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  • Alckmin minimiza perda de valor de mercado dos bancos e elogia Dino

    Alckmin minimiza perda de valor de mercado dos bancos e elogia Dino

    Geraldo Alckmin minimizou a queda nas ações dos bancos após a decisão do STF que barrou a Lei Magnitsky no Brasil. O vice-presidente destacou que o impacto no mercado é passageiro, defendeu Flávio Dino como “grande jurista” e reforçou apoio ao Supremo diante das sanções dos EUA

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), minimizou a forte desvalorização das ações dos bancos decorrente da decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impedir a aplicação da Lei Magnitsky no Brasil. “Vai passar, é um movimento efêmero e o mercado tem racionalidade”, afirmou, em entrevista exibida pela GloboNews na noite desta quarta-feira, 20.

    Alckmin disse que não é jurista para opinar sobre decisões judiciais, mas afirmou que Dino é um “grande jurista”. O vice-presidente expressou solidariedade ao STF e ao ministro Alexandre de Moraes diante das sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos.

    Ainda sobre a crise com o governo americano, Alckmin afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “quando o quadro estiver mais claro”.

    Alckmin minimiza perda de valor de mercado dos bancos e elogia Dino

  • Silas Malafaia chama Eduardo Bolsonaro de “babaca inexperiente” em áudios

    Silas Malafaia chama Eduardo Bolsonaro de “babaca inexperiente” em áudios

    Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram que Silas Malafaia fez duras críticas a Eduardo Bolsonaro, acusando-o de atrapalhar a estratégia política do grupo. Nos áudios, o pastor diz a Jair Bolsonaro que o deputado dá discurso à esquerda e ameaça expor publicamente suas falas

    Mensagens obtidas pela Polícia Federal mostram que o pastor Silas Malafaia fez duras críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em conversas privadas com o ex-presidente Jair Bolsonaro. As trocas ocorreram após o governo de Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros a partir de agosto.

    Nos diálogos, Malafaia chamou Eduardo de “inexperiente” e acusou o parlamentar de atrapalhar a estratégia política do grupo. “Esse seu filho Eduardo é um babaca inexperiente que está dando a Lula e à esquerda o discurso nacionalista e, ao mesmo tempo, te ferrando. Um estúpido de marca maior. ESTOU INDIGNADO! Só não faço vídeo e arrebento com ele por consideração a você. Não sei se vou ter paciência de ficar calado se esse idiota falar mais alguma asneira”, escreveu em mensagem enviada em 11 de julho de 2025, às 17h55.

    Dois dias antes, Trump havia justificado a taxação em sua rede social, dizendo que a medida estava ligada ao tratamento dado a Bolsonaro, que será julgado no próximo mês pela Primeira Turma do STF por participação em uma trama golpista. O ex-presidente norte-americano classificou o processo como “caça às bruxas”.

    Malafaia também se mostrou irritado com reportagens na imprensa. Ele criticou uma publicação da jornalista Mônica Bergamo no X, que revelava uma tentativa do governador Tarcísio de Freitas de convencer ministros do STF a liberar Bolsonaro para viajar aos EUA e negociar com Trump. “O amadorismo político de vocês me impressiona! Gilmar vazou para Mônica Bergamo o pedido de vocês. Quer falar com Trump? Faz uma videoconferência, não precisava se expor. É piada!”, escreveu.

    Pouco depois, às 18h07, Malafaia relatou a Bolsonaro ter recebido ligação de um jornalista sobre uma suposta “discussão violenta” entre o ex-presidente e Eduardo. O pastor suspeitou de vazamentos de informações por alguém próximo à família. Bolsonaro, em áudios, negou o conflito.

    As críticas continuaram em novos áudios. Ao elogiar o senador Flávio Bolsonaro por uma entrevista à GloboNews, Malafaia voltou a atacar Eduardo: “E vem o teu filho babaca falar merda! Dando discurso nacionalista, que eu sei que você não é a favor disso. Dei-lhe um esporro, cara… mandei um áudio pra ele de arrombar. E disse pra ele: a próxima que tu fizer eu gravo um vídeo e te arrebento! Falei pro EDUARDO.”

