Categoria: POLÍTICA

  • Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

    Mulher de ministro seria próxima a ser atingida por Lei Magnistky; punição não deve sair nos próximos dias

    WASHINGTON, DC, E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Aliados de Jair Bolsonaro (PL) esperam que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acelere a aplicação de sanções contra ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e familiares após a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Uma pessoa com acesso às tratativas em Washington diz que a inclusão da esposa do ministro Alexandre de Moraes, Viviane Barci, na lista de sancionados pela Lei Magnistky está encaminhada e já tinha previsão de sair nas próximas semanas, antes mesmo da detenção de Bolsonaro.

    A inclusão, porém, ainda precisa ser fundamentada e, por isso, não deve sair nos próximos dias.

    Moraes foi sancionado na semana passada com base nesta lei. A norma é usada para punir quem comete graves violações de direitos humanos e já foi usada contra ditadores no passado.

    O secretário de Estado, Marco Rubio, afirma que Moraes cometeu abusos ao autorizar detenções preventivas injustas e ao tomar decisões que, segundo ele, minam a liberdade de expressão.

    A Lei Magnistky prevê que pode ser incluído no rol de sancionados quem colaborar com as condutas condenadas pelos EUA.

    A pessoa punida recebe uma sanção da Ofac, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

    Por meio da decisão, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.

    A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo. Os efeitos para as transações de Moraes em reais no Brasil ainda estão sob análise dos bancos.

    Além de Viviane, bolsonaristas dizem que outros ministros do Supremo também podem ser punidos.

    Politicamente, bolsonaristas contam com o governo de Trump para fazer frente ao cerco ao STF, ampliando as sanções contra autoridades brasileiras.

    Na noite desta segunda, o governo Donald Trump disse condenar a decisão do ministro Alexandre de Moraes e afirmou que responsabilizará aqueles que ajudarem “condutas sancionadas” do magistrado.

    O posicionamento foi feito por meio de post no X (ex-twitter) na página do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana.

    “O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a mensagem.

    “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”, continua o texto.

    O ex-apresentador Paulo Figueiredo afirmou, antes da ordem de Moraes, que poderia haver uma trégua por parte dos Estados Unidos nos próximos dias.

    O plano era aguardar a repercussão das retaliações americanas ao Brasil na classe política e medir o avanço de medidas, como a anistia a bolsonaristas -principal demanda de Figueiredo e do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente que foi aos EUA articular medidas contra autoridades do STF.

    A pretensão foi frustrada pela decisão de Moraes de impor a prisão domiciliar a Bolsonaro. O magistrado afirmou que o ex-presidente descumpriu determinação anterior ao aparecer em vídeos exibidos por apoiadores durante manifestações no domingo (3).

    Durante manifestação no Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) fez uma ligação com o pai, transmitida durante o ato.

    No telefonema, o ex-presidente disse: “obrigado a todos. É pela nossa liberdade, nosso futuro, nosso Brasil. Sempre estaremos juntos”.

    O senador chegou a publicar o vídeo nas redes sociais, mas depois o apagou.
    Em nota, a defesa de Bolsonaro afirma que foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, questionou o entendimento de Moraes e anunciou que vai recorrer.

    “O ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida”, diz o texto, assinado pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Amador da Cunha Bueno e Daniel Tesser. “Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que ‘em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos’. Ele seguiu rigorosamente essa determinação”.

    A nota continua: “A frase ‘Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos’ não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso.”.

    Bolsonaristas esperam que prisão de Bolsonaro acelere sanção de Trump a aliados de Moraes

  • Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4), devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares

    Um levantamento da Quaest mostra que a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dividiu-se em menções favoráveis e contrárias ao decreto do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Segundo a pesquisa, 53% das menções ao episódio nas redes foram favoráveis à prisão, enquanto 47% foram contra.

