Categoria: POLÍTICA

  • Ciro visita Bolsonaro na quinta (9) após virar alvo do bolsonarismo

    Ciro visita Bolsonaro na quinta (9) após virar alvo do bolsonarismo

    Encontro foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF; ex-presidente Bolsonaro também receberá Valdemar Costa Neto, Sóstenes Cavalcantes e outros quatro

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou nesta terça-feira (7) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) receba a visita do senador Ciro Nogueira (PP-PI) e do líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ).

    Esse será o primeiro encontro de Ciro e Bolsonaro após o senador e ex-ministro da Casa Civil passar a ser alvo do bolsonarismo por dizer, em entrevista ao jornal O Globo, que só há duas opções viáveis para a direita nas eleições de 2026: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ou o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

    O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), disse à Folha que Ciro é “amiguinho de Lula”. “Ele [Ciro] querer achar que um candidato com seis meses de antecedência sobrevive sozinho a um bombardeio da máquina federal, que não tem escrúpulo, nem limite para atingir as pessoas, vê o tanto que ele tá pensando nele”, disse.

    Caiado afirmou que Ciro dizer quem Bolsonaro vai apoiar é como “o rabo que quer comandar o cachorro”. O governador ainda disse que o senador tem interesse na indicação para o cargo de vice-presidente.

    Um dos principais aliados de Bolsonaro no agronegócio, o ruralista Nabhan Garcia chamou Ciro de oportunista e disse que o senador não tem procuração para falar no nome do ex-presidente.

    “Todo mundo sabe que ele [Ciro] quer ser o vice. Ontem era o Tarcísio. Hoje já é o Tarcísio e o Ratinho. Amanhã pode ser quem, o Lula?”, disse à Folha de S.Paulo.

    O encontro entre Ciro e Bolsonaro deve ocorrer na quinta-feira (9), no horário de 9h às 18h.

    Outros seis políticos receberam autorização para visitar Bolsonaro. São eles Marcus Ibiapina, assessor de Bolsonaro; Bruno Scheid, vice-presidente estadual do PL; o senador Marcos Pontes (PL-SP); o senador Márcio Bittar (PL-AC); o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ); e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

    “Ressalto que, todas as visitas devem observar as determinações legais e judiciais anteriormente fixadas, bem como, nos termos da decisão de 30/8/2025, serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu”, escreveu Moraes.

    O encontro com Sóstenes será o primeiro com Bolsonaro desde que o deputado se encontrou com Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O filho do ex-presidente publicou foto com o líder do PL e publicou nas redes sociais com a legenda “todos unidos pela anistia”.

    Ciro visita Bolsonaro na quinta (9) após virar alvo do bolsonarismo

  • União de governadores da direita esfria em meio a incerteza de Bolsonaro

    União de governadores da direita esfria em meio a incerteza de Bolsonaro

    Carlos e Eduardo Bolsonaro têm criticado a busca por um sucessor do ex-presidente, que já está inelegível e agora condenado a 27 anos e três meses de prisão

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Ensaiada dois meses atrás, a iniciativa de governadores de direita em busca de unidade contra a gestão Lula (PT), incluindo a realização de reuniões periódicas, perdeu fôlego diante de rachas no segmento, da desconfiança do clã Bolsonaro e da relutância do ex-presidente em indicar um sucessor para 2026.

    Nesse intervalo, Lula recuperou parte de sua popularidade, saiu da defensiva na relação com o Congresso e viu as ruas ocupadas por manifestantes de esquerda contrários à anistia a Jair Bolsonaro (PL) e à PEC da Blindagem, em uma mobilização inédita desde as eleições de 2022.

    A tentativa de união na direita ainda esbarrou em disputas internas, como a exposta na recente troca de ataques envolvendo o governador de Goias, Ronaldo Caiado (União Brasil), e o senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI).

    A reunião dos governadores que mirou uma articulação conjunta ocorreu em 7 de agosto, poucos dias após a prisão domiciliar do ex-presidente e antes da condenação dele no STF (Supremo Tribunal Federal). A ideia envolvia ainda reunir presidentes de partido de centro e direita já na semana seguinte, o que também não aconteceu.

    Participantes dessas conversas atribuem o esfriamento à incerteza de Bolsonaro quanto ao futuro político e a outras pautas que tomaram o noticiário, como o projeto que concede anistia aos condenados nos ataques golpistas, inclusive Bolsonaro, a PEC da Blindagem e a ampliação da isenção do IR (Imposto de Renda).

