Categoria: POLÍTICA

  • Genial/Quaest: Paes tem 35%; Bacellar, 9%; e Washington Reis, 5% na corrida pelo governo do Rio

    Genial/Quaest: Paes tem 35%; Bacellar, 9%; e Washington Reis, 5% na corrida pelo governo do Rio

    Eduardo Paes tem 35% das intenções de voto, seguido pelo deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL), com 9%

    O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), aparece como favorito na disputa pelo governo do Estado em 2026, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 22. Paes tem 35% das intenções de voto, seguido pelo deputado estadual Rodrigo Bacellar (PL), com 9%.

    O levantamento também testou o nome do ex-prefeito de Duque de Caxias Washington Reis (MDB), que registrou 5%. Já a vereadora Mônica Benicio (PSOL) e o empresário Italo Marsili (Novo) marcaram 4% e 2%, respectivamente.

    Entre os entrevistados, 15% afirmaram estar indecisos e 30% disseram que pretendem anular o voto. A pesquisa ouviu 1,4 mil eleitores entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de dois pontos porcentuais, com 95% de nível de confiança.

    Quando perguntados se o atual governador Cláudio Castro (PL) deveria eleger um sucessor, 57% responderam que não, contra 34% que disseram apoiar um candidato indicado por ele.

    A gestão de Castro é aprovada por 43% e desaprovada por 41%. Na área de segurança pública, 60% a consideram negativa, enquanto 38% avaliaram como positiva e 33% como regular.

    Genial/Quaest: Paes tem 35%; Bacellar, 9%; e Washington Reis, 5% na corrida pelo governo do Rio

  • Genial/Quaest: Tarcísio lidera para governo de SP; Erika Hilton dispara

    Genial/Quaest: Tarcísio lidera para governo de SP; Erika Hilton dispara

    Tarcísio de Freitas (Republicanos) aparece com 43%, seguido por Geraldo Alckmin (PSB), com 21%; Erika Hilton (PSOL) crese e registra 8%

    O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas (Republicanos), é hoje o favorito na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes no ano que vem, mostra a pesquisa Genial/Quaest publicada nesta sexta-feira, 22. Segundo o levantamento, o mandatário tem 43% das intenções de votos.

    Na sequência aparece o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), com 21%. O pessebista é seguido pela deputada Erika Hilton (PSOL), que registrou 8%. Já o ex-prefeito de Santo André Paulo Serra (PSDB) e o empresário Felipe d’Avila (Novo) marcaram 3% e 2%, respectivamente.

    Além disso, 7% dos entrevistados disseram que não sabem em quem votarão para o governo do Estado em 2026. Outros 16% afirmam que vão anular o voto. A pesquisa ouviu 1,6 mil eleitores entre 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, com nível de confiança de 95%.

    A Quaest ainda questionou os paulistas sobre a preferência de apoios nacionais. Nesse quesito, 59% afirmaram que querem que o futuro governador seja um político independente. Outros 23% preferem alguém alinhado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e 17% gostariam que fosse um apoiador do presidente Lula (PT).

    Apesar de uma vitória de Tarcísio ser considerada muito provável hoje até entre seus adversários, existe a possibilidade de ele não disputar a reeleição e se lançar na corrida presidencial. De maneira similar, Alckmin, que já governou São Paulo por quase 13 anos, não demonstra tanto entusiasmo em disputar cargos no Estado.

    Gestão Tarcísio de Freitas é aprovada por 60% dos paulistas

    Segundo a pesquisa, a gestão Tarcísio de Freitas é aprovada por 60% dos paulistas, enquanto que 29% a desaprovam. Outros 11% não souberam ou não quiseram responder ao questionamento. Os números mostram uma estabilidade nos índices de avaliação do governador.

    Quando perguntados sobre a reeleição de Tarcísio, 56% dos paulistas ouvidos disseram que ele merece ser reconduzido ao cargo, ao passo que 36% avaliam que ele não merece.

    A segurança pública é a área com a pior avaliação da gestão Tarcísio. Segundo o levantamento, 36% dos entrevistados julgam a condução da segurança de forma negativa, enquanto outros 36% a consideram regular. Aqueles que a avaliam de forma positiva somam 28%.