    O volume de menções passou de 1,16 milhão, segundo o levantamento, em uma média de 51 mil menções por hora, totalizando mais de 401 mil autores únicos. A Quaest realizou a coleta dos dados às 21h desta segunda-feira, 4.

    Além do maior volume de menções, as publicações favoráveis à prisão domiciliar do ex-presidente apresentaram maior engajamento e fragmentação, o que indica, segundo a pesquisa, uma reação mais orgânica.

    Moraes decretou a prisão domiciliar de Bolsonaro devido ao reiterado descumprimento de medidas cautelares. Desde 18 de julho, o ex-presidente está submetido a cinco medidas cautelares, entre as quais proibição de uso de redes sociais, inclusive por intermédio de terceiros. Neste domingo, 3, Bolsonaro apareceu em um vídeo publicado no perfil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A publicação foi removida. Antes, o ex-presidente já havia descumprido a cautelar ao discursar a apoiadores na Câmara.

    Prisão domiciliar de Bolsonaro: 53% são a favor e 47% contra, diz pesquisa Quaest

  • Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

    O governo norte-americano insiste em atacar a soberania do Brasil e usa as redes sociais para propagar mensagens contra o sistema judiciário brasileiro com apoio de bolsonaristas

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Jason Miller, conselheiro central na campanha eleitoral de 2024 do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou neste domingo (3) no X (antigo Twitter) uma imagem em que um manifestante posa com algemas nas mãos e usa uma máscara em alusão ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes.

    Miller afirmou nas redes que a imagem é um registro de cenas da manifestação bolsonarista em Fortaleza a favor do impeachment do ministro. A manifestação do conselheiro ocorreu horas antes de Moraes decretar a prisão domiciliar de Bolsonaro nesta segunda-feira (4).

    No domingo (3), políticos aliados de Jair Bolsonaro (PL) fizeram protestos em cidades do país a favor do ex-mandatário e contra Moraes. A oposição também pressiona o Senado pelo andamento de um pedido de impeachment contra o magistrado, considerado o principal alvo do bolsonarismo.

    O cerco contra Moraes aumentou depois que Trump anunciou uma sanção econômica ao ministro via Lei Magnitsky alegando violação à liberdade de expressão e perseguição política contra Bolsonaro e aliados.

    O ato foi usado pela oposição ao governo Lula (PT) como combustível para aumentar a pressão contra o magistrado, que é relator na ação penal no STF que investiga a tentativa de golpe de 2022. Segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), Jair Bolsonaro teria liderado a intentona golpista.

    Miller também fez uma postagem dizendo que Trump “está certo sobre o Brasil” e que o STF se tornou a mais poderosa instituição no país. “Ela investiga, acusa, censura e legisla. Agora está agindo como juiz, juri e executor”, afirmou nas redes.

    Ele também fez postagens com cenas de manifestações bolsonaristas fazendo apologia ao governo Trump e pedindo aos Estados Unidos ajuda para intervir no país.

    Em outro momento, Miller repostou publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sobre os protestos a favor do impeachment de Lula e de Moraes.

    As imagens publicadas por Miller trazem cenas de manifestações identificadas como sendo de Minas Gerais, Bahia, Ceará, Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo, bem como homenagem a Clezão, réu pelos ataques do 8 de Janeiro morto na Papuda.

    Em outra publicação, Miller posta foto de um manifestante com um cartão de crédito identificado como “cartão Magnitsky”. O cartão tem a foto de Moraes e tem escrito as frases “Fora, Lula” e “Xandão do Império Supremo”.

    Conselheiro de Trump publica foto nas redes de Moraes com algemas

  • Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

    Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

    “Dá para levar a sério um país onde existe prisão domiciliar?”, questionou o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Em pelo menos duas ocasiões, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o instituto da prisão domiciliar, afirmando ser uma pena leve demais.

    Em postagem de março de 2018, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) postou: “Dá para levar a sério um país onde existe prisão domiciliar?”.

