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  • Datena acusa SBT de censura por vetar entrevista com Fernando Haddad

    Datena acusa SBT de censura por vetar entrevista com Fernando Haddad

    A emissora teria impedido a conversa por causa da filiação do político ao Partido dos Trabalhadores; o SBT é comandado pela família Abravanel, que promove e tem ligações com políticos de direita e extrema-direita

    RIO DE JANEIRO, RJ (CBS NEWS) – O apresentador José Luiz Datena, 68, acusou o SBT de censurar uma entrevista que faria com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), no início deste ano, quando ainda era funcionário da emissora da família Abravanel. Segundo ele, a direção da empresa impediu a conversa por causa da filiação do político ao Partido dos Trabalhadores.

    Após pedir demissão do SBT e migrar para a RedeTV!, no fim de maio, Datena finalmente realizou a entrevista e aproveitou a ocasião para agradecer ao ministro. “Muito obrigado ao Haddad pela entrevista, não ficou só na parte econômica, foi muito produtiva, teve repercussão”, afirmou.

    Na sequência, ele criticou seu antigo empregador e comparou a postura do SBT em relação a outros políticos: “Eu fui fazer uma entrevista com o Haddad e não me deixaram. ‘Ah, não, porque o Haddad é do PT’. Aí entrevistam o Lula, não dá para entender.” O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi entrevistado pelo apresentador César Filho no SBT Brasil, exibido nesta sexta-feira (5).

    Datena contou que, na época, recebeu a notícia do cancelamento enquanto se dirigia para a gravação: “Os caras me tiraram de dentro do avião. Isso eu não contei antes, mas estou contando agora. De repente, entrevistam o Lula. Vai entender como é que é o negócio. Eu não ia contar isso, porque não gosto de contar essas coisas. Mas também não sou cofre para ficar guardando, não”, desabafou.

    Em fevereiro, quando a entrevista estava inicialmente marcada, o SBT havia informado que o cancelamento se devia a problemas na agenda do ministro.
    A reportagem procurou a assessoria do SBT, mas não obteve resposta.

    Datena acusa SBT de censura por vetar entrevista com Fernando Haddad

  • Estes são os 8 produtos que a Apple está prestes a abandonar

    Estes são os 8 produtos que a Apple está prestes a abandonar

    A Apple vai apresentar novos produtos esta terça-feira, dia 9, e vai deixar de disponibilizar através da sua loja oficial alguns modelos antigos. Saiba os dispositivos que vão ficar pelo caminho

    A Apple fará esta terça-feira, dia 9 de setembro, a apresentação oficial da série iPhone 17 e, além da nova geração de celulares, também é esperado que a ‘Empresa da Maçã’ mostre novos produtos para os novos mercados onde se encontra presente.

    O anúncio de novos produtos significa que a Apple está prestes a abandonar outros tantos e, com base naquele que tem sido o histórico da Apple até aqui, já sabemos alguns dos que podem estar na ‘porta de saída’.

    Segundo o site ‘9to5mac’, com o anúncio do iPhone 17, iPhone 17 Air, iPhone 17 Pro e iPhone 17 Pro Max, a Apple deverá abandonar o iPhone 15, o iPhone 15 Plus e também o iPhone 16 Pro e o iPhone 16 Pro Max.

    Significa que, a partir de amanhã à tarde, o catálogo de celulares da Apple será composto pelo iPhone 16e, pelo iPhone 16, pelo iPhone 16 Plus, pelo iPhone 17, pelo iPhone 17 Air, pelo iPhone 17 Pro e pelo iPhone 17 Pro Max.

    O alinhamento de celulares disponível na loja oficial da Apple não deverá ser o único a sofrer alterações. Acredita-se que, com a apresentação de novos relógios inteligentes e fones sem fios, a Apple deverá descontinuar as vendas do Apple Watch Series 10, do Apple Watch Ultra 2, do Apple Watch SE 2 e também dos AirPods Pro 2.

    Por enquanto isto não passa de especulação, o que significa que terá de estar atento à apresentação da Apple desta terça-feira e que poderá seguir através da aplicação Apple TV, no canal oficial da empresa no YouTube e também no site oficial.

    A transmissão do evento terá início às 14:00 (hora de Brasília).

