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  • Instagram ganha Reels favoritos, função de repost e novo mapa interativo

    Instagram ganha Reels favoritos, função de repost e novo mapa interativo

    O Instagram lançou novas funções que ampliam a interação entre usuários, como a aba de Reels que exibe vídeos curtidos por amigos e o recurso de repost. A atualização também trouxe o Instagram Map, que compartilha a localização ativa, levantando dúvidas sobre privacidade e segurança

    O Instagram fez em julho algumas alterações no aplicativo e, entre elas, está a criação de uma nova aba na área dedicada aos vídeos Reels. Essa aba mostra os vídeos curtidos pelos seus contatos, incluindo aqueles em que deixaram um “like”.

    Se você não quiser que outras pessoas vejam os vídeos que curtiu, é possível ajustar as configurações do Instagram.

    Veja como:

    Abra o aplicativo do Instagram.

    Toque no ícone com a sua foto, no canto inferior direito.

    Vá até o canto superior direito e toque no ícone com três linhas horizontais.

    Em “Quem pode ver seu conteúdo”, entre na seção “Atividade” em “Amigos”.

    Escolha entre as opções “Seguidores que você também segue” ou “Ninguém”.

    Selecionando “Ninguém”, seus likes e comentários não aparecerão na aba “Amigos” dos Reels.

    Novidades do Instagram

    Além da aba que mostra os vídeos curtidos pelos amigos, o Instagram também trouxe outras novidades na atualização mais recente.

    Uma delas é o Repost, recurso semelhante ao antigo Retweet do Twitter (atual X), que permite compartilhar publicações de outras pessoas para que sejam exibidas aos seus seguidores. O recurso funciona tanto para Reels quanto para posts do feed e sempre credita a página original.

    As publicações repostadas podem aparecer até para pessoas que não seguem a conta original, ampliando o alcance dos conteúdos. O botão de repost já está disponível logo abaixo das postagens, ao lado dos ícones de comentário e de compartilhamento por mensagem direta. Além disso, o perfil do usuário ganha uma nova aba exclusiva para reunir todas as publicações repostadas.

    Instagram Map e privacidade

    Outra novidade anunciada foi o Instagram Map, inspirado no recurso do Snapchat, que permite compartilhar a última localização ativa sempre que o app é aberto.

    Segundo a plataforma, essa função pode ser desativada a qualquer momento, e o usuário controla quem pode visualizar sua localização. Criadores de conteúdo e usuários podem usar o recurso para destacar seus locais favoritos.

    Quando ativado, o Instagram Map mostra Stories, publicações e Reels compartilhados na região em questão. O recurso aparece no topo das mensagens diretas e já está disponível nos EUA, com previsão de ser expandido para outras regiões em breve.

     
     

    Instagram ganha Reels favoritos, função de repost e novo mapa interativo

  • Receita libera consulta a quarto lote de restituição do IR

    Receita libera consulta a quarto lote de restituição do IR

    Ao todo, 1.884.035 contribuintes receberão R$ 2,92 bilhões; o lote também contempla restituições residuais de anos anteriores

    A partir das 10h desta sexta-feira (22), cerca de 1,9 milhão de contribuintes que entregaram a Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física deste ano acertarão as contas com o Leão. Nesse horário, a Receita Federal liberará a consulta ao quarto dos cinco lotes de restituição de 2025. O lote também contempla restituições residuais de anos anteriores.

    Ao todo, 1.884.035 contribuintes receberão R$ 2,92 bilhões. A maior parte do valor, informou o Fisco, irá para contribuintes sem prioridade no reembolso, que declararam perto do fim do prazo.

    As restituições estão distribuídas da seguinte forma: 

    • 1.454.509 contribuintes sem prioridade;
    • 312.915 contribuintes que usaram a declaração pré-preenchida e/ou optaram simultaneamente por receber a restituição via Pix;
    • 72.434 contribuintes de 60 a 79 anos;
    • 22.841 contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
    • 13.515 contribuintes acima de 80 anos;
    • 7.821 contribuintes com deficiência física ou mental ou doença grave.

    Embora não tenham prioridade por lei, os contribuintes que usaram dois procedimentos em conjunto, pré-preenchida e Pix, passaram a ter prioridade no recebimento da restituição neste ano. No entanto, a maior parte das restituições a esse público foi paga nos três lotes anteriores.A consulta poderá ser feita na página da Receita Federal na internet. Basta o contribuinte clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no botão “Consultar a Restituição”. Também é possível fazer a consulta no aplicativo da Receita Federal para tablets e smartphones.