    “O condenado é carcereiro dele mesmo!!! Se não conseguem nem monitorar as tornozeleiras eletrônicas quem dirá cada preso em seu domicílio. A lei de execuções penais e CPP [Código de Processo Penal] precisam ser revisados urgentemente!!!”, escreveu o filho do ex-presidente no então Twitter, hoje X.

    Antes, em 2017, disse que a prisão domiciliar beneficia “ladrão amigo do rei” que seria deslocado das prisões para “mansão”.

    “Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para prisão domiciliar (leia-se mansão) é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar”, postou no Twitter.

    O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou nesta segunda-feira (4) a prisão domiciliar de Bolsonaro, presidente do Brasil entre 2019 e 2022 e réu em processo sobre uma trama golpista no final de seu governo.

    No domingo (3), durante atos por anistia a réus da trama golpista, Bolsonaro apareceu em vídeos exibidos por apoiadores. O ex-presidente estava proibido de usar redes sociais, mesmo que intermédio de outras pessoas.

    Moraes proibiu visitas na prisão domiciliar, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares pelo ex-presidente, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva.

    O ex-presidente estava proibido de acessar redes sociais e de falar com Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos e cuja atuação para o governo Trump levantar sanções contra o Brasil é investigada pela Polícia Federal.

    Em nota após a decretação da prisão domiciliar, Eduardo chamou o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de “psicopata descontrolado” e disse que a determinação não o surpreendeu.

    Nas redes sociais, o filho do ex-presidente também fez um post em inglês no qual afirma que o pai foi preso sem julgamento e que a ordem tem o objetivo de “silenciar o líder da oposição”.

    “Meu pai, Jair Bolsonaro, foi preso hoje por apoiar, de sua própria casa, o povo brasileiro que saiu às ruas para se manifestar contra os abusos do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. E porque eu e meus irmãos postamos fotos dele”, afirmou.

    Eduardo Bolsonaro já disse que prisão domiciliar é 'sinônimo de impunidade'

  • Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

    Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

    Moraes destacou na sentença que Nikolas Ferreira fez uma chamada de vídeo com Bolsonaro durante ato para impulsionar ataques contra o STF e tentar coagir os ministros e obstruir a Justiça

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A participação por telefone de Jair Bolsonaro (PL) nas manifestações, que ocorreram no domingo (3), foi decisiva para o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinar a prisão domiciliar do ex-presidente.

    Em sua decisão, o ministro elencou uma série de postagens dos filhos de Bolsonaro e citou a ligação em vídeo com o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) como provas de que o ex-presidente burlou as medidas cautelares que lhe haviam sido impostas. Nikolas participava do protesto bolsonarista na avenida Paulista, em São Paulo.

    “O réu atendeu ligação por chamada de vídeo do Deputado Federal, NIKOLAS FERREIRA, oportunidade em que o parlamentar utilizou JAIR MESSIAS BOLSONARO para impulsionar as mensagens proferidas na manifestação na TENTATIVA DE COAGIR o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E OBSTRUIR A JUSTIÇA e com amplo conhecimento das medidas cautelares impostas […]”, diz um trecho da decisão de Moraes.

    As medidas cautelares impostas no fim de julho proibiam Bolsonaro de usar suas redes sociais ou as de terceiros, de fazer contato com embaixadores e diplomatas, e de ter contato com pessoas investigadas. Também ficou determinado que Bolsonaro teria de usar tornozeleira eletrônica, tendo também de respeitar horários de recolhimento domiciliar.

    Em sua decisão, Moraes mostra de que maneira Bolsonaro burlou a proibição de usar as redes sociais, anexando uma série de postagens dos filhos. Numa delas, do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o ex-presidente aparece sentado numa cadeira, com camisa de time e tornozeleira à mostra, enquanto se dirige à multidão, na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. “Palavras de Bolsonaro em Copacabana. A legenda é com vocês”, dizia a legenda.

