Categoria: Uncategorized

  • STF conclui julgamento e condena Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguição armada

    STF conclui julgamento e condena Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguição armada

    Ela foi condenada a 5 anos e 3 meses de prisão em regime inicial semiaberto e à perda do mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. A pena ainda será oficializada com a publicação do acórdão do julgamento.

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) encerrou nesta sexta-feira (22) julgamento que condenou a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) na ação penal sobre o episódio em que ela sacou e apontou uma arma para um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

    Ela foi condenada a 5 anos e 3 meses de prisão em regime inicial semiaberto e à perda do mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo. A pena ainda será oficializada com a publicação do acórdão do julgamento.

    Em março, a maioria do STF já havia decidido pela condenação da deputada, mas o julgamento, que ocorreu em plenário virtual, havia sido interrompido por pedido de vista (mais tempo para análise) do ministro Kassio Nunes Marques.

    Ao retomar o processo, na semana passado, Kassio votou pela absolvição da parlamentar. O entendimento foi acompanhando pelo ministro André Mendonça nesta sexta-feira. Mas os dois foram votos vencidos.

    O placar final foi de 9×2. Votaram pela condenação o relator, Gilmar Mendes, e os ministros Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Edson Fachin, Luiz Fux e Luís Roberto Barroso.

    A reportagem não conseguiu contato com a defesa da deputada. Ao longo do julgamento, ela defendeu sua inocência.

    A acusação do Ministério Público Federal foi feita após o episódio em que a deputada sacou e apontou uma arma para um homem no meio da rua em São Paulo, em 29 de outubro de 2022, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais.

    Na ocasião, a deputada perseguiu um homem negro após uma discussão no bairro dos Jardins, em São Paulo. Um segurança da parlamentar chegou a fazer um disparo e foi preso pela Polícia Civil.

    “O porte de arma de fogo concedido à acusada volta-se à sua defesa pessoal, razão pela qual a portadora não pode adentrar com o armamento em locais públicos, tampouco conduzi-lo ostensivamente, salvo, evidentemente, se necessário para assegurar sua própria defesa ou de terceiros”, disse Gilmar em seu voto pela condenação.

    Zambelli já foi condenada por outro caso em julgamento da Primeira Turma do Supremo em 9 de maio, a dez anos de prisão. No entendimento dos ministros, ela comandou a invasão aos sistemas institucionais do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), com o auxílio do hacker Walter Delgatti. O objetivo seria emitir alvarás de soltura falsos e provocar confusão no Judiciário.

    Em junho, ela fugiu para a Itália e foi considerada foragida da Justiça brasileira. Zambelli foi detida no fim de julho, em um apartamento no bairro Aurélio, em Roma.

    A perda de mandato da deputada depende de análise da Câmara.
    Os dois ministros que defenderam a absolvição da deputada no caso da perseguição armada, Kassio e Mendonça, argumentaram que não havia crime.

    Para Mendonça, a postura dela seria apenas “ilícito administrativo”, e defendeu a cassação do porte de arma da deputada. “Assim, no caso desta acusação em particular, a conduta da ré se mostra atípica, devendo ser absolvida”, diz o voto.

    Kassio também afirmara, em seu voto, que haveria apenas um ilícito administrativo da parlamentar.

    Segundo ele, Zambelli pode ter atuado em desacordo com a regulamentação do uso de arma de fogo, mas tinha autorização para o porte de arma.

    Nessa hipótese, diz ele, “subsiste, em tese, residualmente, por força do princípio da legalidade penal e da tipicidade, apenas o ilícito administrativo, que poderá resultar na cassação da autorização e na apreensão da arma”.

    Zambelli foi tornada ré pela corte nesse caso em agosto de 2023. Na ocasião, votaram pela abertura da ação penal 9 dos 11 ministros: o relator, Moraes, Cármen, Cristiano Zanin, Edson Fachin, Luís Roberto Barroso, Dias Toffoli, Rosa Weber, atualmente aposentada, e Luiz Fux.

    Na época, ela disse em nota ter “total confiança na Justiça e acredito que, com o esclarecimento completo dos fatos, minha inocência será comprovada”.

    STF conclui julgamento e condena Zambelli a 5 anos e 3 meses de prisão por perseguição armada

  • Bolsonaro nega ao STF tentativa de fuga e chama relatório da Polícia Federal de peça política

    Bolsonaro nega ao STF tentativa de fuga e chama relatório da Polícia Federal de peça política

    Disse ainda que a minuta de um pedido de asilo direcionada ao presidente da Argentina, Javier Milei, localizada no telefone, não pode ser considerada uma tentativa de fuga do Brasil ou descumprimento de medidas cautelares pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    CÉZAR FEITOZA E MATEUS VARGAS
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – A defesa de Jair Bolsonaro (PL) acusou nesta sexta-feira (22) a Polícia Federal de montar uma “peça política” ao revelar conteúdos encontrados no celular do ex-presidente. Disse ainda que a minuta de um pedido de asilo direcionada ao presidente da Argentina, Javier Milei, localizada no telefone, não pode ser considerada uma tentativa de fuga do Brasil ou descumprimento de medidas cautelares pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

    A manifestação foi enviada à corte após o ministro Alexandre de Moraes determinar que a defesa do ex-presidente esclarecesse em até 48 horas “os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”, que teriam sido demonstrados pela PF.

    A equipe comandada pelo advogado Celso Vilardi afirmou ao Supremo que a minuta do pedido de asilo não poderia justificar uma prisão preventiva do ex-presidente porque não é um “fato contemporâneo” e porque não houve fuga.

    “Parece claro que um rascunho de pedido de asilo ao presidente argentino, datado de fevereiro de 2024, não pode ser considerado um indício de fuga”, afirma.

    “Fato é que, com ou sem o rascunho, o ex-presidente não fugiu. Pelo contrário, obedeceu a todas as decisões” do Supremo, “inclusive a que o proibia de viajar ao exterior, respondeu à denúncia oferecida, compareceu a todas as audiências, sempre respeitando todas as ordens” do STF, completa.

