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  • Senado forma maioria contra PEC da Blindagem

    Senado forma maioria contra PEC da Blindagem

    Para ser promulgada, a PEC precisaria de no mínimo 49 votos, número considerado improvável diante das declarações. Além disso, o projeto deve enfrentar dificuldades antes mesmo de chegar ao plenário.

    A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, aprovada na Câmara dos Deputados com apoio do Centrão, da oposição e até de parte da esquerda, enfrenta forte resistência no Senado.

    Segundo levantamento publicado pelo OGLOBO, 46 dos 81 senadores já se declararam contrários à medida, enquanto apenas seis afirmaram ser favoráveis. Outros seis não decidiram o voto, e os demais não responderam.

    Para ser promulgada, a PEC precisaria de no mínimo 49 votos, número considerado improvável diante das declarações. Além disso, o projeto deve enfrentar dificuldades antes mesmo de chegar ao plenário. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), encaminhou a proposta para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Dos 27 integrantes do colegiado, 17 já manifestaram oposição, apenas três disseram apoiar e sete não quiseram antecipar posição. O relator Alessandro Vieira (MDB-SE) está entre os contrários.

    A PEC prevê que deputados e senadores só possam responder a processos criminais com autorização prévia das Casas Legislativas. Também determina que parlamentares presos em flagrante por crimes inafiançáveis tenham a prisão avaliada pelo plenário em até 24 horas, em votação secreta. Para críticos, a proposta representa um retrocesso, já que o aval legislativo para ações contra congressistas foi derrubado em 2001.

    A resistência no Senado contrasta com a expressiva aprovação na Câmara: 353 votos a favor e 134 contra. A repercussão negativa nas redes sociais fez alguns deputados se desculparem pelo apoio.

    Oposição e partidos divididos
    Na Câmara, partidos do Centrão e da oposição, como o PL de Jair Bolsonaro, apoiaram em peso a proposta — o partido deu 83 votos favoráveis e nenhum contrário. No Senado, porém, a divisão é maior. Entre os 15 senadores do PL, três declararam apoio, incluindo o líder Carlos Portinho (RJ), e três se disseram contra, como Magno Malta (ES), aliado de Bolsonaro.

    O União Brasil, que deu 53 votos favoráveis na Câmara, tem metade da bancada no Senado contrária: Jayme Campos (MT), Professora Dorinha (TO) e Sergio Moro (PR) rejeitam a PEC.

    No PSD, que na Câmara votou dividido (25 a favor e 18 contra), oito dos 12 senadores já anunciaram voto contrário, entre eles Otto Alencar (BA), presidente da CCJ, e Eliziane Gama (MA). “Creio que a Casa, em respeito à opinião pública e à moralidade, dirá ‘não’ a esse absurdo”, afirmou Eliziane.

    Na esquerda, onde 12 deputados do PT apoiaram a proposta, o Senado mostra posição firme: oito dos nove senadores petistas são contra a PEC.

    Críticas e análises
    Mesmo entre os favoráveis, há críticas ao texto. Luis Carlos Heinze (PP-RS) defende ajustes, como retirar o voto secreto e limitar a extensão da imunidade.

    Para cientistas políticos, a forma de eleição ajuda a explicar a diferença entre as Casas. Gabriela Testa, da FGV, lembra que senadores disputam eleições majoritárias e precisam dialogar com todo o eleitorado, enquanto deputados são eleitos por voto proporcional e podem se apoiar em partidos ou grupos específicos.

    Murilo Medeiros, da UnB, reforça: “Senadores tendem a ser mais cautelosos em pautas vistas como autoproteção, porque enfrentam julgamento direto dos eleitores”.

    Senado forma maioria contra PEC da Blindagem

  • Atos contra anistia e a PEC da Blindagem ocorrem hoje em todo país

    Atos contra anistia e a PEC da Blindagem ocorrem hoje em todo país

    Os atos também vão criticar a proposta de anistia para condenados por tentativa de golpe de Estado. Dentre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão.

    Estão marcados para este domingo (21), em, ao menos, 30 cidades e 22 capitais, protestos contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, como ficou conhecido o projeto aprovado pela Câmara na última terça-feira (16). A proposta, na prática, dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares.

    Os atos também vão criticar a proposta de anistia para condenados por tentativa de golpe de Estado. Dentre eles, o ex-presidente Jair Bolsonaro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão.

    A mobilização deste domingo também é feita por integrantes da base do governo no Congresso, bem como centrais sindicais, movimentos populares e outras organizações da sociedade civil. Eles desaprovam o que chamam de “PEC da Bandidagem”, devido ao potencial de suspender a apuração de crimes.

     

    Atos musicais

    Em Brasília, o ato está marcado para começar às 10h na frente do Museu Nacional. O cantor Chico César está confirmado para a parte musical do ato. Em Belo Horizonte, na Praça Raul Soares, o ato está marcado para começar às 9h, com a presença da cantora Fernanda Takai.

    Em São Paulo, a concentração será no Masp, na Avenida Paulista, às 14h. No Rio de Janeiro, o movimento foi chamado para Copacabana e deve contar com um show gratuito de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, que prometem cantar juntos sobre um trio elétrico que partirá do Posto 5, às 14h.