    Estes são os 8 produtos que a Apple está prestes a abandonar

  • Fase final do julgamento de Bolsonaro começa hoje

    Fase final do julgamento de Bolsonaro começa hoje

    Alexandre de Moraes, relator do processo, dará o primeiro voto no caso depois de se pronunciar sobre a sua análise dos fatos

    O julgamento contra Jair Bolsonaro entra hoje na última semana com a votação dos cinco dos ministros do STF, até sexta-feira, que podem condenar o ex-Presidente por tentativa de golpe de Estado.

    O tribunal programou sessões diárias até o fim da semana para concluir o processo, depois de, na semana passada, o julgamento ter ficado marcado pelo pedido de condenação de todos os acusados por parte da Procuradoria Geral da República e com a defesa dos réus pedindo a absolvição dos seus clientes.

    O coletivo de juízes que forma a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) é composto pelo juiz Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

    Hoje, o primeiro voto será feito por Alexandre de Moraes, relator do processo, depois de se pronunciar sobre a sua análise dos fatos.

    O juiz, que sofreu sanções por parte dos Estados Unidos com a justificação de estar promovendo “uma caça às bruxas”, já garantiu por diversas vezes que não se vai intimidar e, na semana passada, na abertura do julgamento, afirmou que foi feita uma tentativa de golpe de Estado, “atentando contra as instituições” com o objetivo de criar um “estado de exceção”.

    Seguem-se depois as decisões dos restantes juízes que votam em ordem crescente de antiguidade no Tribunal, ficando por último o presidente do coletivo, Cristiano Zanin, que também será o responsável por proclamar o resultado.

    Na sexta-feira, caso haja condenações, está previsto que os cinco juízes debatam sobre a fixação da pena para cada réu.

    Em caso de condenação, para a qual é necessária uma maioria de pelo menos três votos, a entrada na prisão não será automática, pois ainda há espaço para alguns recursos.

    Após a publicação do acórdão, a defesa e a acusação podem interpor embargos de declaração, no prazo de cinco dias, para corrigir eventuais contradições ou omissões.

    Caso a decisão não seja unânime (3 a 2, com pelo menos dois votos pela absolvição), a defesa pode ainda recorrer por meio de embargos infringentes, que levam a matéria divergente ao plenário do STF, que tem 11 juízes.

    Esses recursos podem prolongar o processo por semanas ou meses, e, mesmo após eventual rejeição, podem surgir novos incidentes, como agravos.

    Há também a possibilidade de um ou mais juízes da Primeira Turma de solicitar vista do processo. Caso isso aconteça, deverá devolver os autos para retomada do julgamento no prazo de 90 dias. Ainda assim, mesmo que algum dos juízes peça vista, isso não impede os restantes juízes de votarem.

    Além de Jair Bolsonaro, estão em julgamento o deputado federal Alexandre Ramagem, o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, o general na reserva e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República Augusto Heleno, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, o general e ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o general na reserva e ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Neto.

    Este grupo chamado de “Núcleo 1” ou “Núcleo Crucial”, composto por oito réus, responde por tentativa de abolição violenta do Estado de Direito Democrático, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

    O ex-presidente não deverá marcar presença no tribunal, alegando motivos de saúde, permanecendo na sua residência, onde cumpre prisão domiciliar após ter violado medidas cautelares impostas pelo tribunal.

    Fase final do julgamento de Bolsonaro começa hoje

  • Velório de Angela Ro Ro será nesta terça em cerimônia aberta para os fãs da artista

    Velório de Angela Ro Ro será nesta terça em cerimônia aberta para os fãs da artista

    A cantora morreu nesta segunda-feira (8), aos 75 anos; a despedida, aberta aos fãs, acontecerá no Crematório e Cemitério da Penitência, localizado no Caju, Rio de Janeiro

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O velório da cantora e compositora Angela Ro Ro será realizado nesta terça-feira (9), no Crematório e Cemitério da Penitência, localizado no Caju, região central do Rio de Janeiro. A despedida, aberta aos fãs, acontecerá na capela Ecumênica I, entre 13h e 16h.

    Morta nesta segunda-feira (8), aos 75 anos, Angela deu voz a letras românticas e emplacou uma série de hits que fizeram dela uma das artistas brasileiras mais elogiadas pela crítica especializada, tanto no país quanto fora, entre os anos 1970 e 1980. Um dos seus maiores sucessos é “Amor, Meu Grande Amor”.

    A artista estava internada no Hospital Silvestre, no Rio, onde morreu após contrair uma infecção.