    A PF indiciou Bolsonaro e seu filho Eduardo, deputado pelo PL de São Paulo, sob suspeita de prática dos crimes de coação e abolição do Estado democrático de Direito. Segundo as investigações, eles se articularam para levar autoridades do governo Trump, nos EUA, a tentarem interferir no julgamento sobre a trama golpista de 2022 e 2023, no qual o ex-presidente é réu.

    A Polícia Federal diz ainda que o ex-presidente descumpriu ordem de Moraes de não usar rede social nem sua nem por meio de terceiros. Agora, caberá a Moraes avaliar os argumentos da defesa e decidir se pede manifestação da PGR (Procuradoria-Geral da República). Uma das possibilidades é o ministro agravar a situação de Bolsonaro com eventual prisão preventiva.

    Além de articulações de Eduardo nos EUA, as mensagens encontradas no celular de Bolsonaro revelaram troca de ofensas dirigidas pelo deputado a seu pai e ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e xingamento do pastor Silas Malafaia ao filho do ex-presidente.

    Análise de dados Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) juntada ao inquérito também mostraram que Bolsonaro (PL) recebeu cerca de R$ 44,3 milhões em suas contas bancárias de março de 2023 a junho de 2025, quase metade em Pix.
    No documento ao STF, a defesa de Bolsonaro acusa a Polícia Federal de agir de forma política para “desmoralizar um ex-presidente da República”, de forma a expor sua vida privada com acusações sobre fatos graves e descabidos.

    “O relatório da Polícia Federal só demonstra sua parcialidade e faz lembrar que essa mesma Polícia Federal foi responsável pela triagem de todas as mensagens que foram utilizadas pela acusação no processo penal [sobre a trama golpista]”, diz.

    Vilardi e os demais advogados dizem que o objetivo foi alcançado pela PF: “Manchetes no Brasil e no exterior anunciando que o ex-presidente planejou uma fuga. Nada mais falso, mas nada mais impactante, sobretudo há [sic] pouco mais de 10 dias do julgamento”.

    Ao STF, a defesa negou ainda que Bolsonaro tenha conversado com o ex-ministro Walter Braga Netto, também réu na trama golpista, após a decisão de Moraes, de fevereiro de 2024, que proibiu a comunicação entre os investigados.

    A Polícia Federal disse que há indício do descumprimento da medida cautelar por ter encontrado uma mensagem de SMS enviada pelo general a Bolsonaro horas após a proibição determinada por Moraes. Não há registro de resposta do ex-presidente.

    “É incrível ter que dizer que a inexistência de resposta é o exato contrário de manter contato. Eis por que impressiona muito mal a tentativa de afirmar que a medida cautelar de 2024 havia sido prontamente descumprida… com o silêncio do ex-presidente”, completa.

    O relatório afirma que Bolsonaro e Eduardo tentaram “atingir diretamente instituições democráticas brasileiras, notadamente o Supremo Tribunal Federal e, até mesmo, o Congresso Nacional Brasileiro, objetivando subjugá-las a interesses pessoais e específicos vinculados aos réus julgados no âmbito da mencionada ação penal”, diz a PF.

    A investigação mostra que a minuta de pedido de asilo político ao presidente da Argentina. O arquivo teria sido criado e editado por um usuário no nome da esposa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), segundo os investigadores.

    Ao cobrar a resposta da defesa do ex-presidente, o ministro do STF apontou como evidências de descumprimento de medidas cautelares, entre outros pontos, diálogos de Bolsonaro com o pastor Silas Malafaia. O líder religioso também teve celular e passaporte apreendidos em operação da Polícia Federal na última quarta.

    Para os investigadores, Malafaia incentivou que Bolsonaro descumprisse a proibição de uso das redes e o orientou sobre estratégias para a divulgação de conteúdos. O líder evangélico também revisou uma carta do ex-presidente que foi publicada nas redes sociais.

    Os investigadores também afirmaram que Bolsonaro e Eduardo usaram as contas de suas esposas em transações para evitar bloqueios de recursos. Pai e filho utilizaram “diversos artifícios para dissimular a origem e o destino de recursos financeiros, com o intuito de financiamento e suporte das atividades de natureza ilícita do parlamentar licenciado no exterior”, segundo a PF.

    Bolsonaro nega ao STF tentativa de fuga e chama relatório da Polícia Federal de peça política

  • Pedido de asilo para a Argentina era "mero rascunho", alega Bolsonaro

    Pedido de asilo para a Argentina era "mero rascunho", alega Bolsonaro

    A defesa de Jair Bolsonaro justificou hoje a existência de um documento de pedido de asilo para a Argentina encontrado no celular do ex-presidente, declarando ao Supremo Tribunal Federal (STF) que era um “mero rascunho antigo”.

    “Há apenas um documento, que se reconhece ser um mero rascunho antigo enviado por terceiro, além da inegável constatação de que tal pedido não se materializou”, alegou a defesa do ex-presidente, citada pela Agência Brasil, em uma justificativa solicitada pelo STF.

    Os advogados do ex-presidente responderam a um pedido do ministro do Supremo Alexandre de Moraes, relator do caso, que exigiu explicações em um prazo de 48 horas, diante da “reiteração de condutas ilícitas”, após encontrar no celular de Bolsonaro um pedido de asilo ao governo argentino.

    Uma hora antes do fim do prazo, os advogados afirmaram, na resposta, que “um rascunho de pedido de asilo ao presidente argentino”, de fevereiro de 2024, “não pode ser considerado um indício de fuga”.

    O texto, sem data nem assinatura, mas endereçado ao presidente argentino, estava no celular de Bolsonaro desde 2024, quando foi alvo das primeiras investigações no caso de tentativa de golpe de Estado.

