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  • Lula diz que vai dar 'surra' nas eleições em quem acha que extrema direita volta em 2026

    Lula diz que vai dar 'surra' nas eleições em quem acha que extrema direita volta em 2026

    Presidente repete que deve vetar PL da Dosimetria: ‘Se quiserem que derrubem meu veto’; petista participa de celebração de Natal de catadores no pavilhão do Anhembi em São Paulo

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira (19) que vai dar uma “surra em quem se meter a achar que a extrema direita vai voltar a governar esse país”.

    “Que venham! Que venham! Porque nós vamos desafiar, não é com palavras, não é com xingatório. Eu quero comparar o que eles fizeram nesse país com o que nós fizemos. Eu quero comparar quem tem mais na saúde, quem tem mais na educação, quem tem mais no transporte, quem tem mais na política de inclusão social. Eu quero saber.”

    O petista participou de celebração de Natal de catadores na ExpoCatadores 2025, no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo. O evento reuniu catadores, cooperativas, especialistas, organizações internacionais e representantes dos governos federal, estaduais e municipais.

    “Eu estou com 80 anos, mas se eles soubessem o tesão que eu tenho pra governar esse país, eles não brincariam. Não brincariam. Porque eu digo pra todo mundo: sabe por que eu não vou envelhecer? Porque eu tenho uma causa”, afirmou Lula. “Por isso se prepare[m], [por]que eu quero viver até 120 anos, e nós vamos ter muitos anos de briga.”

    Em referência ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), disse que o país não pode permitir que a “extrema direita fascista, negacionista, responsável pela morte de mais de 700 mil pessoas”, volte a governar o país, com “mentira pela internet”.

    “Pela primeira vez na história desse país, nós temos um presidente preso por tentativa de golpe. Pela primeira vez nesse país, nós temos quatro generais de quatro estrelas presos nesse país pela tentativa de golpe. Pela tentativa de fazer um plano para matar o Lula, para matar o Alckmin e para matar o Alexandre Moraes.”

    Ele também voltou a dizer que deve vetar o projeto de lei que reduz penas de condenados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) nos casos do 8 de Janeiro e da trama golpista. “Com todo respeito aos deputados e senadores que votaram a lei da redução da pena, eu quero dizer para vocês: eu vou vetar essa lei. E se eles quiserem que derrubem o meu veto.”

    “A gente tem que ensinar esse pessoal a respeitar. Eu perdi três eleições nesse país. Perdia as eleições e voltava para casa. Me preparava para outra. Nunca houve um alto de tentativa de golpe nosso. Nunca tentamos tomar o poder de assalto. Eles têm que aprender que [n]a democracia vence quem tem mais voto.”

    Além de Lula, estavam presentes a primeira-dama, Rosângela da Silva, e autoridades como o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; o ministro da Saúde, Alexandre Padilha; e a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck.

    Cotado para disputar o Governo de São Paulo em 2026 e sob gritos de governador, Haddad alfinetou as gestões do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo.

    O ministro disse ser difícil trabalhar de Brasília sem “um prefeito comprometido, um prefeito com um olhar específico, um governador com sensibilidade, que não bota a polícia para bater no povo, que dá atenção para as pessoas, que cria um ambiente de trabalho digno”.

    Lula diz que vai dar 'surra' nas eleições em quem acha que extrema direita volta em 2026

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  • Filipe Luís: cumplicidade com auxiliar teve até salário pago na base do Fla

    Filipe Luís: cumplicidade com auxiliar teve até salário pago na base do Fla

    RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A parceria de sucesso entre o técnico Filipe Luís e o auxiliar Iván Palanco começou com um investimento pessoal do técnico do Flamengo na época em que assumiu o time sub-17.

    Como queria muito contar com o espanhol na comissão técnica, Filipe chegou a bancar parte do salário do assistente no início do trabalho dos dois na base rubro-negra, no início de 2024.

    “Filipe disse que não precisava ganhar salário, mas queria uma comissão técnica dele, com o Diogo Linhares (preparador físico) e o Ivan Palanco”, lembra o ex-diretor de futebol do Fla, Bruno Spindel.

    Iván estava vindo do Japão e havia sido formado no Barcelona. Tinha essa “grife” a seu favor e um patamar de vencimentos acima do que normalmente era praticado para a categoria sub-17.

