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  • Brasil tem melhor renda, menor pobreza e desigualdade desde 1995

    Brasil tem melhor renda, menor pobreza e desigualdade desde 1995

    Ipea aponta avanço após crises e retomada do trabalho e da assistência

    O Brasil registrou, em 2024, os melhores resultados de renda, desigualdade e pobreza de toda a série histórica iniciada em 1995, segundo nota técnica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo foi divulgado nesta terça-feira (25) a partir de dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Ao longo de 30 anos, a renda domiciliar per capita cresceu cerca de 70%, o coeficiente de Gini (índice que mede concentração de renda) caiu quase 18% e a taxa de extrema pobreza recuou de 25% para menos de 5%.

    O progresso foi irregular, concentrado entre 2003 e 2014, e retomado com força entre 2021 e 2024. Após um ciclo prolongado de crises entre 2014 e 2021 — marcado por recessão, lenta recuperação e forte impacto da pandemia — a renda per capita atingiu seu menor patamar em uma década. A trajetória mudou a partir de 2021: em três anos seguidos, a renda média cresceu mais de 25% em termos reais, maior avanço desde o Plano Real, acompanhado de queda expressiva na desigualdade. 

    “Os resultados mostram que é possível reduzir intensamente a pobreza e a desigualdade, mas que esses movimentos também podem ser interrompidos ou mesmo revertidos por vários fatores. E que é importante combinar diferentes meios para alcançar esses objetivos fundamentais do país”, destacou Marcos Dantas Hecksher, autor do estudo ao lado de Pedro Herculano Souza.

    Os pesquisadores atribuem a melhora recente ao aquecimento do mercado de trabalho e à expansão das transferências de renda, ambos responsáveis por quase metade da redução da desigualdade e da queda da extrema pobreza entre 2021 e 2024. Programas como Bolsa Família, Benefício de Prestação Continuada, Auxílio Brasil e Auxílio Emergencial se mostraram mais efetivos após 2020.

    No entanto, o efeito das transferências perdeu força em 2023 e 2024 com o fim do ciclo de expansão, enquanto o mercado de trabalho manteve forte influência sobre os indicadores sociais.

    “As desigualdades precisam ser combatidas por meio de todas as políticas públicas. Não apenas por melhor direcionamento de gastos sociais aos mais pobres, mas também por uma distribuição mais justa dos impostos. É importante promover a produtividade do trabalho dos mais pobres e, ao mesmo tempo, reduzir a fatia dos recursos públicos que precisa ser destinada ao pagamento de juros da dívida pública aos mais ricos”, diz Hecksher.

    Em 2024, o país registrou os menores níveis de pobreza da série. Ainda assim, 4,8% da população vivia abaixo da linha de extrema pobreza (US$ 3 por dia) e 26,8% abaixo da linha de pobreza (US$ 8,30 por dia). Mais de 60% da redução da extrema pobreza entre 2021 e 2024 decorreu da melhora distributiva, segundo a decomposição apresentada pelo estudo.

    A nota técnica aponta que o avanço observado no pós-pandemia tende a perder ritmo com o encerramento da expansão das políticas assistenciais, tornando o mercado de trabalho ainda mais determinante nos próximos anos. Os autores alertam que pesquisas domiciliares tendem a subestimar rendimentos muito altos e parte das transferências sociais, o que exige cautela na leitura dos resultados.

    O documento conclui que o período recente marca uma mudança estrutural importante: depois de anos de estagnação ou retrocesso, os indicadores de renda, desigualdade e pobreza voltaram a melhorar ao mesmo tempo e de forma acelerada.

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  • EUA querem inaugurar 'era de ouro' com o Brasil, diz cônsul-geral do país em São Paulo

    EUA querem inaugurar 'era de ouro' com o Brasil, diz cônsul-geral do país em São Paulo

    Kevin Murakami disse que o governo de Donald Trump busca “inaugurar uma era de ouro entre os EUA e o Brasil” e que as negociações comerciais entre os dois países caminham em direção positiva

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Kevin Murakami, disse nesta terça-feira (25) que o governo de Donald Trump busca “inaugurar uma era de ouro entre os EUA e o Brasil” e que as negociações comerciais entre os dois países caminham agora em uma direção positiva. Há dois meses, no entanto, as tensões entre Washington e Brasília estavam em um ponto crítico, ponderou.

    Murakami, que chegou ao Brasil há pouco mais de dois meses, também convocou as empresas brasileiras a investir nos EUA e disse que os dois países não foram capazes de maximizar o potencial de suas relações no passado. “Talvez desta vez seja diferente”, afirmou durante evento realizado pela Amcham Brasil (Câmara Americana de Comércio para o Brasil).