    Em vídeo nas redes sociais, Caetano disse que o movimento do Congresso, de aprovar regra que suspende investigações, não pode ficar sem resposta. “A gente tem que ir pra rua, pra frente do Congresso, como já fomos outras vezes. Voltar a dizer que não admitimos isso, como povo, como nação”, conclamou o cantor.

    Outros artistas, como Djavan, Maria Gadú, o grupo Os Garotin e Marina Sena também confirmaram presença.

    A manifestação na orla do Rio é uma das que foram convocadas por coletivos como Frente Povo Sem Medo, Frente Brasil Popular e Central de Movimentos Populares, com grande movimentação nas redes sociais.

    Proposta

    A PEC da Blindagem, como aprovada pela Câmara em regime de urgência, prevê que que qualquer abertura de ação penal contra parlamentar depende de autorização prévia, da maioria absoluta do Senado ou da Câmara. 

    Pelo texto, os parlamentares têm 90 dias para decidir se autorizam ou não a investigação criminal contra um colega, a contar de quando o Supremo enviar o pedido ao Congresso.

    Defensores da medida dizem que a proposta é uma reação ao que chamam de abuso de poder do Supremo Tribunal Federal (STF) e que as medidas restabelecem prerrogativas originais previstas na Constituição de 1988, mas que foram mudadas posteriormente.

    Retorno ao passado

    Os críticos, por sua vez, acusam que a PEC é um retorno ao que vigorava antes de 2001, quando o Congresso aprovou uma emenda para derrubar a exigência de autorização parlamentar para se processar parlamentares.

    Na época, a decisão foi tomada diante de centenas de casos de impunidade de senadores e deputados investigados em crimes que incluíam corrupção, assassinatos e tráfico de drogas que chocaram a opinião pública durante toda a década de 1990.

    Movimentos de combate à corrupção também acusam os deputados que votaram a favor da medida de tentarem escapar de investigações em curso no STF sobre desvios na aplicação de emendas parlamentares.

    Tramitação

    Após ser aprovada em dois turnos na Câmara, a PEC foi enviada ao Senado, onde deve enfrentar resistência. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Otto Alencar (PSD-BA), demonstrou indignação com a iniciativa.

    “A repulsa à PEC da Blindagem está estampada nos olhos surpresos do povo, mas a Câmara dos Deputados se esforça a não enxergar. Tenho posição contrária”, declarou o senador nas redes sociais.

    Locais dos atos

    AL

    Maceió – 9h – Sete Coqueiros – Praia do Pajuçara

    AM
    Manaus – 8h – Av. Getúlio Vargas

    AP
    Macapá – 16h – Teatro das Bacabeiras

    BA
    Salvador – 9h – Morro do Cristo

    CE
    Fortaleza – 15h30 – Estátua de Iracema Guardiã, Av. Beira Mar, 1140

    DF
    Brasília – 9h – Concentração no Museu Nacional

    ES

    Vitória – 15h – ALES

    GO
    Goiânia – 16h – Praça Universitária

    MA
    São Luis – 9h – Praça da Igreja do Carmo

    MG

    Belo Horizonte – 9h – Praça Raul Soares
    Juiz de Fora – 10h – Praça da Estação
    Serra do Cipó – 10h – Praça
    Uberaba – 10h30 – Feira da Abadia
    Uberlândia – 9h – Feira Livre do Bairro Luizote
    Pirapora – 8h30 – Rotatória Av. Pio XII
    Ituiutaba – 9h – Feira da Junqueira
    Alfenas – 10h – Praça do Coliseu
    Montes Claros – 9h – Parque Municipal Milton Prates

    MT

    Cuiabá – 8h – Praça Cultural do CPA II

    Cuiabá – 14h – Praça Alencastro

    MS

    Campo Grande – 8h – 14 de Julho com Afonso Pena

    Corumbá – 15h – 13 de Junho com Frei Mariano

    Dourados  – 9h – Feira Central (Cafelândia, 490)

    PA
    Belém – 9h – Praça da República

    PB

    João Pessoa – 09h – Busto do Tamandaré

    PE
    Recife – 14h – Ginásio Pernambucano – Rua da Aurora

    PR
    Curitiba – 14h – Boca Maldita

    RJ
    Rio de Janeiro – 14h – Posto 5 de Copacabana

    RN
    Natal – 15h – Midway

    RO

    Porto Velho – 16h – Pça da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré

    RS
    Porto Alegre – 14h – Redenção

    SC
    Florianópolis – 13h – Ponte Hercílio Luz ( em frente ao Parque da Luz)
    Itajaí – 14h – Praça do Centro de Eventos
    Jaraguá do Sul – 14h – Praça da Meia Luz
    Joinville – 14h -Praça da Bandeira

    SE
    Aracaju – 16h – Praia da Cinelândia

    SP

    Bauru – 16h – Vitória Régia
    Ribeirão Preto – 15h30 – Praça Spadoni
    Santos – 16h – Praça da Cidadania Av Ana Costa, 340
    São Paulo – 14h – MASP
    São Paulo – PEDALULA – Concentração 13h13, saída às 14h – Praça do Ciclista (Av. Paulista 2440)

    Atos contra anistia e a PEC da Blindagem ocorrem hoje em todo país

  • Lula viaja neste domingo aos EUA para Assembleia Geral da ONU

    Lula viaja neste domingo aos EUA para Assembleia Geral da ONU

    Como tradição desde 1955, o Brasil será o primeiro Estado-membro a discursar na abertura do debate geral. Lula falará na terça-feira (23) de manhã, logo após os discursos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e da presidente da 80ª assembleia geral, Annalena Baerbock.

