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  • Dino sinaliza que bancos estão proibidos de aplicar sanção a Moraes e que punirá quem desobedecer

    Dino sinaliza que bancos estão proibidos de aplicar sanção a Moraes e que punirá quem desobedecer

    O recado foi dado em uma decisão concedida em ação sobre a tragédia de Mariana. Nela, o ministro declarou que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros só têm validade no Brasil se confirmadas pelo Supremo

    (CBS NEWS) – O ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), abriu nesta segunda-feira (18) a possibilidade de o tribunal punir bancos que aplicarem as sanções financeiras contra Alexandre de Moraes, seu colega de tribunal.

    O recado foi dado em uma decisão concedida em ação sobre a tragédia de Mariana. Nela, o ministro declarou que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros só têm validade no Brasil se confirmadas pelo Supremo.
    A eventual punição aos bancos passou a ser considerada no Supremo após ministros terem uma primeira rodada de conversas com banqueiros sobre as sanções contra Moraes e considerarem a resposta aquém do esperado.

    A avaliação foi de que nenhum banco garantiu que as sanções financeiras não seriam aplicadas contra o ministro no Brasil, apesar de as restrições impostas até o momento se restringirem às transferências para o exterior.

    Após a decisão de Dino, o Departamento de Estado do governo Trump publicou nas redes sociais um texto que diz que Moraes é “tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados” e que “nenhum tribunal estrangeiro pode anular as sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”.

    A decisão de Dino, publicada nesta segunda-feira (18), tem validade imediata. Ela define que leis estrangeiras e ordens executivas contra pessoas por atos em território brasileiro não têm validade no Brasil.

    “Entendimento diverso depende de previsão expressa em normas integrantes do direito interno do Brasil e/ou de decisão da autoridade judiciária brasileira competente”, completa o ministro.

    Ele ainda afirmou que a violação das regras estipuladas em sua decisão configuraria “ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes”.

    “Desse modo, ficam vedadas imposições, restrições de direitos ou instrumentos de coerção executados por pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País, bem como aquelas que tenham filial ou qualquer atividade profissional, comercial ou de intermediação no mercado brasileiro, decorrentes de determinações constantes em atos unilaterais estrangeiros”, afirma.

    Uma corrente no Supremo entende que a decisão de Dino impõe aos bancos a obrigação de não aplicar as sanções contra Moraes estipuladas pelo governo de Donald Trump. Se aplicarem, os bancos e seus donos podem responder judicialmente.

    O caso recente mais rumoroso de empresa que descumpriu decisão do Supremo foi o do X (ex-Twitter). Em 2024, a empresa sofreu multas diárias de R$ 5 milhões e chegou a ter a operação no Brasil suspensa por se negar a excluir perfis alvos de decisão de Moraes.

    Dois ministros do Supremo ouvidos pela Folha não descartam aplicar as mesmas medidas contra banqueiros que descumprirem a decisão de Dino. A expectativa, porém, é de que o tribunal não precise lançar mão de ações mais drásticas.

    Mesmo sem citar Trump ou Moraes do STF, a decisão de Dino busca blindar Moraes do impacto da Lei Magnitsky. sanção financeira imposta ao magistrado pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos.

    Ele afirma, de forma ampla, que as leis nacionais obedecem a critérios de territorialidade -ou seja, a legislação estrangeira não tem eficácia no Brasil.

    A decisão foi dada numa ação do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração) que questiona a validade de um processo de municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo na Justiça da Inglaterra.

    Esses municípios processam a BHP, empresa anglo-australiana que controla a Samarco ao lado da brasileira Vale, responsável pela barragem de Fundão que rompeu em 2015 e causou uma das maiores tragédias ambientais no Brasil.

    A ação na Justiça britânica está em sua fase final. A BHP pode ser condenada a pagar uma multa que pode chegar a R$ 260 bilhões. No Brasil, as empresas envolvidas na tragédia fecharam um acordo de R$ 170 bilhões com a União, estados, municípios e a comunidade afetada.

    A decião de Dino agora marca mais um capítulo na escalada da crise entre o Brasil e os Estados Unidos. O Em julho, Trump anunciou sobretaxas de até 50% para os produtos brasileiros e passou a revogar vistos de ministros do Supremo e integrantes do governo Lula (PT).

    Ele justificou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado em 2022, sofre uma “caça às bruxas”.