    Silas Malafaia chama Eduardo Bolsonaro de “babaca inexperiente” em áudios

  • Exportações, emprego e investimentos tendem a recuar devido a tarifaço

    Exportações, emprego e investimentos tendem a recuar devido a tarifaço

    Tarifaço dos EUA pressiona indústria brasileira: pesquisa da CNI aponta queda nas exportações, menor intenção de investimento e redução de empregos nos próximos meses, apesar de produção industrial ainda registrar crescimento em ritmo mais moderado

    O tarifaço norte-americano contra produtos brasileiros pode fazer com que, pela primeira vez em 21 meses, as exportações do Brasil apresentem queda. O mesmo deverá ocorrer com investimentos e com os índices de emprego na indústria nacional.

    A projeção consta da Sondagem Industrial, divulgada nesta quarta-feira (20) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo o levantamento, o índice que mede a expectativa de exportações da indústria para os próximos seis meses recuou 5,1 pontos em agosto, caindo para 46,6 pontos.

    Quando abaixo de 50 pontos, o indicador sinaliza que os empresários esperam queda na quantidade exportada pelo setor.

     

    “A piora das expectativas de exportações da indústria está muito relacionada a incertezas do cenário externo, principalmente em função da nova política comercial americana”, resume a analista da CNI, Isabella Bianchi.

    Emprego em queda e produção alta

    Segundo a CNI, os reflexos das medidas anunciadas pelos Estados Unidos colaboraram para o recuo do número de empregados industriais, observado em julho de 2025, apesar de o contexto ser de aumento de produção no setor.

    “Após recuar dois pontos em agosto, o índice de expectativa de número de empregados caiu para 49,3 pontos. Isso significa que os empresários acreditam que a quantidade de postos de trabalho no setor não vai mais subir nos próximos seis meses”, informou a CNI referindo-se à queda na quantidade de trabalhadores entre junho e julho.

    O índice de evolução da produção ficou em 52,6 pontos em julho. Acima dos 50 pontos, este índice representa aumento da produção industrial em comparação a junho.

    “Os índices de expectativa de demanda e de compra de insumos e matérias primas caíram em agosto. O primeiro encolheu 2,3 pontos indo para 53,1 pontos; o segundo, recuou 1,6 ponto, para 52,1 pontos”, anunciou a CNI.

    “No entanto, como continuam acima da linha de 50 pontos, indicam perspectiva de crescimento para os próximos meses, ainda que em menor grau do que em julho”, complementou.

    Investimento e UCI

    Os empresários também estão menos propensos a investir. O índice de intenção de investimento recuou 1,6 ponto e foi para 54,6 pontos. Trata-se do menor valor para o indicador desde outubro de 2023. Ainda assim, o índice está 2,1 pontos acima da média histórica de 52,5 pontos.

    O levantamento mostra estabilidade, em 71%, da Utilização da Capacidade Instalada (UCI) permaneceu em 71%.

    Este percentual, explica a CNI, é o mesmo observado em julho de 2024, e está dois pontos percentuais acima do anotado em julho de 2023, quando marcou 69%.

    Estoques estáveis

    Foi também observada estabilidade – em 50,1 pontos – no índice que mede a evolução do nível de estoques.

    Quanto ao índice de estoque efetivo em relação ao planejado, foram observados 49,9 pontos, “revelando que os estoques estão ajustados ao planejado pelos empresários industriais”.

    A Sondagem Industrial consultou 1.500 empresas. Destas, 601 foram de pequeno porte; 518 de médio porte; e 381 de grande porte A pesquisa foi realizada entre 1º e 12 de agosto de 2025.

    Exportações, emprego e investimentos tendem a recuar devido a tarifaço

  • Moraes dá 48h para Bolsonaro explicar documento com pedido de asilo

    Moraes dá 48h para Bolsonaro explicar documento com pedido de asilo

    A Polícia Federal encontrou no celular de Jair Bolsonaro um documento com pedido de asilo político à Argentina, elaborado após o início das investigações sobre tentativa de golpe. O texto, atribuído ao ex-presidente, revela intenção de deixar o país alegando perseguição política e urgência na solicitação

    O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 48 horas para a defesa de Jair Bolsonaro prestar esclarecimentos sobre o documento de pedido de asilo político encontrado pela Polícia Federal (PF) no celular do ex-presidente.

