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  • Toyota paralisa produção no Brasil após temporal destruir fábrica em SP

    Toyota paralisa produção no Brasil após temporal destruir fábrica em SP

    Segundo a Toyota, a chuva da última segunda-feira causou estragos consideráveis na fábrica de motores em Porto Feliz, interior de São Paulo

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Toyota interrompeu toda a sua produção de carros no Brasil devido ao temporal que destruiu a fábrica de motores em Porto Feliz (SP). Com a decisão, modelos como Corolla, Corolla Cross e Yaris Cross (para exportação), além do Yaris Cross, que seria lançado em outubro, foram paralisadas e não há previsão de retorno – podem voltar apenas em 2026.

    Segundo a Toyota, a chuva da última segunda-feira causou estragos consideráveis na fábrica de motores em Porto Feliz. Imagens divulgadas por funcionários mostram o local alagado, com o teto da estrutura arrancado pelos fortes ventos.

    A marca afirmou que o incidente em Porto Feliz afetou a produção da Toyota em Sorocaba e Indaiatuba, onde será fabricado o Yaris Cross e também são produzidos outros modelos da marca, como Corolla e Corolla Cross. Ao todo são cerca de 6.700 funcionários nas três fábricas.

    Em contato com o UOL Carros, o Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e região afirma que a Toyota prometeu que nenhum funcionário será demitido pelas paralisações. Os trabalhadores terão os dias abonados até 1º de outubro. Nos dias 20 seguintes, serão férias coletivas.

    Após esse período, a expectativa é de que se inicie o período de layoff. Ele será votado em assembleia virtual pelo sindicato, que terá início amanhã e irá até o próximo domingo.

    O lançamento do Yaris Cross estava programado para o fim de outubro. A Toyota afirma que uma nova data será comunicada em breve.

    Devido aos estragos, a fábrica de Porto Feliz foi isolada para vistoria da Defesa Civil. A montadora informou que não há prazo para retomada das atividades.

    O complexo de Porto Feliz é a principal fábrica de motores da Toyota na América Latina, tendo sido inaugurada em 2016. A unidade é responsável pelo fornecimento da propulsão dos Corolla e Corolla Cross montadoras em Sorocaba (SP).

    A unidade emprega cerca de 700 pessoas e produz mais de 100 mil motores por ano, incluindo variantes híbridas flex.A fabricação do Yaris Cross faz parte de um ciclo de investimento de R$ 11 bilhões até 2030 anunciado pela Toyota no ano passado. Além do novo SUV, são esperados a atualização do Corolla e a ampliação da fábrica de Sorocaba.

    Toyota paralisa produção no Brasil após temporal destruir fábrica em SP

  • Haddad anuncia criação de delegacia para investigar crime organizado

    Haddad anuncia criação de delegacia para investigar crime organizado

    Proposta do ministro Fernando Haddad será enviada ao Ministério de Gestão e Inovação

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a criação de uma delegacia voltada ao combate aos crimes contra o sistema financeiro, no mesmo dia da Operação Spare, um desdobramento da Operação Carbono Oculto, que investiga uma organização criminosa que faz lavagem de dinheiro por meio de postos de combustíveis e fintechs e explora jogos de azar.

    “Essa delegacia vai combater de forma estruturada o crime organizado, bem como a intersecção entre o crime organizado e a economia real”, explicou o ministro. 

    Haddad lembrou que a operação desta quinta-feira (25) foi a quarta neste âmbito, com a cooperação de diversos órgãos, inclusive os ministérios Público Federal e estaduais, bem como com as polícias militares. O ministro revelou que nas próximas semanas vai enviar para o Ministério de Gestão e Inovação (MGI) a proposta da nova delegacia, que vai funcionar dentro do organograma da Receita Federal.

    A operação deflagrada nesta quinta-feira resultou das suspeitas sobre a movimentação financeira das empresas envolvidas nas supostas fraudes. 

    “[As empresas] Movimentavam R$ 4,5 bilhões e pagavam tributos sobre apenas 0,1% desse montante. E isso despertou a atenção da Receita”, disse Haddad.

    A Operação Spare registrou o cumprimento de 25 mandados de busca e apreensão. O comandante do Policiamento de Choque, o coronel Valmor Racorti, informou que foram apreendidos quase R$ 1 milhão em espécie, 20 celulares, computadores e uma arma de fogo.

    “As facções criminosas passaram muito tempo priorizando o tráfico de entorpecentes, mas novas estruturas têm possibilitado que elas atuem em outras frentes, inclusive na economia formal e no ambiente político”, disse o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.

