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  • Estátua de Preta Gil é inaugurada em Copacabana ao lado da de Gilberto Gil

    Estátua de Preta Gil é inaugurada em Copacabana ao lado da de Gilberto Gil

    Preta Gil morreu em julho deste ano, aos 50 anos, vítima de complicações de um câncer no intestino; “A estátua da Preta nasceu de um pedido dos próprios fãs, que queriam vê-la eternizada ao lado da de seu pai”, afirmou Bruno de Paula, sócio do Areia MPB

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A memória de Preta Gil (1974-2025) ganhou um novo capítulo nesta segunda-feira (15), quando a orla de Copacabana recebeu uma estátua da artista em frente ao tradicional Copacabana Palace.

    A escultura foi instalada ao lado da imagem de Gilberto Gil, pai da cantora, eternizando na paisagem carioca a ligação entre os dois e sua contribuição para a música brasileira.

    O monumento é fruto de uma mobilização dos fãs, que pediram para que Preta também fosse lembrada no espaço. A homenagem foi organizada pelo quiosque Areia MPB, administrado pela Orla Rio, o mesmo responsável por erguer a estátua de Gilberto Gil em 2023. A escolha do local também não é por acaso: o ponto fica próximo à residência do cantor, reforçando a ligação da família com a cidade.

    Preta Gil morreu em julho deste ano, aos 50 anos, vítima de complicações de um câncer no intestino. A perda abalou o meio artístico e o público, que desde então tem promovido uma série de tributos para manter viva sua trajetória.

    Recentemente, o trajeto oficial dos megablocos do Rio foi rebatizado como “Circuito Preta Gil”, reconhecimento à sua forte presença no Carnaval carioca.

    Na carreira musical, Preta começou relativamente tarde, aos 29 anos, após atuar como produtora e publicitária. Seu álbum de estreia, “Prêt-à-Porter” (2003), trouxe sucessos como “Sinais de Fogo”, composta por Ana Carolina, e marcou sua chegada ao cenário nacional. Ao longo dos anos, consolidou-se como uma artista defensora da diversidade e da liberdade de expressão, além de se tornar símbolo de representatividade e alegria nos palcos.

    “A estátua da Preta nasceu de um pedido dos próprios fãs, que queriam vê-la eternizada ao lado da de seu pai. Para nós, é uma honra atender a esse desejo e transformar o Quiosque Areia em um espaço de memória e afeto. Mais do que uma homenagem, é um símbolo da força da música brasileira e da conexão entre gerações”, afirmou Bruno de Paula, sócio do Areia MPB.

    Na inauguração da estátua, o clima foi de emoção. Para os organizadores, o gesto é mais do que um marco cultural, é também uma forma de manter viva a memória de uma artista que sempre buscou transformar afetos em música.

    Estátua de Preta Gil é inaugurada em Copacabana ao lado da de Gilberto Gil

  • Moraes manda polícia explicar demora no retorno de Bolsonaro à prisão domiciliar após exames

    Moraes manda polícia explicar demora no retorno de Bolsonaro à prisão domiciliar após exames

    Condenado e em prisão domiciliar, Bolsonaro foi até um hospital e ficou do lado de fora com fãs que cantavam e gritavam para ele

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), pediu nesta segunda-feira (15) explicação à Polícia Penal sobre o atraso na saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do Hospital DF Star, em Brasília, no domingo (14).

    Logo após deixar o hospital, Bolsonaro ficou parado por cerca de seis minutos ao lado do carro. Ele ficou imóvel enquanto seu médico Claudio Birolini explicava os procedimentos médicos pelos quais o ex-presidente foi submetido.

    Durante esse tempo, apoiadores gritavam palavras de apoio ao redor de Bolsonaro, fazendo filmagens pelo celular. Logo após a fala de Birolini, o médico e o ex-presidente entraram no carro e deixaram o local.

    No despacho desta segunda, Moraes pede detalhes do procedimento adotado pela Polícia Penal no caso.

    “Oficie-se à Polícia Penal do Distrito Federal para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, envie aos autos relatório circunstanciado sobre a escolta realizada, com informações do carro que transportou o custodiado, agentes que o acompanharam no quarto e o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica”, diz.

    O ex-presidente foi ao Hospital DF Star no domingo para fazer um procedimento médico. Ele retirou algumas pintas para verificar um possível câncer de pele. Outros exames realizados por Bolsonaro também detectaram um quadro de anemia por falta de ferro e um quadro já em fase final de pneumonia.

    Cláudio Birolini, médico que acompanha a saúde de Bolsonaro, afirmou que o ex-presidente passou por exames de rotina. “Ele é um senhor de 70 anos que passou por diversas intervenções cirúrgicas. Ele está bastante fragilizado por essa situação toda”, disse.

    Aliados do ex-presidente citam a saúde como argumento para que ele cumpra pena em casa após condenação por tentativa de golpe de Estado, e, como revelou a Folha, seus advogados pretendem argumentar riscos caso ele seja obrigado a cumprir a pena em um presídio ou na PF (Polícia Federal).