    Segundo a Polícia Federal, os elementos encontrados indicam que Bolsonaro, atualmente em prisão domiciliar, “tinha em seu poder um documento que possibilitaria sua fuga do Brasil para a República Argentina, especialmente após o início da investigação”.

    No documento, o ex-presidente alega que no Brasil é perseguido por motivos e crimes essencialmente políticos.

    Ainda de acordo com a defesa de Jair Bolsonaro, o ex-presidente cumpriu todas as medidas cautelares determinadas pelo STF, como a proibição de deixar o país e de utilizar suas redes sociais ou as de terceiros.

    “O fato é que, com ou sem o rascunho, o ex-presidente não fugiu. Pelo contrário, obedeceu a todas as decisões emanadas pela Suprema Corte, inclusive a que o proibia de viajar ao exterior, respondeu à denúncia apresentada, compareceu a todas as audiências, sempre respeitando todas as ordens”, justificaram os advogados.

    O pedido de explicações faz parte de um processo separado que investiga o ex-presidente e o filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, por supostamente tentarem obstruir e influenciar o julgamento por tentativa de golpe, através de ações coordenadas com o governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    Os dois foram indiciados “pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito por meio da restrição ao exercício dos poderes constitucionais”, acrescentam as autoridades.

    Segundo as autoridades brasileiras, Bolsonaro e seu filho Eduardo, que está nos Estados Unidos há cerca de seis meses, procuraram “induzir, instigar e ajudar” o governo de Donald Trump “a praticar atos hostis contra o Brasil” com o objetivo de arquivar o processo sobre a tentativa de golpe de Estado.

    Bolsonaro enfrenta um julgamento criminal sob a acusação de liderar uma conspiração de golpe para se manter no poder e impedir a posse de seu sucessor, Luiz Inácio Lula da Silva, que venceu as eleições de 2022.

    Esse julgamento, no qual Jair Bolsonaro pode enfrentar uma pena superior a 40 anos de prisão em regime fechado e que terá início no próximo dia 2 de setembro, teria sido o principal motivo que levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a impor uma tarifa adicional de 50% às importações brasileiras, bem como sanções a vários ministros do STF.

    Pedido de asilo para a Argentina era "mero rascunho", alega Bolsonaro

  • Governo Lula vai levar mote de soberania ao 7 de Setembro em meio ao julgamento de Bolsonaro

    Governo Lula vai levar mote de soberania ao 7 de Setembro em meio ao julgamento de Bolsonaro

    O desfile cívico-militar deste ano é coordenado pelo governo Lula com auxílio do Comando Militar do Planalto, o principal braço do Exército em Brasília

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O governo Lula (PT) deverá adotar o mote de “Brasil soberano” nos eventos comemorativos do Dia da Independência, em 7 de setembro, em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF (Supremo Tribunal Federal) e à ofensiva do governo Donald Trump contra o país com a imposição da sobretaxa de 50% a produtos brasileiros e sanções a autoridades.

    Dois auxiliares diretos do presidente da República dizem que a defesa da soberania, que já vem sendo adotada em discurso do petista e foi citada na cerimônia no 7/9 do ano passado, ganha nova relevância justamente pelo contexto político atual.

    Eles afirmam que é um momento também de o governo reafirmar a bandeira do patriotismo e de defesa à nação, que nos últimos anos estiveram atrelados ao bolsonarismo.

    O desfile cívico-militar deste ano é coordenado pelo governo Lula com auxílio do Comando Militar do Planalto, o principal braço do Exército em Brasília. A Casa Civil está na fase final da licitação para a montagem da estrutura do desfile.

    A empresa Palestino Estrutura e Eventos Ltda foi a vencedora, com uma proposta para levantar tribunas e arquibancadas por R$ 4,3 milhões.

    A proposta da empresa prevê a instalação de cinco tribunais para autoridades e familiares e 15 arquibancadas para o público geral, com capacidade de 30 mil pessoas. O contrato que será assinado ainda prevê tendas de apoio, área reservada para imprensa e grades de segurança.

    O Exército vai mobilizar cerca de 2.000 militares das Forças Armadas, além de veículos blindados e aviões.

    O evento ocorre dias após a Primeira Turma do STF iniciar o julgamento de Jair Bolsonaro, militares e aliados pela tentativa de golpe de Estado em 2022. O Supremo vai começar o julgamento no dia 2 de setembro. A sentença, porém, só deve ser conhecida na semana seguinte.

    Dois oficiais-generais lamentaram à Folha a coincidência das datas. Um deles reforçou que Bolsonaro fazia uso político do desfile militar e fez alguns de seus principais ataques ao Supremo em cerimônias do Dia da Independência.

    O receio entre militares é que atos bolsonaristas contra o Supremo, também previstos para 7 de setembro, chamem mais atenção do que o desfile. Eles ressaltam, porém, não haver preocupações com a segurança do evento oficial.

    Um ministro diz que o governo não deve se assustar diante da proximidade do julgamento de Bolsonaro e afirma que a data serve também para reforçar o patriotismo nacional. Além disso, diz ele, a atuação da família do ex-presidente nos Estados Unidos contra os interesses do Brasil reforça uma postura antipatriótica do clã Bolsonaro.

    Ainda não há uma definição se o presidente Lula fará pronunciamento em cadeia nacional por ocasião da data, mas a possibilidade não está descartada. Em 2024, o petista usou o pronunciamento do 7 de Setembro para criticar o bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter), que naquele momento protagonizava uma disputa com o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    “Nenhum país é de fato independente quando tolerar ameaças à sua soberania. Seremos sempre intolerantes com qualquer pessoa, tenha a fortuna que tiver, que desafie a legislação brasileira. Nossa soberania não está à venda”, disse Lula.

    Em julho deste ano, o presidente fez um pronunciamento em cadeia nacional sobre o tarifaço anunciado por Trump. Nele, o petista usou termos como “pátria soberana”, “defesa da soberania”, “defesa do Brasil” e disse que o país “tem um único dono, o povo brasileiro”.

