Categoria: ECONOMIA

  • INSS diz que mais de 1,6 milhão de beneficiários foram ressarcidos por descontos indevidos

    INSS diz que mais de 1,6 milhão de beneficiários foram ressarcidos por descontos indevidos

    O dinheiro dos ressarcimentos é devolvido com correção pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo)

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) afirma que 1.666.378 aposentados e pensionistas aderiram ao acordo de ressarcimento de descontos associativos indevidos até esta quinta-feira (7). Do total, 98,5% já receberam os valores de volta, direto na conta do benefício.

    Segundo a autarquia, ao todo, 2,4 milhões de beneficiários estão aptos a aderir ao acordo. Desse total, 68,6% já formalizaram a solicitação e praticamente todos receberam.

    O dinheiro dos ressarcimentos é devolvido com correção pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A fila de pagamentos segue a ordem cronológica de adesão, ou seja, quem aceitou a proposta primeiro está sendo ressarcido antes.

    O INSS diz que, em breve, uma nova fase será aberta para incluir beneficiários que contestaram os descontos e receberam respostas com assinaturas falsificadas por parte das entidades.

    “Detectamos uma nova tentativa de enganar quem já havia sido vítima. Não vamos permitir. Estamos tratando cada caso com seriedade e atenção total para garantir que nenhum aposentado seja lesado duas vezes”, diz o presidente do INSS, Gilberto Waller Junior.

    Segundo o instituto, nos casos em que a entidade respondeu (1.068.046 casos), os documentos estão sendo analisados e, enquanto isso ocorre, ainda não é possível aderir ao acordo. O beneficiário será notificado e poderá, pelo aplicativo ou site Meu INSS ou em uma agência dos Correios, aceitar os documentos, contestá-los por suspeita de fraude ou não reconhecer a assinatura.

    No momento, pode aderir ao acordo quem teve descontos entre março de 2020 e março de 2025, e contestou os descontos indevidos, mas não obteve resposta da entidade em até 15 dias.

    Quem já entrou com ação judicial também pode aderir, desde que ainda não tenha recebido os valores. Nesses casos, o INSS pagará 5% de honorários advocatícios para ações individuais propostas até 23 de abril de 2025.

    O prazo para aderir ao acordo segue aberto e a adesão pode ser feita por meio do aplicativo ou site Meu INSS ou de forma presencial nas agências dos Correios. Também é possível contestar os descontos até o dia 14 de novembro.
    Até o momento 5,1 milhões de contestações já foram registradas por aposentados e pensionistas que não reconheceram os descontos.

    O Meu INSS lidera o atendimento, com 59% das solicitações (3.093.545 registros), seguido por Correios, com 28,8% dos atendimentos (1.512.117), e Central 135, que respondeu por 7,3% das contestações (384.925 registros).

    Além desses canais, o INSS diz que realizou 254.270 contestações de ofício, como forma de proteger automaticamente beneficiários em situações mais vulneráveis.
    COMO ACEITAR O ACORDO PELO MEU INSS?

    1 – Acesse o aplicativo Meu INSS com CPF e senha;
    2 – Vá até “Consultar Pedidos” e clique em “Cumprir Exigência” em cada pedido (se houver mais de um);
    3 – Role a tela até o último comentário, leia com atenção e, no campo “Aceito receber”, selecione “Sim”;
    4 – Clique em “Enviar”. É preciso, então, aguardar o pagamento.

    QUEM NÃO CONTESTOU OS PAGAMENTOS AINDA PODE PEDIR A DEVOLUÇÃO

    – Entre no site ou aplicativo Meu INSS
    – Informe seu CPF e a senha cadastrada
    – Siga para “Do que você precisa?”
    – Digite: “Consultar descontos de entidades”
    – Caso tenha descontos, marque se foram ou não autorizados
    – Informe email e telefone para contato
    – Declare se os dados são verdadeiros
    – Confirme no botão “Enviar Declarações”

    Aposentados também podem procurar agências próprias dos Correios para buscar ajuda com a consulta e o pedido de devolução de descontos indevidos.

