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  • Leilão da Caixa oferece 487 imóveis a partir de R$ 18 mil

    Leilão da Caixa oferece 487 imóveis a partir de R$ 18 mil

    Podem participar pessoas físicas maiores de 18 anos, ou a partir dos 16 anos no caso de emancipados, além de pessoas jurídicas estabelecidas no território nacional. Estrangeiros também podem concorrer, desde que atendam à legislação brasileira e apresentem a documentação exigida

    (FOLHAPRESS) – A Caixa Econômica Federal terá um novo leilão com 487 imóveis residenciais, comerciais e terrenos distribuídos por 22 unidades federativas. A sessão de lotes está prevista para o dia 2 de outubro, e os descontos podem chegar a 47% em relação ao valor de mercado, segundo a plataforma Fidalgo Leilões.

    Para participar do leilão, os interessados devem se cadastrar no site Fidalgo Leilões e buscar, na página inicial, o edital 0038/0325. Também é preciso fazer um cadastro prévio no site www.caixa.gov.br/imoveiscaixa para gerar o boleto de pagamento. É também no portal que o resultado final do leilão será divulgado.

    Segundo o edital, somente são admitidos lances pagos à vista com recursos próprio e/ou à vista com recursos da conta vinculada do FGTS. O boleto de pagamento pode ser obtido no portal www.caixa.gov.br/imoveiscaixa, na opção “Meus Resultados”.

    Ao participar, o comprador deve considerar ainda que haverá uma comissão de 5% do valor total da proposta ao leiloeiro. Esse valor não está incluso no lance ofertado e seu pagamento deve ser efetuado no dia da arrematação.

    O imóvel mais barato do leilão é uma casa com dois quartos de 82 m² em Itaitinga (CE), com lance inicial de R$ 18 mil, enquanto o mais caro é um galpão de 1.189,07 m² em Nova Iguaçu (RJ), com lance inicial de R$ 1,6 milhão.

    Outros imóveis com valores de venda muito baixos incluem uma casa em Cocalzinho de Goiás (GO) de 51,12 m² por R$ 21.726,06; uma casa em Praia do Vento (PI) de 53,4 m² com lance inicial de R$ 31.041,67; e um terreno em Tarabai (SP) de 200 m² por R$ 33.983,27.

    Há também uma casa em Nova Chá de Alegria (PE) de 45 m² por R$ 36.655,46 e um terreno em Bauru (SP) de 145,2 m² por R$ 38.340,10.

    Entre as opções de valor intermediário, há um apartamento em Maceió (AL) pelo valor de R$ 107.852,22 com 44,22 m² de área privativa e dois quartos. Também no Nordeste, em Itaitinga (CE), é possível encontrar uma casa com três quartos e 81,44 m² por R$ 100.741,08.

    Em Campo Grande (MS), uma casa está sendo vendida por R$ 117.256,22 com 59,05 m². Já em Ceilândia (DF) um apartamento é vendido por R$ 139.102,55 com 49,3 m² de área privativa.

    Em Canoas (RS), um apartamento de 44,7 m² e dois quartos está sendo ofertado por R$ 113.025,32. Em Curitiba (PR), um apartamento de 40,28 m² é vendido por R$ 116.651,81.

    Em Campos do Jordão (SP) encontra-se a segunda propriedade mais cara da lista: uma casa localizada em um condomínio com três quartos e uma área de 253,34 m². O lance mínimo é de R$ 1.210.897,17.

    Em São Paulo, no bairro de Água Fria, há um apartamento também localizado em um condomínio com 119,54 m² por R$ 793.456,30.

    Ainda em São Paulo, no Jardim Vazani, há uma cobertura duplex de 141,16 m² de área privativa pelo lance mínimo de R$ 618.194,87.
    Em Petrolina (PE) há um casa pelo valor de R$ 573.582,87 com 44,05 m² de área privativa.

    Podem participar pessoas físicas maiores de 18 anos, ou a partir dos 16 anos no caso de emancipados, além de pessoas jurídicas estabelecidas no território nacional. Estrangeiros também podem concorrer, desde que atendam à legislação brasileira e apresentem a documentação exigida.

    A título de entrada, é exigido o pagamento de pelo menos 5% do valor total da proposta, mesmo nos casos em que haja utilização do FGTS.

    O pagamento da parte à vista deve ser quitada em até dois dias úteis após a homologação do resultado do leilão. Para propostas acima de R$ 500 mil pagas integralmente à vista, há prazos estendidos para o pagamento do valor remanescente (95%).

    A desistência ou o descumprimento de prazos e condições pode acarretar penalidades, como a retenção de multa equivalente a 5% do valor total da proposta, além do bloqueio provisório ou definitivo do cliente para participar de futuras aquisições de imóveis da Caixa.
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    COMO PARTICIPAR DO LEILÃO DA CAIXA?

    Acesse o site www.fidalgoleiloes.com.br
    Clique em “Cadastre-se”
    Escolha o perfil “pessoa física” ou “pessoa jurídica”
    Preencha os dados e insira os arquivos necessários
    Aceite o termo de adesão e salve o cadastro

    Será preciso aguardar a análise dos dados por parte do leiloeiro, que deverá enviar um email de confirmação ao usuário cadastrado. Após esse período, será possível habilitar-se para participar do leilão.

    Na página inicial da Fidalgo Leilões, encontre o edital 0038/0325 (https://fidalgoleiloes.com.br/leilao.php?idLeilao=3442)
    Acesse “Habilite-se aqui” ou “Habilite-se para o leilão”
    Leia o edital e clique em “Aceitar e enviar”
    Receba o email com instruções para se cadastrar no site da Caixa

    Quando estiver habilitado, o usuário poderá acessar o “Auditório virtual”, escolher os lotes desejados e clicar em “Enviar lance”, atentando-se ao valor do lance inicial, do lance atual e ao incremento mínimo necessário.

    Leilão da Caixa oferece 487 imóveis a partir de R$ 18 mil

  • Relator do 'PL da Dosimetria' vê manifestações como 'mais do mesmo'

    Relator do 'PL da Dosimetria' vê manifestações como 'mais do mesmo'

    Relator do projeto que prevê redução de penas para condenados do 8 de Janeiro descarta rever texto após protestos em capitais e afirma que relatório será entregue até quarta-feira, com expectativa de votação na Câmara já na próxima semana

    O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto que pretende reduzir penas dos condenados pela tentativa de golpe, afirmou que as manifestações deste domingo, 21, contra a anistia, não o farão mudar a proposta. A proposta que tramita em urgência, inicialmente chamada de PL (projeto de lei) da Anistia, passou a ser denominada PL da Dosimetria, pela relação com o tamanho das penas.

    “Não vi as manifestações. Foram grandes? Essas manifestações viraram mais do mesmo. Vamos nos manter firmes no nosso propósito de apresentar um relatório até terça-feira à noite ou quarta pela manhã\”, disse. O relator pretende se reunir com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em São Paulo, neste domingo, para tratar do calendário de tramitação da proposta. A expectativa é de que ela seja votada até a próxima semana.