    Filipe disse que não precisava receber salário, mas, sim, que o Flamengo bancasse Ivan e o Diogo.

    Ao fim das contas, o Flamengo deu uma remuneração a Filipe Luís dentro da política de encargos e salários do sub-17. Também bancou Diogo e fez um modelo especial para esticar os vencimentos de Iván. De todo modo, Filipe Luís tirou do bolso para reforçar a compensação financeira do auxiliar pelos serviços ao Fla.

    “Ele pagava além do que o Flamengo pagava. Filipe complementava”, conta Spindel.

    A dedicação até financeira em prol dessa parceria se dá pela conexão de ideias entre Filipe e Ivan.

    No banco de reservas, o entrosamento entre eles tem alguns contrastes. Mas é justamente a combinação entre os dois, reforçada por uma comissão técnica com nomes como Rodrigo Caio, um dos elementos que levaram o Flamengo a uma temporada tão vencedora.

    Um retrato disso foi a comemoração do gol de Danilo na final da Libertadores, contra o Palmeiras. O vídeo até circulou nas redes. Enquanto Filipe explode com os demais companheiros do banco, Ivan é aquele que bebe um gole de água, observa e se aproxima para dar instruções e manter o nível de concentração alto, apesar da vantagem.

    O ponto de encontro do passado de Filipe Luís e Ivan Palanco é o técnico Miguel Ángel Lotina, que treinou Filipe nos tempos de Deportivo La Coruña e teve Ivan como assistente em quatro clubes japoneses (Tokyo Verdy, Cerezo Osaka, Shimizu S-Pulse e, por último, em 2022, Vissel Kobe).

    “O Ivan é um gênio. Literalmente dorme no CT. O ano inteiro dormiu lá. Tenho muito agradecimento, ele me ensina a cada dia que passa. Juntos conquistamos esses títulos. Foram os primeiros da minha carreira e também da dele”, disse Filipe Luís, após a confirmação do título brasileiro.

    Quem descreve Filipe Luís e Ivan normalmente menciona a intensidade de trabalho e o lado workaholic dos dois.

    “Ivan sempre foi um cara muito dedicado, assiste a jogo de futebol dia inteiro, dia e noite. Tem um banco de jogos tagueados de diversas formas no computador. Tem forma de jogar, construir, de marcar bloco alto, médio, circulação de bola, todo o tipo de tática para defender, atacar, bola parada. Ivan é muito importante nas questões táticas, para fazer vídeos e traduzir de forma direta o que o Filipe quer”, conta Bruno Spindel.

    Para o ex-executivo rubro-negro, chamou a atenção um episódio que pode parecer banal, mas retrata bem o grau de “vício” em futebol de Ivan.

    “Depois da Copa do Brasil, eu estava viajando de férias com minha família, no dia seguinte à eleição do Flamengo. Ivan estava duas poltronas à frente da minha. Eu liguei para o Filipe, contei que o Ivan estava no avião. Filipe falou: ‘Levanta lá e vê se ele não está assistindo a jogo de futebol’. Ele tinha razão”.

    Iván tem 45 anos e é um cara que não curte holofotes. Por isso, não dá entrevistas. Filipe também prefere manter os auxiliares longe da badalação, para que o foco fique nos jogadores.

    De todo modo, o objetivo do Flamengo é manter essa comissão técnica junta no clube por mais tempo. As conversas nos próximos dias serão decisivas em prol da renovação de Filipe Luís com o Flamengo. Mas não é mais preciso bancar parte do salário do auxiliar, sobretudo depois de um 2025 com quatro troféus acrescentados à galeria.

    Filipe Luís: cumplicidade com auxiliar teve até salário pago na base do Fla

  • Executiva de RH fala sobre flagra com CEO casado em show do Coldplay

    Executiva de RH fala sobre flagra com CEO casado em show do Coldplay

    Kristin Cabot decidiu se pronunciar meses após viralizar ao aparecer em um momento de intimidade com o então CEO da empresa de tecnologia Astronomer, Andy Byron, durante um show do Coldplay em Boston

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A executiva de recursos humanos Kristin Cabot, 53, decidiu se pronunciar meses após viralizar ao aparecer em um momento de intimidade com o então CEO da empresa de tecnologia Astronomer, Andy Byron, durante um show do Coldplay em Boston.

