Categoria: Uncategorized

  • 61% dizem não votar em candidato que promete livrar Bolsonaro, diz Datafolha

    61% dizem não votar em candidato que promete livrar Bolsonaro, diz Datafolha

    Bolsonaro está no banco dos réus do julgamento da trama golpista no STF, que para ele e o presidente americano Donald Trump é uma farsa persecutória

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A quase um ano do início da campanha presidencial, o tema do golpismo ressoa com força entre os eleitores. Segundo o Datafolha, 61% dos brasileiros não votariam em um candidato que prometesse livrar de qualquer pena ou punição Jair Bolsonaro (PL), seus aliados acusados de tramar contra a democracia e os condenados pelo 8 de Janeiro.

    Na pesquisa realizada nos dias 29 e 30 de julho, que ouviu 2.004 pessoas e tem margem de erro de dois pontos para mais ou menos, o instituto aferiu que 19% dos ouvidos votariam com certeza em um nome com essa agenda, e 14% talvez o fizessem. Já 6% não souberam responder.

    O tema é uma pedra no sapato da direita. Presidentes podem indultar presos, mas a jurisprudência estabelecida no Supremo Tribunal Federal indica que isso não vale para crimes contra a democracia e o Estado de Direito –foi o que ocorreu quando a corte derrubou o perdão de Bolsonaro ao ex-deputado Daniel Silveira, condenado por ameaça às instituições que hoje está em regime semiaberto.

    Bolsonaro está no banco dos réus do julgamento da trama golpista no STF, que para ele e o presidente americano Donald Trump é uma farsa persecutória.

    O aliado em Washington até deu ao ex-mandatário um duvidoso presente ao usar sua situação jurídica como uma das razões para colocar o Brasil no topo de sua guerra comercial, aumentando tarifas de importação de produtos brasileiros a 50%.

    Isso deixou aliados de Bolsonaro no poder nos estados, como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), em apuros. O governador, assim como Romeu Zema (Novo-MG), saiu em defesa de Bolsonaro, e acabou tendo de mudar o discurso de apoio a uma medida contrária ao Brasil.

    A reviravolta levou o fogo do bolsonarismo contra Tarcísio, que buscou submergir na crise após se colocar como interlocutor de quem quisesse. Com efeito, ele marcou um procedimento médico para este domingo (3), quando defensores da anistia o queriam no palanque na avenida Paulista.

    Mas ele já foi claro ao dizer, assim como Zema, Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e também outros mandatários sem as pretensões presidenciais do trio, que anistiaria Bolsonaro, que foi seu chefe no governo passado e o lançou do nada para a disputa que o levou ao Palácio dos Bandeirantes.

    Numa faixa intermediária corre Ratinho Jr., o governador do Paraná pelo PSD, que já defendeu anistiar os envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro.

    No Congresso Nacional, os bolsonaristas já viram perder ímpeto um projeto de lei visando a anistia dos 480 condenados em 1.500 ações penais no Supremo acerca do episódio, que na prática estenderia o perdão ao ex-presidente.

    A rejeição popular à anistia, que já era clara em pesquisas anteriores do Datafolha sem vincular a ideia ao perdão específico a Bolsonaro por um candidato eleito presidente, e o desgaste da crise com Trump enterraram por ora a ideia.

    61% dizem não votar em candidato que promete livrar Bolsonaro, diz Datafolha

  • SRI/ Gleisi Hoffmann: temos de taxar bancos, bilionários e as bets

    SRI/ Gleisi Hoffmann: temos de taxar bancos, bilionários e as bets

    “Temos que taxar bancos, bilionários e bets. Essa gente não pode continuar ganhando dinheiro”, afirmou Gleisi Hoffmann

    A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o governo precisa avançar no projeto que prevê a taxação de bets, bilionários e bancos, a chamada tributação “BBB”, e melhorar a distribuição de renda no País.

    “Temos que taxar bancos, bilionários e bets. Essa gente não pode continuar ganhando dinheiro”, afirmou durante o 17º Encontro Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). Hoffmann também cobrou do Congresso a aprovação do projeto que permite a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e da Medida Provisória (MP) que amplia a isenção da conta de luz.

