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  • JBS vê chance de o Brasil entrar em novos mercados em meio às tarifas de Trump

    JBS vê chance de o Brasil entrar em novos mercados em meio às tarifas de Trump

    A JBS é a maior processadora de carnes do mundo e atualmente tem listagem dupla em Bolsa, no Brasil e nos Estados Unidos

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A sobretaxa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros poderá resultar em uma reorganização do mercado de proteína animal, abrindo caminhos para atender novos mercados, disse nesta terça-feira o CEO global da JBS, Gilberto Tamazoni, em uma conferência que discutiu, na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), as relações bilaterais de Estados Unidos e Brasil.

    Os dois países não competem no mercado de carnes e são complementares, segundo o executivo, uma vez que os produtos brasileiros são usados em outras fabricações, como é o caso dos hambúrgueres. Os Estados Unidos também têm importante indústria de carnes e exportam cerca de 25% de sua produção.

    “Se as tarifas forem mantidas, o comércio que foi de 200 mil toneladas no primeiro semestre vai cair muito. Alguém vai fornecer para os Estados Unidos”, disse Tomazoni. Para manter atendida a demanda interna, os produtores locais passarão a deixar parte da produção no mercado interno, ou será necessário buscar outros países, como é o caso da Austrália. “Vai abrir espaço para o Brasil atender esses outros países quando os vasos comunicantes se estabilizarem.”

    A JBS é a maior processadora de carnes do mundo e atualmente tem listagem dupla em Bolsa, no Brasil e nos Estados Unidos. “Com a abertura de capital, esperamos que a companhia tenha o rerate [a reprecificação]”, afirmou. A expectativa do CEO da JBS é que haja valorização da empresa nos Estados Unidos e isso aproxime o investidor daquele país.

    “Construímos essa plataforma que é diversificada por geografias e por proteínas para fazer frente aos ciclos naturais do nosso negócio”, disse. “Não foi construído para isso [elevação de tarifas], mas também serve para um caso como esse, permitir você gerenciar seus fluxos de produto e manter seu negócio crescendo, gerando caixa.”

    A diversificação de mercados foi também citada pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, para quem essa política garantiu bons resultados às contas externas. Além de um leque maior de destinos aos produtos nacionais, a maior diversidade de parceiros comerciais assegurou reservas cambiais, “funcionando como um colchão que protege o Brasil, as empresas e as pessoas nesses momentos de oscilação e disruptivos.”

    Durigan defendeu, em fala transmitida por videoconferência, que as preocupações com estabilidade no Brasil sejam vistas do ponto de vista do equilíbrio das instituições, para além das contas públicas. Segundo ele, o governo Lula tem liderado agendas de diálogo com Congresso e órgãos do Judiciário.

    O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu, na conferência na Fiesp, que o Brasil lidere uma refundação da OMC (Organização Mundial do Comércio), uma vez que, segundo o chanceler, “encontra-se em crise total, incapaz de mover-se”.

    Há alguns dias, o governo Lula acionou os Estados Unidos na OMC em reação às tarifas estabelecidas por Donald Trump. A consulta precisa ser aceita pelos americanos e a última instância da OMC está paralisada, o que deve reduzir as chances de qualquer efeito prático da ação. Entretanto, o movimento é visto no Palácio do Planalto como um gesto simbólico importante para marcar posição do Brasil em defesa do sistema multilateral de solução de disputas comerciais.

    JBS vê chance de o Brasil entrar em novos mercados em meio às tarifas de Trump

  • PGR tem 5 dias para analisar indiciamento de Bolsonaro e Eduardo

    PGR tem 5 dias para analisar indiciamento de Bolsonaro e Eduardo

    O período para manifestação da PGR terminaria na manhã desta quarta-feira (27), mas foi ampliado pelo ministro Alexandre de Moraes

    A Procuradoria-Geral da República (PGR) tem até a próxima segunda-feira, dia 1° de setembro, para se manifestar sobre o relatório da Polícia Federal (PF) que indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no inquérito do tarifaço do Estados Unidos contra o Brasil. 

