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  • Taxa de juros deve ficar alta por período prolongado, diz Galípolo

    Taxa de juros deve ficar alta por período prolongado, diz Galípolo

    Ao participar do 33º Congresso & Expo Fenabrave, na SP Expo, na capital paulista, Galípolo lembrou que é função do Banco Central trabalhar para que a inflação fique sempre dentro da meta, mas ressaltou que esse tem sido um processo lento e que, por isso, a Selic precisa ser mantida em um campo ainda bastante restritivo.

    O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira (27), em São Paulo, que a taxa básica de juros (Selic) no Brasil deve permanecer em patamar elevado por um longo período. Atualmente, a taxa está estabelecida em 15% ao ano.

    Ao participar do 33º Congresso & Expo Fenabrave, na SP Expo, na capital paulista, Galípolo lembrou que é função do Banco Central trabalhar para que a inflação fique sempre dentro da meta, mas ressaltou que esse tem sido um processo lento e que, por isso, a Selic precisa ser mantida em um campo ainda bastante restritivo.

    “Estamos em um cenário de ter descumprido a meta [de inflação] duas vezes – no final de 2024 e meados de 2025 – e com expectativas e projeções do mercado e do Banco Central que apontam que essa convergência está se dando de uma maneira lenta para a meta de inflação. É isso que tem demandado uma política monetária mais restritiva, que busca justamente fazer essa convergência para a meta”, explicou, durante a palestra Conectando o Presente e o Futuro, promovida pela Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

     

    O Copom definiu 3% como a meta a ser perseguida para a inflação do país, podendo variar 1,5% para cima ou para baixo. “A Selic é o quanto que o dinheiro se valoriza no tempo. A inflação é o quanto o dinheiro perde valor no tempo. Em um processo de elevação da inflação, você vê a meta escapar e, simultaneamente, ficar menos apertada a política monetária, que deveria justamente estar apertada para perseguir a meta. Por isso tem essa regra de que, quando o Banco Central começa a subir os juros em um processo onde a inflação está subindo, o BC precisa subir mais do que a inflação está subindo. Se a inflação está subindo, significa que a taxa de juros não está restritiva o suficiente para produzir a convergência da inflação para a meta. Se ela não está restritiva o suficiente e está caindo, preciso subir ela mais do que a inflação está subindo”, explicou ele.

    Crescimento

    Durante o evento, Galípolo ressaltou que é difícil explicar como o Brasil continua apresentando crescimento apesar de ter uma taxa básica de juros tão restritiva.

    Uma das explicações possíveis para isso, de acordo com o presidente do BC, seria a renda. Segundo ele, a política tributária mais progressiva, aliada a programas de distribuição de renda, poderiam estar contribuindo para que as pessoas gastem e consumam mais, aumentando o dinamismo da economia.

    “O que parece ter acontecido é que a renda tem se mostrado bastante resiliente. Estamos com o nível de desemprego mais baixo da série histórica, batendo 5,8%, dessazonalizado 5,7%, que é o menor nível de desemprego da série histórica. E estamos com o nível mais alto de renda do trabalhador. Então, mesmo com uma taxa de juros restritiva, a gente segue mostrando uma resiliência no mercado de trabalho, bastante forte, o que deve estar puxando uma demanda mais forte”, afirmou.

     

    Taxa de juros deve ficar alta por período prolongado, diz Galípolo

  • Cobrança de Lula eleva pressão por desembarque de União e PP e ameaça maioria governista no Congresso

    Cobrança de Lula eleva pressão por desembarque de União e PP e ameaça maioria governista no Congresso

    Apesar de controlar quatro ministérios e a Caixa Econômica Federal, os dois partidos, que estão em fase final da montagem de uma federação, atuam majoritariamente em prol de uma candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026.

    RANIER BRAGON, RAPHAEL DI CUNTO E VICTORIA AZEVEDO
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A cobrança de fidelidade feita por Lula na reunião ministerial desta terça-feira (26) elevou a pressão interna de União Brasil e PP para desembarque do governo, movimento que já é defendido publicamente há algum tempo pelos presidentes das duas siglas, Antonio Rueda e Ciro Nogueira.

    Apesar de controlar quatro ministérios e a Caixa Econômica Federal, os dois partidos, que estão em fase final da montagem de uma federação, atuam majoritariamente em prol de uma candidatura presidencial de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em 2026.

    A ameaça de desembarque vem sendo liderada por Rueda, Ciro e o número 2 do União, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, mas foi adiada algumas vezes em decorrência da resistência de entrega dos cargos e pela proximidade do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), com o governo.

    ACM Neto, inclusive, solicitou que reunião da executiva do partido (que já estava prevista para ocorrer na próxima semana) aborde o tema do desembarque da sigla da gestão petista.