    O pagamento será feito em 29 de agosto, na conta ou na chave Pix do tipo CPF informada na declaração do Imposto de Renda. Caso o contribuinte não esteja na lista, deverá entrar no Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte (e-CAC) e tirar o extrato da declaração. Se verificar uma pendência, pode enviar uma declaração retificadora e esperar os próximos lotes da malha fina.

    Se, por algum motivo, a restituição não for depositada na conta informada na declaração, como no caso de conta desativada, os valores ficarão disponíveis para resgate por até um ano no Banco do Brasil. Nesse caso, o cidadão poderá agendar o crédito em qualquer conta bancária em seu nome, por meio do Portal BB ou ligando para a Central de Relacionamento do banco, nos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos).

    Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição depois de um ano, deverá requerer o valor no Portal e-CAC. Ao entrar na página, o cidadão deve acessando o menu “Declarações e Demonstrativos”, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, no campo “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

    Receita libera consulta a quarto lote de restituição do IR

  • Centrão e direita correm para consolidar Tarcísio, conter clã Bolsonaro e disputar vice

    Centrão e direita correm para consolidar Tarcísio, conter clã Bolsonaro e disputar vice

    Os maiores partidos de centro e de direita no país defendem a consolidação do governador de São Paulo como nome para enfrentar Lula (PT) em 2026

    BRASÍLIA, DF E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O indiciamento e a divulgação de troca de mensagens entre Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo foram vistos por integrantes do centrão e partidos de direita como uma janela para ampliar a pressão por unidade em torno de uma candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), o que inclui a definição do vice na chapa.

    Os maiores partidos de centro e de direita no país defendem, há tempos, a consolidação do governador de São Paulo como nome para enfrentar Lula (PT) em 2026, mas enfrentam a indefinição de Bolsonaro -que está inelegível e às portas de uma condenação, dada como certa, no caso da trama golpista.

    Mais do que o indiciamento por suposta tentativa de obstruir esse processo, a troca de mensagens entre Eduardo e o pai indica divergências em relação à atuação política da família e uma forte desconfiança por parte do deputado em relação a Tarcísio, o que provocou reações entre expoentes do mundo político do centro à direita nesta quinta-feira (21).

    Ainda que as conversas cristalizem um cenário de campo minado para Tarcísio no seio da família Bolsonaro, políticos avaliam que as brigas, tornadas públicas, causam desgaste principalmente para Eduardo, apontado como nome radical do clã.

    Na visão de dirigentes partidários, o episódio enfraquece ainda mais o filho do ex-presidente e cria uma janela para que o governador obtenha certa autonomia em relação à família Bolsonaro, sem perder o apoio do ex-presidente, crucial para qualquer nome desse campo que almeje ser competitivo no ano que vem.

    As mensagens mostram Eduardo manifestando, por várias vezes, contrariedade e desconfiança em relação a Tarcísio. Uma delas alerta que o governador de São Paulo nunca ajudou o pai no STF (Supremo Tribunal Federal).

    “Sempre esteve de braço cruzado vendo você se foder e se aquecendo para 2026.”

    Uma ala do centrão vê ganhos para Tarcísio principalmente com a reiteração do que seria uma bagunça generalizada na família do ex-presidente, que exigiria mais do que nunca um presidenciável que faça parte do bolsonarismo, mas que não carregue nas costas todo o desgaste do sobrenome.

    Tarcísio foi ministro da Infraestrutura durante o governo Bolsonaro (2019-2022) e eleito governador de São Paulo graças à indicação e apoio do ex-presidente. Em sua gestão, é alvo frequente de bolsonaristas que dizem não ver alinhamento total e defesa enfática de Bolsonaro, apesar de o governador comparecer inclusive aos protestos liderados pelo ex-presidente na avenida Paulista.

    Do grupo de governadores mais à direita que almejam disputar a presidência em 2026, Tarcísio é o preferido da maior parte dos partidos que hoje controlam o Congresso, incluindo o quinteto que integra a Esplanada dos Ministérios de Lula –União Brasil, PP, PSD, MDB e Republicanos.

    Políticos desses partidos temem principalmente que Bolsonaro resolva, como chegou a sinalizar a alguns aliados, optar por um nome da família para 2026, como a mulher, Michelle, ou o filho Flávio Bolsonaro.

    O indiciamento e as mensagem fragilizam essa hipótese, na visão de aliados, por reforçar a vulnerabilidade política da família. Ainda assim, políticos de centro e direita sempre fazem a ressalva de que Bolsonaro é imprevisível e de que muito pode mudar nos 12 meses que faltam para a oficialização das candidaturas.

    Em fevereiro, por exemplo, Lula atingia sua pior avaliação popular. Agora, seis meses depois, demonstra recuperação.