    Durante a participação, ela disse acreditar numa nova vitória do partido na eleição de 2026, enalteceu o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e comentou que o País apresenta crescimento econômico de 3%, enquanto acreditavam que não seria nem de 1%. “Em dois anos e meio do seu governo, fizemos mais do que nos 13 anos anteriores. Conseguimos reconstruir e solidificar projetos”, afirmou.

    Outro ponto mencionado pela ministra foi a necessidade de se “lutar contra injustiças e intervenção estrangeira”, em referência às tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por questões políticas. Ela também cumprimentou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, que foi alvo de sanções do governo norte-americano.

    “Não vamos negociar nossa soberania, democracia e a autonomia dos nossos Poderes”, disse ao afirmar que o Brasil precisa negociar questões comerciais e não sua soberania.

    Em outro momento do discurso, Gleisi Hoffmann falou sobre a situação em Gaza e mencionou que a primeira-dama Janja, usava um lenço alusivo à causa palestina. “Temos que ser cada vez mais solidários, denunciar o que acontece na Palestina”.

    SRI/ Gleisi Hoffmann: temos de taxar bancos, bilionários e as bets

  • Malafaia questiona cotados em 2026 por ausência em ato pró-Bolsonaro

    Malafaia questiona cotados em 2026 por ausência em ato pró-Bolsonaro

    O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não estava presente nos atos deste domingo (3); apoiadores políticos de Bolsonaro não compareceram aos atos

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O pastor Silas Malafaia, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), usou sua fala no ato deste domingo (3), na avenida Paulista, para criticar os presidenciáveis da direita que não compareceram à manifestação bolsonarista.

    Sem citar nomes, ele questionou a ausência de políticos cotados para substituir Bolsonaro na eleição de 2026 e afirmou que eles não estiveram presentes por “medo” do STF (Supremo Tribunal Federal).

    O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) marcou um procedimento médico para a mesma data.

    Já o deputado Nikolas Ferreira (PL) cobrou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), para darem andamento a pedidos de anistia pelo 8/1 e pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

    “Você sem a toga não sobra nada”, disse Nikolas, pedindo a prisão do magistrado.

    “Cadê aqueles que dizem ser a opção no lugar de Bolsonaro? Era para estarem aqui, minha gente. Sabe o que fica provado? Que até aqui Bolsonaro é insubstituível”, disse Malafaia.

    O pastor também afirmou que presidenciáveis teriam “arrumado desculpas” para não comparecer. “Vão enganar trouxa. Eu não sou trouxa. Estão com medo do STF? Por isso não chegaram até aqui? Arrumaram desculpa. Por isso, minha gente, que 2026 é Bolsonaro”, completou.

    Além de Tarcísio, outros governadores de direita cotados para disputar a Presidência em 2026 -Ronaldo Caiado (União Brasil), Romeu Zema (Novo) e Ratinho Júnior (PSD)- também não compareceram à manifestação em São Paulo convocada contra Moraes.

    Bolsonaristas realizam atos espalhados pelo país neste domingo. Manifestações foram marcadas em ao menos 20 capitais em todas as regiões do Brasil. Cidades do interior também têm atos programados.

    Os atos foram organizados pelo pastor Silas Malafaia. No palco, ao lado de Malafaia, estavam o prefeito Ricardo Nunes (MDB), o vice-prefeito Coronel Mello Araújo (PL), o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL), a vereadora Zoé Martinez (PL) e o deputado estadual Lucas Bovi (PL).

    Durante o ato, o deputado estadual Paulo Mansur (PL) discursou em defesa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Em seguida, Eduardo participou da manifestação por chamada de vídeo.

    “Ele falava que ia conseguir aplicar a Lei Magnitsky ao Alexandre de Moraes e ele conseguiu aplicar. Agora a gente precisa fazer a nossa parte”, disse Mansur, referindo-se às sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra o ministro do STF.

    Na transmissão ao vivo, Eduardo Bolsonaro agradeceu a presença dos manifestantes na avenida Paulista.

    Jair Bolsonaro não pode participar porque, desde o último dia 18, tem que cumprir medidas restritivas impostas por Moraes, como usar tornozeleira eletrônica e não sair de sua casa, em Brasília, aos fins de semana.

