Categoria: POLÍTICA

  • Polícia Federal deflagra nova fase de operação que mira esquema de desvios em emendas

    Polícia Federal deflagra nova fase de operação que mira esquema de desvios em emendas

    O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (14), a sexta fase da Operação Overclean, que mira desvios de verbas públicas, corrupção e lavagem de dinheiro com recursos de emendas parlamentares.

    Foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, uma medida cautelar diversa da prisão e realizado o sequestro de valores obtidos supostamente de forma ilícita, nas cidades de Salvador e Amargosa, na Bahia, e em Brasília (DF). As ordens foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    De acordo com a polícia, o objetivo é desarticular uma organização criminosa suspeita de envolvimento em fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos, corrupção e lavagem de dinheiro.

    Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitações e contratos administrativos, além de lavagem de dinheiro.

    As apurações da Overclean apontam a atuação de um grupo criminoso que teria atingido o Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), órgão ligado ao Ministério da Integração Nacional, especialmente na Bahia.

    O grupo, segundo a PF, teria direcionado recursos de emendas parlamentares e convênios para empresas ligadas a administrações municipais, com superfaturamento de obras e desvios financeiros. Ele teria movimentado cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos fraudulentos e obras superfaturadas.

    Polícia Federal deflagra nova fase de operação que mira esquema de desvios em emendas

  • STF começa a julgar réus do Núcleo 4 da trama golpista nesta terça

    STF começa a julgar réus do Núcleo 4 da trama golpista nesta terça

    A Primeira Turma do STF começa a julgar nesta terça-feira (14) sete réus do chamado Núcleo 4 da trama golpista ligada ao governo Bolsonaro. Eles são acusados de organizar ações de desinformação, atacar instituições e promover discursos golpistas antes das eleições de 2022

    A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta terça-feira (14) o julgamento da ação penal contra o Núcleo 4 da trama golpista ocorrida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    Os integrantes do colegiado vão se decidir se condenam sete réus acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de organizar ações de desinformação para propagar notícias falsas sobre o processo eleitoral e promover ataques virtuais a instituições e autoridades, em 2022.

    Fazem parte deste núcleo Ailton Gonçalves Moraes Barros (major da reserva do Exército); Ângelo Martins Denicoli (major da reserva do Exército); Giancarlo Gomes Rodrigues (subtenente do Exército); Guilherme Marques de Almeida (tenente-coronel do Exército); Reginaldo Vieira de Abreu (coronel do Exército); Marcelo Araújo Bormevet (policial federal) e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha (presidente do Instituto Voto Legal). 

    Eles respondem pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

    Sessão

    A sessão de julgamento está prevista para começar às 9h. O primeiro dia será destinado às sustentações das defesas e da acusação, que será feita pela PGR. A votação ocorrerá nas sessões seguintes.

    Foram reservadas mais três sessões para a finalização do julgamento, a serem realizadas nos dias 15, 21 e 22 deste mês.

    O colegiado é formado por Alexandre de Moraes, relator do caso, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.

    Prisão

    Os acusados que forem condenados pelo STF não serão presos automaticamente. As defesas poderão recorrer da eventual condenação.

    Outros núcleos 

    Até o momento, somente o núcleo 1, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, foi condenado.

    Além do núcleo 4, serão julgados ainda neste ano os núcleos 2 e 3. O julgamento do núcleo 3 está marcado para 11 de novembro. O grupo 2 será julgado em dezembro. 

    O núcleo 5 é formado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo. Ele mora dos Estados Unidos e não apresentou defesa no processo.  Ainda não há previsão para o julgamento. 