    O promotor de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Silvio Loubeh, informou que as investigações partiram da suspeita sobre casas de jogos na Baixada Santista, de máquinas de crédito e débito. 

    “Investigando as empresas que recebiam esses recursos, identificamos dois postos de combustíveis envolvidos com lavagem de dinheiro. A partir daí, identificamos um grupo criminoso responsável pelo branqueamento de capitais não só por meio dos dois postos, os envolvidos controlavam também outros estabelecimentos no setor de combustíveis, uma rede de motéis e empresas de fachada que movimentaram milhões de reais”, completou Loubeh.

    O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, também defendeu a adoção de medidas voltadas ao maior controle na importação de petróleo e seus derivados. 

    “É uma série de avanços que precisaremos fazer para combater essa infiltração tão ampla”, disse.

    As investigações apontam também para a existência de vínculos da organização criminosa com empresas do setor hoteleiro e a participação do Primeiro Comando da Capital (PCC).

    A Operação Spare contou com 110 policiais militares do Comando de Choque de São Paulo e unidades especializadas no cumprimento das ordens judiciais, bem como com agentes da Receita Federal e integrantes da Procuradoria-Geral do Estado e Secretaria da Fazenda.

    Haddad anuncia criação de delegacia para investigar crime organizado

  • Barroso se despede da presidência do STF, diz que tribunal preservou democracia e se emociona

    Barroso se despede da presidência do STF, diz que tribunal preservou democracia e se emociona

    “Tenho muito orgulho de ter dividido com todos a aventura de ter defendido a democracia brasileira”, disse o ministro Luís Roberto Barroso

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou nesta quinta-feira (25) que a corte preservou a democracia brasileira e se emocionou ao agradecer o apoio dos colegas ao longo dos dois últimos anos, nos quais ele esteve à frente da corte. De acordo com ele, os ministros defendem com coragem a democracia brasileira.

    “Gostaria de agradecer muito especialmente a todos os ministros, colegas e amigos aqui do Supremo, pela parceria apoio, coragem e pela relação construtiva e harmoniosa que tivemos. Tenho muito orgulho de ter dividido com todos a aventura de ter defendido a democracia brasileira”, disse.

    Esta é a última sessão do magistrado como presidente do Poder Judiciário.

    Segundo Barroso, desde a Constituição de 1988, não houve desaparecidos, torturado, ou aposentadorias compulsórias, em referência às violações na ditadura militar, além de haver liberdade de imprensa, mas há um custo aos ministros pelo trabalho.

    “Ou seja, apesar do custo pessoal dos seus ministros e o desgaste de decidir as questões mais divisivas da sociedade brasileira, o Supremo Tribunal Federal cumpriu e bem o seu papel de preservar o Estado de direito e de promover os direitos fundamentais

    Na sequência, o decano da corte, ministro Gilmar Mendes, prestou homenagem ao colega e também se emocionou. Gilmar citou o julgamento da trama golpista de 2022 e afirmou que a corte evitou o maior assalto contra a democracia na história recente.

    “A democracia brasileira passou incólume por mais essa prova de fogo. O STF conduziu o processo com tranquilidade e de maneira absolutamente regular, com respeito ao devido processo legal, ao contraditório e à ampla defesa, o mesmo vem ocorrendo aos demais réus. E destaco sem exagero o papel singular e quase heroico desempenhado pelo ministro Alexandre de Moraes”, disse.

    “Há dois anos, após termos atravessado um período turbulento e sombrio, cuja culminância foi um infame episódio, do 8 de janeiro, afirmava eu, ministro Barroso, que a posse de vossa excelência como presidente desta corte tornava palpável a certeza de que o Supremo havia sobrevivido”, disse Gilmar.

    O decano também se emocionou ao falar de Alexandre de Moraes.

    Barroso se despede da presidência do STF, diz que tribunal preservou democracia e se emociona

  • Banco Central prevê crescimento do PIB de 1,5% em 2026

    Banco Central prevê crescimento do PIB de 1,5% em 2026

    O BC afirma que mantém a expectativa de continuidade da moderada atividade econômica ao longo do segundo semestre de 2025 e que essa tendência deve se estender para 2026

    O Banco Central (BC) divulgou, nesta quinta-feira (25), a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade) de 1,5% em 2026. A instituição também revisou a projeção para 2025, passando de um crescimento de 2,1% para 2% ao final deste ano. Os dados fazem parte do Relatório de Política Monetária referente ao terceiro trimestre de 2025.