    Por outro lado, a área de mobilidade urbana e infraestrutura tem a melhor avaliação, com 49% a avaliando como positiva. Outros 34% a julgaram como regular e 17%, como negativa.

    Genial/Quaest: Tarcísio lidera para governo de SP; Erika Hilton dispara

  • Centrão e direita correm para consolidar Tarcísio, conter clã Bolsonaro e disputar vice

    Centrão e direita correm para consolidar Tarcísio, conter clã Bolsonaro e disputar vice

    Os maiores partidos de centro e de direita no país defendem a consolidação do governador de São Paulo como nome para enfrentar Lula (PT) em 2026

    BRASÍLIA, DF E SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O indiciamento e a divulgação de troca de mensagens entre Jair Bolsonaro e seu filho Eduardo foram vistos por integrantes do centrão e partidos de direita como uma janela para ampliar a pressão por unidade em torno de uma candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), o que inclui a definição do vice na chapa.

    Os maiores partidos de centro e de direita no país defendem, há tempos, a consolidação do governador de São Paulo como nome para enfrentar Lula (PT) em 2026, mas enfrentam a indefinição de Bolsonaro -que está inelegível e às portas de uma condenação, dada como certa, no caso da trama golpista.

    Mais do que o indiciamento por suposta tentativa de obstruir esse processo, a troca de mensagens entre Eduardo e o pai indica divergências em relação à atuação política da família e uma forte desconfiança por parte do deputado em relação a Tarcísio, o que provocou reações entre expoentes do mundo político do centro à direita nesta quinta-feira (21).

    Ainda que as conversas cristalizem um cenário de campo minado para Tarcísio no seio da família Bolsonaro, políticos avaliam que as brigas, tornadas públicas, causam desgaste principalmente para Eduardo, apontado como nome radical do clã.

    Na visão de dirigentes partidários, o episódio enfraquece ainda mais o filho do ex-presidente e cria uma janela para que o governador obtenha certa autonomia em relação à família Bolsonaro, sem perder o apoio do ex-presidente, crucial para qualquer nome desse campo que almeje ser competitivo no ano que vem.

    As mensagens mostram Eduardo manifestando, por várias vezes, contrariedade e desconfiança em relação a Tarcísio. Uma delas alerta que o governador de São Paulo nunca ajudou o pai no STF (Supremo Tribunal Federal).

    “Sempre esteve de braço cruzado vendo você se foder e se aquecendo para 2026.”

    Uma ala do centrão vê ganhos para Tarcísio principalmente com a reiteração do que seria uma bagunça generalizada na família do ex-presidente, que exigiria mais do que nunca um presidenciável que faça parte do bolsonarismo, mas que não carregue nas costas todo o desgaste do sobrenome.

    Tarcísio foi ministro da Infraestrutura durante o governo Bolsonaro (2019-2022) e eleito governador de São Paulo graças à indicação e apoio do ex-presidente. Em sua gestão, é alvo frequente de bolsonaristas que dizem não ver alinhamento total e defesa enfática de Bolsonaro, apesar de o governador comparecer inclusive aos protestos liderados pelo ex-presidente na avenida Paulista.

    Do grupo de governadores mais à direita que almejam disputar a presidência em 2026, Tarcísio é o preferido da maior parte dos partidos que hoje controlam o Congresso, incluindo o quinteto que integra a Esplanada dos Ministérios de Lula –União Brasil, PP, PSD, MDB e Republicanos.

    Políticos desses partidos temem principalmente que Bolsonaro resolva, como chegou a sinalizar a alguns aliados, optar por um nome da família para 2026, como a mulher, Michelle, ou o filho Flávio Bolsonaro.

    O indiciamento e as mensagem fragilizam essa hipótese, na visão de aliados, por reforçar a vulnerabilidade política da família. Ainda assim, políticos de centro e direita sempre fazem a ressalva de que Bolsonaro é imprevisível e de que muito pode mudar nos 12 meses que faltam para a oficialização das candidaturas.

    Em fevereiro, por exemplo, Lula atingia sua pior avaliação popular. Agora, seis meses depois, demonstra recuperação.

    Com a avaliação de que cresceram as chances de um candidato bolsonarista sem o sobrenome Bolsonaro, há quem defenda inclusive um vice de fora da família. Por ora, o nome do ex-ministro da Casa Civil e senador Ciro Nogueira (PP-PI) é um dos mais fortes.