    Com a avaliação de que cresceram as chances de um candidato bolsonarista sem o sobrenome Bolsonaro, há quem defenda inclusive um vice de fora da família. Por ora, o nome do ex-ministro da Casa Civil e senador Ciro Nogueira (PP-PI) é um dos mais fortes.

    Ciro preside o PP e comanda, ao lado de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, a montagem de uma federação que, apesar de ter quatro ministros sob Lula, vem se posicionando como ponta de lança da oposição para 2026.

    Juntos, os dois partidos têm 109 deputados federais, mais de 20% do tamanho da Câmara.

    No ato da federação na última quarta, em Brasília, a principal estrela foi Tarcísio.

    Aliados de Bolsonaro e do governador de São Paulo dizem ainda ver alinhamento entre o ex-presidente e o governador, mesmo diante dos ataques de Eduardo nas mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular do ex-presidente.

    O deputado já havia falado publicamente contra Tarcísio, sendo o principal expoente de uma ala crítica ao governador, que tenta apontá-lo como “candidato do sistema”.

    “Agora ele [Tarcísio] quer posar de salvador da pátria. Se o sistema enxergar no Tarcísio uma possibilidade de solução, eles não vão fazer o que estão pressionados a fazer. E pode ter certeza, uma ‘solução Tarcísio’ passa longe de resolver o problema, vai apenas resolver a vida do pessoal da Faria Lima”, disse Eduardo, em uma das mensagens.

    O deputado também pleiteia a sucessão eleitoral do pai à Presidência da República. Mas, diante do avanço dos inquéritos no STF, não deve retornar ao Brasil.

    Nesta quinta, Tarcísio defendeu Bolsonaro e criticou a divulgação das mensagens. “Minha relação com Bolsonaro vai ser como sempre foi, uma relação de lealdade, relação de amizade, relação de gratidão com uma pessoa que, eu entendo, fez muito pelo Brasil e fez muito por mim”.

    Líder da bancada do PL na Câmara e próximo a Malafaia, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou que, em sua visão, nada muda com o indiciamento e com as mensagens.

    “Isso aí é mais do mesmo com relação ao Tarcísio e o Eduardo, esse assunto já foi superado lá atrás. O dois se falaram depois disso. E a franqueza e a firmeza são práticas normais na nossa convivência do dia a dia”, afirmou.

    Centrão e direita correm para consolidar Tarcísio, conter clã Bolsonaro e disputar vice

  • Chamada não atendida? WhatsApp vai dar opção de deixar 'voicemail'

    Chamada não atendida? WhatsApp vai dar opção de deixar 'voicemail'

    O WhatsApp está testando uma funcionalidade que, na prática, permite ao usuário deixaram uma mensagem de ‘voicemail’ quando a chamada não for atendida pela pessoa a quem estão tentando ligar

    O WhatsApp anunciou recentemente o lançamento de uma funcionalidade que permite agendar videochamadas ou chamadas de voz com contatos diretamente através da app de mensagens. Agora, surgiram sinais de que a empresa se encontra desenvolvendo uma nova funcionalidade pensada para as chamadas.

    O site WABetaInfo revelou que na mais recente versão beta do WhatsApp para celulares Android há uma funcionalidade semelhante a um ‘voicemail’ – permitindo deixar uma mensagem de voz caso a chamada não seja atendida pela pessoa a quem está tentando ligar.

    As imagens compartilhadas pela publicação indica que, quando uma chamada não for atendida, aparecerá a opção Gravar mensagem de voz entre os botões de Cancelar e Ligar novamente. Mesmo que não deixe uma mensagem de voz logo após a chamada não ser atendida, poderá gravar esta mensagem na notificação que fica na conversa com o destinatário.

    É certo que pode deixar uma mensagem de voz com o método tradicional – por via do botão verde com o ícone de um microfone ao lado do campo de introdução de texto – mas, com estes dois atalhos, o processo deverá tornar-se um pouco mais conveniente.

    Não se sabe ainda quando é que o WhatsApp lançará na versão final da sua app a possibilidade de deixar uma mensagem de voz mas, de acordo com o WABetaInfo, já se encontra disponível para os detentores da versão beta.

    Chamada não atendida? WhatsApp vai dar opção de deixar 'voicemail'

  • Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 5

    Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 5

    O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,54

    A Caixa Econômica Federal paga nesta sexta-feira (22) a parcela de agosto do Bolsa Família aos beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 5.

    O valor mínimo corresponde a R$ 600, mas com o novo adicional o valor médio do benefício sobe para R$ 671,54. Segundo o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, neste mês o programa de transferência de renda do governo federal alcançará 19,19 milhões de famílias, com gasto de R$ 12,86 bilhões.

    Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até 6 meses de idade, para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a gestantes e nutrizes (mães que amamentam), um de R$ 50 a cada filho de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a cada criança de até 6 anos. 