    Nos últimos dias, a gestão Trump diversificou as razões expostas para sanções contra o governo brasileiros. Uma delas foi o programa Mais Médicos, por meio do qual o Ministério da Saúde brasileira contratava médicos cubanos.

    O principal ato contra autoridade brasileira, porém, foi a aplicação de sanções financeiras contra Moraes. A Lei Magnistky prevê que pode ser incluído no rol de sancionados quem colaborar com as condutas condenadas pelos EUA.

    A pessoa punida recebe uma sanção da Ofac, Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros, que pertence ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.

    Por meio da decisão, o governo americano determina o congelamento de qualquer bem ou ativo que a pessoa sancionada tenha nos Estados Unidos e também pode proibir entidades financeiras americanas de fazerem operações em dólares com ela.

    A medida incluiria o uso das bandeiras de cartões de crédito Mastercard e Visa, por exemplo. Os efeitos para as transações de Moraes em reais no Brasil ainda estão sob análise dos bancos.

    Até o momento, porém, eles têm entendido que somente transações internacionais, em dólar, estão bloqueadas, e as de reais estariam mantidas.

    O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), diz ter transmitido ao secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, a avaliação de que bancos brasileiros não estão executando as sanções a Moraes pela Lei Magnistky na totalidade.

    Dino sinaliza que bancos estão proibidos de aplicar sanção a Moraes e que punirá quem desobedecer

  • Governo Trump afirma que Moraes é 'tóxico' e que não pode anular sanções dos EUA

    Governo Trump afirma que Moraes é 'tóxico' e que não pode anular sanções dos EUA

    O governo dos Estados Unidos confundiu as decisões de Moraes no STF, que mesmo que envolva empresas brasileiras são válidas apenas no Brasil

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O governo dos Estados Unidos afirmou em post nas redes sociais nesta segunda-feira (18) que nenhum tribunal estrangeiro pode anular “sanções impostas pelos EUA ou proteger alguém das severas consequências de descumpri-las”.

    Afirmou ainda que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes “é tóxico para todas as empresas legítimas e indivíduos que buscam acesso aos Estados Unidos e seus mercados”.

    “Cidadãos americanos estão proibidos de manter qualquer relação comercial com ele. Já cidadãos de outros países devem agir com cautela: quem oferecer apoio material a violadores de direitos humanos também pode ser alvo de sanções”, diz o post.

    O posicionamento foi feito por meio de publicação no X (ex-twitter) na página do Escritório de Assuntos para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado, que trata da diplomacia americana. O comentário, originalmente em inglês, foi replicado com tradução para o português na página da Embaixada dos EUA no Brasil.

    Nesta segunda-feira, o ministro do STF Flávio Dino decidiu que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros não têm efeito no Brasil até que o Supremo as homologue, ou seja, decrete sua validade.

    A decisão, concedida em um processo sobre a tragédia de Mariana (MG), busca blindar Moraes do impacto da Lei Magnitsky –sanção financeira imposta ao magistrado pelo governo de Donald Trump.

    Governo Trump afirma que Moraes é 'tóxico' e que não pode anular sanções dos EUA

  • Putin transmite a Lula informações positivas sobre reunião com Trump

    Putin transmite a Lula informações positivas sobre reunião com Trump

    Lula recebeu um telefonema de Vladimir Putin, que relatou como positiva sua reunião com Donald Trump no Alasca. O presidente brasileiro reafirmou o apoio do país a iniciativas de paz no conflito entre Rússia e Ucrânia

    O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebeu nesta segunda-feira um telefonema de Vladimir Putin, que compartilhou informações consideradas positivas sobre sua reunião com o presidente norte-americano, Donald Trump, realizada no Alasca.

    Segundo nota divulgada pelo governo brasileiro, a ligação durou cerca de 30 minutos. “Putin compartilhou informações sobre sua reunião com o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, no Alasca, em 15 de agosto, que avaliou como positiva”, diz o comunicado.

    O texto acrescenta que, após abordar os diferentes temas discutidos com Trump, o líder russo reconheceu o engajamento do Brasil no Grupo de Amigos da Paz, iniciativa conduzida em parceria com a China.

    Ainda de acordo com o governo, Lula agradeceu a ligação e reafirmou o apoio brasileiro a todos os esforços que busquem uma solução pacífica para o conflito entre Rússia e Ucrânia. O presidente também desejou sucesso às negociações em andamento.