    INSS diz que mais de 1,6 milhão de beneficiários foram ressarcidos por descontos indevidos

  • Toyota credita queda no lucro a impacto das tarifas dos EUA

    Toyota credita queda no lucro a impacto das tarifas dos EUA

    A montadora japonesa anunciou que o lucro líquido caiu 37% em relação ao ano anterior

    A Toyota Motor relatou uma queda no lucro líquido do primeiro trimestre fiscal e cortou sua previsão de lucro anual devido às tarifas dos EUA, prevendo um impacto de US$ 9,5 bilhões com as taxas.

    A montadora japonesa anunciou na quinta-feira que o lucro líquido caiu 37% em relação ao ano anterior, para 841,345 bilhões de ienes, equivalente a US$ 5,71 bilhões, nos três meses encerrados em junho. Esse valor superou a estimativa de US$ 5,26 bilhões em uma pesquisa com analistas realizada pela provedora de dados Quick.

    A receita do primeiro trimestre aumentou 3,5% em relação ao ano anterior, para US$ 83,14 bilhões , com a América do Norte e o Japão liderando o crescimento das vendas. As tarifas americanas afetaram o lucro operacional em US$ 3,05 bilhões, informou a empresa.

    Para o ano fiscal iniciado em abril, a Toyota espera que as tarifas norte-americanas reduzam o lucro operacional em 1,4 trilhão de ienes, o equivalente a US$ 9,5 bilhões.

    A empresa projetou uma queda de 44% no lucro líquido, para US$ 18,05 bilhões neste ano fiscal, abaixo da previsão anterior de US$ 21 bilhões. A empresa manteve a expectativa de crescimento de 1,0% na receita, para US$ 328,14 bilhões.

    A montadora continua esperando que as vendas de veículos do grupo aumentem 1,7%, para 11,20 milhões de unidades neste ano fiscal. Fonte: Dow Jones Newswires.

    *Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

    Toyota credita queda no lucro a impacto das tarifas dos EUA

  • IBGE: produção industrial cresce em 7 de 15 locais pesquisados em junho ante maio

    IBGE: produção industrial cresce em 7 de 15 locais pesquisados em junho ante maio

    Na média global, a indústria nacional avançou 0,1% em junho ante maio, de acordo com o IBGE

    A produção industrial cresceu em sete dos 15 locais pesquisados em junho ante maio, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira, 8.

    Houve expansão em Pernambuco (5,1%), Região Nordeste (2,8%), Minas Gerais (2,8%), Bahia (2,1%), Amazonas (1,5%), Paraná (1,4%) e Rio de Janeiro (0,4%).

    Na direção oposta, houve perdas no Espírito Santo (-5,8%), Mato Grosso (-2,2%), Pará (-1,9%), Goiás (-1,7%), Ceará (-0,9%), Santa Catarina (-0,8%), São Paulo (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,1%).

    Na média global, a indústria nacional avançou 0,1% em junho ante maio, de acordo com o IBGE.

    IBGE: produção industrial cresce em 7 de 15 locais pesquisados em junho ante maio

  • Emenda em PEC barra cobrança e interferência externa sobre o Pix

    Emenda em PEC barra cobrança e interferência externa sobre o Pix

    A emenda na PEC 65 busca proteger o Pix de taxações no País e de ingerências externas, dando exclusividade ao BC para operar sua infraestrutura

    Após a ofensiva do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre o Pix, o relator da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dá autonomia financeira e administrativa ao Banco Central, senador Plínio Valério (PSDB-AM), adicionou ao texto uma blindagem ao sistema de pagamento, por meio de uma sugestão de emenda. A iniciativa, conforme o gabinete do parlamentar, foi costurada com o líder do governo na Casa, Jaques Wagner (PT-BA).

    A emenda na PEC 65 busca proteger o Pix de taxações no País e de ingerências externas, dando exclusividade ao BC para operar sua infraestrutura, bem como decidir sobre sua regulação, sendo proibida sua concessão ou transferência a outro ente público ou privado nos casos de segurança e combate a fraudes.

    Em 15 de julho, o Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês) anunciou a abertura de uma investigação sobre o Brasil a pedido da Casa Branca. Segundo a instituição americana, os motivos da apuração são “práticas injustas”, e um dos alvos é o meio automático de pagamento desenvolvido pelo BC brasileiro.

