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  • 'BC vai precisar começar a baixar os juros', diz Lula

    'BC vai precisar começar a baixar os juros', diz Lula

    Lula afirmou querer muita produção e lucro para as empresas e banqueiros, mas afirmou que não é preciso “extorquir o povo”

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a cobrar do Banco Central para que abaixe a taxa de juros, durante o lançamento de um novo programa habitacional do governo.

    “O BC vai precisar começar a abaixar os juros. Todo mundo sabe o que nós herdamos e que nós estamos preparando esse país ter uma política monetária decente”, disse ele.

    O presidente afirmou querer muita produção e lucro para as empresas e banqueiros, mas afirmou que não é preciso “extorquir o povo”, e sugeriu ganhar dinheiro de forma tranquila e emprestando dinheiro a juros razoáveis.

    Lula direcionou esta parte do discurso ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, presente no evento. Afirmou que o problema dos juros recai nas costas deles e cobrou que o BC baixe as taxas. A declaração foi dada durante discurso na cerimônia de lançamento do Reforma da Casa Própria.

    “Os empresários que reclamam de nós têm praticamente R$ 500 bilhões de desoneração e isenção fiscal, e eles não querem baixar 1% disso. Então é preciso que a gente tenha firmeza de dizer de que lado a gente está e para quem de verdade a gente quer governar.”

    A taxa máxima de juros do novo programa habitacional lançado nesta segunda é de 1,95% ao mês.

    Em setembro, o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano pela segunda reunião consecutiva -o nível mais alto em quase duas décadas- e sinalizou que ela permanecerá nesse patamar por um período prolongado para levar a inflação de volta à meta de 3%.

    O IPCA registrou alta de 5,17% nos 12 meses até setembro, acima dos 5,13% registrados em agosto.

    Em entrevista ao programa Bom dia Ministro, do CanalGov, no início do mês, o ministro da Fazenda chegou a afirmar que a taxa de juros Selic está “excessivamente restritiva”. Segundo ele, o BC ouve muitas pessoas para tomar suas decisões, como o mercado financeiro, o setor produtivo e o próprio governo. Para Haddad, é dever do Ministério da Fazenda levar informações da economia ao Banco Central.

    O posicionamento de cobrança pela redução da taxa é acompanhado por ministros de Lula, como Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais), que chegou a dizer que as taxas de juros “não dialogam com a realidade da economia brasileira”.

    'BC vai precisar começar a baixar os juros', diz Lula

  • Mutirão vai renegociar dívidas bancárias com 160 instituições em novembro

    Mutirão vai renegociar dívidas bancárias com 160 instituições em novembro

    Ação irá durar até o fim do mês e tem participação do Banco Central, Senacon e Procons; serão oferecidos parcelamentos, descontos e taxas de juros reduzidas para refinanciamento

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A partir do dia 1º de novembro, consumidores endividados poderão participar do Mutirão de Negociação e Orientação Financeira da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) para renegociar suas dívidas bancárias. A ação acontece até o dia 30 de novembro.

    Durante o período, será possível ter acesso a condições especiais, como parcelamento, descontos no valor total da dívida ou taxas de juros reduzidas para refinanciamento, de acordo com a política de cada instituição participante.
    Poderão ser negociadas dívidas no cartão de crédito, cheque especial, consignado e outras modalidades de crédito contraídas de bancos e instituições financeiras desde que estejam em atraso e não tenham bens dados em garantia, ou prescritas.

    As negociações poderão ser feitas diretamente com as instituições participantes em seus canais oficiais ou pelo portal ConsumidorGovBr. Para a negociação na plataforma, é necessário que o consumidor possua conta prata ou ouro no portal Gov.br.

    Ao todo, mais de 160 instituições participam da ação, que também conta com parceiros como o BC (Banco Central), a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) e Procons. Segundo a Febraban, além das negociações, o mutirão também tem foco em ações de educação financeira.

    Os consumidores que desejarem poderão solicitar apoio presencial aos Procons que aderiram ao mutirão para negociar diretamente nos canais digitais dos bancos. A Febraban afirma que, para as pessoas superendividadas, no entanto, o fluxo de negociação é diferente, pois exige um maior entendimento das dívidas e apoio do Procon para criação de um plano de pagamento.

    “O mutirão faz parte do calendário permanente dos bancos e as campanhas acontecem desde 2019. Na última edição, realizada em março deste ano, mais de 1,4 milhão de contratos foram repactuados. Além de trazer alívio financeiro imediato para consumidores endividados, a ação também ajuda a prevenir o superendividamento e é uma oportunidade para ações de educação financeira”, afirma Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira e Relações com o Consumidor da Febraban.

    COMO POSSO ADERIR AO MUTIRÃO?