    Paulinho tem uma bateria de reuniões para segunda e terça-feira, em Brasília, quando pretende se reunir com a maior parte dos líderes partidários, de governo e oposição, para discutir o texto. “Estamos convencidos de que reduzir as penas pode pacificar o País, na medida que atenderemos a maioria da população”, afirmou Paulinho. O relator já afirmou que uma anistia “ampla, geral e irrestrita” está fora de cogitação. O caminho é oferecer alguma redução de pena, inclusive para o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado a mais de 27 anos de prisão.

    O PL do ex-presidente Bolsonaro é contra uma redução de penas sem anistia aos condenados por tentar um golpe de Estado e por participação nos ato de 8 de Janeiro. Já o PT e forças governistas são contra aliviar as condenações impostas pelo Poder Judiciário nesses casos.

    Com as manifestações realizadas em pelo menos dez capitais, governistas acreditam que a tramitação de propostas como a da anistia e PEC da Blindagem vão perder tração.

    Relator do 'PL da Dosimetria' vê manifestações como 'mais do mesmo'

  • Prisão e julgamento de Bolsonaro tensionam direita e devem levar STF para debate eleitoral

    Prisão e julgamento de Bolsonaro tensionam direita e devem levar STF para debate eleitoral

    Cientistas políticos veem a movimentação das últimas semanas a favor da anistia e de embate com o STF como um efeito da disputa da direita pela herança dos votos e do apoio de Bolsonaro. Fazem a ressalva, contudo, que para conquistar votos do eleitor de centro e de direita mais moderado, o passo é arriscado

    FOLHAPRESS) – Integrantes do mundo político, sobretudo do bolsonarismo, avaliam que é provável que o STF (Supremo Tribunal Federal) surja nos discursos de candidatos em 2026, enquanto ministros do Supremo veem um ano de turbulências para o Judiciário, com o possível aumento dos ataques.

    Tudo isso graças à Jair Bolsonaro (PL), que foi condenado, ao lado de aliados e militares, por liderar tentativa de golpe, algo inédito na história do Brasil. Já em prisão domiciliar após descumprimento de medidas cautelares, a pena do ex-presidente de 27 anos e três meses pode ainda ser cumprida em regime fechado.
    Ainda que a condenação estivesse prevista, ela elevou a pressão sobre a direita, que agora sonha em livrar o ex-presidente penalmente, reconquistar o Palácio do Planalto e alcançar a maioria nas duas casas do Congresso para impor derrotas ao Judiciário. Com isso, devem arrastar o STF para o debate eleitoral em 2026.

    Cientistas políticos veem a movimentação das últimas semanas a favor da anistia e de embate com o STF como um efeito da disputa da direita pela herança dos votos e do apoio de Bolsonaro. Fazem a ressalva, contudo, que para conquistar votos do eleitor de centro e de direita mais moderado, o passo é arriscado.

    Apostam também que dificilmente o tema será explorado na campanha presidencial, mas sim por candidatos bolsonaristas na Câmara e no Senado.

    No Congresso, a pauta anti-STF será prioridade dos candidatos de direita, sobretudo ao Senado. Como a Folha de S.Paulo mostrou, Bolsonaro priorizará a eleição ao Congresso “para ter mais poderes que o próprio presidente”, e candidatos que postularem seu apoio deverão apoiar o impeachment de ministros do STF, sobretudo de Alexandre de Moraes.

    Entre candidatos de esquerda, há dúvida ainda se será possível tirar a corte do debate eleitoral. Não é esta a discussão que parlamentares e integrantes dos partidos de esquerda querem ter, mas se a direita tiver sucesso em pautá-la, será preciso fazer frente a isso.

    Pré-candidatos da direita, por sua vez, desejosos de herdar o espólio bolsonarista nas urnas, se veem no dilema de conquistar o eleitorado mais radical e de, ao mesmo tempo, não fechar as portas com os grupos mais moderados.

    A condenação do principal líder político do grupo, Bolsonaro, fez com que todos os governadores de direita declarassem apoio ao projeto de anistia no Congresso, que pode livrar o ex-presidente da cadeia.

    Fez ainda Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, não apenas entrar na articulação política para o texto avançar na Câmara, como subir o tom contra Moraes na última manifestação de 7 de Setembro.

    O governador, visto como mais moderado, chamou o magistrado de tirano. Auxiliares classificaram as declarações como um desabafo, outros como gesto para a militância, mas todas as alas do bolsonarismo aplaudiram o provável sucessor do espólio do ex-presidente.

    A defesa da anistia -seja ampla, geral e irrestrita ou por meio de redução de penas- virou condição para partidos integrarem frente de direita que buscam articular para 2026 com os governadores, sobretudo em torno de Tarcísio. O tema surgiu num jantar da federação PP-União Brasil no mês passado.

    Entre ministros do Supremo, está precificado que o ano eleitoral será de turbulências para o Judiciário, com o possível aumento dos ataques. Essa é uma das razões usadas por Moraes e outros membros do tribunal para a manutenção do inquérito das milícias digitais para 2026.

    Parte dos ministros faz contas sobre o possível aumento da bancada bolsonarista no Senado. Espera-se a eleição de uma maioria conservadora, com cerca de 10 a 12 radicais.

    A leitura majoritária no STF é que mesmo uma mudança na composição do Senado não deve causar o impeachment de ministros, como sugerem apoiadores do ex-presidente, por causa da força de parlamentares do centrão no Congresso -estes, sim, com maior trânsito no Judiciário.

    A cientista política Carolina de Paula, que coordena o projeto “Monitor do Debate Público” do Instituto de Estudos Sociais e Políticos da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), avalia que a pauta anti-STF deve aparecer mais nas campanhas de candidatos a deputado federal e, em menor proporção, ao Senado.

    Já no caso de candidatos a presidente e governador, ela vê como improvável que esse discurso incisivo de embate com a corte e de defesa do impeachment de ministros apareça. “Posições mais radicalizadas nesse sentido, para fechar o STF, contra ministros, xingando ministros, não é uma postura que tende a agradar o eleitor de direita e de centro menos radical”, diz.

    Para ela, a conduta de Tarcísio nas últimas semanas em favor da anistia e com críticas a ministros já teria sido uma manobra bastante arriscada em termos de opinião pública. Ela acredita, porém, que seria algo passageiro. “No momento que ele vira Tarcísio, o candidato, eu acredito que ele muda de postura.”

    Também o cientista político André Borges, professor da UnB (Universidade de Brasília) e organizador do livro “Para Entender a Nova Direita Brasileira” faz análise semelhante.

    “O que aconteceu nas últimas semanas reflete um pouco a divisão que existe na direita hoje, que é basicamente uma disputa para saber quem vai ficar com o espólio eleitoral do Bolsonaro”, diz ele, que vê na postura de Tarcísio, a favor da anistia, um aceno à base mais radical do ex-presidente.

    Para Borges, por outro lado, é um movimento que tem risco, porque, para atrair o eleitor de direita que não é bolsonarista, Tarcísio não pode passar a imagem de que seria um mero poste político representando Bolsonaro.

