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  • Já está em vigor lei que determina pensão para órfãos por feminicídio

    Já está em vigor lei que determina pensão para órfãos por feminicídio

    Entrou em vigor a lei que garante pensão especial de um salário mínimo a filhos e dependentes menores de 18 anos de vítimas de feminicídio. O benefício exige inscrição no CadÚnico e renda familiar per capita inferior a 25% do mínimo. O INSS fará a concessão.

    A lei que determina que filhos e dependentes menores de 18 anos de vítimas de feminicídio devem começar a receber pensão especial entrou em vigor a partir desta segunda-feira. O decreto que regulamenta a pensão no valor de um salário mínimo foi publicado no fim de setembro e tinha prazo de sessenta dias para começar a valer. 

    A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, destacou a importância da medida, que será uma reparação mínima do Estado brasileiro.

    O  principal requisito para a concessão do benefício é ter renda familiar mensal por pessoa  igual ou inferior a 25% do salário mínimo. No caso de vítimas com mais de um filho ou dependente, a pensão será dividida em partes iguais entre os que têm direito.

    Os beneficiários também devem ter inscrição no CadÚnico, atualizado a cada 24 meses.

    De acordo com o decreto, filhos e dependentes de mulher transgênero vítima de feminicídio e órfãos pelo feminicídio que estejam sob tutela do Estado também têm direito à pensão especial.

    A pensão não pode ser acumulada com outros benefícios previdenciários ou do sistema de proteção social dos militares.

    O pagamento será encerrado quando o filho ou o dependente completar 18 anos. 

    O pedido deve ser feito pelo representante legal dos filhos e dependentes da vítima do crime. A lei proíbe que  as crianças e adolescentes sejam representadas pelo autor, coautor ou participante do crime de feminicídio, tanto para solicitar o benefício quanto para administrar o valor mensal.

    O INSS é o responsável por receber os pedidos e decidir sobre a concessão.

    Já está em vigor lei que determina pensão para órfãos por feminicídio

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  • Galípolo: impactos das tarifas não ocorreram como imaginado; há discussão se é defasagem –

    Galípolo: impactos das tarifas não ocorreram como imaginado; há discussão se é defasagem –

    Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, afirmou que os impactos das tarifas dos EUA na economia global não se confirmaram como previsto. Segundo ele, o efeito é mais de ajuste de preços do que inflacionário. Destacou ainda que a inteligência artificial pode reduzir pressões inflacionárias ao aumentar a produtividade.

    O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, voltou a afirmar nesta segunda-feira, 1º de dezembro, que os impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre a economia global não ocorreram como era esperado. Ele ponderou que ainda há debate sobre uma possível defasagem, mas ressaltou que, até agora, o cenário previsto não se confirmou.

    Acrescentou que, especificamente sobre o impacto na inflação, a visão predominante no mercado é de que o tarifaço deve representar mais uma mudança no nível de preços do que um processo inflacionário. “Por isso você não vê uma desancoragem na inflação nos outros períodos”, afirmou.

    Galípolo também observou que, daqui para a frente, a expectativa é de menor pressão inflacionária devido ao efeito da inteligência artificial (IA) sobre o ganho de produtividade, o que tende a permitir um “mercado de trabalho mais solto”. “Essa combinação de ganho de produtividade com o mercado de trabalho mais solto teria um cenário menos inflacionário”, disse.

    Ele destacou que essa é a visão da maior parte dos investidores estrangeiros, mas enfatizou que há mais cautela entre banqueiros centrais. “Sempre existe uma ressalva maior por parte dos banqueiros centrais e, por parte do mercado, acho um otimismo maior em relação ao da IA.”

    As declarações foram feitas durante palestra no XP Fórum Político & Macro 2025, realizado em São Paulo.

    Galípolo: impactos das tarifas não ocorreram como imaginado; há discussão se é defasagem –

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  • Mercado reduz previsão da inflação para 4,43% este ano

    Mercado reduz previsão da inflação para 4,43% este ano

    A previsão do mercado para a inflação oficial (IPCA) caiu de 4,45% para 4,43% em 2025, segundo o boletim Focus. Outubro registrou 0,09%, menor taxa para o mês desde 1998. A Selic segue em 15% ao ano, podendo cair gradualmente até 2028.

    A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – passou de 4,45% para 4,43% este ano. A estimativa foi publicada no boletim Focus desta segunda-feira (1º), divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

    Para 2026, a projeção da inflação variou de 4,18% para 4,17%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 3,8% e 3,5%, respectivamente.

     

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    Pela terceira semana seguida, a previsão foi reduzida, após a divulgação do resultado da

    inflação de outubro, a menor para o mês em quase 30 anos. Com isso, a estimativa alcançou o intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC.

     

    Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.

    A redução na conta de luz puxou a inflação oficial para baixo e fez o IPCA fechar outubro em 0,09%, o menor para o mês desde 1998, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE). Em setembro, o índice havia marcado 0,48%. Em outubro de 2024, a variação havia sido de 0,56%.

    Com esse resultado, a inflação acumulada em 12 meses é 4,68%, a primeira vez, em oito meses, que o patamar fica abaixo da casa de 5%. No entanto, ainda acima do teto da meta do CMN.

    Juros básicos

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e a desaceleração da economia levaram à manutenção da Selic pela terceira vez seguida, na última reunião, no mês passado.

    No entanto, o colegiado não descarta a possibilidade de voltar a elevar os juros “caso julgue apropriado”.

    Em nota, o BC informou que o ambiente externo se mantém incerto por causa da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, com reflexos nas condições financeiras globais. Já no Brasil, a autarquia destacou que a inflação continua acima da meta, apesar da desaceleração da atividade econômica, o que indica que os juros continuarão altos por bastante tempo.

    A estimativa dos analistas de mercado é que a taxa básica encerre 2025 nesses 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 9,5% ao ano, respectivamente.

    Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida; isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Os bancos ainda consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

    Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

     

    Mercado reduz previsão da inflação para 4,43% este ano

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  • Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em cinco Estados, afirma ANP

    Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em cinco Estados, afirma ANP

    O etanol mostrou-se mais competitivo que a gasolina em cinco Estados entre 16 e 22 de novembro, segundo a ANP. Apesar da média nacional desfavorável (70,18%), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Pernambuco e São Paulo registraram paridade abaixo de 70%, tornando o biocombustível vantajoso

    O etanol mostrou-se mais competitivo em relação à gasolina em cinco Estados na semana entre 16 e 22 de novembro. Na média dos postos pesquisados no País, o etanol tinha paridade de 70,18% ante a gasolina no período, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) compilado pelo AE-Taxas.

    Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.

    O etanol é mais competitivo em relação à gasolina nos seguintes Estados: Mato Grosso (69,89%); Mato Grosso do Sul (66,78%); Paraná (68,68%), Pernambuco (69,38%) e São Paulo (68,60%).

    Etanol é mais competitivo em relação à gasolina em cinco Estados, afirma ANP

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  • Veja calendário do Bolsa Família de dezembro; pagamentos começam no dia 10

    Veja calendário do Bolsa Família de dezembro; pagamentos começam no dia 10

    Os pagamentos de dezembro foram antecipados pela Caixa, como já aconteceu em outros anos. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que não haverá atendimento bancário nos feriados de 25 de dezembro e 1° de janeiro. No dia 24, os bancos terão horário reduzido, das 9h às 11h

    (FOLHAPRESS) – Os benefícios do calendário do Bolsa Família de dezembro começam a ser pagos pela Caixa Econômica Federal no dia 10. Os depósitos seguem até o dia 23, conforme o final do NIS (Número de Identificação Social).

    Os pagamentos de dezembro foram antecipados pela Caixa, como já aconteceu em outros anos. A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirma que não haverá atendimento bancário nos feriados de 25 de dezembro e 1° de janeiro. No dia 24, os bancos terão horário reduzido, das 9h às 11h.
    Têm direito ao benefício as famílias inscritas no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais) com renda mensal por pessoa de até R$ 218.

    As famílias residentes em cidades em situação de emergência ou estado de calamidade pública recebem os valores no primeiro dia do calendário, independentemente do dígito final do NIS.

    Em novembro, de acordo com o MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome), o programa beneficiou cerca de 48,59 milhões de pessoas, com um valor médio de R$ 683,28 por família.

    A partir deste mês, o MDS está descontinuando o pagamento do Auxílio Gás, que era pago a cada dois meses. Desde o dia 24 de novembro, o governo federal iniciou a distribuição do vale recarga do Programa Gás do Povo para cerca de 1 milhão de famílias em dez capitais brasileiras, marcando a transição ao novo modelo que garante gratuidade na recarga do botijão de 13 kg.

    Famílias inscritas no CadÚnico com renda mensal igual ou inferior a meio salário mínimo (atualmente R$ 759) têm direito ao Programa Gás do Povo. A prioridade da recarga é para quem recebe o Bolsa Família.

    As famílias de duas ou três pessoas têm direito a quatro botijões por ano, com vales válidos por três meses cada. Já famílias de quatro ou mais pessoas podem retirar seis botijões anuais e os vouchers são válidos por dois meses após a distribuição.

    O benefício não é cumulativo. Ou seja, se um vale não for usado dentro do prazo, ele não será transferido para o próximo ciclo.
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    O QUE É O BOLSA FAMÍLIA?
    O Bolsa Família, iniciativa que nasceu no Programa Fome Zero em 2003, é um programa de transferência de renda destinado a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Ele é pago pela Caixa Econômica Federal, mas a sua gestão é feita pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

    QUEM PODE RECEBER O BOLSA FAMÍLIA?
    Famílias que estão inscritas no CadÚnico e que tenham renda familiar per capita (por pessoa) igual ou inferior a R$ 218 por mês são elegíveis ao programa.
    Para calcular o valor, é necessário somar os rendimentos de todas as pessoas que moram na mesma casa, sejam elas pais, cônjuges, companheiros, filhos, enteados ou irmãos e dividir pelo número de pessoas.

    Não devem ser incluídos no cálculo indenizações por danos materiais ou morais, benefícios pagos pelo poder público de forma temporária e quantias recebidas em programas de transferência de renda (como o próprio Bolsa Família).

    QUAIS SÃO AS REGRAS PARA RECEBER O BOLSA FAMÍLIA?
    Além do valor determinado para renda, é necessário que os beneficiários atendam algumas condições nas áreas de saúde e educação, como:

    – Realizar acompanhamento pré-natal, no caso de gestantes;
    – Acompanhar o calendário nacional de vacinação;
    – Acompanhar o estado nutricional de crianças menores de sete anos;
    – Manter frequência escolar mínima de 60% para crianças de quatro e cinco anos, e de 75% para a faixa etária de seis a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;
    – Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-la no posto de saúde, a família precisa informar que é beneficiária do Bolsa Família.

    QUEM PAGA O BOLSA FAMÍLIA?
    O pagamento é feito pela Caixa, que utiliza o aplicativo Caixa Tem. Com ele, é possível movimentar o dinheiro sem que seja necessário ir até uma agência.

    Aqueles que desejam sacar o benefício devem ir até caixas eletrônicos, lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e agências do banco. O beneficiário também tem acesso ao valor por meio do cartão do Bolsa Família ou Cartão do Cidadão.

    QUAL É O VALOR PAGO PELO BOLSA FAMÍLIA?
    O Bolsa Família paga um auxílio mínimo de R$ 600 por mês, composto também por valores adicionais conforme a composição familiar. Em casas com gestantes, lactantes e/ou crianças e adolescentes de até 18 anos que estiverem na escola, por exemplo, cada integrante desses grupos recebe um adicional de R$ 50.