    O prazo também vale para a procuradoria avaliar a manutenção da prisão domiciliar de Bolsonaro e os argumentos apresentados pelos advogados para negar o descumprimento das medidas cautelares que proíbem o ex-presidente de acessar suas redes sociais e perfis de terceiros, além das explicações sobre o pedido de asilo político à Argentina encontrado no celular de Bolsonaro durante uma busca e apreensão da Polícia Federal (PF).

    O período para manifestação da PGR terminaria na manhã desta quarta-feira (27), mas foi ampliado pelo ministro Alexandre de Moraes. Dessa forma, a procuradoria tem mais cinco dias para emitir o parecer sobre as questões. 

    A ampliação do prazo foi definida na decisão na qual Moraes determinou que a Polícia Penal do Distrito Federal realize a vigilância integral da casa do ex-presidente. 

    O monitoramento foi autorizado após o ministro receber uma cópia do pedido inicial, que foi protocolado pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). Segundo o parlamentar, o aumento da vigilância é necessário para garantir a “aplicação da lei penal” e evitar fuga. 

    PGR tem 5 dias para analisar indiciamento de Bolsonaro e Eduardo

  • CPMI convida ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS

    CPMI convida ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS

    Comissão aprova plano de trabalho por acordo entre oposição e governo

    A oposição e o governo entraram em acordo, nesta terça-feira (26), para aprovar o plano de trabalho da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das fraudes do INSS, que foram estimadas em R$ 6,3 bilhões. Também por acordo, a comissão elegeu para vice-presidente o deputado Duarte Jr (PSB-MA).

    Aprovado em votação simbólica, o plano de trabalho fixou que a investigação vai se limitar aos fatos ocorridos a partir de 2015, englobando o 2º governo de Dilma Rousseff; de Miguel Temer; de Jair Bolsonaro e do atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

    A CPMI aprovou ainda, por acordo, requerimentos para convidar, ou convocar, para prestar esclarecimentos à Comissão, por ordem cronológica desde 2015, todos os ex-ministros da Previdência; ex-presidentes do INSS, diretores de benefícios; presidentes da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev); bem como todos os presidentes das entidades associativas acusadas dos desvios. 

    Também foi aprovada a convocação do chamado “Careca do INSS”, o Antônio Carlos Camilo Antunes, assim como do empresário Maurício Camisotti, apontado pela Polícia Federal como possíveis operadores do esquema de fraudes no INSS. A CPMI ainda aprovou pedido para ter acesso à íntegra das investigações em curso.

    Ao todo, foram apresentados mais de 950 requerimentos com pedidos de informação, convocações, quebra de sigilos bancários e telefônicos, entre outros. Desses, 34 foram aprovados em bloco por acordo entre governo e oposição.

    Com isso, o primeiro a ser ouvido na próxima sessão da CPMI na quinta-feira (28) é o delegado da PF responsável pelo inquérito, Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.

    O relator

    O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), justificou que, apesar de existirem notícias de fraudes desde 1994, é necessário uma delimitação temporal que permita bons resultados na investigação.

    “A fixação desse recorte temporal responde a princípios constitucionais e processuais fundamentais, tais como a segurança jurídica, a proporcionalidade e a celeridade, uma vez que investigações sem limite temporal geram incerteza jurídica”, escreveu o relator.Apesar de ter maioria na CPMI, o governo deixou que a oposição elegesse o presidente e o relator da comissão ao não comparecer em peso na sessão passada. O relator Alfredo Gaspar reconheceu que é de direita e tem “consideração” pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. 

    “Aqui não existe ninguém imparcial no âmbito político. Vamos deixar isso bem claro. O que nós vamos medir é se as nossas preferências políticas, se as nossas divergências ideológicas irão atrapalhar no que interessa: a busca da verdade, diante dos fatos e dos documentos”, defendeu o parlamentar

    Já o presidente da Comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), apesar de ser da oposição, disse que “todos os governos serão alvos da nossa apuração”.

    “O nosso trabalho não é simples, devemos apurar com cautela e coragem todos os responsáveis pelos desvios nas aposentadorias e pensões, devemos igualmente apontar meios para que esse tipo de prática nunca mais ocorra”, disse.

    Vice-presidência

    Também por acordo entre governo e oposição foi aprovado o nome para vice-presidência da CPMI do INSS. Foi eleito o deputado federal Duarte Jr. (PSB/MA), que agradeceu o apoio dos colegas para o posto.

