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  • 'Eu me considero humanista', diz Dado Dolabella ao negar agressão a Marcela Tomaszewski

    'Eu me considero humanista', diz Dado Dolabella ao negar agressão a Marcela Tomaszewski

    Marcela Tomaszewski também negou ter sido agredida, mesmo tendo exposto nas redes sociais supostas marcas de violência no corpo após o caso

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Dado Dolabella, 45, falou pela primeira vez a respeito das acusações de agressão à atual namorada, Marcela Tomaszewski, 27. O ator comentou o caso em entrevista ao jornalista Roberto Cabrini, exibida neste domingo (2) no Domingo Espetacular, da Record.

    A discussão entre os dois teria começado por causa da quantidade de sal que estava sendo colocada na comida. “Foi tão besta que eu falei assim: ‘Cara, pô, você vai entrar nessa energia vou embora então’”, disse o ator sobre o suposto momento em que teria ocorrido a agressão.

    Campeão da primeira edição de A Fazenda, o ator admitiu ter agredido a atriz Luana Piovani, 49, em 2008, quando os dois tinham um relacionamento. “Houveram agressões mútuas ali naquele momento”, afirmou ele, que depois foi mais enfático a pedido de Cabrini: “Agredi, agredi. Eu reconheço”.

    Ele ainda disse que deveria ter se controlado. “Fui covarde porque a mulher com o homem a força é completamente desproporcional”, comentou. O ator afirmou já ter pedido desculpas à então namorada e se arrepender do fato. “Não só com a Luana, eu me arrependo de um monte de coisas na minha vida”, disse.

    Ele também comentou por que nunca pagou os R$ 40 mil de indenização à camareira Esmeralda de Souza, que também foi agredida na ocasião. “Não vou pagar. Como que eu vou pagar se eu não tenho dinheiro?”, disse. “Se a pessoa destruiu a minha imagem, eu não consigo trabalhar. Aonde que eu vou tirar dinheiro?”

    Dado também comentou outros casos em que foi acusado de agressão, como nos relacionamentos com Viviane Sarahyba, com Marina Dolabella e com Wanessa Camargo. Ele disse que não agrediu a primeira, mas admitiu ter riscado o carro dela com palavras agressivas porque, segundo ele, na época estava proibido de ver o filho. Com Marina, ele negou ter rompido o tímpano da prima em um ato de violência, mas disse que não pode falar mais sobre o processo.

    Já com Wanessa, ele admitiu ter se descontrolado ao vê-la dançando com Luan Pereira em uma festa -ambos participam do quadro Dança dos Famosos 2025, do Domingão com Huck, na Globo. “Não me arrependo, faria igual”, afirmou. “Para mim não é normal você pegar uma mulher casada, que tem um companheiro, ainda mais do lado dela, e descer ela para fazer aquela cena como se fosse dar um beijo.”

    No entanto, ele diz que não tinha visto que se tratava de Luan e conta que todos haviam bebido, de modo que o par acabou tropeçando e caindo no chão, sendo que ele teria apenas tentado separar os dois. “Eu peguei pela camisa e puxei para trás”, afirma. “Foi um ato agressivo, acho que foi um ato de proteção à minha namorada.”

    Apesar de inúmeras denúncias, Dado tentou justificar dizendo que nem todas elas foram reais. “Você está falando baseado não em situações que aconteceram, mas em situações que foram ditas que aconteceram”, afirmou. “Muitas vezes [me sinto injustiçado].”

    Questionado por Cabrini se ele sabia que, só em 2025, houve mais de 86 mil denúncias de violência contra a mulher no Brasil, ele retrucou: “E você tem consciência de quantos eram verdadeiros e falsos?”. Apesar disso, ele disse que deve “um pedido de desculpas para todas as mulheres”.

    Dado, que falou ainda sobre o vício em cocaína após a morte do pai, em 2003, disse também não se considerar um homem machista. “Eu me considero veganista, eu me considero humanista”, afirmou. “Sou um ser humano com a mesma missão que todos estamos aqui, de aprender, de evoluir, de ser melhor não do que o outro, mas de ser melhor do que você foi ontem.”

    O LADO DE MARCELA

    Marcela Tomaszewski também participou da entrevista e negou ter sido agredida, mesmo tendo exposto nas redes sociais supostas marcas de violência no corpo após o caso. “O vermelho é que eu sou muito branca e eu sou descendente de polonês então, quando eu fico estressada, fico vermelha eu me coço”, afirmou. “Eu não protegeria um agressor em hipótese alguma.”

    Tanto Dado quanto a atual namorada dizem que estão sendo julgados nas redes sociais pelo fato, sem que as pessoas saibam de fato o que ocorreu -o advogado de Marcela deixou o caso após dizer que ela estava sendo coagida a não denunciar o ator.

    “O meu psicológico está abalado agora, não porque eu não sofri agressão psicológica, eu estou sofrendo agressão online: tem mais de 20 mil mulheres me atacando, falando que que sabem onde eu moro, que eu mereço apanhar mais”, contou Marcela. “Isso sim é uma agressão psicológica.”