    O ex-presidente está em pânico com a possibilidade de ser enviado para uma cela do Complexo Penitenciário da Papuda, segundo aliados. Ele tem medo de passar mal no local e não ter atendimento médico apropriado, ou de ser mal tratado por outros presos com quem eventualmente tenha que conviver.

    O estado de saúde do ex-presidente é o fator principal analisado por seus advogados para pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) que a pena em regime fechado seja cumprida em prisão domiciliar, e aliados e familiares têm dado declarações públicas sobre seu abatimento e estado de fragilidade.

    Bolsonaro foi ao hospital sob forte escolta policial e recepcionado por cerca de 20 militantes. Na saída, os apoiadores cantaram o hino nacional e gritaram elogios ao ex-presidente enquanto Birolini informava sobre o estado de saúde. As manifestações interromperam a declaração à imprensa mais de uma vez.

    A novidade dos exames, segundo o médico, foi a identificação de um pouco de anemia, “provavelmente por ele ter se alimentado mal nesse último mês” –quando esteve em prisão domiciliar por descumprir medidas cautelares impostas pelo STF. O ex-presidente recebeu reposição de ferro no hospital.

    Birolini disse também que os refluxos do ex-presidente melhoraram bastante, mas ainda persistem, e que a hipertensão está sendo controlada. “Foram apenas alguns exames que são feitos mensalmente para avaliar a evolução”, explicou.

    Foram retiradas oito lesões na pele, para que os exames laboratoriais identifiquem se são fruto de alguma doença. O pedido dos advogados diz que foi identificado um “nevo melanocítico”, uma pinta na pele normalmente benigna, e uma “neoplasia de comportamento incerto”, lesão sem natureza definida e que precisaria de remoção para análise.

    O boletim médico não indica quando sairá o resultado, mas informa que Bolsonaro deve seguir com o tratamento da hipertensão arterial, do refluxo e medidas preventivas contra broncoaspiração.

    Moraes manda polícia explicar demora no retorno de Bolsonaro à prisão domiciliar após exames

  • Marco Rubio diz que EUA dará resposta à condenação de Bolsonaro

    Marco Rubio diz que EUA dará resposta à condenação de Bolsonaro

    Marco Rubio afirmou que deve haver anúncios de respostas dos Estados Unidos à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)

    WASHINGTON, EUA (CBS NEWS) – O secretário de Estado, Marco Rubio, equivalente ao ministro das Relações Exteriores dos Estados Unidos, afirmou que deve haver anúncios de respostas do país à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi dada pelo chefe da diplomacia americana em entrevista à Fox News.

    Rubio foi questionado a respeito da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), que condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão pela acusação de ter tramado um golpe de Estado e disse ver uma deterioração do Estado de Direito no Brasil.

    “A resposta é que o Estado de Direito está se deteriorando. Você tem esses juízes ativistas, um em particular, que não apenas perseguiu Bolsonaro, mas também tentou impor reivindicações extraterritoriais até contra cidadãos americanos, ou contra alguém postando online de dentro dos Estados Unidos, e chegou a ameaçar ir ainda mais longe nesse sentido”, disse.

    Embora não tenha citado seu nome, o secretário fez referência ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    “Então, haverá uma resposta dos EUA a isso, e teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar. Mas isso, o julgamento, é apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tentou atingir empresas americanas e até pessoas operando a partir dos Estados Unidos”, afirmou.

    Estão no radar dos americanos uma nova leva de cassação de vistos, a inclusão da mulher de Moraes, Viviane Barci, no rol de pessoas sancionadas financeiramente pela Lei Magnistky, que pune violadores de direitos humanos.
    Os EUA ainda consideram ampliar as tarifas aplicadas a produtos brasileiros ou reverter algumas das cerca de 700 exceções a bens que foram dadas na sobretaxa de 50%.

    Após a declaração de Rubio, a secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, compartilhou nas redes sociais um artigo de opinião do jornal Wall Street Journal alegando que Bolsonaro teria sido vítima de “lawfare” no Brasil, termo usado para se referir a perseguições políticas pela Justiça.

    A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil também publicou mensagens sobre um decreto assinado por Trump neste mês que abre margem para países serem considerados patrocinadores de prisões injustas. A ordem executiva se refere a países que tenham detido cidadãos americanos com o que os EUA consideram medidas indevidas.

    O decreto abre uma brecha, porém, para punir países nos quais os EUA têm interesse nacional por detenções injustas de cidadãos locais. Não está claro se os Estados Unidos incluirão o Brasil nesse decreto, mas, caso aconteça, isso daria um arcabouço legal para aplicação de mais sanções.

    Na semana passada, Rubio já havia se manifestado sobre a conclusão do julgamento no STF, o que chamou de novo de “caça às bruxas” contra Bolsonaro.

    “As perseguições políticas pelo violador de direitos humanos sancionado Alexandre de Moraes continuam, enquanto ele e outros membros do Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiram injustamente pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro”, disse o secretário de Estado dos EUA, órgão equivalente ao Ministério das Relações Exteriores, no X (ex-Twitter) .

    “Os Estados Unidos responderão adequadamente a esta caça às bruxas”, acrescentou Rubio.