    Veja quais outros benefícios é possível receber:

    Benefício de Renda de Cidadania: São pagos R$ 142 por integrante da família

    Benefício Complementar: Se a família não atingir o piso de R$ 600, o governo paga a diferença para que seja alcançado o valor mínimo
    O governo também inclui os seguintes adicionais:

    Benefício da Primeira Infância: São pagos R$ 150 para cada criança entre zero e seis anos de idade;

    Benefício Variável Familiar: É pago o valor de R$ 50 para cada criança entre sete e 12 anos, cada adolescente entre 12 e 18 anos, e para gestantes;

    Benefício Variável Familiar Nutriz: R$ 50 nas famílias com bebês de zero a seis meses; o benefício é pago para ampliar a capacidade de alimentação da mãe que amamenta.

    Veja calendário do Bolsa Família de dezembro; pagamentos começam no dia 10

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  • Entenda a previdência privada em 11 pontos

    Entenda a previdência privada em 11 pontos

    Benefícios fiscais e facilidade no planejamento sucessório estão entre as principais vantagens apontadas; investidor deve observar alta do IOF, estabilidade da instituição financeira e perfil de risco da previdência

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A previdência privada é uma opção de investimento popular entre quem busca complementar a aposentadoria e ter uma fonte de renda extra após parar de trabalhar. Há quem utilize esse tipo de investimento para fins sucessórios, para deixar a herdeiros, ou para juntar dinheiro para a educação dos filhos.

    Para analistas, a modalidade é uma alternativa interessante para acumular recursos no longo prazo por oferecer benefícios fiscais. No entanto, definir uma instituição financeira segura para fazer os aportes e um plano de previdência adequado ao perfil de risco são cuidados que o investidor deve tomar.

    Investir em previdência privada também pode reduzir o Imposto de Renda de quem faz a declaração no modelo completo e opte por um plano do tipo PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre).

    A modalidade pode ser uma ferramenta vantajosa de planejamento sucessório, já que permite a transmissão de recursos aos beneficiários sem necessidade de inventário.

    BENEFÍCIOS FISCAIS SÃO VANTAGENS

    Para especialistas, os benefícios fiscais são a principal vantagem para quem tem a possibilidade de manter o investimento no longo prazo, pois permitem pagar 10% de alíquota no Imposto de Renda, caso opte pela tabela regressiva e mantenha a aplicação por ao menos dez anos. Investimentos como CDBs e títulos do Tesouro Direto, por exemplo, têm tributação mínima de 15%.

    Segundo Stefano Tremea, planejador financeiro CFP pela Planejar (Associação Brasileira de Planejamento Financeiro), a previdência é uma opção válida para quem faz planejamento sucessório. O ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação), tributo estadual sobre herança, não é cobrado sobre fundos de previdência do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) e PGBL -algo referendado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    A portabilidade, possibilidade de transferir o plano entre instituições financeiras, também é um benefício. Myrian Lund, professora de finanças pessoais da FGV (Fundação Getulio Vargas), destaca que o investidor pode reaplicar o valor em outro produto, da mesma instituição ou de outra, sem precisar resgatar e pagar Imposto de Renda.

    PREVIDÊNCIA PRIVADA FECHADA OU ABERTA?

    A previdência fechada, também conhecida como fundos de pensão, beneficia funcionários de uma determinada empresa, servidores públicos de estatais ou representantes de classes profissionais -como professores federais. Previ (do Banco do Brasil), Funcef (da Caixa Econômica Federal) e Petros (da Petrobras) são exemplos.

    Segundo a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), os fundos de pensão totalizavam R$ 1,4 trilhão em reservas previdenciárias em setembro de 2025, o equivalente a 11% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. A arrecadação anual do setor foi de R$ 67 bilhões até o mesmo mês.
    A aberta é vendida por instituições financeiras -bancos e seguradoras- e pode ser contratada por qualquer pessoa. Brasilprev, Bradesco Vida e Previdência e Itaú Vida e Previdência são exemplos.

    Segundo a Susep (Superintendência de Seguros Privados), os planos abertos, em formato VGBL, somavam R$ 1,4 trilhão em agosto de 2025. Durante o ano, as contribuições recebidas foram de R$ 7,7 bilhões (PGBL) e R$ 89,3 bilhões (VGBL).

    QUAIS AS DIFERENÇAS ENTRE PGBL E VGBL?

    Nas instituições financeiras, isso é, entre as previdências abertas, o investidor precisará escolher entre o PGBL e o VGBL .

    O PGBL é opção para complementar a renda nas aposentadorias e costuma ser adotado por quem opta pelo modelo completo da declaração de Imposto de Renda. Pelo regime, é possível deduzir até 12% da renda tributável anual com previdência privada, o que pode aumentar a restituição ou reduzir o imposto devido no ano.

    No VGBL, não há essa dedução. O formato é considerado um seguro pessoal. A modalidade é mais indicada para quem declara pelo modelo simplificado.
    O Imposto de Renda incide sobre o valor total do PGBL (inclusive rendimentos). Já no VGBL, o IR incide só sobre os rendimentos.

    TABELA REGRESSIVA OU PROGRESSIVA?

    Uma lei de 2024 mudou a regra sobre a escolha do regime de tributação de previdência privada. Antes, o investidor precisava optar pela tabela progressiva ou regressiva ao contratar o plano. Agora, ele pode usar a tabela mais vantajosa para seu caso quando for resgatar o dinheiro, e isso vale para o VGBL e o PGBL.

    Na tabela progressiva, a instituição financeira retém 15% do IR na fonte, a título de antecipação, quando é feito o resgate. A alíquota final é calculada na declaração do Imposto de Renda e pode chegar a 27,5%.