    Na terça (26), Lula cobrou fidelidade dos ministros do centrão e sugeriu que eles deixassem o governo caso não se sentissem confortáveis para defendê-lo. Na reunião ministerial, o presidente também citou nominalmente Ciro e Rueda.

    Ele afirmou que não gosta do presidente do União Brasil e que a recíproca é verdadeira. Sobre Ciro, lembrou que o senador foi ministro de Jair Bolsonaro (PL) e disse que ele enfrenta dificuldades para se reeleger no próximo ano.

    De acordo com relatos, os dois dirigentes partidários se queixaram a interlocutores sobre essas declarações. Aliados dos políticos dizem que a fala de Lula gera mal-estar, mas reconhecem que o presidente está certo em cobrar ministros do governo.

    Na noite de terça, Rueda reagiu às cobranças e disse que elas mostram a “importância de uma força política que não se submete ao governo”.

    “Na democracia, o convívio institucional não se mede por afinidades pessoais, mas pelo respeito às instituições e às responsabilidades de cada um. O que deve nos guiar é a construção de soluções e não demonstrações de desafeto”, escreveu Rueda nas redes sociais.

    Com a esquerda minoritária no Congresso, Lula distribuiu 11 ministérios a cinco partidos de centro-direita ou de direita com o objetivo de garantir governabilidade. Apesar de no papel contar com uma folgada maioria de 368 dos 513 deputados, na prática essa base é bem mais instável e aplica sucessivas derrotas ao Palácio do Planalto.

    Nas últimas semanas, por exemplo, Lula viu a oposição tomar conta da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS com o apoio de parte do centrão. O grupo ameaça ainda desfigurar a proposta considerada como um dos carros-chefe da candidatura do petista à reeleição, o aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.

    O possível desembarque de PP e União tem potencial de ampliar essa instabilidade. O governo veria reduzida sua base oficial para 259 deputados, apenas dois a mais do que a metade, agravando o atual cenário de dificuldades no Congresso.

    Nos bastidores, a cobrança de Lula foi vista por integrantes do centrão como sinal de que o petista se sente em condições de concluir o governo mesmo sem maioria no Congresso, apostando na recuperação de popularidade por meio de pautas como a defesa da soberania nacional e a ampliação da isenção no IR.

    Um cardeal do centrão afirma que a fala do presidente acelera o processo do desembarque, mas diz que isso não deve ocorrer imediatamente. A possibilidade foi discutida em reuniões ao longo desta quarta (27) entre políticos dos dois partidos.

    Deputados do União Brasil devem levantar a discussão em reunião da bancada nesta quarta. Parlamentares dizem que a bancada deve ser consultada antes de qualquer decisão, já que o ministro Celso Sabino (Turismo) é deputado federal licenciado e foi indicado ao cargo pelos colegas.

    O deputado Fabio Schiochet (União-SC), um dos mais próximos a Rueda, diz à reportagem que vai pedir para o líder da legenda, Pedro Lucas (União-MA), pautar essa questão no encontro. “O Celso é meu amigo, mas não tem mais como a gente continuar depois de ontem. Ou a gente faz isso ou vai passar a ser desmoralizado”, afirma.

    O nome de Sabino foi levado ao governo, em 2023, com uma lista de apoio assinada por 51 dos 59 integrantes do partido, mas a permanência no governo Lula tem adesão mínima na bancada da Câmara, de acordo com os deputados.

    Na avaliação de parlamentares do União Brasil, os outros dois ministros ligados à legenda -Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) e Frederico de Siqueira Filho (Comunicações)- são indicados por Alcolumbre e, portanto, não deverão deixar os cargos agora, já que o presidente do Senado não indicou disposição de ruptura com o Executivo.

    Também afirmam que os cargos de segundo e terceiro escalão não devem ser afetados, já que a maioria dos indicados por eles para esses postos não é filiado ao partido.

    Governistas também minimizam as ameaças de desembarque neste momento e dizem ser positivas as manifestações de Lula por indicar a disposição de fazer uma disputa política. Eles afirmam que escutam o discurso de alas dos dois partidos há meses, mas sem indicativos de que as siglas estariam dispostas a entregar seus cargos na gestão federal.

    Cobrança de Lula eleva pressão por desembarque de União e PP e ameaça maioria governista no Congresso

  • Senado aprova projeto sobre 'adultização'; texto vai a sanção de Lula

    Senado aprova projeto sobre 'adultização'; texto vai a sanção de Lula

    A proposta começou a ser analisada no Legislativo em 2022, mas ganhou tração recentemente depois de vídeo do influenciador Felca viralizar expondo situações de exploração infantil na internet. O tema ficou conhecido como “adultização”.

