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  • Camex autoriza Itamaraty a levar tarifaço de Trump à OMC

    Camex autoriza Itamaraty a levar tarifaço de Trump à OMC

    Medida publicada no Diário Oficial desta terça (5) permite que o Ministério das Relações Exteriores recorra ao órgão internacional

    O Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex) autorizou o Ministério das Relações Exteriores a acionar o mecanismo de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre as medidas tarifárias impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros.

    A resolução, assinada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU).

    Nesta segunda-feira, 4, Alckmin já havia adiantado a aprovação da consulta pelo órgão. “O presidente Lula agora vai decidir quando fazê-lo e como fazê-lo”, acrescentou. A medida, contudo, tende a ter caráter simbólico, dado que o órgão de apelação da OMC está inativo pela falta de indicação do membro americano.

    Camex autoriza Itamaraty a levar tarifaço de Trump à OMC

  • Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Mulher de ministro seria próxima a ser atingida por Lei Magnistky; punição não deve sair nos próximos dias

    WASHINGTON, DC, E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Aliados de Jair Bolsonaro (PL) esperam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acelere a aplicação de sanções contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e familiares após a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Uma pessoa com acesso às tratativas em Washington diz que a inclusão da esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na lista de sancionados pela Lei Magnistky está encaminhada e já tinha previsão de sair nas próximas semanas, antes mesmo da detenção de Bolsonaro.

    A inclusão, porém, ainda precisa ser fundamentada e, por isso, não deve sair nos próximos dias.

    Moraes foi sancionado na semana passada com base nesta lei. A norma é usada para punir quem comete graves violações de direitos humanos e já foi usada contra ditadores no passado.

    O secretário de Estado, Marco Rubio, afirma que Moraes cometeu abusos ao autorizar detenções preventivas injustas e ao tomar decisões que, segundo ele, minam a liberdade de expressão.

    A Lei Magnistky prevê que pode ser incluído no rol de sancionados quem colaborar com as condutas condenadas pelos EUA.

    A pessoa punida recebe uma sanção da Ofac, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

    Por meio da decisão, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.

    A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo. Os efeitos para as transações de Moraes em reais no Brasil ainda estão sob análise dos bancos.

    Além de Viviane, bolsonaristas dizem que outros ministros do Supremo também podem ser punidos.

    Politicamente, bolsonaristas contam com o governo de Trump para fazer frente ao cerco ao STF, ampliando as sanções contra autoridades brasileiras.

    Na noite desta segunda, o governo Donald Trump disse condenar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que responsabilizará aqueles que ajudarem “condutas sancionadas” do magistrado.

    O posicionamento foi feito por meio de post no X (ex-twitter) na página do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana.

    “O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a mensagem.

    “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”, continua o texto.

    O ex-apresentador Paulo Figueiredo afirmou, antes da ordem de Moraes, que poderia haver uma trégua por parte dos Estados Unidos nos próximos dias.

    O plano era aguardar a repercussão das retaliações americanas ao Brasil na classe política e medir o avanço de medidas, como a anistia a bolsonaristas -principal demanda de Figueiredo e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente que foi aos EUA articular medidas contra autoridades do STF.

    A pretensão foi frustrada pela decisão de Moraes de impor a prisão domiciliar a Bolsonaro. O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato.

    No telefonema, o ex-presidente disse: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou.
    Em nota, a defesa de Bolsonaro afirma que foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, questionou o entendimento de Moraes e anunciou que vai recorrer.

    “O ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida”, diz o texto, assinado pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser. “Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que ‘em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos’. Ele seguiu rigorosamente essa determinação”.

    A nota continua: “A frase ‘Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’ não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso.”.

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

  • Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4), devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares

    Um levantamento da Quaest mostra que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dividiu-se em menções favoráveis e contrárias ao decreto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Segundo a pesquisa, 53% das menções ao episódio nas redes foram favoráveis à prisão, enquanto 47% foram contra.

    O volume de menções passou de 1,16 milhão, segundo o levantamento, em uma média de 51 mil menções por hora, totalizando mais de 401 mil autores únicos. A Quaest realizou a coleta dos dados às 21h desta segunda-feira, 4.

    Além do maior volume de menções, as publicações favoráveis à prisão domiciliar do ex-presidente apresentaram maior engajamento e fragmentação, o que indica, segundo a pesquisa, uma reação mais orgânica.

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares. Desde 18 de julho, o ex-presidente está submetido a cinco medidas cautelares, entre as quais proibição de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Neste domingo, 3, Bolsonaro apareceu em um vídeo publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A publicação foi removida. Antes, o ex-presidente já havia descumprido a cautelar ao discursar a apoiadores na Câmara.