    'Eu me considero humanista', diz Dado Dolabella ao negar agressão a Marcela Tomaszewski

  • Garimpo ilegal se apropria das reservas de manganês do Brasil, uma das maiores do mundo

    Garimpo ilegal se apropria das reservas de manganês do Brasil, uma das maiores do mundo

    Mineral é usado na fabricação de aço, mas também é cobiçado por indústrias de baterias; grandes mineradoras diminuíram operação no mercado brasileiro, tomado por extração ilegal

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Brasil tem a quarta maior reserva de manganês do mundo, mas permite que garimpeiros ilegais acessem grande parte dela. Esse mineral será cada vez mais estratégico nos próximos anos, à medida que aumenta a demanda por veículos elétricos, cujas baterias são feitas desse metal.

    A Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal não divulgam dados sobre o tema, mas executivos desse mercado estimam que ao menos 30% da produção de manganês hoje no país esteja na mão desses criminosos, concentrados principalmente no sudeste do Pará, onde estão as maiores reservas do mineral no Brasil.

    O tema já é tratado como intrínseco a esse mercado. Nos bastidores, funcionários de mineradoras relatam, com frequência, invasões de garimpeiros em seus complexos e demora das forças policiais e de outros órgãos fiscalizadores em conter esses grupos.

    Um executivo de uma das maiores empresas do setor contou à Folha que a companhia teve 10% de sua reserva mineral extraída recentemente por garimpeiros que invadiram suas terras por cinco meses na região de Carajás. Já em uma outra grande mineradora, bandidos armados expulsaram vigilantes e assumiram o controle de parte da operação.

    A própria Vale é uma das principais denunciantes de invasões garimpeiras na região. De acordo com uma pessoa envolvida no dia a dia da mineradora, tais invasões chegaram a atrapalhar o andamento de projetos de manganês da empresa de 2012 a 2020, quando a companhia optou por iniciar a venda de direitos minerários para se concentrar em minério de ferro.

    Em nota, a Vale afirmou à Folha de S.Paulo que, quando descobre ocorrência de qualquer atividade de mineração ilegal, denuncia às autoridades competentes.

    A mineradora, no entanto, é alvo de pressões do próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por manter seus direitos sobre reservas mesmo sem ter interesse comercial nelas. Na teoria, a regulamentação proíbe essa conduta, mas, na prática, a falta de estrutura da ANM (Agência Nacional de Mineração) dificulta a fiscalização.

    “O minério de manganês nessa região aflora na terra, então é muito fácil de percebê-lo olhando numa paisagem; com isso, a população sabe onde estão essas concentrações de manganês”, diz Igor Goettenauer, procurador da República com atuação em Marabá. “Como as pessoas sabem onde essa concentração está, há uma pressão social pelo uso dessas reservas.”

    Quase toda a produção de manganês hoje em dia vai para siderúrgicas, que usam o metal para produzir aço mais resistente. Mas consultorias de mercado estimam que a demanda por produtos refinados será cada vez maior nos próximos anos, à medida que a produção de veículos elétricos aumenta. E, com isso, o valor do manganês também deve aumentar: enquanto uma tonelada do minério de manganês destinado à siderurgia custa cerca de R$ 300, a do sulfato de manganês, destinado às baterias elétricas, é vendida por cerca de US$ 800 (R$ 4.302).

    Nas mãos de garimpeiros, no entanto, é improvável que esse manganês ganhe valor agregado no Brasil. Refinar o metal é caro, e nessas operações ilegais o produto final é o minério bruto, que não passa por processos de concentração.
    A logística dos garimpeiros de manganês costuma seguir o mesmo padrão: eles extraem o minério com máquinas e o repassam para transportadores, que o desembarcam em companhias responsáveis por vender o minério no mercado interno ou externo –a exportação geralmente é feita no porto de Barcarena. Alguns, mas não todos, tentam dar aparência de legalidade à operação, declarando que o mineral vendido foi extraído em outra região à qual eles têm direitos minerários.

    “Tudo isso é um mercado bastante lucrativo, e a parte ilícita começa a se misturar com a lícita, pois os recursos ilegais são lavados em empresas lícitas, que compram o maquinário. Geralmente são famílias que começam a se especializar nessa atividade e vão criando organizações criminosas, inclusive com especialização de funções”, diz Goettenauer, procurador da República.

    Para Charles Trocate, um dos principais ativistas da região e líder do Movimento pela Soberania Popular na Mineração, essa dinâmica já faz parte do dia a dia da população de algumas cidades como Parauapebas, Curionópolis e Marabá.

    “São hipermercados e postos de gasolina da região que compram as grandes máquinas usadas pelos garimpeiros”, diz. “Houve muita operação da polícia para contê-los, mas devido à lucratividade do negócio, o crime vale a pena.”
    Na região há até bairros dominados por garimpeiros ilegais, como a Vila União, em Marabá. E o domínio vai parar na política, onde vereadores são eleitos com apoio dos próprios garimpeiros. “A política da região está ligada a esses garimpeiros, porque são eles que dominam partidos aqui”, afirma Trocate.