    CAIO SPECHOTO
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O Senado aprovou nesta quarta-feira (27) o projeto de lei que busca proteger crianças e adolescentes em meios digitais. A proposta começou a ser analisada no Legislativo em 2022, mas ganhou tração recentemente depois de vídeo do influenciador Felca viralizar expondo situações de exploração infantil na internet. O tema ficou conhecido como “adultização”.

    O texto obriga as plataformas digitais a adotarem mecanismos para impedir acesso de crianças e adolescentes a conteúdos inadequados, além de estabelecer regras gerais para uso de recursos virtuais por esse público.

    Empresas que não cumprirem as determinações estarão sujeitas a, nos casos mais extremos, multa de até R$ 50 milhões por infração e até mesmo a proibição de operar no país, segundo o texto. Também é determinada a criação de uma estrutura estatal responsável pela aplicação das regras, o que demandará a discussão de uma lei específica para seu funcionamento.

    A aprovação pelo Senado foi por votação simbólica -sem necessidade de contar os votos- e encerra as discussões sobre o projeto no Congresso Nacional. Os senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE) e Luis Carlos Heinze (PP-RS) pediram para registrar que eram contra a proposta.

    O texto seguirá para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O autor do projeto foi o senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

    O relator, senador Flávio Arns (PSB-PR), recomendou que os colegas aprovassem a medida quase na forma como foi avalizada pelos deputados na semana passada. Também batizou oficialmente o texto como Estatuto Digital da Criança e do Adolescente.

    A principal alteração feita por Arns, e aprovada pelos senadores, foi a proibição das caixinhas de recompensas em jogos direcionados a crianças e adolescentes ou que provavelmente serão jogados por esses grupos.

    As caixinhas de recompensa são eventos, normalmente pagos, em que o jogador participa de um sorteio virtual para obter ou não um item necessário para avançar em um jogo. Por exemplo, uma espada mais poderosa em jogos com lutas de espadas.

    O senador afirmou que esses mecanismos funcionam de maneira semelhante a jogos de azar, já que não há certeza sobre qual será a recompensa.

    “Se a legislação vigente considera ilegais os jogos de azar voltados para adultos, como muito mais razão devemos proibir também os jogos de azar direcionados para os menores de idade, que são pessoas vulneráveis”, escreveu Arns em seu relatório.

    O projeto veda o “perfilamento” desses usuários com fins de propaganda. Ou seja, proíbe que empresas analisem o perfil de crianças e adolescentes com base em seus hábitos digitais para exibir propaganda direcionada a esses grupos.

    Um dos artigos proíbe a monetização e impulsionamento de conteúdos “que retratem crianças e adolescentes de forma erotizada ou sexualmente sugestivo”. Monetização é a remuneração de produtores de conteúdo pelas plataformas digitais, e impulsionamento é o ato de pagar a uma empresa de tecnologia para que mais pessoas vejam determinada postagem.

    O texto aprovado prevê remoção de conteúdo caso haja decisão judicial ou após as plataformas serem comunicadas a respeito de violação dos direitos de crianças e adolescentes em casos de exploração ou abuso sexual, violência, intimidação ou assédio, automutilação, suicídio, promoção de jogos de azar, tabaco ou bebidas alcoólicas, pornografia, entre outros.

    A proposta teve apoio do governo Lula e, de início, sofreu resistência de congressistas de direita. Segundo esse grupo, havia risco de a nova lei, quando em vigor, tolher a liberdade de expressão. Mesmo senadores dessa tendência política apoiaram o projeto durante a votação.

    Arns afirmou que o espírito do texto é de proteção a crianças e adolescentes, “sem descuidar das necessárias garantias de respeito à liberdade de expressão e de vedação à censura”.

    “Quando a classificação indicativa passou no Congresso Nacional ainda tinha gente dizendo ‘isso vai nos censurar’. Graças a Deus a classificação indicativa passou, foi uma bênção. A gente agora está fazendo a mesma coisa”, declarou a senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

    “Esse projeto de lei ajuda a proteger a parte mais importante da sociedade”, disse o senador Marcos Pontes (PL-SP). Pontes e Damares são parte do grupo político que falava em possibilidade de censura.

    O líder do PL, Carlos Portinho (PL-RJ), expôs uma divergência sobre esse ponto. “Não estou nada seguro para votar a favor desse projeto, porque isso me cheira a cavalo de Troia. Depois que abrir essa porteira para o controle de redes sociais não se fecha nunca mais”, afirmou.

    O projeto também determina que produtos ou serviços digitais que possam ser usados por crianças ou adolescentes devem observar regras do Estatuto da Criança e do Adolescente. As empresas de tecnologia precisarão aumentar seus mecanismos de segurança voltados, por exemplo, para a privacidade desses usuários e para possibilitar que as famílias previnam uso inadequado das plataformas por parte dos filhos.