    Além da cerimônia institucional, movimentos populares, centrais sindicais e partidos como o PT usarão a data para anunciar manifestações pelo país. Não há previsão de Lula participar desses atos -ele deverá acompanhar somente o desfile na Esplanada dos Ministérios.

    As centrais e as frentes Brasil Popular e Povo sem Medo estão anunciando atos para a data, classificando-a como o Dia Mobilização Nacional. Até quinta-feira (21), havia atos previstos em ao menos 18 capitais. O maior deles deverá ser em São Paulo, na praça da República.

    Em divulgações nas redes sociais, há frases como “Brasil soberano” e “quem manda no Brasil é o povo brasileiro”, além do uso das cores da bandeira nacional.

    Raimundo Bonfim, coordenador-geral da Central de Movimentos Populares (CMP) e da coordenação da Frente Brasil Popular, diz que a data servirá para defender a soberania nacional e “denunciar os traidores da pátria”.

    “Serão dois campos políticos nas ruas: a direita defendendo o tarifaço e a ingerência dos EUA no Brasil de um lado, e do outro nós, da esquerda, democratas e progressistas, defendendo a soberania, a democracia e os direitos”, diz.

    A ideia é fazer uma defesa da soberania brasileira contra o tarifaço de Trump, bem como uma defesa do Judiciário brasileiro, que tem sido atacado por autoridades americanas. A meta, além de organizar atos em todas as capitais, é também avançar e mobilizar para que ocorram manifestações em cidades médias.

    Um dos organizadores disse à reportagem que também as manifestações também devem destacar temas considerados prioritários, como a defesa da isenção do IR (Imposto de Renda) para quem ganha até R$ 5.000, a taxação dos super-ricos, o fim da escala 6×1 e contra a anistia aos condenados pelos ataques golpistas do 8 de janeiro.

    Com o mote “povo independente é povo soberano”, o PT trabalha para que ocorram atos em grande parte das capitais brasileiras. Segundo uma pessoa que acompanha a organização, o partido atuará fortemente nas redes sociais e também nas ruas para mobilizar um grande número de manifestantes.

    Governo Lula vai levar mote de soberania ao 7 de Setembro em meio ao julgamento de Bolsonaro

  • Bolsonaro seria muito bem recebido na Argentina, diz Valdemar sobre asilo político

    Bolsonaro seria muito bem recebido na Argentina, diz Valdemar sobre asilo político

    A PF afirmou nesta semana ter identificado no celular do ex-presidente uma minuta de pedido de asilo político direcionado a Javier Milei

    RIO DE JANEIRO, RJ (CBS NEWS) – O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, disse nesta sexta-feira (22) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seria “muito bem recebido” se tivesse asilo político na Argentina.

    A Polícia Federal afirmou nesta semana ter identificado no celular do ex-presidente uma minuta de pedido de asilo político direcionado a Javier Milei. O documento viabilizaria a saída de Bolsonaro do Brasil e foi criado após a deflagração de investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, segundo a PF.

    “Ninguém precisa pedir asilo. Você atravessa um rio aqui e você está na Argentina. E o Bolsonaro ia ser muito bem recebido lá, porque eu fui à posse do Milei com ele e fiquei impressionado com o povo na rua, o que tinha de gente no nosso hotel querendo conhecer Bolsonaro”, afirmou Valdemar durante evento no Rio de Janeiro.

    O presidente do PL discursou durante o 24° Fórum Empresarial Lide, em mesa dividida com o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o presidente do União Brasil, Antonio Rueda, e o governador do Rio de Janeiro Cláudio Castro (PL).

    Valdemar também minimizou publicação em que o vereador Carlos Bolsonaro (PL), filho de Bolsonaro, comparou a “ratos” candidatos a governadores que são pré-candidatos à presidência em 2026.

    “São todos parceiros nossos, o [Romeu] Zema, em Minas Gerais, o [Ronaldo] Caiado, em Goiás. Temos gente preparadíssima, como Ratinho [Jr., governador do Paraná]. Tenho certeza que nós vamos estar juntos no segundo turno, ou até no primeiro, quem sabe. Acontece que às vezes um filho vê o pai naquele estado e se desespera, fica nervoso, é natural. Temos que defender nossas famílias”, afirmou Valdemar.

    A fala que atribui a publicação de Carlos a um momento difícil da família Bolsonaro também foi repetida por governadores como Zema e Castro durante a semana.

    No evento, Valdemar afirmou que Brasília vive uma guerra contra Bolsonaro e seu partido. Ele não citou, porém, nenhuma instituição política em seu discurso.

    “O que estão fazendo com o presidente Bolsonaro, a humilhação que eles estão impondo ao nosso partido e ao presidente Bolsonaro tem destruído Bolsonaro pessoalmente. Ele fez uma operação muito séria recentemente, e dia após dia é um acontecimento”, afirmou durante fórum do Lide, grupo empresarial do ex-governador João Doria.

    Sem citar o STF, Valdemar afirmou que não havia motivo para a imposição do uso de tornozeleira eletrônica por Jair Bolsonaro.

    A defesa enfática ao ex-presidente acontece após críticas de aliados de Bolsonaro a Valdemar devido a um comentário tímido dele no Twitter depois da notícia sobre a sua prisão domiciliar. “ESTOU INCONFORMADO!!!!! O QUE MAIS POSSO DIZER?”, escreveu na época.

    Após as críticas, Valdemar apagou a postagem e fez outra publicação maior, que mesmo assim foi lida como insuficiente por alguns aliados.

    “A ordem de prisão do presidente Bolsonaro, um dia após as manifestações populares (às quais Bolsonaro não compareceu), soa como vontade de calar uma boa parte da população brasileira que, de forma pacífica, conforme autoriza a constituição, foi às ruas protestar, como permite um regime democrático”, disse na época.