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca neste domingo (21), às 10h, para os Estados Unidos (EUA) para participar da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas. A assembleia ocorre entre os dias 22 e 24 de setembro em Nova York. Lula será acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e por outros ministros e especialistas que integram a comitiva.

    Como tradição desde 1955, o Brasil será o primeiro Estado-membro a discursar na abertura do debate geral. Lula falará na terça-feira (23) de manhã, logo após os discursos do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e da presidente da 80ª assembleia geral, Annalena Baerbock.

    Além de apresentar prioridades da política externa brasileira, o presidente deve participar de encontros que discutem desde o cenário na Palestina até a crise climática, em preparação para a 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima (COP30), que ocorre em Belém em novembro.

     

    Palestina

    Durante a viagem a Nova York, Lula participa, na segunda-feira (22), da segunda sessão da Confederação Internacional de Alto Nível para Resolução Pacífica da Questão Palestina e a Implementação da Solução de Dois Estados, convocada pela França e pela Arábia Saudita.

    Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro espera que o momento sirva de oportunidade para que mais países reconheçam a Palestina como Estado – além do Brasil, outras 147 nações já reconhecem a Palestina. Países como França, Reino Unido, Canadá e Portugal manifestaram interesse em fazer o mesmo durante o encontro da ONU.

    Democracia

    Na quarta-feira (24), o presidente participa da segunda edição do evento Em Defesa da Democracia e Contra o Extremismo, acompanhado de representantes de cerca de 30 países. Além do Brasil, lideram a iniciativa os presidentes do Chile, Gabriel Boric, e da Espanha, Pedro Sánchez.

    De acordo com o Itamaraty, a iniciativa pretende avançar em uma diplomacia ativa, que promova a cooperação internacional contra a deterioração das instituições, a desinformação, o discurso de ódio e a desigualdade social. O primeiro encontro sobre democracia ocorreu no Chile, em julho, quando foi publicada uma declaração conjunta.

    Crise climática

    Também no dia 24, um evento sobre crise climática – outra prioridade da agenda de Lula em Nova York – será copresidido pelo Brasil e pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. O encontro deve incluir a apresentação de novas contribuições nacionalmente determinadas (NDC, na sigla em inglês).

    O presidente ainda participa, em Nova York, de evento organizado pelo Brasil para ampliar o apoio à construção do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, a ser lançado em Belém com o objetivo de financiar a preservação de florestas. Outra agenda é o encontro promovido pelo Centro Global de Adaptação para discutir mecanismos de adaptação à mudança climática.

    A delegação brasileira também deve participar, a partir do dia 22 de setembro, da Semana do Clima de Nova York 2025. O encontro, que promove cerca de 500 eventos com lideranças de governos e da sociedade civil do planeta, ocorre desde 2009 de forma simultânea à Assembleia Geral da ONU e serve como evento preparatório à COP30.

    Lula viaja neste domingo aos EUA para Assembleia Geral da ONU

  • Flávio Bolsonaro critica articulação contra anistia e diz que PEC da blindagem é sobrevivência

    Flávio Bolsonaro critica articulação contra anistia e diz que PEC da blindagem é sobrevivência

    “Ninguém acha antidemocrático o ministro do Supremo ligar para o presidente da Câmara dos Deputados e falar: ‘Olha, que papo é esse aí de projeto de anistia que vocês estão discutindo? Eu quero ver esse texto, manda para cá que eu quero ver se eu autorizo’”, afirmou durante evento na Itália, onde está para visitar a deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa desde julho.

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), criticou neste sábado, 20, a articulação entre setores do Congresso e a integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) para articular um texto alternativo à anistia que traga apenas a redução de penas. Segundo Flávio, as pessoas não se questionam se isso é antidemocrático.

    “Ninguém acha antidemocrático o ministro do Supremo ligar para o presidente da Câmara dos Deputados e falar: ‘Olha, que papo é esse aí de projeto de anistia que vocês estão discutindo? Eu quero ver esse texto, manda para cá que eu quero ver se eu autorizo’”, afirmou durante evento na Itália, onde está para visitar a deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa desde julho.

     

    Nesta semana, o ex-presidente Michel Temer (MDB) e os deputados Paulinho da Força (Solidariedade-SP) e Aécio Neves (PSDB-MG) reuniram-se para costurar um texto para regular a dosimetria de penas para atos golpistas. Segundo Temer, o texto poderia contar com o apoio do STF.

     

    Flávio também afirmou que a Proposta de Emenda à Constituição para blindar parlamentares é questão de sobrevivência e um “instrumento razoável”. Ele argumenta que o STF tem aberto processos e prendido parlamentares sem motivo.

     

    “É PEC da impunidade ou PEC da sobrevivência? Por que alguém tem dúvida disso ou isso tem que ser dito com todas as letras que hoje o Supremo manda no Congresso Nacional? Que hoje as votações são influenciadas com pressão de ministro do Supremo? Aí, tem uma PEC que, obviamente, a partir do momento que ministro do Supremo abre processo contra parlamentares por nada, me parece um instrumento razoável de sobrevivência”, falou.