    A principal forma seriam os recursos de supervisão parental. O projeto determina a criação de mecanismos para este fim, com informações acessíveis sobre o serviço e avisos de funcionamento da supervisão parental, além de meios de limitar o tempo de uso de determinado produto ou serviço digital por crianças e adolescentes.
    O projeto estipula que as fornecedoras de serviços ou produtos digitais deverão ter formas eficazes de certificar a idade dos usuários para evitar a exposição de crianças e adolescentes a conteúdo impróprio, como pornografia. Hoje é comum menores de idade declararem que têm mais de 18 anos para terem acesso a serviços on-line.

    Senado aprova projeto sobre 'adultização'; texto vai a sanção de Lula

  • Ex-deputado Rafael Motta está em coma induzido após acidente de kitesurfe em Natal

    Ex-deputado Rafael Motta está em coma induzido após acidente de kitesurfe em Natal

    De acordo com a nota, Motta apresenta fraturas na coluna, esterno e antebraço, além de uma lesão brônquica que já havia sido tratada ainda em Natal. O acidente aconteceu nas proximidades do Forte dos Reis Magos, conhecido ponto da capital potiguar.

    ALÉXIA SOUSA
    RIO DE JANEIRO, RJ (CBS NEWS) – O ex-deputado federal pelo Rio Grande do Norte Rafael Motta (PSB), 39, foi internado em São Paulo após sofrer um acidente durante a prática de kitesurfe em Natal, na sexta-feira (22). Segundo boletim médico divulgado pela família nesta terça-feira, o político está intubado, em coma induzido e com quadro clínico estável.

    De acordo com a nota, Motta apresenta fraturas na coluna, esterno e antebraço, além de uma lesão brônquica que já havia sido tratada ainda em Natal. O acidente aconteceu nas proximidades do Forte dos Reis Magos, conhecido ponto da capital potiguar.

    Motta praticava kitesurfe, esporte que utiliza uma pipa para impulsionar a prancha sobre a água, comum no litoral do Rio Grande do Norte. As circunstâncias da queda não foram detalhadas pela família.

    Após o socorro inicial, o ex-deputado foi levado ao hospital Walfredo Gurgel, maior unidade pública do Rio Grande do Norte, onde recebeu atendimento por politrauma e passou por cirurgia torácica para correção da lesão no pulmão.

    Na madrugada de segunda-feira (25), após estabilização, foi transferido para o Hospital Vila Nova Star em São Paulo, onde seguirá em tratamento intensivo. Segundo a assessoria do ex-parlamentar, a mudança ocorreu “após a evolução positiva do quadro clínico” e tem como objetivo garantir acompanhamento “específico e intensivo”.

    No boletim anterior, os médicos informaram que os movimentos dos membros inferiores estavam preservados, sem sinais de comprometimento medular.

    A família agradeceu aos profissionais de saúde envolvidos no atendimento em Natal e disse que seguirá divulgando atualizações conforme a evolução clínica.

    Rafael Motta é engenheiro civil de formação e iniciou a carreira política como vereador em Natal, em 2013. Dois anos depois, elegeu-se deputado federal pelo Rio Grande do Norte, cargo que exerceu de 2015 a 2022.

    Em 2022, concorreu ao Senado, mas não se elegeu. Dois anos mais tarde, em 2024, disputou a Prefeitura de Natal, novamente sem sucesso. Apesar das derrotas recentes, seguia como um dos nomes mais conhecidos do PSB no estado.

    Filho do ex-deputado estadual Ricardo Motta (PSB), Rafael tem trajetória marcada por bandeiras ligadas à educação, juventude e desenvolvimento regional. Durante sua atuação em Brasília, integrou comissões da Câmara e chegou a presidir a Frente Parlamentar Mista da Juventude.

    Ex-deputado Rafael Motta está em coma induzido após acidente de kitesurfe em Natal

  • Damares Alves diz que operou câncer e que começa radioterapia na segunda-feira

    Damares Alves diz que operou câncer e que começa radioterapia na segunda-feira

    “Há um mês eu fui diagnosticada com câncer, em dia 18 de julho. Eu fiz todos os exames. Em 18 dias eu consegui fazer biópsias, ressonâncias, todos os exames, e em 18 dias consegui fazer a cirurgia”, disse Damares Alves. A assessoria da senadora informou que se tratou de um câncer de mama.

    CAIO SPECHOTO
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) disse em reunião no Senado nesta quarta-feira (27) que passou por uma cirurgia de câncer recentemente e que começará tratamento de radioterapia na segunda-feira (1).

