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  • Governador do RJ reconhece excesso das competências do estado em operação

    Governador do RJ reconhece excesso das competências do estado em operação

    Governador Cláudio Castro admitiu que a Operação Contenção ultrapassou os limites legais do estado, mas justificou o avanço alegando falta de apoio federal no combate às facções. Ele defendeu maior integração e até presença das Forças Armadas diante do poder bélico do crime organizado no Rio

    O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, reconheceu, nesta terça-feira (28), que a chamada Operação Contenção, que as forças de segurança do estado estão realizando nos complexos do Alemão e da Penha, na capital fluminense, excedeu os “limites e as competências” do governo estadual.

    “Eu até entendo que estamos excedendo as nossas competências, mas continuaremos as excedendo. E, se precisarmos exceder ainda mais, o faremos, na nossa missão de servir e proteger nosso povo”, declarou Castro ao apresentar a jornalistas um balanço preliminar da ação. Até o momento, há ao menos 64 pessoas mortas – incluindo quatro policiais –, mais de 80 presos e 75 fuzis apreendidos, além de pistolas e granadas.

    Ao justificar a operação, o governador cobrou mais apoio federal no enfrentamento às organizações criminosas que atuam no Rio de Janeiro e em outras partes do território brasileiro. Segundo Castro, o estado está atuando “sozinho nesta guerra”.

    “Esta operação tem muito pouco a ver com segurança pública. Ela é uma operação de defesa. [Porque] esta é uma guerra que está passando os limites que o estado [do Rio de Janeiro] deveria estar defendendo sozinho. Para uma guerra desta, que nada tem a ver com a segurança urbana, deveríamos ter um apoio muito maior. Neste momento, talvez até de Forças Armadas”, propôs Castro, se referindo ao poder bélico e financeiro das organizações criminosas.

    Segundo o governador, a ação desta terça-feira foi planejada ao longo de seis meses, como resultado de mais de um ano de investigações. Contou com o aval do Poder Judiciário e foi acompanhada pelo Ministério Público do estado. Contudo, o governo fluminense não solicitou apoio federal. De acordo com Castro, porque os pedidos de ajuda anteriores foram negados.

    “Pedimos os blindados [militares] algumas vezes. E, todas as vezes, os pedidos foram negados. Desta vez, não pedimos por terem negado nas outras três vezes. Falaram que, para isso, tem que [ser decretada uma operação de] Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que tem que ter isso ou aquilo. E como o presidente [da República, Luiz Inácio Lula da Silva] já falou que é contra GLOs, entendemos a realidade. E não vamos ficar chorando pelos cantos”, afirmou o governador. “Espero que isso sirva de exemplo de que precisamos de mais integração.”

    O Ministério da Defesa confirmou, por meio de nota, que, em janeiro deste ano, o governo do Rio de Janeiro solicitou que a Marinha fornecesse “apoio logístico” às forças de segurança estaduais, com o empréstimo de veículos blindados. Segundo o ministério, o pedido foi submetido à análise da Advocacia-Geral da União (AGU), que indicou que a solicitação só poderia ser atendida com a decretação de uma GLO, o que exigiria um decreto presidencial.

    Também em nota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública destacou que, desde 2023, agentes da Força Nacional de Segurança Pública estão atuando no Rio de Janeiro, apoiando as ações estaduais. Além disso, só em 2025, a Polícia Federal (PF) deflagrou 178 operações no estado, resultando na apreensão de 190 armas, incluindo 17 fuzis, além de 10 toneladas de drogas. Já a Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensificou, a partir de 2023, as operações de combate ao roubo de cargas e veículos nas rodovias federais que cortam o Rio de Janeiro.

    “Além disso, nos últimos anos, o estado do Rio de Janeiro tem recebido recursos do governo federal para investir no sistema penitenciário e na segurança pública”, acrescentou o Ministério da Justiça, no comunicado. De acordo com a pasta, entre 2016 e 2024, mais de R$ 99 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen) foram repassados ao estado, que só utilizou cerca de R$ 39 milhões do total recebido. Do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP), foram transferidos quase R$ 288 milhões entre 2019 e 2025, dos quais apenas R$ 157 milhões foram executados.

    “Estamos empenhados em combater o crime de forma cooperativa e integrada. Esse é mais um exemplo de integração federativa que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública pretende colocar em prática”, assegura o ministério.

    Governador do RJ reconhece excesso das competências do estado em operação

  • Juliette pede justiça por amiga, que foi morta pelo ex-namorado

    Juliette pede justiça por amiga, que foi morta pelo ex-namorado

    Juliette lamentou a morte da amiga Clarissa Costa Gomes e fez um apelo nas redes sociais contra a violência de gênero. Clarissa foi assassinada com 34 facadas e o ex-namorado é o principal suspeito. A cantora reforçou a importância de denunciar agressões e buscar ajuda

    (CBS NEWS) – Juliette Freire, 35, usou suas redes sociais para conscientizar sobre a violência contra a mulher. A cantora afirmou que era amiga de Clarissa Costa Gomes, morta em julho em Fortaleza (CE). O principal suspeito é o ex-namorado de Clarissa, Matheus Anthony Lima.