    O presidente dos EUA, Donald Trump, também afirmou na quinta-feira (11), dia final do julgamento, ter ficado surpreso e muito descontente com a condenação de Bolsonaro.

    “Eu assisti ao julgamento. Eu o conheço bem. Como líder estrangeiro, achei que ele foi um bom presidente. É muito surpreendente que isso tenha acontecido. É muito parecido com o que tentaram fazer comigo, mas não conseguiram de jeito nenhum. Mas só posso dizer o seguinte: eu o conheci como presidente do Brasil. Ele era um homem bom, e não vejo isso acontecendo.”, disse.

    Trump ainda classificou o julgamento como algo “terrível” e “ruim” para o Brasil.

    “Estou muito descontente com isso. Eu conheço o presidente Bolsonaro, não tão bem, mas o conheço como líder de um país. E sempre o considerei muito direto, muito excepcional, na verdade, como homem, um homem muito excepcional. Acho que é algo terrível. Muito terrível. Acho que é muito ruim para o Brasil”, afirmou. Trump.

    Marco Rubio diz que EUA dará resposta à condenação de Bolsonaro

  • Varejo faz parceria com governo para ser 'porta de saída' do Bolsa Família

    Varejo faz parceria com governo para ser 'porta de saída' do Bolsa Família

    Setor começa a recrutar inscritos no CadÚnico na tentativa de reverter falta de mão de obra; regras ainda serão definidas; Nos centros de comércio popular em São Paulo há cerca de 11 mil vagas em aberto

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Victor Novaes Raimundo, 19 anos, foi questionado na manhã desta segunda-feira (15) pelo ministro do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome no Brasil, Wellington Dias, sobre “o seu sonho”. O jovem, atendente de uma loja do McDonald’s em São Paulo, respondeu: “Ter minha casa própria, um cantinho meu, um carro, minha moto, minha família”. Dias perguntou: “Trabalhar é o caminho?” Victor concordou. “É o caminho, nunca desistir. Mesmo que seja difícil.”

    Por um salário de R$ 1.467, Victor trabalha na lanchonete há um ano, das 15h30 às 23h30, em escala 6×1 -uma folga por semana, com um domingo de descanso por mês. Ele afirma que o McDonald’s proporciona chances de ascensão dentro da empresa.

    O jovem é um dos atendidos pelo programa Acredita no Primeiro Passo, do Ministério do Desenvolvimento Social, que oferece cursos profissionalizantes e apoio para quem busca emprego ou quer abrir o próprio negócio.

    Na manhã desta segunda, a pasta assinou com o IDV (Instituto para o Desenvolvimento do Varejo), na capital paulista, um termo de adesão ao programa. Grandes redes varejistas associadas poderão acessar os dados de inscritos no CadÚnico (Cadastro Único, que reúne as famílias que participam de programas de assistência social e distribuição de renda, como o Bolsa Família) e oferecer vagas e programas de qualificação. Os termos para o acesso a estes dados ainda serão definidos pelo ministério.

    A parceria chega em um momento crítico para o setor varejista, que tem enfrentado apagão de mão de obra, especialmente nas funções mais básicas, de “chão de loja”. Uma pesquisa global feita pela multinacional de consultoria e auditoria PwC, no final do ano passado, apontou que a maior preocupação dos CEOs da indústria de varejo e bens de consumo no Brasil é a falta de mão de obra qualificada.

    Em dois dos maiores centros de comércio popular do país, o Brás e o Bom Retiro, em São Paulo, há cerca de 11 mil vagas em aberto, segundo a Alobrás (Associação de Lojistas do Brás) e a CDL-SP (Câmara de Dirigentes Lojistas de São Paulo). “A maioria não quer trabalhar no fim de semana, principalmente os mais jovens, mas este é um período essencial para o varejo”, diz Maurício Stainoff, presidente da CDL-SP.

    Foi o IDV quem tomou a iniciativa, há três meses, de procurar o ministério para entender melhor como funciona o programa. “Uma das barreiras para atrair o público do Bolsa Família para essas vagas era o receio dessas pessoas de perder o benefício a partir do momento em que conseguissem um emprego”, afirma Jorge Gonçalves Filho, presidente do IDV.

    Mas a nova regra de proteção do programa, que passou a valer em junho deste ano, favorece as contratações, diz ele.

    De acordo com Wellington Dias, hoje, mesmo quem trabalha, mas ganha abaixo de US$ 40 (R$ 213) por pessoa da família ao mês e está abaixo da linha da pobreza, continua recebendo o Bolsa Família. Quem recebe entre US$ 40 e US$ 120 (R$ 638) por pessoa da família ganha metade do valor do benefício.

    “É uma maneira de garantir o período de transição para o mercado formal, consolidando uma porta de saída do Bolsa Família, em especial para quem está desalentado, achando que não consegue mais uma oportunidade de trabalho”, afirma Gonçalves Filho.

    A participação no programa Acredita era feita de maneira pontual por alguns associados do IDV, como o Carrefour Brasil. O grupo, maior varejista do país, aderiu ao programa em 2023. Desde então, contratou cerca de 100 mil beneficiários do CadÚnico.