    O relatório apresenta as diretrizes das políticas adotadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e avalia a evolução recente e as perspectivas da economia, especialmente as projeções de inflação.

    O BC afirma que mantém a expectativa de continuidade da moderada atividade econômica ao longo do segundo semestre de 2025 e que essa tendência deve se estender para 2026. Por conta de fatores como os efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos, mas também de prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, o BC revisou a projeção de crescimento de 2,1% do PIB – soma de todas as riquezas produzidas pelo país – apresentada no último relatório, de junho, para 2% em 2025. 

    Já para 2026, a expectativa é de manutenção da política monetária em campo restritivo, e baixo nível de ociosidade dos fatores de produção, de desaceleração da economia global e ausência do impulso agropecuário observado em 2025. Por conta desses fatores, o crescimento deverá ser inferior ao deste ano, chegando a 1,5%.

    Inflação

    O BC ressalta que a inflação no Brasil segue acima da meta e que esse cenário deverá se manter, conforme a pesquisa Focus, tanto em 2025 quanto em 2026, quando deverá chegar, respectivamente, a 4,8% e 4,3%.

    A projeção divulgada no Relatório de Política Monetária é que apenas no primeiro trimestre de 2027, ela se aproxime do centro da meta, chegando a 3,4%. A meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) é 3%, com intervalo de tolerância de menos 1,5 ponto percentual e mais 1,5 ponto percentual, isto é, de 1,5% a 4,5%.

    Crédito

    A projeção para o crescimento do saldo do crédito ofertado tanto para pessoas físicas quanto para empresas em 2025 aumentou, de acordo com o relatório, de 8,5% para 8,8%. Esse aumento é puxado principalmente pelo desempenho acima do esperado do crédito direcionado às empresas. Já para 2026, o crescimento desse saldo deverá ser menor, de 8%, apresentando uma redução no crescimento tanto do crédito a pessoas físicas como no de pessoas jurídicas.

    Emprego

    Outro destaque do relatório é o emprego. A análise mostra que o mercado de trabalho continua aquecido e a taxa de desocupação nos últimos meses foi menor do que a esperada pela instituição. A taxa de desemprego em agosto foi 4,3%. Na análise do BC, ainda historicamente baixa e próxima da faixa de oscilação dos últimos doze meses e do nível de equilíbrio estimado.

    De acordo com o relatório, a geração de empregos com carteira desacelerou, mas continua forte. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), dessazonalizados pelo BC, foram gerados em média 113 mil empregos por mês no trimestre maio-julho, abaixo da média de 165 mil verificada no trimestre anterior. A desaceleração foi mais significativa na construção civil e na indústria de transformação.

    O BC afirma, no entanto, que apesar do arrefecimento no último trimestre, a geração líquida de empregos permanece em patamar historicamente elevado: no acumulado do ano até julho atingiu 1,34 milhão, apenas 148 mil postos abaixo do verificado no mesmo período de 2024.

    O rendimento médio do trabalho medido pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – Pnad Contínua mantém crescimento alto em termos reais. No trimestre encerrado em julho, a variação acelerou para 1%, ante 0,6% no trimestre anterior, impulsionada pelos ganhos entre trabalhadores informais.

    Atuação do Banco CentralDiante dos indicadores apresentados, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, avalia que a política monetária conduzida pela instituição está no caminho “que deve ser feito”, como afirmou em coletiva de imprensa após a divulgação do relatório, no final da manhã desta quinta. 

    “A gente vem renovando a mínima sobre desemprego, de maneira sucessiva. O mercado trabalho vem mostrando bastante resiliência, com desemprego na mínima histórica e renda na máxima histórica”, diz o presidente.

    E acrescenta: “Para a gente, o pior cenário que existe para o trabalhador, aquele com a maior queda de renda do trabalho, é quando a gente tem uma inflação elevada. Então, é importante que essa boa performance que se viu nos últimos anos da atividade econômica e do mercado de trabalho seja preservada, preservando a renda do trabalhador. Como é que você preserva a renda do trabalhador? Colocando a inflação na meta, permitindo que ele tenha uma inflação baixa, uma inflação não seja um tema na vida das pessoas.”

    Com o argumento, Galípolo defendeu a decisão do Copom de manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15%. A taxa é considerada alta pelo governo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, espera que o cenário seja melhor em 2026 e que possa haver uma queda na taxa. 