    Malafaia questiona cotados em 2026 por ausência em ato pró-Bolsonaro

  • Há limite para briga com o governo americano, diz Lula

    Há limite para briga com o governo americano, diz Lula

    “Não queremos confusão. Quem quiser confusão conosco pode saber que nós não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo”, disse o presidente

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Lula (PT) disse que há limites na negociação da sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos ao Brasil, e demonstrou preocupação com a relação diplomática com o país.

    “O governo tem que fazer aquilo que ele tem que fazer. Por exemplo, nessa briga que a gente está fazendo agora, com a taxação dos Estados Unidos, eu tenho um limite de briga com o governo americano. Eu não posso falar tudo que eu acho que eu devo falar, tenho que falar o que é possível, porque eu acho que nós temos que falar aquilo que é necessário”, disse.

    “Não queremos confusão. Quem quiser confusão conosco pode saber que nós não queremos brigar. Agora, não pensem que nós temos medo”, reforçou.

    Lula também voltou a dizer que está “tranquilo” em relação ao ponto de vista econômico, mas reconheceu o problema com os EUA na esfera diplomática.

    “Não somos uma republiqueta. Tentar colocar um assunto político para nos taxar economicamente é inaceitável. Eu acho que o presidente da república pode taxar o que quiser, mas a gente aumenta por máximo que a OMC (Organização Mundial do Comércio) permite, de 35%, e agora ele extrapolou os limites, porque ele quer acabar com o multilateralismo”, declarou.

    O presidente também referiu-se ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que pediu licença do mandato para ficar nos Estados Unidos, onde tem feito articulações para ter o apoio americano na anistia de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que enfrenta processos na justiça brasileira.

    Desde que Trump anunciou uma sobretaxa de 50% ao Brasil, Eduardo tem pedido a anistia para o pai para que a medida seja revogada. Os enfrentamentos de Bolsonaro no judiciário brasileiro foi tratado como perseguição política na carta em que o americano anunciou as medidas.

    “Veja que tem um cara que fazia campanha abraçado na bandeira nacional e agora tá indo nos Estados Unidos se abraçar a bandeira americana para defender taxação e pedindo pra anistiar o pai dele”, disse.

    As declarações foram dadas durante a posse de Edinho Silva como presidente do PT, junto aos demais membros eleitos para o diretório da sigla. O evento ocorreu em Brasília, como parte das cerimônias do último dia do Encontro Nacional do PT, iniciado na sexta-feira (1º).

    Ao mesmo tempo, ocorrem pelo país manifestações bolsonaristas em apoio ao ex-presidente e contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, também alvo de retaliações americanas.

    O governo dos EUA aplicou sanções econômicas a Moraes, por meio da aplicação da Lei Magnitsky – sob alegações de censuras por parte do ministro à liberdade de expressão .

    Antes dos discursos, no auditório do evento, era reproduzida uma música com um remix da fala de Lula imitando Eduardo Bolsonaro, em que o presidente diz “defende meu pai, defende meu pai”, em alusão às defesas de Eduardo a Jair Bolsonaro. A imitação do presidente foi feita durante uma entrevista à televisão, e se tornou um viral nas redes desde então.

    Há limite para briga com o governo americano, diz Lula

  • EUA mantêm tarifas elevadas sobre Brasil, Canadá e outros, afirma Greer

    EUA mantêm tarifas elevadas sobre Brasil, Canadá e outros, afirma Greer

    Em entrevista ao programa Face the Nation, da emissora CBS, ele indicou que não há expectativa de que as taxas sejam revistas, mesmo com as negociações comerciais em andamento.

    As tarifas impostas recentemente pelos Estados Unidos a uma série de países devem permanecer em vigor, afirmou o representante comercial do país Jamieson Greer neste domingo, 3. Em entrevista ao programa Face the Nation, da emissora CBS, ele indicou que não há expectativa de que as taxas sejam revistas, mesmo com as negociações comerciais em andamento.

    Na última sexta-feira, 1º, o presidente Donald Trump assinou um decreto que estabelece tarifas significativas para diversos países. Os novos valores incluem 35% sobre produtos vindos do Canadá, 50% para mercadorias brasileiras com algumas exceções, 25% para itens da Índia, 20% para produtos de Taiwan e 39% sobre importações da Suíça.

