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  • César Tralli conta que manteve segredo sobre assumir o Jornal Nacional

    César Tralli conta que manteve segredo sobre assumir o Jornal Nacional

    A saída de William Bonner do Jornal Nacional promoveu uma ‘dança das cadeiras’ no jornalismo da TV Globo

    RIO DE JANEIRO, RJ (CBS NEWS) – Anunciado como novo âncora do Jornal Nacional no lugar de William Bonner, César Tralli, 54, entrou ao vivo no Mais Você desta terça-feira (2) para comentar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. Durante a participação, o atual titular do Jornal Hoje também falou sobre a nova função na emissora com Ana Maria Braga.

    A apresentadora parabenizou o jornalista e foi direta na curiosidade:”Com certeza você se preparou para isso. Nosso pessoal aqui da Globo, eu e o Brasil inteiro estamos querendo saber: você vai mudar para o Rio com a família? A Ticiane vai com a Rafa e a Manu vai virar carioca?”, perguntou.

    Tralli explicou que a decisão ainda está em discussão: “A gente está começando a conversar sobre isso”, disse ele. O apresentador contou ainda que já sabia da promoção, mas precisou guardar segredo até mesmo das filhas, Manuela – fruto do casamento com Ticiane Pinheiro – e Rafaella Justus, filha da apresentadora com Roberto Justus. “Era uma informação que tive que manter em segredo por muito tempo. Só comuniquei às minhas filhas neste fim de semana. Agora, com calma, vamos tratar de tudo isso”, afirmou.

    Ele adiantou que, num primeiro momento, vai manter a ponte aérea entre São Paulo e Rio de Janeiro. “Vai ser assim até que as coisas se ajeitem. E, se Deus quiser, elas possam ir também o quanto antes. Para mim, quanto antes, mais feliz estarei”, declarou, ressaltando que já tem colegas na Redação do Rio, mas que sentirá falta da equipe em São Paulo. “Espero não perder contato com ninguém”, completou.

    Por fim, Tralli lembrou que ainda tem compromissos no Jornal Hoje antes da mudança. “Começo no Jornal Nacional a partir de 3 de novembro. Até lá, tenho muita coisa para trabalhar e organizar na vida pessoal. Estou muito grato pela missão, sei do tamanho da responsabilidade e espero corresponder.”

    César Tralli conta que manteve segredo sobre assumir o Jornal Nacional

  • Ataque hacker desviou R$ 710 milhões, diz empresa que liga instituições financeiras ao Pix

    Ataque hacker desviou R$ 710 milhões, diz empresa que liga instituições financeiras ao Pix

    Banco Central conseguiu bloquear R$ 589 milhões, e restante do valor está coberto por seguro; criminosos exploraram acesso de fornecedores a sistema da Sinqia para furtar contas de HSBC e Artta

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Ataque cibernético na última sexta-feira (29) desviou R$ 710 milhões da Sinqia, divulgou nesta terça (2) a empresa, que conecta instituições financeiras ao sistema Pix. Os criminosos subtraíram valores de contas de pagamento instantâneo de dois clientes -o HSBC e a fintech Artta, sediada em Curitiba-, mas parte das transações foi bloqueada.

    As informações constam de formulário do conglomerado que controla a Sinqia, a empresa porto-riquenha Evertec, entregue à SEC, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos. A Evertec é uma companhia listada na bolsa de Nova York, que se declara a maior processadora de pagamentos da América Latina.

    Os dados foram obtidos por meio de análise forense contratada pela Sinqia, que, na ocasião do ataque, estava coberta por seguro contra incidentes cibernéticos, segundo as empresas vítimas dos ataques.

    Resultados preliminares da investigação forense indicam que os criminosos exploraram credenciais legítimas de fornecedores de TI da Sinqia. “A Sinqia encerrou o acesso a essas credenciais”, diz a companhia em comunicado.