    Ciro preside o PP e comanda, ao lado de Antonio Rueda, presidente do União Brasil, a montagem de uma federação que, apesar de ter quatro ministros sob Lula, vem se posicionando como ponta de lança da oposição para 2026.

    Juntos, os dois partidos têm 109 deputados federais, mais de 20% do tamanho da Câmara.

    No ato da federação na última quarta, em Brasília, a principal estrela foi Tarcísio.

    Aliados de Bolsonaro e do governador de São Paulo dizem ainda ver alinhamento entre o ex-presidente e o governador, mesmo diante dos ataques de Eduardo nas mensagens encontradas pela Polícia Federal no celular do ex-presidente.

    O deputado já havia falado publicamente contra Tarcísio, sendo o principal expoente de uma ala crítica ao governador, que tenta apontá-lo como “candidato do sistema”.

    “Agora ele [Tarcísio] quer posar de salvador da pátria. Se o sistema enxergar no Tarcísio uma possibilidade de solução, eles não vão fazer o que estão pressionados a fazer. E pode ter certeza, uma ‘solução Tarcísio’ passa longe de resolver o problema, vai apenas resolver a vida do pessoal da Faria Lima”, disse Eduardo, em uma das mensagens.

    O deputado também pleiteia a sucessão eleitoral do pai à Presidência da República. Mas, diante do avanço dos inquéritos no STF, não deve retornar ao Brasil.

    Nesta quinta, Tarcísio defendeu Bolsonaro e criticou a divulgação das mensagens. “Minha relação com Bolsonaro vai ser como sempre foi, uma relação de lealdade, relação de amizade, relação de gratidão com uma pessoa que, eu entendo, fez muito pelo Brasil e fez muito por mim”.

    Líder da bancada do PL na Câmara e próximo a Malafaia, o deputado Sóstenes Cavalcante (RJ) afirmou que, em sua visão, nada muda com o indiciamento e com as mensagens.

    “Isso aí é mais do mesmo com relação ao Tarcísio e o Eduardo, esse assunto já foi superado lá atrás. O dois se falaram depois disso. E a franqueza e a firmeza são práticas normais na nossa convivência do dia a dia”, afirmou.

    Centrão e direita correm para consolidar Tarcísio, conter clã Bolsonaro e disputar vice

  • Bolsonaro recebeu R$ 44 milhões desde 2023, sendo quase metade em Pix, aponta relatório da PF

    Bolsonaro recebeu R$ 44 milhões desde 2023, sendo quase metade em Pix, aponta relatório da PF

    A análise se baseia em informações levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras); de março de 2023 a fevereiro de 2024, o ex-presidente recebeu pouco mais de R$ 30 milhões

    SÃO PAULO, SP E BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Jair Bolsonaro (PL) recebeu cerca de R$ 44,3 milhões em suas contas bancárias de março de 2023 a junho de 2025, apontam os dados da análise da Polícia Federal juntada ao inquérito sobre as suspeitas de obstrução do julgamento da trama golpista, que levaram ao indiciamento do ex-presidente e do seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

    A análise se baseia em informações levantadas pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

    A maior parte desse valor se concentra em apenas um ano, de março de 2023 a fevereiro de 2024, quando o ex-presidente recebeu pouco mais de R$ 30 milhões. Já o segundo maior montante recebido foi de 20 de dezembro de 2024 a 5 de junho deste ano, quando Bolsonaro recebeu R$ 11,1 milhões.

    Ao todo, no período dos quase dois anos, R$ 20,7 milhões recebidos foram provenientes de transações em Pix -sendo que cerca de R$ 19,3 milhões foram enviados de março de 2023 a fevereiro de 2024. Enquanto o montante recebido do PL em todo o período, segundo esses dados, foi de R$ 1,1 milhão.

    Em meados de 2023, aliados fizeram uma campanha para arrecadar dinheiro para Bolsonaro pagar multas e advogados, o que gerou uma onda de doações por Pix. O relatório da PF só relata os recebimentos mas não cita a campanha.
    O órgão diz que há suspeitas de indícios de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos penais por parte do ex-presidente e de Eduardo.