    No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

    Os beneficiários de 521 cidades receberam o pagamento na segunda-feira (18), independentemente do NIS. A medida beneficiou os moradores dos 497 municípios do Rio Grande do Sul e moradores de algumas cidades em quatro estados: Amazonas (três), Paraná (quatro), Roraima (seis) e Sergipe (11).

    Essas localidades foram afetadas por chuvas ou por estiagens ou têm povos indígenas em situação de vulnerabilidade. A lista dos municípios com pagamento antecipado está disponível na página do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social.

    Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

    Regra de proteção

    Cerca de 2,63 milhões de famílias estão na regra de proteção em agosto. Essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até um ano, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo. Para essas famílias, o benefício médio ficou em R$ 365,81.

    Em junho, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de 2 para 1 ano. No entanto, a mudança só abrange as novas famílias que entraram na fase de transição. Quem se enquadrou na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos.

    Auxílio Gás

    O Auxílio Gás também será pago nesta sexta-feira às famílias cadastradas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 5. O valor para este mês foi mantido em R$ 108.

    Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,13 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

    Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

    Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 5

  • Bolsonaro recebeu R$ 44 milhões desde 2023, sendo quase metade em Pix, aponta relatório da PF

    Bolsonaro recebeu R$ 44 milhões desde 2023, sendo quase metade em Pix, aponta relatório da PF

    A análise se baseia em informações levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras); de março de 2023 a fevereiro de 2024, o ex-presidente recebeu pouco mais de R$ 30 milhões

    SÃO PAULO, SP E BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Jair Bolsonaro (PL) recebeu cerca de R$ 44,3 milhões em suas contas bancárias de março de 2023 a junho de 2025, apontam os dados da análise da Polícia Federal juntada ao inquérito sobre as suspeitas de obstrução do julgamento da trama golpista, que levaram ao indiciamento do ex-presidente e do seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

    A análise se baseia em informações levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

    A maior parte desse valor se concentra em apenas um ano, de março de 2023 a fevereiro de 2024, quando o ex-presidente recebeu pouco mais de R$ 30 milhões. Já o segundo maior montante recebido foi de 20 de dezembro de 2024 a 5 de junho deste ano, quando Bolsonaro recebeu R$ 11,1 milhões.

    Ao todo, no período dos quase dois anos, R$ 20,7 milhões recebidos foram provenientes de transações em Pix -sendo que cerca de R$ 19,3 milhões foram enviados de março de 2023 a fevereiro de 2024. Enquanto o montante recebido do PL em todo o período, segundo esses dados, foi de R$ 1,1 milhão.

    Em meados de 2023, aliados fizeram uma campanha para arrecadar dinheiro para Bolsonaro pagar multas e advogados, o que gerou uma onda de doações por Pix. O relatório da PF só relata os recebimentos mas não cita a campanha.
    O órgão diz que há suspeitas de indícios de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos penais por parte do ex-presidente e de Eduardo.

    Procurada pela reportagem, a defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre a análise da PF. Eduardo Bolsonaro não foi localizado para comentar.

    Em relação ao indiciamento, a defesa do ex-presidente afirmou na manhã desta quinta-feira (21) que recebeu a notícia com surpresa e que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta” pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    Já Eduardo chamou, em nota na noite de quarta-feira (20), de “crime absolutamente delirante” os apontamentos que resultaram no indiciamento.

    MOVIMENTAÇÕES EM CONTA

    Segundo a análise da PF, Bolsonaro foi identificado como parte envolvida em comunicações reportadas por unidades de inteligência financeira ao Coaf. Ainda de acordo com a investigação, as operações financeiras com suspeitas de “lavagem de dinheiro e outros ilícitos” nas contas de Bolsonaro ocorreram entre 1º de março de 2023 e 5 de junho de 2025.

    Apenas de 1º de março de 2023 a 7 de fevereiro de 2024, teriam sido movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos nessas contas, aponta a análise.

    O documento registra nesse período o recebimento, via Pix, de R$ 19,3 milhões em 1.214.254 lançamentos. Já o PL, partido de Bolsonaro, que aparece como o principal pagador nesse período de um ano, transferiu o montante de R$ 291,7 mil a Bolsonaro. Os maiores gastos, por sua vez, foram feitos aos advogados do ex-presidente, no valor de R$ 6,8 milhões.

    A PF afirma que foram analisadas 50 comunicações de operações financeiras que envolvem pessoas relacionadas às investigações da trama golpista. Dessas comunicações, quatro tratam de suspeitas relacionadas a Bolsonaro, e quatro, a Eduardo Bolsonaro.