    Embora o governo tenha demonstrado flexibilidade em rodadas anteriores – como na recente redução de tarifas dentro de um acordo com a União Europeia – Greer destacou que, desta vez, as taxas estão \”praticamente definidas\”. \”Muitas dessas tarifas são fruto de acordos. Alguns já foram divulgados, outros ainda não, e há casos em que os porcentuais dependem do nível de déficit ou superávit comercial com cada país\”, explicou.

    O representante comercial também comentou sobre os avanços nas negociações com a China, que, segundo ele, vêm ocorrendo de maneira \”muito positiva\”. O foco atual das tratativas está na cadeia de suprimentos de ímãs e minerais de terras raras, insumos considerados estratégicos para a indústria norte-americana. \”Nosso objetivo é garantir que o fornecimento desses materiais continue fluindo normalmente. Diria que já percorremos metade do caminho nesse processo\”, afirmou Greer.

    EUA mantêm tarifas elevadas sobre Brasil, Canadá e outros, afirma Greer

  • PT precisa se preparar para pós-Lula, diz novo presidente do partido ao tomar posse

    PT precisa se preparar para pós-Lula, diz novo presidente do partido ao tomar posse

    “Seu substituto não será um nome, seu substituto será o Partido dos Trabalhadores. Porque se o partido estiver organizado, o nome será construído, a liderança será construída”, disse. “Teremos que construir um partido capaz de enfrentar grandes embates.”

    MARIANA BRASIL
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente eleito do PT, Edinho Silva, afirmou em seu discurso de posse neste domingo (3) que o partido precisa se preparar para se manter na disputa quando Lula não estiver mais no pleito.

    “É nossa responsabilidade construir o PT quando o presidente Lula não estiver mais nas urnas disputando nosso projeto”, disse.

    “O presidente Lula nos deixa um legado e ele será fundamental para o nosso partido para o resto da nossa existência, mas nos sabemos que todos os problemas enfrentados pelo PT, o presidente Lula foi para a sociedade, para as eleições e reconduziu o partido ao seu local de direito. Essas cenas, após 2026, até por direito ao descanso e para viver sua vida pessoal, não vamos mais ter”, declarou Edinho.

    Para ele, é necessário que o partido se renove. Mas Edinho afirmou que o sucessor de Lula não será um nome específico, mas o partido como um todo.

    “Seu substituto não será um nome, seu substituto será o Partido dos Trabalhadores. Porque se o partido estiver organizado, o nome será construído, a liderança será construída”, disse. “Teremos que construir um partido capaz de enfrentar grandes embates.”

    Ainda em suas falas, ele falou da necessidade de se aproximar da juventude, de quem a sigla está afastada, segundo ele.
    Edinho também citou o momento histórico da eleição do diretório neste ano, com menções a interferência estrangeira e ataque às instituições.

    A ex-presidente do PT e ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, esteve presente no evento, onde foi fortemente aplaudida, com gritos de “a Gleisi foi pra gente uma excelente presidente”.

    Outros ministros do governo filiados à sigla também compareceram, entre eles, Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia), Anielle Franco (Igualdade Racial), Luiz Marinho (Trabalho) e Márcio Macêdo (Secretaria-Geral).

    Gleisi fez falas contra a interferência dos EUA no Brasil, a qual afirmou estar sendo causada pela família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Ainda em seu discurso, a chefe das Relações Institucionais defendeu a chamada taxação BBB (bancos, bets e bilionários), discursou contra a guerra na Faixa de Gaza, puxou gritos contra a anistia e agradeceu nominalmente ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, pelos trabalhos no processo que mira os envolvidos no 8 de Janeiro.

    “Temos uma luta maior também, ao lado de lutar contra as injustiças no Brasil, temos que lutar contra a intervenção estrangeira. Acho que ninguém nunca achou que fôssemos viver uma situação dessa no Brasil, desse tipo de interferência na nossa soberania e causada por um ex-presidente e sua família que quer anistia, que articulam contra o Brasil, que se fantasiam com a bandeira brasileira, que falam dos valores do Brasil e entregam o nosso país ao estrangeiro”, declarou.