    “Nós não estamos aqui para conservar bandidos de estimação. Nós estamos aqui para investigar, nós estamos aqui para dar a resposta devida, doa a quem doer. Não importa se quem cometeu crimes é da direita ou da esquerda; se cometeu crimes, cabe a nós investigar e garantir a punição”, disse.

    Plano de trabalho

    O plano de trabalho organiza a investigação em seis eixos temáticos. São eles:

    • 1 – Mapeamento do Esquema Fraudulento e Modus Operandi. “Caberá a esta Comissão investigar o funcionamento detalhado do esquema fraudulento, incluindo métodos de falsificação de assinaturas e fraude em consentimentos para descontos em folha”, escreveu o relator.
    • 2 – Identificação e Responsabilização dos Envolvidos. ”Esta Comissão deve apurar o papel de todos os responsáveis pela operacionalização de várias organizações criminosas que atuaram de forma sistemática para retirar dinheiro do povo”, diz o plano de trabalho.
    • 3 – Impacto nas vítimas e no erário. “Deve-se ainda quantificar os danos individuais e coletivos, como subtração de renda essencial para sobrevivência de aposentados e pensionistas, propondo-se mecanismos de reparação e restituição integral com perdas e danos”, diz o documento aprovado.
    • 4 – O caminho do dinheiro. “Um desvio de recursos da ordem de R$ 6,3 bilhões segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), esse é o tamanho aproximado do roubo aos aposentados e pensionistas da nação. Nesse prisma, nada mais importante do que seguir o dinheiro surrupiado das vítimas, conhecer e punir seus verdadeiros destinatários”, diz o texto.
    • 5 – Análise de falhas institucionais e dos mecanismos de controle. “Serão verificados os motivos que levaram ao fato de denúncias junto ao próprio INSS sobre descontos indevidos terem sido reiteradamente ignoradas ao longo dos anos pelos diretores e presidentes”, afirma o plano de trabalho da CPMI
    • 6 – Medidas preventivas e de aperfeiçoamento legislativo. “Poderão ser propostas iniciativas legislativas e recomendações visando o fortalecimento dos mecanismos de transparência e controle, com o objetivo de restaurar a confiança pública nas instituições governamentais”, completa o texto.

    CPMI convida ex-ministros da Previdência e ex-presidentes do INSS

  • Preço da manga, afetada por tarifas de Trump, cai 21% no Brasil, maior recuo mensal desde 2007

    Preço da manga, afetada por tarifas de Trump, cai 21% no Brasil, maior recuo mensal desde 2007

    A queda mensal de quase 21% é a maior desde setembro de 2007, quando a baixa havia sido de 25,04%

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Os preços da manga para o consumidor brasileiro tiveram deflação (queda) de 20,99% em agosto. É o que apontam dados do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) divulgados nesta terça (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

    A queda mensal de quase 21% é a maior desde setembro de 2007, quando a baixa havia sido de 25,04%. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou os dados nesta terça-feira (26).
    Ao longo da série histórica, a manga já mostrou deflação em meses de agosto. Parte dos alimentos costuma apresentar movimento semelhante devido à ampliação da oferta no início do segundo semestre, a partir de melhores condições de produção.

    No caso da manga, há um fator adicional neste ano. A fruta é uma das mercadorias que não escaparam do tarifaço do governo Donald Trump, que entrou em vigor em agosto. A sobretaxa a exportações gerou expectativa de maior oferta interna no Brasil.

    Conforme a economista Claudia Moreno, do C6 Bank, é possível que a guerra comercial tenha gerado impactos no IPCA-15.

    Nesse sentido, ela destaca as reduções registradas por carnes (-0,94%) e frutas (-1,32%) no índice de agosto. As carnes também não escaparam das tarifas americanas.

    Outros produtos afetados pela medida são os pescados, cujos preços recuaram 0,14% no IPCA-15 de agosto, destaca Claudia. A queda, porém, foi menos intensa do que a observada no índice de julho (-2,03%).

    “Então, se teve algum efeito [nos pescados], ele já aconteceu e deve estar retornando”, diz a economista.