    A Selic é o principal instrumento do Banco Central para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter o impulso que a demanda aquecida provoca no aumento de preços. Os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, freando a atividade econômica. Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    “O papel do, do banqueiro central é um pouco mais difícil do que de outras autarquias e secretarias, porque às vezes ele tem que desagradar um pouquinho, né?”, comentou Galípolo, que reforçou que os indicadores de emprego e salário reforçam que a atuação do BC tem sido acertada: “Dá mais convicção de que o caminho é esse mesmo e é o que deve ser feito”.

    Banco Central prevê crescimento do PIB de 1,5% em 2026

  • Líder do PL viaja aos EUA e deve encontrar Eduardo em momento de impasse sobre anistia

    Líder do PL viaja aos EUA e deve encontrar Eduardo em momento de impasse sobre anistia

    Sóstenes Cavalcante viajou dois dias após ter encontrado com Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar; bolsonaristas defendem que Eduardo reduza tom de ataques para avançar com anistia no Congresso

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), viajou aos Estados Unidos nesta semana e deverá se reunir com o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), segundo dois aliados do parlamentar. Ele viajou dois dias após ter encontrado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está em prisão domiciliar.

    Além disso, o encontro com Eduardo ocorrerá num momento em que há um impasse sobre o projeto de lei que dá anistia aos condenados pelos atos golpistas, após novas sanções do governo de Donald Trump a autoridades brasileiras e seus familiares.

    Nesta semana, o governo americano incluiu Viviane Barci de Moraes, mulher do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o instituto que pertence à família do magistrado na lista de sancionados pela Lei Magnitsky.

    Essa nova ofensiva impediu o avanço de qualquer discussão sobre anistia ou redução de penas nesta semana, e integrantes do centrão defenderam adiar essas negociações. Até mesmo deputados bolsonaristas se queixaram da atuação de Eduardo no exterior. Eles avaliam que essas sanções dificultarão a aprovação de anistia no Congresso.

    Esses mesmos políticos defendem que Eduardo reduza o tom dos ataques. Uma das missões de Sóstenes nesse encontro seria também demover o parlamentar de tentar sancionar o comandante do Exército, o general Tomás Paiva. Após circularem informações de que isso poderia ocorrer, membros da Força procuraram o líder do PL para pedir que ele atuasse como bombeiro nessa questão.

    Desde a aprovação da urgência do projeto de lei na Câmara, Eduardo tem feito uma série de publicações nas redes dizendo que os aliados de Bolsonaro não devem apoiar qualquer texto que não trate de anistia. Como a Folha mostrou, aliados do ex-presidente dizem que ele estaria de acordo com um projeto de redução de penas, contanto que houvesse a garantia da manutenção da prisão domiciliar.

    De acordo com um interlocutor do líder do PL, ele viajou sob o pretexto de encontrar familiares que moram nos Estados Unidos e para participar de um evento na ONU. A assessoria do parlamentar afirmou à reportagem que ele está em missão oficial, mas não há registros disso no site da Câmara. Sóstenes foi procurado, mas não respondeu.

    Líder do PL viaja aos EUA e deve encontrar Eduardo em momento de impasse sobre anistia

  • Skaf monta conselho com Moro, Temer, Tereza Cristina e Campos Neto

    Skaf monta conselho com Moro, Temer, Tereza Cristina e Campos Neto

    Nova gestão da Fiesp só assume em janeiro, quando novo presidente começará seu quinto mandato; primeiro reunião do grupo foi marcada por críticas ao governo, ao nível alto de gastos e juros

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente eleito da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, apresentou nesta quinta-feira (25) em São Paulo os integrantes dos 16 conselhos superiores da entidade.

    Na lista estão ex-ministros do governo de Jair Bolsonaro (PL), como a senadora Tereza Cristina (PP-MS, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), o vice-chairman do Nubank Roberto Campos Neto (Banco Central), o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil-PE, da Educação), o senador Sérgio Moro (União Brasil-PR, Justiça e Segurança Pública) e Joaquim Pereira Leite, o Juca, que foi ministro do Meio Ambiente.

    O ex-presidente Michel Temer (MDB) comandará o Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política. Skaf assume em janeiro seu quinto mandato à frente da entidade. No dia de sua eleição, no início de agosto, o empresário já havia anunciado o diplomata Roberto Azevêdo, ex-diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), para o Conselho de Comércio Exterior.

    Nesta quinta, Azevêdo disse a uma sala com dezenas de diretores da Fiesp que o tarifaço imposto por Donald Trump às exportações brasileiras deixou claro como o setor privado esteve ausente no exterior. “Não estou falando de estar ausente em países médios, estou falando dos Estados Unidos. Em um momento de crise, não temos os caminhos e os canais prontos para atuar”, afirmou.