     

    Flávio voltou a criticar decisões monocráticas do STF que anulam decisões do Congresso, como no caso do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF): “Um ministro, numa canetada, anula toda a decisão do Congresso Nacional. Atropela sozinho 484 parlamentares”.

    Flávio Bolsonaro critica articulação contra anistia e diz que PEC da blindagem é sobrevivência

  • 83% de menções sobre PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas, segundo Quaest

    83% de menções sobre PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas, segundo Quaest

    Segundo a Quaest, por hora, 24 mil menções sobre a PEC da Blindagem são feitas nas redes sociais, alcançando 44 milhões de internautas.

    Pesquisa do instituto Quaest divulgada neste sábado, 20, aponta que 83% das menções de internautas sobre a PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas. Outros 17% são favoráveis à proposta, aprovada na Câmara na última terça-feira, 16. O total de publicações sobre o tema desde a votação na Casa foi de 2,3 milhões.

    Segundo a Quaest, por hora, 24 mil menções sobre a PEC da Blindagem são feitas nas redes sociais, alcançando 44 milhões de internautas.

    O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e a própria Casa são relacionados em 46% das menções. Em 28% das publicações, o foco está em manifestações contrárias à PEC, com 12% citando a participação de artistas em atos nas ruas. O projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) são mencionados em 15%.

    Segundo a Quaest, parlamentares aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) impulsionaram postagens críticas que nomearam a proposta como \”PEC da Bandidagem\”. Influenciadores de esquerda, por sua vez, reviveram a frase \”Congresso inimigo do povo\”.

    Já os defensores da proposta endossaram críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e relembraram decisões contrárias à Operação Lava Jato. Internautas alinhados à direita publicaram, em massa, que a PEC é única alternativa para barrar supostos excessos da Corte.

    83% de menções sobre PEC da Blindagem nas redes sociais são negativas, segundo Quaest

  • BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

    BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

    O plano de socorro a empresas exportadoras prevê um total de R$ 40 bilhões em crédito para negócios afetados pela barreira comercial que aplica taxas de até 50% às exportações brasileiras.

    Em dois dias após a abertura para pedidos, o plano Brasil Soberano aprovou R$ 1,2 bilhão em financiamento para empresas afetadas pelo tarifaço americano.

    O plano de socorro a empresas exportadoras prevê um total de R$ 40 bilhões em crédito para negócios afetados pela barreira comercial que aplica taxas de até 50% às exportações brasileiras.

    O balanço de pedido e aprovação foi divulgado na noite de sexta-feira (19) pelo

    Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), banco de fomento do governo federal.

     

    No período, o total de pedidos de 533 empresas chegou a R$ 3,1 bilhão. Ou seja, 1,9 bilhão anda estão em análise.

    O total de R$ 40 bilhões do Brasil Soberano inclui R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões de recursos do próprio BNDES.

    Os recursos são emprestados a juros subsidiados, ou seja, mais baixo do que cobram os demais bancos. Uma das contrapartidas das empresas que se habilitam a receber os empréstimos é não realizar demissões.

    Os financiamentos são para linhas de capital de giro (contas do dia a dia, como salário e pagamento de fornecedores), investimentos em adaptação da atividade produtiva, compra de máquinas e equipamentos e busca de novos mercados.

    Quem pediu empréstimo

    Na quinta e na sexta-feira, foram realizadas 75 operações de crédito, todas na linha destinada a capital de giro.

    Nos primeiros dias de aprovação, 84,1% dos recursos aprovados foram empresas da indústria de transformação (seguimento que transforma matéria-prima em um produto final ou intermediário, que vai ser novamente modificado por outra indústria).

    Em seguida aparecem agropecuária (6,1%), comércio e serviços (5,7%) e indústria extrativa (4,2%).

    Quase um terço do valor total aprovado (30%) foi solicitado por pequenas e médias empresas.

    Ao todal, 2.236 empresas acessaram o sistema do BNDES para fazer consultas no Brasil Soberano, sendo 533 elegíveis, isto é, com pelo menos 5% do faturamento bruto total, no período de julho de 2024 a julho de 2025, composto por produto na lista de tarifação.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, aponta agilidade na aprovação de recursos e atribui isso ao compromisso do banco e 50 instituições financeiras parceiras.

    “Nosso objetivo é proteger os empregos e fortalecer as empresas e a economia, inclusive estimulando a participação em novos mercados”, diz.

    Dos valores ainda em análise, R$ 1,7 bilhão são referentes à linha destinada à busca de novos mercados.

    Como acessar

    O primeiro passo para acessar os recursos é consultar se a empresa é elegível para o plano de socorro. A consulta pode ser feita no site do BNDES. 

    Os interessados precisarão se autenticar utilizando a plataforma GOV.BR, exclusivamente por meio do certificado digital da empresa.

    Caso o sistema indique que a empresa é apta ao crédito, a recomendação é entrar em contato com o banco com o qual já tem relacionamento. Grandes empresas podem procurar diretamente o BNDES.

    Efeitos do tarifaço

    Um levantamento da Câmara Americana de Comércio para o Brasil (Amcham Brasil), entidade sem fins lucrativos que representa empresas que atuam no comércio entre os dois países, estima que as exportações de produtos afetados pelo tarifaço americano caíram 22,4% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2024.

    Os Estados Unidos são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, perdendo apenas para a China.

    De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o tarifaço de 50% incide em cerca de um terço (35,9%) das exportações brasileiras para os Estados Unidos.