    “Sou otimista sobre o potencial da relação entre os Estados Unidos e o Brasil. Eu estou aqui em São Paulo com uma tarefa primordial, apoiar o objetivo do governo Trump de inaugurar uma era de ouro entre os Estados Unidos e o Brasil. Muitas coisas ainda precisam acontecer para que isso aconteça, mas a relação bilateral de mais de 200 anos e nossos valores compartilhados nos fornecem uma base bem sólida”, afirmou o cônsul, em português.

    Murakami disse ainda que a influência da Amcham será mais importante que nunca no ano eleitoral de 2026 no Brasil, pois a entidade pode ajudar nos debates sobre como fortalecer o ambiente comercial aqui.

    “Especialmente no que se refere à redução do custo do Brasil e ao fomento de um ambiente regulatório mais favorável ao participante americano no setor de minerais críticos e na cadeia de suprimento de energia.”

    Murakami disse estar muito satisfeito que hoje a relação entre os dois países esteja seguindo em uma direção positiva e que ainda há muitas diferenças bilaterais a resolver, mas afirmou que todos devem se sentir encorajados pelo fato de que os presidentes Trump e Lula se reuniram, as negociações estão começando, e os Estados Unidos já ofereceram algum alívio tarifário.

    O cônsul afirmou que muitas empresas brasileiras estão escolhendo investir nos Estados Unidos e fez uma “chamada de ação” para que essas companhias aumentem seus investimentos por lá e possam crescer e chegar “ao próximo nível”.

    O cônsul disse que esteve no Brasil há 15 anos, mais ou menos na época em que fora publicada a capa da revista The Economist mostrando o Cristo Redentor decolando. “Era um momento de otimismo ilimitado sobre o potencial de nossa relação. Mas, infelizmente, não fomos capazes de maximizar o potencial de nossa relação naquela época. Talvez desta vez seja diferente.”

    “Que agora, em meio a uma economia global desafiadora, em meio a diferenças bilaterais sem precedentes, possamos encontrar uma maneira de finalmente maximizar o potencial de nossa relação para o benefício de ambos os nossos países”, afirmou.

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  • BNDES aprova R$ 1 bilhão para exportação de aeronaves da Embraer

    BNDES aprova R$ 1 bilhão para exportação de aeronaves da Embraer

    A Embraer prevê entregar entre 77 e 85 aeronaves comerciais em 2025, acima das 73 unidades de 2024. Será o terceiro ano de crescimento após as 64 entregas de 2023. Somando os segmentos de aviação executiva e defesa, a empresa entregou 206 aeronaves no ano passado, contra 181 no anterior

    RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou R$ 1,09 bilhão em financiamento para a Embraer produzir jatos comerciais destinados à exportação. O crédito será usado para cumprir cronogramas de entrega já acertados com clientes de vários países.

    A Embraer prevê entregar entre 77 e 85 aeronaves comerciais em 2025, acima das 73 unidades de 2024. Será o terceiro ano de crescimento após as 64 entregas de 2023. Somando os segmentos de aviação executiva e defesa, a empresa entregou 206 aeronaves no ano passado, contra 181 no anterior.

    “A Embraer vive um momento de crescimento, com uma carteira de pedidos recorde e um ritmo sólido de vendas, especialmente na aviação comercial”, disse, em nota, o CEO da Embraer, Francisco Gomes Neto. A carteira de pedidos da comanhia bateu recorde este ano, chegando a US$ 31,1 bilhões no terceiro trimestre.

    “O Brasil faz parte de um seleto grupo de países com capacidade de projetar, fabricar e exportar aeronaves comerciais, executivas, de defesa e agrícolas”, completou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante. “É um setor estratégico”, prosseguiu, “além de ser um elemento relevante para garantia da soberania nacional por meio dos produtos de defesa”.

    Desde 1997, o banco estatal já financiou cerca de US$ 26,3 bilhões em exportações de aeronaves da Embraer, apoiando a produção de 1.350 jatos.

    Terceira maior fabricante de aviões do mundo e líder no segmento de até 150 assentos, a Embraer mantém a maior parte das vendas no mercado externo e emprega 23,5 mil pessoas, sendo 18 mil no Brasil.

    No terceiro trimestre, anuncioiu queda de 76,4% em seu lucro líquido, que ficou em R$ 289 milhões, contra R$ 1,23 bilhão do mesmo período do ano anterior. A dirferença, porém, é contábil, já que em 2024 a empresa recebeu US$ 150 milhões de um acordo com a Boeing.