    De acordo com o Carrefour, a meta inicial era contratar 10 mil pessoas em três anos, mas foi superada em mais de dez vezes em apenas dois anos. Os colaboradores passaram a trabalhar nas diferentes bandeiras do grupo -Atacadão, Sam’s Club e Carrefour- em todo o país, em posições como operador de caixa, fiscal de prevenção e repositor.

    Além de Carrefour e McDonald’s, já aderiram ao Acredita o Magazine Luiza e a RD Saúde (Raia e Drogasil).

    Na opinião de Gonçalves Filho, vários fatores contribuem para a dificuldade de atrair os mais jovens para o varejo. “O MEI cresceu muito, muitos viraram pequenos ou nano empreendedores. Tem o pessoal que está no subemprego, vivendo de bicos, ou trabalhando com aplicativos, sem contrato formal de trabalho”, diz o executivo, lembrando que parte da nova geração também anseia ter “vida de influencer”. “Isso pode durar algum tempo, mas eles tendem a se frustrar, não é para todo mundo.”

    Questionado se a baixa remuneração pode ser um dos motivos para os mais jovens estarem rejeitando empregos com carteira assinada, em regime CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), Gonçalves Filho diz que as próprias empresas costumam falhar em comunicar os benefícios do trabalho formal.

    “Muita gente pensa: ‘Prefiro ganhar R$ 4.000 no aplicativo, em vez de R$ 3.000 como CLT’. Mas se o seu carro ou a sua moto quebram, você não tem garantia nenhuma. Como CLT, caso você tenha algum problema de saúde, seu período de afastamento remunerado é garantido. Se sai do emprego, tem fundo de garantia. Também tem plano de saúde, férias remuneradas, 13º salário, aposentadoria e acesso ao Sistema S”, afirma o executivo, ressaltando que grandes empresas costumam dar apoio à educação.

    Todos esses benefícios, destaca, têm um custo. “Para cada R$ 1 que eu pago para o meu colaborador, custa mais R$ 1 para a empresa. Uma vaga CLT custa pelo menos o dobro do salário para o empregador”, afirma.

    Este é um dos argumentos para o IDV defender a flexibilidade dos contratos CLT, especialmente em questões como a discussão da escala 6×1. “O varejista não pode diminuir horas trabalhadas e pagar o mesmo salário”, diz. Mas pode definir uma quantidade de horas semanais trabalhadas por determinada remuneração, e aí fazer um remanejamento da carga horária diária, afirma.

    Varejo faz parceria com governo para ser 'porta de saída' do Bolsa Família

  • Me sentindo estranha, diz Deborah Secco sobre baixa autoestima

    Me sentindo estranha, diz Deborah Secco sobre baixa autoestima

    Atriz conta que bastou receber um elogio no elevador para tudo mudar

    RIO DE JANEIRO, SP (CBS NEWS) – Deborah Secco acordou se sentindo estranha no fim de semana. “Nem feia nem bonita, só estranha mesmo”, disse a atriz em um vídeo postado em sua conta no Instagram, no qual narra um dia em que sua autoestima esteve abalada.

    A atriz, aparentemente no quarto de casa (ou no closet), fez um desabafo e deixou uma mensagem positiva a seus mais de 26 milhões de seguidores. Ela contou que a sensação de que estava num dia ruim, “com a cara meio amassada, o cabelo entre o revoltado e o cacheado, uma espinha querendo nascer no meu queixo para fazer network” não a impediu de cumprir seus compromissos.

    “A autoestima não é constante, ela some sem avisar”, continuou a atriz, que em seguida contou o que fez para lidar com a sensação de que não estava bem: se arrumou “para fingir que estava tudo sob controle” e saiu, “meio improvisada, meio segura, meio tanto faz”.

    Um elogio no elevador fez com que tudo mudasse, o que a levou a refletir sobre a importância de seguir em frente, mesmo em dias ruins. “Autoestima é gostar da gente mesmo nesses dias, a beleza de verdade é a coragem de continuar se olhando com carinho, com amor”, finalizou.

    Me sentindo estranha, diz Deborah Secco sobre baixa autoestima

  • Trump diz ter feito novo ataque a barco venezuelano, com três mortos

    Trump diz ter feito novo ataque a barco venezuelano, com três mortos

    Washington acusa Maduro de supostos vínculos com o narcotráfico e oferece uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 273 milhões) pela captura do venezuelano

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (15) que as Forças Armadas dos Estados Unidos atacaram um segundo barco venezuelano que, diz o republicano, “estava em águas internacionais transportando narcóticos ilegais”. Segundo a publicação de Trump, que inclui um vídeo aéreo do momento, a ação matou os três “narcoterroristas” que estavam a bordo.

    O anúncio do republicano vem momentos depois de o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmar em entrevista coletiva que os EUA estão preparando uma “agressão” de “caráter militar” contra seu país e assegurar que seu regime está autorizado pelas “leis internacionais” para enfrentá-la.