    Em entrevista ao The Times, publicada nesta quinta-feira (18), ela afirmou que o episódio foi um erro pontual, associado ao consumo de álcool, e negou que mantivesse um relacionamento com o chefe, que é casado.

    A cena ocorreu em 16 de julho, quando os dois surgiram abraçados no telão do estádio, enquadrados pela chamada “câmera do beijo”. Ao perceberem a exposição, se afastaram e tentaram se esconder -reação que acabou intensificando a atenção do público e das redes sociais. O momento ganhou ainda mais repercussão após um comentário irônico do vocalista Chris Martin, no palco, e se espalhou rapidamente pelo TikTok.

    Notícias ao Minuto [Kristin Cabot e Andy Byron flagrados no show do Coldplay]© X  

    Ao jornal, Cabot disse que havia consumido tequila, dançado e agido de forma inadequada com um superior hierárquico. Segundo ela, o contato no show foi a primeira e única vez em que houve algo físico entre os dois. “Assumi a responsabilidade e abri mão da minha carreira por isso”, afirmou.

    No dia seguinte ao evento, Cabot e Byron informaram o conselho da Astronomer, mas o vídeo já circulava. Ambos foram afastados durante uma investigação interna; Byron renunciou ao cargo, e Cabot deixou a empresa pouco depois.

    A executiva relatou ter enfrentado consequências severas, incluindo ataques online, chacotas públicas e mais de 60 ameaças de morte. Disse ainda que se sentiu “envergonhada e horrorizada” ao se ver no telão e que sua principal preocupação era a carreira e o impacto sobre o ex-marido, que também estava no show.

    Separada à época, ela entrou com o pedido de divórcio em agosto e contou que os filhos adolescentes, hoje em terapia, receberam apoio na escola. Ao Times, Cabot afirmou esperar que o caso sirva de alerta sobre os excessos da exposição digital. “É possível errar feio”, disse. “Mas ninguém deveria ser ameaçado de morte por causa disso.”

    Executiva de RH fala sobre flagra com CEO casado em show do Coldplay

  • Dino quebra sigilo de Sóstenes e Carlos Jordy em ação sobre desvio de cota parlamentar

    Dino quebra sigilo de Sóstenes e Carlos Jordy em ação sobre desvio de cota parlamentar

    Período para obter informações bancárias compreende de maio de 2018 a dezembro de 2024; Jordy chama ação de ‘covarde’; Sóstenes se diz perseguido e que dinheiro vem de venda de imóvel

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino determinou a quebra dos sigilos bancários dos deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ), alvos nesta sexta-feira (19) de uma operação da Polícia Federal que investiga desvios de recursos de cotas parlamentares.

    O período da quebra do sigilo compreende de maio de 2018 a dezembro de 2024.

    A cota parlamentar é o valor mensal que o deputado recebe para custear despesas do exercício do mandato, como aluguel de escritório no estado, passagens aéreas e aluguel de carro, entre outras.

    Entre os investigados também estão Itamar de Souza Santana e Adailton Oliveira dos Santos, assessores de Jordy e da liderança do PL (comanda por Sóstenes), respectivamente.

    Na decisão que autorizou a operação da PF, Dino aponta para possível uso de cota parlamentar para pagar despesas inexistentes ou irregulares, além de empresas de fachadas.

    Segundo o ministro, relatórios financeiros e conversas extraídas de celulares dos investigados revelam “indícios robustos” de possível prática de lavagem de dinheiro por meio do fracionamento de saques e depósitos de até R$ 9.999, além de “elevadas movimentações financeiras, de vários investigados, possivelmente ligados aos deputados federais citados, sem identificação da origem dos recursos”.

    Em sua decisão, Dino citou manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República), que apontou elementos de que Sóstenes e Jordy tenham participado de um esquema de desvio de verba parlamentar.

    “[Há] elementos indiciários de que os deputados Federais Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy teriam desviado recursos da cota parlamentar por intermédio dos servidores comissionados – notadamente Adailton Oliveira dos Santos e Itamar de Souza Santana -utilizando, para o sucesso da empreitada, empresas como a Harue Locação de Veículos Ltda ME e a Amazon Serviços e Construções Ltda”, diz a PGR, segundo a decisão de Dino.