    Procurada pela reportagem, a defesa de Bolsonaro não se manifestou sobre a análise da PF. Eduardo Bolsonaro não foi localizado para comentar.

    Em relação ao indiciamento, a defesa do ex-presidente afirmou na manhã desta quinta-feira (21) que recebeu a notícia com surpresa e que “jamais houve o descumprimento de qualquer medida cautelar previamente imposta” pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    Já Eduardo chamou, em nota na noite de quarta-feira (20), de “crime absolutamente delirante” os apontamentos que resultaram no indiciamento.

    MOVIMENTAÇÕES EM CONTA

    Segundo a análise da PF, Bolsonaro foi identificado como parte envolvida em comunicações reportadas por unidades de inteligência financeira ao Coaf. Ainda de acordo com a investigação, as operações financeiras com suspeitas de “lavagem de dinheiro e outros ilícitos” nas contas de Bolsonaro ocorreram entre 1º de março de 2023 e 5 de junho de 2025.

    Apenas de 1º de março de 2023 a 7 de fevereiro de 2024, teriam sido movimentados R$ 30.576.801,36 em créditos e R$ 30.595.430,71 em débitos nessas contas, aponta a análise.

    O documento registra nesse período o recebimento, via Pix, de R$ 19,3 milhões em 1.214.254 lançamentos. Já o PL, partido de Bolsonaro, que aparece como o principal pagador nesse período de um ano, transferiu o montante de R$ 291,7 mil a Bolsonaro. Os maiores gastos, por sua vez, foram feitos aos advogados do ex-presidente, no valor de R$ 6,8 milhões.

    A PF afirma que foram analisadas 50 comunicações de operações financeiras que envolvem pessoas relacionadas às investigações da trama golpista. Dessas comunicações, quatro tratam de suspeitas relacionadas a Bolsonaro, e quatro, a Eduardo Bolsonaro.

    Foram analisadas ainda outras transações feitas pelo ex-presidente e por seu filho. Parte delas é citada no relatório da PF que embasou o indiciamento dos dois, divulgado na quarta-feira (20).

    O documento cita, por exemplo, que Bolsonaro transferiu R$ 2 milhões a Eduardo em 13 de maio de 2025, como foi informado pelo próprio presidente em depoimento. No entanto, também afirma que foram remetidos R$ 30 mil em março e R$ 40 mil em abril, quando Eduardo já estava nos EUA -de acordo com o texto, ele chegou ao país em 27 de fevereiro.

    Em relação ao Bolsonaro, a PF diz que “chama atenção o volume de operações de câmbio realizadas ao longo do período analisado, que totalizaram R$ 105.905,54, especialmente considerando que o ex-presidente está com o passaporte retido e proibido de deixar o país”.

    A análise policial ainda ressalta a transferência de R$ 2 milhões de Bolsonaro à ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro em 4 de junho deste ano, um dia antes de ele prestar depoimento na investigação. A PF entende que ele fez a transferência para a conta de sua esposa para evitar bloqueios de recursos.

    O relatório da PF que embasou o indiciamento diz que também Eduardo usou conta de sua esposa para evitar bloqueios de recursos.

    Segundo a investigação, o deputado fez dois repasses para Heloísa Bolsonaro “como forma de escamotear” os valores antes encaminhados a ele pelo pai.

    Para a PF, a análise das transações aponta que Bolsonaro e Eduardo utilizaram “diversos artifícios para dissimular a origem e o destino de recursos financeiros, com o intuito de financiamento e suporte das atividades de natureza ilícita do parlamentar” no exterior.

    Em depoimento à polícia, Bolsonaro já disse que as transferências a Eduardo foram abastecidas por campanhas de doação feitas por apoiadores do ex-presidente.

    A investigação também afirma que Bolsonaro realizou 40 transações de janeiro a julho de 2025, entre saques em caixas eletrônicos e atendimento presencial em guichê bancário.

    “No total, foram contabilizados R$ 130.800,00. Não se ignora a eventual necessidade do ex-presidente em realizar despesas de pequeno vulto, sobretudo durante deslocamentos e viagens realizadas ao longo de agendas públicas. Entretanto, o grande volume de transações em dinheiro físico é indício relevante no contexto probatório, considerando os riscos associados à falta de rastreabilidade e a possibilidade de financiamento de ações de caráter ilícito”, disse a PF.