    Para Azevêdo, qualquer a negociação entre Trump e o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será “diferente de tudo o que já se viu” e bastante unilateral.

    A nova gestão da Fiesp só será empossada em janeiro e, por isso, a primeira reunião dos conselhos superiores foi realizada em um hotel no bairro dos Jardins, em São Paulo.

    Nos anos em que esteve à frente da entidade, Skaf levou a Fiesp mais à direita, com apoio explícito ao ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente condenado a 27 anos de prisão pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

    A volta do empresário ao comando da entidade marca novo período de inflexão política da entidade, como muitos de seus integrantes próximos a Bolsonaro e alinhados à direita. Skaf defendeu que os escolhidos para os conselhos superiores são “pessoas brilhantes nas suas áreas” e que todos tem “visão liberal e de centro-direita”.

    “Nós reunimos as melhores cabeças com visão liberal, traçando um plano para trabalhar a favor do Brasil e buscar soluções para novos e antigos problemas”, afirmou. “Não importa se participou de governo aqui ou ali.”

    O presidente eleito da Fiesp disse também que tem conversado com os presidentes da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para que as Casas indiquem parlamentares das comissões de economia e que participarão de reuniões da federação.

    O atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, é próximo de Lula e chegou a ser convidado a assumir o Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). Ele foi indicado por Skaf para sucede-lo, mas os dois não chegaram a compor o mesmo grupo. O estilo mais reservado de Josué gerou uma onda de insatisfação entre diretores que chegaram a articular sua deposição e a rebelião só foi encerrada com a intervenção direta de Skaf.

    Na gestão Josué, ministros como Fernando Haddad, da Fazenda, Simone Tebet, do Planejamento, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é titular da Indústria, estiveram em reuniões com a diretoria da Fiesp.

    Nesta quinta, as críticas ao governo Lula estiveram em boa parte dos discursos, mesmo sem o presidente ter sido citado.

    Campos Neto disse que o momento de grande polarização política leva à erosão das instituições e fez críticas ao que considerou ser o desequilíbrio da situação fiscal, com aumento de gastos públicos, elevação de impostos e baixa produtividade.

    “Precisamos de menos estímulo de demanda. É uma solução de curto prazo tentadora, mas deixa uma conta de redução de eficiência.”

    À frente do Conselho Superior da Indústria da Construção, Flávio Amary, que foi secretário de Habitação da gestão João Doria (2019-2022), criticou o aumento de impostos e, ao citar o projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda a R$ 5.000 mensais, defendeu que se tratava apenas de “correção da tabela”, mas que isso não poderia ser feito com o aumento para a outra ponta.

    Na quarta, a Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou de maneira terminativa um projeto com texto igual ao enviado pelo governo Lula -para cobrir o gasto com o aumento da isenção é criada uma alíquota mínima efetiva de 10% para quem tem renda anual acima de R$ 1,2 milhão.

    Entre os discursos de seus futuros conselheiros, Skaf fez pequenos comentários. Lembrou, por exemplo, que “neste ano já tivemos aumento de impostos com o IOF” e criticou o Judiciário, que derrubou o projeto aprovado por Câmara e Senado que retirava a elevação das alíquotas. “O Congresso votou massivamente contra aumento de impostos e o Judiciário derrubou”, disse. Para ele, a decisão deixa o “equilíbrio entre os Poderes abalado.”

    Quando terminar o novo mandato, Skaf terá ficado 20 anos liderando a entidade que reúne os sindicatos industriais do maior estado brasileiro, em um momento de pressão sob o setor com tarifaço para exportação e juros altos.

    Para muitos, a Fiesp perdeu representação enquanto ele a comandava por ter misturado a própria imagem com a da federação, que teria virado uma plataforma para suas aspirações eleitorais. Da entrega no Congresso de um abaixo-assinado em carrinhos de supermercado contra a continuidade da CPMF ao exército de patos colocado em marcha contra a então presidente Dilma Rousseff (PT), viu-se, mais que formas de protesto, intervenções midiáticas centradas na figura de Skaf, projetando-o nacionalmente.

    O ex-presidente da federação também tem aspirações eleitorais e chegou a ser candidato ao governo de São Paulo pelo MDB em 2018 e 2014. Em 2022, filiou-se ao Republicanos, mesmo partido do governador Tarcísio de Freitas.