    ‘QUERO QUE ELE DECIDA’ O CANDIDATO A PRESIDENTE

    Valdemar Costa Neto também falou sobre a corrida presidencial de 2026. Ele disse que ainda tem esperança de Bolsonaro participar das eleições, comparando o caso dele com a prisão de Lula. “Quem diria (…) que ele seria candidato a presidente? Foi candidato e ainda ganhou.”

    “Bolsonaro não comenta comigo, e se faz comentário comigo eu não levo em consideração, porque eu quero que ele decida. E sei que quando ele decidir vai ser pela cabeça dele”, afirmou.

    O presidente do PL citou o nome de Tarcísio de Freitas em sua fala, discorrendo com mais ênfase sobre o governador.

    Ele disse que “quase teve um infarte” quando Bolsonaro o escolheu para ser o candidato dele a governador de São Paulo. Segundo Valdemar, seria um nome improvável já que ele não vota no estado nem conhece a unidade federativa direito e “não fez uma obra para São Paulo” quando era ministro da Infraestrutura no governo anterior.

    Ainda sim, segundo Valdemar, foi uma escolha acertada, já que Tarcísio hoje tem um alto índice de aprovação no Brasil.

    Bolsonaro seria muito bem recebido na Argentina, diz Valdemar sobre asilo político

  • Genial/Quaest: Moro tem 38%, Paulo Martins, 8%, e Enio Verri, 7%, na disputa para governo do PR

    Genial/Quaest: Moro tem 38%, Paulo Martins, 8%, e Enio Verri, 7%, na disputa para governo do PR

    A Quaest entrevistou 1.104 pessoas com 16 anos ou mais no Paraná entre os dias 13 e 17 de agosto

    Pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta sexta-feira, 22, coloca o senador Sergio Moro (União) com 38% das intenções de voto na eleição para o governo do Paraná em 2026. O ex-juiz aparece isolado na liderança.

    O segundo pelotão tem o vice-prefeito de Curitiba (PR), Paulo Eduardo Martins (Novo), 8%, o ex-deputado Enio Verri (PT), 7%, e o secretário do governo paranaense Guto Silva (PSD), com 6%.

    Indecisos são 13% e brancos, nulos, e aqueles que disseram que não vão votar, somam 28%.

    A Quaest entrevistou 1.104 pessoas com 16 anos ou mais no Paraná entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de três pontos porcentuais e o nível de confiança é de 95%

    Aprovação do governo Ratinho Jr.

    A Quaest também mediu a aprovação do governador Ratinho Júnior. (PSD). O índice oscilou positivamente no limite da margem de erro, de 81% para 84%. A desaprovação recuou de 14% para 12%, também dentro da margem. Não souberam ou não responderam 4%.

    Para 70% dos entrevistados, o pessedista merece eleger quem indicar como seu sucessor ao governo estadual. Ratinho ainda não definiu quem apoiará: entre as opções estão Guto Silva, também do PSD, e Paulo Eduardo Martins.

    Outros 24% responderam que o chefe do Executivo paranaense não merece emplacar seu candidato ao governo. Não souberam ou não responderam 6%.

    Genial/Quaest: Moro tem 38%, Paulo Martins, 8%, e Enio Verri, 7%, na disputa para governo do PR

  • Mendonça diz que Judiciário precisa de autocontenção e repete discurso de críticos a Moraes

    Mendonça diz que Judiciário precisa de autocontenção e repete discurso de críticos a Moraes

    Sem mencionar diretamente o STF e Moraes, Mendonça defendeu reformas administrativas nos Três Poderes

    RIO DE JANEIRO, RJ (CBS NEWS) – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) André Mendonça afirmou nesta sexta-feira (22) que o Judiciário brasileiro precisa de “autocontenção” para não passar a “impressão de Estado judicial de Direito”.

    Mendonça discursou durante o Fórum Empresarial Lide, no Rio de Janeiro, em evento que também tem previsão da presença do ministro do STF Alexandre de Moraes, além dos governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL).

    “Estado de Direito demanda autocontenção do Poder Judiciário. Tenho legitimidade para dizer isso porque integro a mais alta corte do país. O Estado de Direito não significa a prevalência da vontade ou das pré-compreensões dos intérpretes da lei. Eu tenho meus valores, mas devo servir à lei e à Constituição. O Judiciário não pode ser o fator de criação e inovação legislativa”, afirmou.

    Em exposição marcada por recados ao Judiciário, sem mencionar diretamente o STF e Moraes, Mendonça defendeu reformas administrativas nos Três Poderes. “Se algo não está dando certo, é preciso haver reflexão séria de reforma das instituições, que perpasse Legislativo, Executivo, Judiciário, Tribunal de Contas e agências reguladoras, a fim de haver organização na sociedade brasileira.”

    O ministro afirmou que é preciso diferenciar o Estado de Direito e o que considera o “Estado judicial de Direito”. Indicado à corte por Jair Bolsonaro, que será julgado no caso da trama golpista a partir de 2 de setembro, o ministro adotou discurso com argumentos semelhantes ao de críticos à atuação de Moraes e do Supremo.

    “Se é verdade que no Estado de Direito forte o Judiciário tem prerrogativa de dar a última palavra, o Poder Judiciário não tem prerrogativa de dar a primeira e a ultima palavra. Essa situação passa a impressão de vivermos num Estado judicial de Direito”, afirmou. “Democracia significa garantir que os cidadãos possam livremente se expressar, sem censura direta ou indireta, sem medo de ser perseguido por falas.”

    A mesa de Mendonça teve presença do governador do Rio, Cláudio Castro, e de presidentes de partido -Antonio Rueda (União Brasil), o senador Ciro Nogueira (PP-PI) e Valdemar da Costa Neto (PL).

    Em fala antes de Mendonça, Valdemar afirmou que considera possível aliança entre pré-candidatos à Presidência em 2026, mesmo em primeiro turno, e minimizou o ataque do vereador Carlos Bolsonaro (PL) a governadores nesta semana.

