O Monte Fuji registrou sua primeira neve do ano com 21 dias de atraso em relação à média histórica. Especialistas apontam que as mudanças climáticas e as altas temperaturas registradas no Japão em 2025 podem estar relacionadas ao fenômeno, que costuma ocorrer no início de outubro
O Monte Fuji registrou na última quinta-feira (16) a primeira queda de neve da temporada, 21 dias mais tarde do que a média histórica desde o início dos registros, há 131 anos.
Apesar do atraso, o fenômeno ocorreu mais cedo do que em 2024, quando o cume da montanha só ficou coberto de branco em 7 de novembro, segundo informações da agência Reuters.
Mamoru Matsumoto, do Escritório Meteorológico Local de Kofu, afirmou que a ocorrência tardia de neve tem sido observada com mais frequência nos últimos anos, embora as causas ainda sejam incertas.
O Japão enfrentou em agosto deste ano o mês mais quente já registrado, com temperaturas que chegaram a 41,8 °C na cidade de Isesaki, a noroeste de Tóquio.
Tradicionalmente, o Monte Fuji, que tem 3.776 metros de altitude, costuma exibir suas primeiras manchas brancas no início de outubro. Em 2024, a neve apareceu apenas em 29 de outubro, ultrapassando os recordes de atraso anteriores, registrados em 1955 e 2016, no dia 26 de outubro.
O meteorologista Yutaka Katsuta, também do escritório de Kofu, destacou que as mudanças climáticas podem estar influenciando o atraso no aparecimento da neve.

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