    Quanto à pauta anti-STF no debate eleitoral, ele aponta como uma bandeira do bolsonarismo que deverá ser mobilizada por candidatos a deputado federal, e possivelmente com variação regional, a depender do nível de apoio ao ex-presidente Bolsonaro ou a Lula pelo país. “Você não consegue eleger um presidente com esse tipo de discurso”, diz.

    Prisão e julgamento de Bolsonaro tensionam direita e devem levar STF para debate eleitoral

  • Entenda como funcionam as milhas aéreas e como usá-las melhor em viagens

    Entenda como funcionam as milhas aéreas e como usá-las melhor em viagens

    Com o verão se aproximando, programas de milhas aéreas ganham destaque como alternativa para reduzir custos em viagens. Só no primeiro trimestre de 2025, brasileiros acumularam mais de 225 bilhões de pontos, a maior parte convertida em passagens

    (FOLHAPRESS) – Faltam apenas três meses para o verão e as tão esperadas férias associadas à estação. Uma forma de economizar nas passagens é usar programas de milhas aéreas, que movimentam bilhões de pontos no Brasil e vêm batendo recordes no país.

    As milhas funcionam como uma espécie de moeda de troca. A cada voo realizado ou compra em empresas parceiras, o consumidor acumula créditos que podem ser convertidos em passagens ou outros serviços.

    Segundo a Abemf (Associação Brasileira das Empresas do Mercado de Fidelização), no primeiro trimestre de 2025 houve alta de 16,6% na quantidade de pontos e milhas emitidos nos programas de fidelidade. Ao todo, os brasileiros acumularam 225,4 bilhões de pontos e milhas no período.

    Foram resgatados (ou seja, efetivamente trocados) 219,8 bilhões, um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse total, 73,6% foram destinados a passagens aéreas.

    Segundo a associação, o faturamento das empresas do setor somou, em 2024, R$ 21,9 bilhões. O número representou um recorde nos indicadores da Abemf e um crescimento de 17,6% em relação a 2023.

    O influenciador Lucas Estevam, que já viajou para 92 países, hoje ensina seus seguidores a aproveitarem os programas das companhias e tem uma empresa especializada na gestão de milhas

    Ele conta que entrou no seu primeiro programa de milhas aos 18 anos, em 2008. Sua mãe acumulava pontos, mas os usava em trocas pouco vantajosas, como utensílios domésticos. “Eu falava: mãe, você gastou 100 mil milhas numa panela, isso dava uma passagem para a Europa”, diz. Hoje, Lucas administra o programa de fidelidade de toda a família.
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    QUAL É A DIFERENÇA ENTRE MILHAS E PONTOS?

    Os pontos costumam ser a moeda inicial acumulada em programas de fidelidade e as milhas estão ligadas diretamente aos programas das companhias aéreas.

    “Pontuar é uma coisa, acumular milhas é outra. Primeiro você pontua em algum programa de pontos, como Esfera ou Livelo. Depois, transfere essa pontuação para uma companhia aérea. Nessa transferência, muitas vezes há bonificação. O melhor dos mundos é acumular pontos em compras que você vai fazer para depois transferir”, diz Harion Camargo, planejador financeiro CFP pela Planejar.

    A professora da FGV e especialista em finanças, Myrian Lund, diz que, geralmente, os pontos não vencem. O consumidor deve tomar cuidado, no entanto, pois quando são trocados por milhas passam a ter uma validade específica.

    QUERO COMEÇAR A ACUMULAR MILHAS. POR ONDE COMEÇO?

    Lucas Estevam afirma que o primeiro passo é se cadastrar nos principais programas de fidelidade do país. A inscrição pode ser feita apenas com o CPF, mesmo por quem não tem conta em bancos parceiros ou não voa frequentemente. Programas internacionais, como o AAdvantage da American Airlines, também são uma opção e a inscrição para alguns deles exige apenas que o cliente informe seu e-mail e telefone.

    Em seguida, é necessário traçar uma estratégia de acúmulo no banco e na companhia aérea que o consumidor mais utiliza, pois parcerias exclusivas podem otimizar o ganho de milhas. A cada seis meses, também é interessante que o consumidor avalie como as milhas foram utilizadas e o que poderia ter sido melhor.

    O planejamento pode levar em conta os destinos mais desejados, já que diversos programas permitem emitir passagens de companhias parceiras. Assim, decisões podem ser tomadas com base nas empresas estrangeiras que voam para os locais mais visitados.

    ESTÁ MAIS DIFÍCIL ACUMULAR MILHAS?

    Especialistas dizem que, embora hoje existam mais formas de acumular milhas, a quantidade necessária para emitir passagens aumentou, o que tornou as viagens mais caras em pontos.

    Segundo Estevam, essa inflação está ligada ao aumento do preço das passagens aéreas. “Quando eu era criança, um voo do Rio para São Paulo custava entre 5.000 e 8.000 milhas. Hoje em dia, pago entre 15 mil e 20 mil. Isso aconteceu porque o preço das passagens também subiu”, afirma Lucas.

    QUAIS SÃO AS MELHORES ESTRATÉGIAS PARA ACUMULAR MILHAS?

    Depois de se cadastrar nos programas de fidelidade, Harion Camargo e Lucas Estevam recomendam concentrar os gastos em poucos cartões para acumular mais pontos e aproveitar ofertas melhores. Isso permite acessar ofertas mais vantajosas e converter gastos em benefícios mais significativos.

    Estevam diz que a maior parte das milhas hoje vem de compras bonificadas e não apenas de voos ou gastos diretos no cartão. Um exemplo prático é pegar um voucher de Uber pelo programa de fidelidade de alguma companhia aérea em vez de pagar direto no aplicativo.

    Os especialistas também apontam que o retorno com milhas pode variar muito, assim, enquanto uma compra no cartão pode gerar dois pontos por dólar, em compras online com parceiros específicos, é possível acumular até cinco pontos a cada real.

    Uma dica é acompanhar as promoções assinando newsletters, baixando aplicativos de companhias aéreas e programas de fidelidade, além de aplicativos confiáveis de controle de pontos e milhas.

    QUE ERROS EVITAR E COMO NÃO PERDER MILHAS?

    O primeiro passo, segundo Camargo, é avaliar se o acúmulo de milhas realmente faz sentido dentro do orçamento. “Se a pessoa for acumulando e não usar, e o programa de milhas vencer, ela vai perder aquele dinheiro. Na prática, a milha é dinheiro”, diz.

    Um dos maiores erros é gastar mais do que o necessário ou se endividar no cartão de crédito apenas para acumular milhas. A consultora financeira Myrian Lund recomenda definir um limite de gastos no cartão e não ultrapassá-lo. Ter muitos cartões pode dificultar o controle das despesas.

    Lucas Estevam destaca que outro equívoco comum é não acompanhar o saldo e ignorar os comunicados dos programas de fidelidade, pois as milhas podem expirar. Ele explica que as empresas são obrigadas a avisar quando os pontos estão próximos de vencer e sugere que o consumidor coloque um alerta no celular com 30 dias de antecedência.