    O ministro do STF ressaltou que Flávio apagou a postagem logo depois, em “um claro intuito de omitir o descumprimento das medidas cautelares praticado por seu pai.” Também Flávio publicou uma foto em que agradeceu, em inglês, a ajuda dos Estados Unidos. Para Moraes, o senador manifestou apoio às sanções econômicas do governo americano.

    Na decisão do ministro, há ainda uma postagem do vereador Carlos Bolsonaro (PL) incitando que seu público também siga a conta de seu pai. Segundo Moraes, os filhos de Bolsonaro protagonizaram uma ação coordenada para atacar o STF.

    “A participação dissimulada de JAIR MESSIAS BOLSONARO preparando material pré fabricado para divulgação nas manifestações e redes sociais, demonstrou claramente que manteve conduta ilícita de tentar coagir o SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL e obstruir a JUSTIÇA, em flagrante desrespeito as medidas cautelares anteriormente impostas”, afirma outro trecho da decisão.

    Moraes proibiu visitas na prisão domiciliar, a não ser de advogados e de pessoas autorizadas nos autos, e vetou o uso de celulares, diretamente ou por meio de outras pessoas. O ministro do STF afirmou ainda que o descumprimento da prisão domiciliar resultará na decretação de prisão preventiva. Em nota no início da noite desta segunda, a Polícia Federal informou ter cumprido, no fim desta tarde, o mandado de prisão domiciliar e de busca e apreensão de telefones celulares.

    Nas páginas iniciais do decreto, Moraes relembrou que havia pedido esclarecimentos à defesa de Bolsonaro sobre o descumprimento de medidas cautelares. O ministro lembrou o episódio em que o ex-presidente foi a público exibir a tornozeleira eletrônica e reafirmou que, em nenhum momento, o proibiu de conceder entrevistas.

    A decisão o torna o quarto ocupante do cargo máximo do país a ser preso desde a redemocratização –antes dele, já tiveram o mesmo destino Fernando Collor, Lula (PT) e Michel Temer (MDB). “Como diversas vezes salientei na presidência do TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, A JUSTIÇA É CEGA, MAS NÃO É TOLA!!!!”, escreveu Moraes no decreto da prisão domiciliar de Bolsonaro.

    Ações de filhos de Bolsonaro e Nikolas motivam ordem de Moraes sobre prisão domiciliar

  • Governo Trump critica Moraes e diz que vai responsabilizar quem ajudar ministro

    Governo Trump critica Moraes e diz que vai responsabilizar quem ajudar ministro

    Governo Trump volta a tentar interferir na Justiça e usa caso de Bolsonaro para atacar a soberania brasileira

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – O governo Donald Trump informou que condena a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que responsabilizará aqueles que ajudarem o magistrado.

    O posicionamento foi feito por meio de post no X (ex-twitter) na página do Escritório para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana.

    “O ministro Moraes, agora sancionado pelos EUA como violador de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz a mensagem.

    “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impõe prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que auxiliarem ou colaborarem com condutas sancionadas”, continua o texto.

    Governo Trump critica Moraes e diz que vai responsabilizar quem ajudar ministro

  • Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

    Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

    Ministro do STF impõe tornozeleira eletrônica e proibição de visitas após ex-presidente descumprir restrição ao uso de redes sociais por meio de aliados

    Na tarde desta segunda-feira (4), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), justificando o descumprimento das medidas cautelares impostas a ele.

    Na decisão, o ministro cita que Bolsonaro utilizou redes sociais de aliados – incluindo seus três filhos parlamentares – para divulgar mensagens com “claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro”.

    Durante atos pró-Bolsonaro neste domingo (3), Flávio subiu em um trio-elétrico fez uma chamada com o pai, que fez um discurso para apoiadores. Instantes depois, o filho do ex-presidente publicou a mensagem com vídeo nas redes sociais.