    Na decisão, Moraes diz que o relatório da PF no qual Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), foram indiciados na investigação sobre as tarifas dos Estados Unidos contra o Brasil demonstrou diversas tentativas de burlar as medidas cautelares que impediam o contato com investigados na trama golpista e de acesso às redes sociais, incluindo os perfis de terceiros.

    De acordo com o relatório, Bolsonaro cogitou a possibilidade de pedir asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei

    . O documento tem 33 páginas – sem assinatura e sem data – estava salvo no aparelho desde 2024

    Além disso, o ministro citou o contato feito pelo general Braga Netto após ser proibido de falar com Bolsonaro e trocas de mensagens entre o ex-presidente e seus aliados para passar orientações para publicação de postagens nas redes sociais. 

    “Diante do exposto. Intime-se a defesa de Jair Bolsonaro para que, no prazo de 48 horas, preste esclarecimentos sobre os reiterados descumprimentos das medidas cautelares impostas, a reiteração das condutas ilícitas e a existência de comprovado risco de fuga”, decidiu o ministro.

    Após receber o relatório de indiciamento. Moraes enviou o caso para a Procuradoria-Geral da República (PGR).

    Caberá ao órgão decidir se Bolsonaro e Eduardo serão denunciados ao STF.

    Entenda:

    A Polícia Federal identificou, no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro, um documento de 33 páginas com um pedido de asilo político direcionado ao presidente da Argentina, Javier Milei. O arquivo foi criado dois dias após o início da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado.

    O conteúdo, escrito em primeira pessoa e sem assinatura, afirma que Bolsonaro se considera perseguido por motivos políticos e solicita asilo em caráter de urgência. O documento é citado no relatório que embasa o indiciamento de Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro por obstrução de investigação no Supremo Tribunal Federal.

    Segundo a PF, os metadados do arquivo indicam que Fernanda Bolsonaro, esposa do senador Flávio Bolsonaro, foi a criadora e última editora do texto. A corporação também destaca que Bolsonaro esteve na Argentina entre 7 e 11 de dezembro de 2023, período em que acompanhou a posse de Milei.

    Moraes dá 48h para Bolsonaro explicar documento com pedido de asilo

  • PF indicia Jair e Eduardo Bolsonaro em ação penal do golpe

    PF indicia Jair e Eduardo Bolsonaro em ação penal do golpe

    A decisão consta de relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e também incluiu medidas contra o pastor Silas Malafaia, que foi alvo de mandado de busca e apreensão e teve o passaporte retido.

    A Polícia Federal indiciou, nesta quarta-feira (20), o ex-presidente Jair Bolsonaro e o seu filho o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por tentativa de obstrução de Justiça no inquérito que investiga a trama golpista no país, em curso no STF (Supremo Tribunal Federal).

    O relatório final da investigação, entregue ao tribunal na sexta-feira (15), diz que os dois cometeram crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado democrático de Direito.

    A decisão do relatório enviado ao Supremo também incluiu medidas contra o pastor Silas Malafaia, que foi alvo de mandado de busca e apreensão e teve o passaporte retido.

    Segundo a PF, agentes cumpriram busca pessoal contra Malafaia, com apreensão de celular e de outros materiais. O pastor retornou ao Brasil vindo de Lisboa e, ao desembarcar no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, foi levado para prestar depoimento.

    O relatório da Polícia Federal aponta que do celular de Jair Bolsonaro foram recuperados áudios e mensagens com Eduardo Bolsonaro e Malafaia que haviam sido apagados. O material reforçaria, segundo os investigadores, tentativas de intimidação a autoridades brasileiras e de interferência nos inquéritos que apuram os atos golpistas.

    A PF também identificou conversas em que Jair Bolsonaro teria discutido com aliados a possibilidade de solicitar asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei. O inquérito foi aberto em maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), após indícios de que Eduardo Bolsonaro buscava apoio do governo dos Estados Unidos para sanções contra ministros do STF.