    O governo de Donald Trump assinou uma ordem executiva que estipulou a cobrança de taxas de até 50% a partir de 6 de agosto, mas deixou cerca de 700 produtos em uma lista de exceções. Entre eles estão suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis, incluindo motores, peças e componentes. Também ficaram de fora produtos como polpa de madeira, celulose, metais preciosos, energia e produtos energéticos.

    Trump alega que os americanos têm déficit comercial (compram mais do que vendem) com o Brasil – o que é desmentido por números oficiais de ambos os países.

    O presidente americano usou como justificativa o tratamento dado pelo Brasil ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que considera ser perseguido. Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, em julgamento que terminou na semana passada.

    BNDES aprova R$ 1,2 bi para empresas afetadas pelo tarifaço

  • Correios estimam precisar de R$ 7 bi para fechar contas

    Correios estimam precisar de R$ 7 bi para fechar contas

    As negociações sobre um plano de socorro ganharam força após a escolha de Emmanoel Schmidt Rondon para a presidência da estatal, em substituição a Fabiano Silva dos Santos, que havia pedido demissão no início de julho. O nome de Rondon foi aprovado pelo Conselho de Administração, e a expectativa é de que a mudança na liderança sensibilize a equipe econômica para uma solução.

    Em meio a uma crise financeira sem precedentes, os Correios calculam que precisarão de um aporte bilionário do Tesouro Nacional para manter as operações e recuperar a capacidade de pagamento. A previsão é de que sejam necessários R$ 2 bilhões ainda em 2025 e mais R$ 5 bilhões em 2026 para reequilibrar as contas e permitir que a empresa obtenha empréstimos no setor financeiro.

    As negociações sobre um plano de socorro ganharam força após a escolha de Emmanoel Schmidt Rondon para a presidência da estatal, em substituição a Fabiano Silva dos Santos, que havia pedido demissão no início de julho. O nome de Rondon foi aprovado pelo Conselho de Administração, e a expectativa é de que a mudança na liderança sensibilize a equipe econômica para uma solução.

    Resistência da Fazenda

    O Ministério da Fazenda admite a gravidade da crise, mas integrantes da equipe econômica resistem ao aporte bilionário. Se os recursos forem liberados, os Correios passariam a ser classificados como empresa dependente, o que obrigaria o governo a incluir todos os gastos da estatal — cerca de R$ 20 bilhões — no já apertado Orçamento da União, reduzindo espaço para outras políticas públicas.

    Aliados do ministro Fernando Haddad defendem que é preciso antes decidir se os Correios continuarão com a obrigação de universalizar o serviço postal. Esse modelo, apontam, é deficitário e consome grande parte das receitas da empresa. No cenário atual, a Fazenda avalia inclusive dividir essa obrigação com outros atores do mercado, mantendo os Correios apenas como mais um participante do setor.

    Prejuízos crescentes e mudanças internas

    A troca de comando é vista como etapa essencial antes de qualquer decisão. No primeiro semestre deste ano, o prejuízo da estatal mais do que triplicou em relação ao mesmo período de 2024, saltando de R$ 1,35 bilhão para R$ 4,37 bilhões. O governo anterior, de Jair Bolsonaro, trabalhava com a perspectiva de privatização, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abandonou a ideia.

    Com dificuldades para pagar fornecedores e até o fundo de pensão dos funcionários, a empresa tem conseguido manter os salários em dia apenas atrasando outros compromissos financeiros.

    Rondon, considerado um nome técnico, deve promover mudanças nas diretorias, hoje influenciadas pelo União Brasil — partido que deixou a base governista. Das cinco diretorias, três são ligadas à legenda. A reformulação deve atingir também o Postal Saúde e o Postalis, fundo de pensão dos empregados. Devem permanecer nos cargos Juliana Picoli Agatte, de Governança e Gestão, e Loiane Bezerra de Macedo, da área Financeira.

    Saída de Fabiano Silva

    Fabiano Silva, ligado ao grupo Prerrogativas e alinhado a Lula, deixou o cargo após críticas à sua gestão vindas da Fazenda e da Casa Civil. O fraco desempenho financeiro e a dificuldade em cortar despesas, principalmente com pessoal — que responde por 60% dos custos fixos —, pesaram na decisão.

    Em carta de despedida, Silva afirmou que encerrou um ciclo e destacou avanços como a criação de CEPs em 10 mil comunidades, investimentos de R$ 1,8 bilhão e prêmios recebidos pela estatal.

    Correios estimam precisar de R$ 7 bi para fechar contas

  • BC estuda ampliar prazo de bloqueio de transações para bancos terem tempo maior de análise

    BC estuda ampliar prazo de bloqueio de transações para bancos terem tempo maior de análise

    Pela regra atual, uma operação a partir de um determinado valor, definido pelo banco levando em conta o perfil do cliente, pode ficar cerca de uma hora na espera até ser efetivada.

    ADRIANA FERNANDES E NATHALIA GARCIA
    BRASÍLIA, DF (FROLHAPRESS) – O Banco Central estuda ampliar o prazo de bloqueio de transações de grandes somas de dinheiro para que as instituições tenham um tempo maior de análise dessas operações. Essa é uma das novas medidas emergenciais discutidas pela autarquia para fechar brechas usadas por hackers em ataques e reforçar a segurança do sistema financeiro.