    Para o ministro, a atuação do ex-presidente, mesmo sem o uso direto de seus perfis, burlou de forma deliberada a restrição imposta anteriormente. “Não há dúvidas de que houve o descumprimento da medida cautelar imposta a Jair Messias Bolsonaro”, destacou Moraes.

    Com isso, Moraes determinou que Bolsonaro cumpra prisão domiciliar em seu endereço residencial. A decisão inclui: uso de tornozeleira eletrônica, proibição de visitas (salvo por familiares próximos e advogados) e recolhimento de todos os celulares disponíveis no local.

     

     

    Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

  • Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

    Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

    O ministro disse que divergências entre magistrados não deveriam ser interpretadas como discórdias institucionais e falou na necessidade de buscar equilíbrio na autocontenção da corte para não confundir a atitude com omissão

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ministro do STF Edson Fachin chamou de “absolutamente indevida” a sanção dos Estados Unidos contra Alexandre de Moraes via Lei Magnitsky, que penalizou economicamente o magistrado.

    Ele chamou a ofensiva de “ameaça” já conhecida, em referência a contextos autoritários como o golpe de 1964, e falou em desafio de autocontenção para a corte sem que a ação pareça “covardia” ou omissão frente à demanda de defesa dos princípios constitucionais.

    “Eu entendo que punir um juiz por decisões que tenha tomado é um péssimo exemplo de interferência indevida. Ainda mais quando isso advém de um país estrangeiro”, afirmou.

    “Pode-se concordar ou não com as decisões de um determinado juiz. Quando não se concorda, recorre ou critica publicamente. Isso é próprio da democracia, mas punir dessa forma, ou mesmo punir internamente, juiz por decisão tomada pelo conteúdo dos efeitos políticos e ideológicos da decisão é absolutamente indevido. É algo que, no meu modo de ver, representa uma ofensa aos princípios mais comezinhos da independência e da autonomia judicial”, afirmou.

    O ministro disse que divergências entre magistrados não deveriam ser interpretadas como discórdias institucionais e falou na necessidade de buscar equilíbrio na autocontenção da corte para não confundir a atitude com omissão, dizendo que “não se pode ir tão depressa [na autocontenção] que pareça fuga, nem tão devagar que pareça covardia”.

    Ele também citou uma “nova pandemia de um autoritarismo populista global” que atinge não só tribunais do Brasil, mas também de outros países.

    A fala se deu nesta segunda-feira (4) na Fundação FHC, no centro de São Paulo, durante palestra sobre desafios na presidência da corte a partir de setembro, quando o magistrado assumirá o posto no tribunal.

    Na data, o vice do magistrado vai ser Alexandre de Moraes, relator na ação penal que investiga a trama golpista de 2022 e principal alvo do bolsonarismo.
    Um dos desafios do novo presidente vai ser enfrentar possíveis reações do campo político em caso de condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República), liderou a tentativa de golpe.

    O ataque à corte e a integrantes já tem episódios inéditos. Pela primeira vez, um magistrado é diretamente sancionado em razão de sua atuação no tribunal, caso de Moraes, penalizado com a Lei Magnitsky na última semana.
    No cenário com desafios à ordem democrática, Fachin falou da necessidade de autocontenção e do fortalecimento de outras instituições que não só a corte para a defesa democrática.

    Segundo ele, a necessidade de contenção se dá em contexto no qual diversos fatores deslocaram a tensão para o Judiciário, como a natureza dos temas que têm chegado ao STF.

    Ele reconheceu que a corte não é o único árbitro do jogo democrático, mas disse que ela tem papel essencial na contenção do autoritarismo.

    “O caminho para uma democracia madura passa menos por concentração de poder no Supremo e mais pelo fortalecimento de outros órgãos também responsáveis por sustentar o pacto democrático”, afirmou.

    O ministro também disse que os sistemas de freios e contrapesos só funcionam em uma democracia se a lógica de cada campo é respeitada. ” À política o que é da política, ao direito o que é do direito”, afirmou.