    Na última sexta-feira, Trump e Putin se reuniram no Alasca para tratar do fim da guerra na Ucrânia. Apesar de não chegarem a resultados concretos, Trump mudou de posição: deixou de exigir um cessar-fogo imediato e passou a defender negociações diretas para um acordo de paz.

    Nesta segunda-feira, a Casa Branca organizou outra reunião sobre o tema, com a presença de Trump e do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. Também participam do encontro os presidentes da França, Emmanuel Macron, e da Finlândia, Alexander Stubb; os primeiros-ministros da Alemanha, Friedrich Merz, do Reino Unido, Keir Starmer, e da Itália, Giorgia Meloni; além da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
     

    Putin transmite a Lula informações positivas sobre reunião com Trump

  • Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,95%

    Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,95%

    Para 2026, a projeção da inflação variou de 4,41% para 4,4%

    A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, passou de 5,05% para 4,95% este ano. É a décima segunda redução seguida na estimativa, publicada no Boletim Focus desta segunda-feira (18). A pesquisa é divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.  

    Para 2026, a projeção da inflação variou de 4,41% para 4,4%. Para 2027 e 2028, as previsões são de 4% e 3,8%, respectivamente.

    A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%. Em julho, pressionada pela conta de energia mais cara, a inflação oficial  divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fechou em 0,26%, sendo o segundo mês seguido de queda no preço dos alimentos, o que ajudou a segurar o índice. No acumulado em 12 meses, o IPCA alcançou 5,23%, acima do teto da meta de até 4,5%.

    Juros

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 15% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. O recuo da inflação e o início da desaceleração da economia fizeram o colegiado interromper o ciclo de aumento de juros na última reunião, no mês passado, após sete altas seguidas na Selic.

    Em comunicado, o Copom informou que a política comercial dos Estados Unidos aumentou as incertezas em relação aos preços. A autoridade monetária informou que, por enquanto, pretende manter os juros básicos, mas não descartou a possibilidade de voltar a elevar a Selic caso seja necessário.

    A estimativa dos analistas é que a taxa básica encerre 2025 nos 15% ao ano. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,5% ao ano. Para 2027 e 2028, a previsão é que ela seja reduzida novamente para 10,5% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. 

    Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando a taxa Selic é reduzida a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    PIB e câmbio

    A estimativa das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira este ano permaneceu em 2,21% nesta edição do Boletim Focus. Para 2026, a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país) ficou em 1,87%. Para 2027 e 2028, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,87% e 2%, respectivamente.

    Puxada pela agropecuária no primeiro trimestre deste ano, a economia brasileira cresceu 1,4%, de acordo com o IBGE. Em 2024, o PIB fechou com alta de 3,4%. O resultado representa o quarto ano seguido de crescimento, sendo a maior expansão desde 2021, quando o PIB alcançou 4,8%.

    A previsão da cotação do dólar está em R$ 5,60 para o fim deste ano. No fim de 2026, estima-se que a moeda norte-americana fique em R$ 5,70.

    Mercado financeiro reduz previsão da inflação para 4,95%

  • Dólar e Bolsa fecham em alta com reunião entre Trump e Zelenski e dados econômicos em foco

    Dólar e Bolsa fecham em alta com reunião entre Trump e Zelenski e dados econômicos em foco

    A Bolsa teve forte alta de 0,71%, a 137.321 pontos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em alta de 0,63%, cotado a R$ 5,433, nesta segunda-feira (18) com os investidores repercutindo a reunião entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o da Ucrânia, Volodimir Zelenski.

    O movimento da moeda acompanhou o cenário internacional. O índice DXY, que compara a moeda em relação a uma cesta de seis divisas fortes, apresentou alta de 0,25%, a 98.111 pontos durante o dia.

    A Bolsa também teve forte alta de 0,71%, a 137.321 pontos. O desempenho do Ibovespa seguiu a valorização da Raízen após notícia de que a Petrobras cogita investir na empresa.

    Nesta segunda, Trump recebeu o presidente ucraniano para uma nova visita à Casa Branca, que contou com a presença de seis líderes europeus -Friedrich Merz (Alemanha), Emmanuel Macron (França), Giorgia Meloni (Itália), entre eles.

    “Nós vamos parar essa guerra. A guerra vai acabar, esse senhor [Zelenski] quer, Vladimir Putin quer”, afirmou o republicano na abertura do encontro.