    “Sem anistia para uma gente traidora, que nos vende, que tentou dar um golpe e agora dá um golpe continuado. Nós não vamos negociar nossa soberania, democracia e autonomia dos nossos Poderes. E aqui quero fazer um cumprimento especial ao ministro Alexandre de Moraes, que tem sido fundamental na condução desse processo.”

    Na véspera, o partido aprovou a tese –texto que guiará os trabalhos da sigla nos próximos anos– apresentada pela corrente CNB (Construindo um Novo Brasil), corrente de Lula que ganhou a maioria dos votos na eleição. As correntes são as chapas que disputam poder dentro do partido.

    A tese foi aprovada com a inclusão de uma defesa do veto ao projeto de lei que muda as regras do licenciamento ambiental. Foram rejeitadas emendas propostas por alas mais à esquerda do partido, com críticas ao novo arcabouço fiscal e à frente ampla que dá sustentação ao governo em votações no Congresso.

    Com 107 itens, o documento do CNB destaca entre as metas e diretrizes do partido para o momento o repúdio ao genocídio na Palestina, a atenção ao tarifaço imposto por Donald Trump ao Brasil e ao mundo, o combate à extrema direita, a isenção do Imposto de Renda para quem tem renda mensal de até R$ 5.000 e a igualdade salarial.

    Uma das principais pautas defendidas pelo PT neste ano tem sido a defesa da escala 6 por 1, que reduz a carga-horária de trabalho semanal. No entanto, o tema teve apenas uma breve menção no texto aprovado.

    Tudo indica que a redução da jornada semanal de trabalho para 40 horas e a criação de um imposto sobre lucros e dividendos, que já vigoram nas principais democracias do mundo, mesmo que sejam criticadas pelas minorias privilegiadas, contarão com idêntico respaldo da maioria do povo”, diz.

    O texto também afirma que o governo Lula tem procurado melhorar sua comunicação institucional, mas aponta que o embate pelo debate público é mais amplo. Também seria necessário convencer a população da importância das ações de Lula, não só divulgar o que foi entregue por sua gestão.

    A tese da CNB cobra ainda que governo e aliados adotem uma comunicação “mais proativa e direta” com a sociedade, o que incluiria explorar “o carisma e a palavra” de Lula e suas viagens pelo país. Supõe também aproveitar melhor o prestígio e a capacidade de interlocução social dos principais ministros e dirigentes do governo”, afirma o texto.

    PT precisa se preparar para pós-Lula, diz novo presidente do partido ao tomar posse

  • Entenda como funciona o vírus que rouba Pix e saiba como se proteger

    Entenda como funciona o vírus que rouba Pix e saiba como se proteger

    De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, esse tipo de golpe é uma evolução da prática conhecida como “Mão Fantasma” e se destaca por automatizar o processo de fraude.

    Um novo golpe digital tem chamado a atenção de especialistas em segurança no Brasil. Utilizando jogos de celular como isca, criminosos estão conseguindo instalar vírus em dispositivos móveis para acessar aplicativos bancários e realizar transferências via Pix sem o consentimento das vítimas. De acordo com a empresa de cibersegurança Kaspersky, esse tipo de golpe é uma evolução da prática conhecida como “Mão Fantasma” e se destaca por automatizar o processo de fraude.

    O vírus, um trojan bancário, se camufla em aplicativos falsos que imitam jogos populares e oferecem prêmios aos usuários. Esses apps maliciosos, no entanto, não estão disponíveis nas lojas oficiais, o que já levanta um sinal de alerta. Após a instalação, o aplicativo solicita permissão de acessibilidade por meio de mensagens insistentes, que continuam aparecendo até que o usuário aceite.

    Essa permissão, embora seja um recurso legítimo criado para ajudar pessoas com deficiência, acaba sendo explorada pelos criminosos para controlar o celular remotamente. Mesmo que o aparelho esteja em repouso ou com a tela desligada, o vírus permanece ativo e pode agir.

    A ameaça é ainda mais sofisticada no caso de usuários que utilizam biometria ou reconhecimento facial como formas de autenticação nos aplicativos bancários. Nesse cenário, o malware age no momento em que a vítima acessa o app do banco e tenta realizar uma transferência.