    Além disso, apontam que a aproximação de Donald Trump com Lula reduziu a pressão sobre o petista, desanimando parte da oposição, já desconfortável com a associação do tarifaço ao Brasil ao deputado Eduardo Bolsonaro.

    As críticas ao STF, presentes no encontro às vésperas do julgamento da trama golpista, também foram perdendo espaço para essas outras pautas.

    Dentre os participantes do primeiro encontro, na casa do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), havia quatro cotados à candidatura presidencial: Caiado, Ratinho Jr (PSD), do Paraná, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, e Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais.

    À época, o governador de São Paulo ainda era o nome mais forte para herdar o espólio de Bolsonaro, apesar de nunca tenha assumido isso publicamente.

    O movimento da direita se repetiu em um jantar da federação União Progressista, em 20 de agosto, com presença também de Zema e Caiado e no qual Tarcísio fez um discurso em defesa do padrinho político e do projeto de lei da anistia. A articulação do jantar fez com que os governistas perdessem o controle da CPI mista do INSS.

    Mas, nas semanas seguintes, Tarcísio freou a ofensiva presidencial diante da resistência de filhos de Bolsonaro, enquanto Ratinho Jr. (PSD) ganhou força como um plano B e buscou contato com políticos e empresários paulistas para se viabilizar como alternativa.

    Zema, por sua vez, esteve com Tarcísio na última semana em São Paulo e com Caiado há cerca de um mês em Belo Horizonte. O mineiro dá sua candidatura como certa, seja como representante da direita, seja como nome independente.

    À Folha Caiado defendeu haver mais de um nome da direita concorrendo à Presidência no ano que vem. Para ele, um candidato sozinho contra Lula será colocado em uma “máquina de triturar” que ninguém aguenta.

    Apesar de os pré-candidatos terem evitado criticar uns aos outros, uma das intenções colocadas no encontro há dois meses, as trocas de farpas dentro da direita dificultaram a ideia de unificação.

    Caiado atacou Ciro Nogueira após o parlamentar deixá-lo de fora da lista de presidenciáveis apoiados por Bolsonaro. As siglas dos dois formalizaram uma federação em agosto e no mês passado anunciaram juntos o desembarque do governo Lula.

    O presidente do PP citou as opções de Tarcísio e Ratinho Jr. em entrevista ao jornal O Globo. Caiado classificou a fala como desrespeitosa e relembrou a ligação dele com o PT no passado.

    Zema tentou esfriar os ânimos e disse que, “na política, meus adversários são Lula e o PT”, “é com eles que a direita deve brigar”.

    Não houve avanço no afunilamento de candidaturas, e a família de Bolsonaro se tornou um fator de instabilidade.

    Carlos e Eduardo Bolsonaro têm criticado a busca por um sucessor do ex-presidente, que já está inelegível e agora condenado a 27 anos e três meses de prisão.

    O deputado está morando nos Estados Unidos e foi denunciado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sob a acusação de articular ações para intervir nos processos do ex-presidente. Mesmo assim, passou a se colocar como uma alternativa à Presidência em 2026.

    “Mas tem problema nenhum o Tarcísio ser candidato. Mas por que, se eu sinalizo nesta direção, então eu passo a ser o problema? Por que não me tratam igual ao Ratinho, Caiado e Zema? Deixe o público escolher”, disse a uma seguidora no Instagram, que se dizia bolsonarista e defensora de uma candidatura de Tarcísio. “Agora, querer na maldade da caneta prender, sem justificativa, os Bolsonaros que se dispõem a concorrer para presidente, isso sim deveria causar estranheza”, completou.

    Ciro Nogueira conversou no final de agosto com Eduardo por telefone, quando pediu que centrasse a artilharia contra a esquerda.

    Ele é um dos principais entusiastas de uma união mais concreta do grupo político e disse, recentemente, que a direita tem falta de bom senso. Acabou se tornando um dos principais alvos do bolsonarismo reticente a candidaturas que não sejam o ex-presidente inelegível.
    TENTATIVA DE UNIÃO

    – 3 de agosto
    Bolsonaristas fazem manifestação contra o STF e pela anistia sem participação dos governadores da direita

    – 4 de agosto
    Alexandre de Moraes determina a prisão domiciliar de Bolsonaro

    – 6 de agosto
    Presidente do PP, Ciro Nogueira visita Bolsonaro em casa

    – 7 de agosto
    Tarcísio visita Bolsonaro. Depois, participa de reunião com outros oito governadores da direita em Brasília, em que combinam encontros periódicos para unificar as críticas ao STF e ao governo Lula