    “Há um mês eu fui diagnosticada com câncer, em dia 18 de julho. Eu fiz todos os exames. Em 18 dias eu consegui fazer biópsias, ressonâncias, todos os exames, e em 18 dias consegui fazer a cirurgia”, disse Damares Alves. A assessoria da senadora informou que se tratou de um câncer de mama.

    “Em cinco dias eu estava aqui no Senado trabalhando, depois da cirurgia. Com dor, com um pouquinho de dor, todos os cuidados, só foi difícil não abraçar os colegas nesse período. Mas o diagnóstico precoce foi fundamental para eu estar como estou. Segunda-feira eu começo a radioterapia, mas já estou declarando vitória, já estou declarando que estou curada”, afirmou ela.

    A senadora deu as declarações em reunião da subcomissão temporária do Senado que discute propostas sobre tratamento e prevenção da doença. “Eu relatei matéria de câncer um dia antes de ser diagnosticada”, disse ela.

    Mais tarde, enquanto presidia reunião da Comissão de Direitos Humanos, a senadora encerrou o encontro dizendo que não estava se sentindo muito bem. “Já estou no meu limite físico neste momento”, afirmou. E também contou aos colegas senadores sobre o câncer.

    Damares Alves diz que operou câncer e que começa radioterapia na segunda-feira

  • Gol apresenta novo mecanismo de embarque acessível em aeronaves

    Gol apresenta novo mecanismo de embarque acessível em aeronaves

    O dispositivo, que demorou quatro anos para ficar pronto e passa agora por uma fase de testes e avaliação, será utilizado em aeroportos sem passarelas de embarque, que levam os viajantes diretamente do portão para a aeronave.

    JAIRO MARQUES
    MARINGÁ, PR (FOLHAPRESS) – Uma nova e promissora possibilidade de embarque e desembarque em aeronaves, com mais conforto e segurança, para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, foi apresentada pela empresa aérea Gol, em Maringá (PR), nesta terça-feira (26).

    A Folha de S.Paulo acompanhou e testou a Escada de Acesso com Elevador, que se trata de uma plataforma elevatória para até 400 kg que conduz o passageiro cadeirante ou com alguma restrição para degraus até a porta do avião. O equipamento fica imediatamente ao lado da escada convencional, dando um aspecto de maior integração.

    O dispositivo, que demorou quatro anos para ficar pronto e passa agora por uma fase de testes e avaliação, será utilizado em aeroportos sem passarelas de embarque, que levam os viajantes diretamente do portão para a aeronave. Ele também pode ser acionado quando o avião estaciona na chamada área remota, onde os passageiros descem por escadas.

    A plataforma, pioneira na América Latina, elimina a necessidade de equipamentos menos práticos e mais caros, como o ambulifit -caminhão que se eleva até a altura da aeronave para transferir o passageiro- ou alternativas que reduzem o conforto e a segurança do usuário, como as cadeiras escaladoras automatizadas ou mesmo cadeiras comuns carregadas por funcionários

    A Gol não revela o valor do investimento, mas informa que ele deve continuar para levar o instrumento para outros pontos do país. O elevador portátil foi construído pela empresa Easy Ground Service Solutions, de Maringá.

    “A Gol sempre teve esse propósito de ser uma empresa para todos. A gente se posiciona no mercado assim e a acessibilidade sempre esteve dentro do nosso cerne, de pensar como revolucionar a aviação e fazer a aviação ser um local inclusivo, um local diverso”, declara Felipe Sobrinho, gerente de pertencimento da empresa.

    O executivo não nega, porém, que o mecanismo tenta responder também a queixas de passageiros, principalmente os com deficiência, pelas condições de embarque e desembarque.

    “A reclamação existe, vem de uma dor. E eu acho que é esse o papel da Gol, de transformar. A gente escuta os nossos clientes. O resultado dessa escada que foi de uma escuta, de entender qual que era a dor do nosso cliente e trazer uma solução mais confortável.”

    A plataforma leva 45 segundos para subir ou descer o passageiro. Não faz barulho, não tem trepidação, não tem desnível e tem uma operacionalidade simples. Todo o processo de feitura foi acompanhado e recebeu consultoria de Bruno Bartolo, analista de pertencimento da Gol e pessoa com deficiência visual.

    “Quando se vê essa escada se entende que ela é acessível e que ela coloca a pessoa com deficiência e sem deficiência no mesmo patamar. Isso é inclusão. Tenho um cliente embarcando pelo degrau, tenho a pessoa com deficiência utilizando o elevador ao lado utilizando a própria cadeira de rodas. É tudo mais rápido e tranquilo”, afirmou Sobrinho.

    O Censo 2022 do IBGE mostrou que o Brasil tem 14,4 milhões de pessoas com deficiência ou 7,3% da população do país.