    “Quando um PIX é feito, o malware ATS irá bloquear a tela na etapa ‘processando transferência’. Enquanto a pessoa espera, o vírus vai clicar em ‘voltar’ e alterar o destinatário e o valor da transferência. Essa troca ocorre rapidamente, justamente porquê todo o processo foi automatizado. Quando a tela retorna para o correntista colocar a senha, a troca foi feita. Por isso a sensação de que há o redirecionamento”, explicou Fabio Marenghi, da Kaspersky.

    Segundo o especialista, a principal diferença entre esse novo golpe e o esquema da “Mão Fantasma” tradicional está na automação. “A mão fantasma é um golpe em que o criminoso realiza manualmente a fraude. Quando se automatiza a tarefa, o criminoso pode focar 100% do seu ‘trabalho’ na infecção de novas vítimas — só nisso é possível aumentar os lucros. Outro ponto importante é que — quando o criminoso está dormindo ou decide ir com a família para a praia no fim de semana, ele perde. Com o malware ATS, todas as oportunidades serão aproveitadas, pois o vírus faz todo o trabalho. Esses dois pontos críticos justificam como esse golpe cresceu tão rápido”, afirma.

    Para se proteger, a Kaspersky recomenda algumas medidas: instalar apenas aplicativos disponíveis em lojas oficiais; nunca conceder permissão de acessibilidade a apps suspeitos; ativar a autenticação em dois fatores (2FA); e utilizar soluções de segurança confiáveis no celular, como antivírus, para bloquear sites e aplicativos maliciosos antes da infecção ocorrer.

    Entenda como funciona o vírus que rouba Pix e saiba como se proteger

  • Bolsonaristas tentam impulsionar atos com sanções de Trump a Moraes, mas temem esvaziamento

    Bolsonaristas tentam impulsionar atos com sanções de Trump a Moraes, mas temem esvaziamento

    Sob o slogan de “Reaja, Brasil”, as manifestações devem acontecer em diferentes cidades simultaneamente, marcando uma diferença para a estratégia que vinha sendo adotada nesses protestos desde que Bolsonaro retornou ao Brasil em 2023.

    MARIANNA HOLANDA
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) querem que a empolgação da base de apoiadores com as sanções do governo Donald Trump ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), sirva para impulsionar os atos marcados para este domingo (3) por todo o país.

    Sob o slogan de “Reaja, Brasil”, as manifestações devem acontecer em diferentes cidades simultaneamente, marcando uma diferença para a estratégia que vinha sendo adotada nesses protestos desde que Bolsonaro retornou ao Brasil em 2023.

    A ideia é tornar mais acessíveis as manifestações e que parlamentares possam ter protagonismo em seus redutos. Reservadamente, organizadores temem que os atos sejam esvaziados. Primeiro, identificam cansaço da base, que, aos poucos, tem participado menos de mobilizações nas ruas. Segundo, não haverá o principal chamariz: a presença de Jair Bolsonaro.

    Bolsonaro está de tornozeleira eletrônica, proibido de sair de casa em Brasília aos finais de semana. Esta é uma das medidas cautelares impostas por Moraes a ele, no âmbito das investigações que apuram a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. O ex-presidente tampouco poderá gravar um vídeo ou discursar.

    Além disso, outros nomes de peso estarão ausentes no ato da avenida Paulista, considerado o principal: o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) marcou um procedimento médico para a mesma data, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro manterá agenda no Pará, segundo a coluna da Mônica Bergamo. Segundo relatos, ela comparecerá à manifestação em Belém.

    Diante deste cenário, alguns parlamentares que não são de São Paulo mudaram a rota para a Paulista. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), estarão no carro de som, organizado pelo pastor Silas Malafaia.

    Conhecido por forte presença nas redes sociais, Nikolas gravou um vídeo convidando as pessoas para a manifestação, direcionado a quem talvez não compareça. “Só vale quando tem multidões e multidões? Jesus apenas com 12 [apóstolos] mudou a história dele. Você só vai se simplesmente for e resolver?”, questionou.