    RUÍDOS

    – 17 de agosto
    Carlos e Eduardo Bolsonaro dizem que os “governadores democráticos” se comportam como ratos

    – 19 de agosto
    Tarcísio de Freitas visita Bolsonaro, em prisão domiciliar, pela segunda vez
    PP e União Brasil oficializam a federação. Dirigentes do centrão e da direita se reúnem na casa de Antônio Rueda. Tarcísio defende a anistia a Bolsonaro e a blindagem a deputados. Candidatura do governador ganha força

    – 29 de agosto
    Em São Paulo, Tarcísio reforça defesa da anistia, mas diz que acompanhará julgamento de Bolsonaro na capital paulista

    DESGASTES E ESFRIAMENTO

    – 3 de setembro
    O julgamento da trama golpista tem início. Tarcísio muda de ideia e vai a Brasília articular a votação da anistia no Congresso

    – 7 de setembro
    Tarcísio sobe o tom contra o STF em nova manifestação Bolsonarista na avenida Paulista, na qual Zema também participa

    – 11 de setembro
    A condenação de Bolsonaro é confirmada, com pena de 27 anos e três meses de prisão

    – 17 de setembro
    Câmara aprova requerimento de urgência para a votação da anistia. Os deputados aprovam também a PEC da Blindagem, gerando reações negativas

    – 21 de setembro
    Manifestantes de esquerda Lula fazem protestos com público equivalente aos dos protestos bolsonaristas

    – 22 de setembro
    Ratinho Jr. circula por São Paulo para se aproximar de políticos e tem jantar com o ex-tucano Andrea Matarazzo

    – 29 de setembro
    Após terceira visita a Bolsonaro, Tarcísio diz novamente que disputará a reeleição em São Paulo

    União de governadores da direita esfria em meio a incerteza de Bolsonaro

  • Punição a Eduardo e amotinados deve avançar na Câmara, enquanto caso Zambelli aguarda STF

    Punição a Eduardo e amotinados deve avançar na Câmara, enquanto caso Zambelli aguarda STF

    Os processos contra Eduardo Bolsonaro e Carla Zambelli devem avançar nesta semana na Câmara. O Conselho de Ética vai analisar a cassação de Eduardo por ataques ao STF e abrir ações contra deputados envolvidos no motim de agosto, enquanto o caso de Zambelli aguarda documentos do Supremo

    (CBS NEWS) – Os processos no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados que podem cassar Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e punir deputados que participaram do motim no plenário em agosto devem avançar nesta semana, enquanto o pedido de cassação de Carla Zambelli (PL-SP) está à espera do envio de documentos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    A licença de 127 dias que Zambelli tirou do mandato antes de fugir para a Itália terminou na quinta-feira (2). Sua situação agora é a mesma de Eduardo, cuja licença para viajar aos Estados Unidos acabou em julho: além dos processos de cassação, eles podem perder o mandato por faltas.

    A Constituição estabelece que o deputado que faltar a um terço das sessões ordinárias do ano perderá o mandato, salvo se estiver em licença ou missão oficial. Esse caminho de punição, porém, só será possível a partir de março de 2026, quando a Câmara contabiliza as faltas do ano anterior.

    No Conselho de Ética, o processo contra Eduardo foi instaurado em 23 de setembro, quando começou a contar o prazo de até 90 dias úteis para que o colegiado decida sobre a cassação. Para que o deputado perca o mandato, são necessários ao menos 257 votos de 513, maioria absoluta da Casa.

    Segundo o presidente do Conselho de Ética, deputado Fabio Schiochet (União Brasil-SC), o próximo passo no processo se dará na quarta (8), quando o relator, deputado Marcelo Freitas (União Brasil-MG), deve fazer a leitura do parecer preliminar e sugerir a continuidade ou arquivamento do processo.

    A representação que pede a perda do mandato de Eduardo por ataques ao STF e ameaça à realização das eleições em 2026 foi apresentada pelo PT, pelo senador Humberto Costa (PT-PE) e pelo deputado Paulão (PT-AL). O deputado está nos EUA desde março, de onde comanda uma campanha por sanções para livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) da prisão.

    Na semana passada, o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), pediu ao presidente do conselho que escolha um novo relator, argumentando que Marcelo Freitas é próximo de Eduardo e apoia Bolsonaro. Como mostrou a Folha, o relator defende anistia aos condenados por atos golpistas e já atacou o STF.