     

     

    STF começa a julgar réus do Núcleo 4 da trama golpista nesta terça

  • Vaga de Barroso no STF reaviva pressão sobre Lula, que só escolheu 1 mulher em 10 indicações

    Vaga de Barroso no STF reaviva pressão sobre Lula, que só escolheu 1 mulher em 10 indicações

    A aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso reacendeu cobranças por diversidade no Supremo. Com apenas uma mulher entre os 11 ministros e histórico majoritariamente masculino e branco, entidades pedem que Lula indique uma mulher, especialmente negra, para garantir maior representatividade e equilíbrio na mais alta Corte do país

    (CBS NEWS) – O anúncio da aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso renovou a pressão de entidades pela nomeação de uma mulher ao STF (Supremo Tribunal Federal), além da cobrança para que o presidente Lula (PT) considere diversidade racial na escolha do sucessor do ministro.

    Órgão de cúpula do Judiciário brasileiro, o tribunal conta atualmente com apenas uma ministra na composição, Cármen Lúcia. Só outras duas mulheres integraram a corte nos seus 134 anos de história: Rosa Weber e Ellen Gracie. As três são brancas.

    Lula já teve a oportunidade de nomear 10 ministros ao longo de três mandatos, entre eles somente uma mulher, Cármen. Ele agora fará a 11ª indicação, e a expectativa é que seja de novo de um homem.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, os principais cotados para a vaga de Barroso são o ministro TCU (Tribunal de Contas da União) Bruno Dantas, o advogado-geral da União, Jorge Messias, favorito ao cargo, e o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

    “Temos a notícia da saída de um ministro do Supremo, e é absolutamente naturalizado que, na sequência, apareçam listas compostas exclusivamente por homens”, diz Luciana Zaffalon, diretora-executiva da plataforma Justa. “É fundamental parar de naturalizar.”

    Ao lado das entidades Themis e Fórum Justiça, a Justa assina uma nota na qual defende a indicação de uma mulher para o STF e apresenta uma lista com nomes de pessoas do universo jurídico que poderiam ser consideradas para a vaga.

    “Não é possível que tenhamos um tribunal composto de maneira constrangedoramente masculina e branca. Não é democrática uma representação tão desigual da sociedade em um dos seus Poderes, seja ele Legislativo, Executivo ou Judiciário”, afirma Zaffalon.

    A dirigente diz que, mesmo sob uma ótica eleitoral, é preciso ter em vista o peso dos votos das mulheres. Um dos argumentos aventados a favor de Messias é o fato de ser evangélico. A indicação do ministro pode servir de aceno ao segmento de olho nas eleições de 2026. “A quem Lula relegará a disputa das mulheres na próxima eleição? Ele está abrindo mão desse público?”, questiona.

    O máximo que o STF já experimentou foi ter simultaneamente duas mulheres no quadro de ministros. Em 2023, a ministra Rosa Weber, que dividia a bancada com Cármen Lúcia, aposentou-se. A gaúcha foi última do gênero a ser indicada ao tribunal.

    No lugar dela, Lula indicou naquele mesmo ano o ministro Flávio Dino, empossado em 2024. Além dele e de Cármen, o petista escolheu para a corte, ao longo dos seus três mandatos, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Menezes Direito, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Ayres Britto e Cezar Peluso.

    Nesta segunda-feira (13), Lula afirmou não querer um amigo para ocupar a vaga de Barroso no Supremo e disse que o critério a ser avaliado será a capacidade de cumprir a Constituição -independentemente de ser homem, mulher, branco ou negro.

    “Eu quero uma pessoa, não sei se mulher ou homem, não sei se preto ou branco, eu quero uma pessoa que seja antes de tudo uma pessoa gabaritada para ser ministro da Suprema Corte”, declarou Lula.

    Coordenadora política do movimento Mulheres Negras Decidem, Tainah Pereira diz que indicação de uma ministra poderia mudar o perfil das decisões na corte, em especial em temas relacionados a equiparação salarial e direitos sexuais reprodutivos.

    Segundo ela, existe, no entanto, um desafio de transpor o critério pessoal de indicação presidencial que deu o tom no terceiro mandato do petista, como ele próprio já deixou claro, assim como ocorreu no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    “O presidente Lula não abre mão de ser ele quem toma essa decisão, sobretudo depois de tudo o que já aconteceu com ele e todas as críticas que recebeu pelas escolhas passadas [para o STF]”, diz.

