    Impedido de falar diretamente com o filho por decisão do STF, Bolsonaro recorreu a aliados para conter Eduardo. O deputado, no entanto, reforçou críticas ao Supremo, ao Centrão e ao PL, além de anunciar que disputará a Presidência mesmo sem o aval do pai

    Jair Bolsonaro (PL) tem buscado conter o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pedindo a aliados que o convençam a reduzir os ataques públicos para não prejudicar as negociações em torno de uma possível anistia e da redução de penas. O deputado, no entanto, tem ignorado os recados e ampliado as críticas contra o Supremo Tribunal Federal (STF), o Centrão e até mesmo o próprio partido, segundo a Folha de São Paulo.

    Impedidos de manter contato direto por decisão do ministro Alexandre de Moraes, que investiga ambos por coação à Justiça, Bolsonaro recorreu a interlocutores, entre eles o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-SP), que esteve recentemente com o ex-presidente. Sóstenes, contudo, nega ter se encontrado com Eduardo, que continua nos Estados Unidos.

    A reação do parlamentar veio em tom de confronto. Para ele, Bolsonaro estaria agindo como “refém” e sem clareza do cenário político. Em suas redes sociais, Eduardo escreveu que “quem está sob coação é o meu pai” e acusou setores políticos de tentarem impor ao ex-presidente o apoio a outro candidato em 2026, o que, segundo ele, poderia enfraquecer o bolsonarismo.

    Eduardo também se lançou como pré-candidato à Presidência da República sem o aval do pai, atacou ministros do STF chamando-os de “mafiosos”, comemorou sanções contra a esposa de Alexandre de Moraes e criticou Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Segundo ele, não abriu mão da própria trajetória política para “trocar afagos mentirosos com víboras” nem para se “submeter a esquemas espúrios”.

    Nas últimas semanas, o deputado endureceu ainda mais o discurso, reforçando que disputará a eleição presidencial mesmo que isso signifique enfrentar nomes como Tarcísio de Freitas. Para seus aliados nos EUA, Bolsonaro estaria fragilizado demais para tomar decisões, enquanto Eduardo busca ocupar espaço político em meio à crise.

    Bolsonaro pede que Eduardo “feche a boca”, mas filho ignora ataca centrão

  • Gestão Barroso teve conflito com bolsonarismo e termina com condenações da trama golpista

    Gestão Barroso teve conflito com bolsonarismo e termina com condenações da trama golpista

    Barroso encerra sua gestão na presidência do STF após um período marcado por tensões com o bolsonarismo, julgamentos históricos e episódios de ataque à corte. Ao mesmo tempo, buscou diálogo interno, reaproximação com ministros e defendeu a pacificação política e democrática do país

    (CBS NEWS) – O ministro Luís Roberto Barroso deixa a presidência do STF (Supremo Tribunal Federal) na segunda-feira (29) após ter comandado a corte durante a primeira condenação de um ex-presidente por golpe de Estado na história do país.

    A decisão foi o auge de um período conflituoso entre o magistrado, o STF e o bolsonarismo. Antes mesmo de assumir o principal cargo do Poder Judiciário, o ministro já era alvo constante de Jair Bolsonaro (PL). E declarações dadas pelo magistrado antes de assumir o comando do tribunal incendiaram a relação entre os apoiadores do ex-presidente e a corte.
    Barroso, que será sucedido por Edson Fachin, não participou do julgamento da trama golpista, mas esteve na sessão que definiu as penas dos acusados de formar o núcleo central. “Acredito que nós estejamos encerrando os ciclos do atraso na história brasileira, marcados pelo golpismo e pela quebra da legalidade constitucional”, discursou após a condenação.

    “Desejo, muito sinceramente, que estejamos virando uma página da vida brasileira. E que possamos reconstruir relações, pacificar o país e trabalharmos por uma agenda comum, verdadeiramente patriótica. Com as divergências naturais da democracia, mas sem intolerância, extremismo ou incivilidade”, completou.