    O consumidor pode acionar diretamente o canal digital do seu banco. Ou, se preferir, poderá se cadastrar no site Consumidor.gov.br, para isso, deve fazer o login, selecionar a instituição com a qual deseja negociar (confira se ela está cadastrada no site) e seguir as orientações que serão disponibilizadas. Depois disso, a empresa tem até 10 dias para analisar e responder sua solicitação.

    COMO POSSO DESCOBRIR SE TENHO DÍVIDAS EM ATRASO?

    O consumidor pode acessar um relatório atualizado mantido pelo Banco Central, chamado Registrato. Nele, é possível consultar informações sobre empréstimos e financiamentos em seu nome, a lista dos bancos e financeiras onde você possui conta ou outro tipo de relacionamento, as suas chaves Pix cadastradas em bancos, instituições de pagamento e as dívidas em seu nome no Cadin Federal.

    TENHO UMA DÍVIDA COM PAGAMENTO EM DIA. POSSO NEGOCIAR?

    Não. A iniciativa só atende pessoas com dívidas em atraso. Segundo a Febraban, se você já percebeu que terá dificuldades para pagar parcelas que ainda vão vencer, a dica é entrar em contato direto com seu banco, explicar a situação e buscar a melhor alternativa para o seu caso.

    POSSO NEGOCIAR MAIS DE UMA DÍVIDA?

    Sim. É possível aproveitar o mutirão para negociar várias dívidas, mas é necessário abrir uma negociação com cada empresa para a qual você deve.

    COMO SABER QUANTO TENHO DISPONÍVEL PARA PAGAR UMA DÍVIDA?

    A Febraban recomenda que, primeiro, o consumidor deve fazer uma lista das contas em atraso, com o valor de cada parcela e o total devido. Depois disso, é necessário organizar seu orçamento mensal, listando receitas e despesas (inclusive as do dia a dia) para depois avaliar o valor disponível para o pagamento da dívida.

    E SEU EU NÃO TIVER DINHEIRO SUFICIENTE PARA PAGAR O QUE DEVO?

    Neste caso, o consumidor deve procurar o Procon da sua cidade ou o centro de acolhimento a superendividados mais próximo e buscar orientações.

    Os Procons estaduais e municipais mediam conflitos entre consumidores superendividados e empresas, além de prestar suporte na renegociação de dívidas. Na cidade de São Paulo, por exemplo, é possível recorrer ao PAS (Programa de Apoio ao Superendividado) do Núcleo de Tratamento do Superendividamento, mantido em parceria pelo Procon-SP e pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.

    E SE MINHA DÍVIDA NÃO FOR BANCÁRIA?

    Caso a sua dívida não seja com uma instituição financeira, você pode procurar uma instituição parceria, como a Serasa, que no mesmo período do mutirão promove o Feirão Serasa Limpa Nome, por meio do qual o consumidor tem a oportunidade de quitar dívidas não bancárias em atraso, e com descontos, contraídas de empresas de varejo, telecomunicações, concessionárias de energia, saneamento, universidades e financeiras.

    Outra possibilidade é negociar as dívidas atrasadas nas agências dos Correios participantes do feirão. Basta escolher a agência mais próxima e, no balcão de atendimento, perguntar pelo Serasa Limpa Nome.

    Mutirão vai renegociar dívidas bancárias com 160 instituições em novembro

  • Governo define preços para o botijão do gás do povo

    Governo define preços para o botijão do gás do povo

    Valores servirão de referência para reembolsar os revendedores cadastrados; para receber o benefício a família deve ter cadastro no CadÚnico com renda de até meio salário mínimo

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os ministérios da Fazenda e de Minas e Energia definiram os preços de referência para o botijão de gás de 13 kg para o programa “Gás do Povo” em cada estado. Os valores, publicados no Diário Oficial da União deste sábado (18), serão utilizados como base para reembolsar os revendedores credenciados que comercializam o produto gratuitamente para famílias com renda de até meio salário mínimo, cadastradas no CadÚnico.

    O programa oferecerá o botijão de cozinha sem custo aos beneficiários. A estimativa do governo é atender 15,5 milhões de lares, com um investimento de R$ 3,57 bilhões em 2025 e R$ 5,1 bilhões no ano seguinte. Os preços variam entre R$ 89,67 e R$ 125,05 e permanecerão até 31 de dezembro deste ano, com atualização prevista para 2026.

    Lançado em setembro, o programa Gás do Povo, que vai gradualmente substituir e triplicar o número de beneficiados do atual Auxílio Gás, terá um novo formato. Em vez do benefício em dinheiro, cada família vai retirar a recarga do botijão de gás nas revendedoras credenciadas pelo governo.