    Indicado por Lula, Toffoli negou autorização para ele comparecer ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá, quando estava preso em Curitiba em 2019. Da mesma forma, Joaquim Barbosa se tornou algoz do PT, com votos duros no julgamento do mensalão.

    “A crítica direta ao presidente é que, em tantos anos de vida pública, ele não construiu esse círculo de confiança de forma mais diversa”, afirma Pereira, lembrando que, em 2023, Lula recebeu a faixa presidencial de um grupo que deveria representar a diversidade do povo brasileiro.

    O diagnóstico é que a falta de mulheres negras em espaços de poder cria um obstáculo para a nomeação de pessoas com esse perfil se for privilegiado o critério pessoal e de confiança.

    Pereira diz que não se surpreenderá se Lula indicar mais um homem para o tribunal, mas ficará decepcionada. “Nas decisões que cabem a ele, exclusivamente, ele não tem sido condizente com a própria retórica.”

    Vaga de Barroso no STF reaviva pressão sobre Lula, que só escolheu 1 mulher em 10 indicações

  • Não quero amigo e não sei se será mulher, homem, preto ou branco, diz Lula sobre vaga no STF

    Não quero amigo e não sei se será mulher, homem, preto ou branco, diz Lula sobre vaga no STF

    Durante viagem à Itália, o presidente Lula afirmou que ainda não definiu quem indicará para a vaga de Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. O petista disse que busca alguém capacitado para cumprir a Constituição, negando que escolha será baseada em amizade ou proximidade política

    (CBS NEWS) – O presidente Lula (PT) afirmou nesta segunda-feira (13) que quer uma pessoa gabaritada, não um amigo, para ocupar a vaga que será aberta por Luís Roberto Barroso no STF (Supremo Tribunal Federal).

    Em viagem à Itália, o petista foi questionado sobre o perfil da pessoa que ele vai indicar para a corte e sobre qual mulher também estava sendo considerada para o posto.

    Lula respondeu que o critério a ser avaliado será a capacidade de cumprir a Constituição. “Eu quero uma pessoa, não sei se mulher ou homem, não sei se preto ou branco, eu quero uma pessoa que seja antes de tudo uma pessoa gabaritada para ser ministro da Suprema Corte”, disse.

    “Eu não quero um amigo. Eu quero um ministro da Suprema Corte que terá como função específica cumprir a Constituição brasileira. É essa a qualidade que eu quero. É a única. Foi assim com todos os ministros que eu indiquei até agora ou as ministras e vai continuar sendo assim.”

    Lula participou na capital italiana da abertura do Fórum Mundial da Alimentação e de reunião sobre a Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza, na sede da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura). Ele volta na noite desta segunda para o Brasil e disse que nos próximos dias pretende conversar com integrantes do governo antes de tomar a decisão.

    Atualmente, é tido como favorito para a vaga de Barroso o ministro da AGU (Advocacia-Geral da União), Jorge Messias.

    A avaliação se dá pela proximidade dele com Lula. Nas duas escolhas anteriores do petista para o Supremo no atual mandato, os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, ele priorizou a intimidade e a lealdade para a indicação -o primeiro foi seu advogado, e o segundo, seu ministro da Justiça.

    Caso o presidente decida atender às preferências do mundo político, o senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) passa a ser o principal candidato para a vaga. Seu apoio é majoritário no Senado, e os ministros do STF Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes apoiam a indicação do congressista.

    Bruno Dantas, ministro do TCU (Tribunal de Contas da União), também tem o nome citado entre os cotados para a vaga de Barroso, mas não está entre os favoritos.

    Barroso anunciou sua aposentadoria ao final da sessão plenária de quinta-feira (9).

    “Sinto que agora é hora de seguir outros rumos. Nem sequer os tenho bem definidos, mas não tenho qualquer apego ao poder e gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e exigências do cargo”, disse, emocionado.