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

  • Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    O governo norte-americano insiste em atacar a soberania do Brasil e usa as redes sociais para propagar mensagens contra o sistema judiciário brasileiro com apoio de bolsonaristas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Jason Miller, conselheiro central na campanha eleitoral de 2024 do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou neste domingo (3) no X (antigo Twitter) uma imagem em que um manifestante posa com algemas nas mãos e usa uma máscara em alusão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

    Miller afirmou nas redes que a imagem é um registro de cenas da manifestação bolsonarista em Fortaleza a favor do impeachment do ministro. A manifestação do conselheiro ocorreu horas antes de Moraes decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4).

    No domingo (3), políticos aliados de Jair Bolsonaro (PL) fizeram protestos em cidades do país a favor do ex-mandatário e contra Moraes. A oposição também pressiona o Senado pelo andamento de um pedido de impeachment contra o magistrado, considerado o principal alvo do bolsonarismo.

    O cerco contra Moraes aumentou depois que Trump anunciou uma sanção econômica ao ministro via Lei Magnitsky alegando violação à liberdade de expressão e perseguição política contra Bolsonaro e aliados.

    O ato foi usado pela oposição ao governo Lula (PT) como combustível para aumentar a pressão contra o magistrado, que é relator na ação penal no STF que investiga a tentativa de golpe de 2022. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Jair Bolsonaro teria liderado a intentona golpista.

    Miller também fez uma postagem dizendo que Trump “está certo sobre o Brasil” e que o STF se tornou a mais poderosa instituição no país. “Ela investiga, acusa, censura e legisla. Agora está agindo como juiz, juri e executor”, afirmou nas redes.

    Ele também fez postagens com cenas de manifestações bolsonaristas fazendo apologia ao governo Trump e pedindo aos Estados Unidos ajuda para intervir no país.

    Em outro momento, Miller repostou publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre os protestos a favor do impeachment de Lula e de Moraes.

    As imagens publicadas por Miller trazem cenas de manifestações identificadas como sendo de Minas Gerais, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo, bem como homenagem a Clezão, réu pelos ataques do 8 de Janeiro morto na Papuda.

    Em outra publicação, Miller posta foto de um manifestante com um cartão de crédito identificado como “cartão Magnitsky”. O cartão tem a foto de Moraes e tem escrito as frases “Fora, Lula” e “Xandão do Império Supremo”.

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

  • Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

    Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

    “Dá para levar a sério um país onde existe prisão domiciliar?”, questionou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em pelo menos duas ocasiões, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o instituto da prisão domiciliar, afirmando ser uma pena leve demais.

    Em postagem de março de 2018, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postou: “Dá para levar a sério um país onde existe prisão domiciliar?”.

    “O condenado é carcereiro dele mesmo!!! Se não conseguem nem monitorar as tornozeleiras eletrônicas quem dirá cada preso em seu domicílio. A lei de execuções penais e CPP [Código de Processo Penal] precisam ser revisados urgentemente!!!”, escreveu o filho do ex-presidente no então Twitter, hoje X.

    Antes, em 2017, disse que a prisão domiciliar beneficia “ladrão amigo do rei” que seria deslocado das prisões para “mansão”.

    “Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar”, postou no Twitter.

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Bolsonaro, presidente do Brasil entre 2019 e 2022 e réu em processo sobre uma trama golpista no final de seu governo.

    No domingo (3), durante atos por anistia a réus da trama golpista, Bolsonaro apareceu em vídeos exibidos por apoiadores. O ex-presidente estava proibido de usar redes sociais, mesmo que intermédio de outras pessoas.

    Moraes proibiu visitas na prisão domiciliar, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares pelo ex-presidente, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva.

    O ex-presidente estava proibido de acessar redes sociais e de falar com Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e cuja atuação para o governo Trump levantar sanções contra o Brasil é investigada pela Polícia Federal.

    Em nota após a decretação da prisão domiciliar, Eduardo chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de “psicopata descontrolado” e disse que a determinação não o surpreendeu.

    Nas redes sociais, o filho do ex-presidente também fez um post em inglês no qual afirma que o pai foi preso sem julgamento e que a ordem tem o objetivo de “silenciar o líder da oposição”.

    “Meu pai, Jair Bolsonaro, foi preso hoje por apoiar, de sua própria casa, o povo brasileiro que saiu às ruas para se manifestar contra os abusos do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. E porque eu e meus irmãos postamos fotos dele”, afirmou.

    Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

  • Haddad diz ver possibilidade de acordo sobre mineração entre Brasil e EUA

    Haddad diz ver possibilidade de acordo sobre mineração entre Brasil e EUA

    O governo Trump já sinalizou que o acesso a itens da mineração será um componente central de sua politica externa e tem demonstrado isso na relação com diferentes países, como Ucrânia, China e o próprio Brasil

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou nesta segunda-feira (4) que vê a possibilidade de Brasil e Estados Unidos chegarem a um acordo relacionado à mineração. Para ele, é possível avançar na pauta bilateral por meio da ampliação das trocas comerciais e também em interesses estratégicos.

    “Em se tratando da maior economia do mundo, o Brasil pode participar mais do comércio bilateral. E sobretudo de investimentos estratégicos. Temos minerais críticos e terras raras. Os EUA não são ricos nesses minerais. Nós podemos fazer acordos de cooperação, para produzir baterias mais eficientes. Na área tecnológica temos muito aprender e ensinar”, disse em entrevista à BandNews.

    Estudos do governo brasileiro apontam que o aumento da demanda por baterias, por causa dos investimentos globais em transição energética e substituição de combustíveis fósseis, significa maior extração e mineração de minerais estratégicos -particularmente lítio, cobalto, níquel e grafite. De acordo com levantamentos monitorados pelo Executivo, esses materiais podem ter lacunas de oferta até 2030.

    O governo Trump já sinalizou que o acesso a itens da mineração será um componente central de sua politica externa e tem demonstrado isso na relação com diferentes países, como Ucrânia, China e o próprio Brasil. No mês passado, o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar, afirmou que o governo americano tem interesse nos materiais críticos em solo brasileiro.

    Haddad mencionou a possibilidade de um acordo dessa natureza quando disse ser necessário despolitizar o debate com os EUA e negociar no âmbito comercial. Ele defendeu que há forças políticas querendo que o país seja governado por quem quer entregar riquezas nacionais -citando inclusive as terras raras, conjunto de 17 elementos usados em uma gama de setores (como o da indústria bélica).

    Em outro momento, Haddad disse que os EUA precisam aumentar a presença no Brasil e transferir conhecimento. “Há soluções de benefício mútuo que estamos perseguindo não agora, mas desde que o presidente Lula tomou posse”, disse.

    Estamos há mais de dois anos sentados com as autoridades americanas, dizendo a eles ‘vocês têm que voltar a investir na América do Sul, vocês estão se retirando da América do Sul, vocês têm que voltar a investir, voltar a gerar emprego, transmitir tecnologia. Para nós é importante a integração do continente americano. Então, a presença de vocês é bem-vinda, é necessária’”, afirmou.

    Haddad também afirmou que o Pix é uma solução brasileira que pode ser exportada a outros países. “É uma tecnologia desenvolvida ao longo de pouco mais de dez anos e que hoje é referência mundial. Nós não somos o único detentor dessa tecnologia. Há alternativas, mas o Brasil largou na frente em moeda digital. Então, para quem está com medo de cripto, para quem está com medo de desdolarização, nós temos uma tecnologia que pode interessar, pode interessar muito ao mundo”.

    O ministro tem tentado uma conversa com Scott Bessent, secretário do Tesouro americano, apesar da dificuldade de agenda. “O secretário Bessent concentra uma quantidade enorme de acordos, são dezenas de países sob sua responsabilidade. Até semana passada ele estava na Europa […] e disse que antes de voltar aos EUA teria muita dificuldade de ter janela para uma reunião ainda que virtual comigo. Desde a semana passada, sexta-feira, eles manifestaram interesse de talvez nesta semana marcar essa reunião”, disse.

    Enquanto as tentativas de negociação prosseguem, o Brasil também deve anunciar oficialmente um programa para socorrer empresas impactadas pelo problema. De acordo com o ministro, o pacote conterá medidas de crédito e poderá ter um impacto primário nas contas públicas, embora considerado por ele como pequeno.

    O ministro afirmou que o programa conterá diferentes medidas, embora não tenha como grande foco produtores de commodities -já que esses produtos, disse, poderão ser facilmente redirecionados a outros mercados. Mesmo assim, citou a possibilidade de compras governamentais resolverem a falta de compradores no curto prazo. Segundo ele, as medidas de crédito serão companhias que produzem artigos sob medida para a indústria americana.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, o plano em elaboração pelo governo para minerais estratégicos se arrasta mesmo com a crescente demanda estrangeira pelos materiais. Representantes da gestão de Donald Trump têm demonstrado insatisfação e apontado que o tema é mais um ingrediente de desconforto na relação com a gestão Lula (PT).