    Foram analisadas ainda outras transações feitas pelo ex-presidente e por seu filho. Parte delas é citada no relatório da PF que embasou o indiciamento dos dois, divulgado na quarta-feira (20).

    O documento cita, por exemplo, que Bolsonaro transferiu R$ 2 milhões a Eduardo em 13 de maio de 2025, como foi informado pelo próprio presidente em depoimento. No entanto, também afirma que foram remetidos R$ 30 mil em março e R$ 40 mil em abril, quando Eduardo já estava nos EUA -de acordo com o texto, ele chegou ao país em 27 de fevereiro.

    Em relação ao Bolsonaro, a PF diz que “chama atenção o volume de operações de câmbio realizadas ao longo do período analisado, que totalizaram R$ 105.905,54, especialmente considerando que o ex-presidente está com o passaporte retido e proibido de deixar o país”.

    A análise policial ainda ressalta a transferência de R$ 2 milhões de Bolsonaro à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em 4 de junho deste ano, um dia antes de ele prestar depoimento na investigação. A PF entende que ele fez a transferência para a conta de sua esposa para evitar bloqueios de recursos.

    O relatório da PF que embasou o indiciamento diz que também Eduardo usou conta de sua esposa para evitar bloqueios de recursos.

    Segundo a investigação, o deputado fez dois repasses para Heloísa Bolsonaro “como forma de escamotear” os valores antes encaminhados a ele pelo pai.

    Para a PF, a análise das transações aponta que Bolsonaro e Eduardo utilizaram “diversos artifícios para dissimular a origem e o destino de recursos financeiros, com o intuito de financiamento e suporte das atividades de natureza ilícita do parlamentar” no exterior.

    Em depoimento à polícia, Bolsonaro já disse que as transferências a Eduardo foram abastecidas por campanhas de doação feitas por apoiadores do ex-presidente.

    A investigação também afirma que Bolsonaro realizou 40 transações de janeiro a julho de 2025, entre saques em caixas eletrônicos e atendimento presencial em guichê bancário.

    “No total, foram contabilizados R$ 130.800,00. Não se ignora a eventual necessidade do ex-presidente em realizar despesas de pequeno vulto, sobretudo durante deslocamentos e viagens realizadas ao longo de agendas públicas. Entretanto, o grande volume de transações em dinheiro físico é indício relevante no contexto probatório, considerando os riscos associados à falta de rastreabilidade e a possibilidade de financiamento de ações de caráter ilícito”, disse a PF.

    Bolsonaro recebeu R$ 44 milhões desde 2023, sendo quase metade em Pix, aponta relatório da PF

  • Lei Magnitsky: Moraes terá alternativa para cartão de crédito no Brasil

    Lei Magnitsky: Moraes terá alternativa para cartão de crédito no Brasil

    O ministro terá uma alternativa de cartão de crédito no Brasil; única bandeira brasileira de cartões, a Elo é fruto de uma parceria entre Banco do Brasil, Bradesco e Caixa que nasceu em 2011

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Caso seja atingido por mais sanções da Lei Magnitsky, o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que já teve um cartão de crédito de bandeira americana bloqueado, pode ficar com apenas uma alternativa de cartão: a bandeira Elo.

    Única bandeira brasileira de cartões, a Elo é fruto de uma parceria entre Banco do Brasil, Bradesco e Caixa que nasceu em 2011. Um cartão da marca chegou a ser oferecido a Moraes pelo banco que bloqueou suas bandeiras americanas.

    Segundo dados de 2024, são 41 milhões de cartões Elo ativos aceitos em 11 milhões de estabelecimentos e emitidos por 37 instituições, como Alelo, BV, Palmeiras Pay, Pernambucanas, Banco Pan, Ifood, além dos controladores.

    Com um cartão da Elo de uso nacional, o ministro estaria imune às sanções da lei americana, que impede que empresas americanas atendam os punidos pela Magnitsky.

    “Se a operação é toda nacional, sem nenhum elemento de conexão internacional, inclusive com a jurisdição dos EUA, em teoria, não deveria haver restrição, sujeitando-se às regras locais”, diz Fabio Braga, sócio da área de direito bancário e financeiro do Demarest.

    No entanto, se o cartão em questão for emitido por uma instituição com atuação nos Estados Unidos, pode haver punição ao banco emissor.

    “Estamos navegando por um mar desconhecido. Não sabemos até onde as sanções podem ir e a situação pode escalar. Mas, como a Elo é brasileira, está menos exposta, o que não significa isenta”, afirma Ricardo Botelho, sócio do escritório Marchini, Botelho, Caselta e Della Valle Advogados.