    Nas últimas semanas, os EUA já haviam posicionado oito navios em águas do Caribe sul em uma operação antidrogas. Washington acusa Maduro de supostos vínculos com o narcotráfico e oferece uma recompensa de US$ 50 milhões (R$ 273 milhões) pela captura do venezuelano.

    Há duas semanas, Trump também relatou que as forças dos EUA destruíram um barco que estaria saindo da Venezuela supostamente carregado de drogas, matando 11 pessoas. O americano não apresentou publicamente qualquer evidência de que havia drogas no barco e de que as pessoas fossem traficantes.

    Depois da escalada, Maduro anunciou início de uma operação militar “de resistência”, em resposta ao que classificou de ameaça americana. O ditador falou em 284 “frentes de batalha” em todo o país, mas não especificou o número de tropas envolvidas nem o que significariam essas frentes, uma vez que o território da Venezuela, até o momento, não foi alvo de ataque.

    “Isso não é tensão. É uma agressão generalizada, é uma agressão policial, uma agressão política, uma agressão diplomática e uma agressão contínua de caráter militar”, disse Maduro.

    Mesmo com o histórico de negociações bilaterais ao longo dos últimos anos, o ditador reiterou que a relação entre os países mudou definitivamente. “As comunicações com o governo dos EUA estão rompidas, estão rompidas por eles com suas ameaças de bombas, morte e chantagem”, afirmou, ao apontar o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, como o “senhor da morte e da guerra”.

    Rubio havia apontado Maduro na semana passada como um “fugitivo da justiça americana” em relação à recompensa que os Estados Unidos oferecem por sua captura.

    Nesta segunda-feira, em entrevista à Fox News antes das declarações de Maduro, Rubio disse que o venezuelano “representa uma ameaça direta à segurança nacional” dos EUA devido ao suposto tráfico de drogas do qual é acusado.

    A Venezuela rejeita essas acusações e, na semana passada, Maduro ordenou o envio de pelo menos 25 mil soldados das Forças Armadas para os estados fronteiriços com a Colômbia e o Caribe. O ditador também convocou civis para se alistarem na Milícia Bolivariana, um corpo militar composto por civis, para reforçar as tropas diante de uma eventual invasão americana.

    Além disso, na última sexta, o ditador convocou reservistas, milicianos e jovens que se alistaram para que comparecessem aos quartéis no fim de semana para receberem treinamento militar e aprenderem “a atirar” para defender o país.

    Durante o fim de semana, o regime venezuelano denunciou que militares americanos que fazem parte da tripulação do contratorpedeiro da Marinha americana retiveram por oito horas um navio de pesca de atum que navegava em águas do Caribe venezuelano.

    Trump diz ter feito novo ataque a barco venezuelano, com três mortos

  • Eliminada em SP, Bia Haddad vive maratona para chegar e jogar WTA em Seul

    Eliminada em SP, Bia Haddad vive maratona para chegar e jogar WTA em Seul

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Beatriz Haddad Maia está na Coreia do Sul para estrear no WTA 500 de Seul já nas próximas horas. A tenista brasileira viveu uma “maratona” para chegar à Ásia.

    Bia Haddad foi eliminada nas quartas de final do SP Open na noite de sexta-feira. A tenista foi derrotada pela mexicana Renata Zarazua e ainda não tinha certeza se viajaria para Seul.

    A decisão veio na manhã de sábado. Junto com sua equipe, Bia Haddad avaliou o cenário e julgou ser boa a ida para o torneio, comprou as passagens às pressas e, então, viajou.

    Bia saiu de São Paulo, fez escala em Doha (Qatar) e chegou em Seul na manhã desta segunda-feira (15) -noite na Coreia do Sul. A estreia ocorre nesta terça-feira (16), por volta das 7h30 (de Brasília) -19h30 no horário local- contra a sul-coreana Da-Yeon Back.

    A viagem entre São Paulo e Seul com escala em Doha costuma durar pelo menos 23 horas. Da capital paulista ao Qatar são cerca de 14h15 de trajeto. De Doha a Seul são mais 8h45.

    A brasileira é a cabeça de chave 6 do torneio sul-coreano. Ela tenta se recuperar do baque sofrido na derrota no SP Open, quando chegou a estar em vantagem nos dois sets, mas foi derrotada por Zarazua por 2 a 0 (parciais de 6/7 e 3/6).

    Adversária na estreia, Back tem 23 anos e é a 306ª no ranking da WTA. O WTA de Seul, além de garantir 500 pontos no ranking à vencedora, distribui uma premiação de pouco mais de 1 milhão de dólares (R$ 5,3 milhões na cotação atual) entre todas as atletas.

    Lutador de MMA assume que “esta não foi uma decisão fácil”, mas garante: “Estas não vão ser as minhas últimas eleições. Vocês vão me ver tentando, uma vez mais, no futuro”

    Rafael Damas | 14:12 – 15/09/2025

    Eliminada em SP, Bia Haddad vive maratona para chegar e jogar WTA em Seul

  • Dólar cai a R$ 5,31 e Bolsa sobe 0,84% à espera da 'Superquarta'

    Dólar cai a R$ 5,31 e Bolsa sobe 0,84% à espera da 'Superquarta'

    O dólar à vista fechou em queda de 0,60%, a R$ 5,321, o menor valor desde junho do ano passado; a Bolsa encerrou o dia em alta de 0,84%%, a 143.478 pontos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar fechou em queda e o Ibovespa em alta nesta segunda-feira (15), com os investidores à espera de corte na taxa de juros dos Estados Unidos nesta quarta (17) pelo Federal Reserve (o banco central americano).