    Matheus está preso preventivamente desde o dia 9 de julho e passará por audiência de instrução na próxima quarta-feira (29). Ele foi denunciado pelo Ministério Público do Ceará (MPCE) por feminicídio.

    “Sei que nada trará minha amiga de volta, mas quero que ela saiba que ela nunca esteve sozinha. O luto agora é luta”, falou Juliette.

    Clarissa tinha 31 anos e era enfermeira no Hospital Geral de Fortaleza e no Hospital Dr. César Cals, dois dos principais centros médicos da capital cearense.

    Ela foi morta com 34 facadas no dia 9 de julho, na casa em que morava com a mãe. Horas antes do crime, Clarissa enviou uma mensagem pedindo socorro a uma amiga, segundo informações da emissora local Verdes Mares.

    O MP pede que Matheus seja levado a júri popular e julgado pelo crime de feminicídio qualificado, com aumento de pena por motivo torpe (não aceitar o término), utilização de meio cruel e de recurso que dificultou a defesa da vítima.

    “Eu não paro de pensar um dia sequer em como a gente não viu os sinais. Por que ela não pediu ajuda? Eu me sinto impotente”, desabafou Juliette. Em seguida, ela citou outros casos recentes de violência doméstica: “Sessenta socos dentro de um elevador, menina de 11 anos morta no banheiro da escola. Não pára. A cada seis horas uma mulher é vítima de feminicídio no Brasil.”

    “Comecei a estudar para entender o que está acontecendo. Não sei qual é a solução, mas vou buscar com todas as minhas forças”, continuou a ex-BBB. “Não deu tempo para a Clarissa, mas ainda há tempo para você. Ligue 180, denuncie.”

    Juliette pede justiça por amiga, que foi morta pelo ex-namorado

  • Robinho relata rotina na prisão e nega ter privilégios

    Robinho relata rotina na prisão e nega ter privilégios

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Preso na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, famosa por abrigar condenados em casos de grande repercussão, Robinho, 41, relatou parte de sua rotina com os outros detentos.

    Em um vídeo de autoria do Conselho da Comunidade de Taubaté, entidade que se propõe a promover inclusão e emprego a reeducandos, o ex-jogador afirmou que não recebe nenhum tipo de tratamento diferenciado na cadeia.

    “A alimentação, o horário em que durmo, é tudo igual aos outros reeducandos. 

    Nunca comi nenhuma comida diferente, nunca tive nenhum tratamento diferente. Na hora do meu trabalho, faço tudo aqui o que para todos os outros reeducandos também é possível de fazer. Quando a gente quer jogar um futebol, é liberado quando não tem trabalho no dia de domingo”, disse.

    Condenado na Itália a nove anos de prisão em regime fechado pelo crime de estupro, o ex-atleta do Santos e da seleção brasileira está preso desde março de 2024 após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) ter homologado a sentença e determinado o cumprimento da pena no Brasil.

    Em seu relato, Robinho também contou que costuma receber sua mulher e seus filhos nos dias de visitas, aos sábados ou aos domingos. Segundo ele, as visitas de Robson Junior, 17, seu filho mais velho, são menos frequentes por causa da rotina como jogador do Santos -ele ingressou nas categorias de base do clube da Baixada em 2022 e estreou na equipe profissional em julho deste ano.

    “Quando minha esposa não vem sozinha, vem com meus filhos. O mais velho joga, e os dois mais novos podem vir. A visita é igual, e o tratamento é igual para todo o mundo”, disse o ex-jogador.

    Ele usou o vídeo, ainda, para negar que seja tratado como uma espécie de liderança por outros detentos e que esteja sendo medicado por causa de problemas psicológicos.

    “As mentiras que têm saído: que sou liderança, que eu tenho problema psicológico. Nunca tive isso, nunca tive que tomar remédio, graças a Deus. Apesar da dificuldade que é estar numa penitenciária, normal, mas graças a Deus sempre tive uma cabeça boa e estou fazendo tudo aquilo que todos os reeducandos também podem fazer”, afirmou.

    “Aqui quem manda são os guardas, como falei para a senhora, e nós, reeducandos, só obedecemos”, acrescentou.

    Em agosto deste ano, o STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria de votos contra o pedido de liberdade de Robinho.

    De acordo com a Justiça italiana, Robinho e cinco amigos praticaram violência sexual contra uma jovem albanesa em uma boate, em 2013. No local, ainda segundo a Justiça italiana, a vítima foi embriagada por eles e, inconsciente, levada para o camarim do estabelecimento, onde foi estuprada várias vezes.

    O ex-jogador foi condenado em 2017 a nove anos de prisão pelo estupro coletivo. Em 2022, a sentença foi considerada definitiva, sem possibilidade de novos recursos. No Brasil, após o reconhecimento da sentença pelo STJ, a defesa do ex-jogador protocolou dois pedidos de habeas corpus.