    VEJA A TABELA DOS PREÇOS POR REGIÃO

    Unidade federativa – Preço de referência do GLP de 13 kg (em R$) nov/2025
    Acre – 122,12
    Alagoas – 91,49
    Amapá – 114,17
    Amazonas – 94,89
    Bahia – 101,36
    Ceará – 102,13
    Distrito Federal – 95,52
    Espírito Santo – 93,74
    Goiás – 98,32
    Maranhão – 97,81
    Mato Grosso – 125,05
    Mato Grosso do Sul – 98,67
    Minas Gerais – 94,19
    Pará – 105,24
    Paraíba – 94,88
    Paraná – 96,00
    Pernambuco – 89,67
    Piauí – 101,56
    Rio de Janeiro – 92,12
    Rio Grande do Norte – 101,03
    Rio Grande do Sul – 93,96
    Rondônia – 108,34
    Roraima – 113,00
    Santa Catarina – 97,64
    São Paulo – 96,51
    Sergipe – 102,84
    Tocantins – 111,77

    QUEM TEM DIREITO AO PROGRAMA

    Famílias inscritas no Cadastro Único com renda mensal igual ou inferior a meio salário mínimo (atualmente R$ 759). A prioridade será para as beneficiárias do Bolsa Família (com renda per capita de até R$ 218). É fundamental que o cadastro esteja atualizado com, no máximo, 24 meses desde a última revisão.

    COMO SERÃO FEITAS AS RETIRADAS?

    O responsável familiar cadastrado deverá se dirigir a uma revendedora de gás credenciada pelo programa. Para a retirada, será necessário apresentar um documento que comprove o benefício, como o cartão do Bolsa Família ou um cartão da Caixa Econômica Federal vinculado ao programa.

    QUANTOS BOTIJÕES PODERÃO SER RETIRADOS POR ANO?

    – Famílias com duas ou três pessoas: quatro botijões por ano
    – Famílias com quatro ou mais integrantes: seis botijões por ano
    Os benefícios não são cumulativos. Ou seja, se um voucher não for usado dentro do prazo, ele não será transferido para o próximo ciclo.

    QUAL É A VALIDADE DO BENEFÍCIO?

    Cada voucher terá um prazo de validade a contar da data em que ficar disponível
    – Para famílias de duas ou três pessoas: validade de três meses
    – Para famílias de quatro ou mais pessoas: validade de dois meses

    COMO IDENTIFICAR UMA REVENDA PARTICIPANTE?

    As revendas que aderirem ao Gás do Povo deverão seguir regras específicas de identidade visual, que estarão presentes em portarias, botijões, veículos e materiais de comunicação. Além disso, os beneficiários poderão consultar os pontos de venda credenciados mais próximos de suas casas diretamente pelo aplicativo oficial do programa.

    A previsão é beneficiar cerca de 15,5 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade, o que representa cerca de 50 milhões de pessoas. A iniciativa, que triplica o alcance do antigo Auxílio Gás, representa um investimento de R$ 3,57 bilhões em 2025, com previsão de subir para R$ 5,1 bilhões no ano seguinte.

    A estimativa é que 65 milhões de botijões sejam distribuídos anualmente.

    Governo define preços para o botijão do gás do povo

  • Petrobras reduz em 4,9% preço da gasolina em suas refinarias

    Petrobras reduz em 4,9% preço da gasolina em suas refinarias

    Corte será de R$ 0,14 por litro e preço médio de venda de suas refinarias passa a R$ 2,71; estatal vinha vendendo produto com valor acima das cotações internacionais

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A Petrobras informou nesta segunda-feira (20) que reduzirá em 4,9% o preço da gasolina em suas refinarias a partir desta terça (21). O corte era esperado pelo mercado, já que a estatal vinha operando com valores acima das cotações internacionais.

    Segundo a Petrobras, o corte será de R$ 0,14 por litro, com o preço médio de venda de suas refinarias passando a R$ 2,71 por litro. O preço do diesel vendido pela companhia, que está abaixo das cotações internacionais, não será alterado.

    Neste comunicado de reajuste, a Petrobras preferiu não estimar qual seria o repasse ao consumidor final, como vinha fazendo desde o início da gestão petista. A parcela de gasolina pura representa cerca de um terço do valor médio pago pelo consumidor nas bombas.

    O restante é formado pela parcela de etanol, que hoje representa 30% da mistura, impostos e margens de lucro de postos e distribuidoras -alvos do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que acusa os empresários de abocanhar parcela dos cortes promovidos nas refinarias da estatal.

    Desde dezembro de 2022, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em suas refinarias em R$ 0,36 por litro. “Considerando a inflação do período, esta redução é de 22,4%”, diz o comunicado da estatal.