    BNDES aprova R$ 1 bilhão para exportação de aeronaves da Embraer

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  • Governo Lula veta alteração em royalties do petróleo e mudança com impacto de R$ 7 bi na conta de luz

    Governo Lula veta alteração em royalties do petróleo e mudança com impacto de R$ 7 bi na conta de luz

    Geraldo Alckmin, como presidente em exercício, vetou trechos da MP do setor elétrico que alteravam o cálculo de royalties do petróleo e compensações por cortes de energia, evitando impacto estimado de R$ 7 bilhões. O governo manteve garantias técnicas e buscou equilíbrio para conter custos na conta de luz.

    (FOLHAPRESS) – O vice-presidente Geraldo Alckmin, no exercício da Presidência da República por causa da viagem do presidente Lula à África, vetou trechos da MP (medida provisória) de reforma do setor elétrico que tratam do cálculo de royalties do petróleo e da compensação aos produtores pelas perdas com cortes na produção de energia, com custo estimado de R$ 7 bilhões.

    Os vetos, publicados no Diário Oficial da União desta terça-feira (25), haviam sido adiantados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira,

    A Folha obteve uma lista com 13 itens a serem vetados (veja abaixo).

    Em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o ministro afirmou que o trecho que revisava o preço de referência do barril de petróleo usado no cálculo dos royalties foi barrado para preservar projetos da Petrobras. “Nós resolvemos manter a firmeza e o pulso firme para que a Petrobras continue com seu papel e seu plano de investimentos”, disse.

    Os royalties são uma compensação financeira paga pelas empresas que fazem a extração do óleo. No Brasil, são distribuídos entre União, estados e municípios, com o objetivo de compensar a sociedade pela utilização do bem público, financiar investimentos em áreas como educação e saúde, além de mitigar os impactos ambientais da exploração.

    O governo federal enfrentou uma disputa interna sobre mudanças incluídas na MP pelo senador Eduardo Braga (MDB-AL), que previam a revisão do preço de referência do barril de petróleo usado no cálculo de royalties.

    Hoje, o valor é calculado mensalmente pela ANP (Agência Nacional do Petróleo). Vigora uma espécie de tabela que, na prática, acaba deixando o valor do barril abaixo do preço de mercado. Pela mudança aprovada no Congresso, o número teria como base uma média de cotações produzidas por agências internacionais de preços.

    De um lado, auxiliares do presidente defendiam a medida visando melhorar a arrecadação e fortalecer as contas públicas, com estimativa de aumento de cerca de R$ 4 bilhões a partir de 2026, como revelou a Folha.

    Do outro lado, estava o grupo que quer proteger o plano da Petrobras de investimentos. Os defensores do veto argumentaram ao presidente Lula que o debate sob o ponto de vista fiscal estava enviesado, porque a mudança afetaria o fluxo de caixa operacional da Petrobras e o repasse de dividendos e impostos ao governo federal.

    Silveira também confirmou o veto à emenda incluída de última hora pelo deputado Danilo Fortes (União-CE) na MP, que previa o repasse do ressarcimento a usinas eólicas e solares prejudicadas pelo “curtailment” (termo em inglês para corte de geração de energia) para a tarifa de energia.

    O corte de geração é determinado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) a certas unidades quando fica identificada a necessidade de se reduzir a geração de energia em determinadas circunstâncias em nome da segurança da rede. Há diferentes motivos para os cortes, como condições meteorológicas extremas, além de atrasos e problemas de capacidade em linhas de transmissão.

    Segundo a Abrace, entidade que representa empresas que são grandes consumidoras de energia, essa era a despesa mais alta da MP. O texto determinava o pagamento dos prejuízos de setembro de 2023 a dezembro de 2025, o que poderia aumentar em R$ 7 bilhões a conta de luz dos consumidores, segundo a associação, que defendeu o veto.

    O governo federal já havia avisado a parlamentares neste mês que barraria o trecho. Foi mantida, no entanto, a garantia de que as empresas produtoras serão pagas se tiverem que cortar a produção por problemas técnicos na rede.

    Silveira também afirmou que não seria vetado o trecho que prorroga a compra de energia de usinas a carvão até 2040. “Ainda precisamos dessas fontes energéticas para dar segurança ao sistema”, disse Silveira em resposta a pergunta feita pela rwpor.

    O ministro defendeu que o resultado final da MP, após os vetos, “chegou ao equilíbrio do setor elétrico”. “Nós conseguimos conter os avanços do custo de energia”, acrescentou.