    Segundo a Artta, R$ 40 milhões teriam saído de sua conta mantida junto ao BC com o intuito de liquidar pagamentos via Pix.

    Desde que comunicou o Banco Central do incidente ainda na sexta, a Sinqia está desconectada do Pix.

    No domingo (31), a provedora de serviços de tecnologia da informação (PSTI) apresentou um plano para retomada de serviços para seus dois clientes e para o BC. A proposta ainda está sob análise da autoridade monetária.

    A Sinqia atende 24 instituições, atuantes sobretudo no mercado financeiro e afetadas, por ora, pelo desligamento da empresa.

    Pessoas com acesso ao conteúdo das reuniões entre o regulador e as empresas disseram à reportagem que, do valor desviado, mais de R$ 589 milhões foram bloqueados pelo Banco Central.

    “Esforços adicionais de recuperação estão em andamento”, diz a Sinqia em nota.

    No caso da Sinqia, o alerta às autoridades ocorreu no mesmo dia e não houve um fluxo muito acima do padrão de compra de criptomoedas a curto prazo, como ocorreu no ataque bilionário à C&M Software, realizado em 30 de junho.

    Ainda de acordo com a Sinqia, o incidente se limitou à comunicação da Sinqia com o sistema Pix, e não deixou brechas para os criminosos acessarem a infraestrutura de seus clientes. A empresa também não tem indícios de que quaisquer dados pessoais tenham sido comprometidos.

    Além do Banco Central, a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo também investigam o caso, após a Sinqia registrar boletim de ocorrência na sexta. Ainda não há informações sobre os autores dos ataques nem detalhes sobre quais fornecedores tiveram suas credenciais comprometidas.

    Em nota, o HSBC afirma ter identificado transações financeiras via Pix em conta de um provedor do banco e que nenhuma conta de clientes ou de fundos foi impactada, já que as operações aconteceram exclusivamente no sistema desse provedor.

    “O banco esclarece ainda que medidas foram tomadas para bloquear essas transações no ambiente do provedor. O HSBC reafirma o compromisso com a segurança de dados e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”, diz a instituição.

    A Artta comunicou que avisará seus clientes “assim que tiver uma posição oficial ou nova atualização sobre a retomada de conexão ao sistema Pix”.

    A empresa ainda se dispôs a responder a dúvidas de clientes por meio do email suporte@artta.com.br. “Reafirmamos nosso compromisso com a transparência e com a segurança dos recursos de nossos clientes.”

    Ataque hacker desviou R$ 710 milhões, diz empresa que liga instituições financeiras ao Pix

  • Quem é Tiago Scheuer, que será o novo âncora do Hora Um

    Quem é Tiago Scheuer, que será o novo âncora do Hora Um

    A saída de William Bonner do Jornal Nacional promoveu uma ‘dança das cadeiras’ no jornalismo da TV Globo

    RIO DE JANEIRO, RJ (CBS NEWS) – Tiago Scheuer deixa a bancada do Bom Dia São Paulo para assumir a apresentação do Hora 1. A mudança, que também envolve Roberto Kovalick -até então titular do telejornal exibido de segunda a sexta, às 4h, na Globo-, ocorre após o anúncio da saída de William Bonner do Jornal Nacional, feito nesta segunda-feira (1º).

    Depois de 29 anos à frente do JN, Bonner passará a apresentar o Globo Repórter. No comando do telejornal noturno, César Tralli será o novo parceiro de Renata Vasconcellos, enquanto Kovalick seguirá para o Jornal Hoje.

    Natural de Jaraguá do Sul (SC), Scheuer nasceu em 16 de maio de 1983 e desde cedo demonstrou interesse pela área da comunicação. Formou-se em Jornalismo pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), onde estudou entre 2001 e 2005.