    Trump e Zelenski não entraram, em público, nas questões complexas à frente. O ucraniano só disse que precisava acabar com a guerra ao ser questionado sobre o fatiamento de seu país, proposto por Putin e já abraçado por Trump.

    Havia um temor de que o encontro terminasse como a conversa de fevereiro, quando Trump e o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, deram uma bronca pública a Zelenski.

    Na ocasião, o republicano acusou o presidente ucraniano de ter causado a invasão russa de 2022 e de não querer acabar com a guerra.

    O encontro aconteceu na esteira de uma reunião entre Trump e Putin na última sexta-feira (15), cujo objetivo também foi firmar uma trégua na Guerra da Ucrânia. Foi a primeira cúpula entre o russo e um presidente americano desde 2021.

    A cúpula acabou após 2 horas e 40 minutos de conversa, sem que um cessar-fogo fosse definido. “Não há um acordo até haver um acordo. Grande progresso hoje, mas não chegamos lá ainda”, disse Trump a repórteres.

    “Eu vou fazer algumas ligações. Vou ligar para os aliados da Otan, para [o presidente ucraniano Volodimir] Zelenski, para ver se ele concorda”, completou, cobrindo Putin de elogios por sua “relação fantástica” ao longo de anos difíceis. “Nós concordamos em vários pontos, faltam alguns. Talvez o mais importante”, disse.

    No cenário doméstico, os investidores repercutiram dados do IBC-Br (Índice de Atividade Econômica do Banco Central) de junho, considerado um sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto).

    O índice recuou 0,1% em junho na comparação com o mês anterior, mas terminou o segundo trimestre com crescimento de 0,3%. A leitura do mês frustrou a expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,05%, depois de o IBC-Br ter recuado 0,7% em maio.

    Segundo Leonel Mattos, analista de inteligência da StoneX, os dados reforçam a moderação no crescimento da economia brasileira. “Essa desaceleração resulta em apostas de que o Copom corte a Selic, o que tende a dificultar a atração de investimentos estrangeiros e elevar a taxa de câmbio”.

    Os investidores continuam atentos ao conflito comercial e jurídico envolvendo Brasil e EUA. O governo do presidente Lula (PT) deve responder nesta segunda à investigação comercial movida pelo USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA).

    Na resposta, o governo deve argumentar que o Pix não discrimina serviços de pagamento operados por empresas estrangeiras, sejam eles de qualquer tipo.

    Também nesta segunda-feira, o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu que ordens judiciais e executivas de governos estrangeiros precisam ser homologadas no Brasil para ter eficácia.

    A decisão busca blindar o ministro Alexandre de Moraes do impacto da Lei Magnitsky -sanção financeira imposta ao magistrado pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos.

    Na cena internacional, o mercado continua acompanhando os movimentos do Fed. O simpósio de Jackson Hole, que será realizado a partir de quinta-feira (21) e terá um aguardado discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, promete sinalizar as próximas ações do banco central americano.

    Operadores dizem ser provável um corte na próxima reunião da instituição em setembro, com boa parte das apostas apontando para uma redução de 0,25 ponto percentual e uma pequena porcentagem para 0,5 ponto.

    A perspectiva de cortes de juros pelo Fed tem favorecido o real em sessões recentes devido à percepção de que, com a taxa Selic em patamar alto por tempo prolongado, o diferencial de juros entre Brasil e EUA permanecerá favorável para o lado brasileiro.

    Dólar e Bolsa fecham em alta com reunião entre Trump e Zelenski e dados econômicos em foco

  • David Vélez, CEO do Nubank, vende US$ 435,6 milhões em ações do banco

    David Vélez, CEO do Nubank, vende US$ 435,6 milhões em ações do banco

    O montante representa cerca de 3,5% das ações de Vélez no capital social da companhia

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O fundador e presidente global do Nubank, David Veléz, vendeu 33 milhões de ações da companhia na última sexta-feira (15), segundo registros na SEC (Securities and Exchange Commission, o equivalente à Comissão de Valores Mobiliários nos Estados Unidos).

    A operação somou US$ 435,6 milhões, isto é, cada ação foi vendida por US$ 13,2. O valor unitário dos papéis fechou em US$ 13,1 na sexta, quando o Nubank disparou 9,08% depois da divulgação do balanço corporativo do segundo trimestre.