    Curtailment: Foi rejeitada regra de compensação pelas perdas com cortes de energia. No entanto, o veto manteve a garantia de que as empresas produtoras serão pagas se tiverem que cortar a produção por problemas técnicos na rede.

    Leilão de baterias: Foi vetada a regra que forçava apenas quem produz energia a pagar pelos grandes sistemas de armazenamento.

    Regras de concorrência: Foi retirado o dispositivo que tornava obrigatório que os processos de concorrência do setor elétrico seguissem estritamente as diretrizes do planejamento do setor.

    Divisão de Prejuízo: O governo rejeitou um mecanismo que forçaria os produtores de energia a dividir entre si parte dos custos de quando há cortes de energia. O tema foi adiado para ser discutido depois, incluindo as regras de micro e minigeração distribuída.

    Taxas para o comércio de energia: Foi barrada a obrigação das empresas que comercializam energia (mas não a produzem) de pagar por pesquisa e eficiência energética.

    Micro e minigeração distribuída: Foi vetada a inclusão de novos custos da micro e minigeração distribuída (estimados em R$ 5 bilhões) na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE).

    Leilões isolados: Veto mantém que a realização de leilões para locais que não estão conectados à rede principal de energia seja definida pelo planejamento do setor. Também evitou uma regra específica que atribuía responsabilidade à distribuidora do Amazonas.

    Migração de grandes geradoras: Veto impede que usinas de energia que já operam no mercado livre migrem para o sistema de geração distribuída (onde as regras são diferentes).

    Punição para servidores: Foi vetada a regra que tornaria a omissão ou a falta de contratação de serviços essenciais de energia (para garantir a segurança) um ato de improbidade administrativa para o servidor público.

    Custo da TV na conta de luz: Foi rejeitada a regra que permitiria que os consumidores de energia tivessem que pagar na conta de luz pelos equipamentos de recepção de sinal de televisão aberta (“banda Ku”).

    Linha de Transmissão RO-AM: Foi retirada a obrigação de licitar de forma imediata o sistema de transmissão que ligaria Porto Velho (RO) a Manaus (AM). O veto mantém que o planejamento do setor defina as melhores alternativas para essa ligação.

    Leilões anuais: Foi vetada a regra que obrigava a realização de leilões de potência para garantir energia extra todos os anos. Agora, o governo decide quando fazer esses leilões.

    Preço do petróleo: Foi vetada uma regra que, embora aumentasse o dinheiro arrecadado pelo governo, poderia prejudicar o investimento em projetos de petróleo.

    Governo Lula veta alteração em royalties do petróleo e mudança com impacto de R$ 7 bi na conta de luz

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  • Aposentados do INSS vão receber R$ 2,8 bilhões em atrasados da Justiça; veja quem tem direito

    Aposentados do INSS vão receber R$ 2,8 bilhões em atrasados da Justiça; veja quem tem direito

    Aposentados e pensionistas que venceram ações contra o INSS receberão R$ 2,8 bilhões em atrasados neste mês, beneficiando 178,1 mil segurados em 131,3 mil processos. Os pagamentos, via RPV de até 60 salários mínimos, foram liberados pelo CJF e serão feitos conforme cronograma dos TRFs.

    (FOLHAPRESS) – Aposentados e pensionistas que derrotaram o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) na Justiça vão receber R$ 2,8 bilhões em atrasados neste mês.

    Os valores foram liberados pelo CJF (Conselho da Justiça Federal) nesta segunda-feira (24) para quitar as dívidas do governo com 178,1 mil segurados em 131,3 mil processos.

    Para receber, é preciso ter ganhado ação de concessão ou revisão de aposentadoria, pensão, auxílio ou BPC (Benefício de Prestação Continuada), sem possibilidade de recursos. A ordem de pagamento do juiz deve ser algum dia do mês de outubro.

    O pagamento é feito por meio de RPV (Requisição de Pequeno Valor), que é um atrasado de até 60 salários mínimos, o que dá R$ 91.080 neste ano. A distribuição do dinheiro por cada TRF (Tribunal Regional Federal) assim que o dinheiro é repassado pelo CJF.

    O montante liberado é maior, de R$ 3,3 bilhões, e também ações vencidas servidores públicos. Ao todo, receberão atrasados 271,8 mil beneficiários em 214.2 mil processos.

    O valor a ser depositado pode ser encontrado no campo “Valor inscrito na proposta”. Quando o dinheiro é pago, o status da consulta mostrará “Pago total ao juízo”.