    A Elo não era a única bandeira brasileira até pouco tempo atrás. O país também contava com a Hipercard, voltada a redes de supermercados. Depois de passar por Walmart Brasil, Carrefour Brasil e Itaú Unibanco, a marca foi adquirida em 2020 pela americana Mastercard, que retirou todos os cartões do mercado em julho de 2025.

    A Hipercard surgiu em 1969, com o lançamento do cartão fidelidade do Grupo Bompreço, em Recife. Após se popularizar no Nordeste, a bandeira passou para o Walmart junto com a rede Bompreço, em 2004. Na transação, o Unibanco assumiu todas as operações de emissão, adquirência e bandeira do Hipercard.

    Para operar no exterior, a Elo tem linhas de cartões internacionais em parceria com a americana Diners Club.

    Procurada, a Elo disse que não iria se pronunciar.

    Em seu site, a bandeira se define como “uma empresa 100% brasileira, ágil e flexível para atender às necessidades de quem usa nossos produtos. Fazemos isso por meio de uma rede ampla de portadores de cartão, estabelecimentos comerciais, credenciadores e emissores”.

    A Elo oferece cartões de débito, crédito, pré-pagos e especializados, soluções customizadas para empresas, plataformas de tokenização e prevenção a fraudes, pagamentos por QR Code e NFC e consultoria de negócios para seus clientes.

    Em 2023, a marca se reposicionou como “O cartão do brasileiro”. Neste ano, iniciou uma campanha chamada “Brasileiros Extraordinários”, estrelada pela estilista Sasha Meneghel, pela chef e apresentadora Bela Gil e pelo maestro João Carlos Martins.

    “A escolha dessas personalidades reflete os valores da marca e nossa visão estratégica de gerar impacto positivo por meio da emoção e propósito”, afirmou Mel Pedroso, diretora de marketing da Elo no lançamento da campanha, em maio.

    Segundo a bandeira, a companhia aposta na brasilidade como fonte de conexão. “A Elo tem orgulho de ser uma empresa brasileira e de valorizar nossa cultura e nossa arte -porque o que é daqui vale muito.”

    Lei Magnitsky: Moraes terá alternativa para cartão de crédito no Brasil

  • Consumo em supermercados cresceu 4% em julho, aponta Abras

    Consumo em supermercados cresceu 4% em julho, aponta Abras

    Crescimento reflete a melhora da renda e do mercado de trabalho; quatro produtos apresentaram quedas residuais: carne bovina (0,06%), farinha de mandioca (0,01%), margarina cremosa (0,06%) e leite longa vida (0,11%)

    O consumo nos lares brasileiros nos supermercados registrou alta de 4% em julho na comparação com o mesmo mês de 2024, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), divulgado nesta quinta-feira (21).

    Em relação a junho, o crescimento do consumo foi de 2,4%, enquanto no acumulado do ano até julho, o indicador apresentou elevação de 2,6%. 

    Os dados foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

    “O crescimento interanual de 4% reflete um movimento sustentado pela melhora da renda e do mercado de trabalho. No recorte mensal, julho costuma apresentar retração por causa das férias escolares, quando muitas famílias optam por consumir fora de casa. Este ano, esse efeito foi menos intenso, tanto em relação a junho quanto ao mesmo período de 2024”, explicou o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.

    Segundo a entidade, a elevação do consumo em julho está atrelada a indicadores do mercado de trabalho, como a melhoria da renda e a taxa de desemprego, que recuou para 5,8% no trimestre encerrado em junho, o menor nível desde 2012, contra 6,9% no mesmo período de 2024.

    Bolsa Família

    O levantamento da Abras mostra que a diminuição das pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família em julho, em razão do aumento da renda familiar e da queda do desemprego, não causou retração do consumo das famílias. Em julho, quase 1 milhão de famílias deixaram de receber o benefício. Foram destinados R$ 13,16 bilhões a 19,6 milhões de beneficiários, contra R$ 14,2 bilhões pagos a 20,83 milhões em julho de 2024.

    “O menor volume de recursos destinados ao programa de transferência de renda indica que as famílias que passaram a se sustentar apenas com a renda do trabalho mantiveram a autonomia financeira e ainda fortaleceram o seu poder de compra no varejo alimentar”, destacou Milan.

    Preços

    A cesta de 12 produtos básicos da Abras recuou 0,44% em julho, em comparação a junho. O preço médio nacional caiu de R$ 353,42 em junho para R$ 351,88, em julho. No mês, seis itens registraram retração: arroz (2,89%), feijão (2,29%), café torrado e moído (1,01%), queijo muçarela (0,91%), macarrão sêmola de espaguete (0,59%) e farinha de trigo (0,37%). 

    Quatro produtos apresentaram quedas residuais: carne bovina (0,06%), farinha de mandioca (0,01%), margarina cremosa (0,06%) e leite longa vida (0,11%). Os únicos aumentos foram observados no açúcar refinado (0,63%) e no óleo de soja (0,46%).