    Pela regra atual, uma operação a partir de um determinado valor, definido pelo banco levando em conta o perfil do cliente, pode ficar cerca de uma hora na espera até ser efetivada.

    A ideia é aumentar esse intervalo para que as instituições possam checar a origem dos recursos que serão transferidos e ter certeza de que se trata de dinheiro lícito. Seguem em discussão tanto o tempo de análise quanto o valor a ser enquadrado nessa medida.

    A expectativa é que essa mudança seja aprovada no próximo mês. Antes disso, o BC deve anunciar novidades com relação ao Pix. Na próxima semana, está prevista a atualização do regulamento e do manual de penalidades do sistema de pagamentos instantâneos. Também devem ser anunciadas outras iniciativas numa segunda etapa do pacote de medidas de proteção ao sistema.

    Uma delas é impedir que uma transferência seja efetivada para uma conta associada a uma chave Pix que conste como bloqueada no DICT (Diretório de Identificadores de Contas Transacionais) -a base de dados do BC que armazena as chaves Pix. Isso significa que essa operação seria automaticamente inviabilizada após a constatação do bloqueio.

    Outra mudança é a expansão do bloqueio cautelar para pessoas jurídicas nas operações via Pix. Esse mecanismo permite ao banco bloquear os recursos na conta do cliente que recebeu o dinheiro em caso de suspeita de fraude, para que seja feita uma análise mais aprofundada da operação. A regra é válida hoje para contas de pessoa física.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, o objetivo é reduzir fraudes envolvendo contas abertas por MEIs (Microempreendedores Individuais). Discute-se associar a operação fraudulenta à pessoa física por trás da microempresa, de forma a coibir a atuação dos infratores.

    Além disso, estará disponível, a partir de 23 de novembro (para uso facultativo), um aperfeiçoamento do MED (Mecanismo Especial de Devolução), usado pelos brasileiros para pedir a devolução de um Pix após serem vítimas de golpe, fraude ou coerção. A funcionalidade será obrigatória aos participantes do Pix a partir de 2 de fevereiro de 2026.

    O sistema atual analisa só a primeira conta que recebeu a transferência, mas criminosos pulverizam o valor rapidamente em várias contas. Com o chamado MED 2.0, as instituições deverão rastrear o trajeto do dinheiro ao longo de mais níveis de transferências. Com isso, a autoridade monetária espera facilitar a identificação do fluxo dos recursos e, consequentemente, ajudar as autoridades a localizar mais rapidamente os criminosos.

    O aperto em brechas tecnológicas e regulatórias que fragilizam a segurança do sistema financeiro já constava na agenda regulatória do BC para este ano, mas o tema ganhou mais urgência depois dos ataques hackers que provocaram desvios milionários de recursos.

    A orientação do presidente do BC, Gabriel Galípolo, é acelerar a implementação do próximo ciclo de medidas regulatórias emergenciais e estruturantes com cautela para não prejudicar a agenda de inovação nem inibir maior concorrência no sistema bancário brasileiro, que permitiu o desenvolvimento do Pix, das fintechs e maior bancarização da população de renda mais baixa.
    A equipe de Galípolo está mapeando as vulnerabilidades do sistema para aplicar as medidas corretivas, buscando aumentar a robustez.

    Um novo sistema de alertas de movimentações atípicas tem ajudado nesse trabalho, de acordo com pessoas a par do tema. Ele vem funcionando como uma sirene para os bancos e outras instituições reforçarem rapidamente os seus instrumentos de segurança.

    Nos últimos dias, o Banco Central colocou em consulta pública, pelo período de 45 dias, dois normativos. O primeiro trata da criação de um indicador de liquidez de curto prazo simplificado e da ampliação do escopo de aplicação do indicador de liquidez de curto prazo, a fim de verificar se as instituições financeiras estão cumprindo os requisitos prudenciais.

    “A proposta tem como objetivo fortalecer a capacidade das instituições financeiras de manter reservas de ativos líquidos para enfrentar períodos de escassez de liquidez, garantindo o cumprimento de obrigações, a continuidade das operações e a estabilidade do sistema financeiro”, disse o BC em nota.

    O segundo visa ao aprimoramento da regulamentação do serviço de pagamento ou transferência internacional, conhecido como eFX.
    Segundo as propostas do BC, o eFX passará a ser oferecido apenas por instituições autorizadas, que deverão reportar mensalmente ao regulador informações sobre as transações e as movimentações em reais do prestador. Prevê também que o serviço poderá viabilizar transferências relacionadas a investimentos no mercado financeiro e de valores mobiliários, limitadas ao equivalente a US$ 10 mil por transação.

    Por meio dessa consulta pública, o BC também busca subsídios sobre a possibilidade de prestação do serviço de eFX por meio de BaaS (Banking as a Service) -a regulamentação desse setor também está sendo trabalhada pela autoridade monetária neste semestre.
    Já a proposta que prevê criminalizar os CPFs (Cadastros de Pessoas Físicas) associados a contas laranja esbarra em alguns entraves dentro da autoridade monetária.

    Um deles é o entendimento de que a medida depende de uma lei e que o BC não tem competência para obrigar uma instituição financeira a criminalizar um cliente. Outro ponto questionado é que a criminalização pode responsabilizar pessoas que, na verdade, foram vítimas de criminosos e não deveriam ter suas movimentações afetadas.