    A operação da PF é desdobramento de outra realizada em dezembro de 2024 e investiga os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

    O QUE DIZEM OS DEPUTADOS

    Jordy publicou um vídeo nas redes sociais e chamou a ação de “covarde”. Segundo ele, a justificativa da busca e apreensão é a de que ele teria desviado recursos da cota parlamentar para uma empresa de fachada para aluguel de carros.

    “Sendo que é a mesma empresa que eu alugo carros desde o início do meu primeiro mandato. A mesma empresa que o deputado Sóstenes, que eu acredito que também esteja sendo alvo de busca e apreensão, aluga veículos dessa mesma empresa desde o início do primeiro mandato dele. A alegação deles é tosca, eles dizem que chama muito a atenção o número de veículos desta empresa”, disse.

    Em entrevista, Sóstenes se disse perseguido e afirmou que o valor de R$ 430 mil apreendido em um endereço ligado a ele é resultado da venda de um imóvel.

    Dino quebra sigilo de Sóstenes e Carlos Jordy em ação sobre desvio de cota parlamentar

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  • Maduro cria nobel bolivarianista e se autointitula 'arquiteto da paz'

    Maduro cria nobel bolivarianista e se autointitula 'arquiteto da paz'

    O título de “arquiteto da paz” e o respectivo prêmio a Maduro foi decidido por unanimidade pelas diretorias da Sociedade Bolivariana da Venezuela e da Sociedade Bolivariana de Caracas

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – O presidente da Venezuela, Nicólas Maduro, foi premiado e nomeado, na quarta-feira (17), “arquiteto da paz”, pela Sociedade Bolivariana da Venezuela, em Caracas. Maduro foi também, na ocasião, nomeado presidente honorário da Sociedade.

    Maduro recebeu a honraria na sede da Sociedade Bolivariana da Venezuela, local que reúne uma série de obras em homenagem a Simón Bolívar. “Arquiteto da paz…amém…A paz será meu porto, minha glória. A paz será meu desejo, minha vitória”, disse o mandatário, na cerimônia, que também lembrou os 195 anos da morte do libertador da Venezuela.

    A pompa bolivariana aconteceu uma semana depois de María Corina Machado ser agraciada com o Prêmio Nobel da Paz, em Oslo, na Noruega. A principal líder da oposição a Maduro teve de empreender fuga cinematográfica da Venezuela para receber a honraria, e só chegou à capital norueguesa um dia depois da entrega do Nobel.

    O título de “arquiteto da paz” e o respectivo prêmio a Maduro foi decidido por unanimidade pelas diretorias da Sociedade Bolivariana da Venezuela e da Sociedade Bolivariana de Caracas, onde o presidente venezuelano nasceu. Na cerimônia, durante a condecoração, Mireya Leal Beaujón, primeira vice-presidente da sociedade, diz que Maduro “tem construído, e (nós) lhe devemos a paz da Venezuela e da América Latina”.

    Não há no estatuto da Sociedade Bolivariana de Caracas, datado de 2006, qualquer menção ao prêmio “arquiteto da paz” tampouco registro de ganhadores anteriores a Maduro no site da entidade. O estatuto menciona que em 17 de dezembro, a diretoria deve celebrar com um ato público o aniversário da morte de Simón Bolívar, com a obrigatoriedade de “um minuto de silêncio” como homenagem.

    Maduro cria nobel bolivarianista e se autointitula 'arquiteto da paz'

  • Congresso corta gastos de Previdência e Pé-de-Meia para inflar emendas em R$ 11,5 bi em 2026

    Congresso corta gastos de Previdência e Pé-de-Meia para inflar emendas em R$ 11,5 bi em 2026

    As mudanças foram incluídas pelo relator, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), e acenderam um alerta dentro do governo

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O Congresso Nacional cortou uma série de gastos obrigatórios, como benefícios previdenciários e bolsas do programa Pé-de-Meia, para inflar emendas parlamentares em R$ 11,5 bilhões no Orçamento de 2026, ano eleitoral.

    As mudanças foram incluídas pelo relator, deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL), e acenderam um alerta dentro do governo. A ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) se deslocou para a Câmara dos Deputados para conversar com os parlamentares e tentar resolver o impasse.

    O corte de despesas obrigatórias é grave porque, nos últimos anos, os valores incluídos pelo Executivo na peça orçamentária têm sido inclusive insuficientes para cobrir todas as necessidades -ou seja, a tendência seria ampliá-los nos próximos meses, na contramão da redução feita pelos congressistas.