    A ESCADA DE ACESSO COM ELEVADOR
    – Fabricada pela Easy Service Ground Solution, de Maringá (PR)
    – Feita em aço carbono, chapas de aço, acrílico e outros materiais
    – Altura mínima de 4,7 m
    – Altura máxima de 5,8 m
    – 9,5 m de comprimento
    – Capacidade para 16 pessoas (incluindo na escada e na plataforma)
    – Suporta ate 400 kg na plataforma elevatória

    O repórter viajou a Maringá a convite da Gol

    Gol apresenta novo mecanismo de embarque acessível em aeronaves

  • Dólar sobe puxado por exterior, mas perde força com melhora do petróleo

    Dólar sobe puxado por exterior, mas perde força com melhora do petróleo

    A ameaça à independência do Fed com a tentativa de demissão de Lisa Cook por Donald Trump segue no foco do mercado e vem fazendo a moeda norte-americana perder força

    O dólar está rodando perto da estabilidade na manhã desta quarta-feira, 27, com viés de alta, em meio ao ensaio de melhora do petróleo e queda do minério de ferro na China. Pesam nos ajustes iniciais também a valorização generalizada da divisa americana e a queda do lucro industrial da China em julho. A ameaça à independência do Fed com a tentativa de demissão de Lisa Cook por Donald Trump segue no foco, mas é ponderada pelos analistas porque depende de um longo processo legal, o que reduz o impacto imediato.

    Nos juros, a curva de taxas futuras oscila próxima da estabilidade. Investidores aguardam os dados do Caged de julho (14h30) e a participação do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no 33º Congresso & ExpoFenabrave (14h).

    As concessões de crédito livre dos bancos aumentaram 0,5% em julho, na comparação com junho, para R$ 571,4 bilhões, sem ajustes sazonais, informou o BC. Em 12 meses, crescem 12,8%.

    O Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 4,4 pontos na passagem de julho para agosto, encerrando o mês em 90,4 pontos, a maior queda para um mês desde o período da pandemia, conforme informou a FGV.

    O Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do BC avaliou, em ata publicada nesta quarta-feira, que a política macroprudencial neutra segue adequada ao atual momento. Na semana passada, o colegiado manteve o Adicional Contracíclico de Capital Principal do Brasil em 0%.

    Um estudo encomendado pela Amcham Brasil e pela Britcham aponta que a cobrança de 10% de IR na fonte sobre lucros e dividendos enviados ao exterior, prevista no PL 1.087/2025, terá impacto pequeno, mas negativo na atividade econômica. A medida, que pode entrar em vigor em 2026, deve gerar R$ 8,9 bilhões em arrecadação, segundo o governo.

    No exterior, o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que a diretora do Fed Lisa Cook não disse que não cometeu fraude hipotecária. “Ela só diz que Trump não pode demiti-la”.

    O Produto Interno Bruto (PIB) dos países da OCDE cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 ante os três meses anteriores, quando houve expansão de 0,1%, segundo a OCDE.

    Dólar sobe puxado por exterior, mas perde força com melhora do petróleo

  • Zambelli segue presa após audiência na Itália, mas juiz ainda analisará caso para tomar decisão

    Zambelli segue presa após audiência na Itália, mas juiz ainda analisará caso para tomar decisão

    Zambelli fugiu para a Itália para escapar da condenação de dez anos de prisão determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal); a congressista está detida desde o fim de julho, e seus advogados alegam que o estado de saúde de Zambelli é incompatível com a cadeia

    MILÃO, ITÁLIA (CBS NEWS) – Depois de comparecer à Corte de Apelação de Roma, na Itália, para uma nova audiência nesta quarta-feira (27), a deputada Carla Zambelli (PL-SP) voltou ao cárcere de Rebibbia sem uma decisão definitiva sobre se deverá esperar a tramitação do processo de sua extradição dentro ou fora da prisão.

    O tribunal, ao encerrar a sessão de cerca de uma hora, preferiu tomar a decisão de forma reservada, que será comunicada diretamente aos advogados. Não foi anunciado um prazo, mas deve ser dentro dos próximos dias.

    A congressista está detida desde o fim de julho, e seus advogados alegam que o estado de saúde de Zambelli é incompatível com a cadeia. Eles pedem que a Justiça determine medidas menos restritivas, como a prisão domiciliar.

    Para decidir, o tribunal encomendou uma perícia médica que atestasse as condições clínicas de Zambelli.

    O laudo, apresentado durante a audiência, concluiu que ela pode continuar na prisão. Apesar de terem sido identificados distúrbio depressivo e dificuldades relacionadas ao sono, não foi detectado risco de morte, e eventuais tratamentos podem ocorrer na penitenciária. Ela foi examinada pessoalmente na cadeia e sua documentação sanitária foi avaliada.