    Ele ocupou o cargo por 12 anos e 3 meses e completará 75 anos só em 2033, quando teria de se aposentar compulsoriamente.

    Barroso defendeu a nomeação de uma ministra para o seu posto, sob o argumento de que as mulheres perderam espaço no Supremo desde a aposentadoria de Rosa Weber. Atualmente, Cármen Lúcia é a única na corte.

    As chances de indicação de uma ministra pelo critério de representatividade gênero, porém, são consideradas baixas.

    ‘NEM LEMBRAVA DESSE NOME’, DIZ LULA SOBRE ZAMBELLI

    Na entrevista coletiva em Roma, antes de voltar para o Brasil, Lula disse que não tratou do caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP) em sua passagem pela Itália.

    Zambelli está presa desde o fim de julho no complexo penitenciário de Rebibbia, em Roma, e o Brasil pede à Itália que extradite a congressista. Ela fugiu para o país europeu para escapar da condenação de dez anos de prisão determinada pelo STF.

    “Eu nem lembrava desse nome. Se você não me pergunta, eu nem sabia que ela tava aqui ou não”, respondeu Lula. “Para mim, é uma pessoa que não merece respeito de quem é uma democracia. Ela vai pagar pelo que fez, aqui ou no Brasil. Portanto, é uma questão da Justiça, não é uma questão minha.”

    Zambelli foi acusada de participar da invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para emitir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    Na semana passada, a Justiça italiana rejeitou novo recurso da defesa de Zambelli para que ela aguarde a tramitação do processo em prisão domiciliar.

    Não quero amigo e não sei se será mulher, homem, preto ou branco, diz Lula sobre vaga no STF

  • Gleisi defende decreto que aumenta poderes de Janja e oposição tenta sustar

    Gleisi defende decreto que aumenta poderes de Janja e oposição tenta sustar

    Decisão coloca serviços do Gabinete Pessoal da Presidência da República à disposição da primeira-dama; ministra disse que decreto visa amparar o trabalho já feito por Janja sem novos gastos

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que o decreto que amplia o poder da primeira-dama, Janja, não é um privilégio e que a decisão visa amparar o trabalho de representação já realizado pela companheira do presidente Lula (PT).

    “Primeiro que não é privilégio e segundo que não é um aumento [dos direitos], o decreto está só reproduzindo o que está o parecer da Advocacia-Geral da União, que a primeira-dama pelo status que tem, por ser a companheira do presidente, tem um papel político também, de representação, e precisa de condições de ter esse papel”, afirmou em entrevista ao SBT News.

    “Ela não está contratando ninguém, não está gerando gasto, é tudo que já esta na estrutura”, disse. Gleisi reiterou que representar o presidente em eventos e viagens é uma função já exercida anteriormente por outras primeiras-damas, e citou nominalmente Michelle Bolsonaro.

    Conforme mostrou a Folha de S.Paulo, o decreto coloca à sua disposição os serviços do Gabinete Pessoal da Presidência da República.

    O gabinete ajuda na organização da agenda e do cerimonial, no recebimento e resposta de correspondências, na formulação dos pronunciamentos, na formação do acervo privado, na gestão da coleção artística sob responsabilidade da Presidência e na preservação e adequação dos palácios e residências utilizadas pelo presidente.

    A ministra afirmou ainda que a decisão não traz nenhum novo gasto, visto que Janja usará a mesma equipe que já atua junto a ela. A oposição está tentando impedir que a decisão se mantenha. O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante, protocolou um projeto que visa sustar o decreto.

    “A primeira-dama não concorreu a qualquer cargo e, muito menos, foi eleita ou autorizada pela Constituição Federal ou qualquer lei em sentido estrito a ter verba, funcionários públicos ao seu dispor e, o pior, representar o chefe do Executivo em atividades de caráter cultural, social ou cerimonial”, diz o texto.