    O corte anunciado nesta segunda reduz o prêmio que a Petrobras vinha recebendo com a venda de gasolina acima das cotações internacionais desde meados de junho, segundo diferentes indicadores de diferentes instituições.

    Em setembro, segundo o Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo Gás e Biocombustíveis), o prêmio médio foi de 12%. Na abertura do mercado desta segunda, estava 8%, ou R$ 0,22 por litro, acima da paridade de importação medida pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis).

    Petrobras reduz em 4,9% preço da gasolina em suas refinarias

  • PF decide cobrar ressarcimento de governo Lula e STF por segurança de autoridades

    PF decide cobrar ressarcimento de governo Lula e STF por segurança de autoridades

    Corporação diz exercer normalmente suas atividades e que informações são sigilosas; ofício pede recuperação de R$ 2 mi por diárias e passagens de agentes no 1º semestre

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Depois de assumir o protagonismo nas ações de proteção de autoridades, a Polícia Federal decidiu cobrar de órgãos ligados ao governo Lula e do STF (Supremo Tribunal Federal) o ressarcimento dos gastos da corporação.

    No começo de setembro, o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, pediu para o ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança) procurar órgãos públicos para recuperar R$ 2 milhões pagos em diárias e passagens no primeiro semestre de 2025 para mobilizar os agentes, de acordo com ofício obtido pela reportagem.

    No mesmo documento, Andrei diz que a PF recebeu “grandes obrigações e responsabilidades” para a segurança pública nacional, mas que os recursos disponíveis para o órgão não têm acompanhado a ampliação da atuação.

    Desde o começo do terceiro mandato de Lula, em 2023, a PF tem desempenhado tarefas que antes ficavam a cargo do Gabinete de Segurança Institucional para a proteção de autoridades. A mudança reflete a desconfiança da gestão petista sobre o alinhamento a Bolsonaro dos militares que integram o GSI.

    Para arrefecer a disputa e evitar questionamentos jurídicos, o governo criou em outubro do mesmo ano a DPP (Diretoria de Proteção à Pessoa) da PF e formalizou um modelo híbrido de segurança presidencial e de autoridades, coordenado pelo GSI.

    A PF passou a recrutar agentes da Força Nacional de Segurança Pública, além de integrantes de outros setores, para dar conta da demanda pela proteção de autoridades. O governo ainda avalia abrir delegacias e núcleos de segurança ligados à DPP em todos os estados.

    A disputa envolvendo a segurança da cúpula do governo integra a lista de atritos que a PF acumulou com outras instituições, como Exército, Polícia Rodoviária Federal, Abin e Ministério Público. Investigações de integrantes de outros órgãos, tentativa de ampliar poderes e disputa por espaço próximo a presidente da República são alguns dos motivos que ampliaram os conflitos.

    No documento em que cobrou de Lewandowski o ressarcimento, o diretor-geral da PF afirma que esta seria uma “alternativa” para continuar a atender aos pedidos por segurança de autoridades, “no intuito de superar o contingenciamento de gastos e reunir os esforços necessários à concretização dessas ações tão caras à democracia do país”.

    Questionada sobre o pedido feito ao governo, a Polícia Federal disse à reportagem que executa normalmente as atividades de segurança de autoridades.

    “Informações como orçamento, quantidade de recursos humanos, tipos de armamento, equipamentos empregados, estratégias e protocolos de atuação são mantidas sob sigilo, uma vez que sua divulgação poderia comprometer a segurança das pessoas protegidas e prejudicar o desempenho das ações”, diz ainda o órgão.

    O diretor-geral da PF pediu o ressarcimento dos valores pagos para proteger os ministros Ricardo Lewandowski, Anielle Franco (Igualdade Racial), Marina Silva (Meio Ambiente), Sonia Guajajara (Povos Indígenas), além de Nísia Trindade e Alexandre Padilha (ex e atual chefes da Saúde).

    A PF também cobra pela segurança do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e dos ministros Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Dias Toffoli, do STF.

    Os documentos enviados por Andrei ao Ministério da Justiça citam viagens e eventos nacionais e internacionais que foram acompanhados pela PF, além do valor pago com os deslocamentos dos agentes.

    As despesas citadas pela PF incluem cerca de R$ 170 mil para policiais acompanharem Dino em viagem à Itália nas duas primeiras semanas de janeiro deste ano, período em que não há atividades de trabalho registradas na agenda oficial do ministro do STF.

    Também há cobranças menores, como de R$ 7.000 pela proteção de Nísia durante viagem de trabalho do Ministério da Saúde de quatro dias ao Rio Grande do Sul.

    Após negociação com o Ministério da Justiça, a PF concordou que ela mesma fará a cobrança aos órgãos. A pasta comandada por Lewandowski ainda mencionou que parte do ressarcimento pode ser feita por uma suplementação de R$ 30 milhões do seu orçamento que a PF já solicitou ao governo.