    Schiochet, porém, diz que não deve atender o pedido do petista e que confia na imparcialidade de Marcelo Freitas. A escolha do relator foi feita pelo presidente do conselho entre três opções de nomes sorteados -Duda Salabert (PDT-MG) e Paulo Lemos (PSOL-AP) foram os outros incluídos na lista.

    Caso o relator opine pelo seguimento do processo, Eduardo terá dez dias úteis para apresentar sua defesa por escrito, além de indicar provas e até oito testemunhas. Depois disso, a instrução do processo, com análise das provas e realização de oitivas, deve se dar em até 40 dias úteis. O relator tem outros dez dias úteis para apresentar seu parecer, que é votado no conselho e, depois, submetido ao plenário.

    No caso dos amotinados, como as representações pedem suspensão e não perda do mandato, o prazo para a instrução é de 30 dias. Os quatro processos contra Zé Trovão (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS) e Marcos Pollon (PL-MS), alvo de duas ações, devem ser instaurados pelo conselho nesta terça (7). Será sorteada a lista tríplice de possíveis relatores para cada caso.

    A suspensão dos mandatos também tem que ser decidida por maioria absoluta no plenário. Pollon está sujeito ao afastamento por 90 dias, enquanto os demais por 30 dias, sugeriu a Corregedoria.

    Trovão, Van Hattem e Pollon estavam entre os principais entraves que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), encontrou no percurso entre seu gabinete e a cadeira de presidente da Casa, num trajeto que durou mais de seis minutos. O primeiro chegou a barrar a passagem de Motta com a perna, enquanto os outros dois se recusaram a deixar a Mesa quando o presidente se aproximou.

    Apesar de ter essa opção, Motta escolheu não punir os amotinados pelo rito sumário. Em vez disso, seguiu o trâmite regular e mais demorado, em que os casos são analisados primeiro pela Corregedoria da Câmara, depois pelo Conselho de Ética e, finalmente, vão ao plenário.

    No total, a Corregedoria analisou representações contra 14 deputados, mas a recomendação de suspensão do mandato foi dada apenas aos três. Para o restante, deve ser aplicada a censura escrita, que não exige análise pelo Conselho de Ética.

    Já o caso de Carla Zambelli é diferente. A deputada foi condenada pelo STF, em maio, à perda do mandato e a dez anos de prisão por invadir o sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) com ajuda do hacker Walter Delgatti Neto, que também foi condenado. Zambelli diz que o hacker agiu sozinho.

    Para que Zambelli perca o mandato, porém, é necessária maioria absoluta dos deputados, ou seja, 257 votos. O trâmite da cassação de um deputado condenado criminalmente começa pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, a exemplo do Conselho de Ética, tem um relator designado, defesa prévia e instrução com provas e testemunhas, além da oitiva do próprio acusado.

    Só depois da votação na CCJ é que ocorre a votação no plenário. Não há um prazo máximo para que isso ocorra.

    A comissão já ouviu, nas últimas semanas, testemunhas indicadas pela deputada e ela própria, que participou de forma remota, pois está presa na Itália. Antes de encerrar essa etapa, porém, o relator Diego Garcia (Republicanos-PR) solicitou ao STF um relatório específico que não está nos documentos do processo já compartilhados pela corte com a comissão.

    O STF, por sua vez, não sinalizou se ou quando vai enviar a peça. Quando o relator encerrar a instrução, terá o prazo de cinco sessões para apresentar o parecer. Diego Garcia pediu ainda ao Supremo a quebra do sigilo do processo contra Zambelli para poder utilizar partes dele em seu relatório.

     

    Punição a Eduardo e amotinados deve avançar na Câmara, enquanto caso Zambelli aguarda STF

  • Bolsonaristas oscilam entre ignorar telefonema e dizer que Lula cai em armadilha de Trump

    Bolsonaristas oscilam entre ignorar telefonema e dizer que Lula cai em armadilha de Trump

    Bolsonaristas reagiram de forma dividida ao telefonema entre Lula e Donald Trump. Enquanto Eduardo Bolsonaro e Sóstenes Cavalcante interpretaram a designação de Marco Rubio como recado político ao Planalto, outros, como Filipe Barros e Fabio Wajngarten, minimizaram a conversa e criticaram a diplomacia do governo Lula

    (CBS NEWS) – Bolsonaristas reagiram de formas distintas sobre o telefonema entre os presidentes Lula (PT) e Donald Trump na manhã desta segunda-feira (6), e parte do grupo preferiu ignorar a conversa entre os mandatários.