    Indicado ao STF por Dilma Rousseff em 2013, Barroso assumiu a presidência do Supremo dez anos depois, com discurso em defesa da unidade nacional. “A democracia venceu e precisamos trabalhar pela pacificação do país”, disse em sua posse.

    Meses antes, duas declarações dele se tornaram munição do bolsonarismo para questionar a isenção do ministro. Numa delas, em Nova York, o magistrado reagiu a apoiadores do ex-presidente que hostilizavam os integrantes do tribunal.

    “Perdeu, mané, não amola”, respondeu Barroso. A frase, proferida menos de um mês depois da derrota eleitoral de Bolsonaro para Lula, virou um mantra do bolsonarismo e acabou pichada por uma manifestante na estátua A Justiça, em frente ao Supremo, durante os ataques de 8 de Janeiro.

    Em outro momento, Barroso discursava no 59º Congresso da UNE (União Nacional dos Estudantes), em julho de 2023, quando afirmou: “Nós derrotamos o bolsonarismo”.

    A declaração motivou um pedido de impeachment contra ele no Senado. De 2021 a julho deste ano, ele foi o segundo maior alvo de representações do tipo, atrás apenas de Moraes. O último apresentado por parlamentar é de autoria da deputada Caroline de Toni (PL-SC), com base também nessas declarações.

    O ministro disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que a fala foi inoportuna.

    “Foi uma frase infeliz. Primeiro que o ‘nós’ dava impressão de que foi o Supremo. Eu quis dizer que foi a sociedade brasileira. Isso foi logo depois da eleição. Segundo, nunca fui de fulanizar o debate, eu não gosto de fulanizar”, disse. “Portanto, eu queria dizer o ‘extremismo’.”

    O julgamento sobre a trama golpista levou o Supremo aos holofotes nos cenários interno e externo. O protagonismo natural do presidente do tribunal, porém, acabou ofuscado pela atuação do ministro Alexandre de Moraes -relator do processo e alvo preferencial do bolsonarismo.

    Além disso, as ações penais sobre a tentativa de golpe ficaram restritas à Primeira Turma , o que reduziu as atenções e os temas sensíveis no plenário do tribunal.

    Ainda assim, durante a gestão de Barroso, o Supremo sofreu dois dos mais marcantes ataques desde a redemocratização: um homem se explodiu em frente à sede do tribunal, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou sanções contra ministros da corte.

    Francisco Wanderley Luiz morreu ao se deitar em um explosivo em frente ao STF, numa tentativa de ataque ao tribunal, em novembro de 2024. Os ministros estavam no plenário da corte em sessão quando o homem se aproximou.

    O atentado ocorreu num momento em que Barroso tentava reabrir o Supremo ao público, com a retirada das grades que restringiam o acesso ao tribunal.

    Em fevereiro de 2024, Barroso fez um ato com os presidentes dos demais Poderes para a retirada dos gradis em torno do edifício-sede. Na ocasião, ele disse ser um “gesto simbólico de normalidade democrática e de confiança na volta da civilidade das pessoas”.

    A partir da tentativa de atentado, o ministro voltou a reforçar os protocolos de segurança.

    Ele também precisou buscar conciliação no Supremo diante das sanções impostas pelo governo Trump contra os ministros do tribunal, que incluiu revogação de vistos de oito ministros, inclusive o próprio Barroso, e a aplicação da Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes e sua esposa.

    Foram do próprio Moraes, porém, as principais reações nesse caso. Ele que determinou a prisão domiciliar de Bolsonaro e manteve interlocução próxima com banqueiros para entender o alcance das restrições impostas pelo governo americano.

    Barroso é o ministro que tem relações mais próximas com os Estados Unidos. Morou e estudou no país, onde tem imóvel, e é professor colaborador da Harvard Kennedy School. Por causa das restrições, aconselhou um de seus filhos a voltar ao Brasil e deixar o cargo que ocupava na BTG Pactual em Miami.