    Ainda na faculdade, iniciou a carreira como gerente de promoções da Rádio Transamérica, em Balneário Camboriú. Pouco depois, atuou como repórter esportivo na Record entre 2006 e 2008. Em 2010, mudou-se para a Alemanha, onde trabalhou como correspondente no canal Deutsche Welle. No retorno ao Brasil, foi repórter da afiliada da Globo em Blumenau, a RBS TV. No mesmo ano, criou o canal Viajão, dedicado a dicas e experiências turísticas.

    Contratado pela Globo em maio de 2011, Scheuer se mudou para São Paulo e participou de diferentes telejornais da emissora, como Bom Dia Brasil, Jornal Hoje e Jornal Nacional, além do Bom Dia São Paulo.

    No Instagram, onde reúne mais de 430 mil seguidores, mostra uma faceta leve e bem-humorada, autointitulando-se “estagiário de São Pedro” em referência às previsões do tempo. Apesar de discreto, compartilha bastidores do trabalho com jornalismo, reflexões, viagens, culinária e momentos pessoais, incluindo raros registros de amigos da época da faculdade e do seu cachorro caramelo, Farofa.

    Quem é Tiago Scheuer, que será o novo âncora do Hora Um

  • Lula convoca reunião virtual do Brics para discutir comércio internacional e tarifas

    Lula convoca reunião virtual do Brics para discutir comércio internacional e tarifas

    O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Indonésia e Emirados Árabes Unidos

    BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula (PT) da Silva convocou para a próxima semana uma reunião virtual do Brics para debater o sistema multilateral de comércio. O objetivo de Lula é usar o encontro para fortalecer a posição do Brasil contra o tarifaço imposto pelo presidente Donald Trump.

    Lula havia anunciado sua intenção de chamar a reunião do Brics em 13 de agosto, durante lançamento do plano de socorro para as empresas afetadas pelas sobretaxas americanas. O grupo este ano é presidido pelo Brasil.

    “Junto aos Brics vamos fazer uma teleconferência que está sendo articulada para a gente discutir o que podemos fazer para melhorar nossa relação entre todos os países que foram afetados [pelas tarifas]”, disse Lula na ocasião.

    O Brics é formado por Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Indonésia e Emirados Árabes Unidos. A Arábia Saudita foi convidada a se associar após a cúpula de Joanesburgo (África do Sul), em 2023, mas nunca respondeu oficialmente -ainda assim tem participado de reuniões do bloco.

    Entre os sócios do Brics, o Brasil e a Índia são os mais afetados pelas tarifas de Trump, ambos com 50%.

    De acordo com pessoas a par dos preparativos, a videoconferência não será especificamente sobre as tarifas de Trump, mas sobre multilateralismo e o sistema internacional de comércio. A ideia é coordenar posições entre os integrantes para importantes fóruns internacionais que ocorrem nos próximos meses, como a Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em setembro.

    Trump impôs tarifas de 50% sobre o Brasil -com uma ampla lista de exceções- e condicionou qualquer negociação ao fim do julgamento por golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Tanto o Palácio do Planalto como o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitam essa exigência.

    Além das tarifas, Trump aplicou sanções contra autoridades brasileiras, entre elas o ministro do STF Alexandre de Moraes -incluído na Lei Magnitsky, que limita operações financeiras que envolvam empresas americanas.

    Também foram cassados vistos do ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça, e de familiares de Alexandre Padilha, ministro da Saúde, além dos de técnicos que trabalharam no programa Mais Médicos.

    Parte da estratégia de reação de Lula tem sido intensificar o diálogo com outros sócios do Brasil, entre eles membros do Brics. Logo depois da imposição do tarifaço ele realizou chamadas telefônicas com os líderes da Índia, Narendra Modi, da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin, entre outros.