    O depósito na conta será feito conforme o cronograma de cada TRF. Em geral, os tribunais levam cerca de uma semana para fazer o chamado processamento, etapa na qual são abertas contas em nome do segurado ou de seu advogado no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal.

    Para verificar se tem direito aos valores e se eles já foram liberados, os beneficiários ou seus advogados devem fazer uma consulta no site do TRF de sua região. É preciso ter o CPF do aposentado ou pensionista, ou dados do advogado, como número da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

    Em São Paulo e Mato Grosso do Sul, o TRF responsável é o da 3ª Região, e o site para consulta é o trf3.jus.br. É preciso informar seu CPF, o número da OAB do advogado da causa, ou o número do processo.

    O QUE SÃO OS ATRASADOS DO INSS?

    Os atrasados do INSS são valores retroativos pagos a quem vai ao Judiciário e vence uma ação contra o órgão previdenciário. O processo pode estar relacionado à revisão, quando o segurado prova que ganhava valor menor e tem direito a mais, ou à concessão, quando busca o reconhecimento de um direito inicial.

    Podem ser discutidos na Justiça benefícios como auxílio-doença, aposentadoria (por tempo de contribuição, por idade, por invalidez e da pessoa com deficiência) ou até mesmo o BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é uma renda assistencial.

    Esses valores são pagos em lotes mensais, conforme o mês em que a RPV foi autorizada pelo juiz, etapa também chamada de autuação ou emissão. É possível verificar a data da emissão no acompanhamento processual, após a ação virar um atrasado.

    QUEM TEM DIREITO DE RECEBER?

    Os atrasados são pagos apenas a quem ganhou a ação judicial contra o instituto, sem que haja nenhuma possibilidade de recurso. Apenas processos que já transitaram em julgado, ou seja, não têm mais possibilidade de recurso para discutir se há ou não direito àquela verba, viram atrasados.

    Receberá neste lote mensal quem venceu a ação contra o INSS, conquistou atrasados de até 60 salários mínimos e teve a ordem de pagamento emitida pela Justiça no mês de novembro de 2024.

    COMO SEI EM QUAL DATA VOU RECEBER?

    A data de pagamento dos atrasados depende de quando o juiz mandou o INSS quitar a dívida e de quando a ação chegou totalmente ao final. Os atrasados de até 60 salários mínimos, chamados de RPVs, são quitados em até dois meses após a ordem de pagamento do juiz. Valores maiores viram precatórios, que são pagos apenas uma vez por ano.

    COMO SEI SE É UMA RPV OU UM PRECATÓRIO?

    RPVs são dívidas de até 60 salários mínimos pagas com mais agilidade. O prazo legal é de até 60 dias para a quitação do atrasado. Já os precatórios federais são débitos acima deste valor, pagos apenas uma vez por ano. Os precatórios de 2025 já foram liberados

    Ao fazer a consulta no site do TRF responsável, aparecerá a sigla RPV, para requisição de pequeno valor, ou PRC, para precatório. Em geral, o segurado já sabe se irá receber por RPV ou precatório antes mesmo do fim do processo, porque os cálculos são apresentados antes.

    QUANTO FOI LIBERADO POR CADA TRF?

    TRF da 1ª Região (sede no DF com jurisdição: DF, GO, TO, MT, BA, PI, MA, PA, AM, AC, RR, RO e AP)
    – Geral: R$ 1.059.150.534,45
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 896.431.990,64 (44.420 processos com 53.753 beneficiários)

    TRF da 2ª Região (sede no RJ com jurisdição: RJ e ES)
    – Geral: R$ 307.639.737,81
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 225.145.988,54 (9.888 processos com 14.460 beneficiários)

    TRF da 3ª Região (sede em SP com jurisdição: SP e MS)
    – Geral: R$ 484.157.638,26
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 389.311.676,44 (13.130 processos com 16.995 beneficiários)

    TRF da 4ª Região (sede no RS com jurisdição: RS, PR e SC)
    – Geral: R$ 661.572.299,24
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 573.194.574,54 (28.883 processos com 40.429 beneficiários)

    TRF da 5ª Região (sede em PE com jurisdição: PE, CE, AL, SE, RN e PB)
    – Geral: R$ 483.359.908,72
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 436.844.028,25 (21.498 processos com 36.280 beneficiários)

    TRF da 6ª Região (sede em MG com jurisdição: MG)
    – Geral: R$ 286.851.765,79
    – Previdenciárias/assistenciais: R$ 258.461.166,51 (13.458 processos com 16.188 beneficiários)

    Aposentados do INSS vão receber R$ 2,8 bilhões em atrasados da Justiça; veja quem tem direito

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  • Isenção do IR vai beneficiar classe média do interior que votou em Bolsonaro, diz estudo

    Isenção do IR vai beneficiar classe média do interior que votou em Bolsonaro, diz estudo

    A nova faixa de isenção do Imposto de Renda, válida a partir de 2026, beneficiará até 19,7 milhões de trabalhadores, sobretudo da classe média do interior e de estados do centro-sul. O estudo mostra que 66% dos favorecidos vivem em municípios onde Lula perdeu em 2022.