    Se o Orçamento for aprovado com um valor menor para a Previdência, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) precisará fazer ajustes no futuro, mediante bloqueios em outras áreas.

    Segundo interlocutores, os recursos cancelados foram remanejados para abastecer emendas extras, classificadas como se fossem despesas discricionárias do próprio Executivo (no jargão orçamentário, “RP 2”). Os novos gastos estão concentrados em três ministérios: Integração e Desenvolvimento Regional, Cidades e Saúde.

    O expediente não é inédito. Em 2021, o então relator do Orçamento daquele ano, senador Marcio Bittar (na época eleito pelo MDB, hoje PL-AC), cortou mais de R$ 16 bilhões da Previdência para abastecer as emendas, medida que abriu uma crise entre Executivo e Legislativo.

    Para 2026, Bulhões incorporou a seu relatório um corte de R$ 6,2 bilhões nos benefícios previdenciários. Com a mudança, os recursos reservados caíram de R$ 1,134 trilhão para R$ 1,128 trilhão.

    Ele ainda reduziu R$ 436 milhões do programa Pé-de-Meia, que paga bolsas de incentivo à permanência de alunos no ensino médio. A política já havia perdido outros R$ 105,5 milhões durante a tramitação na CMO (Comissão Mista de Orçamento). Assim, os recursos reservados caíram de R$ 12 bilhões para R$ 11,46 bilhões.

    O relator tirou outros R$ 300,7 milhões do programa Auxílio Gás dos Brasileiros, que paga a famílias de baixa renda o valor equivalente a um botijão de gás de cozinha de 13 kg, considerando a média nacional do produto, calculada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

    A política também já havia perdido recursos nos relatórios setoriais da CMO. No saldo final, o valor reservado caiu de R$ 5,1 bilhões para R$ 4,73 bilhões.

    Também houve cortes de R$ 391,2 milhões no seguro-desemprego, R$ 262 milhões em bolsas da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), R$ 207 milhões no abono salarial e R$ 72 milhões em bolsas do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

    Congresso corta gastos de Previdência e Pé-de-Meia para inflar emendas em R$ 11,5 bi em 2026

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  • Motta diz que relação com governo é de altos e baixos e rebate crítica de Lira

    Motta diz que relação com governo é de altos e baixos e rebate crítica de Lira

    Presidente da Câmara afirma que terá mais diálogo em 2026 e que mudança de ministro ajudará governabilidade; deputado diz que não concorda com fala de antecessor em grupo de WhatsApp e defende que ‘cada um tem o seu estilo’

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (19) que a relação com o governo Lula (PT) é de altos e baixos, mas destacou que está “estabilizada”, que a pauta econômica foi aprovada e que mantém um diálogo respeitoso com o presidente da República e seus interlocutores, como a ministra Gleisi Hoffmann e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE).

    “Como todas as relações das nossas vidas, tem altos e baixos, e isso é muito natural, porque cada Poder tem a sua independência, cada Poder tem a sua maneira de agir, tem a sua dinâmica interna. Não está escrito na Constituição que um Poder tem que concordar com o outro em 100% dos pontos”, disse Motta a jornalistas.

    A relação do governo com a gestão de Motta viveu momentos conturbados, como a derrubada do decreto do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), a escolha de um aliado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como relator do projeto de lei antifacção, a votação do PL da Dosimetria e a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) da Blindagem.

    No café com a imprensa, o primeiro desde que assumiu à presidência da Câmara em fevereiro, Motta comentou que não precisa concordar com o governo, assim como o governo não concordou com ele todas as vezes, e que a relação termina o ano “estabilizada e com a perspectiva de mais diálogo” em 2026. “Existem os altos e baixos, as discordâncias, mas esse respeito não se perdeu”, minimizou.

    A mudança de postura da Câmara, que em outubro rejeitou o aumento de imposto para bets e fintechs e agora em dezembro os aprovou junto com corte de benefícios fiscais, ocorreu pelo fato de debate em torno do tema estar “mais maduro”, segundo ele. “Acho que foi o amadurecimento do Congresso e o entendimento do momento de ser votado, dos líderes partidários, do ambiente da Casa.”