    Consumo em supermercados cresceu 4% em julho, aponta Abras

  • Câmara desiste de mudança no foro e busca Senado para acelerar PEC da blindagem

    Câmara desiste de mudança no foro e busca Senado para acelerar PEC da blindagem

    As mudanças no foro especial, que tirariam do STF processos contra parlamentares, são defendidas por bolsonaristas como forma de travar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob acusação de golpismo

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Os deputados desistiram de priorizar mudanças no foro especial, por causa de divergências internas que dificultariam a sua aprovação, e decidiram acelerar a proposta que proíbe processos criminais contra os congressistas enquanto não houver autorização do próprio Congresso.

    A ideia, para que que não haja críticas a respeito de impunidade, é de estabelecer um prazo para que o Congresso realize a deliberação em plenário -o que em tese impediria que os casos ficassem engavetados.

    A chamada PEC (proposta de emenda à Constituição) da blindagem ou PEC das prerrogativas tem, segundo seus defensores, o objetivo de fortalecer o Legislativo ante decisões do STF (Supremo Tribunal Federal).

    Uma articulação para votação relâmpago da proposta chegou a ser ensaiada na noite desta quarta-feira (20), mas acabou abortada após resistência do Senado em aprovar o texto logo em seguida da Câmara.

    Dois deputados influentes dizem que a confusão em torno da instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigará desvios em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) travou essas conversas e não houve clima para negociar com os senadores.

    Na CPMI, a oposição venceu o governo e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e elegeu a cúpula que liderará as investigações por 17 votos a 14.

    Alcolumbre foi procurado nesta quarta com a proposta de votação relâmpago, mas disse que precisaria conversar com os líderes para medir a temperatura e viabilidade dessa operação. Eles combinaram que um encontro para negociar o texto deve ocorrer na próxima semana.

    A ideia de líderes da Câmara é votar a proposta na próxima semana, em uma operação casada com o Senado, para garantir a rápida aprovação. A leitura dos deputados é a de que o tema das prerrogativas tem apoio geral na Casa, mas pontos do texto ainda precisam ser debatidos.

    O relator da PEC, deputado Lafayette de Andrade (Republicanos-MG), vai procurar as bancadas partidárias nos próximos dias para colher sugestões. O texto, então, deve ser apresentado na próxima terça-feira (26) na reunião de líderes, quando a pauta de votação da semana será decidida. Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara ficou responsável por construir o consenso com líderes do Senado.

    Uma das opções consideradas é restabelecer o texto original da Constituição de 1988, que previa a necessidade de autorização prévia do Legislativo para que parlamentares fossem processados por crimes. A regra deixou de valer em 2001, quando o próprio Congresso reverteu a previsão que agora pretende retomar.

    Para amenizar as críticas da opinião pública sobre os inquéritos ficarem parados porque o Congresso nunca deliberava sobre esse aval, os deputados agora discutem uma alterativa: estabelecer um prazo para votação em plenário, como ocorre com as medidas provisórias.

    Se esse prazo não for cumprido, dizem, a pauta de plenário ficará trancada e impedirá outras votações. Nos bastidores, no entanto, a intenção é criar um rito que torne isso mais burocrático e evite que os inquéritos se tornem frequentemente o principal assunto da pauta do plenário.

    Outra sugestão é que o Legislativo passe a autorizar a prorrogação de inquéritos, com o objetivo de que as investigações contra parlamentares se estendam por anos sem nunca serem encerradas. A proposta busca ainda esclarecer e especificar as situações em que parlamentares podem ser presos em flagrante.

    Lafayette afirma que vai se ater a medidas que sejam razoáveis, juridicamente defensáveis, tenham amparo na doutrina e na jurisprudência e se comparem ao que é praticado em outros países.

    O grande objetivo dos deputados é travar os inquéritos sobre emendas parlamentares, como o que colocou sob investigação da Polícia Federal toda a cúpula da Câmara na gestão do ex-presidente Arthur Lira (PP-AL). Os líderes daquela época, e o próprio Lira, estão sob escrutínio por tentarem manter sob sigilo os reais autores de cada emenda ao Orçamento, prática que o STF proibiu que continuasse.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, Lafayette foi nomeado relator por Motta na segunda-feira (19). O apelo de parte dos deputados pela votação das prerrogativas, do fim do foro e da anistia foi impulsionado pelo motim de bolsonaristas na retomada do Congresso após o recesso.

    O texto construído pelo deputado mineiro, contudo, não vai tratar de mudanças de foro, tema que está distante de um consenso. Após o motim, Motta desautorizou um acordo do PL com o centrão para votar o fim do foro e a anistia, sinalizando que essas pautas não têm maioria no colégio de líderes.