    “Tenho certeza que vamos estar juntos no segundo turno, ou até no primeiro, quem sabe. Acontece que às vezes um filho se desespera, fica nervoso, é natural. Temos que defender nossas famílias. É isso que nós estamos atravessando.”

    Mendonça diz que Judiciário precisa de autocontenção e repete discurso de críticos a Moraes

  • Dólar tem forte queda e Bolsa dispara 2% após Powell sinalizar possibilidade de corte de juros

    Dólar tem forte queda e Bolsa dispara 2% após Powell sinalizar possibilidade de corte de juros

    O dólar caía 1,51% às 12h12, cotado a R$ 5,414. Já a Bolsa estava em disparada de 2,15%, a 137.405 pontos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar está em forte queda nesta sexta-feira (22), após o presidente do Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos), Jerome Powell, abrir a porta para um corte de juros na próxima reunião, em setembro.

    Embora não tenha se comprometido com a redução, a possibilidade injetou otimismo nos mercados de renda variável e de câmbio globalmente.

    Por aqui, o dólar caía 1,51% às 12h12, cotado a R$ 5,414, aprofundando as perdas em relação a mais cedo. Já a Bolsa estava em disparada de 2,15%, a 137.405 pontos.

    Fed trabalha com um mandato duplo, isto é, observa de perto os dados de emprego e de inflação para decidir sobre a política monetária. O objetivo é levar a inflação à meta de 2% sem grandes danos ao mercado de trabalho.

    No discurso, Powell fez um balanço dos riscos para cada ponta desse mandato duplo. Por um lado, o mercado de trabalho parece estar em um “equilíbrio curioso”, onde a taxa de desemprego está em relativa estabilidade por causa de uma desaceleração “acentuada” tanto na oferta e quanto na demanda por trabalhadores.

    “Essa situação incomum sugere que os riscos de queda no emprego estão aumentando. E, se esses riscos se materializarem, poderão aparecer rapidamente”, disse ele.

    Por outro lado, as tarifas do presidente Donald Trump, que tendem a pressionar os preços ao consumidor, “podem estimular uma dinâmica inflacionária mais duradoura”.

    Esses riscos estão em equilíbrio, segundo ele, e os juros estão em um território restritivo. “Isso pode justificar o ajuste de nossa postura na política monetária”, afirmou.

    Para André Diniz, economista chefe da Kinea Investimentos, a sinalização “foi o mais perto possível de dizer que vai ter um primeiro corte em setembro”.

    “Seria muito improvável que ele dissesse isso com todas as letras, mas foi claramente uma mudança na leitura de riscos entre a última entrevista coletiva do Fed, em julho, e esse discurso de Jackson Hole.”

    O Fed está em uma sinuca de bico por causa do tarifaço de Trump. Como as tarifas tendem a aumentar os preços ao consumidor e a desacelerar as contratações, qualquer ajuste na taxa de juros terá um ônus para alguma das pontas.

    Juros altos contêm a disparada inflacionária por desestimularem a tomada de empréstimos e o consumo, mas afetam as empresas, que podem reduzir o número de funcionários ou parar as contratações, resfriando o mercado de trabalho. Já um corte nos juros traria o cenário oposto: aqueceria o mercado de trabalho, mas também estimularia a inflação.

    O Fed vem mantendo a taxa de juros entre 4,25% e 4,5% desde dezembro do ano passado, antes de Donald Trump ser empossado. Foram cinco reuniões neste ano que os diretores optaram pela manutenção da taxa, apesar da pressão de Trump que defende uma redução de três pontos percentuais.

    Antes do discurso, operadores precificavam pouco menos de 70% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual nos juros durante a próxima reunião, entre 16 e 17 de setembro, com os 30% apostando em mais uma manutenção. Agora, a probabilidade está em mais de 90%.

    Para os mercados emergentes de renda variável e de câmbio, cortes nos juros do Fed são uma boa notícia, já que normalmente vêm acompanhados de uma injeção de recursos de investidores egressos da renda fixa norte-americana. Quando os juros por lá caem, os rendimentos dos títulos ligados ao Tesouro dos Estados Unidos também caem, levando os operadores à diversificação de investimentos.

    Segundo Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad, o discurso trouxe um novo grau de otimismo para esses mercados.

    “Apesar de reconhecer que o ambiente macro continua desafiador, especialmente com as mudanças em imigração e políticas comerciais afetando oferta e demanda com efeitos difíceis de antecipar, o presidente do Fed afirmou que a política monetária está restritiva e sinalizou a proximidade de ajustes, o que resultou em uma resposta imediata dos ativos”, afirma.

    “Os índices de ações passaram a apresentar alta firme ao considerar o discurso ‘dovish’, ou seja, indicativo de uma política monetária mais estimulativa, que melhora as perspectivas para ações e outros ativos de risco.”

    O otimismo também estimula Wall Street, onde os principais índices estão em alta de mais de 1%. O Dow Jones subia 1,90%, enquanto S&P 500 avançava 1,56% e o Nasdaq Composite, 1,88%.

    Para o Brasil, a perspectiva de cortes de juros pelo Fed ainda tende a favorecer o real devido à percepção de que, com a taxa Selic em patamar alto por tempo prolongado, o diferencial de juros entre Brasil e EUA permanecerá favorável para o lado brasileiro.

    Por outro lado, a cena doméstica tem exercido pressão sobre o câmbio. Na segunda-feira, o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros só têm validade no país se confirmadas pelo Supremo.

    A decisão foi dada em ação sobre o rompimento da barragem de Mariana (MG) e não diz respeito diretamente à disputa entre Brasil e Estados Unidos. Na prática, porém, indica que o ministro Alexandre de Moraes, colega de corte de Dino, não pode sofrer as consequências da imposição da Lei Magnitsky, da qual foi alvo em julho pelo governo Donald Trump.