    Por ser divulgado antes, o IPCA- 15 sinaliza uma tendência para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o indicador oficial de inflação do país. Uma das diferenças entre os dois é o período de coleta das informações pelo IBGE.

    A apuração dos preços do IPCA-15 ocorre entre a segunda metade do mês anterior e a primeira metade do mês de referência. No caso do índice de agosto, a coleta foi realizada de 16 de julho a 14 de agosto.

    Já a apuração do IPCA se concentra no mês de referência. Por isso, o resultado de agosto ainda não é conhecido. Será divulgado em 10 de setembro.

    A variação dos preços da manga é calculada pelo IBGE em oito capitais e regiões metropolitanas. Em agosto, a fruta foi um dos produtos responsáveis pela queda nos preços da alimentação no domicílio (-1,02%).

    A maior deflação da manga foi registrada em Belo Horizonte (-31,61%). A menor baixa ocorreu em São Paulo (-9,77%).

    Com a indefinição gerada pelo tarifaço de Trump, o setor de frutas chegou a indicar risco de que mangas estragassem no pé, porque não haveria mercado para elas em outro país, e nem mesmo no Brasil, já abastecido, como noticiou a coluna de Mônica Bergamo em julho.

    Preço da manga, afetada por tarifas de Trump, cai 21% no Brasil, maior recuo mensal desde 2007

  • Lula critica suspensão do visto americano de Lewandowski

    Lula critica suspensão do visto americano de Lewandowski

    “Essas atitudes são inaceitáveis, não só contra Lewandowski, mas contra os ministros da Suprema Corte, contra qualquer personalidade brasileira”, disse Lula

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstrou nesta terça-feira, 26, solidariedade ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, que, segundo ele, teve seu visto americano revogado por decisão do governo dos Estados Unidos.

    “Essas atitudes são inaceitáveis, não só contra Lewandowski, mas contra os ministros da Suprema Corte, contra qualquer personalidade brasileira”, disse. A declaração foi feita na abertura da reunião ministerial nesta terça.

    Em referência ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o presidente Lula afirmou não conhecer, na história do Brasil, “um cidadão que negue a sua pátria e insufle ódio de governantes americanos contra o seu próprio País”.

    Segundo Lula, o parlamentar já deveria ter sido expulso da Câmara por, de acordo com ele, incitar os Estados Unidos contra o Brasil “com base em mentiras”.

    “Não existe nada que possa ser mais grave que uma família inteira ter um filho custeado pela família, um cidadão que já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados, insuflando com mentiras e com hipocrisia outro Estado contra o Estado nacional do Brasil. Isso é inexplicável. Vamos ter que fazer disso uma frente de batalha no campo da política, não é o campo do governo, para que a gente possa fazer que este País seja respeitado”, disse.

    Lula acrescentou que o que está acontecendo hoje com o Brasil, envolvendo a família do ex-presidente Jair Bolsonaro, “é uma das maiores traições à pátria”. O presidente reforçou que é importante que cada ministro, em suas falas, destaque a soberania do País.

    Governo distribui boné em reunião

    Na reunião, o governo distribuiu aos ministros bonés azuis com a frase “O Brasil é dos brasileiros”. A estética copia o movimento MAGA (Make America Great Again, ou “Fazer os Estados Unidos grandes novamente”, em tradução livre), de Donald Trump.

    Lula usou o boné no início da reunião e os demais ministros acompanharam o chefe do Executivo. Ao fim do trecho que foi televisionado – depois da fala do ministro da Casa Civil, Rui Costa – Lula e os ministros já não usavam mais o boné.

    Lula critica suspensão do visto americano de Lewandowski

  • SpaceX tentará lançar o foguete Starship nesta terça-feira (26)

    SpaceX tentará lançar o foguete Starship nesta terça-feira (26)

    O Starship, maior foguete já construído, é formado pelo propulsor Super Heavy (o primeiro estágio) e pela nave Starship

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A SpaceX voltará a tentar lançar o Starship. O décimo teste está agendado para a noite desta terça-feira (26), a partir da Starbase, no Texas, Estados Unidos. A janela de lançamento abre às 20h30 e se estende até as 21h30.