    Também não é recomendado trocar milhas por produtos, como panelas ou eletrodomésticos, já que o custo-benefício de utilizá-las em passagens e experiências costuma mais vantajoso.

    A compra direta de milhas junto às companhias aéreas para “completar” uma emissão também deve ser evitada. Segundo Estevam, 10 mil milhas que custariam entre R$ 100 e R$ 150 em um balcão de milhas podem sair por R$ 700 se adquiridas diretamente da empresa de viagens.

    Myrian ressalta que, no planejamento financeiro pessoal, as milhas devem ser vistas como parte da reserva dos sonhos (relacionada a viagens e lazer), mas não podem substituir reservas de emergência ou aposentadoria.

    VALE A PENA COMPRAR MILHAS?

    Em alguns casos, sim. Os especialistas explicam que, quando falta apenas uma pequena quantidade de milhas para resgatar uma passagem com bom custo-benefício, pode valer a pena comprá-las em fontes mais baratas, como em balcões de milhas ou com milheiros -profissionais que se especializam em acumular milhas e depois as vendem para quem precisa.

    Harion Camargo diz que, com as taxas de juros mais altas, muitas pessoas têm optado por vender suas milhas acumuladas para investir o dinheiro. Esse movimento aumenta a oferta e pode pressionar o preço da milha para baixo, tornando a compra mais vantajosa para quem precisa completar o saldo.

    O QUE POSSO RESGATAR COM MILHAS?

    Hospedagens, aluguel de carros e compras em seções de “shopping” das plataformas, onde é possível trocar pontos por produtos.
    Outra opção é usá-las para experiências, como ingressos para parques temáticos, ou convertê-las em cashback, recurso disponível em alguns cartões para quem prefere transformar pontos em dinheiro de volta.

    QUANTAS MILHAS PRECISO PARA VIAJAR PELO BRASIL E PARA FORA?

    Segundo Lucas Estevam, é possível encontrar boas oportunidades de resgate com milhas. Programas como o AAdvantage, da American Airlines, permitem emitir trechos domésticos a partir de 7.500 milhas. Já para destinos internacionais próximos, como países da América Latina, os resgates começam em 10 mil milhas por trecho.

    Em viagens mais longas, como para a Ásia, o uso de milhas pode tornar o custo mais acessível. Há opções de ida e volta em classe executiva para países como Japão e Tailândia por cerca de R$ 9.000 a R$ 10 mil, enquanto na econômica os mesmos trechos podem sair por aproximadamente R$ 3.000.

    QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PROGRAMAS E SUAS DIFERENÇAS?

    Nos três principais programas de fidelidade do país, o cadastro é gratuito com a oferta de clubes de assinatura pagos, que aceleram o ganho de pontos e trazem bônus.

    SMILES (GOL)

    – Formas de acumular: Voando com a Gol e mais de 50 companhias aéreas parceiras, reservando hotéis, em serviços como aluguel de carro, seguro, passeios, Uber e no Shopping Smiles (Magazine Luiza, Casas Bahia, Shell etc.), usando o cartão de crédito Gol Smiles (até 5,5 milhas por dólar), assinando o Clube Smiles, que oferece de mil a 20 mil milhas por mês e benefícios extras.

    – Formas de resgate: Passagens aéreas, hotéis, aluguel de carro, produtos, serviços e descontos. Também é possível usar a opção Milhas & Money (milhas + dinheiro) para comprar passagens.

    – Validade: De três a 20 anos, dependendo da categoria e origem das milhas. No Clube, duram dez anos e, nos planos maiores, parte delas não expira.

    – Clube e benefícios: Planos a partir de R$ 39,90 por mês. Incluem milhas mensais, descontos exclusivos, congelamento de preços, bônus em promoções, acesso a lounges e vantagens adicionais no cartão Gol Smiles.

    – Quanto preciso gastar para acumular uma milha? Não há valor fixo. Varia conforme a tarifa, a categoria e o parceiro.

    LATAM PASS

    – Formas de acumular: Voando Latam e parceiras, usando o cartão Latam Pass Itaú, compras no Shopping Latam Pass (200 mil produtos), restaurantes parceiros (Latam Pass Gastronomia), postos Petrobras (Premmia) e transferindo pontos de bancos e cartões.

    – Formas de resgate: Passagens aéreas (sem restrição de inventário), upgrades, bagagem extra, assentos, além de produtos e serviços no Shopping Latam Pass.

    – Validade: Todas valem 36 meses; depois disso, não expiram se o cliente continuar acumulando em voos Latam. Para categorias Elite, não expiram enquanto o status for mantido.

    – Clube e benefícios: São cinco planos (R$ 40,90 a R$ 356,80 por mês), com possibilidade de boosters extras. Oferecem bônus de milhas, promoções exclusivas e condições especiais em acúmulo e resgate.

    – Quanto preciso gastar para acumular uma milha? Não há valor fixo. Depende da tarifa, do cartão Latam Pass Itaú, parceiros e promoções.

    AZUL FIDELIDADE

    – Formas de acumular: Voando Azul (um a quatro pontos por real gasto, conforme categoria), no Clube Azul, com o cartão Azul Itaú, transferindo pontos de bancos e comprando em parceiros (varejo, hospedagem, turismo, mobilidade).

    – Formas de resgate: Passagens nacionais e internacionais (Azul e mais de 3.000 destinos parceiros pelo Azul pelo Mundo), além de produtos, serviços, experiências e vales-presente no Shopping Azul.

    – Validade: Pode chegar a até cinco anos; em alguns planos do Clube Azul e cartões Azul Itaú, os pontos não expiram.

    – Clube e benefícios: Planos a partir de R$ 42 por mês (Clube 1.000), com pontos mensais, bônus em transferências e benefícios como maior validade ou não expiração dos pontos.

    – Quanto preciso gastar para acumular uma milha? Nos voos, varia pelo status: Básico (um ponto/real), Topázio (dois pontos/real), Safira (três pontos/real) e Diamante (quatro pontos/real). Em cartões e parceiros, depende do acordo de cada instituição e promoções.

    COMO ESCOLHER O PROGRAMA DE ACORDO COM MEU PERFIL?

    Segundo Paulo Curro, diretor-executivo da Abemf, a escolha do programa deve considerar o perfil do consumidor e seus objetivos de resgate. Quem viaja com frequência tende a se beneficiar mais dos programas das companhias aéreas e de cartões cobranded, enquanto os programas de varejo são indicados para quem busca descontos e economia nas compras do dia a dia.

    Entenda como funcionam as milhas aéreas e como usá-las melhor em viagens

  • Após briga nas redes, Nikolas Ferreira aparece em foto com Whindersson

    Após briga nas redes, Nikolas Ferreira aparece em foto com Whindersson

    Uma semana depois de troca de provocações e acusações nas redes sociais, o deputado Nikolas Ferreira publicou uma foto ao lado de Whindersson Nunes. O gesto surpreendeu após a intensa discussão entre os dois, marcada por ironias, ataques pessoais e acusações de desrespeito

    O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) e o humorista Whindersson Nunes voltaram a aparecer juntos, mas desta vez em clima de paz. No sábado (20), Nikolas publicou uma foto ao lado do comediante, gesto que chamou atenção por acontecer apenas uma semana depois de uma troca de farpas entre os dois nas redes sociais.