    Bolsonaro recebeu R$ 44 milhões desde 2023, sendo quase metade em Pix, aponta relatório da PF

  • Câmara desiste de mudança no foro e busca Senado para acelerar PEC da blindagem

    Câmara desiste de mudança no foro e busca Senado para acelerar PEC da blindagem

    As mudanças no foro especial, que tirariam do STF processos contra parlamentares, são defendidas por bolsonaristas como forma de travar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob acusação de golpismo

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Os deputados desistiram de priorizar mudanças no foro especial, por causa de divergências internas que dificultariam a sua aprovação, e decidiram acelerar a proposta que proíbe processos criminais contra os congressistas enquanto não houver autorização do próprio Congresso.

    A ideia, para que que não haja críticas a respeito de impunidade, é de estabelecer um prazo para que o Congresso realize a deliberação em plenário -o que em tese impediria que os casos ficassem engavetados.

    A chamada PEC (proposta de emenda à Constituição) da blindagem ou PEC das prerrogativas tem, segundo seus defensores, o objetivo de fortalecer o Legislativo ante decisões do STF (Supremo Tribunal Federal).

    Uma articulação para votação relâmpago da proposta chegou a ser ensaiada na noite desta quarta-feira (20), mas acabou abortada após resistência do Senado em aprovar o texto logo em seguida da Câmara.

    Dois deputados influentes dizem que a confusão em torno da instalação da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investigará desvios em aposentadorias e pensões do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) travou essas conversas e não houve clima para negociar com os senadores.

    Na CPMI, a oposição venceu o governo e os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e elegeu a cúpula que liderará as investigações por 17 votos a 14.

    Alcolumbre foi procurado nesta quarta com a proposta de votação relâmpago, mas disse que precisaria conversar com os líderes para medir a temperatura e viabilidade dessa operação. Eles combinaram que um encontro para negociar o texto deve ocorrer na próxima semana.

    A ideia de líderes da Câmara é votar a proposta na próxima semana, em uma operação casada com o Senado, para garantir a rápida aprovação. A leitura dos deputados é a de que o tema das prerrogativas tem apoio geral na Casa, mas pontos do texto ainda precisam ser debatidos.

    O relator da PEC, deputado Lafayette de Andrade (Republicanos-MG), vai procurar as bancadas partidárias nos próximos dias para colher sugestões. O texto, então, deve ser apresentado na próxima terça-feira (26) na reunião de líderes, quando a pauta de votação da semana será decidida. Ao mesmo tempo, o presidente da Câmara ficou responsável por construir o consenso com líderes do Senado.

    Uma das opções consideradas é restabelecer o texto original da Constituição de 1988, que previa a necessidade de autorização prévia do Legislativo para que parlamentares fossem processados por crimes. A regra deixou de valer em 2001, quando o próprio Congresso reverteu a previsão que agora pretende retomar.

    Para amenizar as críticas da opinião pública sobre os inquéritos ficarem parados porque o Congresso nunca deliberava sobre esse aval, os deputados agora discutem uma alterativa: estabelecer um prazo para votação em plenário, como ocorre com as medidas provisórias.

    Se esse prazo não for cumprido, dizem, a pauta de plenário ficará trancada e impedirá outras votações. Nos bastidores, no entanto, a intenção é criar um rito que torne isso mais burocrático e evite que os inquéritos se tornem frequentemente o principal assunto da pauta do plenário.

    Outra sugestão é que o Legislativo passe a autorizar a prorrogação de inquéritos, com o objetivo de que as investigações contra parlamentares se estendam por anos sem nunca serem encerradas. A proposta busca ainda esclarecer e especificar as situações em que parlamentares podem ser presos em flagrante.

    Lafayette afirma que vai se ater a medidas que sejam razoáveis, juridicamente defensáveis, tenham amparo na doutrina e na jurisprudência e se comparem ao que é praticado em outros países.

    O grande objetivo dos deputados é travar os inquéritos sobre emendas parlamentares, como o que colocou sob investigação da Polícia Federal toda a cúpula da Câmara na gestão do ex-presidente Arthur Lira (PP-AL). Os líderes daquela época, e o próprio Lira, estão sob escrutínio por tentarem manter sob sigilo os reais autores de cada emenda ao Orçamento, prática que o STF proibiu que continuasse.