    As duas tentativas anteriores tiveram de ser suspensas. Nesta segunda-feira (25), o foguete estava pronto para fazer seu voo, porém o mau tempo impediu que deixasse o solo. Um dia antes, no domingo (24), o motivo foi um vazamento de oxigênio líquido na plataforma.

    O Starship, maior foguete já construído, é formado pelo propulsor Super Heavy (o primeiro estágio) e pela nave Starship. O nome Starship também é utilizado para se referir ao veículo como um todo, quando os dois estágios estão juntos.

    O veículo é essencial não só para os planos de Elon Musk mas para a Nasa. O bilionário pretende utilizá-lo para chegar a Marte e, também, para expandir a rede de satélites Starlink, seu serviço de internet de banda larga. A agência espacial americana, por sua vez, depende do foguete para levar humanos novamente à Lua, na missão Artemis 3, prevista para maio de 2027.

    Os últimos lançamentos, no entanto, não foram animadores. Houve falhas nos três voos deste ano, além de uma explosão do segundo estágio durante um teste estático dos motores em uma plataforma da Starbase.

    A empresa de Musk afirmou ter feito modificações no veículo com base em investigações nos incidentes recentes, para que os problemas não se repitam.

    No décimo teste, a ideia é que o foguete faça a separação dos estágios a dezenas de quilômetros de altitude, com seu propulsor Super Heavy retornando para um pouso na água na costa do Texas, enquanto a nave Starship seguirá rumo ao espaço.

    No espaço, a nave Starship tentará implantar imitações dos satélites Starlink e reacender um motor ao longo de sua trajetória suborbital ao redor do globo. A reentrada atmosférica sobre o oceano Índico testará suas aletas de direção externas e uma série de telhas experimentais de escudo térmico enquanto a nave atravessa intensa fricção e calor.

    SpaceX tentará lançar o foguete Starship nesta terça-feira (26)

  • Presidente de CPI ameaça suspender acesso de jornalista que fotografar tela de celular

    Presidente de CPI ameaça suspender acesso de jornalista que fotografar tela de celular

    A CPI foi criada por causa do escândalo de descontos irregulares em aposentadorias e outros benefícios previdenciários

    BRASÍLIA, DF (CBS NEWS) – O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), ameaçou suspender o acesso às reuniões do colegiado a veículos de comunicação que publicarem informações que ele considera serem particulares de integrantes da comissão de inquérito.

    Ele se refere, por exemplo, a fotos de telas dos celulares ou de computadores de deputados ou senadores, bem como de documentos que eles venham a ler durante as reuniões. Viana se tornou conhecido do público de Minas Gerais como jornalista em emissoras de TV.

    “As informações particulares de celulares de parlamentares, computadores de parlamentares, as imagens que forem consideradas dentro da lei de proteção de dados individuais, se forem publicadas, serão motivos para suspensão das credenciais. Isto não será aceito nesta comissão e eu não estou falando de informações públicas”, afirmou Viana.

    Viana foi questionado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA).

    “A sua colocação sobre a imprensa me trouxe uma certa preocupação”, disse ela. “A imprensa tem livre abertura de fazer suas publicações e suas divulgações. Aqui, se alguém quer se precaver, é o parlamentar. A gente não pode criar uma certa, diria até censura ou mordaça, para esses jornalistas”, declarou a senadora. Segundo Eliziane, quem quiser ler documentos sigilosos, por exemplo, deve ir a um local reservado.

    As reuniões da CPI são em uma das salas do Senado e têm acesso controlado. Podem entrar deputados, senadores, assessores e outros interessados, além de jornalistas credenciados.

    Foi por meio de uma foto de tela de celular, por exemplo, que a Folha mostrou que o ex-presidente do Banco Central Roberto Campos Neto manteve-se em um grupo de WhatsApp do primeiro escalão do governo de Jair Bolsonaro (PL) mesmo depois de perder o status de ministro.

    “O que falta no Brasil é cultura de transparência. Em outros países, absolutamente tudo o que acontece no Parlamento é considerado público. No Brasil, muitos parlamentares acham que suas relações internas ali são privadas, e não são”, disse a presidente da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo), Katia Brembatti.