    Na legenda da publicação, o parlamentar escreveu: “O cristão não ergue muros… estende as mãos. No fundo, todos temos a mesma fome: o evangelho é um mendigo mostrando a outro onde tem pão.”

     
     
     

     
     
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    Uma publicação compartilhada por Nikolas Ferreira (@nikolasferreiradm)

    O desentendimento havia começado no sábado anterior (13), quando Nikolas pediu a seus seguidores que enviassem prints de postagens de Felipe Neto contra os Estados Unidos. A iniciativa gerou reação de Whindersson, que ironizou a postura: “Imagina a missão do deputado que tu votou ser fazer o Felipe Neto não entrar nos EUA. Patético.”

    Nikolas respondeu em tom provocativo, citando o relacionamento passado de Whindersson com a cantora Luísa Sonza e a polêmica envolvendo Vitão. O deputado publicou uma foto do cantor maquiado com a legenda: “Tu perdeu pra isso, cara.”

    Whindersson retrucou publicando uma foto antiga de Nikolas adolescente e ironizou com um convite de ménage: “Vamo um menage eu, tu e o Vitão?” O parlamentar reagiu afirmando que tinha 16 anos na imagem e que evitava envolver sua família para não agravar a saúde mental do humorista.

    A fala foi entendida por Whindersson como uma referência à morte de seu filho com Maria Lina Deggan, e o comediante criticou a postura do deputado durante o Setembro Amarelo. Nikolas negou veementemente a acusação, afirmando que a discussão era sobre relacionamentos e acusando o humorista de assumir um “papel vitimista”.

    O bate-boca terminou com Whindersson pedindo mais respeito por parte do parlamentar: “Você como parlamentar fale direito com um civil. Você trabalha pro povo, não só pra quem votou em você.”

    Após briga nas redes, Nikolas Ferreira aparece em foto com Whindersson

  • Manifestantes vão às ruas em 23 capitais contra a PEC da Blindagem e anistia

    Manifestantes vão às ruas em 23 capitais contra a PEC da Blindagem e anistia

    Os atos, realizados em todas as regiões do país, aconteceram logo de manhã em Brasília, Salvador, Maceió, Natal, São Luís, Teresina, João Pessoa, Belo Horizonte, Cuiabá, Campo Grande, Manaus e Belém, e ganharam tração à tarde com as manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Aracaju, Macapá e Goiânia

    (CBS NEWS) – Manifestantes foram às ruas em ao menos 23 capitais neste domingo (21) para protestar contra a PEC da Blindagem, em atos que também contaram com críticas à proposta de anistia aos condenados no 8 de Janeiro, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). A presença de artistas impulsionou manifestações em alguns locais.

    Os atos, realizados em todas as regiões do país, aconteceram logo de manhã em Brasília, Salvador, Maceió, Natal, São Luís, Teresina, João Pessoa, Belo Horizonte, Cuiabá, Campo Grande, Manaus e Belém, e ganharam tração à tarde com as manifestações em São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis, Fortaleza, Recife, Aracaju, Macapá e Goiânia.

    Os protestos foram convocados às pressas no decorrer da semana pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas ao PSOL e ao PT e que reúnem movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

    A manifestação foi chamada em protesto contra o Congresso Nacional após a votação da PEC da Blindagem e da urgência para o projeto da anistia.

    Na capital baiana, o protesto em frente ao Cristo da Barra reuniu milhares de pessoas e foi encorpado com as presenças de artistas como a cantora Daniela Mercury e o ator Wagner Moura, que discursaram enquanto os presentes gritavam frases como “sem anistia”, “fora PEC da impunidade” e “fora PEC da bandidagem”. A atriz Nanda Costa também esteve no ato.

    “Sem anistia, sem PEC da Blindagem. A gente está aqui em Salvador dizendo para o mundo inteiro que não aceitamos essa PEC da impunidade para os deputados federais. Não aceitamos para nenhum deputado. Estamos aqui com a frente popular conosco”, disse Daniela em cima do trio, enquanto segurava uma bandeira do Brasil.

    Também no Nordeste do país, a proposta de anistia foi rechaçada por participantes do ato em Natal e em João Pessoa, que teve gritos críticos a Hugo Motta, deputado que foi eleito pelo estado.

    Em Maceió, o ato ocorreu na orla da Pajuçara e contou com participação da cantora Simone, que discursou aos presentes, que empunhavam cartazes com frases como “Sem anistia, PEC da bandidagem não!”.

    “O Brasil é feito por brasileiros, e de brasileiros que o amam. Quem não estiver satisfeito com o Brasil, vá embora. Nós somos um país enorme que dá para todo mundo, agora não pode dar para bandidos”, disse a cantora.

    De cima do trio elétrico, ela também cantou com manifestantes a música “Tá na Hora do Jair Já Ir Embora”, do músico Juliano Maderada, que dominou os paredões do Brasil na campanha eleitoral de 2022.

    Em Teresina, os manifestantes se reuniram na praça Pedro 2º, na região central, com cartazes e discursos num trio elétrico de sindicatos, movimentos sociais e políticos. Em São Luís, os manifestantes se reuniram no centro histórico e caminharam por ruas do entorno.

    Já em Fortaleza, o ato ocorreu na tarde deste domingo na praia de Iracema, em frente à estátua da Iracema Guardiã. Uma via litorânea também foi o cenário do ato em Aracaju, que reuniu o grupo contra a PEC na praia da Cinelândia.

    Também houve ato no Recife, no bairro de Santo Amaro, organizado por estudantes e movimentos sociais e que reuniu milhares de manifestantes com faixas com frases como “democracia” e “sem anistia”.

    Além dos atos em São Paulo e Rio de Janeiro, o Sudeste contou com manifestações em Belo Horizonte e Vitória. Na capital mineira, ela ocorreu na região central, na praça Raul Soares, também com presença de artistas -a cantora Fernanda Takai, da banda Pato Fu.

    O grupo, que após a concentração seguiu rumo à praça Sete, também na região central, empunhava faixas e cartazes com frases como “Em defesa da democracia”. Já em Vitória, o ato foi feito em frente à Assembleia Legislativa.

    No Sul, manifestantes se reuniram na Boca Maldita, no centro de Curitiba, mesmo com uma chuva intermitente no início da tarde deste domingo.

    Gritos de “sem anistia” e camisetas com frases como “Congresso Inimigo do Povo” eram comuns entre os participantes. “Sem anistia, sem perdão, quero ver o Bolsonaro na prisão”, gritaram no protesto.

    Em Porto Alegre, o protesto promovido por movimentos de esquerda reuniu manifestantes no viaduto do Brooklyn, que seguiram até o Monumento ao Expedicionário. Já em Florianópolis, o ato ocorreu na região da ponte Hercílio Luz.

    No Centro-Oeste, os manifestantes de Brasília se concentraram pela manhã em frente ao Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, de onde seguiram em caminhada até a sede do Congresso.