    O dólar à vista fechou em queda de 0,60%, a R$ 5,321, o menor valor desde junho do ano passado -a moeda americana chegou a tocar nos R$ 5,30 durante o pregão. A Bolsa encerrou o dia em alta de 0,84%%, a 143.478 pontos, segundo dados preliminares.

    Os investidores aguardam o primeiro corte de juros deste ano pelo Fed, de 25 pontos na taxa básica americana. Por aqui, o BC deve manter a Selic em 15% ao ano. Os comunicados das decisões serão acompanhados com atenção, na expectativa de sinalização dos próximos passos da política monetária de ambos os países.

    “A semana passada foi marcada por uma apreciação do real, principalmente por conta da crescente expectativa de que o Fed irá baixar juros, ainda mais em um cenário em que o Banco Central deve manter a Selic em 15%. Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real”, avalia Daniel Teles, sócio da Valor Investimentos.

    Para analistas do BB Investimentos, investidores devem ficar em modo espera até as decisões dos bancos centrais nos EUA e no Brasil, com divulgações previstas para a quarta-feira, o primeiro às 15h e o segundo após o fechamento.

    “O dólar mostra tendência de queda nesta segunda, em linha com o movimento externo de enfraquecimento da moeda americana”, diz Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX. “A moeda americana apresenta fraqueza desde sexta-feira, por conta da consolidação das apostas de um ciclo de cortes de juros pelo Fed.”

    Nesta segunda, o mercado repercute o Boletim Focus, com economistas consultados pelo Banco Central reduzindo suas estimativas para a inflação neste ano (de 4,85% para 4,83%) e ajustando para baixo suas projeções para a taxa básica de juros em 2026.

    Além disso, o IBC-Br (índice de Atividade Econômica do Banco Central) de julho mostrou uma desaceleração maior que a esperada por analistas, com uma queda de 0,5% ante junho.

    Foi o terceiro mês consecutivo de recuo do índice, que é visto como um sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto). Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam contração de 0,2%. As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) abriram em baixa nesta segunda-feira, após a divulgação do indicador.

    Entre as principais altas nesta segunda, estão as ações da Yduqs, Magalu, Cogna, Sendas e a B3. Na outra ponta, as maiores quedas são Raia Drogasil, Minerva, Embraer e Banco do Brasil.

    Os índices de ações S&P 500 e Nasdaq atingiram máximas históricas intradiárias nesta segunda-feira.

    No radar do mercado, estão ainda possíveis retaliações dos EUA após a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses.

    Nesta segunda, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, disse que deve haver anúncios de respostas do país à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Embora não tenha citado seu nome, o secretário fez referência ao ministro Alexandre de Moraes, do STF.

    “Então, haverá uma resposta dos EUA a isso, e teremos alguns anúncios na próxima semana ou algo assim sobre quais medidas adicionais pretendemos tomar. Mas isso, o julgamento, é apenas mais um capítulo de uma crescente campanha de opressão judicial que tentou atingir empresas americanas e até pessoas operando a partir dos Estados Unidos”, afirmou.

    Para analistas, a perspectiva de cortes nas taxas de juros nas próximas reuniões do Federal Reserve (o banco central americano) ajuda a atrair recursos para o Brasil, valorizando o real.

    “O dólar está caindo principalmente por conta de três cortes de juros que o mercado já está precificando nos Estados Unidos, que devem acontecer neste ano”, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos.

    É a mesma avaliação de Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank. “Temos um diferencial de juros bastante favorável para o ingresso de fluxo de capital especulativo para o Brasil e isso favorece o real”, afirma.

    “Os consumidores americanos se mostraram mais pessimistas nesse mês de setembro, e isso ajudou a consolidar a perspectiva de que vai ter corte de juros nos Estados Unidos”, aponta Leonel Mattos, analista de Inteligência de Mercado da StoneX.

    O mercado ainda avaliou os dados de serviços no Brasil em julho, divulgados pelo IBGE. O volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,3% em julho sobre o mês anterior, em linha com o esperado por economistas. Foi a sexta alta mensal consecutiva do setor, que segue mostrando resiliência em meio ao aperto monetário.

    Para a equipe da Ágora Investimentos, o tom mais contido no exterior e um receio entre os investidores sobre uma possível reação dos Estados Unidos ao desfecho do julgamento de Bolsonaro no STF poderiam prejudicar o desempenho dos ativos locais nesta sexta-feira, conforme relatório a clientes.