    Zambelli fugiu para a Itália para escapar da condenação de dez anos de prisão determinada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Ela foi acusada de participar da invasão do sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) para emitir um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    Sua defesa na Itália, para evitar a extradição, pretende demonstrar que o processo tem “anomalias”, como o fato de “a vítima do suposto crime ser a mesma pessoa que fez a sentença, que decidiu pela execução da sentença e que decidiu a apelação”, afirmou o advogado Pieremilio Sammarco. Zambelli se diz vítima de perseguição política no Brasil.

    Na última sexta (22), ela foi condenada pelo STF a outros cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto por outro caso, referente ao episódio em que sacou e apontou uma arma a um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

    Zambelli segue presa após audiência na Itália, mas juiz ainda analisará caso para tomar decisão

  • Setor de serviços atingiu recorde de 15,2 milhões de empregos em 2023

    Setor de serviços atingiu recorde de 15,2 milhões de empregos em 2023

    Rendimento médio foi equivalente a 2,3 salários mínimos

    O setor de serviços empregou o contingente recorde de 15,2 milhões de pessoas em 2023. Esse número de trabalhadores representa alta de 7,1% em relação aos 14,2 milhões do ano anterior.

    Já em relação a 2019, que delimita o período pré-pandemia de covid-19 ─ antes de a economia ser severamente atingida por medidas de restrição sanitária e isolamento ─ o crescimento na ocupação foi de 18,3%, o que representa mais 2,4 milhões de trabalhadores no setor.

    Os dados fazem parte da Pesquisa Anual de Serviços, divulgada nesta quarta-feira (27) pelo 

    Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar de serem relativos a 2023, os dados são os mais recentes da radiografia anual que o IBGE faz do setor. 

    A pesquisa apresenta informações de atividades como alojamentos, alimentação, transportes, correios, comunicação, turismo, escritórios, cultura e reparo de automóveis. Empresas do setor financeiro não estão incluídas no estudo.

    Empregados

    O levantamento aponta que, das 34 atividades observadas, cinco concentravam 47% dos postos de trabalho gerados, com destaque para serviços de alimentação, com 1,8 milhão de empregos:

    • Serviços de alimentação (11,74% dos empregos)
    • Serviços técnico-profissionais (11,24%)
    • Serviços para edifícios e atividades paisagísticas (8,11%)
    • Serviços de escritórios a apoio administrativo (7,78%)
    • Transporte de cargas (8,20%)

    Salários

    Em 2023, o setor de serviços reunia 1,7 milhão de empresas. Ao todo, essas firmas pagaram R$ 592,5 bilhões em salários, retiradas e outras remunerações. Isso equivale a 2,3 salários mínimos (s.m.) mensais por funcionário, em média.

    Dos sete grandes segmentos pesquisados pelo IBGE, três tiveram remuneração acima da média, com destaque para serviços de informação e comunicação:

    • Serviços de informação e comunicação (4,7 s.m.)
    • Outras atividades de serviços (3,6 s.m.)
    • Transporte, serviços auxiliares aos transportes e correio (2,8 s.m.)

    Ao observar os dados por unidades da federação, os pesquisadores apontam que os salários médios mais altos foram pagos em São Paulo (2,8 s.m.), no Rio de Janeiro (2,5 s.m.) e Distrito Federal (2,4 s.m.). 

    Já as remunerações mais baixas foram no Acre, em Roraima e no Piauí, todas com 1,4 salário mínimo.

    Receitas

    Em 2023, as empresas pesquisadas pelo IBGE tiveram receita bruta de R$ 3,4 trilhões. O estado de São Paulo respondeu por 45% desse montante, seguido por Rio de Janeiro (10%), Minas Gerais (7,8%), Paraná (5,5%) e Rio Grande do Sul (4,7%).

    De 2022 para 2023, houve troca no posto de segmento com maior participação na receita líquida (receita bruta descontada impostos e outros abatimentos). O segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares passou a ocupar o topo, com 29,2% de participação, deixando para trás o segmento de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (28,1%).

    Pesquisa mensal

    Mês a mês, o IBGE divulga a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), com o desempenho do setor no ano corrente, mas sem informações sobre nível de emprego e remuneração média.No primeiro semestre de 2025, de acordo com a PMS, o setor apresentou expansão de 2,5% em relação ao mesmo período de 2024.