    Já na tabela regressiva, a alíquota diminui conforme o tempo de investimento: começa em 35% para aplicações de até dois anos e chega a 10% para prazos acima de dez anos.

    RESGATE OU RENDA?

    A previdência privada tem duas fases: a de acumulação e a de usufruto. Na de acumulação, o participante faz aportes, que podem ser esporádicos ou periódicos -sem frequência mínima obrigatória. O patrimônio é aplicado de acordo com o plano escolhido.

    Não há exigência de encerramento dessa etapa: o investidor pode permanecer nela pelo tempo que desejar.

    Quando decidir usufruir do valor acumulado, pode escolher diferentes formas de recebimento. É possível realizar resgates esporádicos, geralmente a cada 60 dias ou conforme as regras da seguradora, ou sacar todo o montante de uma só vez.

    Outra alternativa é converter o saldo acumulado em renda, de acordo com os formatos oferecidos pela instituição. A renda vitalícia garante pagamentos mensais até o falecimento do titular; a renda vitalícia com reversão ao beneficiário prevê a continuidade do pagamento ao cônjuge ou dependente após a morte do investidor; e a renda temporária estabelece pagamentos mensais por um período determinado.

    COMO FUNCIONA A TAXA DE ADMINISTRAÇÃO DA PREVIDÊNCIA PRIVADA?

    É cobrada sobre todos os fundos e remunera as seguradoras que operam as previdências complementares. No caso da previdência privada, incide sobre o capital total, incluindo os rendimentos.

    Segundo Stefano Tremea, da Planejar, o ideal é evitar planos com taxas acima de 2% para produtos de renda fixa, pois isso reduz a rentabilidade. “É preciso procurar planos com taxas entre 0,3% e 0,5% ao ano.”

    Para Antônio Sanches, analista de research da Rico, é necessário comparar a previdência escolhida com outros fundos semelhantes. “Para avaliar se a taxa é vantajosa, é preciso verificar se a rentabilidade entregue está alinhada com o mercado”, afirma.

    TRIBUTAÇÃO ELEVADA NO CURTO PRAZO E DESPROTEÇÃO DO FGC SÃO DESVANTAGENS

    Quem opta pela tabela regressiva e faz resgates em menos de dois anos pode pagar 35% de Imposto de Renda. O percentual é elevado para incentivar os investidores a manterem os aportes por mais tempo.

    Há o risco de investir em uma seguradora pouco sólida. A previdência privada não é coberta pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos). Se a instituição responsável pelo plano falir, o investimento pode ser perdido.

    Depósitos à vista, como CDBs, são cobertos pelo FGC. Caso o banco ou a seguradora venha à falência, investimentos de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ são ressarcidos pelo fundo garantidor.

    ALTA DO IOF IMPACTA A PREVIDÊNCIA PRIVADA?

    O decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) causou turbulência no setor. Com a nova regra, validada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, quem investir mais de R$ 600 mil (ou R$ 50 mil por mês) em VGBL pagará 5% de IOF sobre o valor excedente em 2026. O limite será por CPF.
    Até lá, aportes feitos entre 11 de junho e 31 dezembro de 2025 serão tributados se ultrapassarem R$ 300 mil por seguradora.

    Para Myrian Lund, o maior impacto é sobre investidores que fariam grandes aportes. “Se o investidor quer aplicar R$ 3 milhões na previdência para fins sucessórios, ele levará alguns anos para fazer isso e evitar a alta da tributação”, diz.

    “A medida afeta pessoas de classe média, com 60 ou 65 anos, que venderam um imóvel e poderiam aplicar o valor na previdência, mas precisarão dividir o investimento em aplicações de curto prazo, diz Estevão Scripilliti, membro da Comissão de Produtos de Risco da Fenaprevi.

    A PREVIDÊNCIA PRIVADA SUBSTITUI A APOSENTADORIA? QUAIS SÃO AS DIFERENÇAS?

    Na visão de analistas, não. A previdência privada deve ser encarada como um complemento à aposentadoria, e não como a única fonte de renda futura.

    O valor das aposentadorias do INSS varia entre o salário mínimo (R$ 1.518) e o teto (R$ 8.157,41 em 2025). A reforma da Previdência, de 2019, reduziu o valor de novas aposentadorias, pois o cálculo da média salarial parou de descartar as menores contribuições do trabalhador.

    Dentre as opções de investimento pensando na aposentadoria estão Tesouro Renda+ e a previdência privada.

    Quem contribui para a Previdência Social também tem acesso a benefícios como auxílio-doença, salário-maternidade e auxílio-acidente.

    A previdência privada permite o resgate antes do prazo definido no momento da contratação, desde que respeitadas as regras do contrato. A aposentadoria do INSS só é possível após atingir um tempo mínimo de contribuição e de idade.

    QUAIS SÃO OS ERROS MAIS COMUNS AO ESCOLHER UMA PREVIDÊNCIA PRIVADA?

    Segundo Stefano Tremea, da Planejar, é importante verificar a solidez da seguradora, avaliar as taxas de administração e assegurar que a estratégia do fundo seja compatível com o perfil do investidor.

    “Se tenho perfil conservador, não faz sentido eu contratar um plano de previdência privada que invista em ações. Tenho que ter um plano de previdência condizente com a minha estratégia”, afirma.

    Outro erro comum, de acordo com o diretor da SulAmérica Victor Bernardes, é guardar o dinheiro na previdência sem objetivo definido. “Você vai fazer o que com esse dinheiro? É para custear a saúde, viajar, não dar trabalho para os filhos? Quando você dá nome, fica mais difícil de gastar.”

    Para Bernardes, não se deve confundir o dinheiro de emergência com o da previdência privada, pois na emergência o cliente terá que resgatar um dinheiro que é “caro no curto prazo” e pagará mais imposto. “Ele não vai aproveitar os benefícios da previdência privada como deveria”, afirma.