    Como mostrou a Folha de S.Paulo, Lafayette foi nomeado relator por Motta na segunda-feira (19). O apelo de parte dos deputados pela votação das prerrogativas, do fim do foro e da anistia foi impulsionado pelo motim de bolsonaristas na retomada do Congresso após o recesso.

    O texto construído pelo deputado mineiro, contudo, não vai tratar de mudanças de foro, tema que está distante de um consenso. Após o motim, Motta desautorizou um acordo do PL com o centrão para votar o fim do foro e a anistia, sinalizando que essas pautas não têm maioria no colégio de líderes.

    As mudanças no foro especial, que tirariam do STF processos contra parlamentares, são defendidas por bolsonaristas como forma de travar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sob acusação de golpismo e, por isso, a esquerda se opõe.

    Mesmo no centrão, porém, há divergências. Deputados que são julgados pela Segunda Turma do STF não têm interesse em trocar de foro, enquanto os da Primeira Turma buscam se livrar do Supremo.

    As prerrogativas parlamentares, por sua vez, têm o apoio de Motta. Ele afirmou à GloboNews que o STF “acaba decidindo sobre quase tudo no país”.

    “Hoje tem, sim, um ambiente de discussão acerca dessas prerrogativas pelos exageros que a Câmara, os parlamentares, entendem que têm, infelizmente, acontecido. […] Internamente, há muito incômodo com decisões que foram tomadas recentemente”, disse.

    “Não que essa impunidade seja sem limites, mas não é razoável que se torne corriqueiro parlamentares serem processados, investigados por crime de opinião. Isso não é bom, acaba gerando esse sentimento de solidariedade recíproca”, completou.

    Câmara desiste de mudança no foro e busca Senado para acelerar PEC da blindagem

  • Bolsonaro pediu ajuda a advogado de Trump para postar sobre tarifaço 

    Bolsonaro pediu ajuda a advogado de Trump para postar sobre tarifaço 

    A informação consta no relatório no qual a Polícia Federal destaca conversa de Jair Bolsonaro com o filho Eduardo e o pastor Silas Malafaia

    O ex-presidente Jair Bolsonaro pediu orientações ao advogado norte-americano Martin Luca, ligado ao presidente Donald Trump, para se pronunciar sobre o tarifaço aplicado contra as exportações brasileiras. Luca representa as redes sociais Rumble e Trump Media nos Estados Unidos.

    A conversa consta no relatório no qual a Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no caso das sanções dos Estados Unidos. Durante as investigações, o celular do ex-presidente foi apreendido pelos agentes.

    Durante uma conversa captada pela investigação, Bolsonaro pediu ajuda para produzir uma nota e divulgá-la nas redes sociais. 

    “Martin, peço que você me oriente também, me desculpa aqui tá, minha modéstia, como proceder. Eu fiz uma nota, acho que eu te mandei. Tá certo? Com quatro pequenos parágrafos, boa, elogiando o Trump, falando que a questão de liberdade tá muito acima da questão econômica. A perseguição a meu nome também, coisa que me sinto muito pô, fiquei muito feliz com o Trump, muita gratidão a ele. Me orienta uma nota pequena da tua parte, que eu possa fazer aqui, botar nas minhas mídias, pra chegar a vocês de volta aí. Obrigado aí. Valeu, Martin”, disse Bolsonaro, em mensagem de áudio.

    Em seguida, Martin disse que Bolsonaro deveria “melhorar a comunicação em relação ao tarifaço”.

    Ao analisar a conversa, a PF concluiu que Bolsonaro atua de “forma subordinada a interesses de agentes estrangeiros”.

    “O áudio atribuído a Jair Bolsonaro demonstra que o ex-presidente atua de forma subordinada a interesses de agentes estrangeiros, em alinhamento previamente condicionado ao atendimento de pretensões dissociadas ao interesse nacional, direcionadas a vulnerar a independência dos poderes constituídos, especialmente o poder Judiciário, por meio de atos de coação ao seu órgão de cúpula, e a soberania nacional”, diz o relatório.