    As mudanças no foro especial, que tirariam do STF processos contra parlamentares, são defendidas por bolsonaristas como forma de travar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob acusação de golpismo e, por isso, a esquerda se opõe.

    Mesmo no centrão, porém, há divergências. Deputados que são julgados pela Segunda Turma do STF não têm interesse em trocar de foro, enquanto os da Primeira Turma buscam se livrar do Supremo.

    As prerrogativas parlamentares, por sua vez, têm o apoio de Motta. Ele afirmou à GloboNews que o STF “acaba decidindo sobre quase tudo no país”.

    “Hoje tem, sim, um ambiente de discussão acerca dessas prerrogativas pelos exageros que a Câmara, os parlamentares, entendem que têm, infelizmente, acontecido. […] Internamente, há muito incômodo com decisões que foram tomadas recentemente”, disse.

    “Não que essa impunidade seja sem limites, mas não é razoável que se torne corriqueiro parlamentares serem processados, investigados por crime de opinião. Isso não é bom, acaba gerando esse sentimento de solidariedade recíproca”, completou.

    Câmara desiste de mudança no foro e busca Senado para acelerar PEC da blindagem

  • Arrecadação federal cresce 4,6% em julho e bate recorde para o mês

    Arrecadação federal cresce 4,6% em julho e bate recorde para o mês

    A arrecadação federal atingiu R$ 254,2 bilhões em julho; o valor é o maior registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995

    Impulsionada pelo crescimento da economia e pela elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), a arrecadação federal atingiu R$ 254,2 bilhões em julho, divulgou nesta quinta-feira (21) a Receita Federal. O valor é o maior registrado para o mês desde o início da série histórica, em 1995, e representa crescimento real (acima da inflação) de 4,57% em relação a julho de 2024.

    De janeiro a julho, a arrecadação soma R$ 1,679 trilhão, alta de 4,41% em relação ao mesmo período do ano passado em valores corrigidos pela inflação. O valor também é o maior para o período desde o início da série histórica.

    Um dos principais fatores para o recorde foi o aumento do IOF. Em julho, a arrecadação com o tributo chegou a R$ 6,5 bilhões, alta de R$ 756 milhões, 13,05% acima da inflação, sobre 2024. No acumulado do ano, já são R$ 43,5 bilhões, crescimento de 9,42% acima da inflação. Apesar da alta, a Receita Federal destacou que o impacto em julho foi residual, já que o Supremo Tribunal Federal (STF) só restabeleceu o decreto que elevou o IOF na metade de julho. 

    Segundo o coordenador de Previsão e Análise do Fisco, Marcelo Gomide, o efeito pleno será sentido a partir de agosto.

    Alvo de disputas entre Executivo, Congresso e Supremo Tribunal Federal, a elevação do IOF deve render cerca de R$ 12 bilhões adicionais este ano. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, o STF manteve o aumento do IOF, mas retirou a incidência sobre o risco sacado (tipo de antecipação de receitas usada por comerciantes) e descartou a cobrança retroativa.

    Outros fatores:

    Além do IOF, uma série de medidas e eventos ajudou a reforçar os cofres públicos em julho:Taxação das apostas online e loterias: arrecadação de R$ 928 milhões no mês;Receita atípica: cerca de R$ 3 bilhões de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) vindos dos setores de mineração, financeiro e petróleo;Arrecadação da Previdência Social: alta de 3,4% acima da inflação em julho em relação a julho do ano passado, motivada pela recuperação do emprego formal;Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins): alta de 2,9% acima da inflação em julho, motivada pelo aumento do consumo de serviços.

    No acumulado do ano, o desempenho também reflete o crescimento da economia brasileira, com massa salarial em alta de 10,6% acima da inflação e importações de 3,3% maiores em dólares.

    Meta fiscal e perspectivas

    A equipe econômica avalia que a trajetória positiva da arrecadação aumenta as chances de cumprir a meta de déficit zero este ano, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias. Neste ano, o governo pode ter um déficit de até R$ 31 bilhões (0,25% do Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos no país) sem descumprir formalmente a regra, além de excluir R$ 44,1 bilhões em precatórios da conta oficial. Para 2026, o governo precisa obter um superávit primário de 0,25% do PIB, algo em torno de R$ 31 bilhões.

    No entanto, o desempenho das contas públicas neste e no próximo ano depende da medida provisória editada em junho que pretende reforçar a arrecadação em R$ 10,5 bilhões neste ano e em R$ 20,87 bilhões em 2026. Lançada para compensar a desidratação do decreto que elevou o IOF, a MP está em discussão no Congresso Nacional.

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