    Durante a entrevista, Gleisi chegou a afirmar que a oposição se preocupa com o assunto “por falta do que fazer”. “Eles têm é que cuidar do Bolsonaro”, disse.

    Gleisi defende decreto que aumenta poderes de Janja e oposição tenta sustar

  • Moraes autoriza Bolsonaro a receber atendimento médico em casa

    Moraes autoriza Bolsonaro a receber atendimento médico em casa

    Desde agosto deste ano, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar; defesa alegou que ex-presidente apresentou agravamento nas crises de soluços

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (13) o ex-presidente Jair Bolsonaro a receber atendimento médico em casa.

    A decisão foi proferida após os advogados afirmarem que o ex-presidente apresentou agravamento nas crises de soluços nas últimas horas e precisa receber atendimento médico. Desde agosto deste ano, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar.

    Moraes afirmou que, a partir de agora, a médica Marina Grazziotin Pasolini, indicada pela defesa, poderá realizar o atendimento ao ex-presidente, sem necessidade de autorização prévia do STF. 

    O ministro também ressaltou que Bolsonaro está autorizado a ser encaminhado para atendimento de urgência no hospital, devendo enviar a comprovação de atendimento no prazo de 24 horas.No mês passado, Bolsonaro apresentou mal-estar, pré-síncope, vômitos com queda da pressão arterial e precisou ser internado Hospital DF Star, em Brasília.

    Prisão 

    Desde o dia 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro. 

    A medida cautelar foi determinada no inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, e o próprio Bolsonaro foram investigados por atuarem junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo, entre elas, o cancelamento de vistos e a aplicação da Lei Magnitsky. 

    No mês passado, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista. 

    Moraes autoriza Bolsonaro a receber atendimento médico em casa

  • 'Não dá para ser casado e ter vida de solteiro', diz Sabino sobre aliados que votam contra governo

    'Não dá para ser casado e ter vida de solteiro', diz Sabino sobre aliados que votam contra governo

    Gleisi afirma que governo decidirá até o fim de semana sobre demissões dos infiéis; Sabino faz parte do União Brasil, partido que anunciou debandada do governo Lula

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro do Turismo, Celso Sabino, criticou nesta segunda-feira (13) parlamentares que fazem parte da base do governo Lula (PT) mas votam contra propostas da gestão. “Não dá para ser casado e ter vida de solteiro”, disse ele.

    Desde que parlamentares aliados votaram contra a MP (medida provisória) do aumento de impostos, o governo vem exonerando indicados políticos de deputados que votaram contra, numa primeira ação para retaliar os integrantes da base governista que não têm seguido as orientações do Palácio do Planalto.

    Sabino faz parte do União Brasil, partido que anunciou debandada do governo Lula e pressiona seus indicados a deixarem cargos na gestão petista. A saída do chefe do Turismo chegou a ser anunciada, mas sua permanência está sendo negociada.

    Sobre o tema, a chefe da secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, disse que as demissões não são retaliações, mas uma reorganização da base.

    “A gente realmente esta afastando os cargos desses deputados mas isso não significa que acabou o diálogo”, disse em entrevista ao SBT News. “Não pode estar no governo votando contra o governo.”

    Ainda de acordo com ela, a gestão está fazendo um mapeamento desses aliados que ocupam cargos públicos e votaram de forma contrária às pautas governistas, e que deve ser concluído até o final da semana.

    'Não dá para ser casado e ter vida de solteiro', diz Sabino sobre aliados que votam contra governo

  • Moraes cita risco de fuga de Bolsonaro e nega pedido para revogar prisão domiciliar

    Moraes cita risco de fuga de Bolsonaro e nega pedido para revogar prisão domiciliar

    O ministro do STF justificou a manutenção pela “garantia da ordem pública e a necessidade de assegurar a integral aplicação da lei penal”

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), negou nesta segunda-feira (13) um pedido da defesa de Jair Bolsonaro (PL) para revogar a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Moraes justificou a manutenção pela “garantia da ordem pública e a necessidade de assegurar a integral aplicação da lei penal”.