    Internamente, o ministro consolidou as boas relações com Gilmar Mendes, um antigo desafeto com quem protagonizou os embates mais famosos da história da corte. A reaproximação havia começado na presidência de Bolsonaro, com a pandemia e os ataques ao STF.

    O decano se tornou um apoio inclusive nas negociações políticas, já que é conhecido por sua habilidade na articulação com diversos setores, enquanto Barroso não tinha entrada fácil em gabinetes da direita no Congresso.

    Os rumores de que o ministro deve sair do Supremo após deixar a presidência seguem fortes, mas o próprio Barroso não nega a possibilidade.

    Uma decisão sobre o assunto só deve ser tomada após o recesso do Judiciário, de dezembro a fevereiro.

    Gestão Barroso teve conflito com bolsonarismo e termina com condenações da trama golpista

  • Número de trabalhadores por aplicativo cresceu 170% em 10 anos, diz BC

    Número de trabalhadores por aplicativo cresceu 170% em 10 anos, diz BC

    O Banco Central apresentou cálculos que tentam descrever o impacto dos aplicativos no mercado e trabalho no Brasil

    O número de pessoas trabalhando em aplicativos de transporte e de entrega aumenta a cada ano no Brasil. Entre 2015 e 2025, enquanto a população ocupada no país cresceu cerca de 10%, o número de trabalhadores por aplicativos aumentou 170%, passando de cerca de 770 mil para 2,1 milhões.

    O Banco Central apresentou, nesta quinta-feira (25), cálculos que tentam descrever o impacto dos aplicativos no mercado e trabalho no Brasil, imaginando cenários com e sem as plataformas. A análise está no Relatório de Política Monetária referente ao terceiro trimestre de 2025. Os resultados sugerem que esse fenômeno do uso dos aplicativos teve impacto na taxa de participação na força de trabalho, no nível de ocupação e também na taxa de desocupação. 

    Um dos exercícios propõe três cenários, supondo que as plataformas não existissem:  

    • Aqueles que hoje trabalham para os aplicativos teriam buscado emprego mas, sem sucesso, teriam se tornado desempregados.
    • Essas pessoas não teriam sequer procurado uma ocupação e teriam passado diretamente para fora da força de trabalho.
    • Uma situação intermediária: parte teria conseguido outra ocupação e parte não.

    Nos três cenários, os níveis de ocupação são afetados. A taxa de desemprego aumentaria, por exemplo, entre 0,6 e 1,2 ponto percentual. Atualmente, a taxa de desemprego é 4,3%. Isso significa que, desconsiderados os aplicativos, o desemprego subiria para até 5,5%. Um segundo exercício propõe um cálculo para estimar a relação entre o crescimento dos aplicativos e a evolução do nível de ocupação. As estimativas apresentadas pelo BC sugerem, nesse caso, que os aplicativos não tiraram trabalhadores das demais ocupações, e que a maioria dos seus trabalhadores estava fora do mercado de trabalho.

    O BC conclui, então, que o advento do trabalho por meio de plataformas digitais “representa uma mudança estrutural no mercado de trabalho, que contribuiu para o maior ingresso de pessoas na força de trabalho e na ocupação, com efeitos positivos sobre os principais indicadores. O crescimento extraordinário da quantidade de trabalhadores por aplicativos resultou em elevação do nível de ocupação e da taxa de participação, além de uma redução da taxa de desocupação”, diz a análise.

    Peso na economia

    Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) usados na análise mostram que, apesar do crescimento expressivo, a participação dos trabalhadores de aplicativos de transportes é relativamente pequena: passou de 0,8% para 2,1% da população ocupada, entre 2015 e 2025, e de 0,5% para 1,2% da população em idade de trabalhar (14 anos ou mais) no mesmo período.

    O transporte por aplicativos, a partir de 2020, passou a fazer parte do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida de inflação usada como referência no sistema de meta para a inflação brasileira. Em agosto de 2025, o peso do subitem transporte por aplicativo no IPCA foi de 0,3%, enquanto, em comparação, o peso do subitem passagem aérea foi 0,6%.