    Para Myrian Lund, optar por uma única previdência para grandes somas, ignorando que o resgate é permitido apenas a cada 60 dias, também pode ser um problema.

    PREVIDÊNCIA PRIVADA É OPÇÃO VANTAJOSA PARA HERANÇA?

    A previdência privada também pode oferecer agilidade no processo de transferência de patrimônio por não entrar no inventário, procedimento legal de partilha de bens.

    Aplicações como CDBs , títulos do Tesouro e fundos de investimento ficam bloqueadas durante o processo. “Em regra, os valores permanecem bloqueados até a conclusão do inventário e a formalização da partilha, mediante apresentação da documentação necessária à instituição financeira”, diz Luciana Pantarotto, advogada especializada em planejamento sucessório e tributário.

    Para ela, os familiares do falecido se beneficiam de liquidez mais rápida, “com a liberação dos valores em alguns dias após a apresentação da documentação, sem necessidade de aguardar a conclusão do inventário”.

    Entenda a previdência privada em 11 pontos

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  • Cyber Monday, a 'xepa da Black Friday', deve oferecer smartphone com desconto

    Cyber Monday, a 'xepa da Black Friday', deve oferecer smartphone com desconto

    Modelos antigos têm maiores descontos; cortes chegam a R$ 2.000, mostra Buscapé; Apple introduziu novo iPhone em setembro e Samsung deve anunciar nova linha em janeiro

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os smartphones foram o segundo item mais desejado deste fim de semana de promoções e devem continuar com alta procura, mostram dados da plataforma de monitoramento Confi Neotrut. As ofertas de eletrônicos seguem até segunda-feira (1º), quando se oferece a Cyber Monday, a “xepa da Black Friday”.

    Essa data historicamente reúne uma quantidade maior de promoções de produtos de tecnologia, como eletrônicos e itens de informática, segundo a plataforma Promobit. As promoções são estratégicas no fim do ano, que é quando ocorre a renovação dos estoques.

    O consumidor que está disposto a comprar aparelhos de gerações passadas tende a encontrar descontos maiores.

    O iPhone 16 Pro Max, da geração anterior, está até R$ 2.000 mais barato em comparação ao preço médio dos últimos seis meses, mostra o site de histórico de preços Buscapé. O aparelho deixou de ser vendido pela Apple quando se lançou a linha do iPhone 17, em setembro.

    O site Buscapé também mostra descontos na casa de R$ 1.000 para os aparelhos da geração Galaxy S25. A Samsung deve renovar sua linha de aparelhos de alta performance no próximo mês de janeiro.

    Aparelhos mais antigos têm ainda mais desconto. O dobrável Moto Razr 40, de 2023, está à venda por preços a partir de R$ 1.400, o menor valor já registrado. Na hora de comprar um aparelho mais antigo, é preciso ter uma atenção maior à falta de chips dedicados a tarefas de IA e a memória do celular, que podem comprometer o desempenho e a duração da bateria.

    Durante as compras, em geral, o consumidor deve avaliar, além do preço, marca, especificações de câmera, bateria, tela, sistema operacional e memória do celular.

    PREÇO

    Modelos mais caros geralmente oferecem as melhores configurações, mas é necessário avaliar se esses recursos extras serão de fato utilizados e se o preço mais alto se justifica em relação à concorrência. O WhatsApp vai funcionar tanto em um celular de R$ 1.000 quanto em um de R$ 10 mil.

    O mercado é dividido em modelos de entrada, intermediários e premium, que oferecem o melhor em termos de acabamento, desempenho e recursos. A faixa de preço de cada nível varia, com o primeiro custando até cerca de R$ 1.000, o segundo, até R$ 3.000, e o terceiro, acima disso.

    TELA

    Como a tela dos smartphones hoje chega a ocupar mais de 90% da frente do dispositivo, sua qualidade é crucial na hora de escolher um novo aparelho. Aqui, três características principais devem ser consideradas: a resolução, o tipo de tecnologia e a taxa de atualização.

    A resolução refere-se à quantidade de pixels na tela -quanto maior, mais nítida será a imagem exibida em uma tela do mesmo tamanho. Em ordem crescente, há resoluções como HD (720p), Full HD (1080p), Quad HD (1440p) e 4K.

    A tecnologia da tela está relacionada à qualidade da imagem. Telas LCD, mais acessíveis, oferecem cores menos vibrantes e menor brilho, enquanto telas OLED, como as encontradas no iPhone 17 e na maioria dos modelos da Samsung, proporcionam cores mais vivas e contrastes mais profundos, embora a um custo mais elevado.

    A taxa de atualização representa o número de vezes que o display é atualizado por segundo. Isso significa que frequências mais altas resultam em uma exibição mais suave. Embora a taxa de 60 Hz seja suficiente para a maior parte dos casos, os 120 Hz oferecidos em celulares mais caros proporcionam uma experiência de visualização melhor.

    Além dessas características principais, vale a pena conferir se o aparelho tem proteção contra riscos, como a do tipo Gorilla Glass, e compatibilidade com HDR.

    DESEMPENHO

    O desempenho de um smartphone, que envolve a velocidade com que ele abre aplicativos, a quantidade de tarefas que podem ser executadas simultaneamente e a qualidade gráfica de jogos, depende da capacidade de processamento do aparelho.

    O processador, como os modelos Snapdragon da Qualcomm ou os chips projetados pela Apple, determina a velocidade de execução dos programas. Além da versão (como Snapdragon 8 Gen 3 ou A19), sua capacidade é medida pela frequência de operação, expressa em GHz. Processadores mais potentes permitem que o dispositivo execute tarefas complexas com maior rapidez.