    Velório de Angela Ro Ro será nesta terça em cerimônia aberta para os fãs da artista

  • Governo Trump cita Dia da Independência do Brasil e promete manter ações contra Moraes

    Governo Trump cita Dia da Independência do Brasil e promete manter ações contra Moraes

    Aliados de Bolsonaro esperam novas sanções contra o Brasil diante do julgamento do ex-presidente

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – Na véspera da retomada do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal), o governo Donald Trump voltou a criticar o ministro Alexandre de Moraes e prometeu manter ações contra o magistrado.

    “Ontem marcou o 203º Dia da Independência do Brasil. Foi um lembrete do nosso compromisso de apoiar o povo brasileiro que busca preservar os valores de liberdade e justiça”, afirmou o subsecretário para Diplomacia Pública do Departamento de Estado –equivalente ao Ministério das Relações Exteriores–, Darren Beattie.

    “Para o ministro Alexandre de Moraes e os indivíduos cujos abusos de autoridade têm minado essas liberdades fundamentais -continuaremos a tomar as medidas apropriadas”, complementou o representante do governo Trump.

    Aliados de Bolsonaro esperam novas sanções a autoridades brasileiras -do Supremo e também do governo federal- diante do julgamento do ex-presidente.

    Neste domingo (7), apoiadores de Bolsonaro levaram bandeiras dos EUA à manifestação na Avenida Paulista.

    Está no radar dos americanos restringir o visto de mais autoridades brasileiras e aplicar punições financeiras a mais pessoas -a mulher de Moraes, Viviane Barci, está na mira dos EUA.

    Há ainda conversas sobre suspender algumas das 700 exceções dadas pelo governo americano na aplicação de 50% das tarifas a produtos importados do Brasil, embora seja considerada uma medida mais dura de ser aplicada.

    Na semana passada, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que impôs tarifas de 50% sobre o Brasil porque o país está “fazendo algo muito infeliz”. Segundo ele, o governo brasileiro “ficou radicalmente à esquerda”.

    “Nós temos uma ótima relação com as pessoas do Brasil, mas o governo do Brasil mudou radicalmente. Ele ficou muito à esquerda. Ele ficou radicalmente à esquerda e está machucando muito o Brasil. E eles estão se saindo muito, muito mal. Então, vamos ver”, disse Trump em entrevista no Salão Oval.

    A declaração foi dada em resposta a uma pergunta sobre possíveis sanções a vistos de delegações que participarão da Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).

    Governo Trump cita Dia da Independência do Brasil e promete manter ações contra Moraes

  • Itaú demite cerca de mil funcionários após monitorar produtividade no home office

    Itaú demite cerca de mil funcionários após monitorar produtividade no home office

    Nas redes sociais, funcionários do banco dizem que a acusação não procede e afirmam que muitos tinham avaliações positivas e, inclusive, obtiveram promoções

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Cerca de mil funcionários do Itaú Unibanco foram demitidos nesta segunda-feira (8), de acordo com estimativa do Sindicato dos Bancários. Foram dispensados trabalhadores de diversos setores sob a justificativa de incompatibilidades entre a marcação de ponto e a atividade registrada nas plataformas de trabalho durante o home office. Ou seja, segundo o Itaú, as horas trabalhadas de fato eram inferiores às registradas.

    Procurado, o banco não informou a quantidade de demitidos, mas disse que os desligamentos são “decorrentes de uma revisão criteriosa de condutas relacionadas ao trabalho remoto e registro de jornada”.

    “Em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco. Essas decisões fazem parte de um processo de gestão responsável e têm como objetivo preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade”, completou o Itaú, em nota.

    Ao todo, o Itaú tem aproximadamente 100 mil funcionários. Muitos deles trabalham de forma híbrida, com alguns dias da semana indo presencialmente ao escritório e outros em home office. Em ambos, é necessário bater ponto de entrada e saída.

    Segundo funcionários desligados, o banco monitora as atividades de seus contratados nas máquinas e nos softwares do Itaú. A produtividade do funcionário também é medida por meio da quantidade de cliques abas abertas, inclusão de tarefas no sistema, criação de chamados etc.

    Comparando a atividade no computador com a jornada registrada pelo trabalhador por meio do ponto, o banco encontrou descasamentos que geraram a demissão sem justa causa ou em, alguns casos, advertência.

    Nas redes sociais, funcionários do banco dizem que a acusação não procede e afirmam que muitos tinham avaliações positivas e, inclusive, obtiveram promoções.

    O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região diz repudiar as demissões.