    (FOLHAPRESS) – A nova faixa de isenção do IR (Imposto de Renda), promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), beneficiará majoritariamente brasileiros que vivem no interior do país, pertencem à classe média e votaram em Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da eleição de 2022.

    É o que mostra estudo da consultoria 4intelligence, que cruzou dados do Ministério do Trabalho e Emprego com informações da Justiça Eleitoral, com o objetivo de estimar quantas pessoas devem ser favorecidas pela nova política, onde elas estão e como votaram nas últimas eleições presidenciais.

    A medida, que será sancionada por Lula nesta quarta-feira (26) e está prevista para entrar em vigor em 2026, tem dois efeitos principais: isenta do IR quem ganha até R$ 5.000 mensais e reduz o imposto a pagar para quem recebe entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350,00. O estudo considera beneficiados todos os trabalhadores que se enquadram nessas duas faixas de renda.

    As mudanças constam no projeto de lei 1.087/2025, já aprovado na Câmara e no Senado. A proposta também prevê um imposto mínimo para alguns contribuintes com renda anual superior a R$ 600 mil.

    A estimativa é de que entre 17,9 milhões e 19,7 milhões de trabalhadores formais deixarão de pagar IR com a mudança que passa a valer a partir de 2026. A maior parte deles mora fora das capitais e vive no centro-sul brasileiro.

    A metodologia combina os dados de remuneração média da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) de 2023 com o saldo de empregos do novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) entre janeiro de 2024 e setembro de 2025.

    Em números totais, 66% dos beneficiados, cerca de 13 milhões de pessoas, estão em municípios onde Lula perdeu. Apenas 34% estão em localidades onde o petista saiu vitorioso.

    O padrão se repete quando se observa a distribuição estadual. Santa Catarina (42,2%), Rio Grande do Sul (40,4%), Paraná (39,4%), Mato Grosso (38,7%), São Paulo (38,6%) e Mato Grosso do Sul (35,1%) são os estados com maior proporção de trabalhadores formais beneficiados pela nova faixa de isenção.

    Já os estados com maior número absoluto de beneficiados são São Paulo (6,3 milhões), Minas Gerais (1,9 milhão), Paraná (1,5 milhão), Rio de Janeiro (1,4 milhão), Rio Grande do Sul (1,3 milhão) e Santa Catarina (1,2 milhão).

    Bruno Imaizumi, economista da 4intelligence, afirma que Lula, à primeira vista, acerta ao aprovar a reforma do IR que beneficia diretamente brasileiros que não o apoiaram eleitoralmente. Mas diz que o impacto positivo da medida pode ser mitigado por causa do acirramento da polarização política.

    “Políticas que reduzem impostos e ampliam a renda disponível e o poder de compra para parte significativa da população tendem a favorecer o governante que as adota. Por outro lado, uma parcela desses eleitores de classe média, moradores do interior e que votaram em Bolsonaro em 2022 podem, apesar de beneficiados pela isenção do IR, se manter no campo político antipetista por causa da cristalização de posturas ideológicas mais próximas à direita e à centro-direita”, diz.

    Ao analisar apenas as capitais, porém, a correlação entre benefício e voto desaparece. Nessas cidades, o percentual de beneficiados é mais homogêneo, sem relação direta com a escolha eleitoral.

    São 6,3 milhões de trabalhadores contemplados nas capitais -sendo 1,9 milhão só na cidade de São Paulo e 732 mil no Rio de Janeiro. Proporcionalmente, Porto Alegre (36,1%), Curitiba (35,3%), São Paulo (34,9%) e Manaus (34,3%) lideram.

    Para Karla Gobo, cientista política e Coordenadora de Humanidades da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing) São Paulo, o impacto eleitoral da medida ainda é incerto. Ela lembra que, embora temas econômicos costumem ter peso em disputas presidenciais, há eleições em que outras pautas ganham protagonismo.