    “Restou acordado que as gestões relativas a eventual ressarci mento sejam conduzidas pela própria Polícia Federal”, afirma documento da área de planejamento e orçamento do ministério.

    A decisão de criar uma diretoria própria na PF para a proteção de autoridades também se deu após um ano eleitoral marcado por violência contra lideranças políticas, além da articulação golpista pela qual foram condenados o ex-presidente Jair Bolsonaro e militares.

    A segurança pessoal de autoridades também ajuda a PF a ter maior interlocução política com o governo. Foi ao fazer a proteção de Lula durante a campanha, por exemplo, que Andrei se aproximou do presidente e foi escolhido diretor-geral da PF.

    Antes dele, o delegado da PF Alexandre Ramagem se aproximou do ex-presidente Jair Bolsonaro ao coordenar a segurança do então candidato. Ele foi alçado a diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) posteriormente e depois concorreu a deputado federal pelo PL do Rio de Janeiro.

    A Diretoria de Proteção à Pessoa lida com a “segurança de dignitários estrangeiros em visita ao país” e também autoridades brasileiras, que solicitem esses serviços, segundo decreto presidencial. O órgão também atua na segurança de Lula e do vice-presidente, Geraldo Alckmin, sob coordenação do GSI.

    O mesmo decreto afirma que a PF pode atuar na segurança pessoal de autoridades federais “excepcionalmente” e quando houver determinação do ministro da Justiça.

    Ao cobrar o ressarcimento pela segurança das autoridades, a PF cita justamente o aumento do seu escopo de atuação após a criação da nova diretoria.

    Documentos obtidos pela reportagem também mostram que o governo avalia nova ampliação na estrutura de proteção a autoridades da PF. A ideia é criar delegacias de “segurança de dignitários” em São Paulo, Rio e Brasília, além de núcleos de seguranças destas autoridades em todos os demais estados.

    “A medida busca conferir maior capilaridade administrativa e operacional às atividades de proteção, hoje concentradas em poucas unidades, garantindo resposta célere e uniforme às crescentes demandas relacionadas a autoridades federais, dignitários estrangeiros e candidatos à Presidência da República em período eleitoral”, afirma o Ministério da Justiça, em documento que compõe a discussão do governo.

    PF decide cobrar ressarcimento de governo Lula e STF por segurança de autoridades

  • Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 passa de 2,16% para 2,17%

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 passa de 2,16% para 2,17%

    Previsão do Banco Central e do boletim Focus indica estabilidade no crescimento do PIB brasileiro, com leve alta para 2025 e manutenção das projeções até 2028. BC reduziu estimativa para 2024 diante de incertezas externas e desaceleração da atividade econômica

    A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 oscilou de 2,16% para 2,17%. Um mês antes, era de 2,16%. Considerando apenas as 38 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa aumentou de 2,17% para 2,21%.

    O Banco Central diminuiu a sua estimativa de crescimento da economia brasileira este ano, de 2,1% para 2,0%, no Relatório de Política Monetária (RPM) do terceiro trimestre. Segundo a autarquia, a redução ocorreu devido aos efeitos, ainda incertos, do aumento das tarifas de importação pelos Estados Unidos da América, e a sinais de moderação da atividade econômica no terceiro trimestre. Esses fatores, porém, foram parcialmente compensados por prognósticos mais favoráveis para a agropecuária e para a indústria extrativa, disse.

    A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 permaneceu em 1,80%, pela 5ª semana consecutiva. Considerando só as 37 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, passou de 1,81% para 1,93%.

    A mediana para o crescimento do PIB de 2027 oscilou de 1,83% para 1,82%. Quatro semanas antes, era de 1,90%. A estimativa intermediária para 2028 ficou estável, em 2,00%, pela 84ª semana seguida.

     

    Projeção do Focus de crescimento do PIB de 2025 passa de 2,16% para 2,17%

  • Selic no fim de 2025 continua em 15%, aponta Focus; 2026 segue em 12,25%

    Selic no fim de 2025 continua em 15%, aponta Focus; 2026 segue em 12,25%

    Relatório Focus mantém previsão da taxa Selic em 15% até o fim de 2025 pela 17ª semana seguida. Copom reforça discurso de cautela e sinaliza que juros altos podem permanecer por um período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta

    A mediana do relatório Focus para a Selic no fim de 2025 permaneceu em 15,00% pela 17ª semana consecutiva, após o Comitê de Política Monetária (Copom) ter mantido os juros neste nível na mais recente decisão, no dia 17 de setembro.

    Na ata, o Copom reafirmou que o cenário é marcado por elevada incerteza, o que exige cautela na condução da política monetária. Repetiu também que seguirá vigilante, avaliando se a manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.