    O termo “Pix” não é citado no documento divulgado pelo USTR, e o órgão não faz nenhuma recomendação, mas o texto aponta que o Brasil “parece se envolver em uma série de práticas desleais no que diz respeito aos serviços de pagamento eletrônico, incluindo, mas não se limitando a, vantagens para os serviços de pagamento eletrônico desenvolvidos pelo governo”. A reclamação tem a ver com o interesse das grandes big techs americanas de explorar esse mercado no País. Em reação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já chegou a dizer que “o Pix é do Brasil” e um “patrimônio do nosso povo”.

    De acordo com a assessoria do senador, o relatório será entregue à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na sexta-feira da próxima semana, e a previsão é de que seja votado no dia 20. “Essa questão da blindagem do Pix é fundamental e, com essa participação do líder Jaques Wagner nessa emenda, conseguiremos o apoio para a votação na CCJ e plenário o mais rápido possível. Vou acatar tudo que seja bom para os brasileiros e para a modernização do BC”, disse Plínio, em nota.

    Nessa nova rodada de negociações para que a PEC da autonomia orçamentária do BC avance, além do governo, estou recebendo contribuições da direção do banco, principalmente do presidente (Gabriel) Galípolo, que tem um grande interesse na aprovação da matéria para que se alcance a independência para a modernização necessária. O que não tiver acordo no governo, vamos para o voto”, continuou.

    Defesa

    Na quarta-feira, 6, Galípolo fez uma defesa da PEC 65, citando o Pix como um ponto de destaque e defendendo que o sistema de pagamentos tem de permanecer como infraestrutura pública. No governo, porém, há alguns pontos do texto que são vistos como empecilho para que tramite no Congresso.

    Um deles é a escolha da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado como órgão de acompanhamento e regulação do orçamento da autoridade monetária. Para o governo, é “inegociável” que esse trabalho fique a cargo do Conselho Monetário Nacional (CMN). Há também preocupações com a possibilidade de liberação de salários acima do teto remuneratório previsto em lei para servidores públicos. Além de ser algo negativo em si por conta de questões fiscais, o temor é de que haja um efeito cascata para outras carreiras.

    A justificativa da emenda, segundo Plínio Valério, é de que o êxito do Pix decorre da “excelência técnica do Banco Central”, que, como ente neutro e integrante do Estado, define regras que garantem a universalidade de acesso e provê as infraestruturas tecnológicas necessárias ao sistema a custo baixo, assegurando seu funcionamento “eficiente, seguro e equitativo”. “Essa centralidade do BC é o que garante, atualmente, a manutenção do caráter público, eficiente e não discriminatório do Pix”, defendeu.

    Na justificativa da emenda, o senador argumenta que, desde sua implementação, o Pix tem promovido benefícios concretos para a população brasileira, especialmente para os segmentos mais vulneráveis. “A gratuidade para pessoas físicas e a possibilidade de acesso por múltiplas contas (contas de depósito à vista, as contas de depósito de poupança e as contas de pagamento pré-pagas) romperam barreiras históricas de acesso a meios de pagamento eletrônicos.”

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

    Emenda em PEC barra cobrança e interferência externa sobre o Pix

  • Alckmin defende diálogo e apresenta argumentos contra tarifas a encarregado dos EUA

    Alckmin defende diálogo e apresenta argumentos contra tarifas a encarregado dos EUA

    Geraldo Alckmin disse ter conversado com Gabriel Escobar, que é o encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) disse ter apresentado ao encarregado de negócios dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, nesta quinta-feira (7) os argumentos do governo brasileiro contra as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump ao país.

    Entre os argumentos, já apresentados aos negociadores americanos meses atrás, Alckmin reforçou que a tarifa efetiva aplicada pelo Brasil a produtos americanos é de 2,7% e que, dos dez produtos que os EUA mais vendem ao Brasil, oito possuem tarifa zerada.

    “Ele é o representante dos Estados Unidos no Brasil. […] E ele veio conversar, nós dissemos claramente os nossos argumentos”, afirmou Alckmin, defendendo o diálogo nas negociações com os americanos.

    “Se tem problema não tarifário, vamos sentar, conversar e resolver”, disse.

    “Questões não tarifárias, data center, big tech, minerais estratégicos, você pode construir aí uma pauta de conversa, entendimento para superar esse problema”, acrescentou. “Nós não criamos [o problema], mas vamos trabalhar para resolver.”