    Setor de serviços atingiu recorde de 15,2 milhões de empregos em 2023

  • STF vai unificar regra para julgamentos de indenização por cancelamento ou atraso de voos

    STF vai unificar regra para julgamentos de indenização por cancelamento ou atraso de voos

    Tribunal decidirá se juízes seguirão Código de Defesa do Consumidor ou norma da Aeronáutica; Azul pede que decisões sigam o Código Brasileiro de Aeronáutica, que é menos rígido com companhias aéreas

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) reconheceu a repercussão geral de um caso que analisa se a responsabilidade por cancelamento, alteração ou atraso de voo por motivo de caso fortuito ou força maior deve seguir normas do CDC (Código de Defesa do Consumidor) ou do CBA (Código Brasileiro de Aeronáutica).

    O tribunal fará um novo julgamento para decidir qual norma valerá para esses processos, ainda sem data marcada.

    O recurso foi movido pela companhia aérea Azul, que contesta uma decisão proferida a favor de um passageiro que chegou atrasado ao destino depois de a empresa remanejar o voo por más condições climáticas.

    Na ação, os advogados do passageiro relatam que o voo, que iria do Rio de Janeiro para Corumbá (MS), com escala no aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), foi interrompido nos arredores de Bonito (MS), e parte dos passageiros teve de seguir viagem por meio de um ônibus oferecido pela companhia aérea. Inicialmente, a chegada em Corumbá estava prevista para as 9h30 do dia 6 de agosto de 2024, mas, com o atraso, o passageiro chegou ao destino à 1h15 do dia seguinte.

    Os advogados afirmaram ainda que o passageiro teve um gasto extra de R$ 76 com alimentação durante a viagem de ônibus.

    O 1º Juizado Especial Cível da Regional da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, condenou a Azul a pagar R$ 107 de indenização por danos materiais e R$ 8.000 por danos morais.

    No recurso extraordinário ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, a Azul disse que o voo não prosseguiu por causa de condições climáticas desfavoráveis.

    “A companhia aérea se vê obrigada a não decolar por questões de falta de autorização e segurança operacional, cuja razão é de um evento da natureza imprevisível. Mas, ao contrário do que se espera, a empresa é condenada, pela simples ocorrência do atraso ou remanejamento do voo, ao pagamento de danos morais; pior, sem qualquer tipo de comprovação”, escreveu a defesa da companhia aérea.

    A judicialização excessiva é uma reclamação antiga das companhias aéreas brasileiras. A Abear (Associação Brasileira das Empresas Aéreas) afirma que, neste ano, o impacto de gastos com processos judiciais deverá ultrapassar o patamar de R$ 1 bilhão. Segundo a entidade, o cenário é “incompatível com os altos índices de pontualidade e regularidade registrados pela aviação brasileira”.

    Segundo o painel de indicadores do transporte aéreo da Anac, a porcentagem dos gastos do setor aéreo brasileiro com condenações judiciais vem apresentando leve alta nos últimos dois anos, mas ainda está abaixo do patamar observado na pandemia. Em 2024, condenações judiciais representaram 1,3% das despesas das companhias.

    Com a repercussão geral, a decisão do STF no próximo julgamento passará a valer para todos os casos que envolvam danos por cancelamento ou atraso de voos.

    Especialistas afirmam que o Código de Defesa do Consumidor é o mais favorável e justo aos passageiros. Maria Inês Dolci, advogada especializada na área da defesa do consumidor, explica que o CBA (Código Brasileiro de Aeronáutica) limita a quantia de indenização paga ao consumidor. Segundo ela, os juízes hoje optam por seguir o CDC por entenderem que os processos envolvem uma relação de consumo entre viajantes e companhias aéreas.

    No recurso extraordinário, a Azul pede, além da repercussão geral, que a Corte imponha o regime jurídico de responsabilidade civil estabelecido pelo CBA, especialmente nos artigos 251-A e 265.

    A norma define que, para conseguir indenização por falha na execução do contrato de transporte, o passageiro ou o expedidor da encomenda (em caso de transporte de carga) tem de demonstrar a efetiva ocorrência do prejuízo.

    Diz também que, a não ser que o dano atinja o valor de todos os volumes, somente será considerado, para a indenização, o peso dos volumes perdidos, destruídos, avariados ou entregues com atraso.

    “No meu entendimento, a limitação da indenização para o consumidor é um dano enorme. A decisão do STF é complexa, tem muito interesse econômico e social e, portanto, nós somos pela aplicação do Código de Defesa do Consumidor, porque não tem a limitação da indenização, o consumidor está protegido o dano sofrido pelo cancelamento”, diz Dolci.

    Para Mayara Barretti, advogada do escritório Barreto Dolabella e especialista em direito do consumidor, o CBA é ultrapassado e não considera a Constituição de 1988. A norma da Aeronáutica entrou em vigor em 1986, durante o governo José Sarney.

    STF vai unificar regra para julgamentos de indenização por cancelamento ou atraso de voos