    O colegiado detalhou que, “na medida em o cenário tem se delineado conforme esperado, o Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a taxa inalterada e seguir avaliando se, mantido o nível corrente por período bastante prolongado, tal estratégia será suficiente para a convergência da inflação à meta”.

    Considerando apenas as 42 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para a Selic no fim deste ano permaneceu em 15,00%.

    A mediana para a Selic no fim de 2026 seguiu em 12,25%, pela 4ª semana consecutiva. Considerando só as 42 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana caiu de 12,50% para 12,13%.

    A projeção para o fim de 2027 continuou em 10,50% pela 36ª semana seguida. A mediana para a Selic no fim de 2028 se manteve em 10,00% pela 43ª semana consecutiva.

    Selic no fim de 2025 continua em 15%, aponta Focus; 2026 segue em 12,25%

  • Primeira parcela do 13º será depositada em novembro

    Primeira parcela do 13º será depositada em novembro

    A primeira parcela do 13º salário deve ser paga até 30 de novembro a trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos. O benefício, que pode ser dividido em duas partes, injeta bilhões na economia e é um dos principais direitos garantidos pela Constituição

    (FOLHAPRESS) – A primeira parcela do 13º salário deve ser paga aos trabalhadores contratados pelo regime da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e a servidores públicos até o dia 30 de novembro.

    A gratificação natalina pode ser dividida em duas parcelas. A primeira delas deve ser quitada entre fevereiro e novembro, e a segunda, até 20 de dezembro. Quem decide pagar de uma única vez tem de quitar o valor integral até 20 de dezembro.

    O valor, que corresponde à metade do salário mais os adicionais que houver, também pode ser pago nas férias ou no aniversário do trabalhador, como ocorre com servidores.

    Na primeira parcela, não há descontos, incluindo o Imposto de Renda, que só é pago na segunda cota, mas sobre todo o valor recebido. Aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) também têm direito ao 13º. No entanto, eles já receberam o valor no primeiro semestre, como ocorre desde 2020.

    Têm direito ao 13º trabalhadores contratados pela CLT, sejam eles urbanos ou rurais, incluindo empregados domésticos e avulsos, além de aposentados e pensionistas de órgãos públicos e da Previdência Social.

    Quem tem o contrato de trabalho encerrado sem justa causa também deve receber o benefício, que é pago de forma proporcional. Trabalhadores temporários, desde que contratados pela CLT, também recebem 13º proporcional.

    Segundo a advogada Carla Felgueiras, especialista em direito do trabalho no escritório Montenegro Castelo Advogados Associados, para receber o benefício, o profissional deve ter trabalhado pelo menos 15 dias.

    Carla afirma que embora não esteja prevista de forma direta na CLT, a gratificação natalina é um direito assegurado pela Constituição Federal e regulamentado pela lei nº 4.090, de 1962. A reforma trabalhista de 2017 incluiu o artigo 611-B na legislação, impedindo que o 13º deixe de ser pago ou sofra redução por meio de negociação coletiva.

    Além disso, diz ela, o 452-A trata do pagamento proporcional para contratos intermitentes, criados na reforma do governo de Michel Temer (MDB).

    QUEM TEM DIREITO AO 13º?

    O 13º é pago a todos o que trabalham com carteira assinada e a servidores públicos, aposentados, pensionistas do INSS e de regimes próprios e cidadãos que recebem auxílios previdenciários.

    O benefício foi criado pela lei 4.090, de 1962, e consta como uma garantia dos trabalhadores na Constituição Federal, que determina o pagamento do benefício com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria. A gratificação faz parte de cláusula pétrea da Constituição, que não pode ser alterada por lei ordinária, apenas por emenda constitucional.

    Segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), em 2024, o 13º vai injetou R$ 291 bilhões na economia, representando, 2,7% do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

    Os dados levam em conta trabalhadores do mercado formal, incluindo os empregados domésticos, beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Os dados de 2025 ainda não foram divulgados.

    QUAL É O VALOR DO 13º?

    Para quem já estava na empresa ou foi contratado até o dia 17 de janeiro, o valor da primeira parcela do 13º é exatamente igual à metade do salário. No entanto, se houve pagamento de hora extra, adicional noturno ou comissões de forma frequente, a parcela poderá ser maior, pois é preciso contar com os adicionais.

    Já para o profissional contratado a partir de 18 de janeiro, o 13º será proporcional aos meses trabalhados. No caso de quem tiver, no mínimo, 15 dias de trabalho no mês, deve ser considerada a parcela cheia para calcular o benefício.