    QUEM SERÃO OS CONSELHEIROS SUPERIORES DA FIESP A PARTIR DE JANEIRO

    Conselho Superior do Agronegócio (Consag)
    Tereza Cristina (PP-MS), senadora, foi ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento na gestão Bolsonaro

    Conselho Superior de Assuntos Jurídicos (Conjur)
    Ellen Gracie, jurista, foi-ministra e presidente do Supremo Tribunal Federal

    Conselho Superior de Comércio Exterior (Coscex)
    Roberto Azevêdo, diplomata, foi diretor-geral da Organização Mundial do Comércio

    Conselho Superior da Cultura (Concultura)
    André Sturm, cineasta, gestor cultural, foi diretor do Museu da Imagem e do Som e secretário municipal de Cultura em São Paulo nas gestões João Doria e Bruno Covas

    Conselho Superior de Desenvolvimento Sustentável (Condes)
    Joaquim Alvaro Pereira Leite, conhecido como Juca, foi ministro do Meio Ambiente no governo Bolsonaro

    Conselho Superior de Educação (novo)
    José Mendonça Bezerra Filho (União Brasil-PE), deputado Federal, foi ministro da Educação no governo Bolsonaro

    Conselho Superior de Economia (Cosec)
    Roberto Campos Neto, economista, ex-presidente do Banco Central, vice-chairman do Nubank

    Conselho Superior de Estudos Nacionais e Política (Cosenp)
    Michel Temer (MDB-SP), advogado e ex-presidente do Brasil

    Conselho Superior da Indústria da Construção (Consic)
    Flavio Amary, ex-secretário da Habitação do governo João Doria, foi presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-SP)

    Conselho Superior de Infraestrutura (Coinfra)
    Marcos Lutz, engenheiro e presidente do Grupo Ultra

    Conselho Superior de Inovação e Competitividade (Conic)
    Sylvio Gomide, empresário, presidente da Comissão Especial de Inteligência Artificial- Políticas Públicas e Empresariais

    Conselho Superior da Micro, Pequena e Média Indústria (Compi)
    Wilson Poit, empresário, ex-superintendente do Sebrae-SP, foi secretário de desestatização de São Paulo

    Conselho Superior de Relações do Trabalho (Cort)
    Maria Cristina Mattioli, advogada, foi desembargadora do Tribunal Regional do Trabalho

    Conselho Superior de Responsabilidade Social (Consocial)
    Raul Cotait, médico, foi secretário de Saúde da cidade de São Paulo

    Conselho Superior da Saúde (Consus)
    José Medina, médico, professor titular de Nefrologia na Unifesp e diretor-superintendente do Hospital do Rim

    Conselho Superior da Segurança (novo)
    Sergio Moro, senador e ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil

    Skaf monta conselho com Moro, Temer, Tereza Cristina e Campos Neto

  • Marinho defende mobilização popular como pressão contra escala 6 por 1

    Marinho defende mobilização popular como pressão contra escala 6 por 1

    Organizações e movimentos sociais realizaram atos contra o projeto de Anista aos golpistas de 8/1 e a PEC da Blindagem, que buscava dar ao congresso a prerrogativa de autorizar abertura de processos contra parlamentares

    O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, voltou a defender, nesta quinta-feira (25), o fim da escala 6 por 1, durante entrevista ao programa Bom Dia, Ministro, produzido pelo Canal Gov. Na ocasião, Marinho destacou que a pressão do povo, por meio de manifestações, a exemplo do que aconteceu com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, cujo arquivamento só foi possível graças à mobilização popular. 

    Para o ministro, esse tipo de ação será fundamental para acabar com aquela que, segundo ele, é “a mais cruel das escalas”, na qual o trabalhador tem direito a apenas um dia de descanso semanal. França, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Holanda, Islândia são alguns dos países que implementaram ou estão implementando jornadas menores do que a de 6 por 1 ou de 44 horas semanais.

    Marinho sugeriu aos eleitores acompanharem posicionamento dos atuais parlamentares, no Congresso Nacional, sobre o tema, para saber “quem merece ter seu mandato renovado e quem merece ser substituído”, nas próximas eleições. 

    Mais cruel

    “A escala 6 por 1 é, de fato, a mais cruel que existe, especialmente para as mulheres. Então o momento é de renovar”, disse o ministro ao lembrar que vários países já extinguiram esse tipo de jornada de trabalho.

    “O governo brasileiro torce para um final feliz em relação à redução da jornada máxima do Brasil, hoje de 44 horas semanais, para 40 horas semanais sem prejuízo para a economia. Essa jornada é especialmente cruel para as mulheres e para a nossa juventude, que vem rechaçando esse sistema de jornada, cobrando do empresariado e das autoridades brasileiras uma adequação”, acrescentouA proposta de alteração da escala 6 por 1 está tramitando no Congresso Nacional que, segundo ele, costuma ter outras prioridades, não necessariamente em favor dos trabalhadores.