    O montante representa cerca de 3,5% das ações de Vélez no capital social da companhia e 0,7% do total de papéis emitidos, segundo informou a fintech, que afirmou que a venda foi motivada “unicamente por fins de planejamento patrimonial”.

    Além da operação de sexta-feira, Vélez fez ao menos outras duas vendas de ações desde o IPO (oferta pública inicial, na sigla em inglês) de 2021 -ambas também na esteira do balanço do segundo trimestre.

    No ano passado, também no dia 15 de agosto, o CEO global do Nubank vendeu 31 milhões de ações da mesma categoria -a Classe A-, o equivalente a 3% do total detido por ele. Já em agosto de 2023, o total vendido foi de 25 milhões de papéis.

    David Vélez, CEO do Nubank, vende US$ 435,6 milhões em ações do banco

  • Bolsa Família e Auxílio Gás de agosto começam a ser pagos nesta segunda (18)

    Bolsa Família e Auxílio Gás de agosto começam a ser pagos nesta segunda (18)

    Em agosto também será feito o pagamento do Vale Gás, benefício repassado a cada dois meses

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Bolsa Família de agosto começa a ser pago nesta segunda-feira (18) pela Caixa Econômica Federal. Todos os meses, os depósitos são feitos de forma escalonada nos últimos dez dias úteis. O calendário seguirá até o dia 29, com base no final do NIS (Número de Identificação Social).

    Em agosto também será feito o pagamento do Vale Gás, benefício repassado a cada dois meses. O valor do auxílio tem como base o preço médio do botijão de 13 kg nos últimos seis meses, conforme dados fornecidos pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis).

    Para não perderem o benefício, famílias que fazem parte do programa devem ter seus documentos e dados sobre renda atualizados no CadÚnico (cadastro do governo para programas sociais).

    A atualização do cadastro deve ser feita pelo responsável pela unidade familiar, que deve ir até um ponto de atendimento da rede assistencial, como o Cras (Centro de Referência de Assistência Social), ou a um posto de atendimento do Cadastro Único.

    Aqueles que estão em municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública devem receber o pagamento no primeiro dia do calendário.

    Neste mês, o Bolsa Família foi pago a 19,19 milhões de famílias, contemplando 50,05 milhões de pessoas em todo o país. O total repassado é de R$ 12,86 bilhões, com um valor médio de R$ 671,54 por família.

    O Auxílio Gás foi repassado para 5,13 milhões de famílias com o valor de R$ 108.

    VEJA O CALENDÁRIO DO BOLSA FAMÍLIA DE AGOSTO

    Final do NIS – Data de pagamento

    1 – 18 de agosto
    2 – 19 de agosto
    3 – 20 de agosto
    4 – 21 de agosto
    5 – 22 de agosto
    6 – 25 de agosto
    7 – 26 de agosto
    8 – 27 de agosto
    9 – 28 de agosto
    0 – 29 de agosto

    VEJA O CALENDÁRIO DOS PRÓXIMOS MESES

    Mês – Período de pagamento (do NIS final 1 ao NIS final 0)

    Setembro – dia 17 a 30
    Outubro – dia 20 a 31
    Novembro – dia 14 a 28
    Dezembro – dia 10 a 23

    O QUE É O BOLSA FAMÍLIA?

    A iniciativa nasceu no Programa Fome Zero em 2003 e o programa de transferência de renda é destinado a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. Ele é pago pela Caixa Econômica Federal, mas a sua gestão é feita pelo MDS (Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social).

    QUEM PODE RECEBER O BOLSA FAMÍLIA?

    Famílias inscritas no CadÚnico com renda familiar per capita (por pessoa) igual ou inferior a R$ 218 por mês são elegíveis ao programa.

    Para calcular o valor, é necessário somar os rendimentos de todas as pessoas que moram na mesma casa, sejam elas pais, cônjuges, companheiros, filhos, enteados ou irmãos.

    Não devem ser incluídos no cálculo: indenizações de danos materiais ou morais, benefícios pagos pelo poder público de forma temporária e quantias recebidas em programas de transferência de renda (como o próprio Bolsa Família).

    QUAIS SÃO AS REGRAS PARA RECEBER O BOLSA FAMÍLIA?