    Dólar cai a R$ 5,31 e Bolsa sobe 0,84% à espera da 'Superquarta'

  • Lançado nesta segunda, iOS 26 tem filtro para bloquear ligações de números desconhecidos

    Lançado nesta segunda, iOS 26 tem filtro para bloquear ligações de números desconhecidos

    O novo sistema também conta com a Apple Intelligence, inteligência artificial com foco em tarefas diárias, com destaque para tradução automática de textos enviados por meio do aplicativo “Mensagens”

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Apple lançou seu novo sistema operacional -o iOS 26-, nesta segunda-feira (15), para os usuários de iPhone. Com o iOS 26, os usuários poderão gerenciar ligações desconhecidas.

    A “Filtragem de Ligações” atenderá automaticamente chamadas de números desconhecidos sem interromper o usuário. Após a pessoa se identificar e dizer o motivo da ligação, o telefone tocará e será possível decidir se a ligação vai ser atendida ou não.

    Vale destacar que não receberão o iOS26 aparelhos lançados antes do iPhone 11.

    Outra novidade do sistema, que foi anunciado em junho, é design chamado Liquid Glass, que apresenta uma interface translúcida inspirada em vidro.

    O novo design será aplicado à tela bloqueada, à tela de início, à central de controle e aos aplicativos. Na tela de bloqueio, o relógio agora se adapta à foto de fundo e às notificações, preservando o destaque para a pessoa ou objeto principal.

    Segundo a Apple, ao mover o iPhone, um novo efeito 3D irá alterar a perspectiva da imagem. Além disso, os usuários poderão personalizar os ícones dos aplicativos com diferentes opções: modo claro ou escuro, ícones coloridos ou transparentes.

    No período de apresentação do novo sistema, os executivos disseram que, ao tornar controles e menus transparentes, o usuário poderá se concentrar mais no conteúdo exibido.

    O novo sistema também conta com a Apple Intelligence, inteligência artificial com foco em tarefas diárias. Entre as novidades, está a tradução automática de textos enviados por meio do aplicativo “Mensagens”.

    Além disso, ela também exibe, no FaceTime, legendas traduzidas na hora e fala em voz alta as traduções de ligações feitas no aplicativo “Telefone”.

    No AirPods Pro 3, nova versão de fones de ouvido sem fio da marca, a principal novidade é a tradução simultânea, ou seja, o produto traduzirá a fala do interlocutor para o idioma desejado pelo ouvinte.

    A função poderá ser ativada por um toque simples nos próprios fones, segundo a empresa. O preço inicial é de R$ 2.699 no site brasileiro e de US$ 249 (R$ 1.353,24) no site americano. A pré-venda está aberta desde a última terça-feira (9), mas o produto só estará disponível nesta sexta-feira (19).

    Também como o novo sistema, o aplicativo “Mapas” passa a entender os trajetos percorridos com mais frequência pelo usuário e avisará quando houver atrasos no caminho.

    Para os fãs de jogos, os celulares também passarão a contar com um novo aplicativo chamado “Jogos”. Nele, será possível descobrir novidades e receber recomendações personalizadas.

    O modelo mais caro, com 2 TB de armazenamento, custa R$ 18.499 na loja oficial. A pré-venda começa nesta terça-feira (16), com entregas a partir do dia 19 de setembro.

    Os relógios Apple Watch SE, Series 11 e Ultra 3 saem, respectivamente, por R$ 3.299, R$ 5.499 e R$ 10.499, ainda sem data definida para o Brasil.

    Lançado nesta segunda, iOS 26 tem filtro para bloquear ligações de números desconhecidos

  • Motta tenta postergar anistia para construir alternativa com Senado, STF e governo Lula

    Motta tenta postergar anistia para construir alternativa com Senado, STF e governo Lula

    Aliados de Motta afirmam que uma solução definitiva depende de uma costura que tenha aval do STF, do Senado e do Palácio do Planalto

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – Apesar da cobrança por anistia a Jair Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tenta postergar a discussão enquanto busca uma saída que não afronte o STF (Supremo Tribunal Federal) nem endosse a proposta bolsonarista de um perdão amplo, geral e irrestrito.

    Aliados de Motta afirmam que a intenção é votar a matéria para encerrar o assunto e que uma solução definitiva depende de uma costura que tenha aval do STF, do Senado e do Palácio do Planalto. Por isso, a tramitação levaria mais tempo do que desejam os apoiadores do ex-presidente, que pleiteiam a votação nesta semana.

    Parlamentares reconhecem, no entanto, que a condenação de Bolsonaro pelo Supremo na quinta-feira (11) vai elevar a pressão sob Motta para analisar o tema na Casa.

    Segundo relatos, Motta levou ao governo Lula (PT) esse cenário, e o Planalto acompanha os desdobramentos para definir a estratégia contra o projeto. Um dos argumentos usados contra a votação é que o julgamento de Bolsonaro ainda não está concluído, porque ainda cabem recursos contra a condenação.

    A pauta da Câmara nesta semana será objeto do embate direto entre PT e PL. De um lado, os bolsonaristas querem votar a anistia e, de outro, o governo Lula quer o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 mensais.

    Entre aliados de Lula, a avaliação é que não estaria descartada a hipótese de que o requerimento de urgência para a anistia seja votado antes mesmo do Imposto de Renda. Há integrantes do governo que defendem que a urgência seja levada logo ao plenário para ser derrotada no voto, com a esperança de que Motta ajude a enterrar o assunto logo após o julgamento.