    “É inaceitável que uma instituição que registra lucros bilionários promova demissões em massa sob a justificativa de ‘produtividade’. Os avanços tecnológicos e os ganhos decorrentes da digitalização poderiam ser revertidos em melhores condições de trabalho e em emprego decente. No entanto, enquanto os trabalhadores são sacrificados, os acionistas seguem acumulando ganhos recordes”, diz a entidade em nota à imprensa.

    O sindicato também afirmou que não foi procurado para discutir alternativas de recolocação desses funcionários em outras áreas.

    “O sindicato seguirá cobrando do Itaú responsabilidade social, diálogo e compromisso com os trabalhadores e vai intensificar os protestos contra as demissões.”

    Itaú demite cerca de mil funcionários após monitorar produtividade no home office

  • Ancelotti aposta em time diferente na altitude boliviana para encerrar bem as Eliminatórias

    Ancelotti aposta em time diferente na altitude boliviana para encerrar bem as Eliminatórias

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Com a vaga já garantida na Copa do Mundo de 2026, a seleção brasileira se despede das Eliminatórias nesta terça-feira (9), às 20h30 (horário de Brasília), na altitude de El Alto, na Bolívia, com o técnico Carlo Ancelotti fazendo uma série de mudanças no time para poder conhecer melhor o grupo de jogadores.

    Segundo colocado na tabela de classificação, com 28 pontos, o Brasil não pode mais alcançar a líder Argentina, que soma 38.

    Em 17 partidas nas Eliminatórias até aqui, a seleção brasileira teve oito vitórias, quatro empates e cinco derrotas, com 24 gols marcados e 16 sofridos.

    Se vencer o confronto contra a Bolívia no estádio Municipal de El Alto, a 4.150 metros acima do nível do mar, a equipe vai emendar a terceira vitória seguida pela primeira vez no classificatório, após triunfos contra Chile e Paraguai, garantindo o segundo lugar -um resultado bem melhor do que indicava a sequência de péssimos resultados durante o torneio.

    Em caso de empate, poderá ser ultrapassada se o Uruguai vencer o Chile. Se perder, Equador, Colômbia e Paraguai -todos já classificados- também poderão passar à frente.

    No último treino na Granja Comary, em Teresópolis, antes do embarque para a Bolívia, Ancelotti escalou uma equipe titular apenas com Alisson e Bruno Guimarães entre os onze jogadores que começaram na vitória por 3 a 0 contra o Chile.

    Andrey Santos deve assumir o lugar de Casemiro, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

    “Não há um jogador brasileiro que tenha a mesma característica do Casemiro, mas há alguns que podem jogar nessa posição, com características diferentes”, afirmou Ancelotti, citando o volante do Chelsea, além de Bruno Guimarães e Lucas Paquetá, trio que deve começar no meio de campo contra a Bolívia.

    Vitinho e Caio Henrique foram testados nas laterais e podem receber chance, com Fabrício Bruno e Alex aparecendo na zaga. No ataque, Luiz Henrique, que entrou bem contra o Chile, deve formar o trio com o estreante Samuel Lino e Richarlison de centroavante.

    “A ideia que tenho é mudar um pouco. Estamos avaliando o cansaço dos jogadores. Temos que considerar que há um componente que temos que avaliar [altitude], e isso pode mudar a estratégia do jogo, obviamente. Estou buscando informações com jogadores que já atuaram nessas condições”, afirmou Ancelotti.

    Ele acrescentou que, mesmo mandando a campo jogadores mais descansados, o time não pode buscar contra a Bolívia repetir o mesmo ritmo e intensidade impostos contra os chilenos.

    “Temos que jogar diferente do jogo contra o Chile. Foi um jogo com muita intensidade, com muita pressão. Isso na altitude não se pode fazer.”

    Em seu quarto confronto à frente da seleção, com duas vitórias e um empate até aqui, Ancelotti disse estar satisfeito com a postura demonstrada pelos jogadores nos treinamentos e nas partidas.

    “Os jogadores brasileiros têm muito talento. A chave do êxito é talento mais atitude”, afirmou o treinador. “O que eu mais gostei nesses três jogos foi a atitude da equipe. A atitude foi, na minha opinião, muito alta. Isso é uma base importante do futuro da seleção.”

    Será a quinta partida da equipe boliviana em El Alto nas Eliminatórias. Invicta jogando na cidade, a Bolívia conquistou vitórias contra Colômbia, Chile e Venezuela, e empatou com Paraguai e Uruguai.

    Oitava na tabela de classificação, com 17 pontos, o país ainda tem chances de se classificar ao Mundial.