    Lula convoca reunião virtual do Brics para discutir comércio internacional e tarifas

  • Gonet diz que deixar de reprimir tentativas de golpe aumenta ímpetos de autoritarismo

    Gonet diz que deixar de reprimir tentativas de golpe aumenta ímpetos de autoritarismo

    Gonet se manifesta no primeiro dia de julgamento de Bolsonaro e dos outros sete réus do núcleo central da trama golpista; Moraes abriu a sessão com a leitura do relatório do processo

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, disse nesta terça-feira (2) que um Estado deve reprimir tentativas de golpe para evitar um aumento de ímpetos autoritários, ao se manifestar no julgamento que pode levar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à condenação por crimes que chegam a uma pena superior a 40 anos de prisão.

    Gonet se manifesta no primeiro dia de julgamento de Bolsonaro e dos outros sete réus do núcleo central da trama golpista, após a leitura do relatório do processo pelo ministro do STF Alexandre de Moraes.

    “Não reprimir criminalmente tentativas dessa ordem [golpista], como mostram relatos de fato aqui e no estrangeiro, recrudesce ímpetos de autoritarismo e põe em risco o modelo de vida civilizado”, disse Gonet.

    “Não se pode admitir que se puerilizem as tramas urdidas e postas em prática por meios de atos coordenados e sucessivos conducentes à perturbação social, à predisposição a medidas de força desautorizadas constitucionalmente, à restrição dos Poderes constitucionais e à ruptura com preceitos elementares da democracia, como o respeito à vontade do povo, expressa nos momentos eleitorais.”

    Antes de Gonet, Moraes abriu o julgamento com uma fala dura, em que cita “pressões internas ou externas” e tentativas de coação à corte durante o processo, afirmando ainda que a pacificação é um desejo de todos, mas que não pode ser alcançada com covardia ou impunidade.

    A PGR (Procuradoria-Geral da República) tem duas horas para expor os motivos pelos quais os réus deveriam ser condenados pelas acusações de tentarem um golpe de Estado após a derrota de Bolsonaro para o presidente Lula (PT), em 2022.

    Ele disse, em discurso introdutório, que em julgamento a “democracia assume a sua defesa ativa contra a tentativa de golpe apoiada em violência ameaçada e praticada”.

    Também disse que, ao julgar esses casos, “a defesa da ordem democrática acha espaço para se reafirmar, avantajar e dignificar”.

    Em seu discurso, nesses casos, crime tentado é crime consumado -fazendo um contraponto às defesas dos réus, que afirmam que não houve golpe de Estado ou tentativa.

    O PGR disse que a denúncia da trama golpista “não se baseou em conjecturas ou suposições frágeis, os próprios integrantes da organização criminosa fizeram questão de documentar quase todas as fases da empreitada”.

    Ele destacou que diversos atos praticados pelos réus configuram violência e grave ameaça, como as blitzes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) e a reunião de Bolsonaro com os chefes das Forças Armadas.

    “Se qualifica no domínio do termo ‘violência’ a convocação de responsáveis por tropas militares para ultimar medidas de quebra da Constituição. A incitação ao movimento de repúdio ao resultado eleitoral, minuciosamente concatenada por longo tempo, acolhia a violência física que efetivamente se deu e de modo crescente a partir do resultado das urnas de 30 de outubro de 2022”, disse.

    Segundo Gonet, os ataques de 8 de janeiro foram o “apogeu violento desses atos”. A fala do PGR também tenta esvaziar parte da alegação das defesas que a tentativa de golpe de Estado só pode ser condenada se houver violência ou grave ameaça.

    “O 8 de janeiro de 2023, se não terá sido objeto ou objetivo principal do grupo, passou a ser desejado ou incentivado quando se tornou a derradeira opção disponível”, disse.

    Sua manifestação reitera argumentos do Ministério Público de que o ex-presidente deve ser condenado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio público e deterioração do patrimônio tombado.

    Depois da manifestação de Gonet, as defesas dos acusados passam a se posicionar, cada uma com o tempo máximo de uma hora. A primeira defesa a se manifestar é a do tenente coronel Mauro Cid, que foi ajudante de ordens de Bolsonaro.