    A operação Contenção, que deixou mais de 60 mortos nos complexos do Alemão e da Penha, tornou-se a mais letal da história da região metropolitana do Rio, segundo levantamento do Geni-UFF. Três das quatro ações com maior número de vítimas ocorreram sob o governo de Cláudio Castro

    Folhapress | 05:26 – 29/10/2025

    Robinho relata rotina na prisão e nega ter privilégios

  • Pep Guardiola afirmou nesta terça-feira, durante a coletiva de imprensa q

    Pep Guardiola afirmou nesta terça-feira, durante a coletiva de imprensa q

    Pep Guardiola afirmou nesta terça-feira, durante a coletiva de imprensa que antecede a partida da quarta fase da Copa da Liga entre Manchester City e Swansea City, no estádio Swansea.com, no País de Gales, que está atento à nova tendência que vem se espalhando pela Premier League.

    Desde o início da temporada 2025/26, quase 19% dos gols da liga inglesa foram marcados a partir de escanteios, o que representa um aumento de cerca de 5 pontos percentuais em relação aos anos anteriores. Atualmente, o Manchester City é a única equipe da competição que ainda não balançou as redes em lances de bola parada, fato que levou o técnico espanhol a refletir.

    É verdade que os times estão usando praticamente todos os arremessos laterais como se fossem escanteios, com dez jogadores dentro da área. Sofremos com isso quando enfrentamos o Brentford. Vimos o jogo Brentford contra Liverpool no hotel, e o Kayode colocou todas as bolas na área, foi o melhor em campo, comentou Guardiola.

    Hoje, as jogadas de bola parada se tornaram uma verdadeira ameaça. Me lembro do Sean Dyche no Burnley: o time era extremamente perigoso nas bolas longas e nas segundas bolas. Dyche é um dos melhores nesse aspecto, sem dúvida. Sam Allardyce também. Não é novidade. Eles já faziam isso antes, continuou.

    Me lembro, mesmo antes de chegar à Inglaterra, do Stoke City e seus laterais longos. Talvez, naquela época, eles fossem a exceção. Quando eu ainda estava no Barcelona ou no Bayern de Munique, o Arsène Wenger falava sobre o quanto era difícil jogar lá. Agora, isso se tornou mais comum.

    Apesar de reconhecer que a estratégia é válida, Guardiola afirmou que, ao menos por enquanto, não pretende mudar o estilo de jogo do Manchester City para explorar esse tipo de jogada. Temos que prestar atenção, sim, mas eu ainda sonho em jogar futebol.

    Cada treinador segue aquilo em que acredita. Claro que eu quero marcar em faltas e escanteios, não sou ingênuo. Mas eu prefiro investir meu tempo em como podemos jogar melhor, atacar melhor e criar mais chances para marcar. Presto atenção a isso, mas não é o foco do meu trabalho.

    É o que venho fazendo por toda a minha carreira. Me lembro de como foi difícil enfrentar o Burnley. Talvez nem tenhamos cedido um escanteio. Por quê? Porque controlamos as segundas bolas. A melhor maneira de se defender contra esse tipo de jogo é assim. Mas, para isso, é preciso ser bom em muitos aspectos.

    Estamos trabalhando nisso. E vou continuar focado no nosso jogo até o fim, adaptando quando for necessário, concluiu Guardiola, segundo o jornal britânico Daily Mail.

    Com gols de Arana, Bernard e Hulk, o Atlético-MG venceu o Independiente Del Valle por 3 a 1 e garantiu vaga na final da Copa Sul-Americana. A decisão será em 22 de novembro, em Assunção, no Paraguai

    Folhapress | 05:14 – 29/10/2025

    Pep Guardiola afirmou nesta terça-feira, durante a coletiva de imprensa q

  • Em meio a negociações, EUA se reúnem com empresas americanas atingidas por tarifas contra o Brasil

    Em meio a negociações, EUA se reúnem com empresas americanas atingidas por tarifas contra o Brasil

    Governo dos EUA avança na análise das tarifas impostas ao Brasil por Trump e inicia escuta formal de empresas americanas afetadas. Negociações ganham tom técnico e podem levar à suspensão parcial das sobretaxas, com setores estratégicos como café e carne buscando isenção ou inclusão em futuras exceções

    (FOLHAPRESS) O governo dos Estados Unidos deu um passo adiante na análise das tarifas impostas pelo presidente Donald Trump ao Brasil e começou um processo para ouvir empresas americanas atingidas pelas sobretaxas.

    As reuniões são focadas nas taxas de 40% aplicadas pelo governo americano e que tiveram como justificativa motivações políticas, como o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

    Segundo um interlocutor do governo americano, o USTR (Escritório do Representante de Comércio dos EUA) determinou que todas as companhias que queiram tratar do assunto sejam escutadas pelo próprio órgão e pelo Departamento de Estado.