    Os participantes ergueram cartazes contra a anistia dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro e contra a PEC da Blindagem. Uma das faixas dizia “Câmara da vergonha”.

    Também havia um boneco inflável de Bolsonaro, retratado de forma pejorativa, com as mãos manchadas de sangue. Participaram da manifestação na capital federal parlamentares da esquerda, como o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ) -embora a própria sigla tenha dado 12 votos a favor da PEC da Blindagem.

    Em Cuiabá, um pequeno ato foi realizado na praça cultural do CPA 2. No final da tarde, manifestantes se reuniram em Goiânia, na praça universitária, para o protesto.

    Já na região Norte do país, manifestantes foram às ruas em Belém e em Manaus. Na capital do Pará, o ato teve início às 9h no Theatro da Paz, na praça da República, e reuniu grupos de esquerda, estudantes, políticos e artistas locais.

    Assim como em outras capitais, Jair Bolsonaro, condenado pela trama golpista, também foi criticado por manifestantes, já que a proposta de anistia “ampla, geral e irrestrita” tem como objetivo também livrar o ex-presidente da condenação.

    Em Manaus, o ato foi marcado por uma caminhada entre as avenidas Getúlio Vargas, no centro, e Sete de Setembro.

    No Rio de Janeiro, o ato começou às 14h no posto 5 de Copacabana e contou com apresentações de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, com expectativa dos organizadores de atrair um público além dos manifestantes alinhados à esquerda.

    Já em São Paulo, a manifestação aconteceu em frente ao Masp, na avenida Paulista. Levantamento do Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common calculou que o público ficou entre 37,3 mil e 47,5 mil participantes. A contagem foi feita a partir de fotos aéreas realizadas em quatro horários diferentes. O mesmo levantamento apontou 42,2 mil pessoas no ato pró-anistia do 7 de Setembro.

    Manifestantes vão às ruas em 23 capitais contra a PEC da Blindagem e anistia

  • Manifestantes vão às ruas em sete capitais contra a PEC da Blindagem e anistia

    Manifestantes vão às ruas em sete capitais contra a PEC da Blindagem e anistia

    Salvador, Belo Horizonte, Manaus, Natal, Belém, Brasília e João Pessoa já tiveram atos desde a manhã deste domingo.

    MARCELO TOLEDO
    RIBEIRÃO PRETO, SP (CBS NEWS) – Manifestantes foram às ruas em sete capitais neste domingo (21) para protestar contra a PEC da Blindagem, em atos que também tiveram críticas à proposta de anistia aos condenados no 8 de Janeiro, ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB).

    Salvador, Belo Horizonte, Manaus, Natal, Belém, Brasília e João Pessoa já tiveram atos desde a manhã deste domingo.

    Os atos foram convocados às pressas pelas frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, ligadas ao PSOL e ao PT e que reúnem movimentos como o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto), no decorrer da semana em pelo menos 22 capitais.

    A manifestação foi chamada em protesto contra o Congresso Nacional após a votação da PEC da Blindagem e da urgência para o projeto da anistia.

    Na capital baiana, o protesto em frente ao Cristo da Barra foi encorpado com as presenças de artistas como a cantora Daniela Mercury e o ator Wagner Moura, que discursaram enquanto os presentes gritavam frases como “sem anistia” ou “fora PEC da impunidade”.

    “Sem anistia, sem PEC da Blindagem. A gente está aqui em Salvador dizendo para o mundo inteiro que não aceitamos essa PEC da impunidade para os deputados federais. Não aceitamos para nenhum deputado. Estamos aqui com a frente popular conosco”, disse Daniela em cima do trio, enquanto segurava uma bandeira do Brasil.

    Em Belo Horizonte, a manifestação aconteceu na região central, na praça Raul Soares, também com presença de artistas -a cantora Fernanda Takai.

    Na região Norte do país, manifestantes foram às ruas em Belém, na praça da República, e em Manaus.

    A proposta de anistia foi rechaçada por participantes do ato em Natal e em João Pessoa, que teve gritos críticos a Hugo Motta, que é do estado.

    No Rio de Janeiro, o ato será às 14h no posto 5 de Copacabana e contará com apresentações de Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, com expectativa dos organizadores de atrair um público além dos manifestantes alinhados à esquerda.

    Já em São Paulo, a manifestação será em frente ao Masp, na avenida Paulista, também às 14h. A expectativa é de ampliar o público que foi ao 7 de setembro no Vale do Anhangabaú, que reuniu 8,8 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap.

    Manifestantes vão às ruas em sete capitais contra a PEC da Blindagem e anistia

  • Flávio Bolsonaro compara caso de Zambelli ao de Battisti em evento da ultradireita italiana

    Flávio Bolsonaro compara caso de Zambelli ao de Battisti em evento da ultradireita italiana

    Flávio participou na manhã deste domingo (21) da festa anual da Liga, partido de ultradireita do vice-premiê italiano Matteo Salvini. O evento, ocorrido em Pontida, no norte da Itália, teve a presença de políticos da ultradireita italiana e europeia e homenageou o ativista conservador Charlie Kirk, assassinado nos EUA.

    MICHELE OLIVEIRA
    MILÃO, ITÁLIA (CBS NEWS) – O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comparou o caso da deputada federal Carla Zambelli ao do terrorista Cesare Battisti e pediu que o governo italiano não extradite a congressista para o Brasil. Zambelli está presa no país europeu desde o fim de julho, à espera da tramitação de seu processo na Justiça italiana. A palavra final será do governo italiano, por meio do Ministério da Justiça.

    Flávio participou na manhã deste domingo (21) da festa anual da Liga, partido de ultradireita do vice-premiê italiano Matteo Salvini. O evento, ocorrido em Pontida, no norte da Itália, teve a presença de políticos da ultradireita italiana e europeia e homenageou o ativista conservador Charlie Kirk, assassinado nos EUA.

    O senador brasileiro subiu ao palco cerca de duas horas depois do início do evento e falou por cerca de dez minutos. Ao falar de Zambelli, comparou o caso dela ao do italiano Cesare Battisti e pediu para a Itália não extraditar a deputada.

    Ela fugiu do Brasil para escapar da condenação de dez anos de prisão determinada pelo STF, por participar da invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça).

    “Assim como o governo do presidente Bolsonaro devolveu o terrorista Cesare Battisti para a Itália, peço que a Itália não mande Zambelli de volta para o Brasil, pois lá ela poderá morrer na cadeia injustamente”, disse Flávio.

    A extradição de Battisti foi autorizada em 2018 pelo então presidente Michel Temer. O italiano foi depois detido em 2019, na Bolívia, e mandado para a Itália, no primeiro ano do governo Bolsonaro.

    Flávio Também criticou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e afirmou que a imprensa também é culpada pelos atentados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, em 2018, e ao americano Donald Trump, em 2024, e pela morte de Kirk.