    Ele é o primeiro porque firmou acordo de delação premiada. Em seguida, as demais defesas serão apresentadas por ordem alfabética dos réus.

    O julgamento tem a previsão de durar até o dia 12 de setembro. O primeiro voto, do relator Moraes, só deve acontecer na próxima terça-feira (9).

    Em seguida, votam os demais integrantes da primeira turma: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

    Bolsonaro foi denunciado pela PGR no dia 18 de fevereiro, sob acusação de liderar a tentativa de golpe de Estado após a derrota em 2022.

    Além de Bolsonaro, outras 33 pessoas foram denunciadas, entre eles o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de 2022 e, atualmente, está preso preventivamente.

    A denúncia é julgada por núcleos, e o que envolve Bolsonaro é o considerado o mais importante deles. No fim de março, a Primeira Turma do STF recebeu a denúncia e tornou réus o ex-presidente e os demais acusados desse núcleo.

    Ao apresentar as alegações finais no processo, em julho, Gonet disse que “todos os personagens do processo em que a tentativa do golpe se desdobrou são responsáveis pelos eventos que se concatenam entre si”.

    A manifestação do procurador-geral da República acontece uma semana após ele ter sido indicado por Lula para ocupar o cargo por mais dois anos.

    Na Presidência, Bolsonaro acumulou uma série de declarações golpistas às claras, provocou crises entre os Poderes, colocou em xeque a realização das eleições de 2022, ameaçou não cumprir decisões do STF e estimulou com mentiras e ilações uma campanha para desacreditar o sistema eleitoral do país.

    Após a derrota para Lula, incentivou a criação e a manutenção dos acampamentos golpistas que se alastraram pelo país e deram origem aos ataques do 8 de Janeiro.

    Nesse mesmo período, adotou conduta que contribuiu para manter seus apoiadores esperançosos de que permaneceria no poder e, como ele mesmo admitiu publicamente, reuniu-se com militares e assessores próximos para discutir formas de intervir no TSE e anular as eleições.

    Gonet diz que deixar de reprimir tentativas de golpe aumenta ímpetos de autoritarismo

  • Defesas tiveram amplo e integral acesso ao processo, diz Moraes em relatório

    Defesas tiveram amplo e integral acesso ao processo, diz Moraes em relatório

    As declarações foram feitas antes de Moraes começar a leitura do relatório da ação penal sobre a trama golpista na manhã desta terça-feira (2)

    O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação penal da tentativa de golpe de Estado no Supremo Tribunal Federal (STF), deu início à leitura de seu relatório sobre o caso dando destaque ao amplo e integral acesso que as defesas do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos outros sete réus, aliados do ex-chefe do Executivo, tiveram ao processo. Moraes ponderou que os advogados que representam os processados tiveram acesso às mesmas provas que o Ministério Público Federal, que denunciou Bolsonaro e seus ex-auxiliares. O relator também destacou que a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, foi firmado dentro da legalidade.

    “O devido processo legal configura dupla proteção ao indivíduo, atuando tanto no âmbito material e proteção ao direito de verdade quanto no âmbito formal, ao assegurar qualidade total de condições com estado persecutor e plenitude de defesa”, destacou o ministro ao ler a ementa de seu relatório.

    Moraes listou e resumiu, passo a passo, a instrução do processo, citando datas de pedidos e decisões, assim como lembrando de oitivas. O ministro destacou que 54 testemunhas foram ouvidas no curso do processo: quatro de acusação e 50 de defesa. Também foi citada a abertura da investigação contra o deputado Eduardo Bolsonaro por tentativa de obstrução da ação penal do golpe.

    Defesas tiveram amplo e integral acesso ao processo, diz Moraes em relatório

  • Morre o jornalista Mino Carta, fundador da Carta Capital, aos 91 anos

    Morre o jornalista Mino Carta, fundador da Carta Capital, aos 91 anos

    Aos 91 anos, ele lamentava a submissão da profissão às redes sociais

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – O jornalista Mino Carta, fundador da revista Carta Capital, morreu nesta terça-feira (2), aos 91 anos. Ele estava internado havia duas semanas na UTI do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

    “Há um ano, Mino lutava contra os problemas de saúde, em idas e vindas do hospital”, informou a Carta Capital, em publicação no início da manhã desta terça.

    Além da Carta Capital, fundada em 1994, o jornalista participou das criações das revistas Quatro Rodas, Veja e IstoÉ.

    Mino Carta nasceu em Gênova, na Itália, e veio para o Brasil após a Segunda Guerra Mundial.

    Em 1951 ele entrou na Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), mas não chegou a concluir o curso.

    Aos 27 anos, ao aceitar um convite de Victor Civita para dirigir a Quatro Rodas, da editora Abril, descobriu a vocação para criar e liderar publicações.

    Além das revistas, fez parte da equipe que criou o Jornal da Tarde, em 1966, e fundou o Jornal da República, em 1979, ao lado de Cláudio Abramo.

    Morre o jornalista Mino Carta, fundador da Carta Capital, aos 91 anos

  • Lindbergh Farias diz não ver espaço para anistia: "É inconstitucional"

    Lindbergh Farias diz não ver espaço para anistia: "É inconstitucional"

    O líder do PT também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, por declarações favoráveis à anistia

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou nesta terça (2) que não vê espaço para anistia mesmo após o julgamento sobre a trama golpista. Além do petista, outros deputados da base aliada do governo Lula (PT) compareceram ao Supremo Tribunal Federal.

    “A gente não aceita discussão sobre anistia. Esse debate vai existir essa semana, mas vai crescer depois do julgamento. Vi a fala do ministro Barroso, mas pelas decisões que existem no STF não achamos que existe espaço nenhum. É inconstitucional”, afirmou Lindbergh, na entrada do STF para acompanhar o julgamento.

    O deputado também criticou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aliado de Bolsonaro, por declarações favoráveis à anistia.

    “Tarcísio agora começou a ser o defensor da anistia. A pessoa que diz que vai dar o indulto. No momento em que vai acontecer o julgamento do Supremo, isso parece até provocação. São declarações infelizes.”

    Outros petistas foram às redes sociais na manhã desta terça para comentar o início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus da trama golpista.

    A ministra Gleisi Hoffmann (Relações Institucionais) afirmou que o processo representa um “encontro marcado com a democracia” e que a “Justiça terá a palavra final”.

    O líder do PT na Câmara, deputado José Guimarães (CE), celebrou o julgamento do ex-presidente e declarou: “Ninguém ficará impune por afrontar a democracia e as instituições”.

    A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ) disse, ao chegar ao Supremo, que o julgamento da trama golpista no STF é histórico e lição para o mundo. Ela acompanha da corte o julgamento que pode condenar Bolsonaro a mais de 40 anos de prisão. Outros políticos também devem marcar presença.

    “Todo processo mostra que tivemos risco irreversível para a democracia no Brasil. () As instituições brasileiras reagiram, povo brasileiro reagiu”, disse a jornalistas ao chegar no local. “É uma lição realmente pro mundo”, completou.
    Ao menos dois deputados do PSOL, Pastor Henrique Vieira (RJ) e Fernanda Melcchiona (RS), também acompanham a sessão na Primeira Turma do STF.

    Os parlamentares que se credenciaram podem comparecer a todos os cinco dias de sessões na Primeira Turma do STF. No plenário do colegiado fracionado, há assentos reservados para os parlamentares que se inscreveram previamente para acompanhar o julgamento.

     

    Lindbergh Farias diz não ver espaço para anistia: "É inconstitucional"

  • Sandra Annenberg festeja nova parceria com William Bonner

    Sandra Annenberg festeja nova parceria com William Bonner

    A saída de William Bonner do Jornal Nacional promoveu uma ‘dança das cadeiras’ no jornalismo da TV Globo; Bonner assume a apresentação do Globo Repórter ao lado de Sandra Annenberg

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A jornalista e apresentadora Sandra Annenberg usou as redes sociais para festejar o anúncio de William Bonner, que em 2026 comandará com ela o Globo Repórter.