    A ordem foi dada após a reunião realizada entre o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e o secretário do Departamento de Estado americano, Marco Rubio, na semana retrasada. O encontro foi interpretado pelos americanos e pelos brasileiros como a largada efetiva das negociações tarifárias.

    Integrantes da comitiva americana relataram a interlocutores terem saído da conversa com Lula na Malásia com boa impressão, indicando boa vontade em chegar a um acordo.

    O USTR já ouviu formalmente uma série de empresas no âmbito da investigação tarifária aberta com base na chamada Seção 301. Vinculado a uma legislação americana de 1974, o regulamento autoriza o governo dos EUA a retaliar, com medidas tarifárias e não tarifárias, qualquer nação estrangeira que tome práticas vistas como injustificadas e que penalizam o comércio americano. China e União Europeia já foram alvo.

    O novo processo de escuta das empresas, porém, não seria vinculado à Seção 301 e teria como objetivo levantar as demandas das empresas americanas para incluir esses pedidos nas negociações com o Brasil. Segundo pessoas ligadas a empresas ouvidas nas discussões, isso indica a intenção dos EUA de progredirem efetivamente nas tarifas.

    Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior e sócio do escritório Barral Parente Pinheiro Advogados, confirmou que o USTR está aceitando reuniões com companhias americanas interessadas em falar sobre o Brasil. “O USTR está se reunindo com as empresas que estão pedindo para falar sobre o Brasil, para ver se elas têm elementos para colocar na mesa de negociações”, afirmou ele.

    Federico Lamego, superintendente de relações internacionais da CNI (Confederação Nacional da Indústria), avalia que a liderança do USTR mostra que as negociações estão se encaminhando para um perfil técnico, o que contribui para uma eventual suspensão das tarifas avançar.

    “Estamos com uma grande expectativa que haja um bom desfecho, com a possibilidade de algum tipo de suspensão temporária das tarifas de 50%”, afirma. “O fato de o USTR liderar as negociações é importante, já que deve levar a uma agenda técnica entre os dois lados.”

    Ele afirma que o USTR tem como tradição ouvir as empresas sobre como proceder nas negociações com outros países, e o fato de ter determinado reuniões com empresas americanas indica que esse é o primeiro passo para a construção de um acordo.

    A CNI defende que o acordo com os EUA seja mais amplo — ou seja, que não se restrinja à questão tarifária — para elevar a chance de um avanço nas tratativas.

    “Acreditamos que o acordo deve incluir compromisso de investimentos de empresas brasileiras nos Estados Unidos, compras governamentais de produtos americanos em defesa e alianças estratégicas, como em minerais críticos, SAF [combustível sustentável de aviação] ou data centers”, avalia.

    A entidade prepara um documento para entregar ao governo americano com sugestões nesse sentido.

    Enquanto isso, os principais setores afetados pelo tarifaço também se movimentam individualmente para serem contemplados nas negociações.

    O Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil) informou que está realizando reuniões com o governo e que busca incluir o café na solicitação de suspensão de todas as tarifas para produtos brasileiros por 90 dias.

    Como alternativa, se a suspensão não for implementada, os exportadores de café pretendem que o produto seja incluído na lista de isenções ao tarifaço, assinada por Trump em 5 de setembro.

    Em nota, a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes) afirmou que a negociação é importante para preservar a competitividade da carne brasileira e garantir previsibilidade aos exportadores.

    “O encontro [entre Lula e Trump] reforça a importância do diálogo para o fortalecimento das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos e demonstra a disposição de ambos os governos em avançar nas discussões sobre as tarifas atualmente em vigor”, disse a entidade através de sua assessoria de imprensa.

    Em meio a negociações, EUA se reúnem com empresas americanas atingidas por tarifas contra o Brasil

  • Hulk quebra jejum, Atlético vence Del Valle e vai à final da Sul-Americana

    Hulk quebra jejum, Atlético vence Del Valle e vai à final da Sul-Americana

    (UOL/FOLHAPRESS) – O Atlético-MG venceu o Independiente Del Valle por 3 a 1 na noite desta terça-feira (28), na Arena MRV, em Belo Horizonte. Com o resultado, o time mineiro avançou à final da Copa Sul-Americana com 4 a 2 no placar agregado.

    Guilherme Arana e Bernard construíram boa vantagem para a equipe ainda no primeiro tempo. Spinelli descontou após falha de Everson, já na etapa complementar, mas Hulk garantiu a classificação.

    O Atlético volta a campo no domingo (2), quando visita o Internacional, pela 31ª primeira rodada do Campeonato Brasileiro. A bola rola às 18h30 (de Brasília), no estádio Beira-Rio.

    A final da Copa Sul-Americana será disputada no dia 22 de novembro, em Assunção, capital do Paraguai. Já classificado, o Atlético-MG aguarda o vencedor da outra semifinal, entre Lanús e Universidad de Chile. O jogo de volta acontecerá nesta quinta-feira (30).