    “O uso de aplicativos de telefone e internet para contratação de serviços de transporte pessoal e de entrega surgiu cerca de uma década atrás e, desde então, tem crescido e se tornado relevante para a economia brasileira”, diz o BC.

    Precarização do trabalho

    Embora elevem os indicadores de ocupação, os aplicativos são responsáveis também pela precarização do trabalho. Relatório do Fairwork Brasil mostra que nenhum dos principais aplicativos conseguiram evidenciar o cumprimento de padrões mínimos de trabalho decente, como oferecer uma remuneração justa.

    O estudo Plataformização e Precarização do Trabalho de Motoristas e Entregadores no Brasil, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), vai na mesma direção e mostra que o trabalho mediado por aplicativos resultou em jornadas de trabalho mais longas, menor contribuição previdenciária e forte queda da renda média destes trabalhadores.

    Segundo a pesquisa, entre 2012 e 2015, enquanto o total de motoristas autônomos no setor de transporte de passageiros era cerca de 400 mil, o rendimento médio ficava em torno de R$ 3,1 mil. Em 2022, quando o total de ocupados se aproximava de 1 milhão, o rendimento médio era inferior a R$ 2,4 mil. A proporção desses trabalhadores com jornadas entre 49 e 60 horas semanais passou de 21,8% em 2012 para 27,3% em 2022.

    Já o percentual de motoristas de passageiros que contribuía com a previdência passou de 47,8%, em 2015, para 24,8%, em 2022, de acordo com o mesmo estudo. 

    Número de trabalhadores por aplicativo cresceu 170% em 10 anos, diz BC

  • 'Careca do INSS' diz em CPI que não tem negócio com governo e que desconhece Lupi

    'Careca do INSS' diz em CPI que não tem negócio com governo e que desconhece Lupi

    “Não tenho qualquer relação com o governo em nenhuma de suas esferas, federal, estadual ou municipal”, disse Antonio Carlos Camilo Antunes

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, que ficou conhecido como “Careca do INSS”, disse nesta quinta-feira (25) em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que investiga descontos irregulares em benefícios previdenciários que não tem negócios com governos e que não conhece o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT).

    O depoimento de Antunes era o mais esperado da CPI até agora. Integrantes tinham esperança de que ele apontasse nomes de políticos que teriam acobertado ou participado do esquema de descontos ilegais. O depoente, porém, tem negado qualquer irregularidade.

    “Eu não conheço o ministro Lupi”, disse o depoente. “Não tenho qualquer relação com o governo em nenhuma de suas esferas, federal, estadual ou municipal. Jamais foi objetivo da minha atuação empresarial estabelecer parcerias com o setor público”, declarou.

    Diversos integrantes da CPI ligados à direita o questionaram sobre sua relação com o senador Weverton Rocha (PDT). Weverton é o político mais visado pelo colegiado até agora porque pessoas próximas a ele foram citadas nas investigações.

    Antunes afirmou que compareceu a um churrasco de costela na casa do senador, quando teria falado com ele sobre a regulação da venda de derivados de cannabis -ou seja, uma atividade de representação empresarial sem ligação com descontos em aposentadorias.

    Também disse que esteve no gabinete do senador em outras ocasiões, mas que não conversou com o político. O interlocutor teria sido Adroaldo Cunha Portal, hoje secretário-executivo do Ministério da Previdência, mas que, na época, trabalhava no gabinete de Weverton. A visita também teria sido para tratar sobre o mercado de cannabis.

    Além disso, Antunes foi questionado sobre relações políticas de forma mais geral. “Não existe essa rede de relacionamento minha com parlamentares quais quer que sejam”, disse ele. A CPÌ tenta obter a lista de visitantes aos gabinetes dos senadores, mas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), colocou as informações em sigilo.

    O depoente negou que tenha tentado obstruir investigações sobre as fraudes, motivo que teria levado à sua prisão preventiva.