    O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) citaram o “fator Rubio” ao insistirem que Trump age estrategicamente para ao final das negociações fazer um cerco a Lula.

    Na conversa, Trump designou seu secretário de Estado, Marco Rubio, para negociar com as autoridades brasileiras, de acordo com o Planalto.

    “Trump deixou Marco Rubio, o secretário mais ideológico, para seguir as negociações das tarifas, um recado direto ao Planalto”, publicou Sóstenes.

    Eduardo seguiu linha semelhante. “O Secretário Rubio conhece bem a América Latina. Sabe muito bem como funciona [sic] os regimes totalitários de esquerda na região. Ele não cairá nesse papo furado do regime, de independência de um judiciário aparelhado. A escolha do Presidente [Trump] só complica o regime de exceção. Golaço!”, escreveu Eduardo Bolsonaro em uma rede social no final desta tarde.

    “A esquerda sabe que não foi uma vitória. Mas para seu público de fanáticos eles tentarão emplacar as suas narrativas fantasiosas”, continuou o deputado.

    Já o presidente da Comissão de Relações Exteriores na Câmara, o bolsonarista Filipe Barros (PL-PR), afirmou ter outra visão. Segundo ele, a escolha por Rubio é natural e “não surpreende ninguém”.

    “É o papel natural do secretário de Estado norte-americano -quem entende minimamente de diplomacia sabe disso”, disse Barros.

    Em seguida, Barros voltou a atacar o governo Lula. “O que surpreende, na verdade, é a total incompetência do governo Lula e do chanceler Mauro Vieira. Desde a vitória de Trump, o máximo que o Itamaraty fez foi mandar uma cartinha de parabéns”, afirmou ele.

    Outros bolsonaristas, como Fabio Wajngarten, minimizaram o telefonema. “A mera ligação entre chefes de estado que pensam e atuam de maneira absolutamente contrastantes não quer dizer absolutamente nada”, afirmou ele, que foi secretário de Comunicação da Presidência no governo Bolsonaro.

    “Passados 10 meses para esse contato de hoje, somente evidencia o quanto a política externa atual é retrógrada, lenta e sem nenhuma tecnicidade”, continua ele.

    Outros aliados de Bolsonaro ainda não fizeram manifestações públicas sobre o episódio e preferiram gravar vídeos de apoio ao ato “caminhada pela anistia”, previsto para as 16h desta terça-feira (7), em Brasília, entre a Catedral e o Congresso Nacional.

    O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que a anistia é a pauta prioritária e que “a gente precisa colocar pressão” na Câmara e, depois, no Senado. “A gente está na reta final”, convocou o bolsonarista.

    O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) também fez um vídeo em frente à casa de Jair Bolsonaro em Brasília, onde o ex-mandatário cumpre prisão domiciliar, na tarde desta segunda. “A gente está na iminência de conseguir pautar o projeto da anistia na Câmara. Precisamos da força de vocês mais do que nunca”, disse ele, ao convocar para o ato.

    Sobre o telefonema, Lula disse ter pedido que Trump retire o tarifaço imposto pelo republicano ao Brasil. Trump classificou como ótima a conversa e disse que pode ir ao Brasil em algum momento.

    O nome do ex-presidente Jair Bolsonaro não foi mencionado no diálogo, de cerca de 30 minutos.

    “Nós tivemos uma ótima conversa e vamos começar a fazer negócios”, disse Trump na tarde desta segunda. “Em algum momento, eu iria ao Brasil. E ele virá aqui. Estamos conversando sobre isso”, afirmou, ao conversar com jornalistas no Salão Oval da Casa Branca.

    Bolsonaristas oscilam entre ignorar telefonema e dizer que Lula cai em armadilha de Trump

  • Eduardo Bolsonaro critica decisão de Moraes que aciona PGR sobre prisão

    Eduardo Bolsonaro critica decisão de Moraes que aciona PGR sobre prisão

    Após Alexandre de Moraes dar cinco dias para a PGR avaliar pedido de prisão contra ele, Eduardo Bolsonaro afirmou que o Supremo quer impedir a presença de um membro da família nas urnas. O deputado, que vive nos EUA, é acusado por PT e PSOL de coação e interferência política

    O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda-feira (6) que o Supremo Tribunal Federal (STF) tenta impedir que um membro de sua família dispute as eleições presidenciais de 2026. A declaração foi feita nas redes sociais, em inglês, após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a Procuradoria-Geral da República (PGR) avalie, em até cinco dias, um pedido de prisão contra o parlamentar.