    O ritmo contrasta com a urgência adotada por outros países na obtenção e no processamento de minerais críticos, aqueles essenciais para equipamentos de alta tecnologia, como nióbio, grafite (grafeno), níquel e terras raras, e cuja falta pode causar graves impactos econômicos.

    Haddad diz ver possibilidade de acordo sobre mineração entre Brasil e EUA

  • Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

    Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

    Moraes destacou na sentença que Nikolas Ferreira fez uma chamada de vídeo com Bolsonaro durante ato para impulsionar ataques contra o STF e tentar coagir os ministros e obstruir a Justiça

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A participação por telefone de Jair Bolsonaro (PL) nas manifestações, que ocorreram no domingo (3), foi decisiva para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Em sua decisão, o ministro elencou uma série de postagens dos filhos de Bolsonaro e citou a ligação em vídeo com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) como provas de que o ex-presidente burlou as medidas cautelares que lhe haviam sido impostas. Nikolas participava do protesto bolsonarista na avenida Paulista, em São Paulo.

    “O réu atendeu ligação por chamada de vídeo do Deputado Federal, NIKOLAS FERREIRA, oportunidade em que o parlamentar utilizou JAIR MESSIAS BOLSONARO para impulsionar as mensagens proferidas na manifestação na TENTATIVA DE COAGIR o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E OBSTRUIR A JUSTIÇA e com amplo conhecimento das medidas cautelares impostas […]”, diz um trecho da decisão de Moraes.

    As medidas cautelares impostas no fim de julho proibiam Bolsonaro de usar suas redes sociais ou as de terceiros, de fazer contato com embaixadores e diplomatas, e de ter contato com pessoas investigadas. Também ficou determinado que Bolsonaro teria de usar tornozeleira eletrônica, tendo também de respeitar horários de recolhimento domiciliar.

    Em sua decisão, Moraes mostra de que maneira Bolsonaro burlou a proibição de usar as redes sociais, anexando uma série de postagens dos filhos. Numa delas, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente aparece sentado numa cadeira, com camisa de time e tornozeleira à mostra, enquanto se dirige à multidão, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. “Palavras de Bolsonaro em Copacabana. A legenda é com vocês”, dizia a legenda.

    O ministro do STF ressaltou que Flávio apagou a postagem logo depois, em “um claro intuito de omitir o descumprimento das medidas cautelares praticado por seu pai.” Também Flávio publicou uma foto em que agradeceu, em inglês, a ajuda dos Estados Unidos. Para Moraes, o senador manifestou apoio às sanções econômicas do governo americano.

    Na decisão do ministro, há ainda uma postagem do vereador Carlos Bolsonaro (PL) incitando que seu público também siga a conta de seu pai. Segundo Moraes, os filhos de Bolsonaro protagonizaram uma ação coordenada para atacar o STF.

    “A participação dissimulada de JAIR MESSIAS BOLSONARO preparando material pré fabricado para divulgação nas manifestações e redes sociais, demonstrou claramente que manteve conduta ilícita de tentar coagir o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e obstruir a JUSTIÇA, em flagrante desrespeito as medidas cautelares anteriormente impostas”, afirma outro trecho da decisão.

    Moraes proibiu visitas na prisão domiciliar, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva. Em nota no início da noite desta segunda, a Polícia Federal informou ter cumprido, no fim desta tarde, o mandado de prisão domiciliar e de busca e apreensão de telefones celulares.

    Nas páginas iniciais do decreto, Moraes relembrou que havia pedido esclarecimentos à defesa de Bolsonaro sobre o descumprimento de medidas cautelares. O ministro lembrou o episódio em que o ex-presidente foi a público exibir a tornozeleira eletrônica e reafirmou que, em nenhum momento, o proibiu de conceder entrevistas.

    A decisão o torna o quarto ocupante do cargo máximo do país a ser preso desde a redemocratização –antes dele, já tiveram o mesmo destino Fernando Collor, Lula (PT) e Michel Temer (MDB). “Como diversas vezes salientei na presidência do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, A JUSTIÇA É CEGA, MAS NÃO É TOLA!!!!”, escreveu Moraes no decreto da prisão domiciliar de Bolsonaro.

    Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

  • Governo Trump critica Moraes e diz que vai responsabilizar quem ajudar ministro

    Governo Trump critica Moraes e diz que vai responsabilizar quem ajudar ministro

    Governo Trump volta a tentar interferir na Justiça e usa caso de Bolsonaro para atacar a soberania brasileira

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – O governo Donald Trump informou que condena a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que responsabilizará aqueles que ajudarem o magistrado.