    “Grande mídia, parem de mentir sobre nós, políticos de direita. Parem de nos chamar de extremistas, porque estão alimentando o ódio contra nós”, disse Flávio, em português, com tradução simultânea. “Vocês têm parcela de responsabilidade na facada em Jair Bolsonaro, no tiro em Donald Trump e no assassinato de Charlie Kirk. Porque, por influência de vocês, verdadeiros extremistas acreditavam que estavam fazendo algo de bom tentando nos matar.”

    Vestindo com uma camiseta com o nome de Salvini escrito nas costas, o senador afirmou que, “com a esquerda no poder, o Brasil perdeu a sua soberania”. “A China está comprando o Brasil inteiro, de minerais a terras boas para plantação. Mas nós, da direita, vamos lutar para que a nossa bandeira verde-amarela nunca se torne a vermelha do comunismo”, disse.

    O filho do ex-presidente afirmou que Moraes persegue a direita no Brasil. “Ele condenou Bolsonaro por atos antidemocráticos apenas por criticar o sistema eleitoral e fazer discursos contra a esquerda corrupta. Assim como os ditadores [Nicolás] Maduro, na Venezuela, e Daniel Ortega, na Nicarágua, fizeram com seus opositores políticos”, disse.

    Bolsonaro foi condenado pelo STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.

    Ao encerrar seu discurso, Flávio disse em italiano: “Itália sopra tutto, Dio sopra tutti”, sua tradução para o lema bolsonarista “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.

    Na plateia, um grupo de cerca de dez pessoas vestia bandeiras brasileiras sobre os ombros e segurava o cartaz “Free Bolsonaro” (Bolsonaro livre, em inglês).

    Em sua passagem pela Itália, Flávio visitou, na sexta (19), Zambelli na prisão, em Roma. Ele estava acompanhado pelos senadores Damares Alves (Republicanos-DF), Eduardo Girão (Novo-CE) e Magno Malta (PL-ES), além do deputado Cabo Gilberto (PL-PB).

    Após o encontro de cerca de duas horas, Flávio defendeu que a deputada cumpra sua pena na Itália, em prisão domiciliar, sem ser extraditada para o Brasil. Faço um apelo ao ministro da Justiça italiano para que (…) deixe a Carla em prisão domiciliar aqui na Itália”, disse.

    No sábado (20), o senador participou de um evento na capital italiana com brasileiros apoiadores de Bolsonaro. Ele defendeu a anistia para os condenados por atos golpistas e criticou novamente Moraes, a quem culpou pela crise política.

    Com o slogan “livres e fortes”, o evento da Liga aconteceu ao ar livre, sobre um gramado, onde foi montado um palco. Nos discursos dos políticos da Liga, críticas à União Europeia, a imigrantes, ao “perigo islâmico” e a defesa da “liberdade de opinião”. Alguns vestiam camiseta preta com a imagem de Kirk e a palavra “freedom” (liberdade, em inglês).

    A principal atração internacional foi o francês Jordan Bardella, do partido Reunião Nacional, o mesmo de Marine Le Pen. O RN lidera, com mais de 30%, as intenções de voto na França. “Charlie Kirk lançou uma mensagem de coragem. A coragem de defender as próprias ideias, de dizer a verdade, de amar a própria pátria, mesmo quando isso incomoda”, afirmou.

    O espanhol Santiago Abascal, líder do Vox, mandou mensagem em vídeo. “Precisamos continuar a colaborar para defender a nossa soberania nacional. Vai ser difícil, querem nos intimidar com perseguições, ameaças e violência. Mas não nos deterão”, disse.

    Coube a Salvini encerrar o evento, pouco depois das 13h30 (8h30 em Brasília). Ele pediu um minuto de silêncio em homenagem a Kirk. E disse ser contra a ida de italianos para combater na Guerra da Ucrânia e contra o plano de rearmamento europeu.

    O evento acontece há mais de 30 anos em Pontida, na província de Bérgamo. Em 2024, o principal convidado foi o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán. No ano passado o ex-presidente Jair Bolsonaro participou com uma mensagem em vídeo, em que dizia apoiar Salvini em sua “luta contra os imigrantes ilegais”.

    Presidente da Liga, Salvini é um dos pilares da maioria parlamentar que governa a Itália, ao lado da premiê Giorgia Meloni (Irmãos de Itália) e Antonio Tajani (Força Itália), também vice-premiê.

    Entre eles, Salvini é o mais radical e o mais próximo da família Bolsonaro. Foi o único a se manifestar publicamente após a condenação do ex-presidente. “Solidariedade ao amigo Jair Bolsonaro. Quando não tem mais argumentos, a esquerda usa qualquer meio para atingir os adversários políticos, a começar pelo judiciário. Não irão te parar, força, presidente!”, escreveu Salvini no X no dia 11 de setembro.

    Flávio Bolsonaro compara caso de Zambelli ao de Battisti em evento da ultradireita italiana

  • Deputados que votaram a favor da PEC da Blindagem pedem até desculpas

    Deputados que votaram a favor da PEC da Blindagem pedem até desculpas

    A mobilização digital, que envolveu artistas, entidades da sociedade civil e usuários comuns, pressionou parlamentares e expôs divisões internas tanto na esquerda quanto na direita.

    A aprovação da PEC da Blindagem pela Câmara, na terça-feira, gerou forte reação nas redes sociais e levou deputados de diferentes partidos a recuarem e até pedirem desculpas pelo voto favorável. A mobilização digital, que envolveu artistas, entidades da sociedade civil e usuários comuns, pressionou parlamentares e expôs divisões internas tanto na esquerda quanto na direita.

    A deputada Silvye Alves (União-GO) anunciou que deixará o partido após admitir que mudou seu voto sob pressão. Ela contou que inicialmente foi contra a PEC, mas recebeu ligações de “pessoas influentes” ameaçando retaliações. “Eu fui covarde, cedi à pressão”, disse em vídeo nas redes sociais, pedindo desculpas aos eleitores.

    Merlong Solano (PT-PI) também justificou o apoio, afirmando que tentou viabilizar pautas como a isenção do Imposto de Renda e a taxação dos super-ricos. Porém, reconheceu que a estratégia fracassou e assinou, junto com Pedro Campos (PSB-PE), mandado de segurança no STF para anular a votação.

    Pedro Campos admitiu erro de cálculo político. Disse que o campo progressista tentou negociar mudanças para barrar a anistia e suavizar pontos polêmicos, mas acabou derrotado tanto na PEC quanto na votação da anistia.

    Outro a recuar foi Thiago de Joaldo (PP-SE), que afirmou ter refletido após críticas de especialistas e eleitores. “Reconheço que falhei, peço desculpas e trabalharei para corrigir”, declarou.

    Levantamento da consultoria Bites mostra que a PEC gerou 1,6 milhão de menções desde terça-feira, com a esquerda dominando o debate online. Apesar disso, a repercussão ficou restrita ao campo político, sem atingir de forma ampla quem não acompanha o tema. A mobilização, porém, ajudou a consolidar oposição ao projeto no Senado, inclusive entre parlamentares de direita, segundo André Eler, diretor-adjunto da Bites.

    Artistas como Anitta e Caetano Veloso também aderiram à campanha contra a PEC. Caetano chegou a chamar a proposta de “PEC da Bandidagem” e defendeu manifestações populares.