    “Será preciso observar se a ampliação da faixa de isenção produzirá efeitos eleitorais mais significativos nessas localidades ou se outras agendas, como é o caso da segurança pública nos últimos meses, acabarão predominando na formação das preferências políticas desses eleitores”, diz.

    Isenção do IR vai beneficiar classe média do interior que votou em Bolsonaro, diz estudo

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  • Bancos são falíveis, diz Galípolo após liquidação do Master

    Bancos são falíveis, diz Galípolo após liquidação do Master

    Chefe do BC defendeu fortalecimento da autarquia; Galípolo disse também que Banco Central não está satisfeito com o atual nível da inflação

    SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (24) que o regulador precisa de uma evolução constante e que bancos são instituições falíveis. Na ocasião, o chefe da autarquia havia sido questionado sobre a liquidação do Banco Master.

    “Acontece nos EUA, na Suíça, acontece. O importante é aprendermos e inovarmos para não repetirmos problemas”, afirmou Galípolo, durante evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

    O BC decretou a liquidação do Master na semana passada, após a prisão de seu dono, Daniel Vorcaro.

    Segundo a Operação Compliance Zero, o banco vendeu carteiras de consignado inexistentes ao BRB, estimadas em R$ 12,2 bilhões. O caso levou o FGC (Fundo Garantidor de Créditos) a preparar a maior indenização da sua história, de R$ 41 bilhões.

    Segundo Galípolo, é preciso ampliar o perímetro regulatório para englobar toda a liquidez do sistema. Para isso, reforçou a necessidade de fortalecer o BC, especialmente em termos financeiros, para que a autoridade tenha capacidade de investir em melhorias.

    Perguntado sobre o quadro fiscal brasileiro e a Selic de 15% ao ano, Galípolo voltou a afirmar que o BC não está satisfeito com o atual nível da inflação, fora da meta, e que irá persegui-la.

    “Não é papel do BC ser ombudsman da política fiscal. A bola que temos que ficar de olho é a inflação”, afirmou o presidente do BC.

    Bancos são falíveis, diz Galípolo após liquidação do Master

  • Anderson Torres pede para cumprir pena na superintendência da PF

    Anderson Torres pede para cumprir pena na superintendência da PF

    Defesa do ex-ministro disse que vai apresentar novo recurso ao STF

    O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres pediu nesta segunda-feira (24) ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília se tiver a condenação pela trama golpista executada pela Corte.

    Condenado a 24 anos de prisão, Torres recorre da sentença em liberdade, sob o monitoramento de tornozeleira eletrônica.

    No pedido feito ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, a defesa do ex-ministro informou que deve apresentar novo recurso contra a condenação até o dia 3 de dezembro. 

    No entanto, os advogados disseram que se Moraes entender que a pena deve ser executada imediatamente, Torres deve cumprir a condenação na superintendência da corporação ou no Batalhão de Aviação Operacional (BAVOP) da Polícia Militar.  Ele é delegado de carreira da PF. 

    A defesa disse que Anderson Torres já sofreu ameaças de morte quando exerceu o cargo de secretário de segurança e toma remédios contra depressão. 

    “Na eventual hipótese de determinação da execução antecipada da pena, pugna-se que o cumprimento da reprimenda se dê na Superintendência da Polícia Federal no DF ou no Batalhão de Aviação Operacional (BAVOP), ou, ainda, em estabelecimento congênere, compatível com a condição funcional do sentenciado e necessário à sua proteção”, solicitou a defesa.

    No dia 14 deste mês, a Primeira Turma do STF manteve a condenação de Torres, do ex-presidente Jair Bolsonaro e demais condenados na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista.

    Com a publicação do acórdão, ocorrido na semana passada, as defesas de Bolsonaro e de seus aliados devem apresentar novos recursos para tentar evitar as prisões para início do cumprimento das penas.

    O prazo termina nesta segunda-feira, às 23h59.

     

    Anderson Torres pede para cumprir pena na superintendência da PF

  • Veja como vai funcionar devolução do Pix em caso de golpe

    Veja como vai funcionar devolução do Pix em caso de golpe

    Nova regra entra em vigor. A partir de 2026, será obrigatória

    Já está em vigor a nova regra que facilita a devolução de transferências indevidas de Pix e que visa dificultar a ação de golpistas.

    O Mecanismo Especial de Devolução (MED) permite rastrear o dinheiro caso outras transferências sejam feitas para mascarar a origem do valor.

    Por enquanto, o serviço é opcional aos bancos e instituições de pagamento. A partir de 2 de fevereiro de 2026, vai se tornar obrigatório para todos. 