    O posicionamento foi feito por meio de post no X (ex-twitter) na página do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana.

    “O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a mensagem.

    “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”, continua o texto.

    Governo Trump critica Moraes e diz que vai responsabilizar quem ajudar ministro

  • Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

    Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

    Ministro do STF impõe tornozeleira eletrônica e proibição de visitas após ex-presidente descumprir restrição ao uso de redes sociais por meio de aliados

    Na tarde desta segunda-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), justificando o descumprimento das medidas cautelares impostas a ele.

    Na decisão, o ministro cita que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

    Durante atos pró-Bolsonaro neste domingo (3), Flávio subiu em um trio-elétrico fez uma chamada com o pai, que fez um discurso para apoiadores. Instantes depois, o filho do ex-presidente publicou a mensagem com vídeo nas redes sociais.

    Para o ministro, a atuação do ex-presidente, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou de forma deliberada a restrição imposta anteriormente. “Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, destacou Moraes.

    Com isso, Moraes determinou que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em seu endereço residencial. A decisão inclui: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de visitas (salvo por familiares próximos e advogados) e recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.

     

     

    Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

  • Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

    Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

    O ministro disse que divergências entre magistrados não deveriam ser interpretadas como discórdias institucionais e falou na necessidade de buscar equilíbrio na autocontenção da corte para não confundir a atitude com omissão

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ministro do STF Edson Fachin chamou de “absolutamente indevida” a sanção dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes via Lei Magnitsky, que penalizou economicamente o magistrado.

    Ele chamou a ofensiva de “ameaça” já conhecida, em referência a contextos autoritários como o golpe de 1964, e falou em desafio de autocontenção para a corte sem que a ação pareça “covardia” ou omissão frente à demanda de defesa dos princípios constitucionais.

    “Eu entendo que punir um juiz por decisões que tenha tomado é um péssimo exemplo de interferência indevida. Ainda mais quando isso advém de um país estrangeiro”, afirmou.

    “Pode-se concordar ou não com as decisões de um determinado juiz. Quando não se concorda, recorre ou critica publicamente. Isso é próprio da democracia, mas punir dessa forma, ou mesmo punir internamente, juiz por decisão tomada pelo conteúdo dos efeitos políticos e ideológicos da decisão é absolutamente indevido. É algo que, no meu modo de ver, representa uma ofensa aos princípios mais comezinhos da independência e da autonomia judicial”, afirmou.

    O ministro disse que divergências entre magistrados não deveriam ser interpretadas como discórdias institucionais e falou na necessidade de buscar equilíbrio na autocontenção da corte para não confundir a atitude com omissão, dizendo que “não se pode ir tão depressa [na autocontenção] que pareça fuga, nem tão devagar que pareça covardia”.

    Ele também citou uma “nova pandemia de um autoritarismo populista global” que atinge não só tribunais do Brasil, mas também de outros países.

    A fala se deu nesta segunda-feira (4) na Fundação FHC, no centro de São Paulo, durante palestra sobre desafios na presidência da corte a partir de setembro, quando o magistrado assumirá o posto no tribunal.

    Na data, o vice do magistrado vai ser Alexandre de Moraes, relator na ação penal que investiga a trama golpista de 2022 e principal alvo do bolsonarismo.
    Um dos desafios do novo presidente vai ser enfrentar possíveis reações do campo político em caso de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), liderou a tentativa de golpe.

    O ataque à corte e a integrantes já tem episódios inéditos. Pela primeira vez, um magistrado é diretamente sancionado em razão de sua atuação no tribunal, caso de Moraes, penalizado com a Lei Magnitsky na última semana.
    No cenário com desafios à ordem democrática, Fachin falou da necessidade de autocontenção e do fortalecimento de outras instituições que não só a corte para a defesa democrática.

    Segundo ele, a necessidade de contenção se dá em contexto no qual diversos fatores deslocaram a tensão para o Judiciário, como a natureza dos temas que têm chegado ao STF.

    Ele reconheceu que a corte não é o único árbitro do jogo democrático, mas disse que ela tem papel essencial na contenção do autoritarismo.

    O caminho para uma democracia madura passa menos por concentração de poder no Supremo e mais pelo fortalecimento de outros órgãos também responsáveis por sustentar o pacto democrático”, afirmou.

    O ministro também disse que os sistemas de freios e contrapesos só funcionam em uma democracia se a lógica de cada campo é respeitada. ” À política o que é da política, ao direito o que é do direito”, afirmou.

    Em junho, Fachin completou 10 anos na corte. Ele foi empossado em 2015 depois de indicação da então presidente Dilma Rousseff (PT).

    Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF