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  • Galaxy S26 já tem data de apresentação e primeiros detalhes

    Galaxy S26 já tem data de apresentação e primeiros detalhes

    A Samsung teria decidido adiar a data em que costuma apresentar os seus smartphones, optando também por os revelar em uma cidade nos EUA; o Galaxy S26 Ultra contará com um novo tipo de tela

    A Samsung deverá anunciar a sua próxima geração de smartphones no final de fevereiro de 2026, com a empresa tendo (supostamente) escolhido a cidade de San Francisco, nos EUA, como a localização deste evento Unpacked.

    Segundo site Android Headlines, as informações que têm circulado nos bastidores apontam que a Samsung planeja realizar este evento Unpacked no dia 25 de fevereiro. Vale recordar que os celulares apresentados pela Samsung no começo do ano costumam ser revelados entre o final de janeiro e o começo de fevereiro, tratando-se assim de um leve adiamento dos planos da Samsung.

    A série Galaxy S26 continuará sendo composta pelos mesmos três modelos que temos tido até aqui – o Galaxy S26, o Galaxy S26+ e o Galaxy S26 Ultra. Ficam assim de fora os planos de lançar um modelo Pro e um novo modelo ultrafino que suceda ao Galaxy S25 Edge que foi introduzido este ano.

    Quanto à decisão de realizar o evento Unpacked em San Francisco, o motivo deve-se ao fato de a cidade na costa oeste dos EUA ser um dos grandes pólos no desenvolvimento de Inteligência Artificial. Ao que parece, a tecnologia estará ainda mais presente nesta geração de celulares da Samsung, prevendo-se a estreia de uma série de novas funcionalidades com a série Galaxy S26.

    O que esperar da série Galaxy S26?

    Quanto a especificações dos novos celulares, um vazamento de informação compartilhada no aplicativo de mensagens encriptadas Telegram afirma que esta nova geração terá melhorias substanciais no que diz respeito as telas, baterias e também câmeras.

    Começando pelo Galaxy S26, os rumores que andam circulando indicam que é possível esperar uma tela OLED de 6,3 polegadas com resolução QHD, um processador Exynos 2600 ou Snapdragon 8 Gen 5 Elite (dependendo da região), uma bateria entre os 4.200 e os 4.300mAh e uma câmara tripla traseira com dois sensores de 50MP e ainda uma teleobjetiva de 12MP.

    O Galaxy S26+ contará com o mesmo processador e câmara tripla encontrados no modelo ‘standard’, com tela tendo um tamanho superior de 6,7 polegadas e a bateria a ir até aos 4.900mAh de capacidade.

    Por fim, resta falar do Galaxy S26 Ultra que, enquanto top de linha, será o modelo onde veremos as especificações mais avançadas. Os interessados podem esperar uma tela OLED de 6,9 polegadas com resolução QHD e o que é chamado de AI Privacy Screen – uma etela que será capaz de ajustar os pixels para se tornar impossível de olhares alheios de visualizar.

    Pode esperar também um processador Exynos 2600 ou Snapdragon 8 Gen 5 Elite, uma bateria de 5.400mAh e também uma câmera que, além dos três sensores dos outros modelos, também terá um sensor principal de 200MP.

    Ainda faltam alguns meses até sabermos informações oficiais sobre a série Galaxy S26, pelo que teremos de estar atentos a mais rumores para sabermos o que esperar desta nova geração de telemóveis da Samsung.

    Galaxy S26 já tem data de apresentação e primeiros detalhes

  • Mendonça suspende julgamento de governador após RR contratar seu instituto

    Mendonça suspende julgamento de governador após RR contratar seu instituto

    André Mendonça é fundador do Iter, que foi contratado pelo governo de Denarium e recebeu R$ 273 mil, em fevereiro, para dar dois cursos para funcionários estaduais

    BRASÍLIA, DF (UOL/CBS NEWS) – O ministro André Mendonça pediu vista e suspendeu, em agosto, o julgamento no TSE que pode cassar o governador de Roraima. Em março, o instituto fundado pelo ministro recebeu R$ 273 mil do governo do estado, em um contrato sem licitação. O caso foi revelado pelo jornal O Globo e confirmado pelo UOL.

    O governador Antônio Denarium (PP) teve o mandato cassado e recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O motivo da cassação foi abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022, quando Denarium foi reeleito. Foram quatro cassações em nível estadual, as duas últimas em janeiro e novembro de 2024.

    Em agosto, a ministra Isabel Galloti, relatora do caso no TSE, votou pela cassação imediata; no mesmo dia, Mendonça pediu vista e suspendeu o julgamento. O pedido de vista, feito em 26 de agosto, era válido por 30 dias. No final de setembro, Mendonça renovou o pedido de vista por mais 30 dias. O TSE não informou ao UOL quando o julgamento será retomado.

    Mendonça é fundador do Iter, que foi contratado pelo governo de Denarium, em fevereiro, para dar dois cursos para funcionários estaduais. Naquele mês, Denarium já tinha apresentado recursos ao TSE contra sua cassação. Mendonça já era ministro do TSE – está na corte desde junho de 2024.

    Em março, o governo de Roraima pagou R$ 273 mil pelos dois cursos, que tiveram duração total de seis dias – de 19 a 26 de fevereiro. Isso dá R$ 45,5 mil por dia de curso. Foram ofertadas 40 vagas para cada um dos treinamentos.

    A contratação ocorreu sem licitação; um dos cursos era justamente sobre como fazer licitações; o contrato foi celebrado pela Secretaria de Licitação e Contratação. O governo de Roraima dispensou a licitação sob a alegação de “inexigibilidade”.

    Em dezembro, a Secretaria de Licitação mandou um email para o Iter solicitando proposta de preços; orçamento de 21 páginas foi enviado quatro horas depois. Além do orçamento detalhado, Iter enviou dois atestados de capacidade técnica e quatro notas fiscais de cursos ofertados por outras instituições públicas e privadas.

    Proposta do Iter traz a foto e a biografia de Mendonça, apresentado como “founder” (fundador). Já o presidente do Iter é Victor Godoy, ex-ministro da Educação de Jair Bolsonaro. Mendonça foi ministro da Justiça de Bolsonaro antes de ser indicado ao STF.

    Mendonça também assinou os diplomas dos alunos dos cursos. “Prof. Dr. André Mendonça, Founder”. A segunda assinatura no diploma é de “Victor Godoy, CEO”. “Completou o curso sobre Nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos – turma in company Roraima com carga horária de 24 horas, no período de 24 a 26 de fevereiro de 2025”.

    O Iter se tornou uma sociedade anônima fechada em outubro, não permitindo saber quem são seus sócios atuais; até então, uma empresa de Mendonça era sócia do instituto. Os demais sócios eram Victor Godoy; Rodrigo Sorrenti, chefe de gabinete de Mendonça no STF; Tercio Tokano, advogado da União e professor do Mackenzie; e o economista Danilo Dupas, que foi presidente do Inep na gestão de Bolsonaro.

    Procurado, Mendonça não se manifestou. O UOL entrou em contato com o gabinete do ministro e com as assessorias do TSE do Supremo Tribunal Federal (STF). O texto será atualizado se houver resposta.

    O governador de Roraima também não respondeu à reportagem. Foi eleito governador pela primeira vez em 2018, como representante da onda bolsonarista. Apesar da cassação no tribunal eleitoral regional, está no penúltimo ano do segundo mandato.

    O Tribunal de Contas de Roraima também contratou o Iter para dar cursos de oratória a três conselheiros, ao preço de R$ 54 mil. As notas de empenho foram emitidas de março a julho deste ano. O UOL questionou o tribunal a respeito. O texto será atualizado se houver resposta.

    Governador simulou calamidade pública, diz ministra

    No TSE, a ministra Isabel Galloti destacou os gastos eleitorais de Denarium em ano eleitoral com os programas “Cesta da Família” e “Morar Melhor”. Para ela, o “Morar Melhor” deu um drible na proibição de iniciar projetos sociais em anos eleitorais. “Um engenhoso expediente, que culminou na criação de novos programas em ano eleitoral com dividendos eleitorais em favor do candidato reeleito ao governo do estado”, disse Gallotti.

    Despesas do governo de Roraima subiram mais de 42 vezes entre 2021 e 2022, segundo dados avaliados pelo TSE. O cálculo já desconta os valores recebidos do governo federal. Uma falsa calamidade pública teria sido usada como “subterfúgio”. “A suposta situação da calamidade pública foi utilizada como subterfúgio para a massiva transferência irregular de recursos com finalidade de benefício eleitoral”, afirmou a ministra.

    Os gastos de campanha de Denarium ainda estouraram em 25 vezes o limite legal. O processo foi aberto por uma oponente de Denarium nas eleições de 2022.

    No processo, a defesa de Denarium nega irregularidades nos programas sociais e disse que eles não tinham caráter eleitoreiro. A transferência de dinheiro do governo estadual para a prefeituras estaria dentro da legalidade também.

    Mendonça suspende julgamento de governador após RR contratar seu instituto

  • Mulheres ganham 21% menos que homens nas 54 mil empresas com 100 ou mais funcionários

    Mulheres ganham 21% menos que homens nas 54 mil empresas com 100 ou mais funcionários

    Dados fazem parte de relatório da Lei da Igualdade Salarial; Supremo ainda deve decidir sobre o tema; negras recebem, em média, 53,3% da remuneração dos homens brancos

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A disparidade salarial entre homens e mulheres no Brasil aumentou no período de um ano, e mulheres receberam, em média, 20,7% menos do que homens em 2023, mostra novo levantamento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    O segundo relatório de transparência salarial, que será divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e pelo Ministério das Mulheres nesta quarta-feira (18), foi compilado a partir de informações enviadas por 50.692 empresas, todas com cem ou mais empregados. O envio dos dados está previsto na lei de igualdade salarial aprovada em 2023.

    No primeiro documento, divulgado pelo governo em março, a remuneração das mulheres era 19,4% menor do que a dos homens, com base em números de 2022.

    A subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner, ressalta que o desequilíbrio no mercado de trabalho reflete o fato de as mulheres geralmente ocuparem postos que pagam salários menores.

    “No ano de 2023, houve um forte crescimento da geração de empregos para mulheres, mas são vagas que pagam menos. Então, a diferença [salarial entre homens e mulheres] se ampliou um pouco”, afirma. “Esses postos de trabalho precisam de salários maiores.”

    Em 2023, a remuneração média das mulheres foi R$ 3.565,48, enquanto a de homens ficou em R$ 4.495,39.

    Em posições de chefia, a discrepância de renda média entre homens e mulheres é ainda maior e chega a 27% para dirigentes e gerentes (em 2022, a cifra era de 25,2%).

    O levantamento do governo mostra que a desvantagem das mulheres é ainda maior quando se faz o recorte de raça. De acordo com o relatório, as mulheres negras recebem 50,2% da remuneração dos homens brancos no Brasil. Em 2023, o ganho médio da mulher negra foi de R$ 2.745,76, enquanto a dos homens não negros foi de R$ 5.464,29.

    “As mulheres negras estão concentradas em ocupações da base da pirâmide, principalmente serviços domésticos, serviços de limpeza, serviços de alimentação, de saúde básica. Os homens, por outro lado, estão concentrados na indústria de transformação, nos serviços públicos, nas atividades de direção e gerenciamento”, afirma Montagner.

    Em 42,7% dos estabelecimentos com pelo menos cem empregados que participaram do levantamento, as mulheres pretas ou pardas eram até 10% do contingente de funcionários.

    De acordo com a subsecretária do Ministério do Trabalho, a ideia agora é conversar com os estabelecimentos que apresentaram dados mais positivos para então compartilhar as boas práticas com todas as companhias brasileiras.

    Conforme a legislação, se as empresas com cem ou mais funcionários não publicarem o relatório de transparência salarial, deve ser cobrada multa administrativa de até 3% da folha de pagamento, com limite fixado em cem salários mínimos.

    Segundo Montagner, nenhuma empresa foi multada depois da divulgação do primeiro relatório. “A gente vai tentar conversar com as empresas. Primeiro educa e, se a empresa for resistente, é multada”, diz.

    Quanto à disputa travada na Justiça por algumas empresas contra a divulgação do relatório de transparência salarial, a subsecretária diz que o governo trabalha para mostrar que informações sigilosas não estão sendo reveladas, mas acrescenta que todas as decisões judiciais estão sendo cumpridas e que 450 relatórios de companhias não foram publicados.

    Nesta quarta, o Ministério das Mulheres também vai divulgar o Plano Nacional de Igualdade Salarial e Laboral entre Mulheres e Homens, com 79 ações divididas em três eixos, abordando aspectos como acesso e ampliação da participação das mulheres no mundo do trabalho, a permanência delas nas atividades e a valorização profissional das mulheres.

    Mulheres ganham 21% menos que homens nas 54 mil empresas com 100 ou mais funcionários

  • Felipe Anderson faz golaço, Palmeiras bate Juventude e lidera o Brasileiro

    Felipe Anderson faz golaço, Palmeiras bate Juventude e lidera o Brasileiro

    (UOL/FOLHAPRESS) – Mesmo com um time quase todo reserva e atuando fora de casa, o Palmeiras fez um gol em cada tempo para vencer o Juventude por 2 a 0. O jogo no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS), foi válido pela 31ª rodada do Brasileirão.

    Bruno Rodrigues abriu o placar para o Palmeiras, no primeiro tempo. Os 45 minutos iniciais foram amarrados, com poucas chances claras de gol.

    Felipe Anderson fez um golaço para definir a vitória palmeirense, já na segunda etapa. A metade final da partida foi mais movimentada, com os dois times criando oportunidades de marcar

    Carlos Miguel foi um dos destaques do Palmeiras no segundo tempo. O Juventude pressionou logo após o segundo gol e nos minutos finais. O goleiro palmeirense fez quatro grandes defesas, e Emi Martínez conseguiu um corte providencial em lance na grande área.

    Com o resultado, o Palmeiras chega a 65 pontos e reassume a liderança do Brasileirão. O posto tinha sido perdido neste sábado (01), quando o Flamengo venceu o Sport e chegou a 63 pontos.

    O Juventude segue na briga contra o rebaixamento. A equipe é a vice-lanterna, com 26 pontos, sete a menos que o Santos, 16º e primeiro fora do Z-4.

    Na sequência do Brasileirão, o Palmeiras tem clássico em casa. A equipe recebe o Santos na próxima quinta (6), às 21h30 (de Brasília).

    A equipe gaúcha visita o lanterna Sport na próxima rodada. O duelo está marcado para a próxima quarta (5), às 19h (de Brasília).

    CAMPEÃO GAÚCHO?

    Na briga pelo título, os resultados contra equipes gaúchas têm sido importantes para o Palmeiras no Brasileirão. A equipe venceu todos os duelos contra os três times do Rio Grande do Sul: Juventude, Inter e Grêmio até o momento.

    Foram cinco vitórias, sendo duas contra Juventude e Inter, e uma contra o Grêmio. O Palmeiras enfrenta os tricolores na 36ª rodada, em Porto Alegre, em jogo que pode ser decisivo para o campeonato.

    GOLS E PRINCIPAIS LANCES

    0x1: aos 24 minutos, Khellven recebeu na ponta direita e cruzou baixo. Raphael Veiga dominou e bateu em cima da marcação. A bola sobrou com Bruno Rodrigues, na pequena área. Com calma, ele dominou e bateu na saída de Jandrei.

    0x2: aos 16 minutos, Fuchs lançou para Felipe Anderson pela esquerda. Ele arrancou pela intermediária, carregou para o meio e bateu colocado, cruzado, sem chances para Jandrei.

    Carlos Miguel! Aos 18 minutos, Ênio cruzou na medida e Nenê finalizou de primeira. Carlos Miguel, bem posicionado, espalmou e fez grande defesa

    O goleiro do Palmeiras brilha! Aos 22 minutos, Rodrigo Sam subiu mais alto que a defesa palmeirense e cabeceou no cantinho. Carlos Miguel se esticou e colocou para escanteio.

    Carlos Miguel de novo! Nos acréscimos, Ênio invadiu a área pela direita e bateu cruzado. O goleiro se esticou para fazer a defesa. Após o rebote, ele fez mais duas intervenções em sequência, sendo a mais difícil em chute de Marcelo Hermes à queima-roupa, fechando a grande atuação.

    JUVENTUDE

    Jandrei; Freitas, Rodrigo Sam e Ángel (Sforza); Formiga, Peixoto, Caíque, Nenê (Gilberto) e Alan Ruschel (Marcelo Hermes); Rafael Bilu (Ênio) e Gabriel Veron (Giovanny). T.: Thiago Carpini

    PALMEIRAS

    Carlos Miguel; Khellven, Fuchs, Murilo e Jefté; Martínez, Aníbal (Micael), Raphael Veiga (Maurício) e Felipe Anderson (Andreas Pereira); Facundo Torres (Sosa) e Bruno Rodrigues (Vitor Roque). T.: Abel Ferreira

    Local: Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul (RS)
    Árbitro: Sávio Pereira SampaioCartões amarelos: Ángel, Caíque (JUV); Aníbal (PAL)

    Gols: Bruno Rodrigues, aos 24 minutos do 1º tempo; Felipe Anderson, aos 16 minutos do segundo tempo.

    Felipe Anderson faz golaço, Palmeiras bate Juventude e lidera o Brasileiro

  • Presidente da Nigéria diz que está disposto a se reunir com Trump após ameaças de ataque

    Presidente da Nigéria diz que está disposto a se reunir com Trump após ameaças de ataque

    Republicano acusa Abuja de permitir que muçulmanos matem cristãos; especialista diz que violência é indiscriminada; porta-voz de Tinubu minimiza falas e diz que presidente está aberto a encontro com republicano para discutir segurança

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, está disposto a se encontrar com o mandatário dos Estados Unidos, Donald Trump, disse um porta-voz do governo nigeriano neste domingo (2). O anúncio acontece um dia após o presidente americano acusar o país africano de permitir que muçulmanos matem cristãos e ameaçar atacar o território.

    No sábado (1º), em publicação no Truth Social, Trump chamou a Nigéria de “país desgraçado”, disse que interromperia todo tipo de assistência a Abuja e afirmou que pediu que o Departamento de Guerra -referindo-se à pasta da Defesa pelo nome com o qual quer rebatizá-la- se preparasse para uma possível ação militar.

    “Se atacarmos, será rápido, violento e certeiro, assim como os bandidos terroristas atacam nossos estimados cristãos”, escreveu. No dia anterior, o governo americano recolocou a Nigéria na lista de “países de preocupação particular”, que elenca nações que os EUA dizem ter violado a liberdade religiosa, como China, Mianmar, Coreia do Norte, Rússia e Paquistão.

    “Não interpretamos a publicação de forma literal. Sabemos que Donald Trump tem seu próprio estilo de comunicação”, disse à agência de notícias AFP Daniel Bwala, assessor especial de Tinubu para comunicação política, sugerindo que se tratava de uma forma de forçar um encontro entre os dois líderes para que pudessem achar uma “frente comum” no combate à insegurança.

    Bwala não forneceu detalhes sobre uma possível reunião entre Trump e Tinubu, mas afirmou que as divergências sobre se os ataques terroristas são direcionados apenas a cristãos ou se atingem qualquer cidadão serão discutidas e resolvidas pelos mandatários quando se encontrarem nos próximos dias.

    À Reuters, Bwala minimizou as tensões entre Abuja e Washington e disse que a Nigéria receberá ajuda dos EUA no combate aos insurgentes islâmicos desde que sua integridade territorial seja respeitada. “Tenho certeza de que quando esses dois líderes se encontrarem e sentarem, haverá melhores resultados em nossa resolução conjunta para combater o terrorismo”, afirmou.

    Com mais de 200 milhões de pessoas e cerca de 200 grupos étnicos, o país africano se divide entre a predominância muçulmana ao norte e a maioria cristã no sul. Ataques de grupos terroristas islâmicos, como o Boko Haram e a Província do Estado Islâmico da África Ocidental, têm ocorrido sobretudo ao nordeste do país, vitimando principalmente muçulmanos, segundo especialistas.

    “Grupos insurgentes como o Boko Haram e o Estado Islâmico da África Ocidental frequentemente apresentam suas campanhas como anticristãs, mas na prática sua violência é indiscriminada e devasta comunidades inteiras”, disse à Reuters Ladd Serwat, analista sênior para África do grupo americano Acled (Banco de Dados de Localização e Eventos de Conflitos Armados, na sigla em inglês).

    No centro da Nigéria, há confrontos frequentes entre pastores muçulmanos e agricultores cristãos por acesso à água e às pastagens, enquanto no noroeste do país, homens armados atacam vilarejos, sequestrando moradores para obter resgate. “A violência islâmica é parte da dinâmica complexa e sobreposta de conflitos por poder político, disputas de terra, etnia, afiliação a cultos e banditismo”, diz Serwat.

    Pesquisas do Acled mostram que, de 1.923 ataques a civis na Nigéria até agora este ano, o número daqueles que visavam cristãos por causa de sua religião foi de 50. Alegações recentes que circulam entre círculos de direita dos EUA de que até 100 mil cristãos foram mortos na Nigéria desde 2009 não são se comprovam pelos dados disponíveis, diz Serwat.

    O presidente nigeriano, muçulmano do sul do país casado com uma pastora cristã, rebateu acusações de intolerância religiosa no sábado, antes da publicação de Trump.

    “A caracterização da Nigéria como religiosamente intolerante não reflete nossa realidade nacional, nem leva em consideração os esforços consistentes e sinceros do governo para salvaguardar a liberdade de religião e crenças para todos os nigerianos”, disse.

    Ao fazer nomeações para o governo e de militares, Tinubu tem buscado equilíbrio para garantir que muçulmanos e cristãos sejam representados igualmente. Na semana passada, o mandatário mudou a liderança militar do país e nomeou um cristão como novo chefe de defesa.

    Presidente da Nigéria diz que está disposto a se reunir com Trump após ameaças de ataque

  • Leandro Hassum relembra 11 anos de bariátrica e posta antes e depois: 'Sigo na luta diária'

    Leandro Hassum relembra 11 anos de bariátrica e posta antes e depois: 'Sigo na luta diária'

    Leandro Hassum diz que comemora a data desde 2014, quando realizou nesta data sua cirurgia baritátrica

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Leandro Hassum, 52, usou as redes sociais neste sábado (1º) para relembrar o que considera seu “segundo aniversário”. O ator e humorista diz que comemora a data desde 2014, quando realizou nesta data sua cirurgia baritátrica.

    “Onze anos que resolvi tratar a doença da obesidade e sigo na luta diária. Sim diária. É uma doença sem cura porém com muitas formas de tratamento”, afirmou. “Eu comecei com a bariátrica e, para mim, está funcionando.”

    “Se você precisa tratar sua obesidade procure um profissional sério de saúde e cuide-se”, aconselhou ele, que agradeceu à família e à equipe médica que o atendeu. “Hoje eu me abraço e me parabenizo”, completou. “Nunca foi fácil e segue não sendo é isso também é estimulante.”

    Diversos famosos aproveitaram a postagem para exaltar o artista. “Que orgulho de você, querido irmão! Parabéns”, escreveu o cantor Péricles. “Muito orgulho da sua busca, que será eterna (eu sei disso, sinto na pele), em busca de saúde!”, disse Fabiana Karla. “Parabéns ver o seu cuidado e dedicação com você é algo inspirador”, comentou Regiane Alves. Marcos Mion, Ary Fontoura, Leticia Sabatella e Leo Jaime foram outros que se manifestaram.

    Hassum já afirmou ter perdido cerca de 65 quilos com a cirurgia. Ele também já disse em entrevistas que sua grande inspiração para fazer o procedimento foi o amigo André Marques, que passou pelo mesmo antes que ele e lhe deu todas as recomendações.

    Leandro Hassum relembra 11 anos de bariátrica e posta antes e depois: 'Sigo na luta diária'

  • Bolsonaro perde força com Lula em alta e iminência de prisão

    Bolsonaro perde força com Lula em alta e iminência de prisão

    Com o PL da Dosimetria sem acordo no Congresso, o fim dos recursos no Supremo, que podem levar ao trânsito em julgado, e Lula em alta, especialistas avaliam que Jair Bolsonaro terá seu capital político posto à prova em 2026

    O ex-presidente Jair Bolsonaro vem perdendo espaço político diante da pressão do Supremo Tribunal Federal (STF), das negociações travadas no Congresso e da recuperação de Luiz Inácio Lula da Silva nas pesquisas. O cerco se intensificou com os últimos recursos apresentados na Corte, o impasse em torno do PL da Dosimetria, enfraquecido pela crise na segurança pública, e a reabertura do diálogo entre o governo federal e Donald Trump – fatores que, somados, colocam em xeque a força política de Bolsonaro para 2026.

    O desgaste do ex-presidente aparece nos campos jurídico, político e simbólico. Condenado a 27 anos e três meses de prisão, Bolsonaro apresentou, por meio da defesa, um dos últimos recursos possíveis antes de o relator Alexandre de Moraes e os demais ministros da Primeira Turma decidirem sobre sua prisão.

    Como mostrou a reportagem, a expectativa é que o julgamento dos recursos, marcado para 7 de novembro, não traga alterações substanciais, já que os argumentos apresentados repetem teses já superadas.

    No campo político, o enfraquecimento também se reflete no Congresso. O rebatizado PL da Dosimetria, sob relatoria de Paulinho da Força (Solidariedade-SP), segue travado na Câmara, em parte pela falta de sinalização do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), aliado de Lula. O texto reduz as penas para quem participou dos atos golpistas de 8 janeiro de 2023 e poderia beneficiar diretamente Bolsonaro.

    Para o líder do PDT na Câmara, Mário Heringer (MG), a proposta \”perdeu gás\” até mesmo entre a oposição. Já o líder da bancada oposicionista, Zucco (PL-RS), rebate e afirma que o projeto permanece na pauta do partido. Segundo ele, apenas uma anistia “ampla, geral e irrestrita” interessa à oposição.

    Na avaliação do cientista político Leandro Consentino, do Insper, a perda de tração do projeto decorre de uma combinação de fatores, entre eles, a megaoperação contra o Comando Vermelho, no Rio, na terça-feira, 28, que recolocou a segurança pública no centro das discussões da Câmara. “Essa pauta vai perdendo o timing e ficando velha. Além de não agradar nem à esquerda nem à direita, acabou naufragando”, afirmou.

    O professor também relaciona o impasse aos sucessivos desgastes da Câmara, como o provocado pela PEC da Blindagem, aprovada pelos deputados, mas sepultada no Senado após forte reação pública. O episódio reforçou entre os parlamentares a percepção de que o aval dos senadores é essencial para o avanço do PL da Dosimetria, diante do temor de repetir o desgaste político daquela votação.

    A proposta, que chegou a ser uma das principais apostas do entorno de Bolsonaro, perdeu impulso após a ofensiva articulada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo comentarista Paulo Figueiredo junto a autoridades dos Estados Unidos, numa tentativa de pressionar o Supremo e interferir na ação penal do golpe em que o ex-presidente foi condenado.

    A iniciativa teve efeitos em cadeia: de um lado, a tarifação de 50% sobre produtos brasileiros, as sanções impostas a ministros do STF e a obstrução do canal diplomático entre os governos de Lula e Trump; de outro, a imposição de prisão domiciliar a Bolsonaro como medida cautelar e a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Eduardo por coação no curso do processo.

    Após meses de tratativas conduzidas pelo Itamaraty, o diálogo entre Brasília e Washington foi restabelecido, culminando no primeiro encontro entre Lula e Trump, na Malásia, na última semana, desde que ambos assumiram o poder.

    Para o cientista político Antonio Lavareda, o episódio simboliza a capacidade de Lula de converter tensão em diálogo. Segundo ele, essa postura, somada a uma comunicação mais assertiva do governo, ajuda a explicar a recuperação de popularidade do presidente. “O que teve maior peso foi a reação de Lula e do governo brasileiro ao tarifário e às sanções de Trump”, disse.

    O avanço de Lula nas pesquisas também reconfigura o cenário da direita, enfraquecendo a principal aposta para 2026: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP). A melhora na avaliação do presidente, avalia Lavareda, reduz o espaço político para que Tarcísio se firme como alternativa competitiva, o que, na prática, amplia o isolamento de Bolsonaro e afasta a perspectiva de uma guinada à direita em 2027, capaz de abrir caminho para um eventual indulto.

    Os especialistas acreditam que a soma desses fatores consolida o enfraquecimento do ex-presidente, deixando-o com um cacife político cada vez mais incerto para 2026. “Bolsonaro ainda tem algum capital político, mas ele está cada vez menor. Sua ascendência sobre a direita vem se erodindo, embora a real dimensão desse desgaste só possa ser medida em 2026”, afirmou Consentino.

    Bolsonaro perde força com Lula em alta e iminência de prisão

  • Ex-apresentadora de TV diz que matou a mãe para se salvar

    Ex-apresentadora de TV diz que matou a mãe para se salvar

    O caso deixou os moradores do Kansas chocados após Angelynn Mock surgir, na rua onde a mãe dela morava, cheia de sangue nas roupas e mãos

    Angelynn Mock, ex-apresentadora de um programa matinal em um canal do Missouri, nos Estados Unidos (EUA), está sendo acusada de ter matado a sua própria mãe na noite de Halloween.

    Moradores de um bairro no Wichita, no Kansas, ficaram em choque quando viram a mulher saindo da casa da sua mãe, na noite de setxta-feira (31), coberta de sangue. Segundo relataram para as autoridades, Angelyn confessou ter matado a mãe e afirmou que o fez para se salvar.

    Segundo testemunhas, a mulher começou a pedir para ligarem para o número de emergência médica, alegando que tinha matado a mãe.

    Quando agentes do Departamento de Polícia de Wichita cheraram ao local, encontraram a suspeita com sangue nas roupas e vários cortes nas mãos. Dentro da casa, encontaram Anita Avers, de 80 anos, inconsciente na cama, com varios golpes. Foi tranpostada para o hospital onde o seu óbito foi declarado, 30 mintuos depois. 

    Angelynn foi imediatamente presa e deu entrada na prisão do condado de Sedgwick, acusada de homicido em primeiro grau.

    Ex-apresentadora de TV diz que matou a mãe para se salvar

  • Especialistas criticam retórica de governadores sobre combate ao crime

    Especialistas criticam retórica de governadores sobre combate ao crime

    Governadores de direita se alinharam ao governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, na política adotada por ele de enfrentamento ao tráfico de drogas. A última operação deixou 121 mortos, sendo quatro policiais

    Conflitos não são administrados apenas com tiros de fuzil, mas também com discursos políticos. Em paralelo às operações policiais nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, governadores alinhados ao chefe da administração fluminense, Cláudio Castro, criaram o “Consórcio da Paz”, projeto de integração para combater o crime organizado no país.

    O sociólogo Ignacio Cano, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), critica o termo. Para ele, trata-se de uma estratégia discursiva que inverte o significado real da operação que deixou 121 mortos.

    “Os governadores erraram no nome. Deveria se chamar Consórcio da Morte, porque é isso que eles estão propondo. Certamente não é a paz”, diz Cano. “Retoricamente, não vai pegar bem e, cada vez que usarem o termo, vão ser lembrados da quantidade de mortes que os seus governos produzem. A maioria dos governadores de direita estão promovendo a letalidade policial”. 

    Sete governadores integram o “Consórcio da Paz”. Além de Castro, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Eduardo Riedel (Progressistas), do Mato Grosso do Sul; Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás; e Ibaneis Rocha (MDB), do Distrito Federal.

    “Narcoterrorismo”

    Sociólogos, cientistas políticos e especialistas em segurança pública ouvidos pela Agência Brasil analisaram o vocabulário adotado pelas autoridades nos últimos discursos. E apontaram para os usos políticos e simbólicos dos termos relacionados à operação mais letal já registrada no Brasil.

    Entre as palavras recorrentes, está “narcoterrorismo”. Ele foi usado por Castro, Tarcísio e Zema para se referir às facções criminosas, principalmente as maiores que tem Rio de Janeiro e São Paulo como centros de poder.

    “Isso é mais uma bobagem que atrapalha a polícia, a segurança pública, a sociedade e o próprio governo. Da mesma forma como usam ‘narcomilícia’ e outras categorias mais antigas como ‘Estado paralelo’. Isso, na verdade, oculta incompetências, incapacidades e oportunismos políticos”, diz Jacqueline Muniz, antropóloga e cientista política, professora do departamento de segurança pública da Universidade Federal Fluminense (UFF).

    “Quando você diz que está diante de um narcoterrorismo, você está dizendo que precisa de mais poder, mais dinheiro, mais orçamento e que não precisa dar satisfação do que vai fazer”, complementa.

    Para Ignacio Cano, o termo é errado também do ponto de vista conceitual. “Terrorismo normalmente é associado a objetivos políticos. É o uso indiscriminado da violência contra civis para perseguir esses objetivos. Um narcoterrorista não teria nenhuma motivação política. O objetivo é o mesmo de todo criminoso, que é o lucro. O termo é uma contradição em si mesmo”, explica o sociólogo.No Brasil, a Lei n° 13.260, de 2016, define que: “terrorismo consiste na prática por um ou mais indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e religião, quando cometidos com a finalidade de provocar terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa, patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública”.

    Facções de tráfico de drogas são classificadas pela legislação brasileira como organizações criminosas. E é dessa forma que o governo federal, especialmente o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, tem se posicionado.

    Um grupo de deputados está tentando mudar isso por meio do Projeto de Lei 724/25, que amplia o conceito de terrorismo para incluir o tráfico de drogas ilícitas. O projeto é de autoria do deputado Coronel Meira (PL-PE) e foi aprovado há algumas semanas na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados.

    Ainda será analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), antes de ser votado pelo Plenário da Câmara. Para virar lei, precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.

    Pressão internacional

    Esse entendimento tem recebido pressão internacional de políticos de direita. Os governos de Javier Milei, na Argentina, e Santiago Peña, no Paraguai, classificaram recentemente as organizações criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho (CV) como terroristas. Os Estados Unidos sugeriram que o Brasil fizesse o mesmo em visita da comitiva norte-americana ao país em maio deste ano.

    Os especialistas em segurança pública entendem que a pressão de governadores no Brasil pelo uso de “narcoterrorista” é uma forma de alinhamento político com essas forças externas. Dessa forma, o debate é transferido do campo policial para o geopolítico. Para eles, o termo, se adotado no país, fragilizaria a democracia e aumentaria o risco de interferências internacionais.

    “Uma forma de os Estados Unidos intervirem de forma mais efetiva no nosso território é justamente apelar para o que os norte-americanos temem historicamente, principalmente depois do 11 de setembro, que é a questão do terrorismo”, diz Jonas Pacheco, coordenador de pesquisa da Rede de Observatórios da Segurança.

    “É um discurso que trata de uma questão de dominação da América Latina. Os países que têm grupos classificados como terroristas claramente não são alinhados ideologicamente com o governo Trump”, complementa.

    “O terrorismo é usado pelo presidente dos Estados Unidos para cometer execuções sumárias na costa da Venezuela e da Colômbia. Termo foi adotado pelos governos de El Salvador e Equador também. São tentativas de evadir qualquer limite legal. Leis terroristas alongam prazos de prisão provisória e diminuem garantias processuais. Mas, importante destacar, nenhuma lei antiterrorista autoriza execução sumária de pessoas”, diz Ignacio Cano.

    “Guerra às drogas”

    Outra categoria semântica muito comum entre as autoridades estaduais é o de “guerra”. As polícias militares estariam diante de conflitos semelhantes aos sofridos em outras realidades do Leste Europeu, África e Oriente Médio.

    Os cientistas políticos e sociólogos são categoricamente contrários à terminologia, por uma série de consequências simbólicas e materiais que ela produz.

    “Quando você pauta o debate na ideia de guerra, você valida ações que barbarizam todo um território. Quem é o inimigo nessa guerra? É o traficante que está na Faria Lima lavando o dinheiro? Não, é o traficante que está na favela. É o pobre e o preto que moram em territórios de extrema vulnerabilização e precarização”, diz Jonas Pacheco.
    “Segurança pública é para gerar segurança, não é para matar. Uso da força deve respeitar as devidas normativas legais. Não é um fim em si mesmo. O fim é gerar segurança. O pacto social prevê que o Estado deve garantir a preservação da vida”, complementa.

    “Sempre bom lembrar que, se a sociedade autoriza a polícia a agir sem controles e parâmetros legais, sem fiscalização do Ministério Público, todos nós estamos em risco. Se as pessoas acham que só os moradores do Alemão e da Penha vão sofrer as consequências, estão muito enganadas”, diz Ignacio Cano.

    “O objetivo é trazer a guerra para dentro das cidades. E nada melhor do que uma guerra contra o crime. Mas não se trata de combater crime nenhum. Se trata de produzir repressão e espetáculo. Se queremos resolver, temos que mudar também essa linguagem”, analisa Jacqueline Muniz.