    Jair Bolsonaro já cumpre prisão domiciliar por descumprimento de ordens judiciais. Em julho, o ministro Alexandre de Moraes prorrogou a investigação por mais 60 dias.

    Eduardo Bolsonaro encontra-se atualmente nos Estados Unidos, morando com a família no Texas, mas segue no centro da trama golpista investigada pelo STF. Ele é alvo de apurações sobre seu envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e está envolvido em polêmica internacional após suspeitas de ter articulado para que o ministro Alexandre de Moraes fosse incluído em uma lista de sanções da Lei Magnitsky.

    PF indicia Jair e Eduardo Bolsonaro em ação penal do golpe

  • Eduardo xinga Jair Bolsonaro em mensagens: 'VTNC seu ingrato do caralho'

    Eduardo xinga Jair Bolsonaro em mensagens: 'VTNC seu ingrato do caralho'

    Mensagens reveladas pela PF mostram Eduardo Bolsonaro xingando o pai após ser chamado de imaturo em entrevista. O episódio expõe desentendimentos familiares e políticos, enquanto o deputado segue investigado por sua atuação nos EUA em defesa de sanções contra autoridades brasileiras

    (CBS NEWS) – Mensagens reproduzidas no relatório final em que a Polícia Federal indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) mostram o deputado federal xingando o pai devido a uma entrevista em que ele foi chamado de imaturo.

    No diálogo via aplicativo WhatsApp Eduardo manifesta grande incômodo pelo fato de Bolsonaro tê-lo chamado de imaturo na entrevista, em 15 de julho, devido a divergências do deputado com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), e passa a atacá-lo com palavrões.

    “VTNC SEU INGRATO DO CARALHO’!, escreveu Eduardo em maiúsculas, usando a sigla que significa “vai tomar no c…”

    Em nota divulgada na noite desta quarta-feira, o deputado critica o vazamento do que chamou de conversas entre pai e filho.

    “Me fudendo aqui! VC ainda te ajuda a se fuder aí!. (..) Se o IMATURO do seu filho de 40 anos não puder encontrar com os caras aqui, PORQUE VC ME JOGA PRA BAIXO, quem vai se fuder é vc E VAI DECRETAR O RESTO DA MINHA VIDA NESTA PORRA AQUI”, prossegue o parlamentar, que cobra “responsabilidade” do pai.

    Na entrevista, concedida ao portal Poder360, Bolsonaro diz que as divergências entre o filho e Tarcísio estavam superadas e diz: “Ele [Eduardo Bolsonaro] apesar de ter feito 40 anos de idade agora, né… ele não é tão maduro assim, vamos assim dizer, talhado para a política… tá bem. Ele acerta 90% das vezes, 9% quando meio e 1% está errando”, afirmou.

    Após a entrevista, Eduardo manda mensagem ao pai dizendo que ia deixar de lado a história, mas que estava com vontade de dar “mais uma porrada” em Tarcísio devido às críticas recebidas do pai.

    De acordo com o relato da PF, Bolsonaro e o filho seguem o diálogo por meio de mensagens de áudio que não puderam ser recuperadas.

    Em seguida, o deputado manda nova mensagem pedindo a Bolsonaro para vê-lo como o ex-presidente Michel Temer (MDB).

    “Quero que vc olhe para mim e enxergue o Temer, vc falaria isso do Temer?”

    “Na madrugada do dia 16.07.2025”, prossegue a PF, Eduardo “pede desculpas ao pai pelas falas realizadas no dia anterior, alegando que ‘estava puto na hora’.

    Em seguida, encaminha a foto de uma publicação por ele realizada em seu perfil na plataforma social X, pacificando o conflito entre ele e Tarcisio”.

    “Peguei pesado…”, diz Eduardo em uma das mensagens de desculpas enviadas ao pai.

    A PF também descreve uma mensagem enviada a Jair Bolsonaro pelo pastor Silas Malafaia tratando do mesmo assunto, ou seja, a entrevista em que ele chamou o filho de imaturo. O aliado diz que o ex-presidente “errou feio”.