    Para voltar à Copa após a última participação em 1994, a equipe precisa vencer o Brasil e torcer para a Venezuela, sétima colocada com 18 pontos -e atualmente com a vaga para a repescagem-, não vencer a Colômbia.

    A principal esperança de gols do time boliviano é o atacante Miguelito, de 21 anos. Atleta do Santos e que atualmente está emprestado ao América-MG, Miguelito é o terceiro na artilharia das Eliminatórias, com seis gols, atrás de Luis Díaz, com sete, e Messi, com oito.

    No retrospecto, a seleção brasileira tem amplo favoritismo. São 33 confrontos, com 24 vitórias do Brasil, cinco da Bolívia e quatro empates.

    Jogando em território boliviano, em dez partidas, são quatro vitórias para cada lado, e dois empates.

    BRASIL X BOLÍVIA

    Competição: Eliminatórias da Copa do Mundo
    Local: estádio Municipal de El Alto, em El Alto
    Horário: 20h30 (de Brasília)
    Árbitro: Cristian Garay (CHL)
    Transmissão: Globo, SporTV e Ge TV
    Brasil: Alisson; Vitinho, Fabrício Bruno, Alex e Caio Henrique; Andrey Santos, Bruno Guimarães e Lucas Paquetá; Luiz Henrique, Samuel Lino e Richarlison
    Técnico: Carlo Ancelotti
    Bolívia: Lampe; Diego Medina, Haquín, Morales e Roberto Fernández; Villamíl, Ervin Vaca, Robson Matheus e José Sagredo; Miguelito e Moisés Paniagua
    Técnico: Óscar Villegas

    Ancelotti aposta em time diferente na altitude boliviana para encerrar bem as Eliminatórias

  • Julgar trama de golpe é sinal de Brasil mais maduro que na ditadura, diz Gilberto Gil

    Julgar trama de golpe é sinal de Brasil mais maduro que na ditadura, diz Gilberto Gil

    Cantor lança livro que registra sua última turnê, ‘Tempo Rei’, e afirma querer se dedicar à escrita após fim das apresentações

    PORTO ALEGRE, RS (CBS NEWS) – Gilberto Gil está de volta à estrada após um hiato de reclusão forçada pelo luto de sua filha, Preta. Com a serenidade que tem marcado sua velhice, fez a grandiosa apresentação de sua turnê de despedida em Porto Alegre, no último sábado, incluindo uma participação de Adriana Calcanhotto.

    A turnê já chegou à metade, e começa um momento de balanço. Dois dias antes da performance na capital gaúcha, Gil lançou um livro que registra para a posteridade essa leva final de shows, “Tempo Rei”.

    A obra sai por sua editora familiar, a Gege Edições Musicais, capitaneada por sua esposa e produtora Flora Gil com projeto gráfico do casal Daniel Kondo e Adriana Fernandes. Cada música apresentada na turnê vem acompanhada de uma cifra simplificada feita por Sergio Chiavazzolli, seu colaborador antigo.

    As páginas do livro retratam os momentos mais marcantes de Gil no palco no último ano -por exemplo, ao cantar “Drão” ao lado de Preta e apresentar “Cálice” olhando, pesaroso, para fotos de protesto contra a ditadura militar exibidas no telão. O livro vem a público bem quando o Supremo Tribunal Federal realiza o julgamento histórico de uma cúpula militar acusada de outra tentativa de golpe.

    “É o que eu espero que a sociedade brasileira faça”, diz o compositor, minutos antes do evento de lançamento, no Instituto Ling. “Responsabilizar o maior número possível daqueles que participaram dessa intentona, dessa tentativa de golpe de Estado.”

    As investigações, segundo o ex-ministro da Cultura do primeiro governo Lula, foram “suficientemente conclusivas” para estabelecer quem foi responsável pelo quê -e agora é a hora de o tribunal se incumbir de apontar inocentes e culpados.

    “Isso é diferente do que aconteceu após a ditadura militar, em que esses processos não foram instalados”, aponta o cantor, que foi preso pela repressão do regime e se exilou por dois anos em Londres. “Denota um grau mais claro de amadurecimento da sociedade brasileira, especialmente das instituições incumbidas de zelar pelo exercício do poder civil, democrático.”

    Falar de um acontecimento presente enquanto remete a ecos do passado e projeta possibilidades de futuro é atitude característica de Gil –boa parte da concepção visual da nova turnê é inspirada nessa mistura de temporalidades, num entendimento do tempo como espiralar, não linear.