    Motta defendeu ainda que a troca do ministro do Turismo pode ajudar a governabilidade, com apoio da parte do União Brasil que deseja estar com Lula. “Conheço o Gustavo. Foi bom secretário lá no estado [Paraíba], tem boa interlocução política. O presidente foi feliz na escolha”, disse.

    Gustavo Feliciano, filho do deputado Damião Feliciano (União Brasil-PB), que é aliado de Motta, substituiu Celso Sabino nesta sexta-feira (19).

    Ele evitou declarar apoio a um candidato à Presidência por enquanto, justificando que precisa evitar a polarização para conduzir a Câmara. “Porque se aqui agora eu anuncio um apoio a A ou B, tudo que eu fizer a partir daqui vai ser porque eu estou a favor de A e contra B, ou a favor de B e contra A”, disse.

    Também disse que honrará o acordo com o PT para que o deputado Odair Cunha (PT-MG) seja eleito ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) na vaga que abrirá em fevereiro, mas que ouvirá os líderes sobre o melhor momento de fazer a eleição.

    Motta também rebateu o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL), seu aliado, que recentemente criticou sua gestão no grupo de WhatsApp da bancada do PP, após a Casa rejeitar a cassação do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), desafeto do deputado alagoano.

    Lira, na mensagem aos colegas, afirmou que a condução da Câmara “está uma esculhambação” e que a Casa precisa ser reorganizada. Motta respondeu que sempre teve relação de amizade com o ex-presidente e que continua tendo relação de respeito, mas procurou marcar diferenças.

    “Eu não concordo com as críticas. Eu também não sei se foi tirado de contexto o que ele disse no dia. Essa foi uma leitura muito mais feita por quem viu lá as mensagens”, disse. “Natural que haja discordância. Cada um tem o seu estilo, cada um tem a sua forma de agir, cada um tem a sua forma de se comportar, cada um tem a sua maneira de tomar a decisão”, afirmou.

    Apesar das críticas, Motta declarou que busca sempre aprender e melhorar com elas, e compartilhou com o colégio de líderes dos partidos a responsabilidade pelo que ocorreu em 2025. “O posicionamento do presidente da Câmara é sempre tomado em concordância e com o apoio do colégio de líderes […] Então eu divido com o colégio os erros e os acertos”, declarou.

    Em relação ao Judiciário, Motta afirmou também buscar o diálogo institucional e defendeu que é papel do STF (Supremo Tribunal Federal) ordenar investigações contra os parlamentares.

    “A Câmara não tem compromisso em estar protegendo aquilo que não é correto. A Câmara dos Deputados não tem essa função, muito menos o presidente”, disse. “Quando a gente tem um colega que é alvo de qualquer ação do Judiciário, seja ela qual for, nós não ficamos felizes com isso. Ninguém fica feliz com isso. Mas que o Judiciário está cumprindo o seu papel”, declarou.

    Apesar de defender essa função, Motta afirmou que é preciso “estabelecer uma linha” contra exageros, mas evitou falar quais seriam eles. Defendeu, porém, que não se pode generalizar críticas as emendas parlamentares ao Orçamento
    “Nós não temos compromisso com quem não trabalha correto com emenda. Mas eu tenho também a plena certeza que a larga maioria dos representantes que estão na Câmara dos Deputados, os senhores deputados e deputadas federais, trabalha corretamente com a emenda”, disse.

    Motta diz que relação com governo é de altos e baixos e rebate crítica de Lira

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  • Gabigol se afastou de elenco do Cruzeiro, mas contrato dificulta saída

    Gabigol se afastou de elenco do Cruzeiro, mas contrato dificulta saída

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Gabigol está mais perto de sair do Cruzeiro após perder o pênalti decisivo na semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians, no último domingo. O UOL apurou que o atacante deixou o estádio sozinho, separado do restante do grupo após a derrota, em um movimento que sinaliza um crescente distanciamento entre ele e líderes do elenco.

    A chegada de Tite, com quem o atacante nunca teve boa relação, é mais um fator que aponta para a sua saída, nesta sexta-feira (19) desejo tanto dele quanto do clube. Os altos salários, contudo, dificultam possíveis negociações.

    INSATISFAÇÃO COM O BANCO E DISTANCIAMENTO

    Depois de deixar a Neo Química Arena sozinho, e com a entrada dos jogadores no período de férias, Gabigol permaneceu em São Paulo, perto da família.