    “Você queimar seu garoto, aí não. Vai me desculpar. E olha que eu bato. Eu mando mensagem para EDUARDO batendo nele”, disse Malafaia de acordo com a mensagem reproduzida pela PF.

    “Isso é um erro estratégico, de alto grau. Você não tinha que bater no rapaz. Olha o trabalho que o cara está fazendo. Você podia até… é um direito seu, eu nem questiono. Você podia até defender o TARCÍSIO. Legal. Agora, você batendo o teu filho, que está fazendo um trabalho junto a autoridades, falando com os principais assessores de DONALD TRUMP, conseguindo produzir isso tudo aí que o TRUMP tá fazendo… aí você errou, mas errou feio.”

    Eduardo passou a ser investigado em razão de sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março articulando pedidos de sanção contra autoridades brasileiras.

    A atuação do parlamentar motivou a abertura em maio de um inquérito no STF a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República). A instituição alega que o comportamento do político no exterior deve ser investigado pelos crimes de coação no curso do processo, obstrução de investigação de infração penal que envolva organização criminosa e abolição violenta do Estado democrático de Direito.

    A Procuradoria também ressaltou que a “tentativa de submeter o funcionamento do Supremo Tribunal Federal ao crivo de outro Estado caracteriza atentado à soberania nacional”, crime previsto no Código Penal.

    Sobre a investigação, Eduardo afirmou em nota que a atuação dele nos EUA não tem objetivo de interferir no processo em curso no Brasil e chamou de “crime absolutamente delirante” os apontamentos da Polícia Federal que resultaram em seu indiciamento. Ele disse ainda ser “lamentável e vergonhoso” o que ele chamou de vazamento de conversas entre pai e filho.

    As punições impostas pelos EUA ao Brasil, que incluíram sanções financeiras ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) por meio da chamada Lei Magnitsky, têm sido defendidas por Eduardo, e o deputado atuou em conexão com autoridades do governo de Donald Trump para pressionar pelo arquivamento do processo contra o ex-presidente.

    Na semana passada, numa rodada de conversas em Washington, Eduardo fez um balanço a integrantes do governo Donald Trump da repercussão das sanções dos Estados Unidos no Brasil e discutiu a ampliação de punições a autoridades brasileiras.

    Na ocasião, o deputado disse ter enfatizado em reunião com o secretário do Tesouro, Scott Bessent, que os ganhos financeiros da família de Alexandre de Moraes têm grande participação da mulher do magistrado, Viviane Barci, como advogada.

    Em paralelo, Eduardo e o empresário Paulo Figueiredo, que também estava no encontro, passaram a percepção de que bancos brasileiros não estão executando as sanções a Moraes pela Lei Magnistky na totalidade.

    Eduardo xinga Jair Bolsonaro em mensagens: 'VTNC seu ingrato do caralho'

  • Dólar fecha em queda e Bolsa fica estável com impasse entre Brasil e EUA

    Dólar fecha em queda e Bolsa fica estável com impasse entre Brasil e EUA

    As decisões de investimento também tiveram como pano de fundo a expectativa em torno do discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), no simpósio de Jackson Hole, bem como a divulgação da ata da última reunião da autoridade monetária dos EUA.

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em queda de 0,51% nesta quarta-feira (20), cotado a R$ 5,471, em meio ao impasse comercial entre Brasil e Estados Unidos.

    O movimento no câmbio devolveu parte dos ganhos da véspera, quando a moeda fechou em alta de mais de 1% diante do imbróglio entre os dois países.

    As decisões de investimento também tiveram como pano de fundo a expectativa em torno do discurso de Jerome Powell, presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano), no simpósio de Jackson Hole, bem como a divulgação da ata da última reunião da autoridade monetária dos EUA.

    Embebida nesse contexto, a Bolsa fechou em alta de 0,17%, a 134.666 pontos. A valorização tímida contrasta com a forte queda de mais de 2% de terça-feira e, tal como ocorreu na véspera, o setor bancário esteve novamente sob os holofotes.