    Em junho, Fachin completou 10 anos na corte. Ele foi empossado em 2015 depois de indicação da então presidente Dilma Rousseff (PT).

    Fachin critica sanção de Trump a Moraes e cita desafio de autocontenção do STF

  • Tarifaço fortalece Alckmin como vice de Lula em 2026 após pressão petista por candidatura em SP

    Tarifaço fortalece Alckmin como vice de Lula em 2026 após pressão petista por candidatura em SP

    Grupo do presidente deve formar palanques estaduais repletos de ministros, com foco no Senado

    BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O protagonismo de Geraldo Alckmin (PSB) na reação ao tarifaço imposto a produtos brasileiros pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fortaleceu o vice-presidente para se manter no posto na chapa de Lula (PT) em 2026.

    Essa é a avaliação de integrantes do governo Lula e de aliados de Alckmin. O papel do vice-presidente, ainda assim, é motivo de disputa: setores petistas querem que ele seja candidato a senador ou governador por São Paulo em 2026, enquanto o PSB demonstra querer mantê-lo no posto de vice.

    Segundo relatos, o próprio Alckmin sinalizou não ter interesse em deixar o posto que hoje ocupa e acredita que conseguiu conquistar a confiança de Lula para isso. O presidente, por sua vez, ainda não teve uma conversa definitiva sobre o tema com ele ou dirigentes do PSB.

    Além disso, aliados do vice-presidente traçam um cenário em que, entre os partidos aliados, o PSB é o único que tem clareza total de que estará com Lula em 2026. Nos demais, há dissidências que impõem discussões internas.

    As conversas são parte de uma articulação mais ampla em torno dos palanques que Lula conseguirá montar nos estados. O quadro mais provável é que diversos ministros sejam candidatos a senador ou governador, em um esforço do lulismo para conter o avanço do bolsonarismo no Senado e para fortalecer a campanha de reeleição do petista.

    Em junho, durante a convenção nacional do PSB que oficializou João Campos, prefeito de Recife, como presidente do partido, Lula falou da importância da eleição para a Casa em 2026.

    “Precisamos ganhar maioria no Senado, senão esses caras vão avacalhar a Suprema Corte. Não é porque a Suprema Corte é uma maçã doce. Não. É porque precisamos preservar as instituições que garantem o exercício da democracia nesse país”, afirmou.

    O presidente fez ainda um gesto ao partido, durante o evento: “Nós sempre governamos juntos. Nunca tive problema com o PSB em lugar nenhum, mesmo quando divergia. Quando acabava a eleição a gente encontrava jeito”.

    Quem defende, no entorno de Lula, que a vaga de Alckmin seja aberta para um partido de centro leva em conta o fato de que o PSB já estará com o petista no ano que vem e seria melhor usar a vaga de vice como chamariz para outras siglas.

    Para dar corpo à campanha de Lula nos estados, petistas projetam candidaturas de ministros de partidos aliados e também afirmam que alguns nomes terão que ir para o sacrifício. No jargão político, isso significa entrar na eleição com chances pequenas de vitória, só para marcar posição ou apoiar um aliado.

    Essa discussão ainda não está estruturada dentro do partido. As conversas sobre o tema devem começar a avançar diante da posse, no domingo (3), do novo presidente do PT, Edinho Silva.

    O estado mais visado é São Paulo, maior colégio eleitoral do país, com 34 milhões de eleitores.

    Governistas avaliam que podem ter uma candidatura competitiva ao governo paulista e ganhar uma das duas vagas que estarão em disputa no Senado caso os candidatos sejam Alckmin e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT). Nem Alckmin nem Haddad se mostram empolgados com a ideia.

    Outro nome especulado para uma candidatura ao Senado por São Paulo é o da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB). Essa ideia tem obstáculos, como o fato de Tebet ter feito sua trajetória política em Mato Grosso do Sul e se mostrar resistente a trocar de estado.