    Dados da consultoria Arquimedes apontam que 89% dos perfis engajados no debate eram ligados ao campo progressista. Outros 4% eram de direita não bolsonarista, como simpatizantes do MBL, críticos ao texto. Já perfis bolsonaristas, que representaram 7%, buscaram justificar o acordo para aprovar a anistia.

    Deputados que votaram a favor da PEC da Blindagem pedem até desculpas

  • Fazenda estima que R$ 76,5 bi em despesas para 2026 são herança do governo Bolsonaro

    Fazenda estima que R$ 76,5 bi em despesas para 2026 são herança do governo Bolsonaro

    Os cálculos, elaborados pela SPE (Secretaria de Política Econômica), são usados pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) para rebater as críticas à condução da política fiscal no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    IDIANA TOMAZELLI
    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Ministério da Fazenda estima que R$ 76,5 bilhões em despesas projetadas para 2026 ainda são uma herança decorrente de mudanças legais aprovadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Os cálculos, elaborados pela SPE (Secretaria de Política Econômica), são usados pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda) para rebater as críticas à condução da política fiscal no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “Comprei briga com o meu partido, fui chamado de austericida, fui acusado de fazer um pacto com o diabo pelo meu líder. Você está falando com alguém que dá a cara a tapa para defender as contas públicas. Só que eu acho que a estratégia utilizada pelo [ex-ministro da Economia Paulo] Guedes e Bolsonaro não funcionou”, afirma Haddad à Folha.

    “A minha diferença não é desconsiderar que a questão fiscal é muito importante. É uma questão qualitativa. Como vai fazer o ajuste fiscal? Sacrificando a base da pirâmide? A minha resposta é não. E uma das razões pelas quais eu digo não é porque foram sete anos de arrocho em cima da base da pirâmide, que produziram baixo crescimento e não ajuste fiscal”, acrescenta o ministro.

    Para ele, o crescimento do PIB é “parte da solução, não do problema”.

    A cifra calculada pela Fazenda retrata o quanto os gastos com o BPC (Benefício de Prestação Continuada), transferência de um salário mínimo paga a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda, e com o Fundeb (Fundo de Manutenção da Educação Básica) ficarão maiores do que seria a tendência natural dessas políticas caso as regras não tivessem sido flexibilizadas no passado.

    De 2023 a 2026, o impacto dessas mudanças deve representar um gasto extra de R$ 227,7 bilhões, segundo as estimativas da Fazenda. Os valores são nominais, ou seja, sem atualização pela inflação.

    Em 2021, o Congresso aprovou e Bolsonaro sancionou uma alteração na Loas (Lei Orgânica de Assistência Social) que permitiu deduzir da renda familiar declarada para pleitear o BPC valores gastos com médicos, fraldas, alimentos especiais ou medicamentos. Na prática, a medida abriu a porta para a entrada de pessoas com ganhos acima de 1/4 do salário mínimo, limite de renda formal do programa.

    Em outubro do mesmo ano, o governo ainda baixou uma portaria definindo um abatimento padrão para cada categoria de despesa, o que simplificou o processo. A partir de julho de 2022, às vésperas da eleição, a concessão de benefícios do BPC acelerou e assumiu um ritmo que só agora, em 2025, começa a enfrentar algum tipo de contenção.

    Apesar da desaceleração, o gasto com o BPC deve chegar a R$ 131,1 bilhões em 2026, conforme a previsão incluída no PLOA (projeto de Lei Orçamentária Anual). É mais do que o total destinado a investimentos públicos e fica próximo do valor reservado para o Bolsa Família (R$ 158,6 bilhões), programa social que alcança o triplo de famílias.

    Sem as mudanças de 2021, isto é, se o programa tivesse seguido a mesma tendência de anos anteriores, a despesa do ano que vem ficaria em R$ 93,3 bilhões, segundo a Fazenda –uma diferença de R$ 37,8 bilhões.

    O cálculo já considera o fato de que parte do aumento recente de despesas decorre da decisão do próprio governo Lula de retomar a política de valorização do salário mínimo. Sem o aumento real do piso, o gasto com o BPC seria ainda menor (R$ 84 bilhões).

    Já no caso do Fundeb, o Legislativo aprovou, em 2020, uma PEC (proposta de emenda à Constituição) que ampliou consideravelmente a complementação paga pela União, de 10% para 23% sobre os valores recolhidos ao fundo da educação básica.

    O aumento do percentual seria gradual ao longo de seis anos, chegando ao máximo em 2026.

    Embora a medida seja defendida por especialistas em educação, o aumento tem pressionado as contas públicas. A complementação da União ao Fundeb chegará a R$ 68,4 bilhões no ano que vem, uma diferença de R$ 38,7 bilhões em relação ao valor que seria devido pelas regras antigas (R$ 29,7 bilhões).

    A previsão do governo é a de que a despesa total alcance 18,8% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2026. Sem o impacto extra de BPC e Fundeb, essa proporção seria menor e ficaria em 18,3% do PIB –o que, na visão da Fazenda, manteria o patamar médio observado nos últimos anos.

    O governo resolveu colocar na ponta do lápis esses impactos, vistos como uma herança recebida da gestão anterior, diante das críticas de economistas, que cobram medidas mais robustas de corte de gastos para melhorar a trajetória da dívida pública do país.

    No fim do ano passado, a equipe econômica chegou a encaminhar um projeto com regras mais duras para a concessão do BPC, mas apenas uma parte foi aprovada pelos parlamentares. Não houve proposta de alteração no Fundeb, embora integrantes do governo tenham alertado para o problema e defendido mudanças.

    Pelo lado da arrecadação, o Executivo já encaminhou ao Congresso uma série de medidas para reforçar o caixa e assegurar o cumprimento das metas fiscais. Algumas delas enfrentam críticas de setores econômicos afetados.

    A Fazenda, por sua vez, argumenta que as iniciativas são necessárias para recompor a base de arrecadação do governo federal. Ao fim de seu mandato, Bolsonaro enviou uma proposta de Orçamento para 2023 prevendo uma receita líquida de 17% do PIB, bem abaixo da arrecadação de 18,4% do PIB verificada em 2022. Até os últimos dias de governo, sua administração concedeu benefícios tributários que depois foram revertidos pela atual gestão.

    Além disso, a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que retirou o ICMS da base de cálculo de PIS/Cofins (a chamada tese do século) contribuiu para drenar mais de R$ 100 bilhões dos cofres federais ao ano desde 2020.

    Nas estimativas da equipe econômica, mesmo com todas as medidas de receita encaminhadas, a receita líquida deve fechar o ano de 2026 em 18,6% do PIB, um patamar próximo ao observado em 2022.

    Com essa combinação de receitas e despesas, o governo deve entregar um déficit de 0,2% do PIB no ano que vem –embora a meta fiscal seja de superávit, o governo pode descontar do cálculo parte das despesas com sentenças judiciais. Por isso o resultado fica negativo.

    Fazenda estima que R$ 76,5 bi em despesas para 2026 são herança do governo Bolsonaro