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, a guerra comercial provocou um expressivo salto no valor da tarifa aplicada a produtos brasileiros. Antes do início do embate comercial, os Estados Unidos adotavam uma tarifa efetiva média de 1,9% para os produtos importados do Brasil. Com a entrada em vigor da sobretaxa de 50% a produtos brasileiros, essa média subiu para 32,2%, segundo levantamento realizado pela equipe de economistas da LCA Consultoria.

    Procurada, a embaixada dos EUA apenas confirmou o encontro de Escobar com Alckmin, mas disse não divulgar o conteúdo de reuniões privadas.

    Segundo Alckmin, o Brasil trabalha para diminuir a alíquota cobrada do país e aumentar o número de exceções, hoje a lista conta com quase 700 itens. “É perseverar, [ter] resiliência, mostrar que, se é um perde-perde, é uma coisa ruim também para os Estados Unidos, que vai encarecer os produtos americanos, rompe cadeias produtivas”, disse.

    Ficarão isentos do aumento de tarifas, por exemplo, derivados de petróleo, ferro-gusa, componentes de aviação civil e suco de laranja. Por outro lado, carnes, café e pescado não escaparam da sobretaxa.

    Em paralelo, o vice-presidente falou sobre o plano de contingência para socorrer as empresas exportadoras mais atingidas pelo tarifaço. “Você tem setores que 90% é [para] o mercado interno, e a exportação é 5%, no máximo 10%. Tem setores que metade do que produz é para exportar. Tem setores que, do que exporta, mais da metade é para os Estados Unidos, estão muito expostos”, afirmou.

    Alckmin confirmou que a proposta já foi apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e que as medidas do plano devem ser anunciadas até a próxima semana. “O presidente vai bater o martelo e aí vai ser anunciado. Se não for amanhã [sexta, 8], provavelmente na segunda [11] ou terça-feira [12]”, disse.

    O plano de contingência prevê, entre diversas medidas, liberação de crédito para empresas e aumento de compras governamentais, de acordo com os ministros. Representantes dos setores afetados pelo tarifaço pedem mais urgência ao governo para atenuar o impacto previsto sobre produção e empregos.

    Segundo reportagem da agência de notícias Reuters desta quinta, o governo brasileiro estuda destinar cerca de R$ 30 bilhões em crédito com condições diferenciadas para apoiar empresas impactadas pelo tarifaço.

    Os recursos viriam do Fundo de Garantia às Exportações (FGE), administrado pelo BNDES, que tem cerca de R$ 50 bilhões e é superavitário.

    O plano prevê que os tomadores dos empréstimos com condições especiais terão que manter os empregos, como contrapartida para o acesso aos recursos, segundo a Reuters. A expectativa é que o crédito seja oferecido com juros reduzidos e prazo de carência.

    Alckmin defende diálogo e apresenta argumentos contra tarifas a encarregado dos EUA

  • Petrobras lucra R$ 26,6 bilhões no 2º trimestre e anuncia R$ 8,6 bilhões em dividendos

    Petrobras lucra R$ 26,6 bilhões no 2º trimestre e anuncia R$ 8,6 bilhões em dividendos

    Tivemos uma excelente performance operacional no segundo trimestre, impulsionada pela implementação de novos sistemas de produção e por uma melhoria na eficiência dos campos em operação”, afirmou o diretor Financeiro da estatal, Fernando Melgarejo

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Petrobras teve lucro de R$ 26,6 bilhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões registrado no mesmo período do ano passado. Pelo resultado, a estatal anunciou a distribuição de R$ 8,66 bilhões em dividendos a seus acionistas.

    No ano, a Petrobras acumula lucro de R$ 61,8 bilhões. Já os dividendos anunciados pelos resultados de 2025 somam R$ 20,3 bilhões.

    “Tivemos uma excelente performance operacional no segundo trimestre, impulsionada pela implementação de novos sistemas de produção e por uma melhoria na eficiência dos campos em operação”, afirmou em comunicado o diretor Financeiro da estatal, Fernando Melgarejo.

    O segundo trimestre da Petrobras foi marcado por aumento de 7,8% na produção de petróleo e gás natural, que chegou a 2,9 milhões de barris por dia, impulsionada principalmente pelo navio-plataforma Almirante Tamandaré, o maior que a empresa tem em operação.

    A produção de combustíveis pelas refinarias da companhia caiu 0,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, mas houve aumento de 0,8% nas vendas, que chegaram a 1,8 milhão de barris por dia.