    Um nome provável para uma chapa lulista em São Paulo é o de Márcio França (PSB), ministro do Empreendedorismo. Ele quer ser candidato a governador. Além disso, petistas começaram a avaliar a possibilidade de oferecer uma das vagas de candidato ao Senado ao deputado Guilherme Boulos (PSOL-SP).

    Em Minas Gerais, é possível que um dos candidatos a senador no campo lulista seja o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD). Ele disse à Folha que gostaria de concorrer. O provável candidato a governador é o ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD). Petistas mineiros também tentam atrair o ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil, hoje sem partido, para uma chapa lulista no estado.

    Outro dos principais ministros do governo que provavelmente disputará a próxima eleição é Rui Costa (Casa Civil), na Bahia. O PT é poderoso no estado e poderá lançar uma chapa quase toda composta por seus quadros: além de Costa, Jaques Wagner deverá concorrer à reeleição como senador, e o governador Jerônimo Rodrigues pode se candidatar a mais um mandato no cargo.

    Em Pernambuco, uma das vagas ao Senado é de Humberto Costa (PT). A outra é disputada pelo ministro Silvio Costa Filho (Republicanos), por Miguel Bezerra Coelho (MDB) -filho do ex-lider de Jair Bolsonaro (PL) e de Dilma Rousseff (PT) no Senado, Fernando Bezerra Coelho- e pela ex-deputada Marília Arraes (Solidariedade).

    Há no entorno de Lula quem defenda, por exemplo, que as duas vagas de candidato ao Senado em Pernambuco sejam de partidos aliados. O provável candidato a governador dessa aliança será o prefeito João Campos.

    Também são cotados para candidaturas ao Senado os ministros Carlos Fávaro (PSD, Agricultura), por Mato Grosso, e Waldez Góes (PDT, Desenvolvimento Regional), pelo Amapá.

    O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB), será candidato ao Governo de Alagoas. O movimento, porém, é motivado pela política local. Foi a maneira encontrada pelo ministro para manter seu grupo político coeso. Ele tem mandato de senador, e foi governador de 2015 a 2022.

    Setores do PT gostariam que a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, fosse candidata ao Senado pelo Paraná.

    Essa poderia ser considerada uma candidatura de sacrifício: Gleisi tem uma reeleição certa como deputada federal e enfrentaria muitas dificuldades para vencer uma disputa ao Senado em um dos estados mais bolsonaristas do Brasil.

    No cenário atual, porém, é pouco provável que Gleisi dispute uma vaga na Casa. Pesa a favor dela o argumento de que sua votação para deputada federal ajuda a eleger colegas de partido para a Câmara. Só um pedido direto de Lula a faria se candidatar a senadora. O presidente da República, até o momento, não fez movimentos nesse sentido.

    Tarifaço fortalece Alckmin como vice de Lula em 2026 após pressão petista por candidatura em SP

  • Sete deputados estreiam na Câmara nesta semana; veja quem são

    Sete deputados estreiam na Câmara nesta semana; veja quem são

    Veja quem são os deputados que perderam e os que ganharam vagas na Câmara dos Deputados

    Sete novos deputados federais farão sua estreia como parlamentares empossados na Câmara dos Deputados da atual legislatura nesta primeira semana de agosto. Eles foram empossados na semana passada, de forma virtual, após a perda do mandato de sete outros congressistas por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).

    A Corte julgou em março regras para a distribuição das chamadas sobras eleitorais consideradas inconstitucionais.

    As mudanças afetam especialmente a bancada do Amapá, que teve quatro dos seus oito deputados trocados. A substituição favoreceu especialmente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), já que os quatro são aliados dele.