    Além do valor determinado para renda, é necessário que os beneficiários atendam algumas condições nas áreas de saúde e educação, como:

    – Realizar acompanhamento pré-natal, no caso de gestantes;
    – Acompanhar o calendário nacional de vacinação;
    – Acompanhar o estado nutricional de crianças menores de sete anos;
    – Manter frequência escolar mínima de 60% para crianças de quatro e cinco anos, e de 75% para a faixa etária de seis a 18 anos incompletos que não tenham concluído a educação básica;
    – Ao matricular a criança na escola e ao vaciná-la no posto de saúde, a família precisa informar que é beneficiária do Bolsa Família.

    QUEM PAGA O BOLSA FAMÍLIA?

    O pagamento é feito pela Caixa, que utiliza o aplicativo Caixa Tem. Com ele, é possível movimentar o dinheiro sem que seja necessário ir até uma agência.

    Aqueles que desejam sacar o benefício devem ir até caixas eletrônicos, lotéricas, correspondentes Caixa Aqui e agências do banco. O beneficiário também tem acesso ao valor por meio do cartão do Bolsa Família ou Cartão do Cidadão.

    QUAL É O VALOR PAGO PELO BOLSA FAMÍLIA?

    O Bolsa Família paga um auxílio mínimo de R$ 600 por mês, composto também por valores adicionais conforme a composição familiar. Em casas com gestantes, lactantes e/ou crianças e adolescentes de até 18 anos que estiverem na escola, por exemplo, cada integrante desses grupos recebe um adicional de R$ 50.

    Veja quais outros benefícios é possível receber:

    – Benefício de Renda de Cidadania: São pagos R$ 142 por integrante da família
    – Benefício Complementar: Se a família não atingir o piso de R$ 600, o governo paga a diferença para que seja alcançado o valor mínimo
    O governo também inclui os seguintes adicionais:
    – Benefício da Primeira Infância: São pagos R$ 150 para cada criança entre zero e seis anos de idade;
    – Benefício Variável Familiar: É pago o valor de R$ 50 para cada criança entre sete e 12 anos, cada adolescente entre 12 e 18 anos, e para gestantes;
    – Benefício Variável Familiar Nutriz: R$ 50 nas famílias com bebês de zero a seis meses; o benefício é pago para ampliar a capacidade de alimentação da mãe que amamenta.

    Bolsa Família e Auxílio Gás de agosto começam a ser pagos nesta segunda (18)

  • Zema evita embate após filhos de Bolsonaro citarem 'ratos da direita'

    Zema evita embate após filhos de Bolsonaro citarem 'ratos da direita'

    Carlos Bolsonaro compartilhou publicação do irmão Eduardo que afirmou que governadores de direita agem como ratos e oportunistas enquanto tentam herdar o espólio político de seu pai

    BELO HORIZONTE, MG (CBS NEWS) – O governador de Minas Gerais e pré-candidato à Presidência, Romeu Zema (Novo), evitou rebater as críticas dos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) feitas a ele e a outros governadores da direita.

    No domingo, uma publicação de Carlos Bolsonaro, compartilhada pelo irmão Eduardo, afirmou que os governadores agem como ratos e oportunistas enquanto tentam herdar o espólio político de seu pai, que está inelegível e cumpre prisão domiciliar.

    Em entrevista coletiva nesta segunda, Zema disse ter ficado surpreso com a crítica, mas evitou embate com a família Bolsonaro.

    “Nós da direita temos as mesmas propostas, estamos lutando pelos mesmos objetivos. Eu fico até surpreso, mas compreendo. Me solidarizo com a família, que tem vivido um momento difícil. Continuamos caminhando juntos. Até marido e mulher discordam, né? Então o que dizer de partidos políticos diferentes?”, afirmou o mineiro.

    Zema, que lançou sua pré-candidatura à Presidência no último sábado (16), em São Paulo, tem se aproximado do eleitorado bolsonarista em discursos e publicações nas redes.

    No evento do fim de semana, ele não descartou a possibilidade de compor com outros partidos se o ex-presidente pedir.

    “Eu já participei de duas campanhas, em 2018 e em 2022, e sempre falo que, no decorrer da campanha, ajustes feitos pelos partidos políticos sempre são possíveis”, declarou ao ser questionado se abriria mão de sair à Presidência caso Bolsonaro solicitasse.

    Além do mineiro, também tentam se credenciar como potencial sucessor de Bolsonaro os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), e do Paraná, Ratinho Jr. (PSD).