    ATAQUES HACKERS
    Neste ano, foram registrados até agora oito incidentes cibernéticos, com desvios que somam cerca de R$ 1,5 bilhão ao todo -cerca de R$ 850 milhões foram recuperados.

    Dois deles ocorreram depois de 5 de setembro, quando o BC anunciou as primeiras medidas emergenciais para reforçar protocolos de segurança do sistema financeiro.

    Em um dos casos mais recentes, o montante ficou em torno de R$ 10 milhões e, no outro, o valor foi pouco significativo. Um total de 15 instituições financeiras tiveram recursos desviados pelos hackers.
    Os ataques se intensificaram após a megaoperação realizada contra a atuação do PCC (Primeiro Comando da Capital) em negócios regulares da economia formal, como os setores de combustíveis e o financeiro.

    Os casos mais expressivos foram os ataques que atingiram a C&M Software, ocorrido em 30 de junho, e a empresa Sinqia, no fim de agosto.

    Segundo relato feito à Folha, as instituições deram a “chave do cofre” para os prestadores de serviços de tecnologia acessarem as contas mantidas por elas no BC. Para coibir esse tipo de prática, o regulador vetou o compartilhamento com os prestadores de chaves privadas utilizadas para a assinatura das mensagens.

    O sistema do Banco Central não foi comprometido em nenhum dos episódios. A rede do sistema de pagamentos é fechada e só as instituições autorizadas podem entrar. O BC tem a sua própria estrutura de computadores e armazenamento de dados.

    Após o incidente de segurança envolvendo a C&M, o BC estabeleceu um novo processo interno de detecção de movimentações atípicas no Pix, oferecendo informações em tempo real para as instituições financeiras a fim de mitigar a ocorrência de novos ataques.

    Nesta quinta (18), em seminário sobre crédito consignado na sede do Banco Central, em Brasília, Galípolo defendeu avanço na segurança, dizendo que esse tema é “inegociável” ao sistema financeiro.

    “Antigamente, quando você via um assalto ao banco ou a um carro forte, conseguia enxergar que aquele era um caso que aconteceu especificamente naquele banco, hoje em dia, com a coisa virtual fica mais complexo e se confunde”, afirmou.

    O papel do Banco Central é ter a condição institucional e a coragem para se apresentar, para cooperar e estar junto dos demais Poderes para que a gente possa ter a melhor solução que existe para o cidadão e para a nossa população”, acrescentou.

    NOVAS MEDIDAS PREVISTAS OU EM DISCUSSÃO PELO BC
    Consultas públicas sobre requerimentos de liquidez de instituições financeiras e sobre serviços de pagamento ou transferência internacional (eFX); Atualização do regulamento e do manual de penalidades do Pix; Retorno de erro em consulta a chave Pix bloqueada na base de dados do BC, inviabilizando a transferência de recursos; Expansão do bloqueio cautelar para pessoas jurídicas nas operações via Pix; Ampliação do prazo de bloqueio de transações de quantias elevadas por instituições financeiras (tempo e valor em estudo); Aperfeiçoamento do MED (Mecanismo Especial de Devolução) para mapear melhor o fluxo de recursos desviados; Criação de normas para prestação de serviços no modelo BaaS (Banking as a Service); Regulamentação de contas-bolsão (abertas por fintechs de pequeno porte em bancos tradicionais e outras instituições de pagamento); Criminalização de CPFs (Cadastros de Pessoas Físicas) associados a contas laranja.

    INICIATIVAS ANUNCIADAS RECENTEMENTE
    Criação de limite de R$ 15 mil no valor das operações de TED e Pix para instituições de pagamento não autorizadas e para instituições que se conectam ao sistema financeiro por meio dos chamados PSTIs (Prestadores de Serviços de Tecnologia da Informação); Nenhuma instituição de pagamento pode começar a operar sem prévia autorização do BC; Prazo final para que instituições de pagamento não autorizadas solicitem aval para funcionamento ao BC foi antecipado de 2029 para maio do ano que vem; Aumento dos requisitos e controles para o credenciamento dos prestadores de serviços de tecnologia da informação, com exigência de capital mínimo de R$ 15 milhões Poderão atuar como responsáveis no Pix por instituições de pagamento não autorizadas somente integrantes dos segmentos S1 (porte maior ou igual a 10% do PIB), S2 (de 1% a 10% do PIB), S3 (de 0,1% a 1% do PIB) ou S4 (inferior a 0,1% do PIB) que não sejam cooperativas; Instituições financeiras passam a ser obrigadas a rejeitar pagamentos para contas suspeitas de envolvimento em fraudes.

    BC estuda ampliar prazo de bloqueio de transações para bancos terem tempo maior de análise

  • Eduardo Bolsonaro rebate Paulinho e Valdemar e diz que não aceita redução de penas

    Eduardo Bolsonaro rebate Paulinho e Valdemar e diz que não aceita redução de penas

    Como mostrou a Folha, Paulinho, que é próximo do ministro Alexandre de Moras, do STF (Supremo Tribunal Federal), e descarta que seu projeto estabeleça anistia -o texto tratará apenas de redução de penas para os condenados por atos golpistas, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    CAROLINA LINHARES
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, rebateu, nesta sexta-feira (19), o relator do projeto de anistia, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

    Como mostrou a Folha, Paulinho, que é próximo do ministro Alexandre de Moras, do STF (Supremo Tribunal Federal), e descarta que seu projeto estabeleça anistia -o texto tratará apenas de redução de penas para os condenados por atos golpistas, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “Paulinho da Força, vou retribuir o conselho que me deu, sobre colocar a mão na consciência. Entenda de uma vez por todas: eu não abri mão da minha vida no Brasil e arrisquei tudo para trazer justiça e liberdade para meu povo em troca de algum acordo indecoroso e infame como o que está propondo”, publicou no X.