    A quantidade de memória RAM (4 GB, 6 GB, 8 GB etc.) ajuda a manter múltiplas tarefas funcionando sem engasgos. Geralmente, 6 GB são mais que suficientes para os usuários que alternam entre redes sociais, navegação na internet e jogos leves.

    Se o uso tem a ver com tarefas mais pesadas, a unidade de processamento gráfico (GPU) também é importante. Modelos recentes como a Adreno 750, integrada no Snapdragon 8 Gen 3, oferecem bom desempenho.

    Para tarefas cotidianas, como usar redes sociais e rodar jogos simples, 4 GB de RAM e um processador de nível médio, como o Helio G85, de 2 GHz, ou o Snapdragon 695, de 2,2 GHz, são suficientes.

    No entanto, para uma experiência geral com menos engasgos, para jogos pesados e uso intenso, processadores de ponta como o Snapdragon 8, junto com 8 GB de RAM ou mais, são mais recomendados.

    Como os aplicativos tendem a ficar mais complexos e pesados com o tempo, um desempenho maior no presente pode também aumentar a vida útil do aparelho.

    O parâmetro Antutu, que dá uma pontuação geral para o desempenho dos celulares, é útil para comparar diferentes dispositivos e visualizar a diferença entre aparelhos de entrada, intermediários e premium.

    CÂMERA

    A qualidade da câmera de um celular pode muitas vezes ser o fator decisivo na hora da compra. De modelos mais simples a outros com conjuntos de várias lentes, vale se atentar a alguns fatores.

    A resolução da câmera, medida em megapixels (MP), é um dos principais chamarizes de alguns celulares, mas não é o fator determinante da qualidade das fotos.

    Altas resoluções capturam mais detalhes, mas o resultado final também depende das lentes, da qualidade do sensor e do processamento feito pelo software de cada celular. Hoje, recursos com inteligência artificial também podem ajudar.

    Por exemplo, o Samsung Galaxy S25 Ultra tem uma câmera principal de 200 MP, enquanto o rival iPhone 17 Pro Max tem uma câmera principal de 48 MP. Apesar da resolução menor, o aparelho da Apple se destaca pelo processamento de imagem, que garante cores e um balanço de branco mais precisos.

    Isso não significa que o aparelho da marca sul-coreana, tão caro quanto o concorrente, tenha uma câmera ruim -pelo contrário, se destaca em fotos tiradas em ambientes bem iluminados.

    Também importante é a abertura da lente, indicada por números como f/1.8 e f/2.2. Quanto menor o número, maior a abertura, permitindo que mais luz entre, o que é importante para fotografar ambientes escuros, por exemplo.

    Um recurso útil para interessados em fotografia no celular é a plataforma especializada DxOMark, que mantém um ranking atualizado das melhores câmeras partindo de critérios pré-estabelecidos, testes detalhados e exemplos práticos. Nessa lista, por exemplo, o iPhone 17 Pro Max está na 2ª posição, enquanto o Galaxy S25 Ultra, na 21ª. O melhor avaliado é o chinês Huawei Pura 80 Ultra.

    BATERIA

    A autonomia da bateria é fundamental para quem carrega o celular consigo o tempo todo. A sorte é que a maioria dos smartphones modernos, especialmente de marcas populares, vem equipada com módulos que duram pelo menos um dia inteiro de uso moderado.

    A duração varia conforme as atividades realizadas no aparelho. Leitura de reportagens e troca de mensagens consomem menos energia, enquanto assistir a vídeos em alta definição ou jogar games pesados drenam a bateria mais rapidamente.

    Um dos principais indicadores da autonomia é a capacidade, medida em miliampère-hora (mAh). Em geral, uma bateria de 5.000 mAh é um bom ponto de referência para dispositivos novos.

    Alguns fabricantes também fornecem estimativas de quantas horas de vídeo ou uso misto o dispositivo aguenta com uma carga completa, o que pode ajudar na hora de escolher. Por exemplo, o iPhone 17 Pro Max reproduz até 37 horas de vídeo, enquanto o Galaxy S25 Ultra, até 31 horas.

    Também vale olhar se o celular tem suporte a carregamento rápido e carregamento sem fio, recursos que podem quebrar um galho na hora do sufoco.

    ARMAZENAMENTO

    O armazenamento interno é essencial para guardar fotos, vídeos, aplicativos e outros arquivos importantes. As opções de armazenamento variam de 64 GB em dispositivos de entrada até 2 TB em alguns modelos premium.

    A escolha da capacidade deve estar relacionada ao tipo de uso, levando em conta que o sistema operacional e aplicativos pré-instalados também ocupam uma parte do espaço. Como nos outros casos, um armazenamento maior, com pelo menos 128 GB, dá mais vida útil ao aparelho.

    CONECTIVIDADE

    A conectividade de um celular abrange itens como redes móveis (4G, 5G), Wi-Fi, Bluetooth, NFC e GPS.

    Com a expansão do 5G desde 2022 no Brasil, optar por dispositivos compatíveis com a rede garante maior longevidade ao dispositivo. A nova geração da internet móvel oferece velocidades maiores e tempo de resposta menor em relação ao 4G.

    Já o NFC (comunicação de campo próximo) torna o celular compatível com pagamentos por aproximação, como aqueles feitos via Google Pay ou Apple Pay. Versões mais recentes de Bluetooth e Wi-Fi também permitem que o celular seja compatível com dispositivos novos, como fones de ouvido sem fio e objetos de casa inteligente.

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  • Governo prevê salário mínimo de R$ 1.627 em 2026 após inflação menor

    Governo prevê salário mínimo de R$ 1.627 em 2026 após inflação menor

    O novo valor estimado pelo governo representará um aumento de 7,18% em relação ao piso atual, que é R$ 1.518

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reduziu a previsão para o salário mínimo de 2026, de R$ 1.631 para R$ 1.627. A redução de R$ 4 do piso salarial foi puxada pela expectativa de que a inflação deste ano seja menor do que projetada inicialmente.