    Gil já declarou não ter vontade de recontar sua história por um mecanismo tradicional como uma autobiografia ou um livro de memórias, a estilo por exemplo do que fez Caetano em “Verdade Tropical”.

    Durante o evento desta quinta, ele reforçou a ideia de que o interessa muito mais o que se produziu sobre a tropicália, as interpretações dos outros sobre sua obra, do que qualquer coisa que ele mesmo tenha a dizer sobre o que fez.

    “O que o mundo fala de mim é suficiente, porque o que eu fiz foi feito para o mundo, para as pessoas reagirem ao meu trabalho”, diz ele ao repórter, reforçando não “ver vantagem” em registrar suas memórias, com um porém significativo.

    “Às vezes penso em escrever ensaios soltos a respeito das coisas que me interessam no campo da arte, da música, das ciências humanas, das ciências naturais”, afirma, acrescentando não ter um projeto bem delineado em vista.

    É uma vontade que vem e passa, segundo Gil, mas parece mais sedimentada nesses três anos em que reforçou a convivência com os colegas imortais da Academia Brasileira de Letras, a ABL. “São pessoas com muita experiência de vidas decantadas, muitos egressos de campos distantes do meu interesse mais direto. O convívio com essa gente tem interesse particular para mim.”

    E, em breve, Gil deve ter um pouco mais de tempo livre. “Talvez encerrando esse ciclo de apresentações de shows, essa atividade mais intensa, talvez aí eu tenha uma vontade mais focada de escrever alguma coisa. Mas ainda não comecei a esboçar roteiros.”

    É bom pontuar que a obra de Gil já vem se decantando há algum tempo em livros, como a parceria com o pesquisador Carlos Rennó para a publicação de suas letras reunidas e com Kondo, artista gráfico e designer experiente, para transformar algumas de suas principais composições em obras ilustradas.

    Já fez isso com “Nós, a Gente”, “Andar com Fé” e “Sítio do Pica-Pau Amarelo”, por exemplo, e agora lança “Refazenda” no cinquentenário da canção. O ilustrador reitera a liberdade artística que Gil conferiu às criações, como se insistisse que aquelas palavras fossem reinterpretadas por outros olhos e sensibilidades.

    É a mesma impressão de Rafael Dragaud, diretor artístico da turnê. “A gente nunca vai entender o Gil inteiramente, mas eu tenho uma sensação de que ele está muito acostumado a ser interpretado livremente. É muito à vontade com isso.”

    Durante o evento de lançamento do livro, Kondo perguntou a Gil quando exatamente ele sentia que uma obra deixava de ser sua, nessa onda toda de reinterpretação alheia, por fãs tão numerosos. O compositor discordou da premissa, dizendo que a obra continuava sendo dele para sempre.

    “Mas aí continua, quanticamente, ocupando dois espaços ao mesmo tempo. Um no meu coração e outro no coração das pessoas.”

    Julgar trama de golpe é sinal de Brasil mais maduro que na ditadura, diz Gilberto Gil

  • Governo Tarcísio dá até 90% de desconto ao agro para regularizar grilagem

    Governo Tarcísio dá até 90% de desconto ao agro para regularizar grilagem

    As terras ocupadas irregularmente, hoje usadas para criação de gado, produção de etanol e cultivo de soja e cana, passaram a ser vendidas por 10% a 20% do valor de mercado desde o início da gestão Tarcísio

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende conceder ao menos R$ 18,5 bilhões em descontos a representantes do agronegócio interessados em regularizar a grilagem de 600 mil hectares de terras públicas no Pontal do Paranapanema, extremo oeste do estado de São Paulo.

    O cálculo foi feito pelo UOL a partir dos valores mínimos estimados no Mapa de Terras 2023 elaborado pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e usado como referência em todo o país para precificar lotes rurais. A área em negociação corresponde a 2,5% do território estadual -quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo.

    Segundo o governo, os descontos evitam gastos maiores com indenizações por benfeitorias feitas em ocupações centenárias.

    “Trata-se de áreas registradas em cartório há mais de um século. A anulação desses registros, somada à indenização das benfeitorias, representaria maior ônus financeiro ao Estado do que a adoção do modelo previsto na legislação”, afirmou a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, em nota.

    As terras ocupadas irregularmente, hoje usadas para criação de gado, produção de etanol e cultivo de soja e cana, passaram a ser vendidas por 10% a 20% do valor de mercado desde o início da gestão Tarcísio, em 2023, independentemente da capacidade financeira dos ocupantes.