    “Quem deve cuidar de como se comunica, se é que está fazendo alguma coisa que excede o âmbito parlamentar, deveriam ser os próprios parlamentares”, afirmou Brembatti.

    A reportagem perguntou à assessoria de Viana se gostaria de explicar a fala do senador, e ela disse que a informação é a expressada por ele. A equipe do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também foi procurada pela reportagem, mas não se manifestou.

    Em 2023, o presidente da CPI do 8 de Janeiro, que investigou os ataques às sedes dos Poderes, deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), tomou decisão parecida.

    Maia proibiu profissionais da imprensa de capturar “imagens [na CPI] de conteúdo privado de terceiros sem autorização”. Também quis impedir jornalistas de divulgar informações “privadas ou classificadas como confidenciais” pela comissão “sem expressa autorização”.

    Depois, o presidente recuou parcialmente. Além disso, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux restituiu ao fotógrafo que havia sido prejudicado pela medida de Maia o direito de acompanhar a CPI do 8 de Janeiro.

    A reunião desta terça-feira foi a primeira reunião da CPI depois da instalação, quando Viana foi eleito presidente depois de um descuido do governo. O Planalto queria que o senador Omar Aziz (PSD-AM), seu aliado, fosse escolhido para comandar a investigação.

    Eleito, Viana escolheu o deputado de oposição Alfredo Gaspar (União Brasil-AL) como relator da comissão.

    A presidência é um cargo estratégico porque define a pauta das reuniões. A relatoria é importante porque quem a ocupa redige o relatório final da CPI, que contém, por exemplo, indicações de eventuais indiciamentos de pessoas, e o plano de trabalho que guia a comissão de inquérito.

    A CPI foi criada por causa do escândalo de descontos irregulares em aposentadorias e outros benefícios previdenciários. A oposição vislumbra, na investigação, a oportunidade de desgastar o governo Lula mais ou menos como a CPI da Covid, em 2021, desgastou a gestão de Jair Bolsonaro (PL).

    Presidente de CPI ameaça suspender acesso de jornalista que fotografar tela de celular

  • Lula critica atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e defende cassação

    Lula critica atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e defende cassação

    Presidente classifica ações de Eduardo Bolsonaro (foto) nos Estados Unidos como traição à pátria

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quarta-feira (26) que o Congresso Nacional comece a discutir a cassação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Ele pediu licença de 122 dias do mandato parlamentar em março e foi morar nos Estados Unidos, sob a alegação de perseguição política. Desde então, tem atuado junto às autoridades norte-americanas para a aplicação de sanções ao Brasil.

     
    Para Lula, o comportamento do deputado é, “possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus”.

    “Não existe nada que possa ser mais grave do que uma família inteira ter um filho custeado pela família, um cidadão que já deveria ter sido expulso da Câmara dos Deputados, insuflando com mentiras e com hipocrisias, um outro Estado contra o Estado nacional do Brasil”, disse. 

    “Nós vamos ter que fazer disso uma frente de batalha no campo da política, não é no campo do governo, para que a gente possa fazer com que esse país seja respeitado”, acrescentou Lula ao abrir a segunda reunião ministerial de 2025. Na semana passado, o ex-presidente Jair Bolsonaro e Eduardo foram indiciados pela Polícia Federal pelos crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.

    A decisão foi tomada após a PF concluir as investigações sobre a atuação de Eduardo junto ao governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para promover medidas de retaliação contra o governo brasileiro e ministros do Supremo.

    Lula critica atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA e defende cassação

  • Lula reafirma soberania e diz que Brasil não aceitará ofensas

    Lula reafirma soberania e diz que Brasil não aceitará ofensas

    Presidente Lula rebateu o presidente dos Estados Unidos Donald Trump, mas falou em disposição para negociar

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera nesta terça-feira (26) a segunda reunião ministerial de 2025. Ao citar a atual política dos Estados Unidos, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais, ele afirmou que o Brasil não aceitará “desaforo, ofensas e petulância de ninguém”. Lula orientou seus ministros a defenderem a soberania do país em seus discursos públicos.

     
    Para ele, as decisões do presidente estadunidense, Donald Trump, são descabidas.  Ainda assim, o governo brasileiro segue à disposição para negociar as questões comerciais.