    Manifestações

    Luiz Marinho disse torcer para que mobilizações e manifestações como as contrárias à anistia e à blindagem de parlamentares continuem.

    “É importante manter a mobilização porque, se deixar o parlamento brasileiro livre, leve e solto, só vem prejuízo para classe trabalhadora. Ele [o Congresso Nacional] só vai dar jeito com muita pressão, como foi o caso, agora, em que a PEC da Blindagem foi enterrada”.

    “Se amenizar, esse perfil do Congresso que temos não atenderá a essa reivindicação. No que depender do governo, [os trabalhadores] terão nosso apoio para acabar com a jornada 6 por 1”, completou.

    Marinho defende mobilização popular como pressão contra escala 6 por 1

  • Motta desautoriza Paulinho e diz que votação de Imposto de Renda não depende de anistia

    Motta desautoriza Paulinho e diz que votação de Imposto de Renda não depende de anistia

    O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) teria dito que se o texto da anistia não for votado com apoio do PT, que o projeto da isenção do Imposto de Renda também não seria votado

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou, nesta quinta-feira (25), que a votação da ampliação da isenção do Imposto de Renda, prevista para quarta-feira (1º), não depende da votação do projeto de redução de penas aos condenados por golpismo, como afirmou o relator do texto, Paulinho da Força (Solidariedade-SP).

    Paulinho havia dito, nesta quarta (24), que não votar o projeto que beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os presos do 8 de Janeiro poderia prejudicar a análise do projeto do IR, que é prioridade para o governo Lula (PT). A proposta estende a isenção do IR para quem ganha até R$ 5.000.

    “Entendemos que a matéria [do IR] está madura. Já anunciamos a pauta para a próxima quarta-feira, independentemente de qualquer outra matéria. Não há vinculação da matéria do Imposto de Renda com qualquer outra. Essa associação foi feita de maneira incorreta”, disse Motta no plenário.

    Paulinho afirmou que acertaria com Motta o calendário de votação do projeto de redução de penas. “Acho que tudo leva a crer que é possível votar na próxima terça-feira (30). […] Acho até que, se não votar isso, não vai votar o IR”, declarou o relator à imprensa, ao lado do líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), após se reunir com a bancada do partido para tratar da redução de penas.

    Deputados petistas viram a fala do relator como uma espécie de chantagem, mas descartaram votar a favor da redução de penas.

    Motta desautoriza Paulinho e diz que votação de Imposto de Renda não depende de anistia

  • Joesley Batista teve encontro com Trump semanas antes de aceno a Lula

    Joesley Batista teve encontro com Trump semanas antes de aceno a Lula

    A carne bovina brasileira é alvo de uma tarifa de 50% aplicada por Trump; interlocutores se dizem otimistas com a possível inclusão das carnes brasileiras na lista de produtos isentos do tarifaço

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O empresário Joesley Batista, um dos donos da gigante de carnes JBS, foi recebido em audiência pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, semanas antes do aceno do republicano ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Assembleia-Geral da ONU.

    De acordo com quatro pessoas ouvidas pela Folha, há cerca de três semanas, Joesley discutiu com Trump na Casa Branca o tarifaço de 50% aplicado pelos EUA contra produtos vendidos pelo Brasil, que afeta o setor de carne. Outro tema de interesse de Joesley tratado na reunião foi a importação de celulose pelos EUA.

    Ainda durante o encontro, Joesley argumentou que as diferenças comerciais entre Brasil e EUA poderiam ser resolvidas por meio do diálogo entre os dois governos -numa mensagem de incentivo a uma aproximação.

    Procurada, a JBS não comentou questionamentos feitos pela Folha. A Casa Branca não respondeu a pedido de comentário.

    Como a Folha mostrou, grandes empresários brasileiros facilitaram contatos entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Em recente discurso na Assembleia-Geral da ONU, Trump disse que houve “química” entre ele e Lula e que os dois devem se encontrar em breve para tratar do tarifaço.

    A atuação de gigantes como a Embraer (empresa da qual o governo é acionista) e a JBS, de Wesley e seu irmão, Joesley, contribuiu para fortalecer, dentro da gestão Trump, a ala que defendia uma negociação focada no comércio, e não em questões políticas, entre EUA e Brasil.

    A aproximação de empresas ligadas a Joesley com Trump data do início da segunda administração do republicano.