    Defesa

    Mais cedo, a defesa de Bolsonaro disse que foi surpreendida com o indiciamento e garantiu que vai prestar os esclarecimentos solicitados ontem pelo ministro Alexandre de Moraes.

    Pelas redes sociais, Martin Luca criticou Moraes e disse que atua na orientação jurídica e de comunicação.

    “Por essa lógica, [da PF] qualquer político que consulte um advogado está conspirando para derrubar a democracia”, declarou.

    Bolsonaro pediu ajuda a advogado de Trump para postar sobre tarifaço 

  • Coaf aponta que Bolsonaro movimentou R$ 30,5 milhões em um ano

    Coaf aponta que Bolsonaro movimentou R$ 30,5 milhões em um ano

    Coaf identificou movimentações suspeitas nas contas de Jair Bolsonaro; relatório da PF investiga suspeitas de lavagem de dinheiro e repasses a familiares do ex-presidente

    Nesta quinta-feira (21), a Polícia Federal enviou um novo relatório ao Supremo Tribunal Fedral (STF), no qual aponta que identificou movimentações financeiras de R$ 30,5 milhões nas contas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) entre março de 2023 e fevereiro de 2024, segundo dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

    No período citado no documento, foram registrados R$ 30,5 milhões em créditos e R$ 30,5 milhões em débitos. Bolsonaro transferiu R$ 2,1 milhões para seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), mais outros valores de menores quantias. Enviou para Michelle Bolsonaro R$ 2,9 milhões entre setembro de 2023 e agosto de 2024; desse total, há R$ 1,9 milhão da empresa MPB Business, da qual é sócia. No mesmo período, a ex-primeira dama gastou R$ 3,3 milhões. Carlos e Jair Renan também aparecem nos relatórios. Os investigadores da PF informaram que, do total movimentado, 60% foi obtido por meio de PIX.

    As transações foram consideradas atípicas pelo Coaf, que repassou as informações à PF, que investiga a atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA contra a soberania nacional.

    O Coaf também apontou que parte deste dinheiro foi recebido de apoiadores através de PIX, também de pagamentos do Partido Liberal, do qual Bolsonaro faz parte.

    Coaf aponta que Bolsonaro movimentou R$ 30,5 milhões em um ano

  • Gleisi diz que mensagens de Bolsonaro, Eduardo e Malafaia provam conspiração golpista

    Gleisi diz que mensagens de Bolsonaro, Eduardo e Malafaia provam conspiração golpista

    “São conversas indecentes entre pessoas que comemoram as sanções contra nossa economia, tramam contra a Justiça e não se incomodam com as consequências para o país e a população”, disse Gleisi

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) disse que as mensagens trocadas entre Jair Bolsonaro, o filho Eduardo Bolsonaro e o pastor Silas Malafaia, reveladas na quarta-feira (20) são provas definitivas de uma conspiração feita por eles contra o Brasil.

    O teor das conversas foi divulgado em relatório da Polícia Federal, que indiciou pai e filho por obstrução de justiça e fez buscas e apreensões na casa de Malafaia.

    “As mensagens trocadas entre Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Silas Malafaia sobre a chantagem de Donald Trump são a prova definitiva da conspiração dos golpistas contra o Brasil”, escreveu Gleisi no X (antigo Twitter).

    Trechos das conversas expuseram ofensas de Malafaia contra Eduardo, que por sua vez enviou xingamentos ao pai, após Bolsonaro chamá-lo de imaturo em uma entrevista.

    “São conversas indecentes entre pessoas que comemoram as sanções contra nossa economia, tramam contra a Justiça e não se incomodam com as consequências para o país e a população. Quanto mais se aprofundam as investigações, mais é revelado sobre os métodos sujos da extrema-direita, sua sede de poder e seu desprezo pela democracia e pela soberania nacional.”

    Gleisi diz que mensagens de Bolsonaro, Eduardo e Malafaia provam conspiração golpista

  • Malafaia admite hipótese de prisão e ataca Moraes

    Malafaia admite hipótese de prisão e ataca Moraes

    Malafaia chamou de “aberração” a apreensão de seu passaporte e a divulgação de conversas privadas, como uma que em rotula Eduardo Bolsonaro de “idiota”

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O pastor Silas Malafaia admitiu a hipótese de ser preso após ser alvo de operação da Polícia Federal que terminou com seu celular e seu passaporte apreendidos. “Todo desfecho é possível em relação a esse ditador”, afirmou à reportagem após trocar seu número de telefone.