    Levantamento do UOL baseado em 217 editais publicados no “Diário Oficial” nos últimos três anos mostra que descontos individuais chegam a R$ 25 milhões, beneficiando até grandes empresas.

    A produtora de biocombustíveis Atvos, antiga Odebrecht Agroindustrial, comprou 508 hectares na cidade de Teodoro Sampaio avaliados pelo governo em R$ 8,6 milhões por apenas R$ 1,8 milhão.

    A companhia, uma das líderes nacionais na produção de biocombustíveis, com 3,3 bilhões de litros de etanol anuais, não se manifestou sobre a negociação.

    Outro caso é o da Agropecuária Vista Alegre, com capacidade para produzir 594 toneladas de ração por dia e abrigar 33 mil cabeças de gado. A empresa recebeu um desconto de 78% para comprar 121 hectares em Presidente Bernardes, pagando R$ 403 mil em vez de R$ 1,8 milhão. Procurada, também não respondeu aos contatos da reportagem.

    Entre os maiores beneficiados até agora em termos absolutos estão os proprietários da Fazenda Itapiranga, em Marabá Paulista. Com redução de 90% (R$ 25 milhões), puderam regularizar uma área de 2.000 hectares por R$ 2,7 milhões. Diferentemente das demais propriedades, a fazenda é utilizada como aeródromo. Os responsáveis não foram localizados.

    O agronegócio, base de apoio político do governador e potencial candidato à Presidência em 2026, também recebe isenção de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) em 17 cadeias produtivas, avaliadas em R$ 200 milhões.

    DEZ ANOS PARA PAGAR A DÍVIDA

    As reduções estão previstas em lei estadual de 2022, que criou um programa de regularização de terras devolutas ou presumivelmente devolutas, com registros considerados irregulares.

    São áreas públicas sem destinação oficial que acabaram ocupadas por pequenos, médios e grandes fazendeiros.

    A norma, sancionada pelo ex-governador Rodrigo Garcia em outubro de 2022, às vésperas da eleição, e prorrogada por Tarcísio até 31 de dezembro 2026, concede até 90% de desconto sobre o valor da terra nua -definido anualmente pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta)- e permite parcelamento em até dez anos.

    Na prática, o processo privilegia diretamente os ocupantes das áreas.

    VALOR MENOR QUE O DE MERCADO

    Desde 2022, 179 processos foram concluídos, envolvendo 73 mil hectares, de acordo com a Fundação Itesp.

    A arrecadação prevista é de R$ 187 milhões, ou R$ 2.500 por hectare. No mercado, o valor mínimo é R$ 33,4 mil por hectare (1.236% superior), segundo o Incra.

    Com os descontos, o governo espera arrecadar R$ 1,5 bilhão; sem eles, poderia chegar a R$ 20 bilhões – mais que os R$ 14,8 bilhões obtidos com a privatização da Sabesp.

    Outros 200 pedidos ainda estão em análise.

    Questionado por que utiliza valores da terra nua definidos pelo IAE, e não pelo Incra, que é referência nacional, o governo Tarcísio disse apenas seguir a Lei 17.557/2022, que criou o programa de regularização de terras devolutas.

    “Em seu artigo 3º, a lei estipula que o valor da terra nua deve ser calculado com base no valor médio por hectare da respectiva região administrativa, conforme a tabela oficial do Instituto de Economia Agrícola, vinculado à da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios”, informou.

    TEM QUE VENDER MESMO, DIZ ALIADO DE TARCÍSIO

    Líder do PP na Assembleia Legislativa, o deputado Delegado Olim afirmou que o programa de regularização é bom porque evita gastos desnecessários em processos intermináveis na Justiça.

    “E também acho que o Estado não deve ser dono de terra. Tem que vender mesmo e usar o dinheiro arrecadado nas áreas prioritárias”, disse.

    O UOL tentou contato com associações do agronegócio, como a SRB (Sociedade Rural Brasileira) e a Datagro, mas seus representantes não quiseram se manifestar sobre o programa.

    GOVERNO LULA E MOVIMENTOS SOCIAIS CRITICAM

    O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, disse que existe uma demanda imensa por assentamentos no Pontal do Paranapanema e que a Constituição determina a realização da reforma agrária em terras devolutas.

    “É uma atribuição dos estados também, não só da União. O governo de São Paulo deveria atender às exigências constitucionais”, afirma Teixeira.