    O foco do mercado doméstico seguiu voltado à decisão do ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), que considerou que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros só têm validade no país se confirmadas pelo Supremo.

    A decisão foi dada em ação sobre o rompimento da barragem de Mariana (MG) e não diz respeito diretamente à disputa entre Brasil e Estados Unidos. Na prática, porém, indica que o ministro Alexandre de Moraes, colega de corte de Dino, não pode sofrer as consequências da imposição da Lei Magnitsky, da qual foi alvo em julho pelo governo Donald Trump.

    O dispositivo da legislação norte-americana é usado para impor sanções econômicas contra indivíduos envolvidos em corrupção ou violações de direitos humanos. A pessoa sancionada tem bens e ativos nos Estados Unidos congelados, e entidades financeiras de lá podem ser proibidas de fazer operações em dólares com ela.

    A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo. Os efeitos para as transações de Moraes em reais no Brasil ainda estão sob análise dos bancos, e o setor bancário teme os efeitos da decisão de Dino.

    Como sinalizou o magistrado, instituições financeiras do país podem ser penalizadas se aplicarem sanções contra Alexandre de Moraes. Essa percepção fez o setor derreter na Bolsa na véspera, tendo perdido mais de R$ 41,3 bilhões em valor de mercado.

    Pedro Moreira, sócio da One Investimentos, diz que os bancos brasileiros se encontram em dúvida sobre seguir a Magnitsky ou a decisão de Dino por temer sanções dos americanos. “O mercado começa a projetar cenários. Uma escalada na tensão poderia representar a perda de participação de bancos brasileiros no mercado internacional”.

    Após o derretimento na terça, a sessão desta quarta foi de recuperação. Santander liderou as altas do setor, em disparada de 2%, seguido por Banco do Brasil (0,5%), Bradesco (0,36%) e Itaú (0,16%),

    Relator do julgamento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro é réu por tentativa de golpe de Estado, Moraes está na mira do governo Trump desde o mês passado. O magistrado é acusado de determinar prisões de forma arbitrária e suprimir a liberdade de expressão.

    Quando anunciou a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, Trump vinculou a ameaça, entre outros pontos, justamente à suposta “caça às bruxas” de que Bolsonaro seria vítima.

    Enquanto o governo brasileiro tenta negociar com os EUA, o mercado viu a decisão de Dino como um novo entrave às conversas, assim como uma possível razão para uma resposta mais dura do lado norte-americano. Investidores temem que a reação possa impactar bancos que não cumprirem as determinações das sanções.

    “O dia vai ser pautado novamente pela decisão do ministro Flávio Dino, que repercutiu negativamente. Já havia incerteza fiscal e monetária no país, agora há uma incerteza jurídica, o que é muito negativo”, diz Lucélia Freitas, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.

    “O investidor acaba redobrando a cautela com essas incertezas e a situação acaba escalando a tensão entre o Brasil e o governo Trump.”

    Na cena internacional, as atenções estiveram voltadas para o simpósio de Jackson Hole, cuja principal atração para o mercado é o discurso de Jerome Powell na sexta-feira.

    O encontro terá início na quinta, em meio a crescentes expectativas de que o Fed corte os juros no próximo encontro de política monetária, em setembro. Na ferramenta FedWatch, operadores precificam 83% de chance de uma redução de 0,25 ponto percentual na taxa, e os 17% restantes apostam na manutenção da atual banda de 4,25% e 4,5%.

    As apostas no afrouxamento sucedem uma série de dados que indicaram que as tarifas comerciais de Trump podem estar começando a impactar a economia dos EUA, podendo provocar tanto preços mais altos como uma desaceleração econômica.

    A perspectiva de cortes de juros pelo Fed pode favorecer o real devido à percepção de que, com a taxa Selic em patamar alto por tempo prolongado, o diferencial de juros entre Brasil e EUA permanecerá favorável para o lado brasileiro.

    Ainda, a ata da última reunião do Fed, em julho, mostrou que os dois diretores que discordaram da manutenção de juros da decisão passada pareceram isolados em seu apoio ao corte já naquele encontro.