    “Se você não for, como se fosse bala de prata tudo na vida, simplesmente não vamos conseguir. Não estamos numa corrida de 100 metros, estamos numa maratona”, completou.

    Bolsonaristas querem um calendário de manifestações, visto como a única reação possível de apoio ao ex-presidente, que será julgado pela trama golpista no STF provavelmente no mês que vem.

    As principais demandas são “anistia ampla, geral e irrestrita”, por meio do projeto de lei que está na Câmara dos Deputados, e impeachment de Moraes, via Senado -duas pautas hoje consideradas improváveis de prosperar no Congresso.

    Os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-PB), devem entrar na mira dos discursos nos carros de som e na plateia.

    Além disso, bolsonaristas também vão pedir “fora, Lula” nos atos, levando adiante o argumento de que é o presidente o culpado pelas tarifas do aliado Donald Trump a produtos brasileiros.

    A aplicação de sanções financeiras ao ministro do STF, na chamada Lei Magnitsky, animou bolsonaristas, que vinham sofrendo desgastes pelo tarifaço do aliado Trump. Inicialmente, o governo americano afirmou que a tarifa seria de 50% em todos os produtos brasileiros, mas recuou e deixou mais de 700 produtos de fora nesta semana.

    A sanção a Moraes era a maior demanda do bolsonarismo neste ano, e o principal objetivo de Eduardo Bolsonaro junto a autoridades do governo Trump. Ele disse que o sentimento era de “missão cumprida”, após o anúncio.

    Eduardo se licenciou do cargo de deputado federal em março, sob o temor de apreensão do seu passaporte pelo STF, quando ainda não era investigado.

    Hoje Eduardo e Bolsonaro estão proibidos de se comunicar. O parlamentar, que foi considerado um dos principais nomes para eventual sucessão do pai em 2026, diz que só voltará ao Brasil quando -e se- Moraes for afastado.

    Ele tem defendido em entrevistas que apoiadores participem das manifestações no próximo dia 3, como uma forma de ampliar a pressão nacional.

    Eduardo também já indicou, ao comemorar a aplicação da sanção a Moraes, que outras autoridades brasileiras podem ter o mesmo destino. Em vídeo, afirmou que tem “várias batalhas adiante” e que a vitória “não é o fim de nada”.

    Bolsonaristas tentam impulsionar atos com sanções de Trump a Moraes, mas temem esvaziamento

  • China habilitou 183 exportadores brasileiros de café no dia do tarifaço de Trump

    China habilitou 183 exportadores brasileiros de café no dia do tarifaço de Trump

    Segundo publicação em mídia social da Embaixada da China no Brasil, compartilhada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a medida entrou em vigor na última quarta-feira (30), com validade de cinco anos.

    NELSON DE SÁ
    PEQUIM, CHINA (FOLHAPRESS) – A China anunciou neste sábado (2) ter aprovado a habilitação de 183 novas empresas brasileiras de café para exportação ao mercado chinês, em decisão da Administração Aduaneira Geral.

    Segundo publicação em mídia social da Embaixada da China no Brasil, compartilhada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, a medida entrou em vigor na última quarta-feira (30), com validade de cinco anos.

    Também na quarta, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva determinando uma tarifa de 50% sobre o café importado do Brasil –que responde por um terço das 25 milhões de sacas de café consumidas por ano nos EUA.

    O Brasil enviou apenas 538 mil sacas para a China nos primeiros seis meses deste ano, segundo o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). Mas acordos feitos com a rede de lojas de café Luckin apontam crescimento.

    Em junho do ano passado, em Pequim, a rede fechou com a ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Atração de Investimentos) que compraria 120 mil toneladas de café do país até 2029. Em novembro, em Brasília, as duas partes ampliaram o acordo para 240 mil toneladas.

    O crescimento de redes como a Luckin, que ultrapassou a americana Starbucks na China, tem sido acompanhado pelo aumento do consumo per capita de café no país, saindo de 16,7 xícaras por ano em 2023 para 22,22 em 2024. A expectativa para este ano é fechar em cerca de 30. A média mundial é de aproximadamente 150 xícaras ao ano, o que indica o espaço para crescimento.