    Como sinalizou o magistrado, instituições financeiras do país podem ser penalizadas se aplicarem sanções contra Alexandre de Moraes. Essa percepção fez o setor bancário derreter na Bolsa na terça, tendo perdido mais de R$ 41,3 bilhões em valor de mercado.

    Relator do julgamento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado, Moraes está na mira do governo Trump desde o mês passado. O magistrado é acusado de determinar prisões de forma arbitrária e suprimir a liberdade de expressão.

    Dólar tem forte queda e Bolsa dispara 2% após Powell sinalizar possibilidade de corte de juros

  • Leilão do TRT-2 terá imóveis e veículos com até 80% de desconto

    Leilão do TRT-2 terá imóveis e veículos com até 80% de desconto

    Será possível parcelar o valor arrematado em até 30 meses, com sinal de 25% para casas e carros, desde que as parcelas não sejam inferiores a R$ 1.000

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região) fará um leilão às 10h dos dias 16 e 18 de setembro no estado de São Paulo, com 170 bens imobiliários, 45 veículos e 4.224 garrafas de bebidas, incluindo uísques, licores e vinhos chilenos e italianos. São 5.058 oportunidades com até 80% de desconto.

    Para participar, os interessados devem se cadastrar no site www.fidalgoleiloes.com.br com antecedência de até 48 horas antes do leilão e buscar, na página inicial, os editais 3364 (dia 16) e 3365 (dia 18). Depois, é necessário clicar em “Habilite-se aqui” e assinar o formulário preenchido por um certificado digital reconhecido, como o próprio Gov.br.

    Será possível parcelar o valor arrematado em até 30 meses, com sinal de 25% para casas e carros, desde que as parcelas não sejam inferiores a R$ 1.000.

    As 170 propriedades estão distribuídas na cidade de São Paulo (75), em todo o ABC (17) e na região metropolitana (36).

    Também são oferecidos 16 imóveis no interior paulista, nas cidades de Avaré, Cajati, Campos do Jordão, Dois Córregos, Guararapes, Presidente Alves, Ribeirão Preto, Salto de Pirapora, Serra Negra e Sorocaba.

    Já no litoral, são 26 bens imobiliários no Guarujá, Itanhaém, Mongaguá, Peruíbe, Praia Grande, Santos, São Vicente e Ubatuba.

    Entre os imóveis em destaque na capital paulista, um apartamento de 42,89 m² localizado na Vila Olímpia, zona sudoeste, é ofertado a um lance inicial de R$ 320 mil. Já em Pinheiros, uma casa de 193 m², com terreno de 329,05 m², tem lance inicial de R$ 960 mil. Ambos fazem parte do edital 3364, do dia 16, nos lotes 20 e 93, respectivamente.

    Em Jandira, região metropolitana, um apartamento avaliado em R$ 250 mil é oferecido por R$ 75 mil no lote 3 do edital 3365, no dia 18. No Guarujá, litoral paulista, é possível arrematar por R$ 380 mil um apartamento avaliado em R$ 950 mil no lote 67 da mesma data.

    Na parte de veículos, uma Range Rover de 2013/2014 é leiloada a R$ 51,5 mil no lote 86 do edital 3364. Já uma Fiat Toro Ranch, do ano 2019/2020 e avaliada em R$ 128,2 mil, é ofertada a partir de R$ 34,5 mil (cerca de 75% de desconto) no lote 54 do 3365.

    Das 4.224 garrafas de bebidas nos dois editais, 21 são do licor Frangelico, seis do licor 43 Baristo, 21 do uísque Jack Daniels, 3.456 do vinho chileno Marques de Nevado e 720 do vinho italiano Negroamaro.

    Há, ainda, 26 equipamentos ou maquinários e 537 acessórios diversos.
    COMO PARTICIPAR DO LEILÃO DO TRT-2?

    É preciso fazer um cadastro na plataforma Fidalgo Leilões. No momento de escolher um login, é importante não fornecer nenhum dado sensível, como email ou nome completo, já que se trata de uma informação que ficará visível a outros usuários.

    1 – Acesse o site www.fidalgoleiloes.com.br
    2 – Clique em “Cadastre-se”
    3 – Escolha o perfil “pessoa física” ou “pessoa jurídica”
    4 – Preencha os dados e insira os arquivos necessários
    5 – Aceite o termo de adesão e salve o cadastro

    Será preciso aguardar a análise dos dados por parte do leiloeiro, que deverá enviar um email de confirmação ao usuário cadastrado. Após esse período, será possível habilitar-se para participar do leilão.

    1 – Na página inicial da Fidalgo Leilões, encontre o edital 3364 (dia 16) ou 3365 (dia 18)
    2 – Acesse “Habilite-se aqui” ou “Habilite-se para o leilão”
    3 – Leia o edital e clique em “Aceitar e enviar”

    Quando estiver habilitado, o usuário poderá acessar o “Auditório virtual” de ambos os editais, escolher os lotes desejados e clicar em “Enviar lance”, atentando-se ao valor do lance inicial, do lance atual e ao incremento mínimo necessário.

    CRONOGRAMA DO LEILÃO

    Prazo máximo para cadastro no site leiloeiro – Até 10h do dia 14 de setembro
    Primeiro leilão (edital 3364) – 10h do dia 16 de setembro
    Segundo leilão (edital 3365) – 10h do dia 18 de setembro

    QUAIS OS TIPOS DE LEILÃO DE IMÓVEL?

    No mercado imobiliário, existem basicamente dois tipos de leilões:

    Leilões judiciais, como o do TRT-2, são feitos com base em uma ordem judicial, como parte de uma ação de execução, falência ou hipoteca. O imóvel é colocado à venda no leilão para cobrir uma dívida ou resolver uma disputa legal.

    Leilão extrajudicial pode ser realizado pelo próprio proprietário que deseja vender o imóvel rapidamente ou por bancos, instituições financeiras, empresas de construção que esgotam todas as chances de negociações da dívida com o credor, no caso de alienação fiduciária (quando o imóvel é dado como garantia de pagamento).