    A solicitação foi feita por PT e PSOL, que acusam o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro de ter atuado para pressionar autoridades americanas a impor sanções ao Brasil, com o objetivo de interferir no julgamento dos réus do processo sobre a tentativa de golpe de Estado de 2023 — entre eles, o próprio ex-presidente.

    Radicado nos Estados Unidos desde fevereiro, Eduardo escreveu que há perseguição política por parte do Supremo. “Depois que Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos de prisão, adivinhem quem eles querem prender agora? As eleições presidenciais brasileiras são em 2026, e o STF não quer um Bolsonaro nas urnas”, publicou o deputado.

     

    Eduardo Bolsonaro critica decisão de Moraes que aciona PGR sobre prisão

  • Barroso fala em estar 'terminando' a carreira no STF

    Barroso fala em estar 'terminando' a carreira no STF

    Barroso deixou o presidência Supremo após uma gestão que avançou em julgamentos sobre maconha, internet e o sistema prisional; nas últimas semanas, Barroso tem evitado dar previsões de quando se aposentará da corte

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Homenageado em evento em Salvador nesta segunda-feira (6), o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que estava encerrando a sua carreira no STF (Supremo Tribunal Federal).

    A declaração foi dada pouco depois de, ao ser questionado pela imprensa, dizer que ainda está avaliando a possibilidade de deixar a corte.

    Barroso discursou em um evento do Consepre (Conselho de Presidentes de Tribunais de Justiça), no fórum Ruy Barbosa, na capital baiana.

    Durante a sua fala, disse que aquele era um momento muito especial e de alegria. “Eu comecei a minha carreira no Supremo aqui [na Bahia], e de certa forma estou terminando a minha carreira no Supremo aqui também”, afirmou.

    “A vida é feita de muitos ciclos e a gente deve saber bem a hora de entrar e a hora de sair”, acrescentou Barroso, que foi sucedido na presidência do STF pelo ministro Edson Fachin.

    Em 2013, quando foi indicado pela então presidente Dilma Rousseff (PT) para a vaga no Supremo, Barroso viajou para Salvador para participar de um Congresso.

    Questionado nesta segunda por jornalistas sobre uma possível aposentadoria, Barroso também falou sobre ciclos, e disse que está “avaliando isso da melhor maneira possível”.

    Após o discurso, ele disse a interlocutores que a fala se referia à presidência do Supremo, e não ao seu período como ministro.

    Nas últimas semanas, Barroso tem evitado dar previsões de quando se aposentará da corte. Em uma conversa com jornalistas em 26 de setembro, disse que não estava pensando “em deixar o Supremo prontamente”.

    Em entrevista à Folha de S.Paulo, ele disse ainda que “sair do Supremo é uma possibilidade, mas não é uma certeza” e que “verdadeiramente ainda não tomei essa decisão”.

    “Às vezes tenho a sensação de já ter cumprido o meu ciclo [no STF]. Às vezes penso que ainda poderia fazer mais coisas. Estou falando da forma mais franca possível, do fundo do meu coração”, disse na entrevista.

    Barroso deixou o Supremo após uma gestão que avançou em julgamentos sobre maconha, internet e o sistema prisional, mas também reforçou antigas características, como os altos rendimentos da magistratura e a proximidade com políticos. Ele presidiu o tribunal entre 2023 e 2025.

    Fachin assumiu a presidência do STF no último dia 29, e tem um mandato previsto para durar até 2027.

    Barroso fala em estar 'terminando' a carreira no STF

  • “Estamos muito otimistas”, diz Alckmin após conversa de Lula e Trump

    “Estamos muito otimistas”, diz Alckmin após conversa de Lula e Trump

    Em ligação telefônica feita por Donald Trump, Lula pediu o fim das tarifas e sanções contra autoridades do Brasil; com a presença de ministros, a conversa durou cerca de 30 minutos

    O vice-presidente Geraldo Alckmin qualificou a conversa de 30 minutos entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, nesta segunda (6), como “muito positiva”.