    Antunes declarou que prestava serviços a entidades investigadas, mas que não era ele quem prospectava clientes ou programa descontos em benefícios. “Não sou responsável, nunca fui, não tenho expertise para esse lado da bandidagem”, afirmou.

    “Jamais fui responsável pelo recrutamento de associados, tampouco exerci qualquer ingerência sobre a inserção de dados no sistema do INSS. Todos os serviços contratados pelas associações tinham como destinatário final o próprio associado aposentado, beneficiário direto das atividades desempenhadas”, disse ele.

    O depoente também rejeitou o apelido ‘Careca do INSS’. “Induziram pessoas de bem, veículos de comunicação respeitados, profissionais de imprensa e toda a sociedade a acreditarem em uma narrativa fantasiosa, declarou.

    Antunes é apontado como peça central de um esquema de descontos irregulares em aposentadorias junto com Maurício Camisotti, que supostamente seria sócio oculto de uma das entidades beneficiadas pelos descontos irregulares.

    Apontado em investigação como “epicentro da corrupção ativa” e lobista profundamente envolvido no “esquema de descontos ilegais de aposentadorias”, Antunes recebeu R$ 53,58 milhões de entidades associativas e de intermediárias, de acordo com a investigação da Polícia Federal.

    Segundo relatório de investigadores, o pagamento ocorreu por meio de empresas de Antunes, que teria repassado R$ 9,32 milhões a servidores e companhias ligadas à cúpula do INSS.

    Empresas de Antunes teriam feito repasses de R$ 6,8 milhões para firmas de altos funcionários do INSS também investigados, segundo depoimento de Rubens Oliveira, apontado como um intermediário do esquema.

    Como a Folha de S.Paulo mostrou, Antunes comprou salas comerciais e pagou R$ 700 mil com Pix. Também deixou de registrar imóveis comprados por meio de uma empresa offshore.

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  • Fachin vota para permitir quebra de sigilo no Google e Toffoli suspende julgamento

    Fachin vota para permitir quebra de sigilo no Google e Toffoli suspende julgamento

    Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Fachin votaram para permitir quebra de sigilo em buscas no Google em investigações

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Luiz Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), votou nesta quinta-feira (25) para permitir a quebra de sigilo de buscas no Google para investigações criminais. Com isso, o julgamento tem cinco votos nesse sentido.

    Na sequência, Dias Toffoli, suspendeu mais uma vez o julgamento sobre a possibilidade de a Justiça determinar a entrega de dados de pessoas que procuraram informações em buscadores como o Google para órgãos de investigação.

    A corrente que até agora é majoritária -para formar maioria são necessários seis votos- indica também requisitos a serem cumpridos e a exigência de fundamentação.

    O caso que chegou ao Supremo é um recurso que trata das investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em 2018. O processo é de repercussão geral, o que quer dizer que sua tese servirá para todas as ações similares no país.

    Apenas Fachin votou, acompanhando a divergência aberta pelo ministro Alexandre de Moraes. Até o momento, o placar está em 5 contra 2 para autorizar esse tipo de medida, mas com alguns requisitos.

    Há cinco votos nesse sentido e outros dois votos mais restritivos, dados pela relatora, a ministra aposentada Rosa Weber, e André Mendonça.

    A divergência aberta por Moraes foi acompanhada por Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, Kassio Nunes Marques e Fachin. Os ministros, no entanto, sugerem diferentes níveis para os critérios que devem ser fixados pela corte. A tese, assim, será discutida depois da conclusão das manifestações.

    A partir de agora, Toffoli tem 90 dias para devolver a matéria para apreciação do colegiado.

    Além dele, faltam votar Luiz Fux e Barroso. Flávio Dino não vota neste caso por ter substituído Rosa, que votou antes de deixar a corte.

    Em abril, Gilmar Mendes havia pedido vista -mais tempo para análise-, devolvendo o processo ao plenário nesta quarta (24). André Mendonça e Alexandre de Moraes também pediram vista anteriormente. Assim, essa é a quarta suspensão do caso.

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