    A publicação de Carlos, feita na rede social X (antigo Twitter), diz que, enquanto seu pai está preso e doente e muitos de seus apoiadores estão presos ou são alvos da Justiça, os governadores -a quem ele se refere como “tais ‘direitistas’”- silenciam.

    “A verdade é dura: todos vocês se comportam como ratos, sacrificam o povo pelo poder e não são em nada diferentes dos petistas que dizem combater. Limitam-se a gritar ‘fora PT’, mas não entregam liderança, não representam o coração do povo. Querem apenas herdar o espólio de Bolsonaro, se encostando nele de forma vergonhosa e patética”, disse Carlos.

    A agenda de Zema nesta segunda foi a primeira dele como pré-candidato às eleições do próximo ano. Ele esteve em Contagem, município da região metropolitana de Belo Horizonte, para a inauguração de uma bacia de contenção contra enchentes.

    A prefeita do município é Marília Campos, do PT. O encontro, que começou em tom amistoso, terminou com a prefeita e sua equipe deixando a cerimônia antes do encerramento.

    De acordo com auxiliares da petista, ela teria ficado desconfortável com um pedido do cerimonial do governador para que Marília deixasse uma área onde Zema e aliados gravariam um vídeo ao lado de moradores da região.

    Procurada, a assessoria do Governo de Minas não respondeu.

    Zema evita embate após filhos de Bolsonaro citarem 'ratos da direita'

  • Dino decide que leis estrangeiras não valem automaticamente no Brasil

    Dino decide que leis estrangeiras não valem automaticamente no Brasil

    Ministro enviou decisão a bancos e convocou audiência sobre o tema

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (28) que decisões judiciais e leis estrangeiras não podem produzir efeitos no Brasil sem prévia análise pela autoridade brasileira competente, sob pena de violação da soberania nacional.  

    Pela decisão, nenhuma lei, decisão judicial ou ordem executiva estrangeira pode produzir efeitos automáticos sobre pessoas naturais, empresas ou órgãos que atuem em território nacional, ou sobre contratos firmados ou bens que estejam no Brasil, sem análise ou homologação por órgão judicial competente brasileiro.

    A decisão foi proferida em uma ação aberta pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), que acionou o Supremo contra municípios brasileiros que abriram ações diretamente na Justiça do Reino Unido, em casos contra mineradoras britânicas, por exemplo. 

    O ministro escreveu que qualquer violação dessa determinação “constitui ofensa à soberania nacional, à ordem pública e aos bons costumes, portanto presume-se a ineficácia de tais leis, atos e sentenças emanadas de país estrangeiro”.A liminar de Dino foi concedida no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impõe um tarifaço contra o Brasil e sanções a ministros do Supremo, em especial o ministro Alexandre de Moraes, com base em leis norte-americanas.

    Moraes foi enquadrado pela Casa Branca na Lei Magnitsky, que prevê sanções econômicas contra violadores de direitos humanos. Trump acusa o ministro de impedir a liberdade de expressão e promover uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu grupo político, com quem mantém afinidades ideológicas.

    Sem citar a lei norte-americana, Dino escreveu que a realidade tem mostrado “o fortalecimento de ondas de imposição de força de algumas Nações sobre outras”, e que por isso, “na prática, têm sido agredidos postulados essenciais do Direito Internacional”.

    “Diferentes tipos de protecionismos e de neocolonialismos são utilizados contra os povos mais frágeis, sem diálogos bilaterais adequados ou submissão a instâncias supranacionais”, disse o ministro.

    Dino continua afirmando que, “nesse contexto, o Brasil tem sido alvo de diversas sanções e ameaças, que visam impor pensamentos a serem apenas ‘ratificados’ pelos órgãos que exercem a soberania nacional”.

    Apesar de não citar as sanções econômicas contra Moraes, que têm o potencial de bloquear a utilização de cartão de créditos com bandeiras dos EUA como Visa e Mastercard, por exemplo, Dino ordenou a notificação do Banco Central; da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg).

    “Transações, operações, cancelamentos de contratos, bloqueios de ativos, transferências para o exterior (ou oriundas do exterior) por determinação de Estado estrangeiro, em desacordo aos postulados dessa decisão, dependem de expressa autorização desta Corte, no âmbito da presente ADPF [arguição de descumprimento de preceito fundamental]”, decidiu Dino.