    “O término do julgamento do mérito da presente ação penal 2668, com a condenação do réu Jair Messias Bolsonaro à pena privativa de liberdade de 27 anos e 3 meses, em regime inicial fechado, e o fundado receio de fuga do réu, como vem ocorrendo reiteradamente em situações análogas nas condenações referentes ao dia 8/1/2023, autorizam a manutenção da prisão domiciliar e das cautelares”, argumentou o ministro.

    No último mês, a defesa do ex-presidente havia pedido revogação de todas as medidas cautelares impostas contra ele no inquérito que investigava a coação do Judiciário, com apoio do governo Donald Trump.

    O pedido envolvia a reconsideração da prisão domiciliar de Bolsonaro e da proibição de utilizar redes sociais.

    O advogado Paulo Cunha Bueno disse que o pedido se devia ao fato de a denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) contra Eduardo não ter incluído o ex-presidente entre os acusados de coação contra o Supremo.

    Moraes cita risco de fuga de Bolsonaro e nega pedido para revogar prisão domiciliar

  • Empresa do senador Marcos Pontes usa espaço da FAB para oferecer serviços

    Empresa do senador Marcos Pontes usa espaço da FAB para oferecer serviços

    Uma empresa ligada ao senador Marcos Pontes usou um estande da Força Aérea Brasileira no Domingo Aéreo, em São Paulo, para divulgar pacotes de turismo de aventura. A FAB afirma que o convite foi feito à Fundação Marcos Pontes, enquanto o senador atribuiu a participação ao sócio Marcos Palhares

    (CBS NEWS) – Uma empresa do senador Marcos Pontes (PL-SP) usou espaço da FAB (Força Aérea Brasileira) no Domingo Aéreo, em São Paulo, há duas semanas, para oferecer pacotes de turismo de aventura, utilizando área pública federal para impulsionar o negócio privado.

    O Domingo Aéreo é uma das principais atividades do setor no país. Com caças F-5, A-29 Super Tucanos e o novo F-39 Gripen cruzando o céu da zona norte da capital desde as primeiras horas daquele dia, 232 mil pessoas foram ao Campo de Marte, segundo a FAB, para prestigiar o evento.

    A Força disse, em nota, que o convite para participar do evento foi endereçado a outra entidade ligada ao senador, a Fundação Marcos Pontes, uma fundação privada. O senador disse que não exerce função administrativa na empresa e atribuiu a participação dela no evento a seu sócio.

    O estande tinha um painel com o site da agência de viagens, “a única empresa brasileira especializada em turismo exclusivo”, segundo a placa, e fotos de voos turísticos ao espaço feitos por empresas privadas.

    O espaço exibia também livros do senador, tenente-coronel da reserva da FAB que, em 2005, viajou à Estação Espacial Internacional de carona em uma nave russa Soyuz e depois se engajou em atividades comerciais, como a venda de travesseiros.

    “A agência é a seguinte: o empresário Marcos Palhares e o senador Marcos Pontes têm a Agência Marcos Pontes, que é uma agência de turismo espacial, de passeios de aventura. Então, por exemplo, se você quiser voar de MIG-29 na Rússia igual a ele, dá para voar”, disse uma mulher encarregada do local, sem saber que falava com a reportagem da Folha de S.Paulo.

    “Vai ter um pacote no final do ano que é para ver o eclipse total [do sol] na Islândia, e aí você já vê o eclipse total, a aurora boreal e ainda um vulcão de lá expelindo lava”, disse. A funcionária não informou valores dos pacotes, mas encaminhou contato telefônico e e-mail da agência.

    O Domingo Aéreo é realizado anualmente no Parque de Material Aeronáutico de São Paulo, e as atrações principais são os voos rasantes e apresentações coreografadas de aviões de diversos modelos.

    Os hangares do parque são ocupados por estandes diversos ligados à temática. 