    Se confirmado, o novo valor estimado pelo governo representará um aumento de 7,18% em relação ao piso atual, que é R$ 1.518. O cálculo segue a fórmula de correção da política de valorização do salário mínimo, com reajustes acima da inflação.

    O valor definitivo será conhecido no dia 10 de dezembro, com a divulgação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) de novembro, que serve de base para a correção do piso salarial.

    A revisão dos parâmetros que subsidiam o PLOA (projeto de Lei Orçamentária Anual) de 2026 foi informada pela ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) ao presidente da CMO (Comissão Mista de Orçamento), senador Efraim Filho (União-PB).

    Nas projeções atualizadas para os anos seguintes, o governo prevê um salário mínimo de R$ 1.721 em 2027 (ante R$ 1.725), R$ 1.819 em 2028 (contra R$ 1.823) e R$ 1.903 em 2029 (abaixo dos R$ 1.908 previstos inicialmente no PLOA).

    O salário mínimo é baliza para uma série de despesas obrigatórias do Poder Executivo, como aposentadorias do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e o BPC (Benefício de Prestação Continuada), pago a idosos e pessoas com deficiência de baixa renda. Sua correção interfere diretamente em algumas despesas mais relevantes do Orçamento.

    A política de valorização do salário mínimo leva em conta reajuste pela inflação do INPC de 12 meses até novembro do ano anterior mais a variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes (2024, neste caso).

    No ano passado, a economia cresceu 3,4%, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Mas o ganho real a ser incorporado será de até 2,5%. Isso porque, pelas regras atuais, ele está limitado ao mesmo ritmo de expansão do arcabouço fiscal, que fica entre 0,6% e 2,5% acima da inflação ao ano.

    A limitação do ganho real foi adotada para tentar evitar que o crescimento acelerado de gastos como aposentadorias e pensões do INSS, por exemplo, pudesse gerar pressão sobre ações discricionárias (como custeio e investimentos), colocando em risco a sustentabilidade da regra fiscal do país.

    Governo prevê salário mínimo de R$ 1.627 em 2026 após inflação menor

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  • Aluguel de curta duração avança, gera negócios e trava disputa com hotéis no Rio

    Aluguel de curta duração avança, gera negócios e trava disputa com hotéis no Rio

    Empreendedores pegam carona em plataformas como Airbnb para criar ou expandir operações; vereadores cariocas analisam eventual regulamentação das atividades

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Omar Farhat começou a ganhar dinheiro com aluguel de acomodações no Rio de Janeiro em 2013. À época, improvisou um colchão com espuma comprada em uma papelaria e passou a oferecer estadia em um quarto de casa.

    A ideia, segundo ele, era ajudar a mãe a quitar uma dívida com o banco na faixa de R$ 20 mil. “A gente viu uma oportunidade de ganhar dinheiro com os grandes eventos”, lembra.

    O que era uma fonte de renda alternativa virou negócio formal. Doze anos depois, Omar é diretor de uma empresa especializada em aluguel de curta duração. O nome da operação é um trocadilho: Omar do Rio.

    Com 150 funcionários, o negócio administra a locação de cerca de 380 imóveis no estado, principalmente na capital. A projeção é chegar a 400 até o fim do ano.

    Após receber as chaves dos proprietários, a Omar do Rio prepara as acomodações para abrigar os inquilinos. Isso inclui definir os preços e distribuir os anúncios em plataformas como Airbnb, Booking e um site próprio, além de prestar suporte para os viajantes durante a estadia.

    “A gente representa o proprietário. Problemas podem acontecer. Pode queimar uma geladeira, pode ter uma intercorrência no ar-condicionado. A gente existe para dar o suporte durante a locação”, diz Omar.

    “E a gente faz todo o trabalho de limpeza, de manutenção, também. A gente construiu, por exemplo, uma lavanderia própria para atender a essa demanda”, acrescenta.

    O caso ilustra um mercado aquecido no Rio. Empreendedores como Omar viram a chance de criar ou expandir negócios pegando carona na popularização de plataformas como o Airbnb.

    “A locação por temporada veio para ficar, assim como o iFood e outras empresas da economia disruptiva”, afirma Marcio Milech, diretor jurídico da ABLT (Associação Brasileira de Locação por Temporada).

    Ele é sócio da Rio Host, administradora de imóveis que também resolveu apostar no mercado de aluguel de temporada.

    “A gente faz a preparação do imóvel e tudo a partir dali. Coloca na plataforma, acompanha os hóspedes, faz a limpeza, gerencia alguma crise que possa acontecer. A gente faz a parte financeira também”, afirma.

    Leonardo Schneider, vice-presidente do Secovi Rio (sindicato patronal de condomínios, administradoras, imobiliárias e incorporadoras), diz que a oferta de habitações para aluguel de temporada na cidade vem crescendo cerca de 20% em média ao ano.

    Um levantamento da entidade contabilizou 25 mil imóveis do tipo em março de 2025, período de alta temporada. Isso significa um avanço na oferta de 18,1% na comparação com abril do ano passado (21,2 mil).

    “O Rio tem os picos do Réveillon e do Carnaval, fora outros grandes eventos, shows e feriados. Isso atrai [demanda]. Os números são crescentes”, afirma Leonardo.

    DISPUTA COM HOTÉIS PARA NA CÂMARA

    O aluguel de curta duração, contudo, não é um ponto pacificado. Parte dos moradores e o setor de hotéis enxergam o quadro atual com ressalvas, e o assunto virou foco de um projeto na Câmara Municipal que busca regulamentar a atividade.

    A proposta foi discutida em audiência pública em setembro e ainda aguarda um desfecho na Casa.

    Alfredo Lopes, presidente do HotéisRIO (sindicato patronal da hotelaria), diz que os estabelecimentos não são contrários ao aluguel de curta duração, mas defendem “alguma regulação”.