    “Estamos muito otimistas que a gente vai avançar. O presidente Lula destacou a disposição do Brasil para o diálogo e para a negociação”, afirmou Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

    Aos jornalistas, Alckmin disse que o governo considerou a conversa “melhor até do que esperávamos”. Para ele, o diálogo renderá desdobramentos. Ele ratificou que Lula e Trump trocaram os números de telefones pessoais e que o norte-americano designou o secretário de Estado, Marco Rubio como o interlocutor.  

    Ganha-ganha

    Em relação às tarifas impostas pelo governo norte-americano sobre as exportações de produtos brasileiros, Alckmin entende que a conversa renderá próximos passos, mas disse que é necessário “aguardar”.

    Na conversa, segundo Alckmin, Lula disse que as sanções contra autoridades brasileiras não são justas e que o tema deveria ser rediscutido. “Nós somos muito otimistas que vamos avançar para o ganha-ganha, nessa relação com investimentos recíprocos e equacionamento da questão tarifária”, acrescentou. 

    Alckmin disse que não está agendada uma nova reunião entre os representantes dos governos do Brasil e dos Estados Unidos.

     

    “Estamos muito otimistas”, diz Alckmin após conversa de Lula e Trump

  • Zanin vota para manter Moro réu por calúnia contra Gilmar Mendes

    Zanin vota para manter Moro réu por calúnia contra Gilmar Mendes

    Moro foi gravado e teria afirmado:  “Isso é fiança, instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”; placar está em 4 votos a 0 para rejeitar recurso da defesa do senador

    O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta segunda-feira (6), para manter da decisão da Primeira Turma que tornou o senador Sérgio Moro (União-PR) réu pelo crime de calúnia contra o ministro Gilmar Mendes.

    Com o voto de Zanin, o placar da votação está 4 votos a 0 pela rejeição do recurso protocolado pela defesa do senador. Falta o voto de Luiz Fux. 

    O julgamento ocorre de forma virtual e está previsto para terminar na próxima sexta-feira (10). 

    Antes do voto de Zanin, a ministra Cármen Lúcia e os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino já tinham formado maioria para manter a decisão. Em junho do ano passado, Moro virou réu no Supremo após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

    A denúncia foi feita com base em vídeo no qual o ex-juiz da Operação Lava Jato apareceu em uma conversa com pessoas não identificadas durante uma festa junina, ocorrida em 2022, e afirmou:  “Isso é fiança, instituto para comprar um habeas corpus do Gilmar Mendes”.

    Outro lado 

    Durante o julgamento no qual o senador virou réu, o advogado Luiz Felipe Cunha, representante de Moro, defendeu a rejeição da denúncia e disse que o parlamentar se retratou publicamente.

    Para o advogado, Moro usou uma expressão infeliz: “Expressão infeliz reconhecida por mim e por ele também. Em um ambiente jocoso, num ambiente de festa junina, em data incerta, meu cliente fez uma brincadeira falando sobre a eventual compra da liberdade dele, caso ele fosse preso naquela circunstância de brincadeira de festa junina.”

    Zanin vota para manter Moro réu por calúnia contra Gilmar Mendes

  • Bolsonaristas minimizam impactos após Trump ignorar Bolsonaro em telefonema a Lula

    Bolsonaristas minimizam impactos após Trump ignorar Bolsonaro em telefonema a Lula

    Trump ligou para Lula e em nenhum momento citou a condenação de Bolsonaro pela Justiça; a relação amistosa entre o presidente americano e o brasileiro foi minimizada por bolsonaristas

    BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Donald Trump não citou o nome de Jair Bolsonaro (PL) no telefonema desta segunda-feira (6), de cerca de 30 minutos, com Lula (PT), apesar de o julgamento do ex-presidente no STF ter sido um dos argumentos usados pelo governo dos EUA para aplicação de sanções contra o Brasil.

    A relação amistosa entre o presidente americano e o brasileiro foi minimizada por bolsonaristas, que buscaram destacar o que apontam um revés político para Lula: a indicação do secretário de Estado, Marco Rubio, da ala mais ideológica do governo Trump, para a continuidade das negociações.

    Na conversa, Lula pediu a Trump a retirada do tarifaço imposto pelo republicano ao Brasil. O petista também solicitou que Trump suspenda “medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras” -o republicano cassou vistos de auxiliares de Lula e autorizou sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

    Moraes também não foi nominalmente citado, segundo testemunhas da conversa. Ainda segundo relatos, a conversa transcorreu de forma descontraída. Lula chegou a dizer que não tinha inimigos. Em resposta, Trump disse que os tem.