    No espaço em que estava o estande da agência de Marcos Pontes, havia barracas vendendo lembranças como camisetas e bonés, aviões históricos, como um Supermarine Spitfire usado pela Grã-Bretanha na Segunda Guerra, e uma área para fotos com os servidores da Receita Federal que protagonizam a série de TV “Aeroporto – Área Restrita”.

    A Constituição, em seu artigo 54, veda deputados e senadores de manter contratos com o serviço público e, desde a posse no cargo, de serem proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público. Para além disso, segundo Vitor Rhein Schirato, professor associado do Departamento de Direito do Estado da USP (Universidade de São Paulo), a FAB deveria estabelecer critérios transparentes e seleção pública para conceder seus espaços a entidades privadas.

    “Pode resultar em ato de improbidade administrativa tanto para o senador quanto para a FAB”, diz o professor.

    Por meio de nota, a FAB informou que o Domingo Aéreo é um evento “de caráter cultural e educativo, com entrada gratuita e voltado à integração entre a sociedade e a aviação”.

    “Ressalta-se que, para o evento, diversos espaços foram disponibilizados a entidades civis, empresas e organizações ligadas à temática de aviação militar e civil, com o objetivo de promover a cultura aeronáutica”, segue a nota.

    “Em relação ao questionamento, a FAB esclarece que, como acontece há vários anos, a Fundação Astronauta Marcos Pontes foi uma das participantes da ação”, conclui a nota, sem mais detalhes.

    O senador se pronunciou por meio de nota, em que admite a presença no evento, mas diz que a participação foi “espontânea”.

    “O senador Marcos Pontes não exerce função administrativa na empresa e não participou do evento”, diz o texto. “A presença da empresa no Domingo Aéreo foi uma participação espontânea, conduzida pelo empresário e futuro turista espacial Marcos Palhares, com foco em inspirar o público e divulgar conhecimento sobre o turismo espacial”, segue a nota.

    Marcos Palhares é sócio de Marcos Pontes na empresa, que na nota diz ainda que “reafirma seu compromisso com a transparência, a ética e o respeito às instituições”.

    Empresa do senador Marcos Pontes usa espaço da FAB para oferecer serviços

  • Eduardo Bolsonaro nos EUA foi prejuízo gigantesco para nosso projeto, diz Ciro Nogueira

    Eduardo Bolsonaro nos EUA foi prejuízo gigantesco para nosso projeto, diz Ciro Nogueira

    Ciro Nogueira afirmou que a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos causou prejuízos políticos à direita brasileira e afastou, por ora, a possibilidade de um novo nome da família disputar a Presidência. Segundo ele, as recentes sanções e o “tarifaço” desgastaram a imagem do grupo

    O presidente do PP e senador Ciro Nogueira (PI) disse neste domingo (12) que a postura do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos prejudicou o cenário político para a direita. A declaração do senador foi feita durante participação no programa Canal Livre, da Band. Ele também afirmou que, dadas as notícias recentes, são inviáveis, neste momento, as chances de algum nome da família disputar na chapa para a Presidência da República.

    “Eu não sei o que eu faria se meu pai fosse injustiçado, mas foi um prejuízo gigantesco para nosso projeto político. Nós tínhamos uma eleição completamente resolvida”, avaliou.

    Do exterior, o parlamentar, que é filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nos últimos tempos que articulou sanções que chegaram ao Brasil em forma de tarifas e atuações diretas contra ministros da Suprema Corte. Na avaliação de Ciro Nogueira, o foco desse trabalho deveria ter sido especificamente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e não os magistrados.

    O presidente do PP também disse que, com a rejeição muito grande por parte da população em relação ao tarifaço, que não é viável hoje um nome da família Bolsonaro para a corrida à Presidência da República. Ele não quis falar sobre composições ou sobre a escolha do vice, alegando que primeiro é preciso escolher a cabeça de chapa.

    Eduardo Bolsonaro nos EUA foi prejuízo gigantesco para nosso projeto, diz Ciro Nogueira