    O valor do benefício leva em conta o salário-base mais uma média anual de horas extras, adicionais noturno, de insalubridade, periculosidade e outros, e comissões. Para salários variáveis, como de vendedores, por exemplo, somam-se as remunerações e divide-as pelo número de meses até o pagamento.

    A base para pagar a primeira parcela é o mês anterior ao depósito do 13º. Por exemplo, se o trabalhador vai receber a primeira parcela em 30 de novembro, o salário de cálculo é o de outubro.

    O QUE FAZER SE NÃO RECEBER O 13º?

    Carla afirma que caso haja atraso ou não pagamento da gratificação natalina, o trabalhador pode denunciar o empregador ao Ministério do Trabalho e Emprego, ao Ministério Público do Trabalho ou ao sindicato da categoria.

    Também é possível entrar no ação na Justiça do Trabalho para cobrar os valores, que devem ser pagos com correção monetária.

    Há também a possibilidade de o trabalhador encerrar o contrato de trabalho pelo não pagamento e receber direitos trabalhistas como na demissão sem justa causa. Esse tipo de demissão é chamada de rescisão indireta do contrato, e é como se o empregado demitisse e empregador na chamada justa causa patronal.

    Além das punições judiciais, a empresa pode ser penalizada com multas administrativas, que dobram em caso de reincidência, e multa adicional de 10%, caso esteja prevista em convenção ou acordo coletivo da categoria.

    Primeira parcela do 13º será depositada em novembro

  • Caixa começa a pagar Bolsa Família de outubro

    Caixa começa a pagar Bolsa Família de outubro

    Caixa inicia hoje o pagamento de outubro do Bolsa Família para beneficiários com NIS final 1. Valor mínimo é de R$ 600, com adicionais para gestantes, nutrizes e crianças. Famílias em cidades em calamidade recebem o benefício de forma antecipada e unificada

    A Caixa Econômica Federal começa a pagar a parcela de outubro do Bolsa Família. Recebem nesta segunda-feira (20) os beneficiários com Número de Inscrição Social (NIS) de final 1.

    Os beneficiários de municípios em situação de emergência ou em calamidade pública receberão o pagamento unificado. o dinheiro será depositado hoje, independentemente do número de NIS.

    O valor mínimo corresponde a R$ 600. Além do benefício mínimo, há o pagamento de três adicionais. O Benefício Variável Familiar Nutriz paga seis parcelas de R$ 50 a mães de bebês de até seis meses de idade (nutrizes), para garantir a alimentação da criança. O Bolsa Família também paga um acréscimo de R$ 50 a gestantes, um de R$ 50 a cada filho de 7 a 18 anos e outro, de R$ 150, a cada criança de até 6 anos.

     

    No modelo tradicional do Bolsa Família, o pagamento ocorre nos últimos dez dias úteis de cada mês. O beneficiário poderá consultar informações sobre as datas de pagamento, o valor do benefício e a composição das parcelas no aplicativo Caixa Tem, usado para acompanhar as contas poupança digitais do banco.

    Além do benefício integral, cerca de 3 milhões de famílias estão na regra de proteção em outubro. Essa regra permite que famílias cujos membros consigam emprego e melhorem a renda recebam 50% do benefício a que teriam direito por até um ano, desde que cada integrante receba o equivalente a até meio salário mínimo.

    Em junho, o tempo de permanência na regra de proteção foi reduzido de dois para um ano. No entanto, quem se enquadrava na regra até maio deste ano continuará a receber metade do benefício por dois anos.

    Desde o ano passado, os beneficiários do Bolsa Família não têm mais o desconto do Seguro Defeso. A mudança foi estabelecida pela Lei 14.601/2023, que resgatou o Programa Bolsa Família (PBF). O Seguro Defeso é pago a pessoas que sobrevivem exclusivamente da pesca artesanal e que não podem exercer a atividade durante o período da piracema (reprodução dos peixes).

    Auxílio Gás

    O Auxílio Gás também será pago nesta segunda-feira às famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com NIS final 1. O valor foi mantido em R$ 108 neste mês.

    Com duração prevista até o fim de 2026, o programa beneficia 5,1 milhões de famílias. Com a aprovação da Emenda Constitucional da Transição, no fim de 2022, o benefício foi mantido em 100% do preço médio do botijão de 13 kg.

    Só pode receber o Auxílio Gás quem está incluído no CadÚnico e tenha pelo menos um membro da família que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC). A lei que criou o programa definiu que a mulher responsável pela família terá preferência, assim como mulheres vítimas de violência doméstica.