    QUAIS IMÓVEIS VÃO A LEILÃO?

    – Imóvel retomado pelo credor após o proprietário não conseguir pagar pelo crédito tomado
    – Imóvel com condomínios atrasados
    – Imóveis abandonados, geralmente devido a problemas financeiros ou legais
    – Imóveis confiscados por causa de atividades ilegais ou não pagamento de impostos
    – Imóveis de empresas ou particulares vendidos por motivos financeiros ou para fins de liquidação de bens

    Atenção! Os imóveis vendidos em leilão podem estar em boas ou más condições e ter ou não pendências legais ou impostos em aberto.

    Leilão do TRT-2 terá imóveis e veículos com até 80% de desconto

  • 82% dos brasileiros defendem cotas em concursos públicos, diz Datafolha

    82% dos brasileiros defendem cotas em concursos públicos, diz Datafolha

    A pesquisa Datafolha foi encomendada pelo Movimento Pessoas à Frente; foram entrevistadas presencialmente 2.008 pessoas de 16 anos ou mais em 136 municípios pelo Brasil, entre os dias 9 e 12 de junho deste ano

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A maioria dos brasileiros é a favor das cotas em concursos públicos, segundo pesquisa Datafolha, com 82% apoiando a reserva de vagas para negros, indígenas, quilombolas e até mulheres, que hoje não são contempladas pela lei.

    Além das ações afirmativas em certames, 80% concordam ainda com cotas para cargos de liderança no setor público, voltadas a esses mesmos grupos.

    Os dados também mostram o apoio a mecanismos que visam proteger servidoras no ambiente de trabalho. Ao todo, 92% dos entrevistados estão de acordo com a promoção de redes de apoio para as mulheres no setor público e 89%, com programas para combate ao assédio.

    Dos que são a favor das cotas em concursos, 12% concordam parcialmente com a política, mas os motivos não são detalhados na pesquisa. Na reserva de vagas em lideranças, a cifra dos que concordam em parte é de 16%.

    A pesquisa Datafolha foi encomendada pelo Movimento Pessoas à Frente, voltado à gestão de pessoas no setor público.

    Foram entrevistadas presencialmente 2.008 pessoas de 16 anos ou mais em 136 municípios pelo Brasil, entre os dias 9 e 12 de junho deste ano. A margem de erro para a amostra geral é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
    O serviço público federal ainda não alcança a equidade de gênero. Ao todo, mulheres somam 44,5% do total de servidores, enquanto os homens compõem 55,5% da força de trabalho no setor.

    O quadro é parecido nos cargos de liderança, em que elas são 42,3% das chefias e eles, 57,7%. Se levar em consideração a raça, mulheres negras são apenas 15,4% dos líderes, enquanto homens brancos são 33%.

    O percentual dos que rejeitam as cotas em concursos é de 17%. Já para posições de chefia, a cifra dos que discordam sobe para 19%.

    Para Jessika Moreira, diretora-executiva no Movimento Pessoas à Frente, ainda existe uma percepção de que a reserva de vagas se opõe à meritocracia, o que pode levar à resistência no apoio à política de cotas. Mas, segundo Jessika, as ações afirmativas não representam uma ameaça à avaliação das competências de candidatos.

    “[Com as cotas], vamos garantir que essas pessoas entrem conseguindo romper um processo que é historicamente marcado por exclusão de pessoas negras e de mulheres”, afirma.

    Com a promessa de elevar a diversidade do setor público, o primeiro CNU (Concurso Nacional Unificado) teve resultado aquém do esperado em equidade de gênero. Na primeira edição do certame, as mulheres foram 56% dos inscritos, mas apenas 37% dos aprovados.

    Isso motivou o MGI (Ministério da Gestão e da Inovação) a adotar uma ação afirmativa com base na experiência do Ministério das Relações Exteriores. No ano passado, o concurso para o cargo de diplomata teve convocação adicional de candidatas para que elas fossem ao menos 40% dos aprovados na segunda fase.

    No caso do CNU, mulheres serão pelo menos metade dos candidatos que passarem para a segunda etapa do certame.

    Apesar da tentativa, a cota do Itamaraty praticamente não mudou o resultado. Elas representaram 45% dos inscritos no certame, mas foram apenas 32% do total de aprovados para a carreira -só um ponto acima do número observado em 2023.

    Segundo Ana Pessanha, especialista em conhecimento da República.org, a falta de oportunidades que priorizem mulheres e pessoas negras pode interferir no avanço da diversidade em cargos de liderança.

    Esses grupos já costumam enfrentar dificuldades particulares que afetam seu acesso ao setor público, como a dupla jornada de trabalho para cuidar de familiares e a dificuldade para ter tempo de dedicação exclusiva ao estudar para concurso, por precisar trabalhar.

    “Carreiras melhor remuneradas exigem preparação prolongada, com alta carga de estudo. Esse tipo de exigência tende a excluir candidatos que não dispõem de tempo e recursos para se dedicar exclusivamente à preparação”, afirma.

    Para Jessika Moreira, do Movimento Pessoas à Frente, a reforma administrativa apresenta uma janela para propor mudanças voltadas à diversidade e inclusão no setor público.

    Nesta semana, o Movimento elaborou dois anteprojetos relacionados com a equidade de gênero. As propostas, entregues à deputada Soraya Santos (PL-RJ), sugerem a criação de uma política de promoção de equidade, com metas obrigatórias de paridade em cargos comissionados, além da criação de uma política nacional de combate ao assédio no setor.

    “Qualquer tema [de diversidade] que não for absorvido pela proposta da reforma vai gerar uma grande frustração à população brasileira, como mostra o Datafolha. O parlamento tem um dever de responder muito concretamente, através da proposta, a esse anseio.”

    82% dos brasileiros defendem cotas em concursos públicos, diz Datafolha