    “Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fossemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém. É importante saber que o nosso compromisso é com o povo brasileiro”, disse Lula.“É importante que cada ministro, nas falas que fizerem daqui para frente, façam questão de retratar a soberania desse país. Nós aceitamos relações cordiais com o mundo inteiro, mas não aceitamos desaforo e ofensas, petulância de ninguém. Se a gente gostasse de imperador, o Brasil ainda seria monarquia. A gente não quer mais. A gente quer esse país democrático e soberano, republicano”, acrescentou.

    Lula coordena, nesta terça-feira (26), a segunda reunião ministerial do ano, no Palácio do Planalto. A fala inicial do presidente foi transmitida ao vivo pelo Canal Gov e pelas redes sociais, seguida de um balanço das ações do governo, apresentado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa.

    Exportações

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que está à frente das negociações sobre o tarifaço, também apresentou números atualizados sobre o impacto das medidas no comércio brasileiro. Segundo ele, 35,6% de tudo que é exportado pelo Brasil ao país norte-americano estão sob uma tarifa de 50%.

    O tarifaço imposto ao Brasil faz parte da nova política da Casa Branca, inaugurada pelo presidente Donald Trump, de elevar as tarifas contra parceiros comerciais na tentativa de reverter a relativa perda de competitividade da economia dos Estados Unidos para a China nas últimas décadas. No dia 2 de abril, Trump impôs barreiras alfandegárias a países de acordo com o tamanho do déficit que os Estados Unidos têm com cada nação. Como os EUA têm superávit com o Brasil, na ocasião, foi imposta a taxa mais baixa, de 10%.

    Porém, em 6 de agosto, Trump aplicou uma tarifa adicional de 40% contra o Brasil em retaliação a decisões que, segundo ele, prejudicariam as big techs estadunidenses e em resposta ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma tentativa de golpe de Estado.

    Além disso, Alckmin explicou que 23,2% das exportações ao país norte-americano são taxados de acordo com a Seção 232 da Lei de Expansão Comercial norte-americana, que é aplicada a todos os países, com exceção do Reino Unido. Para aço, alumínio e cobre, por exemplo, a tarifa é de 50%; automóveis e auto-peças são taxados em 25%.

    O restante dos 41,3% de produtos exportados aos EUA tem uma tarifa de 10%.

    Lula reafirma soberania e diz que Brasil não aceitará ofensas

  • Trump mostra interesse em dialogar ao evitar citar Lula, diz analista

    Trump mostra interesse em dialogar ao evitar citar Lula, diz analista

    Para o vice-presidente executivo da Council of the Americas, negociação pode partir de temas como big techs e imigração

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A conferência anual do Americas Society/Council of the Americas estava marcada há alguns meses para, a exemplo de outros anos, discutir a importância do comércio bilateral de Brasil e Estados Unidos. Neste ano, com as relações abaladas pela sobretaxa de 50% do segundo sobre o primeiro, o encontro ganhou outro peso.

    “É um momento delicado na relação bilateral, está difícil mesmo. Mas acho que tem um forte interesse em explorar como seria um plano de saída, uma estratégia para tentar, se não resolver, talvez melhorar as condições de negócios entre os dois países”, diz Brian Winter, vice-presidente executivo da entidade que representa empresas com atuação em toda a América Latina.

    Na avaliação dele, apesar do tensionamento causado pela imposição do tarifaço, o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, dá sinais de estar aberto ao diálogo com o Brasil. Um desses indicativos vem do fato de o americano não citar nominalmente o brasileiro ao ser referir ao país.

    “Em todas as postagens do presidente Trump, ao longo dos últimos meses, ele praticamente não mencionou o presidente Lula. O foco dele tem sido o ministro Alexandre de Moraes. Eu acho que isso é intencional e mostra o interesse em dialogar, em poupar talvez esse canal para eventualmente dialogar”, afirma.

    “Acho que essa omissão [em citar] o presidente Lula, de poupar ele da retórica, indica a possibilidade de algum tipo de diálogo.”