    Pessoas envolvidas no dia a dia do Cruzeiro dizem que o comportamento depois da eliminação é o último sinal de que o centroavante se distanciou dos companheiros e já tinha começado a refletir sobre o próprio futuro.

    A falta de oportunidades como titular pesava nos bastidores. Gabriel sempre deixou claro a Leonardo Jardim que queria iniciar mais partidas, porém, a concorrência era fortíssima com Kaio Jorge, artilheiro do Brasileirão.

    As fontes ouvidas pelo UOL ressaltaram que embora sempre tenha deixado claro a sua vontade de jogar mais e a insatisfação com a reserva, Gabigol sempre se comportou de forma respeitosa e profissional com comissão e companheiros.

    VAI SAIR?

    O Cruzeiro não se opõe a saída de Gabigol, já que abriria espaço importante na folha salarial. O atacante, por sua vez, está tranquilo, com contrato até 2028 e um dos maiores vencimentos do futebol brasileiro.

    O Santos se apresentou como principal interessado e chegou a abrir negociações, como antecipou o UOL. Porém, as conversas estão travadas no momento.

    O principal empecilho é justamente o salário. O Peixe não consegue manter aquilo que Gabigol recebe de maneira integral e tenta costurar um acordo.

    A multa também pode complicar o negócio, embora não tenha a mesma intensidade dos salários. Os valores ultrapassam os R$ 600 milhões para clubes brasileiros, mas o UOL apurou que a liberação sem custos é uma possibilidade.

    Segundo a Fifa, Inglaterra lidera gastos, e comissões recordes se concentram em poucas negociações; relatório aponta crescimento no futebol feminino, ainda distante do volume financeiro do masculino

    Folhapress | 13:15 – 19/12/2025

    Gabigol se afastou de elenco do Cruzeiro, mas contrato dificulta saída

  • Avião que sumiu há 13 anos é encontrado abandonado em aeroporto na Índia

    Avião que sumiu há 13 anos é encontrado abandonado em aeroporto na Índia

    O Boeing 737-200 da Air India foi retirado de serviço e estacionado em uma área remota do aeroporto, em 2012

    SÃO PAULO, SP (UOL/CBS NEWS) – A companhia aérea Air India recebeu uma multa milionária de 10 milhões de rúpias indianas, cerca de R$ 610 mil, após um avião da companhia aérea que havia desaparecido há 13 anos ser encontrado estacionado no Aeroporto de Calcutá, na Índia.

    O Boeing 737-200 foi retirado de serviço e estacionado em uma área remota do aeroporto, em 2012. Quando os funcionários do local tentaram contato com a Air India para que a aeronave fosse removida, a companhia aérea insistiu que o avião não lhe pertencia.

    Auditoria interna da Air India confirmou que a aeronave VT-EHH pertencia à companhia aérea. A justificativa para a demora, segundo uma reportagem do The Times of India, é que a rotatividade de funcionários e as falhas nos registros fizeram com que o jato desaparecesse gradualmente dos arquivos institucionais da companhia aérea.

    Enquanto o avião permanecia no local, a administração do Aeroporto de Calcutá continuou a cobrar taxas de estacionamento. Ao longo dos 13 anos em que a aeronave permaneceu inativa, o valor das cobranças ficou em torno de R$ 610 mil.

    Após confirmar que era dona da aeronave, a Air India providenciou a remoção e pagou a taxa de estacionamento. O avião foi içado para um veículo de transporte e levado por via terrestre para o Aeroporto Internacional Kempegowda em Bengaluru, na Índia, onde servirá como plataforma de treinamento (sem voo) para técnicos de manutenção aeronáutica.

    O avião de 43 anos foi fabricado em 1982. Voou pela Indian Airlines, posteriormente operou para a Alliance Air, retornou às operações de carga em 2007 e foi utilizado pela última vez pelos Correios da Índia antes de ser desativado em 2012.

    Avião que sumiu há 13 anos é encontrado abandonado em aeroporto na Índia

  • Motta admite que mudou cassação de Ramagem para não contrariar STF

    Motta admite que mudou cassação de Ramagem para não contrariar STF

    Presidente da Câmara bate na mesa ao falar de motim e diz que ninguém mais sentará em sua cadeira; condenado, ex-diretor da Abin perdeu mandato por decisão da Mesa por faltas e não teve o caso levado ao plenário

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), admitiu que o ex-deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) foi cassado por meio de uma decisão da Mesa Diretora da Casa e não por meio de votação no plenário para evitar um novo conflito com o STF (Supremo Tribunal Federal).