    Para o dirigente empresarial, os hotéis lidam com uma “tributação desigual” na comparação com as plataformas, e a falta de regras em condomínios traz riscos de conflitos.

    “Se o proprietário não toma o cuidado devido com o imóvel, ou se o hóspede tem um problema de discussão com moradores do prédio, o turista sai da cidade com uma experiência ruim. Tem que ter alguma regulação. É por isso que a gente vem lutando”, afirma.

    Na visão de Alfredo, o crescimento do aluguel de curta duração também pressiona os custos da locação tradicional em bairros com vocação turística. Ele cita o exemplo de Copacabana, na zona sul.

    Quem defende a atividade via plataformas rebate esse argumento. “São mercados que correm em paralelo, com características totalmente diferentes”, diz Marcio Milech, da ABLT.

    O Ivar (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais) acumulou inflação de 8,45% nos 12 meses até outubro no município do Rio, conforme o FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

    A alta dos preços superou a média no Brasil (5,58%) e nas demais capitais pesquisadas: Belo Horizonte (6,93%), Porto Alegre (4,42%) e São Paulo (3,99%). O levantamento não detalha o que pode ter elevado os custos em cada cidade.

    Para os defensores da locação de curta temporada, a opção é necessária para democratizar o acesso ao turismo e suprir a demanda por estadia durante os megaeventos na capital fluminense.

    O Airbnb não detalha o número de acomodações ofertadas no Rio. Em nota enviada à Folha, disse que acompanha de perto as discussões dos vereadores, afirmou ter histórico de trabalho com governos de todo o mundo e apontou que a locação de temporada já é regulada pela Lei do Inquilinato na esfera federal.

    “Proibir essa locação viola o direito de propriedade de quem aluga seu imóvel”, diz.

    Em setembro, a empresa divulgou dados da FGV sobre o possível impacto de suas atividades no Rio. Segundo essa publicação, as operações do Airbnb geraram R$ 2,9 bilhões em renda adicional para negócios locais, do garçom em Ipanema ao motorista que leva turistas para o Cristo Redentor.

    “Quando uma reserva é feita em Copacabana, Lapa ou Jacarepaguá, o efeito se espalha por diferentes bairros da cidade. De acordo com a FGV, no recorte nacional, para cada R$ 10 gastos com acomodação no Airbnb, são gastos outros R$ 52 em setores como restaurantes, transporte, comércio e lazer”, afirma a empresa.

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  • Ecommerce fechou Black Friday com R$ 4,76 bi de faturamento, 11% a mais do que em 2024

    Ecommerce fechou Black Friday com R$ 4,76 bi de faturamento, 11% a mais do que em 2024

    Resultado supera ano passado em R$ 500 milhões, diz plataforma de monitoramento do comércio online; TVs, smartphones e geladeiras lideraram buscas; pedidos avançaram 28%, e tíquete médio recuou 12,8%

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ecommerce encerrou a Black Friday deste ano com um faturamento de R$ 4,76 bilhões. Foi uma alta de 11,2% em relação a 2024, quando as vendas ficaram em R$ 4,26 bilhões. Os dados foram medidos pela plataforma Confi Neotrust, entre a 00h e as 23h59 da sexta-feira (28).

    O aumento no volume de compras impulsionou as receitas, mesmo com recuo do valor médio por transação (tíquete médio) de 12,8% –abaixou de R$ 634,40 para R$ 553,60. O número de pedidos finalizados foi 28% superior, com 8,69 milhões de registros contra 6,74 milhões no ano passado.

    Os itens que mais renderam vendas na data promocional foram, em ordem, televisões (R$ 443,2 milhões), smartphones (R$ 388,7 milhões) e geladeiras (R$ 273,2 milhões).

    Os produtos que geraram maior faturamento foram o ar condicionado Split da Samsung de 12 mil BTUs, o iPhone 16 de 128 GB de cor preta e a Smart TV de 70 polegadas da Samsung, do modelo Crystal Gaming Hub.

    Os números deste ano foram os maiores desde 2021, quando as plataformas de ecommerce faturaram R$ 5,1 bilhões com a Black Friday, o pico da série histórica. O setor alcançou seguidos recordes durante a pandemia de Covid-19, quando a população vivia uma política de isolamento social.

    O head de negócios da Confi Geotrust, Léo Bicalho, afirma que os consumidores demonstraram um comportamento estratégico: esperaram melhores descontos antes de comprarem itens mais caros. Com isso, o tíquete médio subiu de R$ 325 na segunda-feira (24) para os quase R$ 554 registrados na sexta.

    Nos últimos anos, diz Bicalho, o consumidor tem repartido suas transações durante novembro. “A antecipação das compras ao longo do mês permitiu que o consumidor dividisse seu orçamento de forma inteligente: garantindo itens de recorrência e moda ao longo da semana, e reservando o capital principal para a ‘compra de desejo’, TVs e linha branca, na sexta-feira oficial.”

    No parcial de novembro, de 1º a 27, o setor acumulou R$ 39,2 bilhões, avanço de 36,2% em relação ao ano passado. O número de pedidos aumentou 48,8%, para 124,9 milhões, mas o tíquete médio caiu 8,5%, para R$ 313.

    Os dados reforçam o chamado “Black November”, movimento em que o varejo antecipa promoções para diluir a concentração de vendas apenas na sexta-feira.

    Os dados foram obtidos pela plataforma Hora a Hora da Confi Neotrust, que monitora transações reais de mais de 7.000 lojas parceiras. A empresa acompanha o comportamento de mais de 80 milhões de consumidores digitais e atualiza indicadores de faturamento, unidades vendidas e preços a cada hora, com recortes regionais e por categoria em mais de 2.000 subdivisões do ecommerce.

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