    O ministro escreveu ainda que qualquer cidadão brasileiro que se sinta prejudicado por imposição internacional pode acionar o Supremo diretamente, em busca de proteção.

    Dino convocou uma audiência pública sobre o tema, cujo cronograma ainda deve ser divulgado.

    Dino decide que leis estrangeiras não valem automaticamente no Brasil

  • Governo pede ao STF prioridade no julgamento da Lei da Igualdade Salarial

    Governo pede ao STF prioridade no julgamento da Lei da Igualdade Salarial

    A lei reforça o que diz a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), de que para trabalho igual, o salário deve ser o mesmo, independentemente do gênero

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A AGU (Advocacia-Geral da União), que representa o governo em ações na Justiça, pediu ao STF (Supremo Tribunal Federal) agilidade no julgamento da Lei da Igualdade Salarial. Publicada em 3 de julho de 2023, a lei 14.611/2023 tem levado empresas e trabalhadoras ao Judiciário.

    Duas ADIs (Ações Direta de Inconstitucionalidade) -7.612 e 7.636- aguardam resposta dos ministros sobre a validade de pontos da legislação.

    As empresas pedem o fim da obrigatoriedade de divulgar dados sobre os salários de seus funcionários e também discordam dos critérios de pagamento de salários iguais para homens e mulheres.

    A lei reforça o que diz a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), de que para trabalho igual, o salário deve ser o mesmo, independentemente do gênero. A novidade é a obrigação de dois relatórios anuais a ser apresentados ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), além da publicidade dos dados.

    O pedido da AGU foi feito na sexta-feira (15), após julgamento de uma das ações no plenário virtual da corte ser interrompido da pedido do ministro Kassio Nunes Marques, que solicitou mais tempo para analisar a ação.

    O julgamento contava com oito votos em favor do relatório feito por Alexande de Moraes, que negou o pedido da CFOAB (Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil) contra a legislação. Votaram com ele os ministros Flávio Dino, Dias Toffoli, Edson Fachin, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, André Mendonça e Luiz Fux.

    O caso pode ser levado a plenário físico, caso algum ministro peça destaque.

    Em seus argumentos, a AGU diz que o julgamento tem relevância social e econômica, que “envolve a efetividade do direito fundamental à igualdade salarial entre mulheres e homens e a conformidade de políticas públicas com compromissos constitucionais e internacionais assumidos pelo Brasil”.

    “A definição célere da matéria é essencial para garantir segurança jurídica, orientar a atuação dos entes públicos e privados e garantir o avanço de política pública que busca evitar a perpetuação de desigualdades remuneratórias historicamente verificadas no mercado de trabalho”, diz trecho da manifestação.

    Segundo o último relatório de igualdade salarial divulgado pelo MTE, as mulheres recebem, em média, 20,9% a menos que os homens em 53.014 empresas com 100 ou mais empregados. Os dados mostram alta da desigualdade ano a ano. Em setembro de 2024, a diferença salarial era de 20,7%.

    A falta de publicação do relatório pode levar a empresa a ser multada. O valor é de 3% sobre a folha de salários, limitada a cem salários mínimos, o que dá R$ 151,8 mil neste ano. Se constatada a desigualdade salarial, a empresa poderá ainda ser multada em dez vezes o valor do novo salário devido pelo empregador ao empregado discriminado.

    A AGU cita ainda dados de estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) para justificar seu pedido, mostrando que, no quarto trimestre de 2023, as mulheres ganhavam 22,3% a menos que os homens. As que estavam em cargo de diretoria ou gerência ganhavam, em média, 29,5% a menos que seus colegas homens.

    Além disso, o Relatório Global de Desigualdade de Gênero 2023, do Fórum Econômico Mundial, que analisa a igualdade de gênero em 102 países desde 2006, diz existir uma distância de 68,6% na remuneração entre os gêneros. E, na atual velocidade de progresso, seriam necessários 131 anos para alcançar a paridade entre homens e mulheres no mundo.

    As barreiras salariais às mulheres, de acordo com os estudos citados, incluem discriminação no trabalho, assédio, dificuldade de conciliar trabalho e responsabilidades domésticas, e problemas com a disponibilidade de creches. Segundo o Dieese, no Brasil, em média, os homens gastam 11 horas semanais em tarefas domésticas, enquanto as mulheres gastam quase 17 horas.

    Governo pede ao STF prioridade no julgamento da Lei da Igualdade Salarial