    “Quase todos os participantes consideraram apropriado manter a faixa da taxa de juros entre 4,25% e 4,50% nesta reunião”, diz a ata.
    Os diretores Michelle Bowman e Christopher Waller votaram pela redução de 0,25 ponto percentual para proteger a economia de um enfraquecimento ainda maior do mercado de trabalho. Os outros dirigentes, porém, se mostraram mais preocupados com um possível repique inflacionário por causa das tarifas de Trump.

    O discurso de Powell na sexta-feira -possivelmente o último discurso dele como chefe do banco central, considerando o fim do mandato em maio- poderá mostrar se ele se uniu àqueles que acham que chegou a hora de tomar medidas para proteger o mercado de trabalho de um enfraquecimento maior ou se ele continua alinhado com aqueles que são mais cautelosos com a inflação.

    Dólar fecha em queda e Bolsa fica estável com impasse entre Brasil e EUA

  • Silas Malafaia é alvo de operação da PF e tem celular apreendido

    Silas Malafaia é alvo de operação da PF e tem celular apreendido

    Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o pastor teve passaportes cancelados, não pode sair do país e nem manter contato com Jair e Eduardo, mesmo por intermédio de outras pessoas.

    CONSTANÇA REZENDE
    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O pastor Silas Malafaia foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal nesta quarta-feira (20). Ele teve o telefone celular apreendido no aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, ao desembarcar de Lisboa.

    Por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o pastor teve passaportes cancelados, não pode sair do país e nem manter contato com Jair e Eduardo, mesmo por intermédio de outras pessoas.

    Moraes também autorizou a quebra de sigilo de dados bancários, fiscais e telefônicos dos equipamentos apreendidos.

    A PF havia incluído o pastor no inquérito sob relatoria de Alexandre de Moraes que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o comentarista Paulo Figueiredo por suposta tentativa de embaraçar as investigações.

    “A continuidade das investigações demonstrou fortes indícios de participação de Silas Lima Malafaia na empreitada criminosa, de maneira dolosa e com unidade de desígnios com Jair Messias Bolsonaro e Eduardo Nantes Bolsonaro”, afirmou Moraes, que autorizou as medidas contra Malafaia.

    A Polícia Federal afirma ter identificado que Malafaia, “conhecido líder religioso”, atuou em articulação com outros investigados “na definição de estratégias de coação e difusão de narrativas inverídicas, bem como no direcionamento de ações coordenadas”.

    Para os investigadores, o objetivo do pastor seria “coagir os membros da cúpula do Poder Judiciário, de modo a impedir que eventuais ações jurisdicionais proferidas no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) possam contrapor os interesses ilícitos do grupo criminoso”.

    Malafaia organizou o ato de apoio a Bolsonaro em 3 de agosto, no qual o ex-presidente participou por vídeo transmitido em redes sociais de terceiros. A aparição resultou, no dia seguinte, na decretação de prisão domiciliar do ex-presidente.

    A inclusão no inquérito gerou reação da bancada evangélica. O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder da bancada do PL na Câmara, afirmou na semana passada considerar a medida “perseguição religiosa”.

    “É uma situação gravíssima, um absurdo. A perseguição autoritária juristocrática que se dava por motivos ideológicos agora incluiu a perseguição religiosa, a perseguição a um pastor”, afirmou.

    Silas Malafaia é alvo de operação da PF e tem celular apreendido

  • PF encontra no celular de Bolsonaro pedido de asilo a Milei

    PF encontra no celular de Bolsonaro pedido de asilo a Milei

    O documento foi encontrado no aparelho do ex-presidente, que, no mês passado, foi alvo de uma operação da PF determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura as sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. 

    A Polícia Federal (PF) encontrou no celular de Jair Bolsonaro um documento no qual o ex-presidente cogitou a possibilidade de pedir asilo político ao presidente da Argentina, Javier Milei.

    O documento foi encontrado no aparelho do ex-presidente, que, no mês passado, foi alvo de uma operação da PF determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito que apura as sanções dos Estados Unidos contra o Brasil. 