    “Querido amigo de longa data, vai ser um prazer apresentar com você o Globo Repórter! Te esperamos na nova temporada, em 2026! Seja muito bem-vindo!”, escreveu ela com uma imagem ao lado do colega no Instagram.

    Bonner contou que havia tomado a decisão de mudar de área no meio da pandemia de Covid-19. Há cinco anos, o jornalista negociava sua saída do telejornal noturno. A saída foi oficializada pela emissora em comunicado nesta segunda (1º).

    Bonner era nome de confiança da família Marinho. Por causa deles, houve uma solicitação para que a troca no Jornal Nacional fosse em um momento mais tranquilo para a política nacional e para o país como um todo.

    César Tralli vai assumir o posto a partir de novembro, mas não terá o cargo de editor-chefe. Ele terá liberdade para apurações como repórter e influência na linha editorial, mas em escala menor.

    Algo semelhante ao que aconteceu com o próprio Bonner, entre 1996 e 1999. Cristiana Souza Cruz, treinada por Bonner nos últimos anos, assume a função.

    Sandra Annenberg festeja nova parceria com William Bonner

  • Serviços crescem 0,6% e sustentam PIB positivo no 2º trimestre

    Serviços crescem 0,6% e sustentam PIB positivo no 2º trimestre

    O setor é o que mais pesa na economia do lado da oferta, respondendo por quase 70% do cálculo do PIB

    RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O setor de serviços do Brasil avançou 0,6% no segundo trimestre de 2025, na comparação com os três meses imediatamente anteriores.

    É o que apontam dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta terça-feira (2) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
    O

     resultado dos serviços ficou levemente acima do desempenho da atividade no primeiro trimestre (0,4%).

    O setor é o que mais pesa na economia do lado da oferta, respondendo por quase 70% do cálculo do PIB. Abrange uma ampla variedade de negócios.

    Dentro de serviços, o IBGE apontou crescimento nas seguintes atividades no segundo trimestre: atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,1%), informação e comunicação (1,2%), transporte, armazenagem e correio (1%), outras atividades de serviços (0,7%) e atividades imobiliárias (0,3%).

    Houve estabilidade no comércio (0%) e variação negativa em administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,4%).

    Em termos gerais, o PIB teve variação de 0,4% no segundo trimestre ante o primeiro. O cálculo indicador também inclui a indústria e a agropecuária.

    Assim como os serviços, a indústria também cresceu no segundo trimestre. A alta foi de 0,5%, após estabilidade (0%) no primeiro trimestre.

    O desempenho positivo na indústria se deve ao crescimento de 5,4% nas indústrias extrativas. Por outro lado, houve retração nas atividades de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-2,7%), indústrias de transformação (-0,5%) e construção (-0,2%).

    Já a agropecuária teve variação negativa no segundo trimestre (-0,1%). O setor havia crescido 12,3% de janeiro a março, quando é registrado o impacto mais intenso da safra de grãos.

    A produção das lavouras fechará o ano em patamares recordes, de acordo com projeções.

    Enquanto isso, serviços e indústria lidam com os efeitos dos juros elevados. A taxa Selic de dois dígitos desafia o consumo e a produção, já que o crédito fica mais caro para famílias e empresas.

    O mercado de trabalho, por outro lado, seguiu mostrando sinais de força no segundo trimestre. A geração de emprego e renda é vista como estímulo para serviços e indústria em meio ao aperto dos juros.

    A taxa de desemprego caiu a 5,8% nos três meses até junho, o menor patamar da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. Foi a primeira vez que o indicador ficou abaixo de 6%.

    Serviços crescem 0,6% e sustentam PIB positivo no 2º trimestre