    Samir Chamon, por exemplo, irmão do influente deputado estadual Chamonzinho (MDB) e filho de um secretário do governador Helder Barbalho, foi preso em 2020 sob suspeita de envolvimento com garimpos da região. Hoje, ele responde a processos na Justiça Federal.

    À Folha de S.Paulo, Samir, que é dono de uma empresa de mineração, disse por nota que sua prisão foi “injusta e equivocada por ter se valido de evidências frágeis e informações incorretas.” Segundo ele, seus negócios sempre foram realizados de forma legal, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento do Pará. Já o deputado Chamonzinho não respondeu aos questionamentos até a publicação desta reportagem.

    MERCADO LEGAL VEM DIMINUINDO

    Em contrapartida ao garimpo ilegal, a presença de grandes mineradoras no mercado de manganês no Brasil vem caindo tanto por questões econômicas quanto por exaustão das principais minas de grande porte.

    A Vale, que detinha a maior parte das reservas desse mineral, parou de extrair manganês em suas operações em Carajás e vendeu em 2022 suas operações em Mato Grosso do Sul para a J&F Investimentos, dos irmãos Batista. Já a Buritirama, a maior mineradora de manganês da América do Sul, entrou em falência em 2023 e hoje é operada por credores, por meio da Geribá Investimentos.

    Segundo o Sumário Mineral Brasileiro, o país chegou a produzir mais de três milhões de toneladas de manganês contido em 2008. No ano passado, por outro lado, foram 537 mil toneladas.

    Hoje, a maior parte da produção fica por conta da Buritirama e da LHG mining, dos irmãos Batista -essa última, no entanto, foca a extração de minério de ferro. Já outras mineradoras, com escala muito menor, continuam operando.

    A RMB, por exemplo, quer produzir em Carajás 400 mil toneladas de manganês. Os investimentos somam R$ 240 milhões e, para isso, a mineradora é uma das empresas que buscam recursos do BNDES voltado para minerais críticos. A empresa tem planos de produzir, em um primeiro momento, concentrado de manganês e, em seguida, sulfato de manganês agrícola e sulfato de manganês com grau de baterias.

    O garimpo ilegal, no entanto, é um entrave, segundo Samuel Borges, CEO da RMB. “Eles entram na nossa área desde 2016; estamos falando de 30 mil hectares e, de toda a reserva do projeto, cinco milhões de toneladas já foram extraídas de forma ilegal. Nós só temos como prerrogativa denunciar e esperar que as autoridades cumpram seus papéis”, diz.

    Garimpo ilegal se apropria das reservas de manganês do Brasil, uma das maiores do mundo

  • Memphis marca após 3 meses, Corinthians bate o Grêmio e mira a Libertadores

    Memphis marca após 3 meses, Corinthians bate o Grêmio e mira a Libertadores

    (UOL/FOLHAPRESS) – O Corinthians chegou à terceira vitória seguida no Brasileirão. Neste domingo, pela 31ª rodada, o Alvinegrou bateu o Grêmio por 2 a 0 e se aproximou do G7, em busca de vaga na pré-Libertadores.

    Gustavo Henrique e Memphis Depay marcaram os gols da vitória. O zagueiro marcou ainda no primeiro tempo, enquanto o camisa 10, de pênalti, fechou o placar na etapa final.

    O holandês encerrou uma seca de mais de três meses sem balançar as redes. Seu último gol havia sido marcado contra o Palmeiras, no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

    O Alvinegro chegou à terceira vitória seguida no nacional e chegou à nona colocação, com 42 pontos. Gremistas, enquanto isso, estacionaram na tabela, em 11°, com 39. O Fluminense, que abre o G7, tem 47.

    Ambas as equipes voltam a campo na quarta-feira. O Corinthians visita o RB Bragantino, em Bragança, às 19h (de Brasília), enqunanto o Grêmio recebe o Cruzeiro, em Porto Alegre, às 20h..

    GUSTAVO HENRIQUE E MEMPHIS LIDERAM 3ª VITÓRIA SEGUIDA

    A grande novidade da escalação do técnico do Corinthians, Dorival Júnior, era o retorno do goleiro Hugo Souza. O camisa 1 se recuperou da luxação no ombro esquerdo, após ficar de fora do embate contra o Vitória, e começou como titular.

    Na etapa inicial, contudo, Hugo quase não trabalhou. O Corinthians foi quem ditou o ritmo do embate, contando com muitas ações de Matheuzinho e Rodrigo Garro, pela esquerda. O Grêmio, por sua vez, tinha Amuzu como principal válvula de escape, mas ainda assim sem conseguir converter o volume em chances reais.

    Já na etapa final, o Tricolor voltou mais ligado, correndo atrás do resultado, mas ainda assim com alguma dificuldade para furar a defesa corintiana. Os donos da casa, enquanto isso, se postavam preparados para os contragolpes, mas também sem ‘desbloquear’ melhores chegadas e, no fim, acabavam desacelerando o jogo quando com a posse. Na reta final, pênalti convertido por Memphis trouxe mais tranquilidade, além de por números finais ao jogo.

    LANCES IMPORTANTES

    Defende, Volpi!. Garro fez chuveirinho na área e encontrou Yuri Alberto. O camisa 9 cabeceou cruzado para defesaça de Tiago Volpi, que viu a bola ricochetear na zaga e ir para escanteio.

    Gol! Logo depois, contudo, Volpi. Falhou. Garro cobrou escanteio na área, e o goleiro gremista saiu mal. Livre de marcação, Gustavo Henrique completou cruzamento e empurrou para o gol vazio. 1 a 0, aos 15.

    Pega, Hugo! Após cobrança de escanteio de Edenílson, Amuzu ficou com a sobra na entrada da área e bateu colocado no canto direito. Hugo Souza fez bela defesa.

    Na trave! Memphis recebeu passe de Matheus Bidu na entrada da área. Com liberdade, o camisa 10 teve tempo de dominar, ajeitar e arrematar na trave.

    Na bronca. No último lance do primeiro tempo, Yuri Alberto tentou tocar para Memphis Depay dentro da área, mas acabou acertando o braço de defensor do Grêmio. O árbitro Davi Lacerda mandou o jogo seguir, e o VAR não interviu. Jogadores do Corinthians e o técnico Dorival Júnior reclamaram muito.

    Defesaça. Memphis recebeu bola na entrada da área e arriscou arremate forte, exigindo grande ação de Tiago Volpi, que espalmou.

    2 a 0! Agora não teve jeito. Memphis recebeu de Gui Negão dentro da área e arriscou arremate na mão de jogador do Grêmio. O árbitro assinalou a marca da cal, e o holandês bateu no canto oposto do goleiro, aos 34 do segundo tempo.

    Travessão! No último lance do jogo, Pavón cruzou bola na área e André Henrique se adiantou à marcação. O gremista subiu, cabeceou e viu a bola explodir o travessão.

    Local: Neo Química Arena, em São Paulo (SP)Público: 42.081 pessoas
    Árbitro: Davi de Oliveira Lacerda (ES)
    Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Douglas Pagung (ES)
    Quarto árbitro: Bruno Mota Correia (RJ)VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)
    Gols: Gustavo Henrique (15’/1°T) e Memphis Depay (34’/2°T)
    Cartões amarelos: André Carrillo, Matheuzinho e Matheus Bidu (COR); Noriega, Cuéllar e Dodi (GRE)

    CORINTHIANS
    Hugo Souza; Matheuzinho, João Pedro Tchoca, Gustavo Henrique, Fabrizio Angileri e Matheus Bidu (Hugo); Maycon (Charles), André Carrillo (Ryan) e Rodrigo Garro (Dieguinho); Memphis Depay e Yuri Alberto (Gui Negão). T.: Dorival Júnior.

    GRÊMIO
    Tiago Volpi; João Lucas, Noriega, Wagner Leonardo e Marlon; Dodi (Cuéllar), Arthur e Edenílson (Cristaldo); Amuzu (Cristian Oliveira), Alysson (Pavón) e Carlos Vinícius (André). T.: Mano Menezes.

    Memphis marca após 3 meses, Corinthians bate o Grêmio e mira a Libertadores

  • Alemanha detém sírio de 22 anos por suspeitas de planejar atentado

    Alemanha detém sírio de 22 anos por suspeitas de planejar atentado

    As autoridades alemãs anunciaram hoje a detenção em Berlim de um sírio de 22 anos suspeito de preparar um atentado com motivação jihadista, num contexto de aumento da violência na Alemanha.

    O suspeito, preso no sábado no bairro de Neukölln, é acusado de ter planejado um “ataque com motivação jihadista”, informou um porta-voz do Ministério Público de Berlim à agência France-Presse (AFP).

    As autoridades não forneceram mais detalhes.

    O jovem está detido em um centro de custódia e deverá ser apresentado a um juiz de instrução na tarde de hoje.

    O suspeito é acusado de preparar um ato grave que coloca o Estado em perigo, acrescentou a fonte judicial.

    De acordo com o jornal Bild, durante buscas realizadas por forças especiais em três residências do suspeito em Berlim, foram apreendidos materiais que poderiam ser usados na fabricação de explosivos.

    O ataque teria como alvo a capital alemã, embora outros detalhes não tenham sido revelados, segundo o jornal.

    A Alemanha tem enfrentado, nos últimos meses, vários ataques fatais com armas brancas, além de atentados com motivações jihadistas e episódios de violência de extrema direita, o que tem colocado as questões de segurança em destaque.

    Berlim, uma das grandes metrópoles europeias, permanece sob alta vigilância, especialmente desde o atentado jihadista mais mortal ocorrido em um mercado de Natal, quando um caminhão atropelou e matou 12 pessoas em dezembro de 2016.

    Alemanha detém sírio de 22 anos por suspeitas de planejar atentado

  • Obama abandona discrição, entra na campanha para eleições locais nos EUA e fala em momento sombrio

    Obama abandona discrição, entra na campanha para eleições locais nos EUA e fala em momento sombrio

    Obama abandona discrição, entra na campanha para eleições locais nos EUA e fala em momento sombrio

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama (2009-2017) juntou-se à campanha do Partido Democrata às vésperas das eleições estaduais no país e, neste sábado (1º), criticou o atual mandatário, Donald Trump, por políticas que classificou de caóticas.

    Mais importante membro do partido atualmente, Obama foi ovacionado ao subir ao palco nos comícios de duas candidatas em pleitos de meio de mandato considerados decisivos em 2026: a ex-congressista Abigail Spanberger, na Virgínia, e a atual deputada democrata Mikie Sherrill, em Nova Jersey. Antes disso, ele vinha mantendo discrição.

    Analistas e políticos esperam que as próximas eleições influenciem as disputas de 2026. Nas eleições legislativas de meio de mandato, estarão em jogo as maiorias no Congresso –fator que pode impactar diretamente o avanço ou bloqueio de políticas da gestão de Trump.

    “Vamos encarar: nosso país e nossa política estão em um lugar bastante sombrio agora. É difícil saber por onde começar, porque todos os dias a Casa Branca oferece às pessoas uma nova dose de ilegalidade, imprudência, mesquinhez e simplesmente loucura pura”, disse a uma multidão de apoiadores de Spanberger na Universidade Old Dominion, em Norfolk.

    O ex-presidente criticou ainda as taxas de importação que Trump impôs a diversos países. “Os custos não diminuíram para as famílias comuns, mas aumentaram, graças a essa política tarifária desastrosa”, afirmou.

    Já em Newark, em Nova Jersey, para apoiar Sherrill, ele ironizou as reformas na Casa Branca. “Para ser justo, ele tem se concentrado em algumas questões críticas, como pavimentar o Jardim das Rosas para que as pessoas não sujem os sapatos de lama e construir um salão de baile de US$ 300 milhões”, disse.

    Pesquisas mostram Spanberger, 46, com uma vantagem considerável sobre a candidata republicana, a vice-governadora Winsome Earle-Sears, 61, enquanto Sherrill tem vantagem de um dígito sobre o republicano Jack Ciatterelli, 63, que se candidatou pela terceira vez consecutiva ao cargo de governador –em 2021, ele perdeu a disputa por três pontos percentuais.

    As eleições acontecem na próxima terça-feira (4). No mesmo dia, os moradores da cidade de Nova York irão às urnas para escolher seu próximo prefeito. O favorito até agora é o democrata Zohran Mamdani, 34, jovem deputado estadual mulçumano e socialista do Queens.

    Recentemente, ele foi apadrinhado por Obama –no sábado (1º), o ex-presidente telefonou para Mamdani, elogiou a campanha do correligionário e se ofereceu para ser seu conselheiro no futuro, caso ele vença a eleição. Nascido na Uganda, o jovem aparece bem à frente de seu principal concorrente, o ex-governador Andrew Cuomo, nas pesquisas eleitorais.

    Obama abandona discrição, entra na campanha para eleições locais nos EUA e fala em momento sombrio

  • Fátima Bernardes comemora oito anos com Túlio Gadêlha

    Fátima Bernardes comemora oito anos com Túlio Gadêlha

    “E lá se vão oito anos. Muita coisa mudou desde aqueles primeiros encontros, mas uma coisa permanece: a gente tem pouco tempo para olhar para trás”, escreveu a apresentadora.

    ARACAJU, SE (CBS NEWS) – Fátima Bernardes se declarou para o seu namorado, o deputado federal Túlio Gadêlha (Rede-PE), neste domingo (2). Os dois completaram oito anos de relacionamento.
    “E lá se vão oito anos. Muita coisa mudou desde aqueles primeiros encontros, mas uma coisa permanece: a gente tem pouco tempo para olhar para trás”, escreveu a apresentadora.

    “Estamos sempre vivendo o momento, o que é possível e olhando para frente. Planejando o que pode nos fazer felizes logo ali na frente. Que continue assim, com a gente se fazendo bem. Feliz 8 anos, Túlio”, afirmou.
    Fátima Bernardes e Túlio Gadelha se conheceram através de amigos em comum, e atualmente, costumam fazer aparições públicas com muita frequência.

    No início, Fátima Bernardes admitiu que a diferença de idade a preocupava. Fátima tem 63 anos, enquanto Túlio Gadelha faz 38 anos no próximo dia 12 de novembro.

    “Confesso que tive um pouquinho de preconceito comigo mesma. A minha filha falou: ‘mãe, você está sendo preconceituosa’. Senti um pouco de medo, porque eu tinha uma vida tão organizada, que ninguém falava nada, porque não tinha o que falar”, disse no programa Assim Como a Gente, do GNT, em 2023.

    Fátima Bernardes comemora oito anos com Túlio Gadêlha

  • Jogadora de futebol morre após ser atingida por raio durante treino

    Jogadora de futebol morre após ser atingida por raio durante treino

    Uma tragédia abalou o esporte australiano na última quinta-feira (30), quando a jogadora Finley Bone, de 21 anos, morreu após ser atingida por um raio durante uma tempestade em Sunshine Coast, no estado de Queensland.

    O incidente ocorreu por volta das 17h30, no Complexo Esportivo Cooroy, onde a atleta treinava chutes a gol pelo Noosa Lions Football Club. Segundo informações da emissora ABC, equipes de emergência foram acionadas imediatamente e encontraram Finley em estado crítico. Ela foi levada às pressas para o Hospital Nambour, mas não resistiu aos ferimentos.

    A mãe da jovem, Donna Markert, lamentou a morte em entrevista à ABC. “Ninguém consegue acreditar que isso aconteceu. A vida de Fin foi tirada dela em um minuto”, disse. Ela contou que a filha sempre foi apaixonada por esportes e se destacou em diversas modalidades, como natação, corrida, lançamento de disco e dardo, antes de se dedicar ao futebol.

    Finley disputava a FQPL3, liga de futebol de Queensland, e também atuava como treinadora do time sub-12/13 feminino do Noosa Lions. O clube publicou uma homenagem nas redes sociais com três fotos da atleta e uma mensagem de pesar:
    “O Noosa Lions Football Club está devastado com a trágica perda de Finley Bone. Finley era uma integrante muito querida do nosso time feminino e uma inspiração para as jogadoras mais jovens. Nossos mais sinceros sentimentos à família e aos amigos.”

    Após o acidente, Danielle Williams, supervisora sênior do Serviço de Ambulâncias de Queensland, alertou sobre os perigos das tempestades e reforçou a importância de buscar abrigo seguro. “As tempestades podem ser imprevisíveis. Se possível, procurem abrigo em um local protegido, longe de janelas. O banheiro é o lugar mais seguro da casa para se proteger”, disse.

    A morte de Finley gerou grande comoção na comunidade esportiva local, e o clube deve realizar homenagens à jogadora nos próximos dias.

    Jogadora de futebol morre após ser atingida por raio durante treino

  • Incidentes com drones? Ministro belga relaciona a tentativa de espionagem

    Incidentes com drones? Ministro belga relaciona a tentativa de espionagem

    O ministro da Defesa belga, Theo Francken, sugeriu hoje que os recentes voos de ‘drones’ sobre bases militares e aeroportos belgas podem ser tentativas de espionagem da Rússia.

    Em entrevista à emissora local VTM, o ministro admitiu que as autoridades belgas “não têm informações concretas sobre a origem dos drones”, mas apontou para um possível envolvimento de Moscou, em linha com outras incursões de drones no espaço aéreo de países bálticos e do leste europeu.

    “A polícia fez um bom trabalho, mas perdeu o contato quando os drones seguiram em direção à Holanda”, disse o ministro, referindo-se aos voos de drones não identificados que sobrevoaram, no dia anterior, a base militar de Kleine-Brogel — próxima à fronteira holandesa — e o Aeroporto de Deurne, perto da cidade de Antuérpia, no norte da Bélgica.

    As medidas de interferência ou bloqueio de drones destinadas a proteger zonas militares não surtiram efeito, segundo Francken, que demonstrou confiança na rápida implementação de um plano nacional antidrones, atualmente aguardando aprovação do governo.

    Esse plano será complementado por iniciativas europeias lançadas em resposta à recente série de incidentes no espaço aéreo de vários Estados-Membros da União Europeia (UE), incluindo a criação de uma “barreira antidrones” projetada para detectar, rastrear e interceptar aeronaves não tripuladas.

    Questionado sobre a possibilidade de os recentes incidentes no espaço aéreo belga terem sido causados por amadores, o ministro se mostrou cético.

    “Poderia ser, mas as multas são muito altas. Considerando a duração do voo, sabemos que não se trata de lazer. Estamos lidando com espionagem. Esses drones estão procurando algo ou mapeando a área. Portanto, parece provável que seja algo sério. Pensa-se, por exemplo, na Rússia — mas devo ser cauteloso, já que não há provas formais”, afirmou.

    Vários drones também foram avistados na base militar de Marche-en-Famenne, no sul do país, na noite de sábado.

    Incidentes com drones? Ministro belga relaciona a tentativa de espionagem

  • CBF divulga áudio do VAR em expulsão de meia do Flamengo

    CBF divulga áudio do VAR em expulsão de meia do Flamengo

    SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A CBF divulgou o áudio do VAR no lance da expulsão do volante Evertton Araújo, do Flamengo, durante a vitória da equipe carioca sobre o Sport, neste sábado (1º), pelo Brasileirão.

    O lance aconteceu aos 39 minutos do segundo tempo, oito minutos após entrar em campo. O volante flamenguista foi para uma disputa com Ramon, do Sport, deu um chute na bola, mas acertou as travas da chuteira no joelho do adversário.

    O árbitro Fernando Antonio Mendes deu o cartão amarelo em campo. Ele foi chamado por Rafael Traci, VAR da partida, para checar o lance e mudou de decisão.

    A arbitragem do paraense foi elogiada pela diretoria flamenguista após o jogo. José Boto, no entanto, alfinetou ao dizer que “as regras no Rio são diferentes”. A não expulsão de Gustavo Gómez no jogo entre Palmeiras e Cruzeiro, na rodada passada, foi o gancho para a fala — o zagueiro ficou só com o cartão amarelo.

    Foi uma arbitragem perfeita, fez cumprir as regras do jogo. Pena que as regras ao sul do Rio de Janeiro são diferentes. José Boto
    Como foi o diálogo

    Árbitro: Aqui, amarelo, temerário. Para mim, a perna não está em riste

    VAR: Ele chuta a bola, e a perna vem no joelho. Ele fica com a perna em riste ainda, continua esticada. Para mim, tem intensidade

    AVAR: Ele podia ter evitado o contato no final, mas mantém a perna e vira.

    VAR: Só dobra a perna quando tempo o contato. Recomendo revisão para possível cartão vermelho. Depois do chute, ele continua com a perna esticada e acerta o joelho com as travas.

    Árbitro: Eu quero ver a intensidade.

    VAR: A perna continua em riste e, com as travas, acerta o jogador.

    Árbitro: Trava da chuteira, a perna está em riste, contato acima do joelho. Beleza, vou tirar o cartão amarelo e voltar com o vermelho. Perna em riste, intensidade média, mas tem o ponto de contato e a trava da chuteira.

    CBF divulga áudio do VAR em expulsão de meia do Flamengo

  • Reconstrução de Gaza exigirá quase metade de valor transferido para reerguer Europa após 2ª Guerra

    Reconstrução de Gaza exigirá quase metade de valor transferido para reerguer Europa após 2ª Guerra

    Quase metade dessa quantia será necessária, segundo organizações internacionais, para reerguer a Faixa de Gaza, território do tamanho de um quarto do município de São Paulo que foi devastado por dois anos de guerra entre Israel e Hamas.

    RENAN MARRA
    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – Os Estados Unidos criaram o Plano Marshall para reconstruir a Europa capitalista após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e despejaram o equivalente hoje a cerca de US$ 170 bilhões (R$ 915,3 bi), no valor ajustado pela inflação, em 17 países do continente.

    Quase metade dessa quantia será necessária, segundo organizações internacionais, para reerguer a Faixa de Gaza, território do tamanho de um quarto do município de São Paulo que foi devastado por dois anos de guerra entre Israel e Hamas.

    A reconstrução da faixa, reduzida a escombros, poderá levar décadas e custará ao menos US$ 70 bilhões (R$ 377 bi), segundo as Nações Unidas. Desde outubro de 2023, quando o conflito começou, cerca de 80% das estruturas de Gaza foram destruídas ou danificadas, de acordo com o Centro de Satélites da ONU.

    Hospitais, escolas, redes de energia e sistemas de água e de esgoto foram comprometidos, o que deixou mais de 2 milhões de pessoas em situação de emergência humanitária. O restabelecimento desses serviços, segundo especialistas, exigirá esforço semelhante ao feito aos europeus no pós-guerra.

    A diferença é que, enquanto o Plano Marshall foi criado com ambiente de relativa estabilidade, os planos para reestruturar Gaza têm obstáculos que vão além de questões financeiras. O principal deles é político.

    O território continua sob bloqueio imposto por Israel e, mesmo com o acordo para cessar-fogo assinado há três semanas, tem sido bombardeado pelas forças de Tel Aviv. O Estado judeu acusa o grupo terrorista Hamas de desrespeitar o pacto e justifica as ações com o argumento de legítima defesa.

    “Embora Gaza seja relativamente pequena, a reconstrução será complexa por vários motivos: primeiro, não acontecerão investimentos massivos sem que o território esteja pacificado; segundo, a área está arrasada, e os volumes de materiais necessários serão muito grandes, porém não há serviços de ferrovia ou de rodovia”, diz o economista Marcio Sette Fortes, professor de Relações Internacionais do Ibmec-RJ.

    Fortes, ex-diretor do Banco Interamericano de Desenvolvimento, diz que os recursos para Gaza terão de ser transportados, sobretudo, pela via marítima, uma vez que o território não tem capacidade para produção própria. “Mesmo a Segunda Guerra não destruiu a infraestrutura completa dos países europeus, que conseguiram manter parte de seus meios de produção. Em Gaza, é diferente”, afirma.

    Somente nos próximos três anos, segundo a ONU, serão necessários US$ 20 bilhões (R$ 107,6 bi) para as primeiras etapas da reconstrução. Os recursos seriam usados para o restabelecimento dos serviços mais urgentes, caso da reconstrução de hospitais, dos sistemas de água e da remoção de entulho, uma etapa delicada devido à presença de materiais contaminados e de munições que não foram detonadas.

    Mais de 61 milhões de toneladas de detritos foram geradas em Gaza, dos quais apenas 81 mil (0,13% do total) tinham sido removidas até a metade de outubro. Para efeito de comparação, o volume é maior do que a deixada na guerra da Rússia contra a Ucrânia, ainda segundo estimativa das Nações Unidas, apesar de o conflito ter começado antes e de a fronteira ser bem mais extensa no caso do Leste Europeu.

    Cerca de 15% desse material pode estar contaminado por substância perigosas, incluindo resíduos industriais, metais pesados e amianto, um mineral tóxico que pode ser inalado quando as fibras microscópicas são liberadas ao ar, algo comum durante as demolições.

    Os riscos ambientais, portanto, são fatores de grande preocupação para a reconstrução, diz Jamon Van Den Hoek, professor associado de Geografia na Universidade do Estado de Oregon, nos EUA.

    Autor de projeto que mapeou as edificações atingidas no território, ele diz que a infraestrutura fundamental para a sobrevivência deve ser bem estabelecida antes que investimentos sejam alocados para qualquer projeto de reconstrução em larga escala. Isso inclui acesso à água e à eletricidade.

    Em paralelo, a recuperação do ecossistema é tida como essencial para a melhora imediata das condições de saúde e de segurança alimentar dos palestinos. Relatório do Unep, o programa ambiental da ONU, aponta que o colapso das estações de esgoto, a destruição das redes de encanamento e o uso de fossas sépticas improvisadas agravaram a contaminação do aquífero que abastece a população.
    Os danos provocaram crise hídrica, comumente relacionada ao aumento de doenças infecciosas. Casos de diarreia aguda, por exemplo, aumentaram 36 vezes desde o começo do conflito.

    A destruição também compromete a segurança alimentar: Gaza perdeu 97% das árvores e 82% das plantações, tornando impossível a produção de alimentos em larga escala. O colapso agrícola ocorre num contexto de crise humanitária severa, com mais de 500 mil pessoas em situação de fome.

    Em projetos de reconstrução, a ONU aponta como urgente a restauração dos sistemas de água e de saneamento, bem como a remoção de entulhos, para conter doenças e evitar novas contaminações. Numa etapa posterior, mas ainda no curto prazo, orienta limpezas em áreas rurais e monitoramento da qualidade dos alimentos; para o médio e o longo prazos, elenca entre as medidas necessárias o uso sustentável dos recursos hídricos, com técnicas de dessalinização, para recuperar o aquífero local.

    Já a remoção da maior parte das munições não detonadas levará de 20 a 30 anos, segundo Nick Orr, da Humanity & Inclusion, ONG com sede na França. Ainda assim, o trabalho não estará completo. “O material está no subsolo. Vamos encontrá-lo por gerações.”

    Não há definição sobre quando a reconstrução terá início nem quem assumirá o financiamento. Países árabes, integrantes da União Europeia, Canadá e EUA já manifestaram disposição em contribuir.

    Seja como for, Zaha Hassan, advogada e pesquisadora sênior da Fundação Carnegie, afirma que a estimativa de US$ 70 bilhões da ONU é conservadora. “Não tivemos uma avaliação real do terreno”, diz.

    “Há enorme necessidade de ajuda imediata. De 5% a 8% da população foi morta ou mutilada. Como remover os escombros, cujo processo levará décadas? E onde depositá-los? Como recolher os 10 mil corpos que, acredita-se, estão sob os escombros? Será necessário bem mais do que levar tratores”, afirma.

    Ações ambientais prioritárias na reconstrução de Gaza, segundo a ONU

    Medidas mais urgentes
    Priorizar a reconstrução dos sistemas de abastecimento de água e sanitários para minimizar surtos de doenças; Fazer a remoção de entulhos para facilitar a entrega de ajuda humanitária e o acesso à infraestrutura essencial; Estabelecer locais adequados para armazenamento temporário e descarte de entulhos, incluindo resíduos perigosos; Fazer triagem e o descarte seguro de entulhos contaminados e resíduos perigosos, incluindo amianto e metais pesados; Medidas para curto prazo

    Trabalhos de limpeza em áreas rurais, a fim de diminuir a contaminação na cadeia alimentar; Monitorar a qualidade da água e dos alimentos para orientar restrições e ações corretivas; Desenvolver estratégias para gestão de entulhos e resíduos; Implementar programa de reciclagem de entulhos em larga escala, minimizando impactos ambientais; Medidas para médio e longo prazos

    Planejar a utilização sustentável da água, inclusive com técnicas de dessalinização, para permitir a recuperação do aquífero local; Instalar redes de distribuição de água a partir de fontes de produção locais e transfronteiriças, com baixas taxas de vazamento e sistemas adequados de operação e manutenção; Desenvolver sistema de descarte de resíduos sólidos, incluindo sistemas de coleta, aterros sanitários e infraestrutura para reciclar e reutilizar materiais; Estabilizar e preencher túneis subterrâneos que ameaçam a estabilidade acima do solo; Fonte: Programa ambiental das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês)

    Reconstrução de Gaza exigirá quase metade de valor transferido para reerguer Europa após 2ª Guerra