    Na Alesp, a oposição classifica o programa de Tarcísio como “bolsa-grileiro” e critica as mudanças recentes aprovadas pela base do governador no texto original.

    O projeto que agora segue para sanção do governador permite dividir áreas em lotes, como condomínios, abrindo brecha para um número ilimitado de regularizações da mesma terra. A norma original limitava a regularização a 2.500 hectares, conforme o artigo 188 da Constituição.

    Também foi aprovada a regularização de áreas em proteção ambiental e a possibilidade de assentados por programas de reforma agrária venderem seus títulos individualmente.

    O Pontal do Paranapanema abriga 117 assentamentos ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), com 7.000 famílias em 147 mil hectares. O movimento afirma que a nova legislação “legitima a grilagem” e que a área em negociação poderia beneficiar 20 mil famílias em 300 novos assentamentos de agricultura familiar.

    A lei é contestada no STF (Supremo Tribunal Federal) pelo PT desde 2022. A relatora, ministra Cármen Lúcia, ainda não marcou o julgamento.

    Governo Tarcísio dá até 90% de desconto ao agro para regularizar grilagem

  • Gleisi pede empenho de ministros para evitar avanço de anistia no Congresso

    Gleisi pede empenho de ministros para evitar avanço de anistia no Congresso

    A orientação, Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais), que foi passada é para que os ministros reforcem a articulação com os líderes partidários na Câmara e no Senad

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – GAPRA ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) pediu que ministros de partidos do centro que integram o governo Lula (PT) atuem para evitar o avanço no Congresso da votação do projeto que dá anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de Janeiro. A orientação que foi passada é para que os ministros reforcem a articulação com os líderes partidários na Câmara e no Senado.

    Além disso, pediu empenho pela aprovação de propostas consideradas prioritárias para o Executivo. Em reunião nesta segunda-feira (8) com a participação de indicados do PSD, do MDB e do União Brasil, além dos ministros Márcio França (PSB) e Luciana Santos (PC do B), Gleisi disse que a prioridade do Legislativo deve ser votar propostas que dialogam com a sociedade brasileira e que o PL da Anistia não é um desses temas.

    No Planalto, a orientação é de oposição à anistia. De acordo com relatos de quatro participantes, ela pediu empenho para evitar que a proposta seja levada a votação. Há uma avaliação entre integrantes do governo e parlamentares que o projeto tem votos suficientes para ser aprovado em plenário.

    Nesse sentido, o esforço é evitar que ele seja pautado. A ministra afirmou que é preciso falar com líderes das bancadas e atuar para fortalecer e respaldar o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), diante da pressão que ele sofre para levar a proposta ao plenário. Cabe ao presidente da Casa definir quando um tema é levado para votação.

    Ainda segundo participantes, a ministra disse que não se pode discutir anistia num processo em que os envolvidos ainda não foram julgados. A ideia do encontro era coordenar essa atuação entre os ministros e buscar alinhar os interesses do Planalto.

    Como a Folha mostrou, há uma avaliação entre integrantes do governo e até mesmo do próprio presidente da República que a aprovação da anistia representaria uma vitória ao governo dos Estados Unidos, num momento em que Donald Trump lança uma ofensiva contra o Brasil.

    As negociações em torno da proposta da anistia avançaram na última semana em resposta ao início do julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu na trama golpista, e envolveram partidos do centrão e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Essas conversas também aconteceram num momento em que o União Brasil e o PP, que têm indicados na Esplanada petista, anunciaram um desembarque da gestão.

    Na reunião, Gleisi pediu empenho na aprovação de projetos do governo federal que são considerados prioritários, principalmente matérias que o Executivo aposta que poderão ajudar na melhoria da avaliação da gestão petista.

    Ela citou como prioridades propostas como a que garante a isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000; a que amplia o fornecimento de energia elétrica gratuita para 16 milhões de pessoas; a que prevê distribuir botijão de gás (GLP) de 13 kg de forma gratuita a 15,5 milhões de famílias cadastradas no CadÚnico e com renda per capita de até meio salário mínimo por mês; e a PEC (proposta de emenda à Constituição) da Segurança Pública.

    Após o encontro, ela afirmou em publicação nas redes sociais que o governo trabalhará para que essa agenda avance, sem citar a proposta da anistia. Ela também citou nominalmente os presidentes da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP).

    “Esta é a agenda que dialoga com os interesses do país e do povo, em consonância com o que veem afirmando os presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre”, escreveu.

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