    Pelo novo aparelho, Malafaia reiterou sua disposição de enfrentar Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator do inquérito que o investiga junto com o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro, ambos do PL.

    “Tudo é possível [sobre possibilidade de prisão], mas eu não tenho medo disso. Ele está no último suspiro, sabe?”

    Ele afirma que Moraes é o “maior responsável” pelas sanções que o Brasil vem recebendo dos EUA, como o tarifaço sobre produtos nacionais.

    O líder evangélico diz que Moraes está “no último suspiro” e que “vai chegar a hora de ele cair”, evocando uma “justiça divina” para tanto.

    Malafaia chamou de “aberração” a apreensão de seu passaporte e a divulgação de conversas privadas, como uma que em rotula Eduardo Bolsonaro de “idiota”, em troca de mensagens com o pai dele, Jair.

    O pastor diz não ver por que ter seu passaporte retido. “Eu estava lá em Portugal, se eu quisesse fugir eu não voltava. A notícia saiu quinta-feira na Globonews [sua inclusão como investigado], e eu já estava lá. Alguns amigos meus disseram: ‘não volta, não’.”

    As autoridades também confiscaram cadernos com anotações de Malafaia. Ele as definiu como “material teológico” e roteiro para os vídeos que divulga na internet. Gravou um nesta quarta (20), após seu encontro com os policiais.

    A Polícia Federal afirma ter identificado que Malafaia, “conhecido líder religioso”, atuou em articulação com outros investigados “na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas”.

    Para os investigadores, o objetivo do pastor seria “coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso”.

    Malafaia admite hipótese de prisão e ataca Moraes

  • Figueiredo diz que EUA revogaram vistos de Lewandowski e Pacheco; ministro e senador não confirmam

    Figueiredo diz que EUA revogaram vistos de Lewandowski e Pacheco; ministro e senador não confirmam

    Lewandowski e Pacheco, porém, não receberam por enquanto comunicado oficial dos americanos sobre o impedimento de entrar no país. O governo dos EUA também não confirmou a medida

    (CBS NEWS) – O empresário Paulo Figueiredo afirmou nesta quarta-feira (20) que os Estados Unidos revogaram os vistos do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça) e do senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que foi presidente da Casa de 2021 até fevereiro deste ano.

    Lewandowski e Pacheco, porém, não receberam por enquanto comunicado oficial dos americanos sobre o impedimento de entrar no país. O governo dos EUA também não confirmou a medida.

    Figueiredo, por sua vez, afirma ter recebido informações de autoridades do governo Donald Trump de que o cancelamento dos vistos foi efetivado, da mesma forma como ocorreu com ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) antes.

    “Enquanto a Polícia Federal vem com indiciamentos inúteis, confirmo que o senador Rodrigo Pacheco, e o ministro Ricardo Lewandowski – e seus familiares – tiveram seus vistos americanos revogados pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos da América”, afirmou Figueiredo em post no X.

    Além de ter cancelado o visto do ministro Alexandre de Moraes, o governo Donald Trump também revogou a autorização de Mozart Júlio Tabosa Sales e Alberto Kleiman, que trabalharam na implementação do programa Mais Médicos.

    A mulher e a filha do ministro Alexandre Padilha (Saúde) tiveram o visto aos Estados Unidos cancelado, segundo informou o próprio consulado do país em São Paulo à família, por conta da relação com o programa. O Mais Médicos foi criado na gestão de Padilha na Saúde em 2013 e contratou médicos cubanos até 2018 –medida alvo de crítica dos EUA.

    A medida foi tomada dois dias depois de o Departamento de Estado do governo Donald Trump cancelar o visto de funcionários que implementaram o programa Mais Médicos.

    Como a Folha mostrou, Padilha havia sido incluído na lista. O ministro, porém, está com o visto vencido, por isso a medida não o atingiu. Lewandowski seria o primeiro ministro do governo e Pacheco, integrante do Legislativo, a terem os vistos revogados.

    Figueiredo diz que EUA revogaram vistos de Lewandowski e Pacheco; ministro e senador não confirmam