    Farão suas primeiras aparições em Brasília como deputados empossados nesta legislatura: 

    – Professora Marcivânia (PCdoB-AP);

    – Paulo Lemos (PSOL-AP);

    – André Abdon (Progressistas-AP);

    – Aline Gurgel (Republicanos-AP);

    – Rodrigo Rollemberg (PSB-DF);

    – Rafael Fera (Podemos-RO);

    – Tiago Dimas (Podemos-TO).

    E saíram:

    – Gilvan Máximo (Republicanos-DF);

    – Augusto Puppio (MDB-AP);

    – Lebrão (União-RO);

    – Lázaro Botelho (PP-TO);

    – Professora Goreth (PDT-AP);

    – Silvia Waiãpi (PL-AP);

    – Sonize Barbosa (PL-AP).

    Dos novos deputados, apenas Rafael Fera e Paulo Lemos nunca tinham exercido a função como deputado antes de 2023, início da atual legislatura. Rodrigo Rollemberg é o mais experiente deles – exerceu o primeiro mandato como parlamentar em 2007 e já foi governador do Distrito Federal.

    “Prometo manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”, tiveram que dizer todos os empossados.

    Saiba quem são todos os novos deputados empossados: 

    Rodrigo Rollemberg

    Foi deputado federal entre 2007 e 2010, senador entre 2011 e 2014 e governador do Distrito Federal entre 2015 e 2019. Rollemberg retorna à Câmara depois de 15 anos.

    Nas redes sociais, postou uma foto com a frase dita em juramento. \”Esse juramento, que fiz com emoção e convicto de minhas responsabilidades, me guiará em todas as minhas decisões\”, disse Rollemberg.

    Tiago Dimas

    Vai exercer pela segunda vez mandato como deputado federal. Esteve pela primeira vez a função entre 2019 e 2022. É filho do ex-deputado federal Ronaldo Dimas (PL).

    “Entre curvas e retas, paisagens e lembranças, a gente vai entendendo o valor de cada passo dado. Brasília, estamos chegando. E o Tocantins vai chegar junto comigo”, escreveu Dimas nas redes sociais para celebrar a posse.

    Rafael Fera

    Chega a Brasília pela primeira vez. Entrou na política como vereador por Ariquemes (RO). Nas redes sociais, adota o perfil de \”fiscal do povo\”, popularizado pelo senador Cleitinho (Republicanos-MG), aliado político de Fera.

    “Como deputado federal, serei o deputado federal que mais vai fiscalizar na história do Estado de Rondônia”, disse.

    Professora Marcivânia

    Foi empossada três vezes deputada federal. Retorna a Brasília depois de exercer o último mandato parlamentar na capital federal em 2022.

    “Um misto de emoções, gratidão e algumas lágrimas de alegria. Hoje, a justiça foi feita, tomamos posse e o mandato do povo do Amapá retoma o lugar que sempre lhe pertenceu”, afirmou a parlamentar.

    Paulo Lemos

    Ex-deputado estadual pelo Amapá entre 2015 e 2022. É aliado do governador do Estado, Clécio Luís (Solidariedade), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP).

    “A partir de segunda estarei em Brasília, reforçando a luta pelos trabalhadores e pela nossa gente”, disse.

    André Abdon

    Foi deputado federal entre 2015 e 2022 e agora retorna à Câmara. É figura próxima de Alcolumbre.

    “O Amapá conta novamente com a força e representatividade de André Abdon na Câmara dos Deputados. Compromisso, trabalho e dedicação por um estado mais forte e justo”, escreveu.

    Aline Gurgel

    Foi deputada federal entre 2019 e 2022. Antes, era secretária de Assistência Social do Estado do Amapá. É casada com o deputado estadual Hildegard Gurgel (União), irmão do deputado federal Vinícius Gurgel (PL-AP).

    “Retorno à Câmara dos Deputados com um compromisso renovado com os vulneráveis, com as mulheres, com as crianças, com a erradicação da fome e da pobreza, e com a emancipação social e econômica do nosso povo”, disse.

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