    A Petrobras afirmou que os dividendos estão de acordo com sua política de remuneração aos acionistas, que prevê a distribuição de 45% do fluxo de caixa livre quando a dívida estiver abaixo do teto estabelecido pelo plano estratégico. “Esta distribuição não compromete a sustentabilidade financeira da companhia.”

    Petrobras lucra R$ 26,6 bilhões no 2º trimestre e anuncia R$ 8,6 bilhões em dividendos

  • Aluguel residencial sobe 0,06% em julho, após alta de 1,02% em junho, revela FGV

    Aluguel residencial sobe 0,06% em julho, após alta de 1,02% em junho, revela FGV

    O aluguel residencial em São Paulo desacelerou a alta de 3,28% em junho para 0,09% em julho

    Os aluguéis residenciais subiram 0,06% em julho, depois de terem aumentado 1,02% no mês anterior, segundo dados do Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (IVAR), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Em 12 meses, o índice acumulou uma alta de 5,79%.

    “Por mais que tenhamos observado uma perda de fôlego do avanço dos preços em julho, o cenário ainda é de pressão sobre o orçamento das famílias que optam pela locação, com os reajustes de aluguéis residenciais subindo acima da inflação geral”, avaliou em nota o economista do FGV Ibre, Matheus Dias.

    Quanto aos resultados das quatro capitais que integram o índice da FGV, o aluguel residencial em São Paulo desacelerou a alta de 3,28% em junho para 0,09% em julho. No Rio de Janeiro, o índice reduziu a queda de 3,23% para 0,01% no período; em Belo Horizonte, de queda de 1,34% diminuiu para 0,03%; e em Porto Alegre, de alta de 0,96% para aumento 0,11%.

    No acumulado em 12 meses até julho, os aluguéis avançaram 4,22% em São Paulo, a maior aceleração entre as cidades pesquisadas, contra 2,97% até junho; 5,20% em Porto Alegre; 10,31% em Belo Horizonte; e recuou para variação de 4,64% no Rio de Janeiro, ante 5,93% acumulado até junho.

    O IVAR foi criado para medir a evolução mensal dos valores de aluguéis residenciais do mercado de imóveis no Brasil, com informações obtidas diretamente de contratos assinados entre locadores e locatários sob intermediação de empresas administradoras de imóveis. Até então, a FGV coletava informações de anúncios de imóveis residenciais para locação, e não os valores efetivamente negociados.

    Aluguel residencial sobe 0,06% em julho, após alta de 1,02% em junho, revela FGV

  • Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

    Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

    O PL 2.692/2025 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e substituiu a medida provisória 1.294/2025

    Após cerca de 48 horas de obstrução do funcionamento dos plenários pela oposição, o Senado aprovou, nesta quinta-feira (7), o projeto de lei (PL) que isenta do pagamento do Imposto de Renda (IR) os trabalhadores que ganham até dois salários-mínimos, o que equivale a R$ 3.036. O texto agora segue para sanção presidencial. A isenção vai valer a partir de maio do mês-calendário 2025.  

    O PL 2.692/2025 foi apresentado pelo deputado José Guimarães (PT-CE), líder do governo na Câmara, e substituiu a medida provisória 1.294/2025, editada pelo governo federal, e cuja validade venceria na próxima segunda-feira (11).

    O relator da matéria no Senado, o líder do governo Jacques Wagner (PT-BA), comemorou o resultado da votação, que foi aprovada em votação simbólica sem manifestações contrárias. 

    “Depois, trabalharemos para aprovar a proposta de estender a isenção para quem ganha até R$ 5 mil. Seguimos trabalhando por mais justiça social e fiscal”, explicou o relator.

    A proposta de isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil reais está em tramitação na Câmara, aguardando votação no plenário. Já aprovada em Comissão Especial, o texto prevê ainda uma redução do IR para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350.A medida é uma das promessas de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A votação da matéria foi atrasada pelo motim da oposição, que ocupou as mesas diretoras dos plenários da Câmara e Senado após decretada a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado e investigado por obstrução do processo penal, devido às ações dos Estados Unidos contra o comércio brasileiro e a sanção da Casa Branca contra Moraes. Ele nega as acusações.

    Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários-mínimos

  • Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

    Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

    Presidente dos EUA ameaça repetir medida feita contra Índia a outros compradores dos russos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira (7) que poderia, dependendo do que acontecer, anunciar novas tarifas sobre a China semelhantes às tarifas de 25% anunciadas sobre a Índia, horas antes, por causa das compras chinesas de petróleo russo.

    “Pode acontecer… Não posso lhes dizer ainda”, disse Trump sem dar detalhes sobre o que pode ser feito, após afirmar que esperava anunciar sanções secundárias para pressionar a Rússia a acabar com sua guerra na Ucrânia.

    “Fizemos isso com a Índia. Provavelmente estamos fazendo isso com alguns outros. Um deles pode ser a China”, comentou o mandatário dos EUA.

    Nesta quarta-feira, Trump impôs uma tarifa adicional de 25% sobre os produtos indianos, além de uma tarifa de 25% anunciada anteriormente, citando as compras de petróleo russo pela Índia.

    O decreto da Casa Branca não menciona a China, outro grande comprador de petróleo russo. Na semana passada, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, advertiu a China de que ela também poderia enfrentar novas tarifas se continuasse comprando petróleo russo.

    O governo brasileiro teme ser alvo de um adicional na sua taxa de 50% por ser uma das nações que importa óleo da Rússia.

    Em 2024, o Brasil importou US$ 5,4 bilhões de diesel russo, um recorde na série histórica da balança comercial.

    A importação do produto russo é crescente desde 2022, quando quintuplicou após as sanções internacionais aplicadas a Moscou devido à guerra na Ucrânia e ao redirecionamento das cargas para outros mercados. O valor se multiplicou por 47 em 2023. Em 2024, houve novo aumento, de 19%.

    Neste ano, mais de 60% desse combustível que foi importado neste ano veio do país de Vladimir Putin.

    Dados recentes da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), porém, indicam que os EUA passaram a Rússia em julho e foram o maior fornecedor brasileiro de óleo diesel no mês, revertendo liderança russa que já durava meses.

    Trump diz que pode impor tarifas à China e outros países que compram petróleo da Rússia

  • Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

    Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA

    Na quarta-feira (6), o dólar fechou em forte queda de 0,77%, cotado a R$ 5,463

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar abriu próximo da estabilidade nesta quinta-feira (7), com os investidores avaliando as novas tarifas de importação impostas pelos Estados Unidos a mais de 60 países, que entraram em vigor nesta quinta.

    As taxas variam entre 10% e 50%, sendo que o Brasil e a Índia são as únicas nações com a maior tarifa para seus produtos.

    Às 9h06, a moeda norte-americana caía 0,02%, cotada a R$ 5,4615. Na quarta-feira (6), o dólar fechou em forte queda de 0,77%, cotado a R$ 5,463. A desvalorização fez a moeda americana atingir o menor valor desde 8 de julho, quando o presidente dos EUA, Donald Trump, estendeu o prazo para parceiros firmarem acordos comerciais.

    Já a Bolsa fechou em disparada de 1,04%, a 134.537 pontos. A alta do Ibovespa acompanhou as ações da Raia Drogasil, que subiram até 18% ao longo do dia, após a RD Saúde, dona das redes de farmácias, ter um crescimento de 13% no lucro do 2º trimestre.

    A sobretaxa de 50% imposta por Trump a exportações brasileiras para o mercado americano entrou em vigor à 1h01 (horário do Brasil) desta quarta. A tarifa atinge 36% dos produtos exportados pelo Brasil aos EUA e inclui itens como máquinas agrícolas, carnes e café.

    Entretanto, graças a cerca de 700 exceções previstas no decreto (leia a íntegra), 43% do valor de itens brasileiros exportados para o país escaparam das novas alíquotas, como mostrou levantamento feito pela Folha.

    O governo Lula acionou os Estados Unidos na OMC (Organização Mundial do Comércio) nesta quarta em reação às tarifas estabelecidas por Trump. O chamado pedido de consulta foi entregue na missão dos EUA junto à organização.

    Apesar da alta probabilidade de não ter efeito prático, já que a consulta precisa ser aceita pelos americanos e a última instância da organização está paralisada, o movimento é visto no Palácio do Planalto como um gesto simbólico importante para marcar posição do Brasil em defesa do multilateralismo.

    Desde abril, o país já sofria uma sobretaxa de 10% imposta pelos EUA. No mês passado, Trump adicionou mais 40% devido a questões políticas por meio de um decreto.