    “Estamos falando de um projeto autoritário onde a insegurança se torna política pública. Quanto maior a insegurança, melhor para essas autoridades, porque nós somos fidelizados pelo medo. Diante da ameaça, todos nós podemos abrir mão das garantias individuais e coletivas em favor de quem possa nos proteger e, depois, nos tiranizar”, complementa.

    Especialistas criticam retórica de governadores sobre combate ao crime

  • 'Eu me considero humanista', diz Dado Dolabella ao negar agressão a Marcela Tomaszewski

    'Eu me considero humanista', diz Dado Dolabella ao negar agressão a Marcela Tomaszewski

    Marcela Tomaszewski também negou ter sido agredida, mesmo tendo exposto nas redes sociais supostas marcas de violência no corpo após o caso

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Dado Dolabella, 45, falou pela primeira vez a respeito das acusações de agressão à atual namorada, Marcela Tomaszewski, 27. O ator comentou o caso em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, exibida neste domingo (2) no Domingo Espetacular, da Record.

    A discussão entre os dois teria começado por causa da quantidade de sal que estava sendo colocada na comida. “Foi tão besta que eu falei assim: ‘Cara, pô, você vai entrar nessa energia vou embora então’”, disse o ator sobre o suposto momento em que teria ocorrido a agressão.

    Campeão da primeira edição de A Fazenda, o ator admitiu ter agredido a atriz Luana Piovani, 49, em 2008, quando os dois tinham um relacionamento. “Houveram agressões mútuas ali naquele momento”, afirmou ele, que depois foi mais enfático a pedido de Cabrini: “Agredi, agredi. Eu reconheço”.

    Ele ainda disse que deveria ter se controlado. “Fui covarde porque a mulher com o homem a força é completamente desproporcional”, comentou. O ator afirmou já ter pedido desculpas à então namorada e se arrepender do fato. “Não só com a Luana, eu me arrependo de um monte de coisas na minha vida”, disse.

    Ele também comentou por que nunca pagou os R$ 40 mil de indenização à camareira Esmeralda de Souza, que também foi agredida na ocasião. “Não vou pagar. Como que eu vou pagar se eu não tenho dinheiro?”, disse. “Se a pessoa destruiu a minha imagem, eu não consigo trabalhar. Aonde que eu vou tirar dinheiro?”

    Dado também comentou outros casos em que foi acusado de agressão, como nos relacionamentos com Viviane Sarahyba, com Marina Dolabella e com Wanessa Camargo. Ele disse que não agrediu a primeira, mas admitiu ter riscado o carro dela com palavras agressivas porque, segundo ele, na época estava proibido de ver o filho. Com Marina, ele negou ter rompido o tímpano da prima em um ato de violência, mas disse que não pode falar mais sobre o processo.

    Já com Wanessa, ele admitiu ter se descontrolado ao vê-la dançando com Luan Pereira em uma festa -ambos participam do quadro Dança dos Famosos 2025, do Domingão com Huck, na Globo. “Não me arrependo, faria igual”, afirmou. “Para mim não é normal você pegar uma mulher casada, que tem um companheiro, ainda mais do lado dela, e descer ela para fazer aquela cena como se fosse dar um beijo.”

    No entanto, ele diz que não tinha visto que se tratava de Luan e conta que todos haviam bebido, de modo que o par acabou tropeçando e caindo no chão, sendo que ele teria apenas tentado separar os dois. “Eu peguei pela camisa e puxei para trás”, afirma. “Foi um ato agressivo, acho que foi um ato de proteção à minha namorada.”

    Apesar de inúmeras denúncias, Dado tentou justificar dizendo que nem todas elas foram reais. “Você está falando baseado não em situações que aconteceram, mas em situações que foram ditas que aconteceram”, afirmou. “Muitas vezes [me sinto injustiçado].”

    Questionado por Cabrini se ele sabia que, só em 2025, houve mais de 86 mil denúncias de violência contra a mulher no Brasil, ele retrucou: “E você tem consciência de quantos eram verdadeiros e falsos?”. Apesar disso, ele disse que deve “um pedido de desculpas para todas as mulheres”.

    Dado, que falou ainda sobre o vício em cocaína após a morte do pai, em 2003, disse também não se considerar um homem machista. “Eu me considero veganista, eu me considero humanista”, afirmou. “Sou um ser humano com a mesma missão que todos estamos aqui, de aprender, de evoluir, de ser melhor não do que o outro, mas de ser melhor do que você foi ontem.”

    O LADO DE MARCELA

    Marcela Tomaszewski também participou da entrevista e negou ter sido agredida, mesmo tendo exposto nas redes sociais supostas marcas de violência no corpo após o caso. “O vermelho é que eu sou muito branca e eu sou descendente de polonês então, quando eu fico estressada, fico vermelha eu me coço”, afirmou. “Eu não protegeria um agressor em hipótese alguma.”

    Tanto Dado quanto a atual namorada dizem que estão sendo julgados nas redes sociais pelo fato, sem que as pessoas saibam de fato o que ocorreu -o advogado de Marcela deixou o caso após dizer que ela estava sendo coagida a não denunciar o ator.

    “O meu psicológico está abalado agora, não porque eu não sofri agressão psicológica, eu estou sofrendo agressão online: tem mais de 20 mil mulheres me atacando, falando que que sabem onde eu moro, que eu mereço apanhar mais”, contou Marcela. “Isso sim é uma agressão psicológica.”

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