    Marca da JBS, a Pilgrim’s Pride fez a maior doação individual de uma empresa para a cerimônia de posse de Trump: US$ 5 milhões, de acordo com relatório apresentado à Comissão Federal Eleitoral (FEC, na sigla em inglês). A empresa é uma das maiores produtoras de aves do mundo -quase 1 em cada 6 frangos nos EUA vem da Pilgrim’s, segundo site da empresa.

    A carne bovina brasileira é alvo de uma tarifa de 50% aplicada por Trump. Mas interlocutores ouvidos pela Folha se dizem otimistas com a possível inclusão do produto na lista de produtos isentos do tarifaço.

    Já a celulose, outro item que foi pauta da conversa de Joesley com o republicano, foi recentemente contemplada com um alívio por parte dos EUA.

    Em ordem executiva publicada em 5 de setembro, Trump retirou a tarifa de 10% sobre a celulose importada por seu país.

    A decisão beneficia a indústria brasileira, que exportou 2,8 milhões de toneladas do produto para o país no ano passado. Isso representa cerca de 15% das vendas de celulose (de todos os tipos) para o exterior no mesmo período.

    Com o encontro com Trump, Joesley se posicionou como o empresário brasileiro com melhor acesso ao republicano, de acordo com diferentes interlocutores ouvidos pela reportagem.

    Mas outros pesos pesados do empresariado realizaram peregrinações em Washington para tentar aproximar os dois governos e reduzir os impactos do tarifaço.

    Na semana de 11 de setembro, grandes empresários estiveram em Washington para negociar sobre as tarifas.

    Fizeram parte da comitiva Joesley, João Camargo (presidente do conselho da Esfera Brasil) e Carlos Sanchez, da EMS, entre outros.

    Eles se reuniram no Congresso com parlamentares republicanos, como Maria Elvira Salazar -deputada próxima do secretário de Estado, Marco Rubio-, além de outros integrantes da equipe de Trump.

    Parte do grupo também teve encontro com Susie Wiles, chefe de gabinete do presidente americano e uma das principais assessoras do republicano.

    Na semana anterior, a CNI (Confederação Nacional da Indústria) havia ido a Washington para uma reunião com o vice-secretário de Estado, Christopher Landau, além de encontros com o USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) e com o Departamento de Comércio. Os empresários também acionaram grupos de lobby nos EUA, compostos por profissionais com acesso direto ao governo.

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  • IPCA-15 acelera em setembro e fica em 0,48%, revela IBGE

    IPCA-15 acelera em setembro e fica em 0,48%, revela IBGE

    O número veio abaixo do esperado pelo mercado; a mediana do Projeções Broadcast, o IPCA-15 ficaria em 0,51% em setembro

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,48% em setembro, após ter recuado 0,14% em agosto, informou nesta quinta-feira, 25, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O número veio abaixo do esperado pelo mercado. Segundo a mediana do Projeções Broadcast, o IPCA-15 ficaria em 0,51% em setembro. As projeções iam de alta de 0,40% a 0,60%.

    Com o resultado, o IPCA-15 registrou um aumento de 3,76% no acumulado do ano. Em 12 meses, a alta foi de 5,32%, ante taxa de 4,95% até agosto.

    Os preços de Transportes caíram 0,25% em setembro, após queda de 0,47% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,05 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,48% no mês.

    Os preços de combustíveis tiveram queda de 0,10% em setembro, após recuo de 1,18% no mês anterior. A gasolina caiu 0,13%, após ter registrado queda de 1,14% em agosto, enquanto o etanol avançou 0,15% nesta leitura, após queda de 1,98% na última.

    O Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, calcula o impacto de cada grupo no IPCA-15 com base na variação mensal e no peso mensal disponíveis no Sistema IBGE de Recuperação Automática (Sidra). O resultado pode ter divergências pontuais com o impacto divulgado pelo IBGE, que considera mais casas decimais do que as disponibilizadas publicamente na taxa de cada item.

    Os preços de Alimentação e bebidas caíram 0,35% em setembro, após queda de 0,53% em agosto. O grupo deu uma contribuição negativa de 0,08 ponto porcentual para o IPCA-15, que subiu 0,48% no mês.

    Entre os componentes do grupo, a alimentação no domicílio teve queda de 0,63% em setembro, após ter recuado 1,02% no mês anterior. A alimentação fora do domicílio subiu 0,36%, ante alta de 0,71% em agosto.

    IPCA-15 acelera em setembro e fica em 0,48%, revela IBGE