    O texto do decreto menciona diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu em inquérito que apura tentativa de golpe em 2022. A Casa Branca afirmou, à época, que a medida visava “lidar com ameaças incomuns e extraordinárias à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”.

    Para Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, a entrada em vigor do tarifaço já estava precificado pelos agentes do mercado. “As tarifas têm pouco impacto econômico [no mercado do dia]. A gente está mais de olho nos desdobramentos políticos e na possibilidade de o Brasil retaliar, gerando pressões inflacionárias internamente”.

    Segundo Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX, “o ambiente de negócios não é pessimista, mas sim de cautela” nesta quarta.

    “Os cenários mais pessimistas [do tarifaço] foram afastados, porque não serão todos os produtos brasileiros que vão sofrer um choque tarifário, o que diminui o impacto total sobre a economia”, afirma.

    Nesta quarta, o presidente Lula disse não ver espaço para negociação com Trump sobre tarifas e rejeitar ‘humilhação’ de ligar para norte-americano.

    Segundo ele, o Brasil não pretende anunciar tarifas recíprocas e não vai desistir das negociações comerciais, mesmo admitindo que não há, no momento, interlocução.

    O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) está tentando negociar, disse Lula, assim como o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira. “O que nós não estamos encontrando é interlocução”, afirmou.

    O ministro Fernando Haddad (Fazenda) afirmou durante o dia que o governo deve editar uma MP (medida provisória) com o plano de contingência à sobretaxa americana e priorizar os pequenos produtores.

    Segundo o chefe da equipe econômica, o texto está pronto e será encaminhado pela Fazenda ainda nesta quarta, mas o anúncio das medidas cabe ao Palácio do Planalto.

    Haddad afirmou que foi agendada uma reunião para a próxima quarta (13) com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em continuidade às negociações com os americanos.

    O mercado também permanece atento ao impacto econômico da prisão prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Há um subsequente temor de uma escalada tarifária entre os EUA e o Brasil por conta do episódio.

    Réu em processo sobre a trama golpista no final de seu governo, Bolsonaro teve a prisão decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), na última segunda-feira (4).

    O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

    Integrantes do governo Lula (PT) admitiram, sob reservas, a possibilidade de a decretação da prisão domiciliar de Bolsonaro irritar o presidente Trump e intensificar as sanções anunciadas por ele contra o Brasil -até o momento, nenhuma tarifa adicional foi anunciada.

    No cenário internacional, parceiros comerciais continuam buscando meios de negociar com os EUA, já que Trump pretende impor mais tarifas nesta quinta-feira (7).

    Nesta quarta, o presidente americano Trump determinou uma taxa adicional de 25% sobre as importações da Índia em retaliação pelo país adquirir petróleo da Rússia.

    O novo decreto amplia para 50% a sobretaxa imposta aos indianos, que passará a ser válida daqui a 21 dias. Trata-se de uma retaliação indireta à Rússia por não ceder aos apelos dos Estados Unidos de encerrar a guerra com a Ucrânia.

    As tarifas de Trump sobre a Rússia podem afetar o agronegócio brasileiro. Conforme informações obtidas pela Folha, representantes do agro, tanto de empresas quanto da bancada ruralista no Congresso, fizeram chegar o alerta ao Itamaraty sobre possíveis sanções que o Brasil pode sofrer, a partir da sexta-feira (8), devido às negociações que detém com a Rússia, que hoje é o maior vendedor de fertilizantes ao Brasil.

    Como a Folha mostrou, o Brasil também está na rota de sanções pela compra de diesel. Mais de 60% desse combustível que foi importado neste ano veio do país de Vladimir Putin.

    Investidores ainda esperam a indicação de Trump para uma vaga aberta na diretoria do Fed, após a renúncia antecipada da diretora Adriana Kugler na semana passada.

    O assento de Kugler é um dos poucos que devem ficar vagos durante o segundo mandato de Trump, que tem pressionado o banco central por um corte de juros. O Fed volta a se reunir em 16 e 17 de setembro.

    Como resultado, a moeda americana registra uma desvalorização no exterior, com o índice DXY -que mede a força do dólar em relação a seis outras divisas fortes- caindo 0,63% nesta quarta, a 98.150 pontos.

    Dólar abre em queda nesta quinta após início de novas tarifas dos EUA