    De acordo com as investigações, o documento tem 33 páginas e estava salvo no aparelho desde 2024, quando Bolsonaro foi acusado de outra operação, destinada à apuração das acusações sobre a trama golpista.

     

    “De início, devo dizer que sou, em meu país de origem, perseguido por motivos e por delitos essencialmente políticos. No âmbito de tal perseguição, recentemente, fui alvo de diversas medidas cautelares”, diz um trecho do pedido de asilo.

    Nesta quarta-feira (20), mais cedo, Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram indiciados pelos crimes de crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

    A decisão foi tomada após a PF concluir as investigações sobre a atuação de Eduardo junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo. Em março deste ano, Eduardo pediu licença do mandato parlamentar e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. 

    No atual processo, o ex-presidente é investigado por mandar recursos, via Pix, para bancar a estadia de seu filho no exterior

    Bolsonaro também é réu na ação penal da trama golpista no Supremo.

    Viagem para Argentina

    Segundo a PF, Bolsonaro viajou para participar da posse de Milei depois de realizar a última edição do documento de asilo que estava em seu celular. A edição ocorreu no dia 5 de dezembro de 2023. A viagem ocorreu entre 7 a 11 de dezembro.

    De acordo com as investigações, o documento poderia ser usado para viabilizar a fuga de Bolsonaro.

    “Os elementos informativos encontrados indicam, portanto, que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha em sua posse documento que viabilizaria sua evasão do Brasil em direção à República Argentina, notadamente após a deflagração de investigação pela Polícia Federal com a identificação de materialidade e autoridade delitiva quanto aos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito por organização criminosa”, disse a PF.

    PF encontra no celular de Bolsonaro pedido de asilo a Milei

  • Azul aumenta número de voos para Orlando após encerrar operação em 14 cidades brasileiras

    Azul aumenta número de voos para Orlando após encerrar operação em 14 cidades brasileiras

    Serão 52 decolagens por mês, em cada sentido, um crescimento de mais de 70% em relação às 30 decolagens mensais feitas pela companhia atualmente.

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Azul anunciou nesta quarta-feira (20) que vai ampliar, a partir de novembro, a frequência de voos entre o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), e Orlando (EUA), destino de famílias que passam férias em parques temáticos da Disney e da Universal.

    Serão 52 decolagens por mês, em cada sentido, um crescimento de mais de 70% em relação às 30 decolagens mensais feitas pela companhia atualmente.

    De acordo com a empresa, a oferta terá um salto de 9.000 assentos mensais para 15,5 mil, em cada trajeto.

    O número de decolagens ficará ainda maior em dezembro, temporada de férias escolares. A companhia promete um reforço, com voos extras na rota, totalizando 62 decolagens entre Campinas e Orlando.

    “Serão mais de 18 mil assentos ofertados em cada sentido, garantindo opções e flexibilidade aos clientes que desejam viajar para o destino mais procurado por brasileiros nos Estados Unidos”, escreve a Azul em nota.

    A companhia aérea diz ter registrado um crescimento de 42,5% no número de clientes transportados para os EUA nos primeiros sete meses de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 216 mil clientes embarcados com destino aos aeroportos americanos para onde a Azul opera (Orlando e Fort Lauderdale, ambos na Flórida), saindode Campinas (SP), Confins (MG), Recife (PE), Manaus (AM) e Belém (PA).

    Atualmente, a companhia está em processo de Chapter 11 (equivalente à recuperação judicial). A empresa anunciou em 28 de maio deste ano a entrada no processo na Justiça americana, numa tentativa de reorganizar suas dívidas. Depois de Latam e Gol, a Azul foi a última das principais companhias aéreas brasileiras a aderir ao Chapter 11.

    A expectativa da Azul é que o processo de recuperação judicial termine no fim deste ano.

    Entre janeiro e março, pouco antes de entrar em recuperação judicial, a companhia encerrou as operações em 14 cidades brasileiras. Municípios como Campos (RJ), Mossoró (RN), Três Lagoas (MS) e Ponta Grossa (PR) não recebem mais voos da empresa.

    Azul aumenta número de voos para Orlando após encerrar operação em 14 cidades brasileiras