    HULK QUEBRA JEJUM, E ATLÉTICO-MG APROVEITA FALHAS DEFENSIVAS

    Desde o primeiro minuto, a equipe de Jorge Sampaoli pressionou a saída de bola do Independiente Del Valle. A equipe equatoriana teve muita dificuldade para imprimir seu ritmo por conta disso, e o time da casa soube aproveitar.

    As melhores chances do Atlético-MG vieram de bolas recuperadas no campo de ataque. Arana e Bernard, justamente os autores dos gols, tiveram oportunidades para marcar antes mesmo de balançarem as redes.

    Além deles, Dudu e Hulk também aproveitaram as chances proporcionadas pelas falhas defensivas. O externo concedeu duas assistências, a segunda partindo de um desarme do meio-campo, enquanto o ídolo do Galo marcou o gol que encerrou um jejum de 16 jogos e sacramentou a classificação para a final.

    ATLÉTICO-MG
    Everson, Ruan, Vitor Hugo, Júnior Alonso e Guilherme Arana; Fausto Vera (Saravia), Alan Franco (Alexsander), Igor Gomes e Bernard (Reinier); Rony (Hulk) e Dudu (Biel).

    INDEPENDIENTE DEL VALLE
    Villar, Matías Fernández, Carabajal, Schunke e Gustavo Cortez (Zárate); Alcívar, Patrik Mercado (Ibarra), Sornoza (Loor) e Jean Arroyo (Guagua); Hoyos (Yandri Vásquez) e Spinelli.

    Local: Arena MRV, em Belo Horizonte (MG)
    Árbitro: Esteban Ostojich (URU)
    Assistentes: Nicolas Taran e Martin Soppi (URU)
    VAR: Christian Ferreyra (URU)
    Gols: Guilherme Arana, aos 35 minutos do 1º tempo, Bernard, aos 42 minutos do 1º tempo (CAM); Spinelli, aos 18 minutos do 2º tempo (IDV).
    Cartões amarelos: Everson e Biel (CAM); Jean Arroyo (IDV)

    Um dos maiores nomes da história do basquete, Kobe Bryant morreu aos 41 anos em 2020

    Folhapress | 21:45 – 28/10/2025

    Hulk quebra jejum, Atlético vence Del Valle e vai à final da Sul-Americana

  • Defesa de Bolsonaro foca redução improvável de penas e sinaliza novo recurso no STF

    Defesa de Bolsonaro foca redução improvável de penas e sinaliza novo recurso no STF

    Defesa de Jair Bolsonaro aposta em recursos para tentar reduzir penas impostas pelo STF por tentativa de golpe de Estado. Especialistas avaliam que as teses têm baixo potencial de sucesso e que o Supremo deve manter a condenação do ex-presidente ainda neste ano

    (CBS NEWS) – A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foca uma redução de penas ao recorrer de condenação no STF (Supremo Tribunal Federal) por tentativa de golpe de Estado e sinaliza a apresentação de novo recurso.

    O julgamento do recurso deve ocorrer de 7 a 14 de novembro em sessão virtual na Primeira Turma e marca o início de uma nova fase do processo contra o ex-presidente.

    Especialistas dizem que as teses defensivas exploram tópicos que, do ponto de vista técnico, poderiam abrir margem para revisão. Apesar disso, concordam que os argumentos devem ser enterrados pelos ministros.

    Os embargos de declaração -tipo de recurso apresentado pelos advogados de Bolsonaro e por outros condenados do núcleo crucial da trama golpista- permitem apontar obscuridades, imprecisões, contradições ou omissões em uma decisão.

    A defesa do ex-presidente também já sinalizou que pretende opor mais um recurso ao falar em “futuros embargos infringentes”. Essa outra classe permite rediscutir o mérito de ações, mas só é cabível se ao menos dois ministros tenham divergido dos demais.

    No caso de Bolsonaro, apenas Luiz Fux votou para inocentá-lo. Na terça-feira (21), o ministro pediu para deixar a Primeira Turma e não deve participar dos julgamentos relativos à fase recursal.

    Luisa Ferreira, professora da FGV Direito SP, diz que a defesa priorizou o debate sobre redução das penas. Apesar disso, afirma que a condenação deve ser mantida pela corte, mesmo considerando plausíveis algumas das teses.

    Entre elas, ressalta o debate sobre a possibilidade de condenação conjunta pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito. Nesse caso, discute-se também a existência de concurso material, que resulta na soma das penas, ou de concurso formal, no qual a pena mais alta é aplicada.

    “Mediante uma ação, o réu praticou dois crimes ou são duas ações com dois resultados? Essa é uma questão de pena importante. Primeiramente, já acho discutível a aplicação dos dois crimes. E, além disso, há a questão de qual o concurso de crimes”, diz.

    Claudia Barrilari, doutora pela USP e diretora do IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), concorda que, da maneira como foi apresentado, o recurso tem poucas chances de alterar a decisão.