    Como funcionava

    Com a nova regra em vigor, será possível fazer a devolução do dinheiro a partir de outras contas, e não apenas daquela utilizada na fraude. 

    As informações serão compartilhadas com os participantes envolvidos nas transações e permitirão a devolução de recursos em até 11 dias após a contestação, de acordo com o BC.

    Antes, a devolução dos recursos era feita apenas a partir da conta originalmente utilizada na fraude. O problema é que os fraudadores, em geral, retiram rapidamente os recursos da conta que recebeu o dinheiro e os transferem para outras.

    Dessa forma, quando o cliente fazia a reclamação e pedia a devolução, o mais comum é que a conta já estava esvaziada.

    Sobre o MED 

    Existente desde 2021, o Mecanismo Especial de Devolução só pode ser usado em caso comprovado de fraudes ou de erros operacionais da instituição financeira.

    A ferramenta não pode ser usada para desacordos comerciais, casos entre terceiros de boa-fé e envio de Pix para a pessoa errada por erro do próprio usuário pagador (como erro de digitação de uma chave). 

    Veja como vai funcionar devolução do Pix em caso de golpe

  • Justiça condena Nikolas Ferreira a pagar R$ 40 mil por chamar mulher trans de homem

    Justiça condena Nikolas Ferreira a pagar R$ 40 mil por chamar mulher trans de homem

    Defesa do deputado citou liberdade de expressão e imunidade parlamentar; juiz entendeu que parlamentar do PL-MG precisa reparar danos morais a mulher trans

    SÃO PAULO, SP (CBS NEWS) – A Justiça de São Paulo condenou o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) a pagar R$ 40 mil por danos morais em episódio de 2022 no qual o parlamentar chamou de “homem” uma mulher trans.

    À época, Nikolas, então vereador de Belo Horizonte, republicou e comentou nas redes sociais um vídeo em que a mulher contou ter sofrido transfobia em um estabelecimento de beleza em São Paulo, que disse só atender mulheres cisgênero.

    No processo, a defesa do hoje deputado federal cita liberdade de expressão e imunidade prevista na Constituição a vereadores por “suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do município”.

    O juiz André Augusto Salvador Bezerra, da 42ª Vara Cível, considerou não ser aplicável a imunidade parlamentar, uma vez que o tema não fazia referência à “discussão de temas relativos ao município onde o parlamentar exercia o mandato na época dos fatos”.

    Apontou, ainda, que a “ideologia de gênero” mencionada por Nikolas no processo é termo “utilizado por determinados grupos religiosos, que insistem em negar a pessoas o direito de se atribuir a um gênero diverso daquele que lhes foi atribuído quando nasceram”.

    “Em uma sociedade em que vigora a liberdade e a democracia, não parece razoável negar esse direito [de autoidentificação de gênero]”, afirmou o magistrado.

    “Afinal, trata-se de fato que não atinge a esfera jurídica de mais ninguém, a não ser da própria pessoa envolvida: as demais pessoas continuarão a poder exercer suas opções sexuais, as igrejas continuarão a poder realizar seus cultos, pais e mães perdurarão no exercício de transmitir seus valores morais à prole. Nada, absolutamente nada mudará, a não ser para a própria pessoa que se atribui o gênero diverso ao nascimento.”

    Bezerra também afirmou que o “debate de ideias entre grupos políticos não pode ser utilizado para discriminar” e citou a ADO (Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão) 26, na qual a transfobia foi equiparada ao crime de injúria racial.

    Apontando não haver dúvida de que a autora do processo “sofreu dor apta à caracterização dos dados extrapatrimoniais, de notável repercussão”, o juiz determinou a Nikolas o pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 40 mil.

    O parlamentar também foi condenado a pagar as despesas processuais, fixadas em 10% do valor da indenização. A decisão é do dia 19 de novembro. Ainda cabe recurso.

    Nikolas Ferreira foi vereador de Belo Horizonte de 2020 a 2022 e depois se elegeu deputado federal. O parlamentar acumula denúncias de transfobia, como condenação pela Justiça de Minas Gerais contra Duda Salabert (PDT-MG) em razão de episódio ocorrido em 2020, quando o político disse que chamaria Duda pelo pronome “ele” durante entrevista.

    Outros casos emblemáticos foram episódio em que Nikolas apareceu na tribuna da Câmara dos Deputados usando peruca, no dia Dia Internacional da Mulher de 2023, e postagem na internet feita pelo deputado em 2022 de vídeo de uma aluna trans em um banheiro feminino de uma escola.

    Justiça condena Nikolas Ferreira a pagar R$ 40 mil por chamar mulher trans de homem