    Eduardo viajou para os EUA em março, de onde comanda uma campanha para que o presidente americano, Donald Trump, determine punições a autoridades brasileiras, além de ter articulado o tarifaço contra produtos brasileiros, com o objetivo de livrar o pai da prisão.

    “Um conselho de amigo, muito cuidado para você não acabar sendo visto como um colaborador do regime de exceção. Alguém que foi posto pelo Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita. […] A anistia ampla, geral e irrestrita não está sob negociação. […] Não há qualquer possibilidade de aceitarmos a mera dosimetria das penas em processos completamente nulos e ilegais, advindos de inquéritos abusivos e absolutamente inconstitucionais”, afirmou.

    Em entrevista à Folha de S.Paulo, Paulinho afirmou que seu texto não irá afrontar o STF. “Eu não vou construir nenhum projeto que afronte o Supremo. Eu sou o maior defensor do Supremo no Tribunal Federal”, disse.

    “Essa redução de pena, que nem anistia é, não vai trazer pacificação”, respondeu Eduardo em vídeo nas redes. “A decisão mais simples é votar contra qualquer redução de penas e a favor unicamente de uma anistia.”

    O deputado também rebateu Valdemar, que em entrevista à Folha afirmou que o deputado, que vem ameaçando lançar uma candidatura à Presidência à revelia de Bolsonaro, mataria o pai se fizer isso.

    “Não acredito que brigue com o pai dele… Vai ajudar a matar o pai de vez?”, questionou.

    “Dizer que um filho ajudaria matar o próprio pai, se ele não aceitar as chantagens que até seus aliados mais próximos estão fazendo com ele, é de uma canalhice que não esperava nem mesmo de você, Valdemar. Aguardo suas desculpas públicas e espero que você só tenha se atrapalhado, mais uma vez, com as palavras”, disse Eduardo ao jornal O Globo.

    Eduardo Bolsonaro rebate Paulinho e Valdemar e diz que não aceita redução de penas

  • Ministro do Turismo abandona governo após ultimato do partido

    Ministro do Turismo abandona governo após ultimato do partido

    O ministro do Turismo do Brasil, Celso Sabino, informou o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva que irá renunciar ao cargo nos próximos dias, após um ultimato do partido de centro-direita a que pertence.

    De acordo com a agência de notícias pública Agência Brasil, Sabino visitou na sexta-feira a residência oficial de Lula da Silva, o Palácio da Alvorada, onde manteve uma conversa de mais de uma hora com o Presidente.

    O ministro deve permanecer no cargo durante alguns dias para cumprir alguns compromissos, com a saída prevista para a próxima semana, quando Lula retornar da Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

    A organização da Cúpula do Clima da ONU, a COP30, que será realizada em novembro na cidade brasileira de Belém, tem sido um dos projetos em que Sabino tem trabalhado mais de perto com o Presidente brasileiro.

    No dia 2 de setembro, dois partidos de centro-direita, União Brasil e Progressistas, anunciaram a saída do governo brasileiro e exigiram a renúncia dos dois ministros que ocupam cargos no Executivo de Lula.

    Os ministros afetados são os titulares das pastas do Turismo, Celso Sabino, e do Esporte, André Fufuca.

    Mas o União Brasil deu depois 24 horas para que todos os dirigentes nomeados por indicação do partido, em sua maioria em cargos secundários e em empresas estatais, pedissem demissão.

    Isso ocorreu após a publicação de uma reportagem que ligava o presidente do partido ao Primeiro Comando da Capital (PCC), o maior grupo criminoso do país.

    A reportagem — elaborada por cinco jornalistas, entre eles Leonardo Demori, apresentador de uma televisão estatal — acusa o presidente do União Brasil, Antonio de Rueda, de ser proprietário de aeronaves operadas pelo PCC.

    Uma acusação que Rueda negou.

    A reportagem inclui o depoimento em que o piloto Mauro Caputti Mattosinho disse à Polícia Federal que o político é dono de pelo menos quatro aeronaves operadas por uma empresa aeronáutica ligada a “Beto Louco” e “Primo”, que estão sendo investigados por suposta lavagem de dinheiro para o PCC.

    Em meados de agosto, o União Brasil e os Progressistas anunciaram a formação de uma federação no Parlamento, um acordo que lhes permite funcionar como um único partido no Legislativo, embora mantenham sua independência organizacional.

    A nova federação, chamada União Progressista, tem a maior bancada no Congresso Nacional, com 109 deputados e 15 senadores.

    Até agora, parte dos seus deputados apoiava as políticas do governo no Legislativo e outra parte votava alinhada com a oposição.

    Um dos principais defensores da ruptura com o governo é o senador Ciro Nogueira, presidente do Progressistas e ex-ministro da Casa Civil durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022).

    Nogueira declarou publicamente que considera embaraçoso o fato de o partido continuar a fazer parte do governo de Lula.

    Ministro do Turismo abandona governo após ultimato do partido