     

    Caixa começa a pagar Bolsa Família de outubro

  • RS tem aliança de direita, PT repetindo candidato e dúvida sobre Eduardo Leite em 2026

    RS tem aliança de direita, PT repetindo candidato e dúvida sobre Eduardo Leite em 2026

    Com a sucessão de Eduardo Leite (PSD) em jogo, o cenário político no Rio Grande do Sul começa a se definir para 2026. Enquanto Leite avalia disputar o Senado, direita e centro tentam se reorganizar e o PT aposta novamente em Edegar Pretto, com possível entrada de Manuela D’Ávila na corrida

    (CBS NEWS) – Faltando um ano para as eleições de 2026, o cenário no Rio Grande do Sul tem uma tentativa de alinhamento de partidos de direita, um repeteco de 2022 para o PT e legendas de centro buscando consolidar uma base para a sucessão do governador Eduardo Leite (PSD), que trabalha sua projeção nacional, mas ainda não bateu o martelo sobre seu futuro político.

    Leite, que não pode concorrer à reeleição, deixou o PSDB em maio rumo ao partido de Gilberto Kassab, mas enfrenta uma disputa de espaço com o colega paranaense Ratinho Junior e a possibilidade de o PSD não lançar candidato próprio em 2026.

    O governador já indicou mais de uma vez que vai retirar a candidatura se não encontrar viabilidade política e pode colocar seu nome na disputa ao Senado.

    No campo governista, seu vice, Gabriel Souza (MDB), é o pré-candidato à sucessão.

    No PSDB, os nomes são a ex-prefeita de Pelotas Paula Mascarenhas e o prefeito de Guaíba, Marcelo Maranata.

    Apesar da proximidade entre Leite e o antigo partido, a aliança não é garantida. Lideranças locais do PSDB, como o presidente municipal da sigla em Porto Alegre, Moisés Barboza, relataram que filiados estavam sofrendo assédio político para ingressar no PSD.

    Com a migração, Leite articulou a filiação de um grupo de prefeitos do PSDB, que perdeu o comando de cidades como Caxias do Sul, Santa Maria e Gravataí -segunda, quinta e sexta maiores do Rio Grande do Sul.

    Leite é uma aposta de Kassab para consolidar o PSD no estado. Entretanto, a aliança com o PL no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo não deve se espelhar na disputa gaúcha.

    O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro integra o bloco à direita de oposição a Leite e anunciou as pré-candidaturas dos deputados federais Luciano Zucco (PL) ao governo e Ubiratan Sanderson (PL) ao Senado.

    Uma aliança com o Novo garantiu a outra vaga para Marcel Van Hattem (Novo), um dos parlamentares investigados pelo motim na Câmara após a condenação do ex-presidente por golpe de Estado.

    O nome de Sanderson pode ser substituído conforme a articulação com outros partidos à direita. O grupo deve buscar aproximação com o PP, que lidera em número de prefeituras no Rio Grande do Sul.

    Candidato do PL em 2022, Onyx Lorenzoni, está filiado ao PP, mas o partido indicou o nome do deputado federal Covatti Júnior como pré-candidato. A legenda tem como meta retomar o governo estadual depois de quase 40 anos.

    Na oposição à esquerda de Leite, o PT deve lançar novamente o atual presidente da Conab, Edegar Pretto. Em 2022, ele chegou perto do segundo turno e, por 2.500 votos, não tirou Leite da disputa.

    O nome do ex-secretário de Comunicação do Planalto, Paulo Pimenta, foi cogitado, mas deve seguir ao Senado. Pimenta, que foi representante do governo federal no RS durante a tragédia climática de 2024, intensificou as críticas a Leite sobre a gestão das verbas federais enviadas para reconstruir o estado.

    A segunda vaga está aberta, e há um movimento para que a ex-deputada Manuela D’Ávila entre na disputa. Manuela deixou o PC do B em 2024, após 20 anos de militância, e mantém conversas com partidos como PSOL e PSB.

    Nas últimas semanas, um nome considerado fora da disputa para o Senado voltou ao jogo: Paulo Paim, que havia anunciado a aposentadoria, sinalizou estar aberto à reeleição caso o partido o convoque.

    Em busca de alianças à esquerda, o PT mantém diálogo com o PDT, que aposta no nome de Juliana Brizola ao governo.

    O partido, cortejado também por Gabriel Souza, já havia sinalizado aproximação com o grupo de Leite após as eleições de 2024, quando o governador apoiou Brizola à prefeitura de Porto Alegre. No entanto, o bom desempenho da deputada em uma pesquisa Quaest divulgada em agosto fortaleceu a ideia de manter candidatura própria.

    Juliana apareceu na liderança com 21%, seguido por Zucco com 20%, Pretto com 11% e Souza com 5%. Outros 19% disseram estar indecisos e 20% afirmaram que pretendem votar em branco, anular o voto ou não comparecer.

    RS tem aliança de direita, PT repetindo candidato e dúvida sobre Eduardo Leite em 2026