    O bolsonarista Paulo Figueiredo, parceiro do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) na ofensiva por sanções de Trump, minimizou os impactos da ligação entre os dois presidentes. Em publicação na rede social X, disse que “a luz no fim do túnel é um trem”.”Trump colocou MARCO RÚBIO para NEGOCIAR com o Brasil. Zero de avanço! O grau de desconexão com a realidade é patológico”, escreveu.

    Figueiredo também repostou análise do jornalista Brian Winter que classifica Rubio como “um cético de longa data em relação a Lula”. O texto diz ainda que o secretário de Estado pode “insistir em demandas relacionadas à Venezuela, China e muito mais”.

    O ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten fez uma comparação irônica com a indicação do deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) para ser o relator do projeto de anistia, rebatizado posteriormente como projeto da dosimetria das penas.

    “A indicação por parte do governo [Donald] Trump do secretário Rubio para que ele seja a interlocução com o governo brasileiro tem exatamente o mesmo poderio que indicar Paulinho da Força e Aécio [Neves] para aprovação da anistia”, afirmou.

    “Aguardem as cenas dos próximos capítulos, peguem a pipoca”, acrescentou.

    Na conversa com Trump, como prova de sua disposição ao diálogo, Lula lembrou que, em seus primeiros governos, manteve bom relacionamento com o ex-presidente americano George W. Bush, também republicano.

    No final, os dois presidentes trocaram seus números de telefone para que possam se falar sem intermediários. No telefonema, Trump e Lula falaram até do vigor físico.

    Já de início, Lula comentou estar prestes a completar 80 anos, sendo seis meses mais velho que Trump. O presidente americano disse ter vigor de 40 anos, segundo relatos. Lula, por sua vez, afirmou ser movido por uma causa.

    Como antecipou Mônica Bergamo, o republicano disse que o encontro que tiveram na Assembleia Geral da ONU, no mês passado, foi uma das “poucas coisas boas” que aconteceram a ele no evento. No telefonema desta segunda, Trump voltou da se queixar dos problemas técnicos enfrentados durante seu discurso, como do teleprompter.

    Crítico da ONU, Trump reclamou, em seu discurso na Assembleia, até mesmo da escada rolante, que não funcionou quando ele e a primeira-dama dos EUA, Melania Trump, tiveram que usá-la.

    Ainda segundo relatos, Lula pediu que as sanções fossem suspensas para que possam negociar a partir do zero. O americano teria respondido que submeterá a proposta a seu secretariado.

    De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, Trump escalou seu secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com autoridades brasileiras sobre o tema. Ambos líderes concordaram ainda em realizar uma reunião presencial em breve, e Lula sugeriu a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), no final de outubro na Malásia, como uma opção.

    Ainda segundo o comunicado, Lula se colocou à disposição para viajar aos Estados Unidos e encontrar-se com Trump.

    “O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos”, afirmou o Palácio do Planalto.

    A nota do governo descreve que a conversa telefônica durou 30 minutos e ocorreu “em tom amistoso”. Lula e Trump “relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU”, diz o Planalto.

    Bolsonaristas minimizam impactos após Trump ignorar Bolsonaro em telefonema a Lula

  • STF marca para novembro julgamento contra núcleo 3 da trama golpista

    STF marca para novembro julgamento contra núcleo 3 da trama golpista

    Oito militares respondem aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado

    A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para os dias 11,12,18 e 19 de novembro o julgamento da ação penal contra o núcleo 3 da trama golpista ocorrida durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

    As datas foram agendadas nesta segunda-feira (6) após o relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, liberar a ação para julgamento.

    O núcleo é composto por oito militares do Exército e um policial federal. Eles respondem aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. 

    Em setembro, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação dos réus, que são acusados de planejar “ações táticas” para efetivar o plano golpista. Fazem parte do núcleo 3 os seguintes investigados:

    Bernardo Romão Correa Netto (coronel);Estevam Theophilo (general);Fabrício Moreira de Bastos (coronel);Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel);Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);Wladimir Matos Soares (policial federal).

    Núcleos 

    Até o momento, somente o núcleo 1, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus, foi condenado.

    Além do núcleo 3, serão julgados ainda este ano os núcleos 2 e 4.

    O núcleo 5, formado pelo empresário Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, ainda não tem previsão de julgamento. Ele mora nos Estados Unidos e não apresentou defesa no processo. 

    STF marca para novembro julgamento contra núcleo 3 da trama golpista