    “São pontos que, a meu entender, não podem mais ser revistos no recurso de embargos de declaração, cuja natureza integrativa tem por objeto esclarecer, e não rediscutir o mérito da decisão, como parece ser o objetivo dos advogados recorrentes”, afirma.

    O professor Antônio José Martins, da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), considera que existe uma margem técnica para revisão, mas vê uma probabilidade baixa de isso ocorrer.

    Ele ressalta, por exemplo, a discussão sobre bis in idem no sentido de usar uma mesma circunstância para agravar mais de uma vez a pena e sobre autoria mediata -quando um agente usa outra pessoa como instrumento para o cometimento de um crime.

    O professor afirma, porém, que é incomum o Supremo reabrir debates de mérito em embargos de declaração. “A probabilidade de grandes transformações a partir de embargos de declaração são pequenas, até porque subverteria a própria natureza dos recursos.”

    O criminalista Renato Vieira, doutor pela USP, avalia que os ministros da Primeira Turma devem julgar que as matérias apresentadas nos embargos extravasam o limite para esse tipo de recurso e, por consequência, negá-los.

    A partir daí, a defesa tem dois caminhos: opor novos embargos de declaração ou embargos infringentes. A expectativa é que uma hora o relator, Alexandre de Moraes, considere o recurso protelatório, ou seja, que a defesa está tentando atrasar o processo, e determine o trânsito em julgado.

    Só então o tribunal deve decidir onde Bolsonaro cumprirá a pena: em um presídio comum, em uma unidade militar ou em regime domiciliar. A expectativa no tribunal é que essa fase se encerre ainda neste ano.

    Defesa de Bolsonaro foca redução improvável de penas e sinaliza novo recurso no STF

  • Aliados de Trump rejeitam Brasil como mediador de conflito na Venezuela

    Aliados de Trump rejeitam Brasil como mediador de conflito na Venezuela

    Aliados de Trump rejeitaram a proposta de Lula para que o Brasil atue como mediador entre EUA e Venezuela. A sugestão, feita durante encontro na Malásia, foi considerada inoportuna por integrantes do governo americano, que defendem ações mais duras contra o regime de Nicolás Maduro

    (CBS NEWS) – Aliados do presidente Donald Trump rejeitam a ideia de ter o Brasil como mediador do conflito entre os Estados Unidos e a Venezuela. Esse grupo é formado por pessoas ligadas ao secretário de Estado, Marco Rubio, que tem defendido a abordagem belicosa em relação ao ditador Nicolás Maduro.

    A proposta do Brasil foi feita pelo presidente Lula (PT) a Trump durante viagem à Malásia, no domingo (26). Dois interlocutores do Departamento de Estado disseram à reportagem que a sugestão foi mal recebida porque a abordagem defendida pelos EUA agora não considera negociações diplomáticas. Pelo contrário, Washington manteve conversas com Caracas, até que, no mês passado, Trump mandou interrompê-las. Desde então, a tensão só escalou na América Latina.

    Para um grupo no governo Trump, o Brasil não apenas não deve se meter em um assunto liderado pelos EUA, como também não é o interlocutor ideal com Maduro. Aliados de Rubio afirmam que o governo brasileiro tem uma abordagem mais simpática ao ditador, enquanto os EUA têm trabalhado no sentido de mudar o regime venezuelano, inclusive autorizando a CIA a realizar operações com essa finalidade.

    Antes de iniciar o encontro com Lula, o americano expressou surpresa com a possibilidade de o assunto ser tratado na conversa. “Eu não acho que vamos discutir Venezuela. Eles [o Brasil] não estão envolvidos em Venezuela. Se eles quiserem, vamos discutir, mas não acho que vamos”, disse Trump.

    Lula, no entanto, já havia indicado ao americano que trataria do assunto. Em ligação telefônica de cerca de 30 minutos neste mês, o brasileiro mencionou o tema. Disse que defende uma saída diplomática para a questão da Venezuela e que esperava conversar mais com Trump a esse respeito, como a Folha de S.Paulo mostrou.

    Naquela ocasião, porém, Lula reconheceu que não conversa com Maduro desde a votação que deu ao ditador mais um mandato, sob amplas evidências de fraudes. O brasileiro argumentou que seu governo cobrou reiteradamente a apresentação das atas eleitorais -nunca fornecidas pelo regime.

    Depois do encontro entre os líderes no domingo, o chanceler Mauro Vieira contou que Lula afirmou ao Trump que a América do Sul é uma região de paz e que o Brasil estaria disposto a atuar pra a promoção da paz e do entendimento entre as nações.

    “[Lula] levantou o tema, disse que a América Latina e América do Sul, especificamente onde estamos, é uma região de paz e ele se prontificou a ser um contato, ser um interlocutor, como já foi no passado, com a Venezuela para se buscar soluções que sejam mutuamente aceitáveis e corretas entre os dois países”, afirmou o ministro das Relações Exteriores.

    Depois, o presidente confirmou ter tratado do tema. “Estou vendo que as coisas estão se agravando”, disse Lula ao relatar sua conversa com Trump. “Acho possível encontrar uma solução se houver disposição de negociação, e o Brasil tem interesse que não haja guerra na América do Sul.”

