EUA querem inaugurar 'era de ouro' com o Brasil, diz cônsul-geral do país em São Paulo

Kevin Murakami disse que o governo de Donald Trump busca “inaugurar uma era de ouro entre os EUA e o Brasil” e que as negociações comerciais entre os dois países caminham em direção positiva

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Kevin Murakami, disse nesta terça-feira (25) que o governo de Donald Trump busca “inaugurar uma era de ouro entre os EUA e o Brasil” e que as negociações comerciais entre os dois países caminham agora em uma direção positiva. Há dois meses, no entanto, as tensões entre Washington e Brasília estavam em um ponto crítico, ponderou.

Murakami, que chegou ao Brasil há pouco mais de dois meses, também convocou as empresas brasileiras a investir nos EUA e disse que os dois países não foram capazes de maximizar o potencial de suas relações no passado. “Talvez desta vez seja diferente”, afirmou durante evento realizado pela Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil).

“Sou otimista sobre o potencial da relação entre os Estados Unidos e o Brasil. Eu estou aqui em São Paulo com uma tarefa primordial, apoiar o objetivo do governo Trump de inaugurar uma era de ouro entre os Estados Unidos e o Brasil. Muitas coisas ainda precisam acontecer para que isso aconteça, mas a relação bilateral de mais de 200 anos e nossos valores compartilhados nos fornecem uma base bem sólida”, afirmou o cônsul, em português.

Murakami disse ainda que a influência da Amcham será mais importante que nunca no ano eleitoral de 2026 no Brasil, pois a entidade pode ajudar nos debates sobre como fortalecer o ambiente comercial aqui.

“Especialmente no que se refere à redução do custo do Brasil e ao fomento de um ambiente regulatório mais favorável ao participante americano no setor de minerais críticos e na cadeia de suprimento de energia.”

Murakami disse estar muito satisfeito que hoje a relação entre os dois países esteja seguindo em uma direção positiva e que ainda há muitas diferenças bilaterais a resolver, mas afirmou que todos devem se sentir encorajados pelo fato de que os presidentes Trump e Lula se reuniram, as negociações estão começando, e os Estados Unidos já ofereceram algum alívio tarifário.

O cônsul afirmou que muitas empresas brasileiras estão escolhendo investir nos Estados Unidos e fez uma “chamada de ação” para que essas companhias aumentem seus investimentos por lá e possam crescer e chegar “ao próximo nível”.

O cônsul disse que esteve no Brasil há 15 anos, mais ou menos na época em que fora publicada a capa da revista The Economist mostrando o Cristo Redentor decolando. “Era um momento de otimismo ilimitado sobre o potencial de nossa relação. Mas, infelizmente, não fomos capazes de maximizar o potencial de nossa relação naquela época. Talvez desta vez seja diferente.”

“Que agora, em meio a uma economia global desafiadora, em meio a diferenças bilaterais sem precedentes, possamos encontrar uma maneira de finalmente maximizar o potencial de nossa relação para o benefício de ambos os nossos países”, afirmou.

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