    A leitura sobre as intenções de Trump deve ser vistas com ressalva, diz Winter. “Todos nós viramos psicanalistas de Donald Trump ao longo dos últimos dez anos tentando interpretar as mensagens do presidente”, avalia. “Eu posso afirmar que tem interesse, em Washington, de dialogar com o governo brasileiro. Pode não ser hoje, mas eles querem ver algum tipo de diálogo.”

    Winter vê como possível um caminho de diálogo que tenha outros pontos de partida, trazendo à conversa temas que também são de interesse dos Estados Unidos, como o tratamento dispensado às big techs, a exploração de minerais críticos e terras raras e uma ajuda do Brasil no enfrentamento do que ele considera ser um desafio imigratório envolvendo cidadãos venezuelanos e haitianos.

    Esse diálogo esteve muito perto de começar, mas foi prejudicado pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deve ser novamente contaminado caso ele seja preso, algo que pode acontecer já no mês de setembro.

    Se isso se confirmar, avalia Winter, outras medidas sancionadoras podem afetar o Brasil. Trump citou a situação judicial de Bolsonaro e citou mais de uma vez em entrevistas e publicações em redes sociais o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, está nos Estados Unidos e tem trabalhado por sanções ao país como forma de pressionar o judiciário brasileiro por uma anistia no processo que julga a participação de Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro.

    Essa atenção dedicada, por Trump, ao ministro Moraes diferencia o Brasil e outros parceiros comerciais cujas relações com os Estados Unidos estão abaladas por tarifas protecionistas. Ainda assim, o vice-presidente do Council of the Americas, o caso do México merece observação.

    “Nós achávamos, em algum momento, também que a relação entre a Claudia Sheinbaum, a presidente do México, e Donald Trump seria quase impossível”, diz.

    Os problemas nas relações entre ambos eram muitos. As questões imigratórias, o déficit comercial. Trump chegou a ameaçar o país vizinho de uma ação militar para enfrentar cartéis de drogas. “Ela fez um equilíbrio difícil entre uma clara mensagem sobre a soberania nacional mexicana, mas também de entender os interesses dos Estados Unidos e tentar atender onde foi possível.”

    Volodimir Zelenski, presidente da Ucrânia, é outro lembrado por ele, depois da desastrosa reunião na Casa Branca em fevereiro. “Parecia que a relação tinha acabado. Mas não acabou.”

    “Ela [Claudia Sheinbaum] conseguiu e acho que outros líderes do mundo também conseguiram. E é um caminho. Pelo amor de Deus, não é fácil, mas também não é impossível.”

    Winter será, nesta terça (26), o anfitrião da conferência do Council of The Americas em São Paulo, realizado com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da qual participarão representantes de grandes empresas brasileiras e americanas com negócios lá e cá.

    “Em tempos difíceis, o setor privado sempre precisa fazer o papel para dar ênfase na importância da relação bilateral”, diz o jornalista e analista político. Ele lembra que pelo menos 7.000 empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos. As multinacionais e empresas americanas têm US$ 90 milhões em estoque de investimentos diretos. “É muito dinheiro, inclusive para a economia americana.”

    Na avaliação dele, é importante também que fique clara a importância do Brasil para o Sul Global, não apenas no sentido comercial. “Acho que o governo [americano], a Casa Branca, reconhece essa importância e por isso a preocupação sobre temas como as big techs, por exemplo. Não é só o mercado brasileiro que tem peso aí. Eles sabem que o Brasil tem essa capacidade de ser um trendsetter em várias coisas.”

    Nas discussões na Fiesp nesta terça estão previstas as participações do ministro Mauro Viera, das Relações Exteriores, e de Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, deve participar por videoconferência.

    Da iniciativa privada, participarão de uma mesa sobre investimentos e integração Landon Loomis, presidente da Boeing para América Latina e Caribe, Jennifer Prescott, diretora de Políticas Públicas da AWS (Amazon Web Services), Alejandro Anderlic, direitor de Relações Governamentais e Exteriores para América Latina na Salesforce, Juliana Villano, diretora de Relações Institucionais da Embraer e Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.

    Brian Winter discutirá as perspectivas dos Estados Unidos sobre a Relação Bilateral com o diplomata Tom A. Shannon Jr, ex-embaixador dos EUA no Brasil e ex-subsecretário de Estado para Assuntos Políticos.

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