    Durante entrevista a jornalistas nesta sexta-feira (19), Motta ainda bateu na mesa ao comentar o motim bolsonarista e a tomada da sua cadeira pelo deputado suspenso Glauber Braga (PSOL-RJ). Ele disse que usará a força nessas situações e que a cadeira do presidente deve ser respeitada.

    A mudança de estratégia de Motta em relação a Ramagem ocorreu por causa do imbróglio em torno da cassação, na semana passada, de Carla Zambelli (PL-SP), que assim como o ex-deputado foi condenada pelo STF à perda de mandato -o entendimento da corte é o de que a Câmara tem que cumprir a cassação, enquanto Motta, a princípio, defendeu que a decisão final seria do plenário e não do Judiciário.

    “A questão do Ramagem, que estava prevista para ir ao plenário, por decisão dos líderes e dos membros da Mesa, e para evitar um novo episódio de conflito, de estresse institucional, houve uma decisão de decidir isso pela Mesa”, disse Motta.

    O presidente afirmou ainda que decidiu pautar, neste fim de ano, as decisões sobre cassações de Ramagem, Zambelli, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Glauber para que o tema não se arrastasse para 2026 e atrapalhasse a convivência na Casa.

    “Decidi enfrentar esses assuntos para que a Câmara pudesse se posicionar, respeitando a vontade do plenário. O plenário é soberano para decidir acerca, principalmente, do mandato. […] Nunca é um tema simpático, não é um tema que nos agrada, sempre traz algum nível de constrangimento, mas é da nossa função enfrentar os temas sobre a mesa”, emendou.

    Apenas os casos de Glauber e de Zambelli foram decididos pelo plenário. A indicação de cassação do deputado do PSOL por ter agredido um militante de direita foi transformada em suspensão por seis meses pelos deputados, enquanto o mandato de Zambelli também foi salvo pela maioria.

    No dia seguinte, porém, o STF determinou que a Câmara declarasse a perda de mandato de Zambelli, que está presa na Itália e aguarda decisão sobre a extradição ao Brasil. Diante do impasse, a solução política costurada por Motta foi a renúncia da deputada, sacramentada no domingo (14).

    Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA desde março, foi cassado pela Mesa por ter ultrapassado o número máximo de faltas permitidas pela Constituição.

    A decisão da Mesa a respeito de Ramagem, porém, foi baseada em excesso de faltas futuras do ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que fugiu para os EUA e tem um mandado de prisão em aberto, e não na condenação do STF por participação na trama golpista.

    Motta não esclareceu se houve incoerência nas decisões diferentes em relação a Zambelli e Ramagem e nem por que o ex-deputado perdeu o mandato por faltas futuras e não por causa de sua condenação.

    Ramagem está condenado a um regime fechado. Ele está no exterior por vontade própria. Se ele decidir ficar no exterior, não vai cumprir o mandato. Se voltar ao Brasil, também não vai cumprir o mandato, porque ele vai estar cumprindo a pena”, respondeu apenas.

    O presidente da Casa também foi questionado a respeito da diferença de tratamento em relação a Glauber, que se recusou a deixar a cadeira de Motta em protesto e foi retirado à força pela polícia legislativa na semana passada, e aos deputados bolsonaristas que ocuparam o plenário por mais de 30 horas em agosto.

    “Eu não ia para o confronto físico [no caso do motim]. Para se evitar que isso vire recorrente, no caso do Glauber eu tomei outra decisão, de não deixar crescer o motim e retirar fisicamente. Pode ter certeza de que o posicionamento da presidência, se isso voltar a acontecer, será igual ao que foi com Glauber”, respondeu.

    Nesse momento, Motta bateu na mesa. “Que se respeite a presidência da Câmara dos Deputados. A cadeira do presidente não pode ser ocupada da maneira que for”, disse.

    Ele afirmou ainda esperar que o Conselho de Ética seja pedagógico ao punir os amotinados e que houve tentativas de procrastinar o andamento do processo, que só será concluído no ano que vem.

    Motta admite que mudou cassação de Ramagem para não contrariar STF

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