    Além do café, a Administração Aduaneira Geral habilitou 30 empresas brasileiras para exportação de gergelim e 46 para exportação de farinhas de aves e suínos, também com validade desde quarta (30).

    Na segunda, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, respondendo sobre as ameaças tarifárias dos EUA ao Brasil, havia afirmado que “a China está disposta a trabalhar com o Brasil, outros países da América Latina e do Brics para defender o sistema multilateral de comércio centrado na OMC [Organização Mundial do Comércio] e salvaguardar a justiça internacional”.

    China habilitou 183 exportadores brasileiros de café no dia do tarifaço de Trump

  • 'Não possuo relação próxima há 18 anos', diz Michelle sobre tio investigado

    'Não possuo relação próxima há 18 anos', diz Michelle sobre tio investigado

    Michelle disse que não tem convivência com o tio há mais de 18 anos. Em nota, afirmou ter recebido nesta sexta-feira (01) ”com indignação” a notícia da prisão dele. Neste fim de semana, ela cumpre agenda pelo PL Mulher no Pará.

    LUANA TAKAHASHI, CARLA ARAÚJO E BEATRIZ GOMES
    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – A ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher, Michelle Bolsonaro, afirmou neste sábado (02) que não tem relação próxima com o tio Gilberto Firmo, investigado por armazenamento de pornografia infantil.

    Michelle disse que não tem convivência com o tio há mais de 18 anos. Em nota, afirmou ter recebido nesta sexta-feira (01) ”com indignação” a notícia da prisão dele. Neste fim de semana, ela cumpre agenda pelo PL Mulher no Pará.

    Michelle falou que condena que seu nome seja atrelado a atos praticados por terceiros, sejam parentes ou não. ”Cada pessoa é responsável e deve responder, individualmente, por seus atos. Nisso consiste a individualização de condutas e penas previstas em nossa legislação.’

    Segundo ela, a ”maior dor” é ser justamente por um crime a que se dedica combater. Além disso, afirmou que, apesar da ”tristeza”, deve continuar a orar pelo tio para que ele pague por seus delitos e ”abandone toda e qualquer prática ilícita e impura”.

    “Considerado lastimável, revoltante e repugnante a conduta desse parente e, uma vez comprovadas essas acusações, entendo como necessário que ele receba, integralmente, o peso da Justiça”, disse Michelle Bolsonaro.
    *
    JUSTIÇA DECIDIU SOLTAR GILBERTO
    Gilberto, de 52 anos, tinha sido preso nesta sexta-feira (1º) em flagrante em Ceilândia, no Distrito Federal. Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão devido a uma investigação sobre armazenamento de material de exploração sexual infantojuvenil na internet, informou a Polícia Civil de Goiás. A ação teve apoio da Polícia Civil do DF.

    Durante audiência de custódia, no entanto, o Tribunal de Justiça do DF concedeu liberdade provisória ao homem. Ele deve deixar a carceragem da Polícia Civil ainda neste sábado (02), segundo informações do advogado dele, Samuel Magalhães, ao UOL.
    Ele continuará respondendo ao processo com medidas cautelares. Conforme a defesa, ele será posto em liberdade sob a condição de comparecer a todos os atos dos processos, manter seu endereço atualizado e não deixar o Distrito Federal por mais de 30 dias sem se comunicar com a 2ª Vara Criminal de Ceilândia.

    POLÍCIA ANALISA CELULAR DE GILBERTO
    Centenas de arquivos digitais de abuso sexual infantil foram compartilhados na internet, segundo a investigação. As autoridades disseram que o mandado foi aceito pela Justiça devido à “robustez dos elementos colhidos” na apuração. Também foi aprovada a quebra telemática de aparelhos eletrônicos para auxiliar no aprofundamento das investigações.

    Policiais civis dizem ter encontrado no celular de Gilberto diversas fotos e vídeos de abuso sexual de crianças e adolescentes. Os arquivos estavam armazenados na memória do dispositivo do homem, que é surdo.

    Celular de Gilberto foi apreendido e passará por análise pericial para subsidiar a investigação, segundo as autoridades. Não foi informado se outros equipamentos eletrônicos do homem foram apreendidos.

    'Não possuo relação próxima há 18 anos', diz Michelle sobre tio investigado