    Nesta terça-feira (28), o secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, anunciou que as Forças Armadas destruíram mais quatro embarcações no oceano Pacífico supostamente tripuladas por narcotraficantes. Os ataques ocorreram na segunda-feira (27) e mataram 14 pessoas, com uma sobrevivente, relatou Hegseth.

    O secretário disse que os bombardeios -três, que atingiram quatro embarcações- foram realizados em águas internacionais. O anúncio da ofensiva, que teria sido a mais letal desde o início das operações, em setembro, eleva o total de ataques na região a 14, com 57 mortos.

    A acusação de Trump e de seu governo é que Maduro é um líder de organização criminosa e narcoterrorista. A operação militar é forjada no argumento de impedir a entrada de drogas nos EUA.

    Hegseth já comparou os supostos narcotraficantes a terroristas e disse que daria a eles tratamento parecido com o da Al Qaeda. Não há, contudo, evidências de que os alvos dos EUA são de fato ligados a traficantes, e a justificativa, frágil à luz do direito internacional, é criticada por governos da região, opositores americanos e especialistas.

    Aliados de Trump rejeitam Brasil como mediador de conflito na Venezuela

  • STF se divide sobre uso de relatórios do Coaf em investigações e tenta meio-termo

    STF se divide sobre uso de relatórios do Coaf em investigações e tenta meio-termo

    Caso afeta apurações importantes como a da trama golpista e operações contra facções criminosas; úmero de relatórios de inteligência financeira saltou de 1.258 em 2008 para mais de 18.762 em 2024

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O STF (Supremo Tribunal Federal) tem um impasse a resolver a respeito da encomenda de relatórios do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) pelo Ministério Público sem autorização judicial. A corte deve tentar um meio-termo entre as correntes defendidas pelos ministros.

    De um lado, uma ala do Supremo tem a preocupação de que as possibilidades de investigação sejam restringidas demais. Do outro, há ministros que querem padrões rigorosos de análise e controle, a fim de evitar abusos de quebras de sigilo e o que consideram uso desvirtuado da ferramenta.

    Os relatórios de inteligência financeira produzidos pelo órgão, chamados RIFs de intercâmbio, incluem dados fiscais e bancários e são usados em diversas ações de repercussão pelo país, como as da trama golpista, que levou à condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), as do 8 de Janeiro e também em operações sobre facções criminosas, como o PCC (Primeiro Comando da Capital).

    A discussão está em aberto em diferentes processos na corte. Independentemente da ação a ser julgada primeiro, a avaliação é de que o Supremo tem maioria para dispensar a autorização judicial.

    O tribunal pode, no entanto, fixar balizas para impedir um uso irrestrito desse tipo de solicitação. Por exemplo, pode determinar que elas só possam ser feitas em procedimentos de investigação já instaurados e com uma fundamentação robusta.

    As divergências têm gerado situações desiguais tanto internamente quanto em relação a casos pelo país.

    No fim de agosto, decisões em sentidos opostos dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes explicitaram a divisão que existe no tribunal sobre o tema.

    De um lado, Moraes suspendeu todas as decisões que derrubaram a validade desses relatórios e criaram o que ele chamou de “entraves indevidos” a investigações.

    Já Gilmar decidiu que o Ministério Público e as autoridades policiais não podem requisitar dados diretamente ao Coaf sem autorização judicial. Para o ministro, essa conduta pode configurar quebra de sigilo irregular.

    A posição de Moraes tem prevalência na Primeira Turma do tribunal, que tem alargado a interpretação sobre o tema, enquanto a maior parte dos ministros da Segunda Turma segue Gilmar.

    Há também uma ação sob relatoria do ministro Dias Toffoli que quer a validação apenas do compartilhamento espontâneo de relatórios do Coaf com os órgãos de persecução penal -mas não o caminho inverso.

    Internamente, discutem-se algumas soluções para o plenário julgar a controvérsia. Também há votos intermediários que devem ser apresentados pelos ministros, para contemplar as duas alas da corte.

    A saída mais óbvia é votar o caso de relatoria de Moraes, que tem repercussão geral. Ou seja, a tese definida incidirá em todas as outras sobre o tema.

    A ação também está em estágio mais avançado, segundo observadores da corte. É possível, ainda, que os casos sejam pautados em conjunto para pacificar definitivamente o tema.

    O Coaf se relaciona de duas formas com as polícias e outros órgãos de investigação. Na primeira, identifica transações suspeitas, produz RIFs e envia às entidades competentes para aprofundar a apuração.

    Na segunda, os próprios órgãos de investigação demandam informações sobre determinadas pessoas ou empresas. Nesse caso, o Coaf busca em seu banco de dados apontamentos de transações suspeitas e então os encaminha a quem solicitou.