    Um auxiliar de Lula diz que o Planalto, no entanto, quer garantir que haverá segurança de que a urgência será rejeitada antes de definir se apoia ou não esse movimento. Deputados do centrão afirmam que têm votos suficientes a favor da urgência, embora não haja certeza sobre a aprovação do mérito em si.

    Um líder do centrão defende aguardar os próximos dias antes de definir o que será votado e fala em um estado de “compasso de espera” para eventual reação do governo Donald Trump à condenação de Bolsonaro -já que uma retaliação dos Estados Unidos afetaria o clima na Câmara.

    Deputados governistas dizem que Motta indicou que o IR poderá ser votado nesta semana. A oposição, contudo, trabalha para a criação de um imposto para os mais ricos –que é a forma que o governo Lula pretende compensar a queda de arrecadação ao ampliar a isenção. Para evitar mudanças no texto, o governo negocia alterações em outra matéria, a MP (medida provisória) que aumenta impostos.

    Em relação à anistia, uma das opções avaliadas por Motta é, assim como sugeriu o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-PB), pautar um texto que apenas reduza penas dos condenados por tentativa de golpe, o que alcançaria os presos do 8 de Janeiro e poderia até incluir Bolsonaro e os demais integrantes do núcleo principal.

    Um deputado próximo ao presidente da Câmara diz que ele está disposto a discutir alternativas à prisão de Bolsonaro -não nos termos da anistia absoluta que propõe o PL, mas medidas que possam, por exemplo, assegurar a prisão domiciliar ao ex-presidente.

    A redução de penas é defendida pelo presidente da Câmara e tem adesão de partidos do centrão e até de deputados da esquerda, como forma de contenção de danos. O principal entrave é o PL, que só aceita um texto moldado para beneficiar Bolsonaro.

    Ainda segundo aliados, Motta não pretende divulgar a escolha de um relator antes que haja uma definição sobre os termos gerais do texto. Como mostrou a Folha de S.Paulo, o relator deve ser integrante de partidos do centrão, que defendem perdoar Bolsonaro criminalmente, mas manter sua inelegibilidade, enquanto o PL quer reabilitá-lo até nas urnas.

    O texto sugerido pelo líder do PL, Sóstenes Cavalcante (RJ), que inclui o perdão eleitoral e anistia crimes desde 2019, quando foi instaurado o inquérito contra fake news no STF, foi rechaçado por Motta, segundo deputados.

    Em conversas recentes com aliados, o presidente da Câmara teria afirmado que, se fosse favorável ao projeto, já teria levado a matéria ao plenário. Dois deputados que participaram de algumas dessas conversas dizem que interpretaram essa fala como uma sinalização de que o tema pode demorar a ser votado.

    Esses políticos dizem ainda que Motta, quando questionado sobre anistia, tem afirmado que está buscando uma saída. Ele tem dito, no entanto, que essa não é uma equação fácil e repetido que teve apoio tanto do PT quanto do PL para consolidar sua candidatura à frente da Câmara.

    Apesar de não ser pessoalmente a favor da anistia, a avaliação de Motta é a de que a pressão a favor do assunto mudou de patamar com o julgamento de Bolsonaro e a articulação de PL, União Brasil, PP, PSD e Republicanos, protagonizada pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

    Para as legendas do centrão e para o governador, a anistia seria um aceno a Bolsonaro em troca de o ex-presidente apoiar Tarcísio na corrida ao Planalto em 2026. Por preferir a candidatura de Tarcísio a de Bolsonaro, o centrão resiste a um texto que trate de inelegibilidade.

    Antes desse movimento, Motta vinha dizendo, ao longo do mês de agosto, que não havia clima para anistia na Casa. O presidente resistia a pautar o tema sobretudo para não avalizar um acordo feito pelo PL com partidos do centrão e Arthur Lira (PP-AL), sem a participação de Motta, de que a anistia seria votada em troca do fim do motim de bolsonaristas ocupou o plenário em agosto.

    Do outro lado, o governo Lula entrou em campo para barrar a anistia e dar condições para que Motta segure o texto. A ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) cobrou ministros do centrão para que freiem o avanço da medida em seus partidos, e o governo ameaça tirar cargos de parlamentares favoráveis.

    Deputados do PT lembram ainda que Lula deve vetar a anistia e que os ministros do Supremo também já deram o recado de que o perdão a crimes contra o Estado democrático de Direito seria inconstitucional.

    Por isso, dizem aliados de Motta, o presidente busca um caminho que não acabe barrado em outros Poderes, ou o fantasma da anistia voltaria para a Câmara. O deputado tem sido aconselhado a votar a proposta como forma de liberar a pauta para projetos propositivos e, assim, implementar uma agenda própria.

    Outra ideia ventilada na Câmara, menos provável, seria a de aprovar a chamada PEC (proposta de emenda à Constituição) da blindagem ou das prerrogativas, como forma de satisfazer demandas do centrão e, assim, postergar a anistia.

    Motta tenta postergar anistia para construir alternativa com Senado, STF e governo Lula