    Decisões relacionadas ao Coaf têm idas e vindas no STF desde 2019, quando uma determinação de Toffoli paralisou ao menos 700 investigações no país. Ela foi revertida no plenário depois de longa discussão.

    A análise do pedido do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para anular provas no caso da “rachadinha” motivou a discussão que culminou na autorização para o compartilhamento desses dados com o Ministério Público e a polícia sem necessidade de autorização judicial prévia.

    Segundo o próprio Coaf, desde 2008 o número de RIFs elaborados pelo órgão se multiplicou, assim como o número de intercâmbios com outras entidades, como as Polícias Civis, a Polícia Federal e os Ministérios Públicos.

    Em 2008, foram produzidos 1.258 RIFs, ante 18.762 em 2024. O salto se deu especialmente a partir de 2015.

    As Polícias Civis, ligadas aos governos estaduais, têm intensificado o acionamento do órgão. Em 2024, foram 13.667 pedidos, mais que o dobro dos 6.375 de 2021 -aumento de 114%. Há maior concentração de apurações relacionadas a tráfico de drogas, fraudes, corrupção e atuação de facções criminosas, segundo dados do conselho.

    A controvérsia transbordou para o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

    “Nós aqui no STJ nos encontramos numa situação muito difícil. Já até comentamos isso, porque tem uma turma do Supremo pensando uma coisa e outra, pensando outra”, disse o ministro Ribeiro Dantas em sessão recente. “Quando a gente decide de um jeito, vem uma decisão dando reclamação para a gente. Quando decide do outro, vem da outra turma.”

    Na sequência, o ministro Joel Paciornik relatou um episódio de seu gabinete que evidenciou a falta de clareza na matéria.

    “O mais curioso é que, na mesma semana, saíram duas decisões monocráticas, mas em sentidos exatamente contrários. Aí a assessoria chegou para mim e perguntou ‘a quem eu obedeço?’. Falei: ‘não sei, porque nesse sistema realmente não sabemos a quem devemos obediência’”, contou.

    O criminalista Leandro Raca afirma que a liberalização excessiva do poder de requisição de dados sigilosos facilita práticas abusivas.

    “Dar à delegacia o poder de requisitar esses dados é uma oportunidade imensa para arbitrariedade. Mais ainda, se não se exigir uma investigação formal prévia, aí você tem praticamente uma máquina de dossiê na mão de qualquer autoridade”, diz.

    STF se divide sobre uso de relatórios do Coaf em investigações e tenta meio-termo

  • Brasileira é encontrada morta na Itália; companheiro confessa crime e é preso, diz imprensa

    Brasileira é encontrada morta na Itália; companheiro confessa crime e é preso, diz imprensa

    O brasileiro Douglas Reis Pedroso, com quem Jessica Stapazzolo Custodio tinha uma relação, foi preso e teria confessado o feminicídio, de acordo com a imprensa italiana

    MILÃO, ITÁLIA (CBS NEWS) – A brasileira Jessica Stapazzolo Custodio de Lima, 33, foi encontrada morta na manhã desta terça-feira (28) na cidade de Castelnuovo del Garda, no norte da Itália, onde vivia.

    Douglas Reis Pedroso, 41, também brasileiro, com quem ela tinha uma relação, foi preso e teria confessado o feminicídio, de acordo com a imprensa local. A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele.

    Foi Pedroso quem teria chamado a polícia na noite de segunda e indicado que o corpo estava em sua casa, onde ela também estaria morando havia um ano e meio.

    Segundo o jornal Corriere della Sera, o Ministério Público descreveu que Stapazzolo foi morta com um “número não especificado, mas enorme, de facadas”. A arma teria sido encontrada no carro de Pedroso.

    O brasileiro já tinha sido denunciado sob suspeita de agressões contra a companheira, que seriam cometidas desde o ano passado. Em abril deste ano, ele foi obrigado pela Justiça a usar tornozeleira eletrônica e a manter distância de ao menos 500 metros de Stapazzolo.

    No momento em que foi detido, ele não usava o aparelho.

    Pedroso também tinha sido denunciado sob suspeita de agressão à irmã de Stapazzolo e resistência a policiais, além de ter sido condenado por se recusar a fazer o teste de embriaguez ao volante.

    O crime, noticiado pelos principais jornais e canais de TV do país, acontece após dois feminicídios de grande cobertura midiática na Itália, nas últimas semanas. Está em debate público a eficácia de medidas como a tornozeleira eletrônica para prevenção a crimes contra mulheres.

    Luca Zaia, governador do Vêneto, onde fica Castelnuovo del Garda, classificou a morte da brasileira como um “fato terrível, agravado por elementos perturbadores”, em referência ao histórico criminal de Pedroso e à obrigação de uso de tornozeleira eletrônica.

    Segundo o Ministério do Interior, desde janeiro 44 mulheres já foram assassinadas por parceiros ou ex-parceiros na Itália. Em 2024, ao todo, foram 62 vítimas desse tipo de crime.

    Brasileira é encontrada morta na Itália; companheiro confessa crime e é preso, diz imprensa